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FICHAMENTO

Gnero: Fichamento de leitura

Filosofia

O racionalismo cartesiano; O empirismo ingls.

JAPIASSU, Hilton. O racionalismo cartesiano; e MARCONDES, Danilo. O empirismo ingls. In: REZENDE, Antonio (org.). Curso de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005, p. 101 126.

O primeiro texto extrado trata especificamente do racionalismo, trazendo no pensamento uma doutrina que coloca a razo como a nica forma de se conhecer a verdade, haja vista ela ser inata, imutvel e igual em todos os homens. Ren Descartes refutava o que havia aprendido na escola por entender que tais conhecimentos no tinha um fundamento slido, ou seja, uma certeza que lhe garantisse serem verdadeiros. Entendia Descartes que todos possumos a razo, todavia nem todos a utilizam corretamente, donde a necessidade de um mtodo para buscar adequadamente a verdade nas cincias. Para isto, elabora quatro regras fundamentais: a) regra da evidncia; b) regra da anlise; c) regra da sntese e d) regra do desmembramento. Pretendia com isto estabelecer um mtodo universal inspirado na matemtica e no encadeamento racional. Descartes tinha na intuio a fonte do conhecimento direto e imediato, pois permitia aceitar uma coisa como verdadeira. Todavia, alm da intuio, necessria tambm a deduo, isto , a demonstrao da capacidade de se chegar a uma concluso certa a partir de um conjunto de proposies que se encadeiam. Descartes tambm dizia que devemos ter como falso tudo aquilo que no podemos duvidar, pois caso contrrio no atingiremos a verdade. Somente desta forma encontraremos a primeira verdade, a qual se impe como absoluta certeza. em razo disto que Descartes rejeita os dados obtidos a partir dos sentidos, pois estes por vezes nos enganam e nos conduzem ao erro. Com base neste mtodo, chega ele a duas verdades primeiras: eu penso, logo existo. Alm disto, o exame das ideias levou-o a afirmar a existncia de Deus. Por fim, afirma que o mundo material despojado de toda realidade prpria, sendo que a natureza no possui profundidade nem finalidade e est reduzida a um mecanismo inteiramente transparente linguagem matemtica. No segundo texto abordada uma corrente oposta ao racionalismo. Trata-se do empirismo, na qual as explicaes do conhecimento so obtidas a partir da experincia. Elimina-se assim a noo de ideia inata, pois todo conhecimento provm da percepo do mundo exterior ou do exame da atividade da prpria mente. Na viso dos empiristas, as leis cientficas seriam resultado da observao da repetio de fenmenos com caractersticas constantes, sendo este procedimento denominado induo. Dentro das concepes polticas, o empirismo tem como consequncia uma defesa do liberalismo contra a ideia absolutista do direito divino do soberano. O poder somente legtimo se se origina da vontade popular. O Estado deve ento existir para garantir a proteo dos interesses dos cidados, entre os quais, a propriedade e a sobrevivncia. O indivduo , portanto, sempre mais importante do que a sociedade. Por fim, o texto traz os impactos que o pensamento empirista proporcionou posteriormente no pensamento de Kant, Mill e Comte.


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