JOGOS COOPERATIVOS: ALTERNATIVA PARA AUMENTO DA AUTOESTIMA
DO EDUCANDO COM SOBREPESO/OBESIDADE
Elcely Terezinha Zambam1
Oldemar Mazzardo Jr.2
RESUMO INTRODUÇÃO: Os jogos cooperativos no ambiente escolar podem ser considerados uma força transformadora que facilita o processo ensino aprendizagem e possibilidade de aumentar autoestima dos educandos. O objetivo deste estudo foi analisar a influência dos jogos cooperativos na autoestima de estudantes com sobrepeso e obesidade da Escola Estadual do Campo São Francisco – Ensino Fundamental, no município de Santa Helena-PR. MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa de delineamento quantitativo e caráter descritivo composto pela fundamentação teórica e pesquisa de campo. Realizou-se a coleta do peso e estatura dos alunos para o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) e aplicação do questionário (pré-teste) da Escala de Autoestima de Rosenberg (EAR). Em seguida aplicou-se o Projeto de Intervenção Pedagógica com alunos de 8º e 9º Anos com o desenvolvimento de um total de 12 aulas formuladas com base em jogos cooperativos e, no final da intervenção, foi aplicado o mesmo questionário (pós-teste) para verificar alterações na escala de autoestima dos alunos. RESULTADOS: Os resultados da Escala de Autoestima de Rosenberg para os Grupos de Intervenção e Grupos Controle foram: GI (M = 16,57; dp = 5,10) e GC (M = 18,50; dp = 4,78), indicando que, apesar de diferenças numéricas, não foi estatisticamente significativa. CONCLUSÃO: Os adolescentes participantes da pesquisa demonstraram atitudes mais democráticas, com respeito às diferenças e valorização da coletividade. PALAVRAS-CHAVE: Jogos Cooperativos; Autoestima; Sobrepeso/Obesidade; Educandos.
1 INTRODUÇÃO
Este estudo é resultado do Programa de Desenvolvimento Educacional
(PDE), ação pública que visa o redimensionamento da prática pedagógica no
sentido de criar condições efetivas de debate e promoção de saberes para enfrentar
problemas detectados na Educação Básica. Entre os desafios que se apresentam
1 Professora PDE Graduada em Educação Física pela Facimar e Pós-Graduada em Educação Infantil, Neuropsicologia e Educação Especial ([email protected]). 2 Professor Orientador; Doutor em Desenvolvimento e Aprendizagem Motora pela Universidade de Pittsburgh – PITT (EUA); Professor adjunto da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, colegiado de Educação Física – Licenciatura, CCHEL - UNIOESTE.
aos professores de Educação Física, destaca-se a baixa autoestima de alunos na
fase de transição entre a infância e adolescência gerada pela insegurança a partir
das mudanças na aparência física, próprias desta fase. Este fato pode ser mais
significativo quando o educando se encontra acima do peso idealizado pela mídia.
Estudos indicam que crianças e adolescentes que não apresentam o biótipo
reconhecido pela boa forma do corpo e magreza, podem sentir-se insatisfeitas com
a sua imagem corporal que reflete diretamente na sua autoestima (SILVA et al.,
2009, PARISOTTO, 2011). Sendo assim, problemas com a baixa autoestima,
sobrepeso e obesidade interferem diretamente sobre a motivação para praticar
qualquer movimento e o envolvimento dos alunos durante as aulas. Isso acaba por
prejudicar o aprendizado e o desenvolvimento motor, assim como o próprio
desenvolvimento psicológico e sócio afetivo dos educandos na escola.
Esta problemática implica em profundas reflexões, as quais estimulam os
professores na busca de alternativas para minimizar os efeitos negativos pela
melhoria de aspectos da prática educativa. A síntese dos estudos volta-se a ajudar
os alunos no desenvolvimento de novos conceitos, promovendo a mudança de
comportamentos, especialmente nesta faixa etária da pré-adolescência e
adolescência, período em que o jovem passa pelas mudanças fisiológicas e
experimenta a construção de sua personalidade.
Em meio a estas alterações, a autoestima pode ficar fragilizada, fazendo com
que o educando sinta-se desestabilizado emocional e afetivamente, principalmente
quando encontra-se acima do peso considerado ideal. A obesidade e sobrepeso,
geralmente afastam as crianças da atividade física escolar pelo fato de não
conseguir lidar psicologicamente com essa dificuldade, fazendo com que não queira
participar das aulas de Educação Física que exigem um esforço físico, contribuindo
para a auto exclusão das atividades. Gaspar e Kogut (2008) afirmam que a
percepção de que o aspecto físico não condiz aos padrões considerados ideais pela
sociedade pode afetar a autoestima do educando fazendo com que se sinta excluído
direta ou indiretamente de atividades físicas propostas no ambiente escolar.
Estudos indicam que os jogos cooperativos podem ser considerados como
ferramentas para um processo educativo baseados na cooperação e resolução
pacífica de pequenos conflitos no ambiente escolar, tendo como meta a evolução
das capacidades de afeto, de integração e de inclusão social, favorecendo a
autonomia e independência dos educandos (SOLER, 2006).
Ainda de acordo com Soler (2008), os jogos cooperativos se baseiam em
princípios que colaboram para o aumento da autoestima: inclusão (visa o trabalho no
sentido de ampliar a participação e a integração das pessoas nos processos em
curso); coletividade (diz respeito a conquistas e ganhos que somente se realizam
coletivamente); igualdade de direitos e deveres (participação e responsabilidade de
todos na decisão e gestão com ganho igualitário dos benefícios promovidos pela
atividade); desenvolvimento humano (aprimoramento pessoal) e processualidade
(cooperação que privilegia o processo, sem exclusão).
Desta forma, optou-se pela aplicação de um programa de intervenção nas
aulas de Educação Física fundamentado em jogos cooperativos como recurso
metodológico para a prática pedagógica, privilegiando o acesso de todos os alunos,
independente do biótipo, à atividade física escolar visando reforçar a autoestima e
aprimorar os relacionamentos interpessoais dos alunos, principalmente aqueles que
demonstram sobrepeso/obesidade.
Diante dos aspectos apontados, pretende-se neste estudo responder a
seguinte problemática: De que forma os jogos cooperativos podem contribuir para o
aumento da autoestima em educandos com sobrepeso e obesidade?
O estudo tem como objetivo investigar se as atividades cooperativas podem
influenciar a autoestima de estudantes com sobrepeso e obesidade da Escola
Estadual do Campo São Francisco tendo como pressuposto que as aulas de
Educação Física podem ser consideradas um espaço de oportunidades que propicia
um ambiente favorável para a abordagem de conceitos associados ao assunto
manutenção da saúde e peso corporal adequado, podendo interferir positivamente
na mudança de comportamento.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 EPIDEMIOLOGIA DA OBESIDADE
A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura
corporal, que produz efeitos negativos à saúde. A etiologia da obesidade é
multifatorial, envolvendo aspectos biológicos, históricos, ecológicos, políticos,
socioeconômicos, psicossociais e culturais (WANDERLEI; FERREIRA, 2010).
Atualmente a prevalência mundial de sobrepeso e obesidade vem
apresentando um rápido aumento nas últimas décadas, sendo caracterizada como
uma verdadeira epidemia mundial (ABESO, 2009). Estudos epidemiológicos indicam
que a obesidade é uma doença universal de prevalência crescente e que vem
adquirindo proporções alarmantes, que podem aumentar a predisposição para o
desenvolvimento precoce de diabetes, doenças cardiovasculares, além de outros
desfechos desfavoráveis nas esferas psicoemocional e financeiro-trabalhistas
(LANG; NASCIMENTO; TADDEI, 2009).
O Índice de Massa Corporal (IMC) é um indicador que classifica a obesidade,
expresso pelo peso em quilogramas do indivíduo, dividido pelo quadrado da altura
em metros (peso/altura2), sendo uma referência para a obesidade e sobrepeso
(OMS, 2007). Primeiramente, o IMC foi utilizado somente em adultos, no entanto, em
2007, a Organização Mundial da Saúde propôs o critério de classificação do estado
nutricional para crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos de idade, com o objetivo
de monitorar estes dados em jovens de vários países. Entre as vantagens da
utilização deste indicador cita-se o fato de ser um método não invasivo, de baixo
custo e válido para o diagnóstico do estado nutricional de grupos populacionais.
Para classificação do IMC, na população infanto-juvenil brasileira, utilizam-se os
valores críticos para o sexo e idade propostos por Conde e Monteiro (2006).
A obesidade é desencadeada por dois fatores de risco que são o
sedentarismo e a alimentação inadequada. Além dos riscos à saúde física, Gaspar e
Kogut (2008) afirmam que a obesidade desencadeia consequências psicológicas ao
indivíduo, como por exemplo, a distorção da autoimagem ou imagem corporal, que
pode ser considerada a figuração do corpo do indivíduo em sua mente, ou seja, o
modo pelo qual o corpo se apresenta a si mesmo.
A imagem corporal é composta por dois componentes: a estima (que se refere
a quanto o indivíduo gosta ou não de seu corpo de forma global, inclui aspectos
como cabelo e rosto) e insatisfação corporal (que focaliza preocupações com peso,
forma do corpo e gordura corporal, podendo afetar aspectos como comportamento
alimentar, autoestima e desempenhos psicossocial, físico e cognitivo) (SOUZA;
CARVALHO; ARAUJO, 2011).
Neste contexto, percebe-se que a obesidade traz diversas consequências
psicológicas como a distorção da autoimagem ou a própria depreciação da
autoestima o que induz ao isolamento da criança. Por sua vez, o isolamento
apresenta como efeito colateral a diminuição de atividades motoras e redução da
interação social, causados pela rejeição e discriminação sofrida pelo indivíduo
(GASPAR; KOGUT, 2008).
Segundo a ABESO - Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da
Síndrome Metabólica (2009), a maior taxa de obesidade ocorre em populações com
maior grau de pobreza e menor nível educacional. Por esta perspectiva, Goulart
(2010) destaca a importância da escola na formação do cidadão para uma vida
saudável pela construção de atitudes favoráveis à manutenção da saúde. Estes
valores são construídos desde a infância pelas interações com o meio físico, social e
cultural e ainda, pela observação aos modelos externos ou grupos de referência.
2.2 AUTOESTIMA
A autoestima é o conjunto de crenças e atitudes que as pessoas têm em
relação a si mesmo, e são formadas tanto a partir da sua própria opinião como a
partir da opinião de outras pessoas em relação a ela (HILSDORF, 2005). Para
Franco (2009) a autoestima acompanha o indivíduo:
[…] desde o nascimento, o homem encontra-se cercado por atribuições de valores positivos e negativos; a autoestima é, então, vista enquanto uma valoração que o sujeito faz do que ele é, sendo construída nas relações que mantém com o mundo. Desta forma, a autoestima não é natural, dada ou inata ao homem. Ela é algo tênue, que surge das diferentes formas pelas quais significamos as situações vividas ao longo da vida, ou seja, se prevalece de modo positivo ou negativo, ainda que as significações, em muitos casos, sejam contraditórias e nem sempre claras (FRANCO, 2009, p. 326).
Para Nathaniel Branden (1996), estudioso mundialmente reconhecido pelo
seu trabalho sobre o tema, a autoestima é uma necessidade humana imprescindível
que não precisa do consentimento do indivíduo em relação ao modo como se
apresenta influenciando seus atos. A autoestima é a forma como a pessoa se sente
acerca de si mesmo. Apresentar uma autoestima elevada é sentir-se confiante e
adequado à vida. Uma autoestima saudável é a pedra fundamental da capacidade
de reagir positivamente e conscientemente às oportunidades que a vida oferece.
São inúmeros os conceitos de autoestima, mas pode-se resumidamente,
considerar que a autoestima é gostar de si mesmo sem apresentar restrições,
conhecer as qualidades e defeitos próprios sem ficar se martirizando por causa
deles e, na medida do possível aceitar os menos graves e ainda acreditar e confiar
em si acreditando ser merecedor das coisas boas (BRANDEN, 1996).
Conforme Schmitz (2004), a autoestima é uma força poderosa que existe no
interior de cada um de nós, abrange muito mais do que o senso inato de valor
pessoal, ela é um direito humano conquistado quando se nasce. Psicoterapeutas e
professores buscam fortalecer a autoestima de seus clientes e alunos, pois pessoas
motivadas e competentes tendem a enfrentar os desafios da vida sem se desmotivar
e, se acaso falharem, lutarão até conseguir alcançar seus objetivos.
Pelo exposto, compreende-se a importância da autoestima no ambiente
escolar como fator que contribui significativamente no processo ensino
aprendizagem, podendo afirmar que toda criança em idade escolar, para lograr
êxito, deve necessariamente apresentar uma elevada autoestima para que possa
atingir os objetivos de maneira integral e adequada, já que os alunos com elevada
autoestima acreditam mais em suas potencialidades, habilidades e capacidades,
esforçando-se para atingir seus objetivos e a realização escolar (PARISOTTO,
2011).
Para Fox (1999) apud Balbinotti et al. (2011, p. 386), os professores de
Educação Física têm um papel essencial a desempenhar com o intuito de
“neutralizar a grande ênfase que a sociedade coloca sobre alguns valores
diretamente relacionados ao sucesso e o fracasso, que, por ventura, podem
prejudicar a autoestima dos jovens”.
De forma complementar, pressupõe-se que as atividades físicas e jogos
realizados no ambiente escolar podem contribuir significativamente para o aumento
da autoestima das crianças, principalmente na faixa etária que compreende o Ensino
Fundamental, período em que as crianças desenvolvem ideias claras sobre a
capacidade escolar, comparando seus sucessos e fracassos com seus colegas.
2.2.1 Autoestima e Estado Nutricional
Para manter uma boa saúde e desempenhar as atividades vitais do
organismo é necessária uma alimentação saudável e equilibrada, pois o crescimento
e o desenvolvimento da criança e do adolescente estão diretamente relacionados
com a sua alimentação (WAKASUGUI; PINHO, 2008). A combinação de mudanças
nos hábitos alimentares aliado a um estilo de vida predominantemente sedentário
contribui para o aumento do sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes.
(GOULART, 2010).
De acordo com Silva et al. (2009) crianças e adolescentes obesos
apresentam complicações psicossociais negativas como o isolamento social,
discriminação e problemas com pares. Estes fatores frequentemente desencadeiam
uma baixa autoestima e insatisfação corporal que podem ser observadas em
situações de dificuldade no desempenho das tarefas escolares e menor capacidade
de aprendizagem.
A obesidade e sobrepeso, geralmente afastam as crianças da atividade física
escolar pelo fato de não conseguir lidar psicologicamente com essa dificuldade,
podendo chegar a quadros de depressão extremamente preocupantes, em alguns
casos a intervenção farmacológica se faz necessário, e muitos até mesmo desistem
de ir à aula (GASPAR; KOGUT, 2008).
Neste contexto, observa-se a importância do desenvolvimento de um trabalho
para orientação deste público para a adoção de atividades físicas visando um estilo
de vida mais saudável.
2.2.2 A integração dos alunos pelos Jogos Cooperativos
A sociedade capitalista é competitiva, valoriza o individualismo e prega que a
competição é o único caminho para a produtividade. Para que ocorram mudanças de
paradigma, é necessária a expansão das percepções humanas e substituição de
valores para o resgate da cooperação (BRANDL NETO; BRANDL, 2013).
[...] os padrões de comportamento são adquiridos a partir de valores existentes nas brincadeiras e jogos desenvolvidos na infância, dos modelos e reforços que recebemos, e assim, somos socializados para comportamentos construtivos ou destrutivos (Orlick (1989) apud BRANDL NETO; BRANDL, 2013, p. 75).
A proposição de um processo ensino aprendizagem fundamentado na
cooperação melhora a aprendizagem dos discentes promovendo a interação,
despertando entendimento, ajuda mútua, respeito, harmonia e outros benefícios
sociais. “Somam-se a estes aspectos a inclusão de todos no grupo e a participação
efetiva, fatores que colaboram para o aumento da autoestima e a valorização de
todos” (BRANDL NETO; BRANDL, 2013, p. 75).
Soler (2008) indica, em seus estudos, uma relação muito próxima entre o jogo
e autoestima, pois quando uma criança é acolhida no jogo sem tensões e restrições
sua autoestima melhora. Os jogos cooperativos são fundamentais no processo de
incluir as diferenças durante as aulas, como “ferramenta para que o educador possa
alcançar seus dois objetivos principais: reforçar a autoestima e aprimorar os
relacionamentos interpessoais” (SOLER, 2006, p. 40).
Os jogos cooperativos podem ser entendidos como um processo educativo
baseados na cooperação e resolução pacífica de conflitos, tendo como meta a
evolução das “capacidades perceptivas, afetivas, de integração e de inclusão social,
favorecendo a sua autonomia e independência” (SOLER, 2006, p. 40).
Para Correia (2006) as aulas de Educação Física são espaços privilegiados
para trabalhar os valores cooperativos como a solidariedade, a liberdade e a
cooperação fundamentando a disciplina como instrumento formativo de caráter,
princípios e valores do educando, não condicionados, apenas, ao aprendizado e
ensino de habilidades motoras. Brandl Neto e Brandl (2013) afirmam que a
autoestima influencia o desenvolvimento afetivo social, sendo um importante
componente da personalidade:
As crianças com boa autoestima tendem a ser alegres, confiantes, curiosas e independentes; aquelas cuja autoestima é baixa tendem a serem deprimidas, não acreditam nas suas ideias e carecem de confiança e orgulho pelo seu trabalho. Esta disposição deprimida diminui o nível de energia, o que afeta o desempenho das crianças na escola e também em outros lugares (BRANDL NETO; BRANDL, 2013, p. 23).
Para Soler (2006) os jogos cooperativos devem ser utilizados nas mais
diferentes faixas etárias, mesmo com pequenas adaptações para adequar o “jogo à
energia e às características do grupo”. Os jogos cooperativos se baseiam em
princípios que colaboram para o aumento da autoestima: inclusão (visa o trabalho no
sentido de ampliar a participação e a integração das pessoas nos processos em
curso); coletividade (diz respeito a conquistas e ganhos que somente se realizam
coletivamente); igualdade de direitos e deveres (participação e responsabilidade de
todos na decisão e gestão com ganho igualitário dos benefícios promovidos pela
atividade); desenvolvimento humano (aprimoramento pessoal) e processualidade
(cooperação que privilegia o processo, sem exclusão) (SOLER, 2006).
A competição estabelece e reforça a relação de dominação entre vencedores
e perdedores, valorizando a exclusão, a competição e a desigualdade. Na
atualidade, percebe-se a crítica de alguns estudiosos pela falsa interpretação de que
o ser humano é naturalmente competitivo. Segundo Orlick (1989) apud Brandl Neto
e Brandl (2013) Darwin, estudioso da evolução das espécies, considerou que o valor
mais alto para a sobrevivência está na inteligência, no senso moral e na cooperação,
e não na competição.
2.3 JOGOS COOPERATIVOS
No ambiente escolar, as aulas de Educação Física têm como função educar
para compreender e transformar a realidade que nos cerca, a partir da cultura do
movimento humano, devendo incluir todos os alunos nas atividades executadas. No
entanto, de acordo com Soler (2006) a Educação Física, muitas vezes, tem
contribuído para a manutenção de valores estabelecidos na sociedade, voltados
para a valorização apenas de habilidades motoras, classificando e rotulando os
alunos em conformidade com os resultados, fundamentados na competição.
Um dos aspectos destacados na competição é que esta fomenta a motivação.
A competição ajuda somente os ganhadores, que, normalmente, não precisam de
motivação e, em contrapartida, desmotivam os perdedores que são os que mais
necessitam dela (BRANDL NETO; BRANDL, 2013).
Desta forma, volta-se para uma reflexão acerca de novas abordagens que
são experimentadas na Educação Física, orientadas para promoção da cooperação
com a inclusão de jogos cooperativos.
Os jogos cooperativos são dinâmicas de grupos que tem por objetivo, em primeiro lugar, despertar a consciência e a cooperação, mostrar que a cooperação é uma alternativa possível e saudável no campo das relações sociais; em segundo lugar, promover efetivamente a cooperação entre as pessoas, na exata medida em que os jogos são, eles próprios, experiências cooperativas (SOLER, 2003, p. 21).
A estrutura dos jogos cooperativos é propositalmente organizada para
diminuir a pressão que a competição exerce e comportamentos agressivos, e
promover atitudes de sensibilidade, cooperação, alegria e solidariedade. No
ambiente escolar, considera-se que o planejamento e os objetivos cooperativos
devem “não apenas opor-se às práticas lúdicas competitivas, mas toda a cultura
individualista que funda sua dinâmica na competição” (BRANDL NETO; BRANDL,
2013, p. 33).
A proposta pedagógica pautada na cooperação visa como objetivo primordial
a aproximação dos participantes, promovendo o processo ensino aprendizagem
levando em conta “as características dos alunos em relação as dimensões
(cognitiva, corporal, afetiva, ética, estética, de relação interpessoal e inserção
social)” (SOLER, 2006, p. 37).
Desta forma, faz-se necessário mudar o modelo de Educação Física atual
incorporando valores cooperativos no ambiente escolar fundamentadas na
pretensão de desenvolver a responsabilidade mútua e o compromisso coletivo de
manter e/ou elevar a autoestima de cada integrante do grupo.
3 MÉTODOS
3.1 DELINEAMENTO E AMOSTRA
Este estudo se caracteriza como pesquisa de delineamento quantitativo. A
intervenção foi realizada com alunos dos 8º e 9º Anos da Escola Estadual do Campo
São Francisco – Ensino Fundamental, do distrito de Sub Sede São Francisco, no
município de Santa Helena – PR.
A escola possui duas turmas de 8º e duas turmas de 9º anos que participaram
do Projeto de Intervenção Pedagógica. No entanto, somente uma turma do 8º Ano e
uma turma do 9º ano foram avaliadas pela Escala de Autoestima de Rosenberg
(EAR), constituindo os grupos de intervenção. As outras turmas serviram como
grupo de controle.
3.2 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS
O estudo foi composto por duas etapas: fundamentação teórica, realizada
através de pesquisas em publicações científicas sobre a temática e pesquisa de
campo com a coleta de dados para o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) e
aplicação do questionário da EAR visando verificar se atividades cooperativas
podem influenciar a autoestima de estudantes.
Para a avaliação do IMC foram realizadas as medidas de estatura e massa
corporal. A estatura foi mensurada através de um estadiômetro, com valores obtidos
em centímetros, seguindo o seguinte método: os alunos permaneceram com os pés
juntos e os calcanhares, as nádegas e a parte superior das costas encostadas na
escala, braços livres ao longo do tronco. Os alunos foram instruídos a respirar fundo,
enquanto um esquadro foi colocado firmemente sobre o vértice, pressionando contra
o cabelo o máximo possível. A medida foi tomada ao final de uma inspiração
profunda (FONSECA, 2012). O peso corporal foi mensurado com os alunos
descalços, vestindo uniforme escolar em balança de plataforma, digital da marca
Líder com precisão de 0,1 kg.
Para o cálculo IMC baseado nos dados de estatura e massa corporal utilizou-
se a equação: [IMC = peso (kg)/estatura (m)²/estatura (m)²] conforme
recomendações da OMS (2007). Para classificação e categorização dos pontos de
corte do percentil para a idade e gênero foi utilizado o referencial de Conde e
Monteiro (2006).
Para verificar a autoestima dos alunos, foi aplicado o questionário da EAR
antes da intervenção (Pré-Teste) e ao final da intervenção (Pós-Teste) tanto no
grupo intervenção como no grupo controle. A contagem dos pontos segue a Escala
Likert de quatro itens:
Quadro 1 – Cálculo do escore da Escala de Autoestima de Rosenberg
Questões Positivas (1, 2, 4, 6 e 7) Questões Negativas (3, 5, 8, 9 e 10)
Pontos Alternativas Pontos Alternativas
0 Discordo Totalmente 3 Discordo Totalmente 1 Discordo 2 Discordo 2 Concordo 1 Concordo 3 Concordo Totalmente 0 Concordo Totalmente
Fonte: Dini; Quaresma; Ferreira (2004).
A pontuação da EAR apresenta escore de 0 a 30, sendo que escores abaixo
de 15 pontos indicam baixa autoestima, entre 15 a 25 pontos autoestima satisfatória
e acima de 25 pontos autoestima elevada (SANTOS et al, 2012).
A partir da contagem dos pontos do questionário da EAR foi realizada a
comparação da frequência para verificar se o desenvolvimento do Projeto de
Intervenção Pedagógica com o desenvolvimento de jogos cooperativos surtiu efeito
positivo com os alunos da Escola Estadual do Campo São Francisco – Ensino
Fundamental.
3.3 INTERVENÇÃO
A intervenção foi aplicada aos alunos dos 8º A e 9ºA anos da Escola Estadual
do Campo São Francisco mediante o desenvolvimento de jogos cooperativos junto
aos alunos durante 12 aulas.
As aulas da intervenção foram planejadas respeitando a sequência:
Aquecimento (10 minutos de alongamento/aquecimento); Desenvolvimento (30
minutos de parte principal, de acordo com as especificidades de cada atividade
planejada) e Volta à Calma (10 minutos). Todas as atividades se fundamentaram em
jogos cooperativos.
Nas primeiras aulas foram privilegiadas atividades cooperativas para
interação, socialização e diversão. Com o avanço da intervenção, foram
introduzidos, na fase de Desenvolvimento, jogos pré-desportivos recriados de forma
cooperativa na modalidade de basquetebol, futebol, handebol, voleibol e atletismo,
sugeridas por Soler (2009).
3.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA
Ao final do programa de intervenção foi realizada a avaliação dos resultados
mediante a análise estatística dos dados do estudo (grupos intervenção 8ºA e 9ºA),
inclusive das duas turmas que não participaram das atividades interventivas (grupos
controle 8ºB e 9ºB), para a verificação dos resultados do efeito da intervenção sobre
a autoestima dos escolares.
A análise estatística dos dados a partir dos resultados do IMC dos
adolescentes participantes da pesquisa foi realizada a partir da estatística descritiva
considerando valores de média, desvio-padrão e classificação do estado nutricional
interpretados de acordo com os parâmetros da OMS (2007), mediante a utilização
de gráficos e tabelas para idade, peso e estatura.
A análise comparativa da medida de autoestima entre os grupos no pré-teste
e no pós-teste foi realizada com o Teste-t de student para amostras independentes.
O resultado comparativo da autoestima entre o pré-teste e o pós-teste para ambos
os grupos foi realizada pelo teste-t para amostras pareadas.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 INTERPRETAÇÃO E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
A amostra contou com a participação de 65 adolescentes, 58,5% (n= 38)
alunos do sexo feminino e 41,5% (n= 27) do sexo masculino, com idade entre 13 a
17 anos (M= 13,7; dp= 1,2). Demais dados sociodemográficos estão descritos na
tabela 1.
Tabela 1. Descrição da amostra Geral e por Grupos
GERAL GI GC
M dp M dp M dp
Idade (anos) 13,7 ±1,2 13,8 ±1,2 13,6 ±1,2 Peso (Kg) 53,79 12,90 56,46 13,69 50,67 11,35 Estatura (m) 1,61 0,07 1,62 0,06 1,60 0,08 IMC 20,5 3,9 21,4 4,4 19,5 3,0 GI = Grupo intervenção; GC = Grupo controle; M = média; dp = desvio padrão; IMC = Índice de Massa Corporal.
Observando os dados demográficos e antropométricos por grupos de
intervenção e controle, percebeu-se que os grupos eram similares para as variáveis
de estatura (t=1,037; p=0,30), peso (t=1,838; p=0,07) e IMC (t=1,954; p=0,06) pois
nenhuma diferença nos valores obtidos foi estatisticamente significativa.
Na classificação do Estado Nutricional do total da amostra verificou-se que
um percentual de 3,1% apresenta baixo peso, 64,6% é considerada eutrófica, 27,7%
se enquadra em sobrepeso e ainda 4,6% constituem o grupo de obesidade. Demais
valores por grupos de intervenção e controle estão descritos na tabela 2.
Tabela 2. Distribuição de frequência absoluta e relativa (%) de acordo com
classificação de estado nutricional dos alunos
GERAL GI GC
n (65) % n (35) % n (30) %
Baixo peso 2 3,1 0 0 2 6,6
Eutrófico 42 64,6 22 62,8 20 66,7
Sobrepeso 18 27,7 10 28,6 8 26,7
Obesidade 3 4,6 3 8,6 0 0
GI = Grupo intervenção; GC = Grupo controle; n = número de participantes.
Os valores obtidos na pesquisa são semelhantes aos obtidos por Teodoro
(2015) em estudo realizado com 176 adolescentes com idade entre 14 e 18 anos do
município de Passo Fundo – RS. Os resultados indicaram sobrepeso em 23,75%
dos adolescentes e um percentual de 8,7% como obesos, concluindo elevada
prevalência de obesidade considerando a falta de atividade física como fator que
contribui para a elevação do peso.
Os resultados da Escala de Autoestima de Rosenberg para os grupos de
intervenção e controle no período de pré-teste foram: GI (M = 16,57; dp = 5,10) e GC
(M = 18,50; dp = 4,78). Esta pontuação, apesar de apresentar diferenças numéricas,
não foi estatisticamente significativa (t = -1,563; 0,12), indicando que os grupos
apresentavam valores similares para autoestima no início do projeto de intervenção.
Após a intervenção, durante o Pós-teste verificou-se que no grupo de
intervenção a pontuação de autoestima aumentou para 17,91 elevando em 1,34 a
pontuação em relação aos resultados do pré-teste. No grupo controle, a pontuação
do pós-teste foi de 16,00 que demonstrou uma redução da pontuação de autoestima
de 2,5 pontos quando comparado com o resultado do pré-teste, indicando uma baixa
significativa na autoestima neste grupo. Contudo, diferença significativa não foi
observada para o grupo de intervenção. Os valores da escala de autoestima de
Rosenberg e dos testes-t podem ser observados na tabela 3.
Tabela 3. Descrição de valores de autoestima pela EAR e de análises de diferenças
por grupos de intervenção e controle no Pré e Pós-testes.
n Média EAR Dp Teste-t Valor p
GI Pré-teste 35 16,57 5,1
1,078 0,29 Pós-teste 35 17,91 5,0
GC Pré-teste 30 18,50 4,8
-1,935 0,06 Pós-teste 30 16,00 4,4
GI = Grupo intervenção; GC = Grupo controle; n = número de participantes; dp = desvio padrão.
Neste estudo não foi possível a comprovação da eficiência dos jogos
cooperativos pelos resultados quantitativos em relação a autoestima. Vale ressaltar
que o grupo controle apresentou uma redução na autoestima do início ao fim do
período de implementação da prática pedagógica, fato não observado no grupo de
intervenção.
O fato do grupo controle apresentar autoestima significativamente mais baixa
no pós-teste representa indícios positivos e relevantes para o grupo intervenção. Os
resultados indicam que os jogos cooperativos podem contribuir, senão para o
aumento da autoestima, ao menos para a manutenção da autoestima dos
estudantes. Portanto, o estudo apresenta forte tendência de resultados mais
significativos se forem considerados fatores como o tempo de intervenção dos jogos
cooperativos junto aos alunos para a obtenção de autoestima satisfatória.
Ademais, qualitativamente, percebeu-se que a experiência que os jogos
cooperativos trouxeram para os alunos foi muito significativa, visto que estavam
motivados, se divertiram e aprenderam juntos, participaram das atividades com os
mesmos objetivos de maneira prazerosa, com ritmo próprio, confiança e boa
autoestima. Até aqueles que tinham alguma limitação contribuíram nas atividades,
adquiriram mais confiança, fizeram mais amizades e demonstraram menos atitudes
agressivas.
O jogo cooperativo pode ser visualizado como uma alternativa que pode
ajudar a solucionar problemas, conflitos e alcançar os objetivos, visto que está
relacionado à comunicação, confiança e autoestima. “Os elementos primordiais
presentes nos jogos são a cooperação, a aceitação, o envolvimento e a diversão”
(SOLER, 2006, p. 116).
Pelos resultados da EAR, nota-se que não houve diferença significativa na
melhora de autoestima para nenhum dos subgrupos de estado nutricional dos
integrantes do grupo de intervenção. Há que se ressaltar que a análise para o grupo
obesidade não houve distribuição normal por ter somente 3 participantes, conforme
apresentado na Tabela 4:
Tabela 4. Resultados da EAR no pré-teste e pós-teste por estado nutricional para o
grupo de intervenção
n M ± dp teste-t valor p
EUTRÓFICO Pré-teste 22 16,8 ± 5,3
-0,989 ,334 Pós-teste 22 18,5 ± 5,3
SOBREPESO Pré-teste 10 17,3 ± 5,1
-0,339 ,742 Pós-teste 10 18,1 ± 4,4
OBESIDADE Pré-teste 3 12,7 ± 3,2
-1,000 ,423 Pós-teste 3 13,3 ± 3,8
n = número de participantes; M = Média EAR; dp = desvio padrão
Os resultados demonstram que não houve diferença quantitativa significativa
na melhora da autoestima dos educandos. Contudo, podem ser destacados
aspectos qualitativos que foram promovidos pela realização dos jogos cooperativos
fortaleceu as tendências democráticas e permitiu ao aluno se divertir, sem humilhar,
ou se impor a nenhum colega. Se o aluno se sente seguro em participar e fazer
parte do grupo, ele perde o medo de errar, fica mais confiante, consequentemente
sua autoestima aumenta.
Os alunos com sobrepeso e obesidade sentiram-se mais confiantes na
realização das atividades. Sendo assim, deve-se considerar uma Educação Física
inclusiva, que valorize o educando e respeite as diferenças, permitindo um ambiente
mais harmonioso e saudável.
De acordo com Soler (2009, p. 150) quanto mais as pessoas têm
oportunidade de sucesso, melhor para todos, pois a felicidade não é algo para curtir
sozinho, mas sim para ser compartilhado.” Com os jogos cooperativos as aulas de
Educação Física tiveram uma maior contribuição no processo de ensino
aprendizagem, construindo autonomia, criatividade, relação social, entre outros
fatores essenciais para o aumento da autoestima dos educandos com sobrepeso e
obesidade.
Com a proposta da cooperação, permitiu-se a participação de todos,
independentemente das habilidades de cada um, cujo objetivo principal é valorizar o
coletivo. Evitou-se o confronto entre vencedores e perdedores, foram adotadas
diferentes formas de atitudes que colaboraram para criar conceitos que ajudaram a
diminuir a discriminação e permitiu aumentar a consciência sobre as limitações de
cada indivíduo.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Entre os fatores que podem ser apontados para o não atingimento de
resultados positivos em relação ao aumento da autoestima da amostra, destacam-
se: o pouco tempo dispensado para o desenvolvimento das aulas fundamentadas
em jogos cooperativos, o fato da amostra ser composta de adolescentes que
demonstram certa instabilidade emocional que pode interferir na maneira de como
se sentem e consequentemente, afeta a sua autoestima.
Neste estudo, não houve melhora significativa na autoestima dos estudantes
submetidos ao projeto de intervenção de jogos cooperativos. No entanto, foi possível
perceber no decorrer das aulas de Educação Física um aumento na motivação para
o desenvolvimento das atividades, respeito às diferenças, valorização do outro,
construção da autonomia, criatividade e relações sociais mediante a participação de
todos com inclinação à adoção de atitudes mais democráticas.
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