Identidade e
cidadania a partir da
história do funkleituras contemporâneas juvenis em uma escola da rede municipal do Rio de Janeiro Alinnie Silvestre Moreira
O começo do projeto O projeto “história do funk” começou a ser delineado no início
de 2012 como disciplina eletiva para livre escolha dos alunos.
Pensando em algo que atraísse adolescentes do Fundamental
II, portanto, que estavam entre 12 e 15 anos, a junção entre
História e funk me pareceu interessante em um espaço escolar
carioca, próximo a comunidades que tinham acabado de
passar por uma disputa lançada a dançarinos que postavam
vídeos na internet, denominada Batalha do Passinho,
ocorrida em 2011
Produção de logotipo para a eletiva
Produção de logotipo para a eletiva
Produção de logotipo para a eletiva
Vídeo eletiva
“O funk fez com que as pessoas se manifestassem, isso
é, sentindo a batida e que elas [também]
homenageassem as pessoas que já morreram, como o
nosso famoso Gambá, que era muito bom mesmo nos
passinhos. Então vamos fazer juntos com que o funk
mude a percepção das pessoas transformando o funk na
nossa voz e fazendo com que a gente (sic) seja livre.”
Aluna Núbia Araújo, 8º ano
A oficina de funk na Soares Estrutura
Acolhida da equipe PIBID
Acolhida da escola
Aplicação
Impasses e possibilidades
Experiências dos estagiários PIBID
na Soares PereiraEstagiária Ana Luiza- Dia 8 de setembro de 2014
“Iniciei a aplicação da “Oficina do Funk” na turma 1902. A turma estava bem vazia, houve pequenos problemas na execução do vídeo e do áudio, demorou um pouco para a turma se concentrar mas nos final deu tudo certo e os alunos acabaram cantando as musicas que conheciam, pois o áudio não ficou bom. Os alunos não se identificaram muito com o “vovô do passinho” nem com o Bonde do Vinho. As meninas se identificaram mais com os “raps da paz” e perguntaram sobe as mulheres do funk de antigamente. Elas apontaram para o fato de que com os homens que escreviam e cantavam o funk havia muitos que falavam mal das mulheres e as xingavam e que as mulheres dançavam e rebolavam as músicas “contra” elas próprias. Notei que nessa turma vou ter que focar mais na questão de gênero, preconceito e feminismo.”
6º ano
Setembro de
2014
9º ano
Setembro de
2014
Relatos da estagiária Lívia PibidDia 09/09/2014
“Alguns imprevistos aconteceram durante o planejamento feito, tivemosalguns dias sem aula, outros em que o equipamento de som fornecidopela escola não funcionava de jeito nenhum, dias em que os alunosmesmo já estavam mais agitados (temos que sempre considerar o queacontece fora dos muros da escola, ainda mais falando de funk, que éum assunto que acessa a realidade de várias comunidades do Rio deJaneiro), pois em um momento a violência nas comunidades em que moramestava em alta, alunos perdendo parentes para o tráfico e sendo atépresos.
É essa realidade que muitas letras de funk tratam, e esses alunosconvivem com ela diariamente, então nosso objetivo é a partir do funkrefletir historicamente e socialmente sobre a sociedade em que nósvivemos.[...]
O trabalho ainda está andamento, mas para mim esta sendo muitoválido, pois há dois lados, eu ganhando experiência e aprendendo alidar com assuntos e problemáticas vividas por esses alunos,entendendo assim a realidade deles, o porquê de tanta agressividade etanta indisciplina, e assim por outro lado, dando a eles um momentodentro da escola em que podem se expressar livremente, cantando,dançando, contando suas vivencias, e assim se tornando mais amigos epróximos dos professores e da comunidade escolar. “