Com a participaçãoda União EuropeiaProjecto co-financiado pelo FEDER
INSTALAÇÃO E COLHEITA DA CULTURA DO CARDO
(Cynara cardunculus)
ÉÉvora, 6 de Dezembro de 2007vora, 6 de Dezembro de 2007
CULTURAS ENERGCULTURAS ENERGÉÉTICAS, BIOMASSA E BIOCOMBUSTTICAS, BIOMASSA E BIOCOMBUSTÍÍVEISVEIS
Mafalda Evangelista (AFLOPS)
CULTURAS ENERGCULTURAS ENERGÉÉTICASTICAS
� Destinam-se à obtenção de produtos passíveis de aproveitamento energético,
enquanto matéria-prima para a produção de biocombustíveis (a partir de
semente e de biomassa) e de energia (a partir de biomassa).
CULTURAS ENERGCULTURAS ENERGÉÉTICAS: uma TICAS: uma necessidadenecessidade no âmbito da Polno âmbito da Políítica tica Europeia para as Energias RenovEuropeia para as Energias Renovááveisveis
� Necessidade de fontes de energia endógenas e renováveis;
� Necessidade de reduzir as emissões de GEE;
� Disponibilidade de terras agrícolas não cultivadas (áreas de sequeiro em
pousio ou abandonadas);
� Dinamização da fileira agro-florestal de cada Estado Membro e promoção do
desenvolvimento de novos segmentos de negócio e regiões pelos
biocombustíveis, através da incorporação da matéria-prima nacional.
CULTURAS ENERGCULTURAS ENERGÉÉTICAS: uma TICAS: uma prioridadeprioridade no âmbito da Polno âmbito da Políítica tica Europeia para as Energias RenovEuropeia para as Energias Renovááveisveis
� O Futuro do Sector Energético Europeu – Estratégia 20-20-20
� Redução das emissões de 20% até 2020;
� Meta vinculativa de 20% para as Renováveis em 2020;
� Redução de 20% do consumo energético em 2020.
CULTURAS ENERGCULTURAS ENERGÉÉTICAS: uma TICAS: uma prioridadeprioridade no âmbito da Polno âmbito da Políítica tica Europeia para as Energias RenovEuropeia para as Energias Renovááveisveis
Além disso,
� Com aplicação em todos os Estados Membros, foi definida uma meta mínima
de, até 2020, substituir 10 % do consumo total de petróleo e gasóleo por
biocombustíveis, em transportes rodoviários;
� Existência, no âmbito da PAC, de mecanismos de suporte para as culturas
energéticas (45€/ha).
CULTURAS ENERGCULTURAS ENERGÉÉTICAS: uma TICAS: uma oportunidadeoportunidade no âmbito da no âmbito da EstratEstratéégia Nacional para as Energias Renovgia Nacional para as Energias Renovááveisveis
� Aumentar de 39% para 45% a quota da electricidade consumida de origem
renovável em 2010 - Portugal entre os países líderes em renováveis;
� Aumentar a meta de 5,75% para 10%, em 2010, para os biocombustíveis
utilizados nos transportes;
� Substituir 5 a 10% do carvão utilizado nas centrais eléctricas por biomassa ou
resíduos;
� Implementar, até 2015, medidas de eficiência energética equivalentes a 10%
do consumo energético;
� Criar 15 Novas Centrais de Biomassa para Produção de Energia (+100 MVA);
� Necessidade de reduzir a dependência energética nacional.
CULTURAS ENERGCULTURAS ENERGÉÉTICAS: uma TICAS: uma oportunidadeoportunidade no âmbito da no âmbito da EstratEstratéégia Nacional para as Energias Renovgia Nacional para as Energias Renovááveisveis
A Estratégia Portuguesa – 744 Milhões Euros em investimentos até 2010:
� Biocombustíveis: cerca de 450 Milhões Euros*
� Biomassa e Biogás: cerca de 294 Milhões Euros*
As condicionantes actuais e futuras, a nível geo-político, energético,
climático, ambiental, económico, social, etc., vão incentivar o
desenvolvimento destas iniciativas, criando oportunidades de negócio
equivalentes em toda a UE. Novas oportunidades de investimento e emprego
nas áreas rurais*Fonte: Espírito Santo Research – Research Sectorial
INICIATIVAINICIATIVA
� Em 2004 a AFLOPS iniciou uma parceria internacional ao abrigo da Iniciativa
Comunitária INTERREG III B – Programa Espaço Atlântico:
Projecto ECAS: CULTURAS ENERGÉTICAS NO ESPAÇO ATLÂNTICO –
POSSIBILIDADES DE IMPLEMENTAÇÃO EM LARGA ESCALA
OBJECTIVO PRINCIPAL OBJECTIVO PRINCIPAL –– AnAnáálise do Sistema:lise do Sistema:
Conversão da biomassa para produção de
electricidade/calor
Conversão da semente para produção de
biodiesel
Escoamento de semente: nova instalação
semente: óleobiomassa: álcool/queima
Produção de biomassa/semente
Culturas Agrícolas Distribuição de biomassa/semente
PORQUÊ O CARDO?PORQUÊ O CARDO?
PORQUÊ O CARDO?PORQUÊ O CARDO?
� Adaptabilidade às condições mediterrânicas (pouco exigente em água);
� Cultura permanente de sequeiro - mobilização mínima de solos (conservação dos
solos e respectivo sequestro de carbono);
� Potencial de exploração até 15 anos;
� Colheita em período diferente das outras culturas agrícolas;
� Todas as operações podem realizar-se com maquinaria agrícola convencional;
� Baixos custos de manutenção;
� Possibilidade de uso de lamas de ETAR e de cinzas como adubos e fertilizantes;
� Produção de biomassa em volume interessante (10-20 ton/ha/ano);
� Cultura multi-produto (biomassa + óleo p/ bio-diesel + forragem animal);
ALGUMAS CARACTERALGUMAS CARACTERÍÍSTICAS/REQUISITOS DO CARDOSTICAS/REQUISITOS DO CARDO
� prefere solos ligeiros, profundos e calcários, que tenham capacidade de
retenção de água no subsolo (1-5 m) sem excessos;
� Sensível ao encharcamento;
� Cresce bem em solos básicos e é moderadamente tolerante à salinidade;
� Sensível às geadas
� Terrenos regulares
ÁÁREAS INSTALADAS NO REAS INSTALADAS NO ÂMBITO DO PROJECTOÂMBITO DO PROJECTO
� Aprox. 200 ha
� Distribuição por 11 locais
INSTALAINSTALAÇÇÃO DO CARDO ÃO DO CARDO –– EspecificaEspecificaçções Tões Téécnicas Testadascnicas Testadas
PreparaPreparaçção do Terrenoão do Terreno
� Escarificação/chisel/riper de profundidade variável (40-50cm)
� Adubação de fundo
� Gradagem cruzada
INSTALAINSTALAÇÇÃO DO CARDO ÃO DO CARDO –– EspecificaEspecificaçções Tões Téécnicas Testadascnicas Testadas
SementeiraSementeira
� Sementeira de precisão (preparação clássica do terreno)
Compassos (0,75 m x 0,18 m/ 0,75 m x 0,12 m/ 0,75 m x 0,9 m)
� Sementeira directa (com aplicação prévia de Glifosato)
� Mobilização mínima (passagem prévia com subsolador)
Semeador pneumático de
precisão de quatro linhas
INSTALAINSTALAÇÇÃO DO CARDO ÃO DO CARDO –– EspecificaEspecificaçções Tões Téécnicas Testadascnicas Testadas
AplicaAplicaçção de Herbicida de Prão de Herbicida de Préé--emergênciaemergência
� Substâncias activas: Alacloro e Linurão
COLHEITA DO CARDO COLHEITA DO CARDO –– EspecificaEspecificaçções Tões Téécnicas Testadascnicas Testadas
Colheita: Colheita: BiomassaBiomassa
� Ensiladora (com frente para corte de milho)
COLHEITA DO CARDO COLHEITA DO CARDO –– EspecificaEspecificaçções Tões Téécnicas Testadascnicas Testadas
Colheita: Semente + Colheita: Semente + BiomassaBiomassa
� Ceifeira debulhadora (frente de trigo e frente de milho) c/ destroçador +
Encordoador + Enfardadeira
Ceifeira debulhadora com frente para milho
Ceifeira debulhadora com frente para trigo
COLHEITA DO CARDO COLHEITA DO CARDO –– EspecificaEspecificaçções Tões Téécnicas Testadascnicas Testadas
Sequência do processo de encordoamento da biomassa de cardo semi-destroçada
COLHEITA DO CARDO COLHEITA DO CARDO –– EspecificaEspecificaçções Tões Téécnicas Testadascnicas Testadas
Colheita: Semente + Colheita: Semente + BiomassaBiomassa
� Ceifeira debulhadora (ripagem dos capítulos)* + Gadanheira + Encordoador +
Ensiladora com frente “pick-up”
*Mais eficiente na debulha.
Colheita de semente com ceifeiradedulhadora Claas
COLHEITA DO CARDO COLHEITA DO CARDO –– EspecificaEspecificaçções Tões Téécnicas Testadascnicas Testadas
Colheita de cordões debiomassa através de Ensiladora
com frente Pick-Up
Encordoamento da biomassapreviamente cortada comgadanheira
ACACÇÇÕES DE MANUTENÕES DE MANUTENÇÇÃO DA CULTURA ÃO DA CULTURA –– A testarA testar
Manutenção
� Adubação de Cobertura
� Escarificação (eliminação de restolho)
ALGUNS RESULTADOS ALGUNS RESULTADOS -- 20062006
Biomassa Semente
RipagemEnsiladora + Tractor c/
reboqueEstilha 10
não aplicável
Adubação de fundo
Ceifeira c/ frente milho + Tractor c/ encordoador +
Enfardadeira
Semente + Fardos
rectangulares
Gradagem cruzada
Compasso: 0,75m x 0,12m
Ceifeira c/ frente trigo + Tractor c/ encordoador +
Enfardadeira
Semente + Fardos
rectangulares
Ripagem
Adubação de fundo
Estilha
Gradagem cruzada
Compasso: 0,75m x 0,90m
5,3
LocalÁrea (ha)
Preparação do Terreno
Sementeira ColheitaProdução (ton/ha)
9 1
Época
Com semeador de precisão
Sesimbra (Herdade
da Ferraria)
8,0
Com semeador de precisão
75,6
Beja (Herdade
da Apariça)
Ensiladora (Corta-milhos multi-linhas)
Teor de Humidade (%) Biomassa
Ago-06 15
18Set-06não
aplicável
Produtos Finais
ALGUNS RESULTADOS ALGUNS RESULTADOS -- 20072007
Local Colheita ÉpocaProdutos Finais
Produção (ton/ha)
Teor de Humidade (%) Biomassa
Beja (Herdade da Apariça)
Ensiladora + Tractor c/ reboque
Ago-07 Estilha 9,5 37%
CUSTOS ASSOCIADOSCUSTOS ASSOCIADOS
� Instalação: ≅≅≅≅ 300 – 350 €/ha
� Colheita: ≅≅≅≅ 150 €/ha
ANANÁÁLISE DOS RESULTADOS: principais constataLISE DOS RESULTADOS: principais constataççõesões
� Discrepância entre os resultados das estimativas das produções
(amostragem com corte manual) e os resultados obtidos em contexto real;
� Diminuição da produção obtida do 2.º para o 3.º ano.
LOCAL: Beja (Herdade da Apariça)
� Em 2007 – nível de precipitação
acima da média, provocando
situações de encharcamento;
� Existência de vários tipos de
solos;
� Diminuição da densidade de
plantas (falhas de rebentamento
após a 1.ª colheita);
� Elevado grau de pedregosidade.
PRINCIPAIS RAZÕES APONTADASPRINCIPAIS RAZÕES APONTADAS
PRINCIPAIS RAZÕES APONTADAS (continuaPRINCIPAIS RAZÕES APONTADAS (continuaçção)ão)
LOCAL: Sesimbra (Herdade da
Ferraria)
� Diminuição da densidade de
plantas (falhas de rebentamento
após a 1.ª colheita);
� Ataque continuado de de ratos-
toupeira;
� Ocorrência de pragas.
BALANBALANÇÇO PRELIMINARO PRELIMINAR
� Necessidade de efectuar uma correcta análise prévia do local – infestantes,
roedores, etc.
� Sendo uma cultura dedicada e para maximizar a produção e a colheita, o grau
de pedregosidade ganha especial importância;
� Época de colheita/humidade do Cardo (eficiência na rentabilidade da
colheita);
� Maquinaria não específica para o Cardo não permite uma optimização da
colheita (com eficiência igual à da cultura para a qual foi desenvolvida).
CONCLUSÕESCONCLUSÕES
� Implementação dos ensaios em grande escala e em contexto real revelou-se
uma opção acertada;
� Os resultados provenientes das colheitas de 2008 permitirão obter
informação adicional e complementar;
� A diversidade de técnicas e equipamentos testados (ao nível da instalação,
manutenção e colheita) permitiram identificar os modelos de intervenção
mais adequados;
� As produtividades obtidas associadas ao Know-How entretanto adquirido,
permitem expectativas de produção superiores;
CONCLUSÕES (continuaCONCLUSÕES (continuaçção)ão)
� Novas oportunidades de desenvolvimento do sector agrícola, grandemente
condicionado pela aplicação das actuais e futuras condicionantes da PAC;
� Volumes crescentes da procura de biomassa poderão ser satisfeitos com
novas áreas de culturas em grande escala;
� O projecto permitiu identificar novas linhas de investigação: optimização da
mecanização, avaliação da variabilidade genética da semente e respectivo
melhoramento, delineamento de novos ensaios com base nos resultados
obtidos.
Muito Obrigada!
Contactos:Mafalda Evangelista
AFLOPS – Associação de Produtores FlorestaisDepartamento de Investigação & Desenvolvimento
Tel.: + 351 21 219 89 10
Fax: +351 21 219 89 15
E-mail: [email protected]
Com a participaçãoda União EuropeiaProjecto co-financiado pelo FEDER