TOQUE DE ACALANTO
1
Valter Bitencourt Júnior
Dedicatória:
Para o meu pai:
Valter Bitencourt
Para a minha mãe:
Maria Lúcia da Silva
Para a professora
Sandra Zaíra e a professora
Iraney Gonçalves Garcia
Para meus irmãos
Vagnei da Silva Bitencourt,
Leandro Da Silva Santos e
Lucielle da Silva Bitencourt
Para a Irmã Jacira do
Centro Educacional Paulo VI
Para meus padrinhos: Nega e Hino.
TOQUE DE ACALANTO
2
Valter Bitencourt Júnior
Biografia: Sou Valter Bitencourt Júnior, nasci em 25 de junho de 1994, Salvador/BA, sou poeta, escritor, leitor de livros e anarquista. Fui aluno do Projeto Patrulhando a Cidadania, e instrutor de literatura, conhecimentos gerais, em 2011, 2012, e parte do ano de 2013, passando a trabalhar na Pedreira Civil. Em 2010, passei a frequentar a Biblioteca Comunitária de Valéria Profª José Oiticica, passando a ler livros de poetas e escritores como: Carlos Drummond de Andrade, Lima Barreto, Manoel Bandeira, Raimundo Correia, Machado de Assis, Cecília Meirelles, Vinicius de Moraes, Gregório de Matos, Juvenal Galeno, Franklin Távora, Bernado Guimarães, dentre outros. Ainda no ano de 20011, tenho feito o curso de 200 anos de poesia, administrado pelo poeta Douglas de Almeida, em 2012 fiz parte de uma oficina de poesia, administrado pelo poeta carioca Carlito de Azevedo, tanto o curso que tenho feito, quanto à oficina foi feito na Biblioteca pública da Bahia. Em 2014, torno-me membro correspondente da Academia de Letras Teófilo Otoni, assim como também me torno membro da Confraria Artística CAPPAZ.
TOQUE DE ACALANTO
3
Valter Bitencourt Júnior
Faço parte do site: Movimiento Poetas Del Mundo, Lusos Poemas, Associação Internacional de Escritores e Artistas, Recanto das Letras, Sites de Poesia, Mundo Poesia, Beco dos Poetas, dentre outros sites, de poesia.
Projeto Patrulhando a Cidadania, em 06 de junho de 2011, faço parte da oficina 200 anos de poesia ministrado pelo poeta Douglas de Almeida, que leva mais ou menos três meses, que ocorreu nos dia de segunda e sexta, neste mesmo ano faço parte do passo a estudar no colégio Estadual Dinah Gonçalves, e apresento no TAL o poema "Coração de pedra", ganhando no segundo lugar, ainda em 2011 eu passo a usar as redes sociais como uma forma de publicação dos meus poemas, utilizando o facebook, blogs, twitter, linkedin, Myspace, sites de poesias, etc, em 2012, apresentei o poema "Onde esta o teu corpo", poema esse que não foi apresentado em 2009, ganhando no primeiro lugar, no finalzinho de 2012 faço parte de uma oficina administrada pelo poeta Carlito Azevedo, no meio de 2013, eu passo a trabalhar na Pedreira civil como aprendiz, não tendo mais possibilidades de dar aula no Projeto Patrulhando a Cidadania.
TOQUE DE ACALANTO
4
Valter Bitencourt Júnior
Em 2013, concluo o 3º ano do ensino médio, no Colégio Estadual Dinah Gonçalves, em 24 de dezembro de 2013 passo a ser o Secretário Geral da Ordem dos Poetas do Brasil. Em 24 de dezembro de 2013, passo a ser o secretário da Ordem dos Poetas do Brasil, em 2014, passo a fazer parte do site, Movimiento Poetas Del Mundo (Chile). Em 11/03/2014, crio um jornal, chamado Valter Bitencourt Júnior, o jornal tem o meu nome, mas por minha vez tenho por interesse de divulgar a literatura, blogs, sites, e aprender a também escrever artigos, e como já venho aprendendo a escrever e aperfeiçoando crônica, vou trazer mais novidades para os meus leitores.
TOQUE DE ACALANTO
5
Valter Bitencourt Júnior
Destino
O passado bate em minha porta feito chamas
Carregadas por um furacão,
Enfurecidas lembranças.
Jamais separaria os meus erros dos meus
fracassos,
Há coisas que não queremos que sejam eternas
Como a realidade dos seus braços:
É como comprar alguém
E não querer ser comprado;
Explorar e velar um diamante tão raro...
Mas a jóia mais cara do mundo não existe
O destino está voltado pra todos
Ou simplesmente estou triste?
TOQUE DE ACALANTO
6
Valter Bitencourt Júnior
Onde está o teu corpo
Ao sentir o teu corpo perto do meu
Senti calor.
Olhei nos teus olhos,
Ganhei confiança.
Nessa noite serena me apaixonei...
Ao sentir teu corpo perto do meu,
Comecei a te admirar
Observei tua boca,
Olhos,
Orelhas,
Nariz...
De cima a baixo.
Começo quase sem fim...
Porque, em certo dia,
Não cheguei a ver nem os teus pés.
Mas onde está o teu corpo
Que estava perto de mim?
TOQUE DE ACALANTO
7
Valter Bitencourt Júnior
Alma
Entra em meu corpo ingênuo
O aroma da natureza
E bate uma serena guerra
Profundamente!
Entra em meu corpo singelo
Umas das grandes sensações
Divinas
Purificam a minha alma oculta,
E no final pergunto
O que é alma?
O ar me deixa sem respostas.
...
Sobrevoo na plenitude.
TOQUE DE ACALANTO
8
Valter Bitencourt Júnior
Gozação do amor
O amor pinta o céu
E o rubro vira guerra.
...
Gozo com os ares.
Tudo vira uma sátira.
A vida se entristece.
TOQUE DE ACALANTO
9
Valter Bitencourt Júnior
Coração de pedra
Quero amolecer seu coração
De pedra,
Mostrar que a vida,
Nem sempre é tão dura
Quanto parece ser.
Vamos aproveitar
Segundos, minutos, horas, o fim, o começo
Como estivéssemos vivenciando
O gosto do último gole
De um prazeroso vinho
E passar a sentir a essência
De um grande perfume
Vou mostrá-lo que a vida
Não precisa ser tão longa
Para ser tão amada
Mas ela é curta
Para se ter
Inimigos.
TOQUE DE ACALANTO
10
Valter Bitencourt Júnior
Tempo passa!
Tempo! Passa tempo,
Anda tempo,
Voa tempo,
Muda o tempo!...
Saudades tenho
TOQUE DE ACALANTO
11
Valter Bitencourt Júnior
Desilusão
Cadê a tua clemência?
És tão vil,
Em que escrúpulo
Passaste um pano?
Por dentro torno-me
Um maltrapilho...
Minha alma sua
Em uma saleta
De efusão!
Teus verbos são tão
Verossímeis, deixam-me
Pasmo
Cansei de ficar
Perto dos teus pés
Benévolo.
...
Tudo está sem vínculo.
TOQUE DE ACALANTO
12
Valter Bitencourt Júnior
À flor da pele
Onde foram os espelhos
Da comparação
Pra me fazerem
Lembrar o passado lasso,
Ver todas as diferenças
Retratadas
A beleza é uma quimera estética
O que vale é o que reflete
Por dentro.
Manchas rubras se derramaram
Nesta terra
Nossa raça é cerúlea
Por ironia.
Somos de garbo,
Vencemos muitas prendas!
TOQUE DE ACALANTO
13
Valter Bitencourt Júnior
Luz do dia Desvenda-me como um poeta.
Na minha vida
Jamais avistaria isto
Neste meu ser crítico, lasso, lamentável...
Farei com que a poesia entrelace
No meu ser triste,
Pra que possa avistar sentimentos abstratos
A que não dou mínima importância
Que, no fundo, é uma alexandrita
Quando na luz do sol o seu verde
Traga-me esperança
Na luz artificial da noite o seu vermelho
Dê-me amor!
Oh! Luz do dia dê-me
Do meu ser poeta
Um dia de alegria
Pra que possa
De verdade amar
Meus semelhantes.
TOQUE DE ACALANTO
14
Valter Bitencourt Júnior
Amor vagabundo
O seu corpo molhado
Banhado por cachoeira,
Sua pele macia
Entrelaçado a minha!
Laço árduo...
Corpo quente...
Beijos ardentes...
... Alma inspirada!
...
Aonde vai voando
Deixa-me lasso?
TOQUE DE ACALANTO
15
Valter Bitencourt Júnior
Azul e vermelho
Não sei se escrevo céus;
Não sei se escrevo fogos;
Não sei se sinto mares;
Não sei se escuto chamas!
Tudo é um azul e vermelho
Que no fim
Será difícil distinguir.
TOQUE DE ACALANTO
16
Valter Bitencourt Júnior
Injustiça
Vem em forma de bicho feroz,
Dirigido por um ser subordinado
Porque devoras sonhos
Realizados
Se a minha vida é o meu trabalho
Agora destruído?
Joga meus esforços
Por águas abaixo
Injustiça!
Nessa vida me sinto perdido,
A maré me sufoca
Os pássaros me beliscam,
Os meus olhos já não brilham...
O que me resta,
O que me falta
Nesses duros e cansados dias?
TOQUE DE ACALANTO
17
Valter Bitencourt Júnior
Ganância
Vivemos em um mundo sublime
E o tempo voa,
O ar flutua
Entramos em obstáculos, sem volta
Caminhamos no infinito cosmo
Onde a vida vira sonhos.
E enganos.
Os seres brigam entre si
Onde a ganância vira caos:
No amor, no prazer, na misericórdia,
Na guerra...
Tudo vira e cai em si mesmo.
TOQUE DE ACALANTO
18
Valter Bitencourt Júnior
Máquina
Às vezes a vida parece
Uma espécie de máquina agressiva
Uma máquina livre
Feito um pássaro
Cria asa, voa alto
Perde-se,
Deixando mágoas
Em formas
De cachoeiras:
Bate e rebate
Nos seixos
Desmancham-nos
Aos poucos diminuem,
Os torna um ser pequeno
Aos poucos se sentem pisoteados.
Porém não bem somos
Uma máquina
Mas somos um
Capaz de se aperfeiçoar.
TOQUE DE ACALANTO
19
Valter Bitencourt Júnior
Tudo está azul
Sinto um lindo cheiro no ar!
Alguma coisa vem de longe
Caminhando como uma dança
Cheiros de mar
Dentre as nuvens
De todos os meus sonhos
Ilusão...
É a essência do dia
Que me desfaz de todos os tormentos!...
De todos os momentos
Enquanto isso passa,
Tempo!
TOQUE DE ACALANTO
20
Valter Bitencourt Júnior
Flor do dia
Como o sol nascendo,
Você se aproxima,
Flor do dia!
TOQUE DE ACALANTO
21
Valter Bitencourt Júnior
Acontecimento da vida
Nunca vi
Nada tão escuro
Como hoje.
Talvez entrara
Em uma ilusão,
E os acontecimentos
Da vida
Ajudaram.
TOQUE DE ACALANTO
22
Valter Bitencourt Júnior
Desculpa...
Desculpa!
Se o meu amor por ti
Não é eterno,
Passamos as mãos
Em uma ilusão contínua,
Mas tudo quer dar um basta.
Desculpa!
Se não sei ou não soube
Dar-te meu amor,
Apesar de existirem
Muitos afetos...
TOQUE DE ACALANTO
23
Valter Bitencourt Júnior
O que é poesia?
Poesia é arte! A tua clemência,
É a misericórdia
Do dia a dia!
Mas, o que é poesia?
Poesia é vida!
Poesia é amor!
Poesia é ardor!
Poesia é sexo
Mas, mesmo assim...
De tudo, o que será poesia?
Poesia é musica!
Poesia é uma dança!
Poesias são quadros!
Poesia é o inefável...
O que será? Que será?
É poesia!
Poesia é um temperamento,
É um sofrer,
É um desejar
TOQUE DE ACALANTO
24
Valter Bitencourt Júnior
É um escrever humano
Mas, mesmo assim...
O que será a poesia?
É tudo que está fora
Do nosso alcance...
Mas esta entre nós
TOQUE DE ACALANTO
25
Valter Bitencourt Júnior
Sou poeta
Escuto, escuto a vida.
Ando no horizonte...
Traço do passado.
Canto para ninar
Meu coração de todas as lembranças
Sinto cheiro de telúrio molhado
Neste dia poético
Sou poeta!
TOQUE DE ACALANTO
26
Valter Bitencourt Júnior
À procura
Procuro algo em mim
Entre duas pedras
Dentro de um vulcão voraz.
Procuro meu ser poeta,
Que só o meu destino
Pode encontrar!
Onde não sei...
Vejo tudo em neblinas.
TOQUE DE ACALANTO
27
Valter Bitencourt Júnior
A solidão
Solidão é uma crise de abstinência
Contraria.
As luzes dos céus
Jamais se abrirão
Por completo
Na escuridão da noite.
Constelação noturna
De todos os atritos inesquecíveis,
A constelação mirada
Por dois amores
São estrelas dissidentes
De todas as posições separativas
Dos laços distantes
Que se tornam distinto.
TOQUE DE ACALANTO
28
Valter Bitencourt Júnior
Siga o seu coração
Não quero ficar por baixo
E nem ficar por cima
Só quero mostra-lhe
Que dentre esse seu ser excessivo
O excesso não a levará a nada
A não ser ao pior
A desgraça não vem só para o pobre,
Mas também para o rico
Do seu ser sem amor
Não há proveito.
Mudarei os meus passos
Que fazem tempestades, redemoinhos,
Furacões...
Para um novo caminho
Que faça o branco
Se transformar em cores
Fantásticas.
TOQUE DE ACALANTO
29
Valter Bitencourt Júnior
Monólogo
Gostoso é o nosso
Expressar:
Intimo quente, prazeroso, suave...
Nos lastimáveis momentos
Subitamente nos afastaremos
Para não fustigar as flores
Para não romper as rosas...
Quero enfatizar o amor,
Fantasiar a nossa vida.
Rapidamente não te avisto
Bato-me com os dentes
Faz-me derreter os olhos,
Não conseguindo
Avistar beleza.
E faço a minha vida
Um monólogo
Sombrio sem respostas.
TOQUE DE ACALANTO
30
Valter Bitencourt Júnior
Nostalgia
Pra mim o rio já te cansou;
A maré te levou;
O passado te machucou
O hoje já morreu
O ontem sequer ressuscita
Os seus prantos se secaram
As cachoeiras se afugentaram
Por te verem as nuvens
Desmancharam-se
E a pergunta fica
O que tanto te fustiga?
TOQUE DE ACALANTO
31
Valter Bitencourt Júnior
Fuga
Fugirei dos seus braços
Ao perceber que, diante do gatilho,
Estou completamente perdido por você,
Desculpa! Se estiver sendo baixo
Só não quero corromper
As montanhas,
Tenho medo da neblina.
Seja minha ninfa!
Mas quero um pouco
Curtir a vida...
Um dia a farei
Meu universo, minha rainha
Serei seu dia,
Por enquanto
Da paixão serei de você
Uma fuga.
TOQUE DE ACALANTO
32
Valter Bitencourt Júnior
Lasso
Deixei que o vento
Entre em meu corpo
Como a primavera.
Florescendo o meu amor,
Entrei no infinito
Penetrando
Profundamente no gozo
Entrelaçando nas estrelas
O nosso corpo
Como um laço,
Lasso.
TOQUE DE ACALANTO
33
Valter Bitencourt Júnior
Amor eterno
Como assim?
Não sei...
Pra que lado
E direção...
Posso te laçar!
TOQUE DE ACALANTO
34
Valter Bitencourt Júnior
A miséria
Oh! Dores
Que me pegam me prende
Saem ou não dos meus pecados?
Oh! Deus.
Cai do céu uma cachoeira
Devorando casas
Sai dos telúrios
Uma quentura
Oh!Meu senhor nos castiga por quê?
Somos seres impetuosos
Governados por tiranos,
Fazemos muitas das vezes
As nossas próprias lástimas
Não deixando de ser ambicioso
Oh! Vida
A terra está se tornando
Um sofrimento
Fabricado por nós mesmos,
A miséria.
TOQUE DE ACALANTO
35
Valter Bitencourt Júnior
Olhar poeta
Vejo cheiro de terra
Molhada.
Neste estado apaixonado,
Sinto-me presa
Dos seus braços
Suados, quentes...
Miro tudo de formas
Diferentes; vezo botões
Se transformarem
Em flores.
Veto seus beijos
Em outro
...
Beijo vagabundo.
Olhar poeta.
TOQUE DE ACALANTO
36
Valter Bitencourt Júnior
Natureza
Serpenteia o meu corpo no teu
Como o rio na rocha a germinar.
Mundo perdido no ciclo,
Estrelas que some do mar...
Teu corpo traçado no meu,
Tua fragrância, o meu luar.
Meu aroma suado no teu
E os lírios no vento a gozar.
Minha alma em ti,
E a tua além mar
Ais que se romperam
Os meus olhos a rogar!
A natura que Deus nos deu
Vezo todo a sonhar!
Flores que já nasceram
Rosa de tristezas no ar!
TOQUE DE ACALANTO
37
Valter Bitencourt Júnior
Protesto! Não tem coração?
Despeja os que
Nada tem,
Ser impiedoso!...
Você! Você...
Você sabe o quanto
A vida é um sofrer!
Não, não melhor,
Senhor.
Autoridade que tem
Esse direito
De desmanchar
O que já esta feito
Por outras mãos,
Pois é, não luto pelo
Projeto, e sim!
Pelos pequenos
Corações que vivem
Dele.
Pessoas de olhares
Sofridos e lassos,
Desse mundo injusto!
TOQUE DE ACALANTO
38
Valter Bitencourt Júnior
Não me dê o fim!...
Quero entrelaçar o infinito
No nosso gozo
Quente, fulgurante de chamas.
Quero me ausentar,
Presentear
Quando preciso.
...
Não bata os olhos,
E não me dê o fim!...
TOQUE DE ACALANTO
39
Valter Bitencourt Júnior
O relógio
Você olha várias vezes
O relógio,
Pra ver se o tempo
Passa,
Ele não passa,
Ele voa
Como você anda!
TOQUE DE ACALANTO
40
Valter Bitencourt Júnior
Doce pecado
Nasce uma flor
Bela delirante
Curvosa...
Seu perfume é um cristal
Vindo das colinas,
Inspira o céu
Transmite-me tranquilidade...
O tempo passa,
Tudo muda,
Ludibrias os meus olhos,
Enlouquece-me
E me perde
Nas profundezas
Da paixão.
Doce pecado
Que me pega por baixo
E me faz de surpresa,
Sufoca, laça, faz de mim fatias
Deixando-me em pedaços.
TOQUE DE ACALANTO
41
Valter Bitencourt Júnior
Fugitiva
Sinto-me o sol
Quando o tempo me aproximar
Porém, fugitiva,
Não te aproximas
Para não te queimares
Louca paixão!
Que enlouquece
E revira
O meu ser solitário!
TOQUE DE ACALANTO
42
Valter Bitencourt Júnior
Por que a morte?
Sinto como se tudo
Estivesse escuro,
Em um tom fúnebre
De longe enxergo lamento,
De seres que não compreendem
Tantos anos de convivência
Mesmo sendo pouco!...
É triste perder um ser
Talvez do nada
Porque no coração
Ele permanece sempre!
...
Mas porque além da separação
Existe a morte?
TOQUE DE ACALANTO
43
Valter Bitencourt Júnior
Laço
Quero saciar seus lábios
Trocar saliva
Roçando a minha língua
Na sua
Feito o movimentar
Das folhas de uma árvore
Ao bater aquele prazeroso ventinho
Da aurora
Fazendo-nos arrepiar
Os últimos fios de cabelo.
Quero me aprofundar
No seu ser carismático
E dentro dele formarei
Um laço
Que só você pode designar
E dele fazer do nosso amor
Uma eternidade.
TOQUE DE ACALANTO
44
Valter Bitencourt Júnior
Dia de hoje
No outro rumo, no amor,
A separação
Te Torna uma mentira
Ingênua, convencional
Que te consome e absorve
Até tu te integrar
Por inteiro
Por um ser
Que te enlouquece,
Te aquece,
Te adora
Dos dedos dos pés
Deslizando até o pescoço
Te alimenta
E cresce contigo o fogo,
Faz dos brancos das nuvens
Inesquecível rascunho
Desse esplêndido
Dia de hoje!
TOQUE DE ACALANTO
45
Valter Bitencourt Júnior
Malandragem
Vem do nada...
- Diga ai, cara!
Como vai “broder”...
E eu respondo
Vou indo, mano...
Como vai a mina?
A desconfiança responde
- A nega esta estirando
Os cabelos chapa.
- E a sua mãe,
Broow, como vai?
- A coroa vai levando
Meu...
-(Chega à bisteca).
...Beijos...
-seus cabelos, hem!...
Gata estilo rock hooll
Mana...
E o amigo dá no pé
No dia seguinte
Surge do nada
-diga ai, cara!...
TOQUE DE ACALANTO
46
Valter Bitencourt Júnior
Ilusão
Penetro na sua dor
Como gelo
Nessa noite
Vaporosa.
- É pedra!
Magoar um coração
Que tanto ama?!...
Sinto um tédio,
Num estado esquizofrênico,
Te vejo
Entre lírios neblinosos,
Cantando fantasias.
Vida nebulosa!
Tudo me rodeia
Esvaecido,
De averdose,
De amor...
-fugaz!
TOQUE DE ACALANTO
47
Valter Bitencourt Júnior
Gostoso
Gostoso é um beijar
De abstinência,
Quando tudo está
Perdido.
É um traçar de guerra
Em toda amplidão,
Enquanto o beija-flor
Pede a paz vizinha.
É um colar de pérolas
No teu pescoço
Para realçar o batom.
TOQUE DE ACALANTO
49
Valter Bitencourt Júnior
Tempo
Carro, pra que tantas
Velocidades
Se os dias voam?
Se as sensações
Forem gostosas!
Me leve contigo.
TOQUE DE ACALANTO
50
Valter Bitencourt Júnior
Solilóquio
Como as pessoas
Se isolam facilmente,
Volto a mim
E vejo que estou
Sozinho!
TOQUE DE ACALANTO
51
Valter Bitencourt Júnior
A esperança perdida
Quem sou?
Não sei.
Talvez o vento
Levou o meu nome.
Só não sei pra onde.
TOQUE DE ACALANTO
52
Valter Bitencourt Júnior
Amor desmanchado
Fecharei os meus olhos
E abrirei,
Quando a esperança
Surgir.
TOQUE DE ACALANTO
53
Valter Bitencourt Júnior
Voando, infinito
Venha, não se perda de mim,
Sinto saudades...
Você é minha rainha,
Meu universo,
Mas hoje as vezo
Como um pássaro
Voando no infinito!
TOQUE DE ACALANTO
54
Valter Bitencourt Júnior
Pai
De um bom pai
Jamais guardarei mágoas
Caso tenha que as cachoeiras
As levem
E se percam entre as pedras
De uma colina.
Que as margens do rio
Nos assemelhem, pai e filho.
TOQUE DE ACALANTO
55
Valter Bitencourt Júnior
Seu tudo
Sou a criatura
Mais feia!
É o que dizem
E me aparece
Você vendo-me
Seu tudo!
TOQUE DE ACALANTO
56
Valter Bitencourt Júnior
Musicalidade
A sua ingenuidade
E beleza singela
São os meus erros
Autográficos,
Paixão sonora
Me mexe
Como concha
Perdido no paraíso.
TOQUE DE ACALANTO
57
Valter Bitencourt Júnior
Escreverei
Escreverei faísca
Quando tudo
Estiver de cabeça
Pra baixo!
Escreverei chamas
Para todas as paixões!
Escreverei angústia
Para todas as nostalgias.
TOQUE DE ACALANTO
58
Valter Bitencourt Júnior
Como te entender?
Perdeu o fluir
Dos seus cantos,
Sua voz voa
A esmo,
Torna-se concha.
Você vai ao latifúndio
E volta, pra onde?
Não mais a entendo.
TOQUE DE ACALANTO
59
Valter Bitencourt Júnior
Nova esperança
Onda que vai e vem,
Traga-me algo
De bom
Pra esse mundo
Em guerras,
Mas não leve o melhor
De volta,
Uma nova esperança.
TOQUE DE ACALANTO
60
Valter Bitencourt Júnior
Aventureiro
Subo degraus
Com medo.
Sou o vento,
Perdido
Num ambiente fechado.
Carrego peso
Do passado lasso,
Em minhas mãos.
TOQUE DE ACALANTO
61
Valter Bitencourt Júnior
Suspense
Está no ar uma
Neblina constante...
Esta no ar o
Impossível!
Esta no ar
O suspense.
TOQUE DE ACALANTO
62
Valter Bitencourt Júnior
Tudo que você...
Como eu queria tanto
Os seus lábios,
E tudo que você
Desejar!...
TOQUE DE ACALANTO
63
Valter Bitencourt Júnior
Coração fantástico
Se a vida
Fosse a magia do natal,
Viveríamos num coração
Fantástico!
TOQUE DE ACALANTO
64
Valter Bitencourt Júnior
Viver em sombras
Lamentável!
É viver em sombras.
A única coisa
Que vem a cabeça
É a morte!
TOQUE DE ACALANTO
66
Valter Bitencourt Júnior
A separação
Na discórdia
De dois pombinhos
Um vira lata
A ganir!
Seus desprezos
Desciam ao solo
E um deles a voar!
TOQUE DE ACALANTO
67
Valter Bitencourt Júnior
E me resta um vazio!
Te quero,
Te busco,
Te conquisto,
Te suplico,
Você aparece,
Você some,
E me resta
Um vazio!
TOQUE DE ACALANTO
68
Valter Bitencourt Júnior
Lágrimas
Pena que o dia
Não foi como
Meus passados!
Mesmo assim
Elas tentam
Me inspirar!
TOQUE DE ACALANTO
69
Valter Bitencourt Júnior
Dois amores
Como se confundir,
Se apaixonado
Por dois amores?
...
A escolha é pedra.
TOQUE DE ACALANTO
70
Valter Bitencourt Júnior
Ingenuidade
Beija flor és tão bela
Que me fascina!
Nostalgia, euforia
Fico indeciso
Com a nostalgia
E a euforia
Não sei se escrevo noites
Não sei se escrevo dias!
TOQUE DE ACALANTO
71
Valter Bitencourt Júnior
Guerra das estrelas
O mar,
O luar,
Serena noite.
Nós dois
Retrato de uma noite
Que passa!...
Eu só...
Nós dois
Mortos de amor
Nas areias
Do cais.
TOQUE DE ACALANTO
72
Valter Bitencourt Júnior
Tristeza
Do jeito
Que hoje estou.
Meus poemas
Desceram
Lagrimas!
TOQUE DE ACALANTO
73
Valter Bitencourt Júnior
E você canta
Belas cortinas
Estampadas no seu sorrir,
Disfarce do seu dia,
Ilusão da sua noite.
O silêncio fala
E você canta!
TOQUE DE ACALANTO
74
Valter Bitencourt Júnior
Morte cruel
Voa pássaro...
E no fim deixe saudade
Nesse mundo
Que reza por ti!
Oh! Morte cruel,
Cortarei tuas asas
Para caminhar contigo.
TOQUE DE ACALANTO
75
Valter Bitencourt Júnior
Rosa
Nascem botões
Brotam
Fascinam,
Encantam
Reconciliáveis
Quando tudo
Está ao avesso.
TOQUE DE ACALANTO
76
Valter Bitencourt Júnior
Beleza
Mulheres que se apaixonam
Por flores,
É mulher
Que se semeia,
E nasce a cantar!
Mulheres de vários amores,
Mulheres sem se apaixonar!
TOQUE DE ACALANTO
77
Valter Bitencourt Júnior
Perfume
O vento corrupia
Sobre as rosas
Trazendo o cheiro da aurora.
TOQUE DE ACALANTO
78
Valter Bitencourt Júnior
Bola
Sou uma bola entre espinhos
Sem peito, sem ar,
Humilhado e chutado
Por um ser inadmissível!
TOQUE DE ACALANTO
79
Valter Bitencourt Júnior
Solidão
Deslumbra-se uma rosa delicada,
Os seus espinhos a isolam.
E o que deixa?
TOQUE DE ACALANTO
80
Valter Bitencourt Júnior
A sua boca
Quem sou eu
Para escarrar a sua boca,
Se sou, fascinado
Por ela!
TOQUE DE ACALANTO
81
Valter Bitencourt Júnior
Desprezo
Pode ir...
Cansei de você.
Vá dançando
Tango!...
TOQUE DE ACALANTO
82
Valter Bitencourt Júnior
Querer
Quero o seu corpo,
Você deixa-me
Fora de mim
Causo transtornos
Ao universo, o mundo...
Quero você por completo!
Ser inesquecível!
TOQUE DE ACALANTO
83
Valter Bitencourt Júnior
Pontuação da vida
Interrogar a vida,
Exclama o nada,
Parênteses nas
Duvidas,
Reticência no
Passado.
TOQUE DE ACALANTO
84
Valter Bitencourt Júnior
Flores
Tu olhas pros céus
Estando nas nuvens?
O amor floresce.
TOQUE DE ACALANTO
85
Valter Bitencourt Júnior
Flores nos céus
Vou escrever...
Vou escrever!
Escrever?
Sim.
Porque estou
Completamente
Apaixonado
Pela vida,
Pelo passado
Perene...
... E os dias
Efêmeros...
TOQUE DE ACALANTO
86
Valter Bitencourt Júnior
Amor
Não! Pode levar-me
Nessa sonoridade
Eterna
-quero ir contigo.
TOQUE DE ACALANTO
87
Valter Bitencourt Júnior
Musicalidade
Vem distante
Não sei de onde,
É suave,
Não sei como
Esta caminhando
Pelos ares...
É uma música
Que vem
Da primavera.
TOQUE DE ACALANTO
88
Valter Bitencourt Júnior
Uma rosa
Miro em minha frente
Uma rosa falsa,
Talvez uma rosa,
Feita por uma mão
Delicada!
Miro uma rosa
Sem espinhos,
Uma rosa completamente
Rosa.
TOQUE DE ACALANTO
89
Valter Bitencourt Júnior
Amor em distância
Anda nos ares
Olhando o infinito
Se procura vitória
Que vença.
TOQUE DE ACALANTO
90
Valter Bitencourt Júnior
O amor
Acabou!
E tudo, tudo
Se desfaz
Em gotículas
Angustiadas!
TOQUE DE ACALANTO
91
Valter Bitencourt Júnior
Esperança
O meu verde
Confunde sua visão
Quando estou entre
As palmeiras
Em sua casa, no quebrar de um copo
Em vez de azar
Levarei esperança
Ao seu sentir
Sem sorte.
TOQUE DE ACALANTO
92
Valter Bitencourt Júnior
Violência
Tudo se choca.
Tudo se derrete.
A vida muda
E os rumos
Se perdem.
TOQUE DE ACALANTO
93
Valter Bitencourt Júnior
Vícios
Entra de cabeça e pés
Em um caminho sem saída
Sua vida iguala um forte rubro
Sem paz!
Faz da vida um jogo
Que flutua e desce
Nas águas cristalinas
E se transforma
Em sofrimento singelo
Se perde nos vícios asquerosos
Quando tudo esta pra ser tarde
Você se isola, se entrega
Sequer vislumbra vontade
Se debate com crise
De abstinência, pertinência
Dias depois tudo parece ser bem.
É solto!
Mas o que vem a sua cabeça
Alimenta-se dos seus vícios
Deixando tristes lágrimas
Descendo pelas cachoeiras?
TOQUE DE ACALANTO
94
Valter Bitencourt Júnior
Moça do meu sonho
Não sei quem era,
Mas tinha uma noiva
Nas areias
Do cais
Era uma virgem
Dona de um olhar
Casto, de um corpo terno
De um jeito singelo.
Não sei por que
O sonegar.
De tanto negar,
De tanto brincar.
Tinha uma marca
Danúbia
De um corpo adulto
De uma alma jovem
O vestido pesava
Mas estava só
Não sei mais onde...
TOQUE DE ACALANTO
95
Valter Bitencourt Júnior
Naquele altar!
Distante a mirar!
Águia que olha distante,
Já sofreu tanto
Quanto sofri?
Um olhar distante
É o que me resta!
Será que somos
Dois diamantes sem brilho,
Ou esquecidos, ignorados,
Menosprezados, não
Lapidados, desvalorizados o que há?
Só fico aqui sentado pensado
Distante a mirar!
TOQUE DE ACALANTO
96
Valter Bitencourt Júnior
Pileque
Desgraça alheia
Oh! Vida insignificante
Pra que tantos passos errantes?
Passos que deixam rastros
Não laváveis,
Sua euforia é disfarce.
Sequer
Sabe-se o fim
Terminados em discussões ou distorções
Por que nos fustigas,
Descabível pileque?
Desgraça do homem
Desse seu sorriso
Prefiro distância
Distância que me deixará
Marcas.
TOQUE DE ACALANTO
97
Valter Bitencourt Júnior
Se tudo for um contraste
Cristais,
Brilho do dia
Luz da vida
Diamante.
Luz da noite
De todos os amores.
Alexandrita
Se torna tragédia,
Cedo mais tarde,
Vira esperança.
Volto à terra
Os seres são tesouros
Cheios de brilho,
Mas distantes
Sem valor.
TOQUE DE ACALANTO
98
Valter Bitencourt Júnior
Pretérito do passado
Paixão!
Cores quentes...
(Que sonoridade).
Não! Não...
Por que roubaste
O meu ser oculto?
Miserável!
Deixo-me no nada.
Arrancou-me, mutilou-me
Deixando-me no além.
Ingrata,
Seus rastros
Voltaram
Para tentar roubar
Este lugar vazio
Que você me deixou
-pretérito, quero distância
De ti.
TOQUE DE ACALANTO
99
Valter Bitencourt Júnior
Fragrante
Assim como o aroma
Você me transforma!
Mirando o universo
Deixa-me no ar
A cada vento
De todos os momentos,
Não me esqueço
De você inadmissível
Fragrância
Vinda de todas
As partes do universo!
TOQUE DE ACALANTO
100
Valter Bitencourt Júnior
Meu aniversário
Sei que foi
Tudo feito
Com amor.
Mas meu coração
É bobo,
E tentam não ver isso.
Será que é
Ignorância
Ou medo?
Tudo é visível
Para minha visão
Boba...
Não mereço
Tanto cortejo
E afeto
Mas como tudo,
Mesmo em neblinas
Ficou belo.
Valter Bitencourt Júnior
25/06/2011, Junho 2011
Às 08h15min
TOQUE DE ACALANTO
101
Valter Bitencourt Júnior
À noite, inverno.
Amor clandestino
Em toda minha vida
Subirei penhasco;
Subirei a plenitude;
Subirei o sublime;
O Monte Evereste,
O Cristo Redentor,
Degraus curvosos...
Apontarei que Maracujá
É a minha vida;
Sem Maracujá
Não sobrevivo;
Sou de Valéria
Mas beijo o interior
Da Bahia
Primeiro subirei
O infinito...
Para chegar
Ao maracujá!
TOQUE DE ACALANTO
102
Valter Bitencourt Júnior
Suspiro
Tu!
De onde vens?
Dessa forma
De onda...
Me deixas mágoas
Ficas!
Não vás...
Estou cansado
Das tuas indecisões
Nós!
Suplicamos amor eterno...
Somos cachoeiras,
Se quebrando
Nos rochedos
Lá estamos
Eu e tu,
Nas cortinas
Ilusórias
Do céu!
TOQUE DE ACALANTO
103
Valter Bitencourt Júnior
Amor inefável
É inefável
A tua clemência!
O teu martírio, inexorável...
É mister
Saber cuidar-se.
Nem sempre
Se encontra uma mão,
Cuidado!
O seu coração
Que tanto
Sofre
Ficará lasso
Constantemente.
TOQUE DE ACALANTO
104
Valter Bitencourt Júnior
Paixão
Tudo fica sem nexo
Quando triscamos
Em um rubro, a paixão!
Nos deixa fora de nós
É uma fisgada!
Que nos pega com garras
De dragões
Tudo entra em chamas.
A paixão é uma loucura
Instantânea
Nem sempre
Dá pra segurar.
TOQUE DE ACALANTO
105
Valter Bitencourt Júnior
Traços
Rastros
Que se vão...
Por ir...
... São teus,
Mulher errante!
Encontro-me
Numa pane
No fundo
Esvairado...
Me congelaste...
Moça de vida fácil?...
Virgem dos lábios núbeis
De olhares soslaios
-cheiro de traição:
Minh´alma se confunde
Duas mortes
Num só luar
Eu e tu...
TOQUE DE ACALANTO
106
Valter Bitencourt Júnior
Fragmento lasso
Quero arrancar
Os teus lábios
Dos meus...
Quero traçar
O teu corpo,
No meu!
Louco sozinho
À noite!
Quero teu corpo.
Cachoeiras
Descem
Nos seixos
Delírio nós dois
Feito cometa
No cais...
Nós dois grudadinhos
Na chuva, no mar!
TOQUE DE ACALANTO
107
Valter Bitencourt Júnior
Abismo, infinito
Tudo sai de si,
E a vida chuta
Desmancha-se de lágrimas
A única coisa
Que lhe resta.
Lágrimas! Lágrimas! Lágrimas!
Arde por dentro o coração.
Tudo corta deprimidamente
E o que vem a cabeça
A morte?
Você se encontra no esmo
É como uma pista
Em buracos
Desviando carros
Nessa vida tropeço
Em abismo
E caio no infinito.
TOQUE DE ACALANTO
108
Valter Bitencourt Júnior
Sem rumo
Amor sem rumo,
Você dá o de se:
Corre, chora, proclama...
E mesmo assim
Fica sem nexo...
Chega a hora
Em que você se cansa
Assim como ela aparece,
Sem rumo,
Feito bolhas de sabão,
Se desfaz...
E mesmo assim
Fica a solidão,
Dentro de si...
TOQUE DE ACALANTO
109
Valter Bitencourt Júnior
Eflúvio / desespero
Sinto cada eflúvio
Suando frio
No meu coração.
Dessa vida desalmada
Nada me satisfaz,
Somente a tua face
Molhada no meu colo
-me mata.
TOQUE DE ACALANTO
110
Valter Bitencourt Júnior
Te amo
Sai facilmente
A palavra:
Te amo;
Com um toque
Brilhante em sua face
Seguindo, e vindo,
E controlando...
O seu sorriso
Constelar
Linda despedida
Da manhã!
TOQUE DE ACALANTO
111
Valter Bitencourt Júnior
Ilusão
Nuvens em neblinas,
Quebras de mar
Na areia
Ondas de ir
E voltar.
Seres de segredos,
Mundo de brinquedos,
Quimeras de poeta
Em um novo lar.
TOQUE DE ACALANTO
112
Valter Bitencourt Júnior
Triste
Triste, triste é você
Voltar atrás e estar
Tudo perdido.
Triste é você morrer
Sem o amor,
Sequer florescer.
Triste é você
Olhar o mundo
Em lágrimas...
Difícil entender!
Triste é esconder
O que está
Escondido
Entre montanhas
Imaginarias.
Triste é viver
Desabitado
Ou delírios constantes.
TOQUE DE ACALANTO
113
Valter Bitencourt Júnior
Viver
É gostoso
Você saber
Amar a vida
É como você
Se banhar
Em um mar
De pétalas
De lírios
E sentir
O cheiro
Do lis
Vagarosamente.
É belo
Saber viver
O dia
Não deixando
Que ele escureça.
...
Não deixando de sentir...
TOQUE DE ACALANTO
114
Valter Bitencourt Júnior
Monólogo de um ser apaixonado
Não agüento ficar distante
De você,
É como estar faltando
Alguma coisa em mim.
Não sei o quê!...
Gostaria de traçá-la
Nas nuvens,
Mas mesmo assim
Triste!
Pois sei que elas se desmancham!
Não sei se suporto
A sua distancia
Mas queria
Morrer abraçado
Com você!
TOQUE DE ACALANTO
115
Valter Bitencourt Júnior
Foi amor
Não sei como
Mas tudo rolou,
Me entreguei a você
Da cabeça aos pés.
Tudo foi chamas
Que hoje se apagaram,
E só me restam
Lembranças.
TOQUE DE ACALANTO
116
Valter Bitencourt Júnior
Teu pensamento
És uma partícula
Menosprezada,
Assim como
Uma gota
De água
Pelas terras secas.
Não há nada que se
Equipare ás tuas
Angústias infinitas!
E mesmo assim,
Num olhar distante
O gritar
De uma gaivota...
Não sei se é o teu
Pensamento.
TOQUE DE ACALANTO
117
Valter Bitencourt Júnior
Não me esqueça
Venha pros meus braços
Não se aflija!
Quero sentir a essência
Do seu perfume de jasmim
Quero designar
A cor dos teus olhos.
Teus olhos são o azul dos céus
Mesclado com o amarelo das flores
E resultam no verde dos rios
Venha, meu amor,
Saciar minha sede,
Lembrar momentos perdidos
Que sequer sabemos
Onde achar!
TOQUE DE ACALANTO
118
Valter Bitencourt Júnior
Contraste
Se o iniciar
De um ano novo
Fosse o iniciar
De boas ações,
Seria gostoso.
Assim como um poeta
Escreve coisas puras,
Se o mundo fosse verdadeiro
Seria tanto gostoso,
Quanto triste
O mundo sempre
Nos prega contraste.
TOQUE DE ACALANTO
119
Valter Bitencourt Júnior
Ilusão
Penetro na sua dor
Como gelo
Nessa noite
Vaporosa.
-É pedra!
Magoar um coração
Que tanto ama?!...
Sinto um tédio,
Num estado esquizofrênico,
Te vejo
Entre lírios neblinosos,
Cantando fantasias.
Vida nebulosa!
Tudo me rodeia
Esvaecido,
De averdose,
De amor...
-Fugaz!
TOQUE DE ACALANTO
120
Valter Bitencourt Júnior
Visibilidade
Quando tudo está paralelo,
Ando em linhas retas.
Se tudo fosse uma fronteira,
Daria passos na esquerda
Sem pisar em flores murchas,
E nem espinhos vorazes.
Quem seriam
Os céus?
Quem seriam
As nuvens
Amor
Ou paixão?
Água
Ou neblina?
Colocarei sal no café
Só para acompanhar o ritmo
Do dia...
Pra que lírios no caminho
Se o poente já está fúnebre?
Não sei por que tanto amargor?
No coração de um músico
Não sei se são as letras,
Não sei se é o ritmo
TOQUE DE ACALANTO
121
Valter Bitencourt Júnior
Não sei se é a música
Tudo se encontra
Em nevoeiros...
TOQUE DE ACALANTO
122
Valter Bitencourt Júnior
Indecisão
Viver,
Morrer,
Ressuscitar
Extremos da vida
Tudo vai do que
Fica, tudo
Foge...
Em tormentos
Mas, no fundo,
Tudo é vício,
Tudo é droga
Coca-cola
Deita e rola
Num papel de cetim
E eu vou
E nunca fico...
TOQUE DE ACALANTO
123
Valter Bitencourt Júnior
Sensibilidade
Sou o poeta sensível
Citando fúria,
Sou uma mariposa
Maquiada,
Soltando esporo,
Sou a mais frágil
De todas as derrotas,
E solto palavras de amores
Como defesa.
Sempre dos que amam
Me incorpora
Amo tudo, a vida,
A morte, a estrada,
A sorte, a pedra
O refugio...
E no fim não passo
De um beija-flor
Lambuzado, tomando uma
Superdose de amor. Oh!
Ilusão camuflada
Num vermelho e azul
Tristes neblinas.
TOQUE DE ACALANTO
124
Valter Bitencourt Júnior
Vezo
Furtarei a tua fragrância...
Sinto todos os dias
O teu aroma!...
Vou me banhar no teu corpo,
Todas as noites de jasmim!
Só para degustar o teu
Perfume.
TOQUE DE ACALANTO
125
Valter Bitencourt Júnior
Destino
Corria no asfalto
Feito um carro
Sem roda,
Derrapa...
Des-
li-
za
no
as-
fal-
to...
Volta,
Vai,
Fica
Foge...
Indecisão
Da vida
Tudo
Foge
Tudo
Fica na vida
De um jovem.
TOQUE DE ACALANTO
126
Valter Bitencourt Júnior
Reflexo
Só quero o seu sorriso
Transbordante nas areias
Cristalinas, feito um raio
A cegar os meus olhos;
E sentir na chuva da
Primavera você brotar
Como uma flor rósea!
Quero retomar você...
Em poesia, em seus dias
Rotos.
Quero no espelho
Ver você sorrir para mim
E para todos feito um reflexo
Encharcando o dia de uma
Grande aurora.
TOQUE DE ACALANTO
127
Valter Bitencourt Júnior
Destino
Nem tudo tem que ser assim,
Do sol, ao vento derrubando
Acalantos.
Nunca menti pra você
Nunca lhe disse a verdade.
Cada parte, cada traçado, cada
Momento, cada lamento, cada
Tormento em ternuras.
Só quero está aos seus
Braços e sentir cada aroma
Em brisas balsâmicas
E gozar os seus cabelos
Na lira.
Quero cada passo um abraço.
Cada laço uma moldura.
Cada compasso os seus cabelos um conforto.
E fitar a cachoeira batendo
Nos seixos... Feito
TOQUE DE ACALANTO
128
Valter Bitencourt Júnior
O sol se pondo ao céu
Deixando pequenos olhares
Nas estrelas.
Maravilhas
Desejo alegrias a todos
Neste mundo que derrama
Sangue tão negro.
Desejo as sete maravilhas,
Para ver o seu sorriso
De acalanto.
Desejo sorte, para ressuscitar
Os seus olhos distantes,
Que não querem enxergar
O belo.
Desejo o progredir, o amém,
Para você...
Porque sei que é preciso
Amar a si mesmo,
Amar a vida,
E erguer uma bandeira
Na amplidão.
TOQUE DE ACALANTO
129
Valter Bitencourt Júnior
Passos
Teus olhos estão ao vento,
Descendo cachoeiras,
Ao mar feito pingos
De chuva.
Tento avistar cada elemento;
Tento gozar cada momento;
Tento beijar cada movimento,
Lasso ao sol até cada crisântemo
Tenho de avistar tudo
Em um clarão
E ver tudo em neblina
Mentir para continuar;
Partir para atenuar;
Progredir para averiguar;
Cada passo inusitado
Vou gritar ao mundo.
Cada poesia feita em chamas
E vou murmurar cada
Perda e ternura.
TOQUE DE ACALANTO
130
Valter Bitencourt Júnior
Liberdade
Exercitar o coração poético
Quando tudo está a saltar;
E proteger o coração terno
De todo o mal estar;
E superar a vida
Jogar na sorte de um sonhar;
E saber do nada meditar
Meditar a paz na alma.
É saber de tudo ser livre
Mesmo que não exista
Liberdade.
TOQUE DE ACALANTO
131
Valter Bitencourt Júnior
Aurora
Quero me alimentar no amanhecer
E sentir a aurora em formas de
Vento, e ver o por-do-sol
Por entre os montes.
Quero criar imagens de poesias.
Quero escrever palavras escolhidas.
Sei que tudo pode ser passageiro
Em tudo aquilo, que nem sempre,
Pode se condensar pelo ar.
TOQUE DE ACALANTO
132
Valter Bitencourt Júnior
Toque de acalanto
“Encontrar meu equilíbrio cortejando
A insanidade” (Legião Urbana)
A Vincter
És de uma alma tão terna
Como um doce cantar de acalanto!
Os seus dedos cansados
A deslizar em cada compasso
Do coração... É lindo!
Encosta a sua audição
De garoto apaixonado
No corpo do violão de olhos
Fechados, como as estrelas
A se esconder Por entre
As névoas
De grandes montes,
Feito as brisas marinhas
Levando as ondas num só
Borbulhar...
Até as areias cristalinas
A beijar o chão virgem...
Vai! Ignora as minhas palavras
Num só brincar de ninar, cochilando,
TOQUE DE ACALANTO
133
Valter Bitencourt Júnior
Dedilhando cada corda,
Na amplidão do espaço.
Vai ser imortal de todas as imortalidades
Arranca ao vento os meus olhares
Poéticos num só fascinar!
]
TOQUE DE ACALANTO
134
Valter Bitencourt Júnior
De coração
A Vincter Santos meu amigo, e ao meu primo Dan
Nos momentos montanhosos, Vou exaltá-lo. Que venha a ser O pico do monte Evereste, O levarei até o topo. Quero guardar momentos Eufóricos de um ser Fantástico, extravagante, plácido. Quero fracionar eternidade À procura de um ser Íntegro, não vendável, não comprável Não tão fácil de ser encontrado
Você, meu grande amigo.
TOQUE DE ACALANTO
135
Valter Bitencourt Júnior
1. Dedicatória
2. Biografia
3. Destino
4. Onde esta o teu corpo
5. Alma
6. Gozação do amor
7. Coração de pedra
8. Tempo passa
9. Desilusão
10. A flor da pele
11. Luz do dia
12. Amor vagabundo
13. Azul e vermelho
14. Injustiça
15. Ganância
16. Máquina
17. Tudo está azul
18. Flor do dia
19. Acontecimento da vida
20. Desculpa
21. O que é poesia
TOQUE DE ACALANTO
136
Valter Bitencourt Júnior
22. Sou poeta
23. À procura
24. A solidão
25. Siga o seu coração
26. Monólogo
27. Nostalgia
28. Fuga
29. Lasso
30. Amor eterno
31. A miséria
32. Olhar poeta
33. Natureza
34. Protesto
35. Não me dê o fim!
36. Relógio
37. Doce pecado
38. Fugitiva
39. Por que a morte?
40. Laço
41. Dia de hoje
42. Malandragem
TOQUE DE ACALANTO
137
Valter Bitencourt Júnior
43. Ilusão
44. Gostoso
45. Maravilhas
46. Tempo
47. Solilóquio
48. A esperança perdida
49. Amor desmanchado
50. Voando, infinito
51. Pai
52. Seu tudo
53. Musicalidade
54. Escreverei
55. Como te entender?
56. Nova esperança
57. Aventureiro
58. Suspense
59. Tudo que você...
60. Coração fantástico
61. Viver em sombras
62. Vaidade
63. A separação
TOQUE DE ACALANTO
138
Valter Bitencourt Júnior
64. E me resta um vazio!
65. Lágrimas
66. Dois amores
67. Ingenuidade
68. Guerra das estrelas
69. Tristeza
70. E você canta
71. Morte cruel
72. Rosa
73. Beleza
74. Perfume
75. Bola
76. Solidão
77. A sua boca
78. Desprezo
79. Querer
80. Pontuação da vida
81. Flores
82. Flores nos céus
83. Amor
84. Musicalidade
TOQUE DE ACALANTO
139
Valter Bitencourt Júnior
85. Uma rosa
86. Amor em distância
87. O amor
88. Esperança
89. Violência
90. Vícios
91. Moça do meu sonho
92. Distante a mirar!
93. Pileque
94. Se tudo for um contraste
95. Pretérito do passado
96. Fragrante
97. Meu aniversário
98. Amor clandestino
99. Suspiro
100. Amor inefável
101. Paixão
102. Traços
103. Fragmento lasso
104. Abismo infinito
105. Sem rumo
TOQUE DE ACALANTO
140
Valter Bitencourt Júnior
106. Eflúvio/Desespero
107. Te amo
108. Ilusão
109. Triste
110. Viver
111. Monólogo de um ser apaixonado
112. Foi amor
113. Teus pensamentos
114. Não me esqueça
115. Contraste
116. Ilusão
117. Visibilidade
118. Indecisão
119. Sensibilidade
120. Vezo
121. Destino
122. Reflexo
123. Destino
124. Maravilha
125. Passos
126. Liberdade