ENSAIOS
DE
ESTANQUIDADE
1. Introdução
Resultante do forte desenvolvimento que se verifica na execução de novas redes de águas residuais, bem como na remodelação das antigas, as preocupações ambientais conduziram a um grau de exigência cada vez mais elevado no que concerne aos materiais utilizados, assim como na execução das obras.
Cientes dos custos elevados de tratamento, e do seu real agravamento no caso de existência de infiltrações nas redes de saneamento, as entidades gestoras exigem hoje provas claras da boa execução da rede que vão gerir.
O Regulamento Geral dos Sistemas Públicos de Drenagem de Águas Residuais, aprovado pelo D.R. n.º 23/95, de 23 de Agosto, prevê no Artigo 141.º, relativo a ensaios após assentamento, a obrigatoriedade de execução de ensaios de estanquidade nos colectores e ramais de ligação executados.
Assim, o grupo Uponor disponibiliza hoje um equipamento para realizar ensaios de estanquidade, segundo a norma EN1610, de 1997, recorrendo às tecnologias mais avançadas para comprovar o desempenho de excelência dos seus sistemas de tubagem, assegurando também uma instalação correcta..
2. Ensaios segundo a norma EN 1610Segundo a norma supra referida os ensaios a executar em redes gravíticas podem ser feitos recorrendo a água - Método “W”, ou recorrendo a ar - Método “L”.
O Método “L” - Ar, sendo o mais rigoroso, é o recomendado pela norma. No caso de não se conseguir um ensaio a ar aceitável, deve então proceder-se a um ensaio a água, sendo o seu resultado decisivo.
Deve proceder-se a um ensaio antes de encher a vala, por modo a facilitar a identificação prévia de eventuais anomalias.
2.1. Ensaio com ar (método “L”)O tempo de duração dos testes a ar é dado na tabela que se segue, mediante o diâmetro da tubagem e o método considerado (LA, LB, LC ou LD), o qual deve ser estipulado pelo dono de obra. A Uponor recomenda o método LD por ser o que presta maior garantia.
Este ensaio é executado recorrendo a tampões nas caixas de visita e de ramal de ligação, assegurando assim uma vedação completa do troço a ensaiar.
ENSAIOS DE ESTANQUIDADE
Deve iniciar-se o processo com uma pressão inicial 10% superior a requerida pelo teste (po), que deve ser mantida durante aproximadamente 5 min. A pressão deve então ser levada para o valor estipulado na tabela, tendo em conta o método escolhido.
A variação de pressão (∆p) não deve ser superior à considerada na tabela, sendo este o parâmetro de aceitação do teste.
po ∆∆∆∆ pDN 100 DN 200 DN 300 DN 400 DN 600 DN 800 DN 1000
LA 10 2,5 5 5 7 10 14 19 24LB 50 10 4 4 6 7 11 15 19LC 100 15 3 3 4 5 8 11 14LD 200 15 1,5 1,5 2 2,5 4 5 7
Duração do teste (min)mbar
Método do
O procedimento a seguir relativamente à utilização do método “W” ou “L”, deverá ser o apresentado nos seguintes fluxogramas:
EntradaDecidir método
apropriado
Aplicar teste de ar
∆∆∆∆p no limite aceitável
A falha é relevante
Aplicar teste de
água
Procurar motivos e
corrigir
Proceder ao teste de
água
Aceite
Sim
NãoNão
Sim
Ar Água
Não
Sim
Fluxograma para o método “L”
ENSAIOS DE ESTANQUIDADE
Entrada
Aplicar teste de água
A perda de água é
aceitável
Procurar motivos e
corrigir
Aceite
Não
Sim
Fluxograma para o método “W”
2.1. Ensaio com água (método “W”)
A pressão a ser utilizada neste teste será a correspondente a encher a tubagem até ao nível do solo, na caixa de visita a montante ou a jusante conforme as situações, assegurando uma pressão máxima de 500 mbar e mínima de 100 mbar.
2.1.1. Pressão do teste
Após o enchimento da tubagem é recomendável um determinado período de acondicionamento, que é de habitualmente 1 hora.
2.1.2. Período de acondicionamento
O teste terá a duração de 30 min. com uma tolerância de 1 min.
2.1.3. Duração do teste
ENSAIOS DE ESTANQUIDADE
• 0,15 l/m2 durante 30 min. para tubos
• 0,20 l/m2 durante 30 min. para tubos e caixas de visita
• 0,40 l/m2 durante 30 min, para caixas de visita e de inspecção
A área em causa será a correspondente a superfície interna molhada.
L
π *Ri2
Vteste = ππππ* Ri2 *L
ENSAIOS DE ESTANQUIDADE
A pressão deve ser mantida adicionando água, assegurando que não existam variações superiores a 10 mbar.
A quantidade de água adicionada não deve ser superior aos seguintes valores:
2.1.4. Condições do teste
3. Equipamento para ensaios de estanquidade
Ciente da necessidade crescente de efectuar ensaios fiáveis, que permitam ensaiar as redes de um modo eficaz e expedito, o grupo Uponor comercializa um sistema que permite efectuar ensaios de acordo com a norma EN 1610, tanto a ar como a água.
Este equipamento assegura a execução de teste rigorosos, recorrendo a sensores de elevada precisão, permitindo ainda o registo informático em ambiente Windows dos testes efectuados.
Assim, do ponto de vista de quem executa a obra, estes ensaios serão levados a cabo no decorrer da sua execução, assegurando ao empreiteiro total confiança no trabalho efectuado, e permitindo também a entrega de um relatório pormenorizado de cada troço ao dono de obra.
A fiscalização, por outro lado, encontrará neste equipamento a ferramenta ideal para averiguar e comprovar a real estanquidade da rede executada.
3.1. Introdução
A = 2*ππππ* Ri *L
ENSAIOS DE ESTANQUIDADE
Pensado para o sistema Ultra Rib, este equipamento permitirá confirmar aquilo que sempre afirmamos: ESTANQUIDADE A 100%.
A Uponor comercializa equipamentos para executar ensaios unicamente a ar ou a água, ou ambos, possibilitando também o registo de dados recorrendo unicamente a um manómetro digital, ou então através de um software que regista os dados assegurando a sua representação em tabela ou graficamente.
Os constituintes básicos deste equipamento são os seguintes:
• Tampões pneumáticos
• Braço telescópico para caixas de ramal
• Mangueiras para introdução e saída de água/ar
• Válvula de segurança
• Acessórios para ligações (Tê, válvulas de seccionamento, etc...)
• Manómetro digital
• Software e hardware para ligação a PC, com sensor manométrico.
Os passos a seguir serão os seguintes:
• Colocar os tampões pneumáticos nas caixas de visita e nas caixas de ramal (pressão entre 5 a 7 bar)
(o braço telescópico da fotografia acima apresentada, permite a introdução de tampão em caixas de ramal Uponal até 6 metros de profundidade)
• Introdução de ar na conduta num dos tampões (recorrendo a um compressor) até uma pressão 10% superior à designada na norma durante 5 minutos
• Ajuste à pressão de teste, e controlar durante o tempo de teste a variação de pressão dentro dos limites aceitáveis.
3.2. Descrição dos ensaios
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3.2.1. Ensaio a ar (método “L”)Este é sem dúvida o método mais rápido e rigoroso. O tempo de execução de um ensaio é de aproximadamente 10 a 15 min.
Com o método Uponor os ensaios são efectuados entre caixas de visita, incluindo os próprios ramais.
Caixa de visita
Caixa de ramal
O ensaio a ar pode ser repetido algumas vezes até se obter um resultado satisfatório.
O resultado pode ser lido num manómetro digital ou através do software num PC.
ENSAIOS DE ESTANQUIDADE
•
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3.2.2. Ensaio a água (método “W”)
O ensaio a água é muito mais moroso do que o anterior. De qualquer modo, em situações onde o ensaio de ar não seja cumprido dever-se-á recorrer a este ensaio, sendo que, caso o resultado seja positivo, o troço em teste será aprovado.
Os passos a seguir neste teste serão os seguintes:
• Colocar os tampões pneumáticos nas caixas de visita e nas caixas de ramal (pressão entre 5 a 7 bar)
• Encher a conduta com água a partir da caixa mais jusante, por modo a permitir que o ar saia no ponto mais alto.
• Recorrendo às duas colonas de água existentes (uma em cada tampão), assegurar que o nível se encontra num máximo de 500mbar (5 m.c.a) na caixa a jusante, e num mínimo de 100 mbar (1 m.c.a), na caixa a montante.
• Acrescentar água sempre que o nível desça nas colunas de água o correspondente a 10 mbar (0,1 m.c.a)
• Verificar se o valor de água acrescentado durante os 30 minutos do teste está dentro dos parâmetros definidos na norma.
ENSAIOS DE ESTANQUIDADE
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