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DESAFIOS DE CONTROLE DO TABAGISMO NO BRASILDR. MARCOS MORAES

Presidente da Academia Nacional de Medicina

Presidente do Conselho de Curadores da Fundação do Câncer

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57 milhões de mortes 2008 63% (36 milhões) por DCNT

80% países baixa ou média renda

25% pessoas < 60 anos de idade

mortalidade por DCNT - cada aumento de 10% reduz crescimento

econômico - 0,5%

DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS

2030 –52 milhões de mortes por DCNT

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Tabagismo Alimentação não saudável

Inatividade física

Uso abusivo de álcool

Cardiovasculares

Diabetes

Câncer

Respiratórias Crônicas

Controle do tabaco: uma das medidas mais custo

efetivas para deter o crescimento das DCNT

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TABAGISMO - 1/6 DAS MORTES POR DCNT

• 15.000 morrem por dia

• 100 milhões de mortes no Século XX

• Mais de 1 bilhão de pessoas consomem produtos de tabaco

• A cada dia, 100 mil jovens começam a fumar - 80% países em desenvolvimento

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Fonte: Banco Mundial, 1999

Tabagismo – Doença pediátrica

90% dos fumantes começam a fumar antes dos 19 anos

Idade média de iniciação 15 anos

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TABAGISMO CUSTO GLOBAL -US$ 200 BILHÕES/ ANO

EUA

Custo tabagismo193 bilhões de dólares/ ano

Arrecadação 25,7 bilhões de dólares

Fonte: CDC

BRASIL

Custo tabagismo10 bilhões de dólares/ ano

(15 doenças tabaco relacionadas)

Arrecadação3 bilhões de dólares

Fonte: ACTbr/Fiocruz e Ministério da Fazenda

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Convenção-Quadro da OMS para Controle do Tabaco - UMA

REAÇÃO DO MUNDO

Primeiro tratado internacional de saúde

pública negociado sob os auspícios da OMS

Situação Atual

176 países ratificaram e implementam suas medidas

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REUNIÃO DE CHEFES DE ESTADO NA ONU

DECLARAÇÃO FINAL:

Reconhecem o fundamental conflito de interesse entre a indústria do tabaco e saúde pública (parágrafo 38)

Se comprometem a acelerar a implementação da CQCT e encorajar os países que ainda não ratificaram a fazê-lo… reconhecendo que a redução substancial do consumo de produtos de tabaco é uma importante contribuição para reduzir as DCNT. (Par. 43.c)

Plano Global para Deter as Doenças Crônico Não Transmissíveis- Setembro de 2011 -

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Fontes

1. Brasil IBGE Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição de 1989 (PNSN)

2. Brasil. Ministério da Saúde. Inquérito domiciliar sobre comportamentos de risco e morbidade referida de doenças e agravos não transmissíveis em 15 capitais brasileiras e no Distrito Federal. 2002-2003 (InqDANT:)

3. Brasil. Ministério da Saúde & Instituto Brasileiro Geográfico Estatística. PNAD Pesquisa especial sobre tabagismo (PETab). 2008.

Prevalência de Tabagismo na População acima de 15 anos

BRASIL24,5 milhões FUMANTES

26 milhões EX FUMANTES 2008 - pop > 15 anos

19891 20032 20083

32 19Total 17

37

24

Homens

Mulheres

23

16

21

13

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Junho 2011

Fonte : Schmidt MI et al . Chronic non-communicable diseases in Brazil: burden and current challenges. The Lancet, Volume 377, Issue 9781, Pages 1949 - 1961, 4 June 2011

BRASIL

Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT)

72% das causas de mortes

“mortalidade caiu em 20% (entre 1996 e 2007 )

“ ... o controle do tabagismo é um grande sucesso ... responsável por grande parte da diminuição das DCNT..”

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Reunião da ONU com Chefes de Estado sobre Doenças Crônicas Não

Transmissíveis - setembro de 2011

http://www.youtube.com/watch?v=b1om1-oNUE0

“Queremos avançar ainda mais no controle do tabagismo com a implementação plena da Convenção Quadro para Controle do Tabaco”

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Brasil - Plano de Ações para Enfrentamento de Doenças Crônicas não Transmissíveis 2011 - 2022

Eixo II: Promoção da Saúde Estratégia 9 - Avançar nas ações de implementação da Convenção- Quadro para o Controle do Tabaco – CQCT decreto nº 5.658/2006

POLÍTICA NACIONAL DE CONTROLE DO

TABACO

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TABACO NO BRASIL

• 3º maior produtor de tabaco – maior exportador

• 85% da produção é exportada

• 200 mil famílias de pequenos fumicultores

• Indústria do Tabaco – Poder econômico e

político

FORTE INTERFERÊNCIA NO CONTROLE DO

TABACO

DIMINUIÇÃO

DO CONSUMO

AUMENTO DA

PRODUÇÃO

exportação

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2005 O Senado Federal

ratifica a adesão do Brasil à Convenção sob forte clima de oposição

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ARCABOUÇO ESTRATÉGICO PARA

CONTROLE DO TABACO

DESCENTRALIZAÇÃOSES E SMS

TRANSVERSALIZAÇÃOagendas estratégicas de saúde: DCNT, Saúde da

Família, Saúde do Trabalhador, Vigilância

Sanitária

INTERSETORIALIDADECONICQ

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Secretarias de Saúde

REDE DE GOVERNANÇA POLÍTICA DO CONTROLE DO TABACO

INCACoordenação da

Política de Controle do

Tabaco

CONGRESSO NACIONAL

ANVISA e rede de

vigilância

CONICQ

Universidades

Sociedade civil

organizada

OPAS/OMS -Brasil

Outras áreas MS

SVS/AS/SCTIE

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Lei 12.546/ 2011– Proíbe totalmente o ato de fumar em

recintos coletivos

– Proíbe totalmente a propaganda e patrocínio de eventos por marcas de produtos de tabaco

– Amplia advertências sanitárias nas embalagens dos produtos de tabaco

– Aumento da tributação sobre cigarros e politica de preços mínimos

Anvisa baniu uso de aditivos em produtos de tabaco em março de 2012

POLÍTICA NACIONAL DE CONTROLE DO

TABACO - COMO ESTAMOS?

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Emenda contraria leis antitabaco e propõe fumódromo disfarçado

Deputado defende abertura de bares específicos para quem fuma. Entidades que são contra o cigarro consideram proposta um retrocesso

Publicado em 07/10/2011

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REINO UNIDO

Proibição da exibição das embalagens de cigarros nos PDV entrará em vigor

na Inglaterra, com a promessa dos ministérios que esta medida irá

diminuir a iniciação entre jovensabr/2012

JÁ NO BRASIL Exposição de maços em destaque

e com propaganda Rio de Janeiro nov/2012

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AUSTRÁLIA: Lei uniformizando embalagens entra

em vigorThe Guardian Dez/2012

Ministro do Comércio :“É uma medida anti- câncer e não anti

comércio!”

JÁ NO BRASIL Embalagens cada vez mais atrativas

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Política Nacional de Controle do Tabaco

Grandes Desafios e Grandes Possibilidades

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DESAFIOS NO CONTROLE DO TABAGISMO

AMEACAS:INSTABILIDADE E INCOMPREENSAO

MINISTERIALMINUTA DE PORTARIA

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