Superando a síndrome de retirar a estratégia do papel 2
Sumário
Introdução ............................................................................................ 3
As 3 fontes de problemas: Concepção, implementação e gestão ........ 4
Projetos coerentes tem mais sucesso ................................................. 6
A importância do Comandante ............................................................ 7
Um ambiente favorável ........................................................................ 8
Suporte especializado ....................................................................... 10
Olho nos instrumentos de navegação ................................................ 11
Sobre o Autor .................................................................................... 12
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Introdução
A execução da estratégia decorre das atividades propostas no
plano estratégico. Portanto, seria natural que, terminado o
planejamento, imediatamente se iniciasse a execução estratégica.
Mas a grande maioria das empresas não consegue encaixar a
execução estratégica no seu dia-a-dia, levando todo planejamento
ao fracasso e desacreditando que planejamentos realmente podem
levar as empresas ao crescimento.
A execução da estratégia não é algo que pode ser dissociado do
dia-a-dia da empresa, aliás, quanto mais cotidiano for a execução
do plano, maiores as chances dos resultados serem alcançados.
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As 3 fontes de problemas: Concepção,
implementação e gestão Se o trabalho de planejamento for executado adequadamente e com o
uso correto das ferramentas disponíveis, dificilmente haverá problemas
na execução decorrentes do planejamento.
Mas planos mal elaborados podem ser parte do problema da execução.
Se os planos forem idealizados demais, baseados em dados imprecisos
e análises superficiais do ambiente competitivo; incompreensões acerca
do mercado, dos competidores e da própria realidade da empresa,
geram análises incoerentes e resultam em proposições ineficazes para
impulsionar a empresa na direção desejada.
Para evitar problemas de concepção dos planos estratégicos, a solução
é contar com profissionais qualificados para a sua elaboração, que
disponham de experiência e qualificação nesse tipo de trabalho.
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No entanto, o mais comum é ocorrerem problemas na execução em
virtude da dificuldade que as empresas encontram em introduzir as
ações estratégicas nas rotinas operacionais da empresa, o que impede
a transformação da estratégia em ações cotidianas.
Uma estatística demonstra que a grande maioria (90-95%) dos planos
estratégicos fracassa porque não são transformados em ações
cotidianas. Não pode haver distinção entre as ações operacionais e as
ações estratégicas que devem ser executadas no nível da operação. Por
isso a necessidade de monitoramento, controle e análise rotineira do
conjunto de indicadores estratégicos, para que a condução da estratégia
não se perca em função da falta de integração com a operação.
Outro complicador da execução da estratégia é a ansiedade da alta
direção quanto às mudanças estabelecidas no plano. Quando uma
empresa define seu primeiro planejamento estratégico, muitos
empresários imaginam que essa ação isolada provocará as mudanças
que ele deseja no curto prazo, e quando isso não ocorre esses
empreendedores são tomados pela ansiedade e tendem a abandonar o
plano definido e voltar às velhas práticas.
Priorizar as ações estratégicas e manter o foco nos objetivos definidos é
uma condição básica para as grandes mudanças que foram traçadas
para modificar a forma da empresa tocar os negócios e melhorar seu
desempenho.
Planejado Realizado
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Projetos coerentes tem mais sucesso
Para que o planejamento seja coerente e adequado à condição de cada
empresa, é necessário que os primeiros planejamentos considerem o
estágio de desenvolvimento que ela já alcançou. Assim, será possível
adotar projetos que sejam passíveis de execução e causem impactos
menores e mais controláveis.
Por isso os primeiro projetos a
serem implementados são os de
estruturação: aqueles que são
fundamentais para que a
empresa funcione de forma
adequada ao que foi planejado.
Pode parecer uma obviedade, mas
muitas empresas funcionam de maneira
muito desorganizada, com processos
operacionais mal definidos, com pessoas
sobrepondo atividades de outras, o que resulta em
enorme perda de sua energia vital.
Em segundo lugar, executam-se os projetos que preparam a empresa
para o crescimento. Em geral são os projetos que envolvem ações de
marketing, mais ligados a posicionamento de marca e delimitação de
mercados.
Em terceiro lugar, serão executados os projetos que promovam o
crescimento, caracterizados como aqueles que tratam da melhoria das
vendas, ampliação de mercados, melhora dos resultados financeiros e
econômicos.
E, por fim, os projetos que introduzem os conceitos de sustentabilidade
dos negócios, geralmente ligados à introdução de processos de
pesquisa e desenvolvimento de modelos ou produtos inovadores, com a
função de renovação de portfólio de produtos, descoberta de novos
nichos de atuação e concepção de novos modelos de negócios.
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A importância do Comandante
O processo de mudança vai se estender por um período de até 3 anos e
precisa ser ajustado na medida em que a empresa vai se adaptando à
nova visão que se pretende estabelecer. Não se pode desanimar e
deixar a estratégia traçada de lado.
É bastante comum que o processo gere desconforto, desconfiança e
resistência por parte daqueles que ainda não entenderam o que está
ocorrendo ou que resolveram resistir às mudanças, por não
concordarem com elas. Devido a este contexto é preciso ter cuidado ao
delegar as tarefas e é necessário manter o comando firme da situação
de mudança.
Por isso é importante que se tenha a figura do dono da estratégia, papel
do principal executivo da organização, que deve capitanear todo
processo de mudança. Ignorar a importância dessa figura pode colocar
todo plano em xeque e comprometer o crescimento da empresa.
Os bons
resultados são
alcançados com
uma boa gestão,
focada nos objetivos
delimitados pela estratégia.
Isso implica em monitoramento
das ações e projetos com base
em indicadores de desempenho
previamente estabelecidos e
amplamente divulgados, com
a finalidade de demonstrar
que os esforços estão
contribuindo para que as
metas sejam alcançadas.
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Um ambiente favorável
Durante o processo de mudança é preciso destacar a importância das
pessoas e que a participação dos colaboradores se dará por meio de
suas lideranças. Para envolver as pessoas nesse processo é necessário
que os empreendedores demonstrem formal e claramente que a
empresa está passando por mudanças e que se pretende introduzir uma
nova visão acerca dos negócios.
O comportamento transparente e assertivo por parte dos gestores e da
alta direção, é indispensável para convencer os colaboradores que as
mudanças têm como único intuito a melhoria do desempenho da
organização e seu crescimento, e que isso vai impactar positivamente a
vida de todos os envolvidos. A finalidade é gerar o compromisso dos
colaboradores com a estratégia planejada.
Imaginar que todas as pessoas vão se submeter voluntariamente às
novas propostas é, até certo ponto, uma ingenuidade. Sempre existirá
um grupo de resistência. É fato estatístico que 15% das pessoas
envolvidas na organização sabotam as operações, principalmente
quando estas implicam em retirá-las da zona de conforto ou exigem
esforços novos.
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Nesse caso, os lideres precisam atentar para os pontos de resistência e
buscar eliminá-los, seja através do convencimento das pessoas
resistentes, ou seja, pela substituição daqueles que não se adaptam à
nova realidade.
Na maioria das vezes a estratégia implica em redefinição de processos,
ajustes nas operações, renovação de portfólio de produtos, etc.
Desmantelar toda estrutura existente que impeça a realização do plano
estratégico é parte deste processo. Uma nova estratégia pode implicar
em novas formar de enxergar o mercado e trabalhar nele.
Um fator decisivo para o sucesso é a persistência para alcançar os
objetivos de médio e longo prazo. Para que isso aconteça o executivo
que lidera a execução estratégica precisa estar sensível ao ambiente,
para perceber a hora de insistir nas ações e quando é necessário
promover ajustes de rota. Por isso os instrumentos de gestão precisam
ser bastante efetivos.
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Suporte especializado
A experiência tem demonstrado que os líderes que contam com um
apoio especializado para a execução estratégica alcançam sucesso
mais rápido e se desviam menos dos objetivos previstos, comprovando
que contar com conhecimento especializado, também é um fator
importante para o sucesso.
Microempresas e empresas de pequeno e médio porte, que não
disponham de especialistas em estratégia e sustentabilidade de
negócios em seu quadro de colaboradores, sempre devem contar com o
apoio de uma empresa especializada para o desenvolvimento e
acompanhamento da execução de seus projetos estratégicos.
Os especialistas em estratégia devem contribuir com uma visão mais
ampla tanto do ponto de vista mercadológico quanto organizacional. Nas
empresas de menor porte, as pessoas que deveriam ocupar posições
estratégicas tem uma atuação muito operacional, o que impede essa
visão mais ampla do negócio e da empresa.
Outra vantagem que as empresas especializadas apresentam é o
domínio de metodologias, técnicas e ferramentas atualizadas para o
desenvolvimento dos planos estratégicos. Além de uma desejável
imparcialidade para a análise das informações e condução dos conflitos
que podem surgir durante os debates necessários ao planejamento.
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Olho nos instrumentos de navegação
A empresa é um organismo vivo atuando em um ecossistema vivo que é
o mercado. Estratégias vencedoras tendem a afetar o ambiente
competitivo e causar reações nos demais atores do mercado. Então, é
necessário que todo projeto estratégico seja constantemente monitorado
e avaliado, para que sofra os ajustes necessários para responder as
reações que o mercado terá quando da sua aplicação.
A metodologia de trabalho adotada pela Ninho prevê o
acompanhamento da execução com reuniões operacionais que podem
ser semanais ou quinzenais, dependendo do cliente. É previsto a
realização de uma reunião mensal de prestação de contas e avaliação
de resultados, que envolve a alta direção da empresa e a gerência
média. Nessas oportunidades podem ser realizados ajustes pontuais
nas ações.
Esse apoio operacional tem se mostrado muito efetivo, porque
proporciona às empresas menores a oportunidade de contar com um
staff de profissionais com competências na condução estratégica, o que
minimiza as dificuldades mais comuns aos pequenos negócios.
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Sobre o Autor
Jeferson Sena é diretor técnico da empresa
Ninho Desenvolvimento Empresarial,
formado em administração e especialista em
estratégia para crescimento e
sustentabilidade de negócios.
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