ECONOMIA E PODER EM ÁFRICA Módulo 6. Estado e Poder Estudo de Caso: ANGOLA
Claudia Generoso de Almeida [email protected]
@ António Ole, 1978
Sessão 18/11/2016
Resumo da sessão de 16 de Novembro
» A situação recente de saída de alguns Estados Africanos do Tribunal Penal Internacional (TPI) (Burundi, Gambia, África do Sul) » Informalização do poder e das instituições: «instrumentalização da política da desordem» » Neopatrimonialismo e o big man rule como características fundamentais do exercício do poder nos Estados em África
Estados que ratificaram o Estatuto de Roma
Angola assinou mas não ratificou, não há jurisdição automática do TPI
Perguntas que vão orientar a nossa análise
1. Que principais fases se podem identificar na formação do
Estado de Angola? - trajectória histórica
2. Que efeito teve o fim da guerra civil em termos de
consolidação do poder na figura do presidente e do MPLA?
3. Que características são apontadas ao Estado angolano e
quais as principais questões críticas?
De que Estado estamos a
falar:
1 246 700 km2
25 789 024 habitantes
18 províncias
Línguas: o português falado por
71,15% de angolanos,
umbundu como a segunda
mais falada (22,96%)
Ver: http://opais.co.ao/mais-de-
7-milhoes-de-angolanos-falam-
linguas-nacionais/
Fonte: Censos de 2014
Fonte:
http://angolanoticias.blogs
pot.pt/2013/03/idiomas-
de-angola-e-os-grupos-
etnicos.html
Hino Nacional Angola Avante!
(Letra Manuel Rui, Composição Rui Mingas)
Angola, avante!
Revolução, pelo Poder Popular!
Pátria Unida, Liberdade,
Um só Povo, uma só Nação!
Manuel Rui (Alves Monteiro)
(Huambo, 4 de Novembro de 1941, Ministro da
Informação do MPLA durante o governo de transição,
membro fundador da União dos Escritores Angolanos,
autor da letra do Hino Nacional de Angola)
Quem me dera ser onda (1982)
Criação de um leitão no sétimo andar de um prédio,
contra a lei, até ao carnaval da vitória
Cumprimento dos ideais da revolução e a construção
da nação angolana.
1. Formação do Estado angolano
a) O processo de descolonização
b) O pós-independência
c) A transição para a democracia multipartidária
d) O fim da guerra civil e o «dividendo da paz»
1. Formação do Estado angolano
a) O processo de descolonização
- Transferência exclusivista de poder no Acordo de Alvor (15 de Janeiro
de 1975): 3 movimentos nacionalistas
FNLA MPLA UNITA
- Um só território, uma só nação: Mas o que dizer do Enclave de Cabinda?
- O nascer sangrento do novo Estado (a dipanda – independência-
proclamada a 11 de Novembro de 1975): guerra entre os 3 movimentos
Ver:
http://www.projectotrilhos.com/pt/home
Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA): anteriormente designada
União das Populações de Angola (UPA), o movimento foi fundado como
resultado de um acordo de fusão entre a UPA e o Partido Democrata de Angola
(PDA) a 27 de Março de 1962. Dirigido por Holden Roberto, o movimento
estabeleceu-se no norte de Angola e representaba ogrupo étnico dos bakongo
Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA): oficialmente fundado
em 10 de Dezembro de 1956 em resultado da fusão de quatro organizações -
PLUAA (Partido de Luta Unida dos Africanos de Angola), MIA (Movimento para
a Independência de Angola), MINA (Movimento pela Independência Nacional
de Angola) e PCA (Partido Comunista de Angola). Principalmente intelectual e
urbano, formado por mestiços e assimilados educados da zona de Luanda.
Dirigido por Agostinho Neto.
União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA): oficialmente
fundado em Marzo de 1966, baixo a liderança de Jonas Savimbi, era um
movimento pluriétnico, embora com o apoio significativo do grupo mais
expressivo de Angola (os ovimbundu).
Os 3 principais movimentos nacionalistas ou de libertação de Angola
Enclave descontínuo do país, rico em petróleo,
localizado na costa ocidental africana, com cerca de 7.680 km2
Acordo de Alvor; anexação de Cabinda como parte
integrante do futuro Estado africano, sem o prévio
consentimento dos autóctones do Enclave (Bembe
2010)
FLEC - Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (fundada em 1963): recusa
qualquer saída que não seja a autodeterminação e a independência do território,
que considera protectorado português à luz do famoso Tratado de Simulambuco
(1885)
Presidente de Angola considerou, em 26 de Fevereiro de 2002, que Cabinda seria
também “uma questão a tratar no âmbito da reforma constitucional” (Bembe 2010)
Finais de 2005 abriu-se uma ronda de negociações directas entre o governo de
Angola e o Fórum Cabindês para o Diálogo (organização que alega agrupar todas
as forças de resistência de Cabinda)
Memorando de Entendimento do Namibe de 1 de Agosto de 2006: a manutenção
da “República de Angola como Estado unitário e indivisível, democrático e de
direito”. Estatuto especial à província
https://www.facebook.com/coque.mukuta/videos/1138751869544019/
https://soundcloud.com/kabuabuata/angola-41-depois-mpla-dirigiu-da-
pior-forma-possivel-os-destinos-de-angola-nelito-ekuikui
http://sicnoticias.sapo.pt/programas/reportagemsic/2016-11-17-
Angola-um-pais-rico-com-20-milhoes-de-pobres-1
“Analise aos 41 anos de independência de Angola, Avanços e Recuos’’
Debate (12/11/2016), levado a cabo pelo Centro de Integridade pública de
Angola, na sua décima edição, no programa: “TURBILHÃO DA
SOCIEDADE” com duração de 45 minutos, com Nelito Ekuikui (secretário
regional da UNITA no município de Belas) e Walter Ferreira (jurista, ligado
ao MPLA, Coordenador da Plataforma Juvenil pela Cidadania)
Debate sobre os legados da independência
1. Formação do Estado angolano
b) O pós-independência:
- Regime monopartidário (1975-1992): MPLA governa enquanto partido
único a República Popular de Angola com a oposição (do FNLA) da
UNITA.
- Guerra civil (1975-2002): Estado ausente de grandes parcelas do
território, sem capacidade tributária, e não garante a segurança fora dos
meios urbanos (Soares de Oliveira, 2015)
1. Formação do Estado angolano
b) O pós-independência:
- Guerra civil (1975-2002): 1975-1991; Esforço Bicesse; 1993-2002
3 Dimensões do conflito armado (1975-1991)
Civil: fracturas no nacionalismo angolano, construção do Estado-Nação,
base étnica-rival
Regional: regime do apartheid na África do Sul e regime de Mobutu no
Zaire
Global: Guerra fria. A intervenção indirecta dos EUA (UNITA) e Rússia
(MPLA) e directa da África do Sul (UNITA) e Cuba (MPLA)
Sugestão de documentário: Jihan El Tahri Cuba, an African Odyssey (2007).
3 fases da guerra (1975-1991)
1975-1979: entusiasmo e euforia do MPLA e sobrevivência da UNITA
1980-1984: frustração político-militar do MPLA (negociação com a África
do Sul (Acordo de Lusaka Fevereiro de 1984) e entusiasmo da UNITA
pela vitória
1985-1989: empate militar e procura de uma solução negociada ao
conflito, abertura político-económica.
1. Formação do Estado angolano
c) A transição para a democracia multipartidária
- A promessa de paz nos Acordos de Bicesse (1991) e nas primeiras
eleições multipartidárias (1992)
- Volta à Guerra (1993-2002): consolidação do poder presidencial
Assinatura do Protocolo de Lusaka (20 de Novembro de 1994), após mais
de 11 meses de negociações entre o governo do MPLA e a UNITA, na
presença de José Eduardo dos Santos e ausência de Savimbi.
O Governo de Unidade e Reconciliação Nacional (GURN) é empossado em
11 de Abril 1997. Com 28 ministros, 58 vice-ministros e um secretário de
Estado, o executivo é dirigido por Fernando França Van-Dúnem e abrange
todas as formações políticas nacionais com assento no parlamento. A UNITA
participa neste Governo com quatro ministros e sete vice-ministros.
- Acumulação primitiva de capital por parte de uma minoria: especulação
comercial, manipulação da taxa de cambio, programa de privatização
(Soares de Oliveira 2015,195-197)
Legislativas Número de votos (%)
MPLA 1.976.940 (53,7 %)
UNITA 1.258.103 (34,1 %)
Presidenciais Número de votos (%)
José Eduardo dos Santos 1.877.052 (49 %)
Jonas Malheiro Savimbi 1.547.586 (40 %)
Angola: Resultados das Eleições Gerais
de 1992
Fonte: Clemente-Kersten (1999, 71-74); Estatística das Eleições de 1992,
Comissão Nacional Eleitoral de Angola
(http://www.cne.ao/estatistica1992.cfm)
Nota: necessidade de 2ª volta nas presidenciais que não chegou a acontecer.
1. Formação do Estado angolano
d) Fim da Guerra e o «dividendo da paz»
- Fim da Guerra (vitória militar do governo do MPLA): Memorando de
Luena (em 30 de Março de 2002, o chefe do Estado Maior Adjunto das FAA,
general Geraldo Nunda, e o chefe do Alto Estado Maior Geral das Forças
Militares da UNITA, general Abreu Muengo "Kamorteiro", rubricam no Luena,
Moxico, os termos de um acordo de cessar-fogo em Angola, ratificado depois
em Luanda). O país urbano, civilizado e moderno; a parceria com a
China, a cedência de recursos em troca da construção de infra-
estruturas, com governo angolano a enviar petróleo em troca de linhas
de crédito chinesas (Alves e Power 2012)
- Consolidação do posicionamento de poder do MPLA e reforço dos
poderes do presidente
Fonte: “O Rei Sol”, Caricatura de JES feita pelo jornal Expresso
Nascido em Luanda, 28 de Agosto 1942
Licenciado em Engenharia de Petróleos (União Soviética)
Foi Ministro das Relações Exteriores, Ministro do Planeamento e
Desenvolvimento Económico
Com a morte de Agostinho Neto passa a assumir a presidência
(1979).
2º Presidente em África que está há mais tempo no poder (1º Obiang
na Guiné Equatorial)
Presidente José Eduardo dos Santos
1. Formação do Estado angolano
d) Fim da Guerra e o dividendo da paz
- Estado paralelo (presidência e Sonangol, 2º maior grupo empresarial de
África) (Soares de Oliveira, 2015, 51). Controlo das receitas pela
presidência, substituição da administração pública
- Cooptação (de autoridades tradicionais para expandir a influência do
Estado,veja-se em Maio de 2012, 41 554 autoridades reconhecida pagas
pelo governo; de militares por via da expropriação de terras e extracção
de minério (Soares de Oliveira 2015, 178 e 182)
- Subdesenvolvimento da administração do Estado: “a administração do
Estado se encontra subordinada ao partido e que ambos obedecem ao
diktat do presidente” (Soares de Oliveira, 2015, 142)
- Controlo do presidente dos métodos de exercício da violência
- Nova constituição de 2010: eliminação de eleições presidencias directas.
José Eduardo dos Santos pode ficar no poder até 2022.
1. Formação do Estado angolano
d) Fim da Guerra e o dividendo da paz
- O MPLA como gatekeeper e vigilante do passado
Schubert (2016): «as pessoas procuram, de forma consciente e activam
a filiação no regime como estratégia de mobilidade social, para
aumentar o seu poder relativo riqueza e estatuto»
- MPLA como instrumento do presidente, burocracia presidencial (Casa
Civil e Casa Militar) acima dos organismos da administração pública
- Regime de partido dominante (eleições 2008, 2012 e 2017 (?)): o mesmo
partido ganha as eleições com maioria de forma consecutiva.
MPLA 81.64%
UNITA 10.39%
PRS 3.17%
ND 1.20%
FNLA 1.11%
Votantes: 87.4% Eleições Legislativas 2008
Fonte: Africa Elections Database
(http://africanelections.tripod.com/)
MPLA 71.85%
UNITA 18.67%
CASA-CE 6.00%
PRS 1.71%
FNLA 1.13%
Votantes: 62.8%
Eleições Legislativas 2012
Fonte: Africa Elections Database
(http://africanelections.tripod.com/)
3. Características do Estado angolano
Estado frágil que não chega a todo o território;
O Estado distribui bens privados, e não públicos, por via partidária e não por
via administrativa (Soares de Oliveira 2015, p. 291)
Estado que não garante as liberdades políticas (atrofia)
Neopatrimonialismo e personalização do poder na figura do presidente e dos
seus seguidores (círculo chegado de pessoas)
Estado rendeiro: sistema extractivo de rendas assente na exploração
petrolífera, dependência face ao petróleo
Corrupção
Pobreza e baixos índices de desenvolvimento humano
Estado frágil
Fonte: http://fsi.fundforpeace.org/2016-angola
Liberdades políticas: Estado angolano considerado não livre
Estado rendeiro: dependência face ao petróleo
Receitas petróleo (% do PIB): queda do preço do barril afectou fortemente as receitas
Fonte: World Bank, 2011
Fonte: Transparency International, 2015
Score: 15/100
Altos níveis de corrupção
Esperança média de vida: 56 anos
Cerca de 32% da população vive com
2 dólares por dia.
Fonte: World Bank
Angola: baixo índice de desenvolvimento humano
(esperança média de vida; educação, rendimento per capita)
Fonte: Human Development Report, 2015
(149/188)
3. Questões críticas
Política: sucessão do JES. Necessidade de controlar o processo,
proteger a sua família, os seus aliados e o seu legado.
O presidente anunciou em Março de 2016 que se retiraria do seu
cargo em 2018. Mas as eleições são em 2017 e o MPLA aprovou
de forma unânime a sua candidatura.
Económica: crise atual com a queda do preço do petróleo
Social: descontentamento e aumento da pobreza
Bibliografia sobre Angola
História de Angola
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London: Hurst.
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-Guerra, João Paulo. 2009. Descolonização portuguesa: o regresso das
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Bibliografia sobre Angola
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Bibliografia sobre Angola
Guerra civil
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