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MODULO II
BRASIL IMPÉRIO – 1822 a 1889
O PRIMEIRO REINADO – 1822 A 1831
A libertação do Brasil – através de um processo que, definindo-secom maior nitidez em torno de 1808 se prolonaria, a rosso modo, até amaioridade de !edro "", dando marem a novos delineamentos pol#ticos eadministrativos – acarretou uma fase $ist%rica de quase permanente crisepol#tica, assinalada pela ocorr&ncia de sucessivos movimentos de sedição emv'rias rei(es – o que não impediu que a e)pansão do povoamento
prosseuisse mesmo para 'reas situadas nos confins do *rande +esteB./+, 1812+ per#odo ap%s a independ&ncia do Brasil até a !roclamação da ep3blica
corresponde ao c$amado Brasil "mpério2 42!edro permanece no poder na
condição de "mperador do Brasil, em 1856 passou a ocupar o poder e)ecutivo e
também o poder moderador2 + "mperador centralizava toda a orientação pol#tica
preservando um car'ter conservador que atendia apenas parte da sociedade2 +
/orte, /ordeste e 7ul do pa#s ficaram marem do poder, subordinados ao
overno do centro-sul2 + descontentamento era eral nas diversas prov#ncias2 Asbases econ9micas do Brasil continuavam as mesmas: aricultura, mão-de-obra
escrava, latif3ndios2 +s trabal$adores livres com atividade aut9noma tin$am
dificuldade em se mover no estrato social, a rande massa popular ficou e)clu#da
de votar, de ser votada, de dar opini(es, as decis(es continuavam nas mãos de
aristocratas e de rupos ricos da sociedade2
;m s#ntese, a independ&ncia não trou)era mudanças profundas em nosso
processo $ist%rico, pois persistiam: a depend&ncia econ9mica em relação
"nlaterra, a economia continuava dependente do capital e)terno e submetido s
imposiç(es dos mercados e)ternos, a produção tin$a como base o modelo
colonial, uma estrutura ar'ria, monocultura, escravista e e)portadora, uma
aristocracia rural de mentalidade escravista e conservadora, e enfim, uma
sociedade caracterizada pela supremacia da elite ar'ria2
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!roclamada a independ&ncia, as elites e)iem suas partes do poder, os
conflitos e diver&ncias precipitam-se2 !ara a definição das bases do novo estado
todos que compuseram o movimento de independ&ncia e)iem seu poder de
decisão2
As disputas começaram mesmo antes da ruptura com !ortual2 +rupo de de aosto, da pr%pria idéia de "ndepend&ncia e, por fim, da
Aclamação do "mperador2 ?as o rupo de @osé Bonif'cio, mais moderado,não ficou a reboque do processo, estando o Andrada no comando doministério institu#do loo depois do fico, conferindo um car'ter apenasconsultivo ao =onsel$o de !rocuradores, saindo-se vitorioso noestabelecimento da eleição indireta para a Assembléia =onstituinte, rediindoo manifesto de de aosto e promovendo a saração e coroação do"mperador
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;m @ul$o de 185E @osé Bonif'cio foi afastado do ministério, as
ambiFidades pol#ticas e ideol%icas deste acabaria por coloc'-lo em c$oque com
o poder2 A queda de @osé Bonif'cio do ministério do eino e ;straneiro e a
demissão de ?artim Drancisco, seu irmão, da pasta da Dazenda marcou uma
rande mudança na pol#tica brasileira, pois subiu ao poder os representantes do
partido portuu&s2 + partido portuu&s defendia o absolutismo e a recolonização2
;m contrapartida a Assembléia constituinte, composta por radicais e membros do
partido brasileiro, discordava do encamin$amento pol#tico efetuado pelo partido
portuu&s, pressionavam 42!edro que declaradamente defendia o
encamin$amento pol#tico que estava sendo efetuado2 A cisão entre 42!edro e a
Assembléia era inevit'vel2 ;m 15 de novembro de 185E 42!edro decretou a
dissolução da Assembléia2+ descontentamento era eral com a dissolução da constituinte, 42 !edro
para amenizar criou o =onsel$o de ;stado, composto por dez membros instru#dos
a elaborar um te)to constitucional baseado no liberalismo2 ;m 5G de março de
1856 a constituição foi outorada2 Além dos tr&s poderes: e)ecutivo, leislativo e
Cudici'rio, foi criado um quarto poder, o moderador2 A carta de 1856, baseada no
anteproCeto de Antonio =arlos A constituição da ?andioca, afastava as camadas
populares do poder2 + voto estava vinculado renda do eleitor2 !ara ser
candidato também era preciso apresentar altas rendas, esta e)i&ncia limitava os
caros p3blicos ao c#rculo da elite economicamente dominante2 esumindo: a
carta de 1856, modelada nas idéias francesas e inlesas e com alumas
influ&ncias portuuesa estabelecia: uma monarquia unit'ria, um overno
mon'rquico, $eredit'rio, constitucional e representativo, estabelecia o catolicismo
como reliião oficial, submetia a ireCa ao estado, estabelecia o voto censit'rio e
descoberto, determinava eleiç(es indiretas eleitores de par%quia e eleitores de
prov#ncia e estabelecia a criação dos quatro poderes C' mencionados2 A
constituição outorada era bastante liberal na forma, mas e)tremamente
conservadora na pr'tica2
+ poder moderador era e)ercido e)clusivamente pelo "mperador, este podia
intervir nos outros tr&s a qualquer momento, podia nomear senadores, Cuizes,
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nomear ou demitir ministros, bem como dissolver a cHmara2 + poder moderador
deveria ser neutro, mas não era isso que acontecia2 /a pessoa de 42!edro o
poder moderador tornou-se instrumento de vontade pessoal e de despotismo2 +
"mperador controlava o leislativo2 + e)ecutivo C' pertencia ao "mperador2 Iodos
os presidentes das prov#ncias foram nomeados por 42!edro, as prov#ncias eram
liadas ao poder central, não tin$am qualquer autonomia2 A ireCa também era
controlada pelo "mperador, seus membros recebiam paamentos do ;stado
reime de padroado, o que os tornavam subordinados ao poder imperial2
A consolidação da "ndepend&ncia estava lone de acontecer, pois o rumo
pol#tico tomado pelo Brasil desaradava os radicais e também a aristocracia rural
que deseCava uma $eemonia pol#tica2 As tens(es sociais aravaram-se, as
reaç(es não tardaram a aparecer por toda parte2 As prov#ncias não eram interadas entre si, este esfacelamento reional
desfavorecia uma contestação ao poder central2 Ao n#vel econ9mico as prov#ncias
dependiam mais do e)terior do que das prov#ncias vizin$as, politicamente
subordinadas as decis(es tomadas no io de Caneiro2 A sociedade tin$a um
car'ter colonial incompat#vel com a nova ordem de um pa#s independente2 A
principal reclamação das prov#ncias era a ta)ação alt#ssima de sua produção, nem
os estraneiros paavam tão caro2
As reaç(es foram surindo uma atr's da outra2 + nordeste foi o primeiro a
se levantar2 !ernambuco protestou contra a nomeação de !ais Barreto para
overnador da prov#ncia2 !ara#ba e =ear' protestaram contra a usurpação de
seus direitos de escol$er seus representantes pol#ticos2 As idéias liberalistas
tomavam conta do cen'rio nacional2
A dissolução da Assembléia =onstituinte e a outora da=onstituição de 1856, vistas como a mais fiel e)pressão da pol#ticacentralizadora, autorit'ria e intervencionista do "mperador, provocaram
violentas reaç(es em diversas prov#ncias, como a Ba$ia, onde em dezembrodaquele ano verificaram-se manifestaç(es de lusofobia e ameaças desecessão2 A mais forte resist&ncia, no entanto, proveio de !ernambuco, ondeeclodiu, no mesmo ano, uma rande revolta, a =onfederação do ;quador27eundo Drei =aneca – que C' participara do movimento em 181J e se tornaraaora um dos principais lideres da revolta, ao lado de !aes de Andrade -, oproCeto constitucional de 1856 não deveria ser, como não foi, aprovado pela=Hmara ?unicipal de ecife 2222
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A constituição que se impun$a levaria ao enfraquecimento dasprov#ncias e ao fortalecimento desmedido do poder central e do "mperador,favorecendo o despotismo parafraseando o te)to constitucional, canecaafirmava que o !oder ?oderador é a c$ave mestra da opressão da naçãobrasileira2 /o Cornal IKp$is !ernambucano, ap%s denunciar in3meras vezesas arbitrariedades cometidas pelo overno imperial e pela facção portuuesa
da corte contra as prov#ncias, o frei passou a preação revolucionaria,incitando !ernambuco a iniciar a luta pela "ndepend&ncia das prov#ncias
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=ortes e aclamando-se ei de !ortual2 4om !edro passou, então, a seempen$ar em restituir o trono a sua fil$a, que viera para o Brasil no anoseuinte, não $esitando, por um lado, em incumbir o marques de Barbacenaque fora enviado ;uropa para tratar das neociaç(es do seundocasamento do "mperador, com dona Amélia de
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assassinado no ano de 18E02 ;sse conCunto de acontecimentos somados
potencializou a impopularidade de 42!edro2
+ overno de dom !edro " no Brasil não deve, a rior, ser caracterizado como propriamente absolutista2 Afinal de contas, pautava-se por um sistema constitucional, representativo e com divisão de poderes, aspectosque eram, então, caracter#sticos dos reimes liberais, mas que nunca foramtradicionalmente encontrados nas monarquias absolutistas européias2 Assim,rotular desta forma o !rimeiro einado sinifica apenas reproduzir o discursodos opositores ao *overno, que, alias, não diferenciavam Absolutismo, nosentido que é $oCe atribu#do pelos $istoriadores, de qualquer despotismopol#tico2 Irata-se, portanto, de um overno liberal, levando-se em conta não s%as caracter#sticas b'sicas apontadas, mas ainda considerando-se que oautoritarismo e o conservadorismo, tal como no !rimeiro einado, foram asmarcas de rande parte dos overnos liberais europeus do século Q"Q
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moderados eram representados por randes propriet'rios de ?inas *erais, 7ão
!aulo e io de @aneiro, defendiam a monarquia, mas eram contr'rios ao
absolutismo2
+s moderados subiram ao poder na composição da e&ncia Irina
!ermanente, os e)altados defendiam a formação de uma Assembléia =onstituinte,
estavam em todas as prov#ncias e representavam uma ameaça estabilidade
pol#tica e a unidade territorial2 + padre 4ioo Antonio DeiC% foi nomeado ministro
da Custiça com autonomia para conter as aitaç(es2 foram criadas duas
instituiç(es para a defesa da ordem: a sociedade 4efensora e a *uarda /acional2
A *uarda /acional tornou-se a principal força repressiva da oliarquia ar'ria2
;m 18E5 a 7ociedade =onservadora foi fundada pelos restauradores2 +s
restauradores, c$efiados pelos Andradas ocupavam uma parcela do poder emcaros no 7enado, possu#am a tutela de 42!edro "" e defendiam fervorosamente
o retorno de 42 !edro " ao trono2 DeiC% tentou um olpe para destituir os Andradas
do poder, não encontrou apoio suficiente s% l$e restando uma sa#da, a ren3ncia2
=om a queda de DeiC% os restauradores an$aram terreno, formaram uma
sociedade militar aumentando seriamente os conflitos no io de @aneiro, as
tens(es entre nativistas e restauradores e)plodiram2
;m 18EE os moderados conseuiram dissolver a 7ociedade ?ilitar criada
pelos restauradores, o partido se esfacelou, @osé Bonif'cio foi preso e substitu#do
pelo ?arqu&s de "tan$aém2 ;m 18E6 42!edro " morreu fazendo desaparecer por
completo o partido restaurador2
A série de reformas liberais implementadas pela e&ncia,visando enfraquecer antios pilares do !rimeiro einado, teve Custamentecomo um seus principais focos o aparel$o repressivo2 .ma das primeirasmedidas neste sentido foi a criação, em 18 de aosto de 18E1, da *uarda/acional2 !roposta em 18E0 era uma decorr&ncia das desconfianças eantipatias em relação ao ;)ército nutridas pelos liberais que se opun$am a
dom !edro, os quais viam esta instituição como um instrumento dodespotismo2 Ap%s a abdicação, o ;)ército permaneceu malvisto, mas destavez por motivos diversos: enquanto os e)altados continuaram a v&-lo comobraço armado do despotismo a serviço aora da e&ncia, os moderadospassaram a encar'-lo como avesso ordem e propenso anarquia em vistade sua participação nas revoltas do per#odo2 Assim, era preciso criar umacorporação que suprisse o e)tenso corte previsto do efetivo militar de cercade trinta mil para doze mil $omens em todo o "mpério, ainda mais em umaépoca de forte instabilidade pol#tica e social2 A solução encontrada foi a
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*uarda /acional, uma mil#cia cidadã baseada na instituição similar francesa,fundada no mesmo ano de 18E1, que tin$a como principio a idéia buruesa deconfiar a seurança do pa#s aos seus cidadãos propriet'rios2 =om suacriação, e)tinuiram-se os antios corpos de mil#cias e ordenanças, e a*uarda ?unicipal2 7ua função prec#pua era coadCuvar as forças policiais e astropas de primeira lin$a na seurança interna e e)ternaP mas, diante da força
limitada destas oranizaç(es, a *uarda /acional viria, muitas vezes, asubstitu#-las em suas funç(es2222 !romulado em 15 de aosto de 18E6, o
Ato Adicional constituição estabelecia a e)tinção do =onsel$o de ;stadoP asubstituição da e&ncia Irina pela e&ncia .ma, sendo o reente eleito,por um mandato de quatro anos, por voto secreto e diretoP e a criação de
Assembléias
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A! Re'el#&e!
As rebeli(es no per#odo da e&ncia possu#am alumas raz(es bastante
claras2 4esde 42@oão N" e a corte no Brasil que o poder ravitava sobre a reião
do io de @aneiro, esta centralização de poder e)clu#a as diversas rei(es do pa#s
com relação s decis(es pol#ticas2 A aristocracia rural, dona de randes terras e
elevado n3mero de escravos das rei(es de /orte e /ordeste brasileiro,
aspiravam a tempos por autonomia pol#tico-administrativa de suas rei(es2 As
populaç(es livres e pobres, residentes nos centros urbanos aspiravam ascensão
social, deseCavam mel$orias em suas vidas, oportunidades de trabal$o2 As
frustraç(es se transformaram em atos de revoltas, muitas vezes violentas2
- =abanaem: 18EE-18E: revolta ocorrida no !ar'2 ?ovimento que
alutinava pessoas pobres que viviam em cabanas beira de rios2
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italiano2 ;m 1865 os farrapos foram dominados sob a c$efia do Barão de =a)ias,
mas somente em 186G ocorreu um acordo: anistia aos revoltosos, incorporação
dos soldados ao e)ército "mperial e devolução de terras confiscadas2
- 7abinada: 18EJ-18E8: movimento baiano liderado por Drancisco 7abino
Slvares da oc$a Nieira, não foi um levante popular, era composto por membros
da classe média, fundaram a ep3blica Baiense2 A repressão aos rebeldes foi
violenta e não conseuiram separar a prov#ncia do resto do pa#s2
- Balaiada: 18E8-1861: aimundo *onçalves, um vaqueiro maran$ense,
Drancisco dos AnCos que confeccionava balaios, Cuntamente com =osme, um
nero l#der de escravos fuitivos, promoveram uma revolta que envolveu toda a
camada popular do ?aran$ão2
/os anos seuintes, a =abanaem 18EG, a *uerra dos Darrapos18EG-1866, a 7abinada 18EJ-18E8 e a Balaiada 18E-1861 forammovimentos de dif#cil caracterização em suas causas mais profundas, mastodos reveladores de insatisfação provocada por desequil#brios sociais eecon9micos e pela vel$a rivalidade entre rein%is e brasileiros, alimentados por idéias de republicanismo e liberalismo, quando não e)plorados por clãspol#ticos que tentavam manter-se no poder ou reconquistar o dom#nio perdido2
Aluns deles – notadamente a =abanaem, na Amaz9nia, e a Balaiada, no?aran$ão, encontraram apoio sobretudo naquela porção mestiça dapopulação das respectivas rei(es que constitu#a a maioria ainda pr%)imada barb'rie e colocada marem da ordem social porque vivia sem ocupaçãoest'vel e definida2 ;sses conflitos, de modo eral, s% foram superados em
1860, quando se proclamou a maioridade do "mperador !edro "", pondo-se fimao per#odo de re&ncias 18E1- 1860, durante o qual se destacara na c$efiado overno central, por sua eneria, o !adre 4ioo Ant9nio DeiC%B./+, 1812
=onclui-se, pela quantidade de revoltas que eclodiram de norte a sul do
pa#s que a e&ncia "mperial não possu#a proCetos pol#ticos que atendiam todas
as prov#ncias2 Iodos os movimentos aspiravam pela ep3blica, ou seCa, a criação
de instrumentos que inclu#sse a participação das populaç(es reionais, bem como
promovesse a inclusão das camadas sociais, meros e)pectadores do processo
pol#tico do per#odo "mperial2
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O SE(UNDO REINADO – 18+, A 1889
+ per#odo reencial termina com o olpe da maioridade2 + car'ter
transit%rio do overno reencial acabou por facilitar diversas revoltas, uma certa
desordem estabeleceu-se neste per#odo em função da disputa pelo poder2
?oderados, restauradores, e)altados, posteriormente proressistas e reressistas
travaram disputas pol#ticas constantes não produzindo um encamin$amento
pol#tico que favorecesse o crescimento do pa#s2 A abdicação de 42!edro "
favoreceu o liberalismo2 A aristocracia rural começou a libertar-se das amarras do
absolutismo com a criação do =%dio do !rocesso =riminal 18E5 e do Ato
Adicional 18E62 ;stes instrumentos Cur#dicos permitiram uma maior autonomia
das prov#ncias, diminuindo o centralismo do overno até então2
4esde a abdicação de 42!edro " a maioridade de !edro de AlcHntara foi um Couete nas mãos de pol#ticos2 7e os liberais estavam nopoder, como durante a re&ncia de DeiC%, por e)emplo, os conservadoresapareciam na =Hmara com propostas para que o $erdeiro assumisse2 Ouandoeles estavam no poder, como aora sob a re&ncia de Ara3Co
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farroupil$as, no sul, foram os que c$earam mais perto de uma framentação
territorial2
/o seundo reinado a disputa pol#tica alternou-se, ora sob direção de
DeiC%, representante do partido liberal antio LproressistasM, ora sob a direção de
Ara3Co
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diferença entre liberal e conservador é que o primeiro adotava idéias do
liberalismo europeu2 + proCeto pol#tico defendido por ambos não tin$a como
finalidade a democracia, na verdade deseCavam controlar o aparel$o do ;stado,
cada qual a sua maneira2
+ c%dio do !rocesso =riminal era um instrumento que dava muitos
poderes ao poder Cudici'rio, a sua reforma em 1861, retirou esses poderes e
passou a submeter autoridade Cudici'ria e policial ao poder central, criou-se uma
r#ida $ierarquia que tin$a em seu topo o ?inistro da @ustiça2 + =onsel$o de
;stado que $avia sido e)tinto com o Ato Adicional em 18E6 foi restaurado, era um
%rão de assessoria direta ao "mperador, seus componentes eram pessoas da
classe dominante, esta posição para muitos era de e)trema importHncia, pois
sinificava participação direta no poder central2 Doi então, criada a !resid&ncia do=onsel$o de ?inistros, o presidente foi escol$ido pelo "mperador, o presidente
escol$ido an$ava a autonomia de escol$er os demais membros situação que
contrariava a constituição, esta estabelecia que o "mperador, representante do
poder moderador, deveria escol$er todos, tanto o presidente quanto os membros2
Iodas as medidas tomadas até este momento eram antiliberais, aluns
representantes do liberalismo, altamente contrariados, faziam levantes em 7ão
!aulo e ?inas *erais, foram reprimidos por 4uque de =a)ias este C' $avia
reprimido os movimentos da Balaiada e Darroupil$a2
;m !ernambuco, entre 1868 e 18G0 ocorreu a revolução !raieira,
movimento articulado contra a dominação latifundi'ria e os portuueses que
controlavam o comércio2 A fam#lia =avalcanti dominava a sociedade, controlava
todo tipo de ne%cios2 A camada popular, pressionada, formava o M!artido da
!raiaM com sede localizada na rua da praia e apoiado pelo Cornal 4i'rio /ovo,
todos os interantes eram liberais2 ;m 1866 conseuiram subir ao poder,
indicaram presidente da prov#ncia, destitu#ram os =avalcanti do poder2 ;m 18G0 a
evolução !raieira sucumbiu por falta de recursos e de clareza ideol%ica e seus
lideres foram presos e posteriormente anistiados2 ;ste movimento foi o 3ltimo de
tantos C' ocorridos no Brasil desde a e&ncia, trazia em sua ess&ncia muitas
idéias liberais, deseCavam a democracia de fato para todos, contin$a nas
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entrelin$as idéias socialistas influ&ncia dos movimentos socialistas europeu,
defendiam o trabal$o como arantia de vida para o cidadão brasileiro2 =om a
evolução !raieira em !ernambuco, instalaram-se as primeiras idéias socialistas
que despertavam medo na Aristocracia dominante, a palavra democracia era alo
temido e repudiado2
;m 1868 revoluç(es populares liquidaram com a ordem européiainstaurada pelo =onresso de Niena e modificaram definitivamente o cen'riopol#tico do mundo2 As noticias dos acontecimentos do outro lado do AtlHnticoc$eavam como fa#scas para lideranças e liderados sempre dispostos a pear em armas contra o inimio comum2 ;m 1868, como sempre, o inimio comumdos brasileiros era a oliarquia2 /a ;uropa era o absolutismo, reinstauradopelo =onresso de Niena, em 181G2 As e)plos(es revolucion'rias quesacudiram o Nel$o =ontinente em 1868 marcaram a ascensão definitiva daburuesia ao poder2 /a Drança, a monarquia leitimista fora derrubada em18E02 + alvo, então, passou a ser
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inleses, portuueses e brasileiros Cuntos passaram a combater o tr'fico il#cito,
fiscalizavam os navios em alto mar, em 1855 a condição da "nlaterra para
recon$ecer o Brasil como pais independente era a e)tinção do tr'fico nereiro
pelo Brasil, fi)aram o ano de 185 como data final2 ;ste acordo foi $omoloado
somente em 18E12
+ Brasil não cumpriu os acordos de cessação do tr'fico2 A partir de 18E1 o
tr'fico passou a ser considerado pirataria, a "nlaterra fazia a fiscalização em alto
mar, eralmente barcos portuueses faziam o comércio de neros, quando eram
peos, antes de serem abordados, atiravam os neros ao mar com pedras
amarradas aos pés para não boiarem2 A atividade tornou-se altamente arriscada e
desumana2
IMPORTANTE: veja o filme Amistad , drama $ist%rico de 1J, realizadopor 7teven 7pielber, e com roteiro escrito por 4avid Dranzoni, relata o tr'fico
nereiro C' no p%s 18G0, retrata a crueldade desferida aos neros africanos2
;m maio de 186G, a "nlaterra aprovou uma lei denominada Bill Aberdeen,
que conferia o direito de confiscar qualquer navio nereiro, os donos do navio
respondiam a processos e altas penalidades2 A radicalização inlesa foi a sa#da
para suprimir o descaso do overno brasileiro em relação aos acordos firmados2Iodo o tr'fico realizado pelo Brasil tin$a a coniv&ncia do poder central2
;m setembro de 18G0 foi promulada a lei que proibiu de vez o tr'fico
nereiro2 + ministro ;usébio de Oueiroz fez cumprir2 Ao final de dois anos ap%s
não $avia mais nen$um navio nereiro naveando2
A vida econ9mica brasileira sofreu alteraç(es ap%s este per#odo, os valores
eralmente neociados em escravos foram direcionados para outras atividades2
As atividades comerciais, financeiras e industriais foram estimuladas2 ;m 18G6 a
primeira estrada de ferro brasileira começou a funcionar, a estrada de ferro ?au'2
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lei ;usébio de Oueiroz deu inicio a uma série de leis que vão abolindo
paulatinamente os escravos2
/ão foi por acaso que uma nova reulamentação de terras suriuno mesmo ano em que se e)tinuia o tr'fico nereiro2 A partir desse momentotornava-se mais problem'tico o recrutamento de trabal$adores ar#colas, poisnão se podia mais contar com novos escravos2 ;ra necess'rio recorrer aotrabal$o livre dos imirantes ou de pequenos sitiantes e)propriados de suasterras2 =omo se sabe, a estrutura ar'ria brasileira teve sua oriem noper#odo colonial2 Ap%s a divisão da nova posse em capitanias $eredit'rias, osrepresentantes da =oroa portuuesa receberam autorização para doar terrassob a forma de sesmarias2 4esordenado no começo, esse processo deapropriação da terra foi reulamentado em 1G68, com o eimento de Ioméde 7ousa2 A partir de então, as sesmarias s% podiam ser doadas a quemtivesse recursos para e)plor'-las2 + obCetivo dessa disposição era fazer comque a col9nia funcionasse nos moldes de uma empresa comercial, produtorade &neros tropicais para o mercado europeu2 =om a e)pansão da cana-de-aç3car, os sen$ores de enen$o passaram a acumular 'reas cada vez
maiores2 ;nquanto isso, colonos mais pobres, dispostos a enfrentar o sertão,recebiam da =oroa as terras que conseuissem conquistar aos #ndiosBA7"< G00 A/+7, 12
As mel$ores terras, localizadas no litoral fora destinada a produção de
aricultura para e)portação, os menos favorecidos tin$a que adentrar nos
territ%rios pouco e)plorados para realizar uma aricultura de subsist&ncia e
criação de ado2 !ara reulamentar a posse da terra em 18G0 foi criada a
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O *a.
A economia brasileira, mesmo ap%s a independ&ncia, continuou com
caracter#sticas coloniais, a escravidão permaneceu2 + primeiro einado e a
e&ncia foram per#odos dif#ceis para a economia, o Brasil não possu#a um
produto que se destacasse no comércio e)terno, o aç3car continuava a ser
produzido, mas em menor escala, $avia também alodão, café, couro, tabaco,
cacau etc2, no entanto nen$um possu#a procura suficiente para bancar a balança
comercial2 A economia estava amarrada aos laços coloniais2 As aitaç(es do
per#odo reencial demonstravam a insatisfação das classes sociais mais pobres,
cada vez mais miser'veis em função de uma economia que não crescia, e do
endividamento e)terno face s importaç(es sempre crescentes2
+ café era o produto que oferecia força econ9mica a partir de 18G02 + cafése e)pandiu na reião do io de @aneiro, posteriormente para 7ão !aulo e ?inas
*erais, aproveitava a mão-de-obra ociosa do per#odo da mineração2 As terras
eram férteis e a pro)imidade do porto favorecia a e)portação2 + café tornou-se
um produto bem aceito na ;uropa passando a erar divisas para o Brasil2 + café
não e)iia randes somas para a sua produção, ao contr'rio da produção
açucareira que e)iia a montaem de f'bricas2 + café passou a ser produzido
pelos randes propriet'rios de terras, estes possu#am um controle muito maior
sobre a economia do que o produtor de aç3car, eralmente o plantador de café
pertencia pol#tica, era membro de alum partido, participava das decis(es
financeiras e pol#ticas do pa#s2 + ponto alto da produção cafeeira no Brasil
aconteceu com a ocupação do vale do !ara#ba, reião de terras férteis, com
umidade adequada, proteida contra ventos fortes2 + café tornou-se o
estabilizador da economia imperial2 A cultura do café era uma cultura e)tensiva,
predat%ria da natureza, as plantaç(es ocupavam rei(es de muito declive que
ap%s aluns anos de uso, com a desnudação do solo, passou a ocorrer eros(es,
lavaem do solo pelas c$uvas e, portanto, depreciação do solo inativando-o para a
cultura2 Ouando o vale do !ara#ba entrou em decad&ncia, o café se e)pandiu para
o oeste paulista, reião mais lone do porto, a solução foi a construção de
estradas de ferro para transportar o café até o mar2
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;m termos de oranização, no entanto, a lavoura do café seuiu osmesmos moldes tradicionais da aricultura no Brasil: e)ploração em laraescala, baseada na escravidão, randes propriedades monoculturais BA7"<G00 A/+7, 12
A %4erra do Para%4a# – Bra!#l5 Ar%e6#6a e Ur4%4a# a!!#6am a r7pl#"e al#a6/a
para a6#4#lar o Para%4a#
A uerra de secessão retirou os ;stados .nidos do cen'rio dee)portaç(es durante quatro anos, de 181 a 18G, no que diz respeito aoalodão, matéria-prima de e)trema importHncia para a "nlaterra, a novasituação favoreceu a produção alodoeira tanto no Brasil quanto no !arauaie acabou servindo de pano de fundo para uma lona e sanrenta uerra2 Asérie de conflitos teve inicio no .ruuai, na seqF&ncia das lutas entre blancose colorados pelo poder no pa#s vizin$o onde, em 18E, novamente asuerril$as coloradas combatiam o overno blanco conservador de Atan'sio=ruz Auirre2 +s blancos, que estavam no poder, eram apoiados por @usto@osé de .rquiza, caudil$o da prov#ncia Arentina de ;ntre ios, e Drancisco7olano
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rios2 A partir de 18G0 o Brasil decidiu alterar essa situação, e começaram asdisputas pela posse do rio !arauai BA7"< G00 A/+7, 12
+ !arauai situava-se no interior do !lata, o acesso tin$a que ser feito via
io !arauai, o porto mar#timo era controlado pela Arentina2 !or outro lado a
Arentina deseCava ane)ar o territ%rio !arauaio ao seu, o !arauai não era
independente, portanto c$eio de receio de perder territ%rio ou não conseuir
acesso ao mar2 + !arauai era na época, um dos paises mais c$eios de
fortificaç(es, e tin$a um enorme e)ército para fazer a seurança2 + !arauai tin$a
o son$o de se e)pandir usando os territ%rios das antias miss(es Cesu#ticas no
Brasil e na Arentina2 Ouando o !arauai começou a sua e)pansão formou-se a
Ir#plice Aliança: Brasil, Arentina e .ruuai para combater o vizin$o que deseCava
dominar a naveação no rio !arauai e ane)ar aluns territ%rios2
A uerra do !arauai foi a maior uerra ocorrida na América do 7ul,
envolveu quatro paises, um rande e)ército com alto poder bélico e)ército
parauaio, e uma série de confrontos2 /o Brasil convocou-se a *uarda /acional
e ocorreu a formação dos Nolunt'rios da !'tria, inclu#am-se nestes neros
alforriados2 A primeira derrota dos parauaios aconteceu na Batal$a do
iac$uelo, o Brasil atacou via naval 182 Arentinos e uruuaios se
desentenderam e sa#ram do conflito em 18, dei)ando o Brasil sozin$o2 4uquede =a)ias assumiu o comando das tropas e fez v'rios ataques, isolou a fortaleza
de umait' em 18J, em 188 promoveu as batal$as de Ava#, "toror%,
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p9s em c$eque a monarquia, alicerçada na escravidão2 As idéias republicanas
an$aram mais destaque, as cr#ticas ao reime mon'rquico aumentaram, tudo
isso prepararia o territ%rio para a instalação da rep3blica, tanto que o primeiro
presidente saiiu do boCo do militarismo2
O Impr#o de"ade6e
A monarquia foi perdendo suas forças paulatinamente2 4esde 1860 C' se
buscava alternativa para a substituição da mão-de-obra escrava2 A monocultura
do café precisava de braços e com a proibição do tr'fico nereiro em 18G0
começaram a faltar trabal$adores2 + norte do pa#s estivera em crise com a
produção de aç3car, os sen$ores começaram a se desfazer de seus escravos,
vendendo-os para o sul, o tr'fico interno intensificou-se, mas não foi suficientepara atender a demanda2 +utro fator relevante era a constante pressão para
acabar com o escravismo2 /o campo pol#tico os liberais mais radicais afirmavam
que o atraso do pa#s se devia ao sistema mon'rquico baseado na escravidão2 ;m
"bicaba, o fazendeiro /icolau !ereira Nerueiro importou mais de uma centena de
fam#lias para trabal$ar em parceria, os colonos europeus, ap%s alum tempo
descobriram que não era vantaCoso, não conseuiam paar suas d#vidas Cunto ao
fazendeiro e viviam sob um reime sen$orial e de comportamento escravocrata2
;m 18GJ revoltaram-se, mostrando que a e)peri&ncia não era vi'vel2
;m 18J0 terminou a uerra do !arauai, as press(es para a eliminação da
escravidão continuavam2 +s ;.A em 18G $avia libertado todos os seus escravos
com o término da uerra de 7ecessão, apenas Brasil e =uba ainda mantin$am o
sistema escravista2 ;m 18J1 concretizou-se a
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oranizaram a =onfederação Abolicionista unificando o movimento em todo o pa#s2
+ overno novamente tentou amenizar a questão com a
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distante e son$ado foi se tornando realidade2 A pequena buruesia urbana e os
cafeicultores do +este !aulista deseCavam maior participação no poder, o
camin$o encontrado passava pela e)ist&ncia de um novo reime onde a
participação pol#tica seria mais acess#vel2 A partir de 18J0, com o fim da uerra do
!arauai, formaram-se dois blocos distintos politicamente: monarquistas e
republicanos2 =lubes e partidos republicanos foram fundados com o intuito de
fortalecer as idéias republicanas2 @ornais republicanos eram publicados em todo o
pa#s2 +s republicanos tin$am em comum apenas um ponto: eram contr'rios
monarquia2 "nternamente os republicanos possu#am diversos pontos de vista, os
mais radicais queriam incluir o povo no poder são denominados revolucion'rios,
a ala dos cafeicultores deseCavam o poder, de prefer&ncia sem a participação
popular cafeicultores do +este !aulista2 +ranizou-se tr&s conressos nacionaispara tentar a união dos republicanos, em 188J, 1888 e 188, os primeiros no io
de @aneiro e o 3ltimo em 7ão !aulo, Ouintino Bocai3va foi eleito o c$efe nacional
do partido republicano representando a facção moderada2 7ilva @ardim
representava os radicais, atacava de frente os moderados através de publicaç(es
de manifestos em Cornais2 +s republicanos moderados, por sua vez, sabiam que
s% eles eram capazes de promover a ep3blica porque eram os detentores do
poder econ9mico2
1889 – Pro"lama/0o da Rep:'l#"a – 6ovo! r4mo! pol7#"o! para o Bra!#l
A !roclamação da ep3blica vai ocorrer através da união de tr&s camadas
da sociedade: cafeicultores do +este !aulista, pequena buruesia urbana e o
e)ército2 A união destes tr&s seuimentos, todos com aspiraç(es republicanas,
apesar de apresentar alumas diver&ncias, vão realizar o feito da ep3blica2
A monarquia, e)tremamente enfraquecida, fez um 3ltimo esforço para se
manter no poder2 Nisconde de +uro !reto, nomeado ministro, prometeu uma série
de reformas para atender s diversas solicitaç(es das camadas sociais mais
aressivas, começou por apresentar um prorama bastante liberal2
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+s republicanos, compostos por militares, cafeicultores e buruesia, tin$am
um obCetivo comum que era derrotar os monarquistas, no entanto não possu#am
um proCeto concreto para a condução do pa#s2
+ fato é que as idéias republicanas e federalistas atiniam rupossociais cada vez mais diferenciados2 ;m são !aulo, resultaram numrepublicanismo ar'rio, cauteloso, omisso com relação libertação dosescravos, que $avia escol$ido o camin$o da participação eleitoral parapromover as reformas2 ;ram posiç(es c$amadas evolucionistas, partil$adaspelas lideranças republicanas da maioria das !rov#ncias2 +posta a elas, umacorrente minorit'ria, fortemente oranizada no io de @aneiro e !ernambuco,colocava na ordem do dia a derrubada do reime "mperial pela força dasarmas2 /o io de @aneiro essa posição foi reforçada depois da evolta doNintém, quando a população, preCudicada pelo imposto de vinte réis por passaem de bonde e condução ferrovi'ria, promoveu uma série de protestos
e depredaç(es enericamente reprimidos pela cavalaria e pelo ;)ército27uriu então um setor mais radical, cuCo principal l#der era Ant9nio da 7ilva@ardim, de apenas 58 anos, que alertava contra o perio do Ierceiro einadoBA7"< G00 A/+7, 12
7ilva @ardim e seus partid'rios radicalizavam contra um poss#vel terceiro
reinado2 ;m 188J 42!edro "" viaCou para a ;uropa para tratamento de sa3de, ficou
na re&ncia a !rincesa "sabel, muito criticada pelos oposicionistas2 ;m 1888
42!edro "" retorna ao Brasil, mas se mantém distante do poder, enquanto o
monarca descansava as idéias republicanas se alastravam2 As bases damonarquia $aviam se rompido, com a libertação dos escravos os fazendeiros
ficaram descontentes por terem perdido a mão-de-obra escrava e não
representavam mais apoio ao reime2 ;m maio de 188, $ouve o confronto entre
radicais e evolucionistas, no conresso do !artido epublicano2
/este momento os republicanos se dividiam em tr&s rupos:
- os partid'rios de 7ilva @ardim, adeptos da viol&ncia revolucion'riaP
- os evolucionistas, a favor de um reime federativo e descentralizadoP
- os indecisos, a espera de aluma solução que viria dos outros2
A opção radical de 7ilva @ardim desaradava então Ouintino Ant9nio
Derreira de 7ousa Bocai3va ofereceu uma alternativa: solução militar para a crise2
A monarquia foi derrubada por militares que viram na proclamação da
rep3blica a 3nica sa#da para os problemas do Brasil2
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+ cen'rio pol#tico e econ9mico do Brasil estava da seuinte forma: não
e)istiam mais escravos, o mercado interno crescia, o capital estraneiro estava
em toda parte, os industriais necessitam de uma pol#tica de proteção aos seus
ne%cios, almeCavam est#mulos imiração mão-de-obra, defendiam a
separação da ireCa do estado pois a reliião era um obst'culo a entrada de
trabal$adores protestantes2
+ novembro de 188 foi marcante porque conseuiu reunir estratosdiferentes da sociedade sob um mesmo lema2 Dazendeiros do café, e)ército ecamadas urbanas deseCavam a instituição da ep3blica Dederativa do Brasil24eodoro da Donseca, militar, aceitou liderar a rebelião, seuido por seiscentossoldados, marc$ou para o =ampo de 7antana2 !ouco depois das oito $orasda man$ã abriram-se as portas do quartel-eneral2 + marec$al 4eodoroentrou sob uma salva de tiros, dando vivas ao imperador2 4iriiu-se a +uro!reto, disse-l$e que o ministério estava demitido e arantiu-l$e que os direitos
do imperador seriam respeitados2 7% então desfilou com suas tropas pelasruas centrais do io, ante os ol$ares at9nitos da população, que não entendiao sentido daquela parada2 !ara os republicanos convictos, era preciso air antes que a monarquia retomasse f9leo2 BenCamin =onstant e @osé do!atroc#nio foram, então, =Hmara ?unicipal e lançaram uma espécie demonção conclamando as Dorças Armadas a proclamar a ep3blica2 @' em seuleito, repousando do desaste, 4eodoro aceitou a suestão2 ?as s% na man$ãseuinte o ato de !roclamação de ep3blica, assinado por 4eodoro, setornaria p3blico BA7"< G00 A/+7, 12
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RE;EREN*IAS
BRASIL ,, ANOS, =oleção de revistas, ;ditora Abril, 12
B./+, ;272
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