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F4 teco QQUARTA-FEIRA, 16 DEMARÇO DE 2011 ab ab QUARTA-FEIRA, 16 DE MARÇO DE 2011 tec F5o Q

Mulheres criampoucoparaWikipédia Sexo feminino se destacanas redesRepresentantes do sexo feminino respondem por cerca de 13% dos que escrevem na enciclopédia colaborativa Estudosmostram quemulheres tomam a dianteira quando o assunto é o uso de sites como Facebook e Twitter

Comparaçãoentretextosdemonstrainclinaçãodoserviçoon-lineemdireçãoainteressesmasculinos

NOAM COHENDO “NEW YORK TIMES”

Emapenas dez anos, aWi-kipédia atingiu metas notá-veis. Mais de 3,5 milhões deartigoseminglês?Feito.Maisde 250 idiomas disponíveis?Claro. Mas outro número seprovou ser um obstáculo pa-ra a enciclopédia on-line:pesquisas sugerem que me-nos de 15% de suas centenasde milhares de colaborado-resé formadapormulheres.Há cerca de um ano atrás,

uma pesquisa da base de co-laboradores da Wikipédiamostrou que o índice de re-presentantes do sexo femini-no era de cerca de 13%. O es-

tudo é da Universidade dasNaçõesUnidas edaUniversi-dadedeMaastricht.Sue Gardner, diretora-exe-

cutiva da fundação Wikime-dia (que mantém a Wikipé-dia), estabeleceu a meta deaumentar as contribuiçõesfemininas para 25%até 2015,mas ela está correndo contraas tradições domundo da in-formática.Seu esforço não é só pela

diversidade, ela diz. “[Esta-beleço essa meta] por querer

garantir que a enciclopédiaesteja tão boa quanto podeser”, disse Gardner. “A dife-rença entre aWikipédia e ou-tros produtos editoriais équeos colaboradores da Wikipé-dia não são profissionais,eles são chamados para tra-zeroquesabem.”Com tantos assuntos re-

presentados na enciclopédiaon-line—quase tudo tem umartigo na Wikipédia— a dis-paridade entre os gênerosfrequentemente aparece.Umtópico geralmente restrito ameninas adolescentes, comopulseiras de amizade, parecepequeno quando comparadoa artigos sobre itens de inte-resse de meninos adolescen-tes, como soldadinhos debrinquedo.Considere tambémas dife-

renças entre os artigos rela-cionados a duas séries daHBO. A entrada sobre “Sexand the City” inclui peque-nos resumos de cada episó-

dio, às vezes com apenasduas ou três frases. Já a sobre“Família Soprano” incluilongos e detalhados artigossobrecadaepisódio.Anoçãodequeumprojeto

colaborativo e aberto a todosé tão inclinado aos homenspode ser surpreendente. Afi-nal, não existe um time deexecutivos favorecendo oshomens, como pode aconte-cer no mundo corporativo. AWikipédia é mais como umexperimento de escrita, umjogo em que cada um adicio-na um pouco para construirumtrabalhomaior.Os colaboradoresmais an-

tigos daWikipédia comparti-lham várias característicascom a multidão hacker, dizJoseph Reagle, da Universi-dade de Harvard. Isso incluiumaideologiaqueresisteaosesforços de impor regras ouaté objetivos —como a diver-sidade—, assim como umacultura que pode desencora-

jarasmulheres.“É irônico”, ele disse,

“porque eu gosto dessas coi-sas —liberdade, abertura,ideias igualitárias—, mas euacho que, em certa medida,elas estão escondendo pro-blemasque você encontranomundoreal.”Adotar a abertura significa

“aceitar cada dificuldade, in-cluindo pessoas difíceis, atémisóginos”, ele afirmou.“Então, é preciso haver umagrande discussão sobre se

existeumproblema.”Sue Gardner contou que o

artigo da Wikipédia sobreuma de suas autoras favori-tas, Pat Barker, tinha merostrês parágrafos quando ela oencontrou. Ela éumaescrito-ra aclamada de 67 anos, quevivenaInglaterra.Do outro lado, Niko Bellic

tinha um texto quase cincovezes maior que o de Barker.É tudo uma questão de de-mografia: Bellic é um perso-nagem do videogame GrandTheftAutoIV.Cada vez mais, o público

vai à Wikipédia para fazerpesquisas. De acordo comum estudo recente do PewResearch Center, a porcenta-gem de adultos norte-ameri-canosqueusaositeparapro-curar informações subiu pa-ra42%emmaiode2010—emfevereiro de 2007, o númeroerade25%.

Tradução deAMANDADEMETRIO

Elaspassammaistempoon-linee suapresençana internetcresce commaisrapidez, dizpesquisa

DE SÃO PAULO

As mulheres são maioriaquandooassuntoéusodere-des sociais, ao menos deacordo com pesquisas queenvolvem brasileiras, mexi-canasenorte-americanas.NoBrasil, elassãomaisen-

gajadas a redes como Face-book, Twitter e Orkut, quan-docomparadasaeles.O estudo de outubro de

2010 da comScore mostraque as brasileiras consomem31%maisconteúdodoqueosbrasileirosnoFacebook.Ainda assim, nenhuma

das três redes tem mulheresem seu conselho de direto-res, apesar de o Facebook ter

colocado Sheryl Sandbergemumaposiçãodeterminan-tenasdecisõesdaempresa.Nos Estados Unidos, um

balanço geral das mídias di-gitais de 2010 mostrou a ten-dências das norte-america-nasde aumentar sua lideran-ça quanto ao tempo gastonossitessociais.A pesquisa, também da

consultoria comScore, mos-tra que as norte-americanaspassaram 16,8% do seu tem-po em sites de redes sociais

em dezembro de 2010 —umcrescimento de 4,5 pontospercentuais em relação aoanoanterior.Já os homens passaram

12% do seu tempo namesmaatividade, também em de-zembro de 2010 —com umaumento de 2,9 pontos per-centuais em relação ao mes-moperíodo,em2009.A comScore afirma que,

além de o tempo de uso dasredes sociais por mulheresser maior que o dos homens,ele cresceu de maneira maisacelerada entre os anos de2009e2010.Pesquisa realizada entre

ascontasativasdoTwitternoMéxico mostrou que a maio-ria delas é comandada pormulheres, segundo informa-çõesdositemilenio.com.

OPORTUNIDADEEntre as várias mulheres

presentes em redes sociais, achef de cozinha Bridget Da-

vis (@bridget _cooks) foiconsiderada uma das tuitei-ras mais influentes do mun-dopelositeBitrebels.com.Dona do theinternetchef.

biz, ela conta que, até 2009,não tinha vida virtual—“maltinhaumacontadee-mail”.Foi o ano que seu marido

aderiu ao Twitter e que eladecidiu segui-lo e experi-mentar a ferramenta, “semgrandes intenções de criarumavidaon-line”,conta.“Antes que eu percebesse,

já tinha escritomeu primeiroartigo para o The InternetChef”, contou, à Folha, achef, que mora em Sydney,naAustrália.Em seu site, ela publica,

basicamente, informações,opiniões e vídeos relaciona-dosàcomida.Comparando a indústria

da tecnologia com a gour-met, ela contaqueomercadode chefs ainda é predomi-nantemente masculino, ao

menosnaAustrália.Ela é só elogios à internet.

“Por outro lado, eu achoa in-ternet uma fonte maravilho-sa para me conectar com ou-tras mulheres ao redor domundo”, contou.

EGITODurante a onda de protes-

tos que terminou com a que-da de Hosni Mubarak, quegovernou o Egito por 30anos, uma jovem de 26 anosmostrou ousadia por meio

dasredes.Asmaa Mahfouz gravou

um vídeo em 18 de janeiro, opostou no YouTube e o com-partilhoupormeiodesuapá-gina no Facebook (veja embit.ly/egitoasmaa). Emdias, as imagens haviam seespalhado.Olhando para a câmera,

Mahfouz diz: “Quem diz queas mulheres não deveriam iraos protestos porque irãoapanhar, tenham honra ehombridade e venham comi-go [para um protesto] no dia25 de janeiro. Vocês não pre-cisam ir para a praça Tahrir.Apenas vão a algum lugar edigam que somos seres hu-manos livres.”De acordo com o site

boingboing.net, alguns es-pecialistas creditam ao vídeoo fato de o governo egípcioter decidido bloquear a redesocial Facebook no país naépocadoconflito.(AMANDA DEMETRIO)

“[Desejoaumentar o númerode colaboradoras]por querer garantirque a enciclopédiaesteja tão boa quantopode serSUE GARDNERdiretora da FundaçãoWikimedia

“[Adotar aabertura significa]“aceitar cadadificuldade,incluindo pessoasdifíceis, até amisóginosJOSEPH REAGLEda Universidade de Harvard

“Acho a internetuma fontemaravilhosa parameconectar comoutrasmulheres ao redor domundoBRIDGET DAVISchef, considerada uma das mulheresmais influentes do Twitter

“Vocês nãoprecisam ir para apraça Tahrir. Apenasvão a algum lugar edigamque somosseres humanos livresASMAAMAHFOUZJovem egípcia, em vídeo postado noYouTube, durante os protestos quederrubaram Hosni Mubarak

Reprodução

ANÁLISE Brasileiras encontram chancescom o crescimento da internet

FOTO2.034.0

Nomundoda tecnologia, há umabrecha digital de gênero, raça e classeGRACIELA NATANSOHNKARLA BRUNETESPECIAL PARA A FOLHA

Recentemente, surgiramnotícias de que as mulhereslideram no uso de redes so-ciais comoFacebook, Twittere Orkut. Um dado relevante,que mostra a familiaridadedelas comousodas redes so-ciais. Ao mesmo tempo, nosquestionamos: onde estão asmulheres na liderança nes-sesserviçosdeinternet?Se pegarmos, por exem-

plo, os maiores êxitos da in-ternet dos últimos anos—Google, Facebook e Twit-ter, por exemplo—, notamosque todos foram criados porhomens. Ainda assim, elasrepresentam a maioria dosusuáriosdessesserviços.Outra constatação similar

surge quando comparamosaquantidade de mulheres ehomensemcursosecongres-sos de computação, informá-tica e software. A grandemaioria de participantesapresentando trabalhos teó-ricos e práticos são homens.Ondeestãoasmulheres?Nesse cenário, elas não

partilham de igual a igualcom eles no acesso à culturadigital. Mesmo um olhar lei-go perceberá que a relaçãoentremulhereseinternetnãoé muito diferente da entremulheres e mídias tradicio-nais: a imagem delas é supe-rexplorada para a pornogra-fia e, na maioria das vezes,comviéspreconceituoso.Do outro lado, portais diri-

gidos àmulher repetem este-reótipos sexistas tradicio-nais, que remetem a mulher

aolar,àscompras,àbeleza,àsaúdeeaoconsumo.Há uma brecha digital de

gênero, raça e classe: sermu-lher e ser negra é estar entreas mais pobres dentre as po-bres. O acesso ao computa-dor é afetado pela pouca in-serção feminina em postosdedecisão técnica, nodesen-volvimento de tecnologiasúteis para elas enaproduçãodeconteúdo.O Brasil tem grande quan-

tidade de mulheres interes-sadas no tema, que traba-lham e sabem muito de tec-nologia, mas elas não estãonas mais altas instâncias depoder: na Anatel, no ComitêGestorde Internet enoMinis-tériodasComunicações.Há temasmais prioritários

na agenda das mulheres, di-zemuns:peranteaviolência,

o assédio moral e sexual, osproblemas de saúde e mora-dia,a tecnologiaémenor.Nadamais falso: a internet

é uma excelente ferramentapara que elas possam se de-fenderese informar.O desafio é fazer das mu-

lheres sujeitos da comunica-ção em redes, e não merasusuárias. Devem ser agentesativas nosprocessos dedese-nho, aplicação, recepção eavaliação de projetos em re-de. E fazer da tecnologia, asuaaliada.Nobojoda lutapelademo-

cratização da comunicação,épreciso—eurgente—queasusuárias de internet perce-bam as tecnologias da infor-mação e comunicação comum olhar estratégico, comoferramentas de criação, ex-pressão, produção e fortale-cimento individual e das or-ganizaçõesdemulheres.GRACIELANATANSOHN eKARLABRUNETestudamcibercultura e feminismonaUniversidade Federal da Bahia(labdebug.net )

DE SÃO PAULO

Usuárias assíduas de in-ternet, três brasileiras agar-raram as oportunidades tra-zidaspelosmeiosdigitais pa-ra tersucessoprofissional.Andiara Peterlle, que co-

meçou em1997 no antigo Ca-dê?, conta que sua históriaprofissional sempre esteve li-gadaà internet.A partir de 2005, ela assu-

miu o portal feminino Bolsade Mulher (bolsademulher.com) coma ideia demudaroperfil da empresa. Segundoela, o site passou a atuar emconteúdoparaTVporassina-tura, comércio eletrônico eeducação eletrônica, entreoutrasáreas.Mesmo tendo começado

cedo, ela contaquenunca te-ve problemas para ser aceita:“O mercado de tecnologia enovas mídias é novo, feitopor pessoas jovens e um ex-celente segmento para mu-lheresempreenderem.”

Com público certo, Fer-nanda Floret entrou no mer-cado da internet para dar di-cas relacionadas a casamen-to. “Umaamigamedisse queeu tinha ideias legais e queeu deveria escrever umblog”, conta. Hoje, ela man-témovestidadenoiva.com.Com público majoritaria-

mente feminino, ela afirmaque as mulheres usam a in-ternet como “fonte principalde pesquisa mesmo para as-suntos dodia adia”. “Aquelaboa conversa de mulherezi-nhas acontece on-line tam-bém”, completa.Já Thais de Almeida diz

que optou pela internetquando decidiu ter o próprionegócio. Com a Álom Comu-n icação em Negóc i os(alom.com.br), ela publicarevistas digitais integradascom as redes sociais. Paraela, a falta de profissionaisqualificados foi uma vanta-gem“independentedeeu sermulher.” (AD) AprofessoraAlexandra Juhasz, emvídeodoYouTube

Divulgação/TEDWomen

FOTO2.024.0

“O uso delas está definindo umaparte da internet”, diz JuhaszDE SÃO PAULO

Alexandra Juhasz não éuma acadêmica tradicional.O fato ficaevidentecomono-vo lançamento da pesquisa-dora: um videolivro, gratui-to, sobre o YouTube (bit.ly/alexjuhasz). Um trabalhoemqueositedevídeoséoas-sunto, a forma, o método, oproblemaeasolução.Autora de artigos sobre fe-

minismo, ela dá deu aulasem instituições como a Uni-versidade de Nova York e oPitzer College. Trabalhandocom tecnologia, ela diz queasmulheres vierammais len-tamente para o digital, masos números só crescem. Apesquisadora diz que o usoqueelas fazemdainternetes-tá redefinindo algumas dasexperiênciason-line.Confira trechos da conver-

sacomJuhasz. (AD)★

Folha - Como surgiu esse pro-jetosobreoYouTube?Alexandra Juhasz - Em

2007, eu estava bem curiosapara entender o YouTube.Era um fenômeno novo, e oque eu via era ridiculamenteengraçado e esquecível, aomesmo tempo. Eram vídeossobre os quais eu nãome im-portava empensar sobre. En-tão, ensinei umaclasse sobreoYouTubeepeloYouTube.Quando comecei a dar au-

la sobre o site, eu tambémqueria que aquela crítica fi-casse dentro do YouTube, oespaçosobreoqualeuestavapensando. Para entender um

fenômeno contemporâneo,queria fazer isso lá, na inter-netecomnovas linguagens.

PorqueoYouTube?Sou professora de filmes e

estudei o ativismo audiovi-sual por toda aminha carrei-ra. Sempre me interessei pe-los meios com os quais aspessoas usam vídeos, masquando escrevo sobre o You-Tube, também estou falandosobre experiências mais ge-rais da internet. Fomos ensi-nados que ele édemocrático,mas não é. Nem todos têmacesso a esse tipo de tecnolo-gia.Mesmo se você temaces-so,oYouTubeéumambienteon-line que não permite, porexemplo, o bate-papo. Sãodecisões feitas para estrutu-raraexperiência.

Você vê poucas pesquisado-rasmulheresemtecnologia?Acho que as mulheres vie-

ram mais lentamente para atecnologia do que os ho-mens, por causa de estrutu-ras velhas e sexistas. Mas ofato é que os números deusuárias de internet estãocrescendo. As mulheres es-tão definindo algumas des-sas experiências on-line como seu uso. Essa ausência [depesquisadoras] é um enten-dimento antiquado da coisa.Comecei a estudar o YouTu-be por causa das questõesque sempre foram importan-tes. Não queria estudar a tec-nologia, queria estudar sereshumanos criando. Entendera tecnologia é entender aexistênciahumana.

Sheryl Sandberg, do Facebook, fala empalestra doTED

“Para elas, as decisões são maisdifíceis”, diz executiva de redeDE SÃO PAULO

Sheryl Sandberg é umadas mulheres mais podero-sas do setor da tecnologia—ela coordena as operaçõesdo Facebook, maior rede so-cial do mundo. Ainda assim,conta que já enfrentou situa-ções constrangedoras por searriscar em um mercado es-sencialmentemasculino.“Eu estava em um escritó-

rio emNovaYorke,depoisdeduashoras de reunião, preci-sei ir ao banheiro. O homemque conduzia a reunião ficouconstrangido e disse não sa-ber onde era o feminino”,contaaexecutiva.Ela diz ter perguntando se

eles haviam acabado de semudar, mas ouviu que eleshaviam se instalado no local“hácercadeumano”.“Eufuia única mulher em um ano apisar aqui?”, perguntou. Ohomemdisse que era, aome-nos, a primeira que pergun-tardobanheiro.Para Sandberg, as mulhe-

res ainda não estão chegan-do ao topo. Entre os motivospara tal, ela diz que elas “en-frentam decisões mais difí-ceisentreosucessoprofissio-nalearealizaçãopessoal.”A executiva falou durante

o TED Women, uma série depalestras sobre mulheres.Veja o vídeo em bit.ly/sheryls (eminglês). (AD)

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