DECOMTEC
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DECOMTECDepartamento de Competitividade e Tecnologia
Seminário Indústria e Desenvolvimento
Produtivo do Brasil
27 Maio de 2014
Painel: Avaliação de Instrumentos de Política Industrial
Renato Corona FernandesGerente do Departamento de Competitividade e Tecnologia - DECOMTEC
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� É difícil quantificar de modo mais apurado os resultados da políticaindustrial no Brasil porque o período de sua aplicação é bastante recente ede implementação paulatina (PBM-agosto/2011, PIA 2011).
� O ambiente competitivo no Brasil esteve muito desfavorável àprodução industrial , em boa medida devido à política macroeconômica.
� Isso pode ser sintetizado no Custo Brasil e sobrevalorização do real, queoneraram o custo de produção da indústria de transformação b rasileiraem 34,6% na média entre 2008 e 2012 , quando comparado a dos principaispaíses fornecedores.
� O fator determinante do insucesso das Políticas Industriais recentes(não houve elevação da participação da indústria de transformação noPIB) não foram seus próprios instrumentos, mas o ambiente competitivocomo um todo. Vale frisar que o desempenho recente da indústria seriaainda pior caso não existissem as políticas industriais.
� Dessa forma, os resultados dos instrumentos de Política Industrial nãopodem ser avaliados individualmente ou desvinculados do contexto doambiente competitivo.
Introdução
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2Diferencial de preços entre os manufaturadosbrasileiros e estrangeiros: Custo Brasil eSobrevalorização Cambial
Esforço da política industrial vs. Custo Brasil esobrevalorização cambial
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Desempenho da indústria de transformaçãobrasileira na última década
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Quais devem ser as diretrizes da PolíticaIndustrial no Brasil?
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2Diferencial de preços entre os manufaturadosbrasileiros e estrangeiros: Custo Brasil eSobrevalorização Cambial
Esforço da política industrial vs. Custo Brasil esobrevalorização cambial
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Desempenho da indústria de transformaçãobrasileira na última década
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Quais devem ser as diretrizes da PolíticaIndustrial no Brasil?
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5Fonte: MDIC. Elaboração: DECOMTEC/FIESP.
Saldo comercial de bens da indústria de transformaç ão brasileira por intensidade tecnológica, 2003-2013 (em bilhões US$)
O déficit comercial da indústria de transformação brasilei ra atingiuo valor recorde de US$ 54,5 bilhões em 2013. Este déficit éconcentrado em produtos de maior intensidade tecnológica
As importaçõescrescem num ritmomuito mais aceleradoque as exportações
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A produção industrial doméstica cresceu bem pouco emum período de forte expansão do mercado interno ...
Fonte: IBGE.
Produção Física da Ind. de Transformação e Volume d e Vendas do Comércio Varejista, jan/03 a mar/14 (2003 = 100)
Participação dos importados no
crescimento do consumo de bens industriais:2008 e 2010 = 40%
2011 = 100%2013 = 89,3%
Fonte: Banco Central do Brasil (Relatório de inflação: junho/2012) e
Derex/FIESP (Coeficientes de Exportação e Importação, fev de 2014).
Participação dos importados no
crescimento do consumo de bens industriais:2008 e 2010 = 40%
2011 = 100%2013 = 89,3%
Fonte: Banco Central do Brasil (Relatório de inflação: junho/2012) e
Derex/FIESP (Coeficientes de Exportação e Importação, fev de 2014).
� “Boca do jacaré”: entre 2003 e mar/2014 a produção física da ind. de transformação cresceuapenas 25,2%, enquanto o comércio varejista ampliado em volume cresceu 116,6%.
� A indústria de transformação brasileira ainda não recuperou o nível pré-crise mundial,porém a indústria mundial encontra-se 11,5% acima deste nível.
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� O CPI tem se elevado rapidamente em vários setores, e em alguns setores de maiorintensidade tecnológica ele ultrapassou o nível de 50% em 2013.
Fonte: DEREX-FIESP.
Coeficiente de penetração das importações –setores industriais selecionados, 2003-2013 (%)
Coeficiente de penetração das importações na ind. de transformação brasileira, 2003-2013 (%)
... pois as importações tem suprido parcela crescente do consumoaparente de bens industriais. Nos últimos 10 anos, o coeficientede penetração das importações (CPI) mais que dobrou.
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Brasil - Indústria de Transformação (% no PIB)
PDP
Mai/08
PDP
Mai/08
PBM
Ago/11
PBM
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PITCE
Mar/04
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Desta forma, como a indústria de transformação perdeucompetitividade para os importados, a desindustrialização seagravou.
Fonte: IBGE. Elaboração: FIESP/DECOMTEC e FIESP/DEPECON.
O agravamento da desindustrializaçãonesse período de retorno das políticasindustriais foi sobretudo porque elas foramneutralizadas pela política macroeconômica
� Em 2012, a indústria de transformação regrediu a apenas 13,0% do PIB,o menor patamar dos últimos 58 anos, taxa que se manteve em 2013.
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Nos últimos 10 anos, a indústria de transformação perdeu 6,2 p.p.de participação no PIB, recuando de 19,2% para 13,0% do PIB.
Fonte: IBGE. Elaboração: FIESP/DECOMTEC.
19,2
18,1
17,417,0
16,6 16,716,2
14,6
13,0 13,0
10,0
11,0
12,0
13,0
14,0
15,0
16,0
17,0
18,0
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20,0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Brasil - Indústria de Transformação (% no PIB)
� A desindustrialização recente ocorreu, principalmente, devido ao elevado custo de produção no Brasil (Custo Brasil) e a sobrevalorização cambial prolongada.
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2Diferencial de preços entre os manufaturadosbrasileiros e estrangeiros: Custo Brasil eSobrevalorização Cambial
Esforço da política industrial vs. Custo Brasil esobrevalorização cambial
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Desempenho da indústria de transformaçãobrasileira na última década
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Quais devem ser as diretrizes da PolíticaIndustrial no Brasil?
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� Os componentes do diferencial de preços entre o produto industrializado nacional e oimportado dos principais parceiros comerciais indicam que o Custo Brasil e a ValorizaçãoCambial reduzem a competitividade da indústria de transformação nacional.
Fonte: DECOMTEC/FIESP.* Compreende os Custos de Importação (Imposto de Importação, fretes e seguros), e a diferença entre a tributação indireta (ICMS, IPI e PIS/COFINS)proveniente da aplicação de fórmulas distintas de apuração entre o produto industrializado no país e o importado e de suas diferentes bases de cálculo.
Custo Brasil e diferencial de preços em 2012
34,2
-5,2
14,1
0,2
0,7
1,5
2,9
4,5
2,9
5,8
6,8
15,5
25,4
TOTAL
3. Outros componentes*
2. Valorização Cambial
1.6 Serviços non tradables
1.5 Custos extras de serviços a funcionários
1.4 Infraestrutura Logística
1.3 Energia e matérias primas
1.2 Juros sobre Capital de Giro
1.1.3 Burocracia para pagar tributos
1.1.2 Tributos irrecuperáveis
1.1.1 Carga Tributária
1.1 Tributação: Carga e Burocracia
1. Custo Brasil
Diferencial de Preços (em %)
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� Os componentes do diferencial de preços entre o produto industrializado nacional e oimportado dos principais parceiros comerciais indicam que o Custo Brasil e a ValorizaçãoCambial reduzem a competitividade da indústria de transformação nacional.
Fonte: DECOMTEC/FIESP.* Compreende os Custos de Importação (Imposto de Importação, fretes e seguros), e a diferença entre a tributação indireta (ICMS, IPI e PIS/COFINS)proveniente da aplicação de fórmulas distintas de apuração entre o produto industrializado no país e o importado e de suas diferentes bases de cálculo.
Custo Brasil e diferencial de preços em 2012
34,2
-5,2
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0,2
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2,9
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TOTAL
3. Outros componentes*
2. Valorização Cambial
1.6 Serviços non tradables
1.5 Custos extras de serviços a funcionários
1.4 Infraestrutura Logística
1.3 Energia e matérias primas
1.2 Juros sobre Capital de Giro
1.1.3 Burocracia para pagar tributos
1.1.2 Tributos irrecuperáveis
1.1.1 Carga Tributária
1.1 Tributação: Carga e Burocracia
1. Custo Brasil
Diferencial de Preços (em %)
Em 2012, a ind. de transformação contribuiu com 30,4% para a carga tributária
do Brasil, embora representasse
apenas 13,0% do PIB.
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� Os componentes do diferencial de preços entre o produto industrializado nacional e oimportado dos principais parceiros comerciais indicam que o Custo Brasil e a ValorizaçãoCambial reduzem a competitividade da indústria de transformação nacional.
Fonte: DECOMTEC/FIESP.* Compreende os Custos de Importação (Imposto de Importação, fretes e seguros), e a diferença entre a tributação indireta (ICMS, IPI e PIS/COFINS)proveniente da aplicação de fórmulas distintas de apuração entre o produto industrializado no país e o importado e de suas diferentes bases de cálculo.
Custo Brasil e diferencial de preços em 2012
34,2
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5,8
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15,5
25,4
TOTAL
3. Outros componentes*
2. Valorização Cambial
1.6 Serviços non tradables
1.5 Custos extras de serviços a funcionários
1.4 Infraestrutura Logística
1.3 Energia e matérias primas
1.2 Juros sobre Capital de Giro
1.1.3 Burocracia para pagar tributos
1.1.2 Tributos irrecuperáveis
1.1.1 Carga Tributária
1.1 Tributação: Carga e Burocracia
1. Custo Brasil
Diferencial de Preços (em %)
No 1º Tri de 2014, o spread bancário brasileiro foi 9,2 vezes
maior do que nos países nos quais a comparação é possível (Itália, Japão, Chile, Noruega e
Malásia).
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� Os componentes do diferencial de preços entre o produto industrializado nacional e oimportado dos principais parceiros comerciais indicam que o Custo Brasil e a ValorizaçãoCambial reduzem a competitividade da indústria de transformação nacional.
Fonte: DECOMTEC/FIESP.* Compreende os Custos de Importação (Imposto de Importação, fretes e seguros), e a diferença entre a tributação indireta (ICMS, IPI e PIS/COFINS)proveniente da aplicação de fórmulas distintas de apuração entre o produto industrializado no país e o importado e de suas diferentes bases de cálculo.
Custo Brasil e diferencial de preços em 2012
34,2
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0,2
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5,8
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TOTAL
3. Outros componentes*
2. Valorização Cambial
1.6 Serviços non tradables
1.5 Custos extras de serviços a funcionários
1.4 Infraestrutura Logística
1.3 Energia e matérias primas
1.2 Juros sobre Capital de Giro
1.1.3 Burocracia para pagar tributos
1.1.2 Tributos irrecuperáveis
1.1.1 Carga Tributária
1.1 Tributação: Carga e Burocracia
1. Custo Brasil
Diferencial de Preços (em %)
No índice Big Mac, o real estava 13,5% sobrevalorizado em
jan/2014. Portanto, neste mês, a taxa de câmbio do Brasil deveria
ser R$/US$ 2,68 ao invés de R$/US$ 2,36.
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Diferencial de preços internos da indústria de tran sformação brasileira em comparação com os produtos importados por grupo de países
* Alemanha; Argentina; Canadá; Chile; China; Coreia do Sul; Espanha; EUA; França; Índia; Itália; Japão; México; Reino Unido e Suíça.Fonte: DECOMTEC/FIESP.
Custo Brasil e diferencial de preços com relaçãoa alguns grupos de países, em 2012
34,2%
30,8%
38,0%
34,7%
Parceiros Desenvolvidos Emergentes China*
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Em média, entre 2008 e 2012, o Custo Brasil e a sobrevalorização doreal oneraram a produção da ind. de transformação brasileira em34,6%, quando comparada a dos 15 principais países fornecedores*
Fonte: FIESP/DECOMTEC.* Alemanha; Argentina; Canadá; Chile; China; Coreia do Sul; Espanha; EUA; França; Índia; Itália; Japão; México; Reino Unido e Suíça.
Diferencial de preços internos de produtos nacionais ante importados
(resultado consolidado do Custo Brasil e sobrevalorização do real, em %)
Média: 34,6%
� O diferencial de preços quantificado variou ao longo do período principalmentedevido ao nível de sobrevalorização do real, mas foi sempre foi muito alto,expressando a elevada desvantagem de se produzir no Brasil.
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17Fonte: IBGE, OCDE, BCB e IPEA-DATA. Elaboração: FIESP/DECOMTEC.
Quadro síntese da política macroeconômica e cronologia das
políticas industriais – base primeiro tri/2004 = 100
As políticas industriais não foram capazes de neutralizar a piora dapolítica macroeconômica, por isso, a ind. de transformação perdeu31,3% de participação no PIB entre o 1º Tri/2004 e o 4º Tri/2013
Piorou(Aumentou 18%)
Melhora insuficiente
(Baixou 7 p.p.)
Piorou(Valorizou
58%)
Piorou(Caiu 6 p.p.)
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2Diferencial de preços entre os manufaturadosbrasileiros e estrangeiros: Custo Brasil eSobrevalorização Cambial
Esforço da política industrial vs. Custo Brasil esobrevalorização cambial
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Desempenho da indústria de transformaçãobrasileira na última década
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Quais devem ser as diretrizes da PolíticaIndustrial no Brasil?
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As medidas do PBM são tímidas perto do montante deimpostos pagos pela indústria de transformação
� O custo direto (sem levar em conta impactos positivos na produção,renda, investimento, e, consequentemente, arrecadação) das trêsprincipais medidas do PBM em 2012 , exclusivamente para a indústriade transformação, foi de R$ 8,6 bilhões* – apenas 0,20% do PIB.
� Apesar da indústria de transformação representar apenas 13,0% do PIB,ela foi responsável por 30,4% da carga tributária da economia brasileiraem 2012, que foi 35,5% do PIB.
� Assim, a indústria de transformação gerou sozinha 10,8% do PIB daeconomia total em tributos.
� As três principais medidas do PBM incidentes na manufaturarepresentaram em 2012 apenas:
� 0,55% da carga tributária da economia; ou
� 1,8% da carga tributária da indústria de transformação.
* Reintegra: R$ 3,13 bilhões, subsídios do Tesouro ao BNDES e PSI: R$ 3,73 bilhões, e desoneração da folha de pagamentos: R$ 1,79 bilhões.Fonte: MDIC, RFB, Min. Fazenda, Banco Central. Elaboração: FIESP/DECOMTEC.
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Em 2012, o Custo Brasil foi 52,3 vezes maior que os principaisbenefícios do PBM incidente na ind. de transformação
Custo Brasil x Plano Brasil Maior em 2012 (R$ bilh ões)
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Além disso, o argumento de que a retirada da Política Industrial énecessária devido ao seu custo fiscal, é, no mínimo, incoerente
� Já o custo de cada pontopercentual da Selic nopagamento de juros da dívidapública federal foi de R$ 25bilhões.
� Ou seja, 189% maior que odas medidas do PBM dirigidasà indústria de transformação*.
Comparação entre custo fiscal direto de
medidas do PBM e custo dos juros da dívida
pública (2012, R$ bilhões)
* Reintegra: R$ 3,13 bilhões, subsídios do Tesouro ao BNDES e PSI: R$ 3,73 bilhões, e desoneração da folha de pagamentos: R$ 1,79 bilhões.
Fonte: MDIC, RFB, Min. Fazenda, Banco Central. Elaboração: FIESP/DECOMTEC.
+ 189%
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A aplicação da margem de preferência para o produto nacional emcompras públicas - outro instrumento de política industrial colocado emprática no PBM - é utilizada por diversos países há tempos :
� Estados Unidos (“Buy American Act”, 1933 e “American Recovery and Reinvestment Act”, 2009): ondea margem de preferência para o produto nacional chega a 50% no caso das compras feitas peloDepartamento de Defesa, ou ainda da exigência de que determinados produtos das suas ForçasArmadas, sejam 100% produzidos no país;
� México (Ley de Adquisiciones, Arrendamientos y Servicios del Sector Público, de 04 de janeiro de2000);
� Argentina (Lei nº 25.551, de 01 de novembro de 2001);
� China (Lei nº 68, de 29 de junho de 2002);
� Colômbia (Lei nº 816, 2003).
Mas, no Brasil
� Aplicação do limite de 25% (incluindo adicional de inovação ) émuito recente: regulamentada em 02/08/2011, mas efetivada a partirde 2012;
� Curtíssimo período de vigência: via de regra até 2015, e até 2 017para produtos médicos e fármacos/biofármacos.
� Em 2013, dos R$ 26,8 bi de materiais adquiridos pelo governo,cerca 10% foi de produto passível de aplicação de margem depreferência.
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� Na maioria dos programas que possuem CL no Brasil, o índice de CLexigido é de cerca de 60% do preço de venda do bem ao invés de60% das peças e componentes utilizados no processo produtivo.
� Pelo critério atual, muitas variáveis acabam “inchando” a base decálculo do CL, SUBESTIMANDO, assim, o percentual de CL quandoaferido pelo conceito de peças sobre peças.
� Variáreis que “incham” o conteúdo local:� Alguns tributos;� Margens de lucro e de transporte;� Salários e ordenados; e� Insumos não-comercializáveis (por ex. água e energia
elétrica, serviços de limpeza, contabilidade, jurídicos, etc.).
A Política do Conteúdo Local (CL) é benéfica para desenvolve rfornecedores domésticos, gerar emprego e renda
Tendem a ser nacionais de partida.
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60,1%Conteúdo Nacional
Considerando a estrutura produtiva da indústria detransformação brasileira, a atual métrica de aferição do CLexige um percentual muito baixo de componentes nacionais
O valor do insumo importado pode representar até 71,4% do valor total dos insumos comercializáveis.
NÃO Comercializável: valor adicionado (salários, lucros e alguns tributos), água e energia elétrica, serviços de limpeza, contabilidade, jurídicos, entre outros.
EXEMPLIFICAÇÃO
Fonte: Matriz de Insumo-Produto/IBGE. Elaboração: DECOMTEC/FIESP.
IBGE – CONTAS NACIONAIS
A preços básicos (sem impostos)
25Fonte: Matriz de Insumo-Produto/IBGE.Elaboração: Decomtec/FIESP.
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CL = 60%
Consumo Intermediário Comercializável
No caso da ind. de transformação brasileira, para atender 60 % deCL basta ter apenas 28,5% de insumos comercializáveis nacion ais,portanto, pode-se importar 71,5% dos insumos comercializáv eis
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O elevado Custo Brasil e a sobrevalorização cambialdiminuem a eficácia do Conteúdo Local brasileiro
� Atualmente, há relatos não mensurados de que alguns fornecedores estãotendo dificuldades para cumprir o índice de CL, dentre outros fatores,porque está muito caro produzir no Brasil (elevado Custo Brasil) e a taxa decâmbio sobrevalorizada torna mais barato o produto estrangeiro.
� Portanto, é difícil produzir no Brasil com preço competitivo .
� Além disso, ainda é cedo para medir resultados do CL.
� O CL precisa de tempo, planejamento e previsibilidade de demanda paracriar expectativas de investimento e desenvolvimento de fornecedores.
� O governo poderia criar incentivos adicionais escalonados (por ex.,tributários, financeiros e de subvenção) e exigir contrapartidas deexportação, para as empresas que superassem o CL “peça sobre peça”.
� Os incentivos deveriam aumentar a medida que se cumprissem metasde exportação e de CL. Estas metas deveriam refletir a realidade daindústria doméstica em termos de fornecimento do momento.
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2Diferencial de preços entre os manufaturadosbrasileiros e estrangeiros: Custo Brasil eSobrevalorização Cambial
Esforço da política industrial vs. Custo Brasil esobrevalorização cambial
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Desempenho da indústria de transformaçãobrasileira na última década
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Quais devem ser as diretrizes da PolíticaIndustrial no Brasil?
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� A Política Industrial precisa :
� Ser permanente , ou seja, deve ser uma política de Estado e não degoverno.
� Ser aprofundada , contendo instrumentos mais arrojados.
� De um sistema de governança eficaz , com ferramentas de controle,acompanhamento e revisão dos instrumentos.
� Melhoria significativa na segurança jurídica dos instrumentos.
� Para que seja uma Política efetiva, não é suficiente a Política Industrialconter metas ambiciosas.
� As metas não devem ser restritas aos instrumentos da PolíticaIndustrial, que são, predominantemente, variáveis “meio”.
� A principal meta (meta “fim”) deve ser aumentar a participação daindústria de transformação no PIB.
� Esta variável é afetada pela Política Macroeconômica. Portanto, a PolíticaMacroeconômica deve ser consistente com a meta de aumentar aparticipação da indústria de transformação no PIB.
Diretrizes para uma Política Industrial efetiva