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Nº5 ANO 1 MAI|JUN 2012
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A comunicação tem muitas facetas. A Lettering tem a mis-
são de trazê-las à tona a cada edição, para informar e orientar
os que queiram aprimorar os seus negócios por meio das fer-
ramentas da publicidade, da melhoria do relacionamento com
os diferentes públicos ou do cuidado com a reputação de sua
empresa diante da sociedade. Ou com tudo isso junto.
Desta vez, decidimos abordar assuntos que nem sempre são
observados no dia a dia das empresas, mas que podem fazer
toda a diferença para se destacar em meio à concorrência.
Investir na produção de um jingle de qualidade pode ser um
deles e ter, por um bom tempo, o nome de sua empresa, literal-
mente, na ponta da língua dos potenciais consumidores.
Por falar neles, trazemos uma reportagem sobre os que têm
algum tipo de necessidade especial e que estão sendo esqueci-
dos pela maior parte das empresas e uma outra sobre a impor-
tância de se investir em eventos internos para conseguir manter
os funcionários sempre motivados.
Falamos, ainda, sobre investimentos, mostrando como to-
das as mídias, desde o jornal até as mídias sociais, podem atin-
gir o seu público de forma eficiente: tudo é uma questão de
planejamento.
Esperamos que, senão todas, a maioria delas seja útil para
você e seus seus negócios.
> >
rodrigo abreuthiago gustavo
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@SouldreeA revista @Lettering_ está realmente muito boa!
Parabéns a todos!!
@leandroribbeiroMuito bom o artigo sobre rádio na revista @
Lettering_ desse mês. Vou usar como referência bibliográfica do meu TCC.
@fromandrecoisa boa essa @Lettering_ galera. VEM Q TEM.
@heldpereiraCara... chegou minha @Lettering_ a Capa
ta legal, mas o anuncio do prêmio ta show! #paguei1pau
@linc_sEstava aqui lendo a @Lettering_ que mais uma
vez prova que o Vale tem muito conteúdo e qualidade em comunicaçao. Parabéns
@designontherock @Lettering_ Legal ter uma revista e um prêmio
para o publico do vale, parabéns pela iniciativa!
@re_bm@Lettering_ tá linda e cremosa! anúncio do
prêmio então, zeeenzacional!
@LucasJRodrigues“@cruzeferreira: A revista @Lettering_ desse
mês está show de bola! Se você ainda não leu, leia já!” To curioso para ver!
Dione NègreAcabei de receber a Lettering no meu escritório....conteúdo 10! E linda! Valeu!
Mariana MoraesConteúdo, fotografia e diagramação admiráveis. Parabéns!
Gil CastilloAcaba de sair uma nova edição da Revista Lettering. Mais um show de conteúdo.(...)
Francine RodriguesParabéns a Revista Lettering que nos surpreende cada vez mais!!! Uma edição melhor que a outra =)
a foto da edição 4 foi feita por thiago gustavo e retrata um cemitério de orelhões, no município de tremembé-sp.
tendo como missão valorizar a comunicação sob suas mais variadas vertentes, é postura da lettering respeitar as imagens de suas capas, não estampando nelas manchetes e outras chamadas.
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Anun_Rev_Lettering_Maio_curv.indd 1 16/04/12 12:01
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–
thiago gustavo é fotógrafo. kelma jucá é jornalista. eluanda andrade é estudante de propaganda e assistente de arte. luzimar goulart gouvêa é revisor. rodrigo abreu é ilustrador. marina duarte é estudante de propaganda e assistente de arte. vanessa campos é escritora e ilustratora. fernanda guerra é jornalista. gabriela ciolini é es-tudante de propaganda e fotógrafa.
editora leticia maria mtb: 27.773
editora-adjunta camila gouvêa mtb: 51.269
arte e design editorial karina r dias
secretária de redação maria clara carvalho conselho editorialaislan greca cassio rosas gustavo gobatto josué brazil osWaldo rodrigues
impressão resolução gráficaeditora papel brasilrua coronel gomes nogueira 44 - sala 11centro - taubaté-sp12010-120
10 mil eXemplares
distribuição gratuita e dirigida
publicidade [email protected]
revistalettering.com.br@lettering_facebook.com/revistalettering
10 comunicação inclusiva 22 propaganda 2.0
32 vídeo institucional 52 mídia
é proibida a reprodução total ou parcial de teXtos, fotos e ilustrações por qualquer meio sem prévia autorização dos artistas ou do editor da revista lettering.os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da revista.
comunicação inclusiva > >
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algumas empresas cumprem a legislação, mantendo em seus quadros pessoas com deficiência, mas são poucas as que se propõem a se comunicar de forma adequada com esse público que, segundo o ibge, representa algo em torno de 24% dos brasileiros
thiago gustavo
Eles somam cerca de 46 milhões
de pessoas, correspondente a 24% da
população brasileira, de acordo com
o Censo 2010 do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE): as
pessoas com deficiência formam um
público de tamanho significativo que
pode estar sendo deixado de lado – e
até mesmo ignorado – pelas estraté-
gias de comunicação de sua empresa.
Sim: comunicar-se diretamente
e de forma eficaz com pessoas com
deficiência ainda não está entre as
prioridades da maioria das empresas
brasileiras. Preconceitos e desconhe-
cimentos fazem com que quase um
quarto dos brasileiros fique de fora
dos processos de comunicação cor-
porativa e deixem de ser percebidos
por empresas como parceiros, co-
laboradores, consumidores e, prin-
cipalmente, cidadãos que buscam e
têm direito à informação – um direito
previsto na Constituição Federal bra-
sileira para todos os brasileiros, sem
distinção.
Presidente da ONG Vez da Voz,
que desenvolve ações de mídia inclu-
siva em parceria com diversas empre-
sas, como a Folha de S. Paulo e o UOL,
Claudia Cotes acredita que é possível
levar para as empresas um novo mo-
delo de comunicação que seja aces-
Consumidores esquecidos
sível a todas as pessoas. Os recursos
são amplos e envolvem material em
áudio e em braile, softwares de reco-
nhecimento de voz, leitores de telas
(softwares que reproduzem em áudio,
ou seja, leem o que está escrito na
tela), tradutores de Libras (Linguagem
Brasileira de Sinais) e vídeos inclusivos
que contenham audiodescrição de
cenas (narradas por um locutor), le-
gendas e tradutor de Libras mostrado
em tamanho adequado.
“Este modelo de comunicação in-
clusiva pode ser utilizado por toda a
sociedade, em qualquer setor. A ino-
vação depende de uma equipe de
profissionais que queiram mudar e
ampliar horizontes. O ganho para a
empresa é o de pensar de uma forma
inclusiva, mais ampla, e o de comuni-
car-se de uma forma mais eficaz, sem
preconceito.”
Jornalista e presidente da Usina da
Inclusão, startup de social commerce
inclusivo, que conta com assessoria
de comunicação e de imprensa es-
pecializada, Lincoln Tavares acredita
que as empresas devem evitar pensar
na comunicação inclusiva como um
conceito isolado ou como estratégia
para atingir determinado segmento.
“É preciso estruturar uma cultura
inclusiva em todos os segmentos da
10 | 11
empresa, inclusive (e não somente) na
comunicação corporativa. Queremos
nos comunicar com quem? Se a res-
posta é “com todas as pessoas”, então
devemos pensar quais ferramentas
tornam essa comunicação possível.
Na comunicação com o público ex-
terno, o raciocínio é o mesmo”, diz
Tavares.
RECuRSoS ESTRATéGICoS
Desenvolver uma estratégia de co-
municação e marketing que alcance a
todos exige atenção a detalhes que
comumente passam despercebidos,
tanto em empresas de segmentos
diversos, quanto em agências de co-
municação. Dentre os cuidados para
que a informação esteja realmente ao
alcance de todos, Tavares cita desde a
escolha dos formatos de arquivos até
a elaboração de produtos específicos.
“Por exemplo, ao elaborar uma
newsletter, a empresa pode (na ver-
dade deve) saber que determinadas
Cumprir a legislação. Essa é a
meta de muitas empresas quando se
trata da inclusão de pessoas com de-
ficiência em seus quadros de trabalho.
Mas, para especialistas, o setor em-
presarial brasileiro está muito longe
de pôr em prática o que determina a
lei. E mais: cumprir à risca o que diz a
lei brasileira é insuficiente para garan-
tir uma inclusão efetiva, que respeite
as necessidades e valorize as capaci-
dades de pessoas com deficiência no
ambiente de trabalho.
Considerada um marco na criação
de postos de trabalho para pessoas
com deficiência, a Lei 8.213, sancio-
nada em 1991 e conhecida como Lei
de Cotas, estabelece que empresas
com mais de 100 funcionários devem
reservar de 2% a 5% das vagas de tra-
balho para pessoas com deficiência.
Para Tabata Contri, consultora da
Talento Incluir, empresa de São Paulo
que assessora profissionais com defi-
ciência para a inclusão e recolocação
no mercado de trabalho, a legislação
brasileira está começando a rever-
ter esse quadro de exclusão e, como
exemplo, cita dados do Ministério do
Trabalho e Emprego, que apontam
que, em 2001, havia apenas 601 pes-
soas com deficiência empregadas no
Estado de São Paulo – em 2008, esse
número alcançou 102 mil pessoas.
“É um salto bem grande e que
mostra que a inclusão está acon-
tecendo. Por outro lado, ainda falta
muito, pois a estimativa é que apenas
14% das empresas cumpram a cota.
A responsabilidade pela inclusão tem
InCLuSão dE FunCIonáRIoS CoM dEFICIênCIA dEVE IR ALéM dA LEGISLAção
FEIRA APRESEnTA TECnoLoGIAS InCLuSIVAS àS EMPRESAS E AoS
ConSuMIdoRES
Uma oportunidade de conhecer novas práticas voltadas à aces-
sibilidade de pessoas com deficiência chegará ao Vale do Paraíba
no segundo semestre de 2012, com a realização da primeira Feira e
Congresso de Acessibilidade, Inclusão Social e Tecnologia Assistiva
da região. Realizada pela Mastran Business Fairs, o evento, que reu-
nirá fabricantes de equipamentos e tecnologias para pessoas com
deficiências, discutirá leis e melhorias na qualidade de vida e abor-
dará alguns temas, como a acessibilidade, a tecnologia assistiva, a
inclusão social e a geração de empregos.
de ser compartilhada entre empresas,
governo e pessoas com deficiência.
As empresas devem assumir, sim, sua
responsabilidade na capacitação de
quem tem deficiência, preparando os
funcionários para o mercado e para
a cultura corporativa, pois as pessoas
com deficiência estiveram por séculos
à margem desse processo em nosso
país. Além disso, a pessoa com defi-
ciência deve atuar como protagonista
de sua inclusão, mostrando do que ela
é capaz e apresentando soluções para
dificuldades e limitações que encontre
para exercer sua função, pois quem
está entrevistando e selecionando
funcionários, muitas vezes, não co-
nhece as especificidades de sua defici-
ência e não sabe tudo o que ela pode
realizar.”
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SERVIÇOS E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
COMÉRCIOINDÚSTRIA
1
RENDIMENTOS MÉDIOS DOS TRABALHADORES
R$ 1.742,00R$ 1.922,90
TRABALHADORESCOM DEFICIÊNCIA
306 miltrabalhadores com
deficiência nomercado formal
(0,7% do total no país)
A regra atual é usar a expressão
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, conforme aprovação pela Convenção
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU e pela legislação brasileira.
RANKING DE CONTRATAÇÃONO ESTADO DE SÃO PAULO
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MÉDIA DE RENDIMENTO GERAL
pela legislação brasileira.
Informe-se
2 3
“A produção de podcasts também
pode ser uma boa saída. No caso da
produção de vídeos, ainda há a audio-
descrição, uma técnica que descreve
o que está acontecendo durante a
cena sem conflitar com os diálogos.
Para as pessoas com deficiência au-
ditiva, é recomendável a utilização de
legendas e intérprete de Libras, não
somente para os vídeos, mas também
como material complementar aos tex-
tos. No caso de blogs, hotsites e outras
ferramentas relacionadas às mídias
sociais, também devem ser utilizados
recursos como os botões de aumento
e contraste da fonte e programação
de HTML que facilite e torne intuitiva
a navegação”, explica.
eluanda andr
ade
extensões de arquivos (JPG e PDF,
por exemplo) não são reconhecidas
por softwares leitores de tela, utiliza-
dos por pessoas com deficiência vi-
sual. Qual seria, então, uma solução
razoável? Preparar um equivalente
textual em TXT ou mesmo em Word.
Ou, então, se for utilizar imagens em
meio ao material produzido, deve-se
descrevê-las (de maneira objetiva) por
meio de legendas.”
A impressão em braile, importante
para o acesso das pessoas com defici-
ência visual à informação, também é
recomendada. No entanto, o jornalista
frisa que nem todas as pessoas com
deficiência visual dominam esse tipo
de escrita.
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ACESSIBILIdAdE nA REdE
Grande aliada na inclusão das
pessoas com deficiência dentro dos
processos de comunicação, a internet
pode ser utilizada de forma mais efi-
caz pelas empresas que buscam criar
novos paradigmas na construção de
uma sociedade mais igualitária no
acesso à informação e nas oportuni-
dades de trabalho e de consumo.
Para isso, além dos recursos ci-
tados por Tavares, é necessário, por
exemplo, que o site facilite a utilização
de leitores de tela, que o seu código
seja organizado de modo a permitir a
total navegação por meio do teclado
(sem o uso do mouse), de forma sim-
ples, que possibilite o uso de atalhos
para o acesso a diferentes partes do
site e que ofereça transcrição em áu-
dio e vídeo do conteúdo.
“de acordo com Tim Berners-Lee,
criador da internet e hoje líder do W3C
(consórcio internacional com objetivo
de desenvolver padrões para a web),
a web tem de estar disponível para
todas as pessoas, independentemen-
te do hardware que usam, software,
idioma, cultura, localização geográfi-
ca ou capacidade física e mental”, afir-
ma Rodrigo Leme, gerente de projetos
da Espiral Interativa, agência digital de
São Paulo que trabalha com consulto-
ria em acessibilidade para a web e que
tem clientes como a Fundação Dorina
Nowill, uma das mais reconhecidas
entidades voltadas à inclusão das pes-
soas com deficiência visual do Brasil.
“Tenho esperança de que daqui a
alguns anos seja natural construirmos
sites e/ou outros meios de divulgação
de informação e serviços acessíveis.
Hoje, o principal é termos consciência
da importância de seguirmos algumas
regras e tomarmos alguns cuidados
extras na concepção de um site. Sites
acessíveis têm cuidados visuais, es-
a j&j investe em materiais
específicos de treinamento: “é importante
termos uma base única de
desenvolvimento, respeitando as
diferenças”
MERCAdo EXCLuI PARCELA dE TRABALHAdoRES doS PRoCESSoS dE InCLuSão
Os avanços na inclusão social
verificados nos últimos anos não al-
cançam de forma igualitária todas as
pessoas com deficiência. de acordo
com Maria Gorete Cortez de Assis,
do Hospital Próvisão, os deficientes
visuais continuam à margem do
processo de inclusão no mercado de
trabalho.
“No caso das pessoas com de-
ficiência visual, a legislação ajudou
muito pouco. Existem poucas opor-
tunidades de trabalho para os cegos
e o mercado não conhece a capaci-
dade que eles têm, pois são pessoas
com total condição de trabalho, des-
de que haja os recursos necessários.”
A realidade exposta por Gore-
te é confirmada por dados oficiais:
segundo o Ministério do Trabalho
e Emprego, do total de empregos
preenchidos por pessoas com de-
ficiência no Brasil, apenas 5,79% fo-
ram destinados a deficientes visuais,
enquanto 54,47% foram preenchidos
por pessoas com deficiência físi-
ca (54,47%), seguida dos auditivos
(22,49%). Pessoas com deficiências
intelectuais (5,10%) e com deficiên-
cias múltiplas (1,26%) foram ainda
menos incluídas entre os trabalha-
dores brasileiros.
Jornalista e editor do blog Guia
Inclusivo, que trata de assuntos re-
lacionados às pessoas com defici-
ência com enfoque nas cidades do
Vale do Paraíba, Luis Daniel da Silva
avalia que a convivência é importan-
te para quebrar as barreiras que exis-
tem entre empresas, funcionários e
candidatos às vagas de emprego. Por
isso, é no próprio processo de inclu-
são que as dificuldades encontradas
podem ser minimizadas e até resol-
vidas.
“É na convivência cotidiana que
surgem as dúvidas, as possibilidades,
as experiências, pois não existe ‘re-
ceita’ para se incluir. A pessoa com
deficiência quer ser tratada como
qualquer outra, com seus direitos e
deveres”, afirma Luis daniel.
gabriela ciolini
revistalettering.com.br
gabriela palombo
truturais, no conteúdo, na semântica
e também na usabilidade. A informa-
ção deve ser pensada para atender a
todos.”
dIFEREnçAS QuE PRoMoVEM A
IGUALDADE
Consultora da Talento Incluir, em-
presa que trabalha com a inclusão de
pessoas com deficiências no mercado
de trabalho, Tabata Contri esclarece
que as empresas precisam ter sensi-
bilidade para entender as diferentes
necessidades de seus funcionários e
clientes, promovendo a autonomia e
a profissionalização da relação entre
empresa e funcionários com defici-
ência.
“A pessoa com deficiência tem de
receber e entender 100% das infor-
mações que são passadas para ela e,
para isso, é preciso trabalhar a cultura
da empresa como um todo. A pessoa
com deficiência não pode ser vista
como um coitadinho, mas como uma
pessoa que pode contribuir com a
empresa e que deve receber as infor-
mações necessárias para isso.”
Cadeirante há 11 anos, Tabata de-
fende que as pessoas com deficiên-
cia devem ser vistas pelas empresas
como um público a ser alcançado,
não de uma forma assistencialista,
mas por meio de ações efetivas que
promovam sua inclusão nas mesmas
esferas que as demais pessoas: con-
sumo, trabalho, educação, lazer, en-
tretenimento, cidadania – e, para ela,
a comunicação tem um papel primor-
dial nesse processo.
“Mais do que promover a acessibi-
lidade, a comunicação pode provocar
uma mudança na cultura das empre-
sas e da sociedade”, afirma, lembran-
do que cadeirantes e pessoas com
mobilidade reduzida também preci-
sam ser contempladas com ações de
comunicação inclusiva, como correto
posicionamento de avisos e jornais
murais em locais acessíveis, com con-
“a publicidade e as empresas começaram a entender que esse é um nicho de mercado interessante e que as pessoas com deficiências são formadoras de opinião e eXercem influência importante na sociedade”, diz tabata contri, da talento incluir
14 | 15
forto para quem precisa de apoio físi-
co e em uma altura compatível com
a leitura a partir de cadeiras de rodas.
Apesar do longo caminho a se
percorrer para que a comunicação in-
clusiva esteja no dia a dia de todas as
pessoas, a consultora analisa o atual
momento com otimismo: “A publici-
dade e as empresas começaram a en-
tender que esse é um nicho de merca-
do interessante e que as pessoas com
deficiências são formadoras de opi-
nião e exercem influência importante
na sociedade”.
REnTABILIdAdE HuMAnA E
EMPRESARIAL
Na Johnson & Johnson, o pro-
cesso de comunicação inclusiva teve
início em 2006, com a implantação
do programa de inclusão de pessoas
com deficiência entre os funcioná-
rios. A empresa conta com 20 pessoas
com deficiência auditiva beneficiadas
pelo programa, que envolve traduto-
res de Libras em reuniões e em capa-
citações.
“Uma das ações que implantamos
foi a capacitação correta dos deficien-
tes auditivos – em julho de 2011, fize-
mos o primeiro treinamento. A partir
daí, passamos a desenvolver material
de treinamento específico para esse
grupo”, afirma Rubia Fernandes, da
área de educação e treinamento da
Johnson & Johnson, em São José dos
Campos.
“Para a empresa, o benefício é ter
todos os profissionais motivados, com
a mesma base de conhecimento para
executar sua função corretamente.
Para os funcionários, é importante ter
uma base única de desenvolvimento,
respeitando as diferenças.”
Além de promover a cidadania, de
desmitificar as diferenças e de pro-
mover mudanças importantes na vida
de pessoas com e sem deficiência, a
comunicação inclusiva pode ser uma
aliada estratégica para o incremento
do desempenho dos funcionários e
da rentabilidade empresarial.
“A comunicação promove um ren-
dimento mais individualizado e den-
tro dos padrões dos não deficientes,
promovendo mais autonomia para a
execução das tarefas empresariais.
Com isso, a empresa e os funcionários
ganham tempo, pois as pessoas com
deficiência conseguem resolver suas
tarefas com independência e sem
o auxílio de outras pessoas a todo o
momento. A empresa ganha com um
desempenho melhor de seus funcio-
nários e em sua rentabilidade empre-
sarial”, afirma Maria Gorete Cortez de
Assis, integrante do Conselho Estadu-
al para Assuntos da Pessoa com defi-
ciência, de São Paulo, e coordenadora
educacional do Próvisão, hospital e
centro de reabilitação localizado em
São José dos Campos, que conta com
um núcleo de empregabilidade para
pessoas com deficiência visual.
Pedagoga especializada em defi-
ciência visual, Gorete destaca o papel
da comunicação inclusiva nas rotinas
empresariais, mesmo quando as in-
formações possam parecer simples
ou corriqueiras. “As pessoas que en-
xergam interagem o tempo todo com
tudo que está ao seu redor, como
quadros de comunicação e placas. O
cego fica à mercê dessa comunicação
do dia a dia, que tem uma dinâmica
rápida, e precisa de uma comunica-
ção inclusiva, que se realize de forma
diária, para que ele não receba infor-
mações truncadas. Mais importante
até do que a acessibilidade física e
os materiais assistivos e adaptados é
a acessibilidade dos seres humanos.
Somente quando as pessoas passa-
rem a realmente compreender as di-
ferenças será possível transformar a
realidade.”
a internet tem sido grande aliada das empresas nos
processos de inclusão, representando um dos caminhos para se construir uma sociedade mais
igualitária, com mais acesso à informação,
ao mercado de trabalho e ao consumo
revistalettering.com.br
CANTAR DE GALO É FÁCIL,
FAZER PROPAGANDA DEVERDADE É PARA POUCOS.
Competência, profissionalismo, ética e comprometimento
com os resultados da sua empresa, são os atributos que
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Miami Florida 33186 USAPhone: 1 786-37BZUSA / 372-9872
desde 1999
a música pode ser eXplorada no rádio, na tv e na internet: ela emociona, gera
intimidade e faz com que o ouvinte associe
marcas, produtos e serviços à sensação de
prazer
danilo c monteiro e thiago gustavo
“O tempo passa, o tempo voa”... se
você já passou dos 25 anos, de certo
deve ter completado mentalmente o
restante da letra entre aspas. A letra,
já enraizada na memória coletiva, fez
parte das propagandas do Banco Ba-
merindus e, mesmo sendo um jingle,
marcou algumas gerações com a mes-
ma força das canções populares de Ro-
berto Carlos.
Um bom jingle é garantia de que
uma empresa será sempre lembrada.
A versatilidade da publicidade sonora
possibilita que ela seja explorada tanto
no rádio, quanto na TV e na Internet,
apesar de ser um meio utilizado des-
de que o frio chegava desprevenido na
casa das pessoas que já tinham com-
prado cobertor nas casas Pernambu-
canas (um dos primeiros comerciais
que marcaram pela música), o formato
continua agradando o consumidor.
“O jingle é uma ferramenta incrível
e está longe de se extinguir. Ele tem um
Melodias imortais
papel fundamental na fixação da mar-
ca de uma empresa. Ele pode ressus-
citar uma marca, lançar um novo pro-
duto ou até mesmo rejuvenescer uma
marca antiga. Por ser uma produção
musical, ele faz com que o inconscien-
te das pessoas o associe à sensação
de prazer do indivíduo, e assim tem o
poder de gerar certa intimidade com o
público-alvo pretendido, o que auxilia
na confiabilidade de um determinado
produto sem que a pessoa perceba
isso”, conta Alan Tadini, proprietário do
digiMax Estúdio, de São José dos Cam-
pos. Com a fala, ele exemplifica porque
recomenda que um jingle seja veicula-
do por meses a fio.
Na verdade, ultimamente, o jingle
tem atraído empresários devido às su-
gestões feitas por quem conhece o po-
der de fogo das canções que falam de
um produto ou empresa.
“dificilmente alguém nos procura
com a ideia de fazer um jingle. Nor-
JinGlEs > >
revistalettering.com.br 18 | 19
malmente, somos nós, no processo de
planejamento e criação, quem visua-
lizamos essa perspectiva como atra-
tiva para o cliente. O jingle é uma das
ferramentas persuasivas que temos –
como o texto inteligente, a fotografia,
o diálogo, enfim, para fortalecermos
um determinado conceito de valor que
queremos compartilhar”, revela Alejan-
dro Vera Mendez, sócio-diretor da On-
dasete, em São José dos Campos.
Além de ser um item pouco visa-
do por empresários, um aspecto pou-
co explorado no universo das músicas
que divulgam uma marca é o custo
versus benefício atrativo.
“A maioria dos anunciantes não
tem muita percepção do benefício,
porque é um investimento de médio a
longo prazo. Fazer um jingle para usar
por uma semana não trará o retorno
de fixação de marca, e terá de ser um
jingle promocional, o que não é muito
feito por aqui. Já os anunciantes que
perceberam como funciona o jingle e
sabem usá-lo como identidade sonora
de sua empresa percebem que o valor
é muito justo, visto que existem artistas
e técnicos por trás da produção, além
do conhecimento publicitário e estra-
tégico no planejamento de um ritmo e
de uma letra”, diz Alan.
“Todo cliente pode ter um jingle,
mas o mais importante é ele possuir
um plano de comunicação e posicio-
namento de marca bem estruturado,
que possa dar mais sentido e direção
às demais iniciativas”, explica Alejan-
dro.
A ESSênCIA PoR TRáS do ESTúdIo
A pergunta inevitável agora é “o
que um bom jingle deve ter”? Os espe-
cialistas também respondem.
“Não basta o jingle ser bonitinho,
ele é uma comunicação. E, como
toda comunicação, deve ser pensado
para que efetivamente ocorra e atin-
ja o público-alvo. Basicamente, um
bom jingle deve gerar ‘awareness’, ou
seja, lembrança da marca, intimida-
de, acompanhar a pessoa e gerar no
inconsciente dela a crença de que a
empresa anunciante pode resolver o
problema dela, seja com um produto
ou com um serviço, não por meio do
pensamento, mas por meio de emo-
ções inconscientes. E ele não faz isso
sozinho, ele é uma ferramenta que
deve compor um planejamento estra-
tégico”, saliente Alan.
“Tem de ser capaz de representar
a essência do negócio, inteligente na
letra, acompanhado de uma melodia
atrativa, produção de qualidade, ele-
mentos que, integrados, podem forta-
lecer e facilitar a lembrança desta ‘ideia
principal’”, diz Alejandro.
“Por isso, é fundamental um bom
briefing e planejamento, não apenas
do jingle, mas de toda a campanha que
nele estará envolvida. Depois, escolher
os profissionais mais competentes para
cada produção. Desde o compositor da
letra até o técnico de som. Por exem-
plo: colocar um cantor de rock para
cantar um pagode, ou colocar um gui-
tarrista de jazz para gravar um serta-
nejo não funciona”, comenta ele, que
ainda recomenda que sejam usados
“a peça tem de ser capaz de representar a essência do negócio”, diz alejandro mendez, da ondasete, de são
josé dos campos
gabriela ciolini
conhecimentos de PNL (Programa-
ção Neurolinguística) para deixar mais
atrativo aos clientes.
o HIT QuE SE ToRnA JInGLE
Uma coisa muito comum no uni-
verso dos produtores de jingle é o
cliente dizer que quer seu jingle em
cima de uma música conhecida -
transformar um “Ai, se eu te pego” em
um “Ai, vou vender muito”. E é justa-
mente neste tipo de situação que toda
cautela deve ser tomada.
“A responsabilidade comercial de
um jingle é sempre do anunciante. É
ele quem responde legalmente por
este uso, caso o autor original queira
receber seus direitos. Mesmo assim, te-
mos uma política de avaliar cada caso.
Infelizmente, muitos clientes parecem
não se importar com os direitos de
autor, e a lei é bem punitiva nesses ca-
sos. Em cidades menores, no interior,
é bem comum o uso de paródias pela
dificuldade de fiscalização e muitas ve-
zes até porque algumas pessoas não
sabem que este tipo de veiculação é
ilícito”, diz Alan.
Segundo ele, quando o cliente so-
licita um jingle comercial/publicitário
de paródia, sempre é questionado se
pretende pagar os direitos autorais. Se
a resposta é negativa, a saída é propor
uma produção original ou desistir da
ideia. “A paródia tem muitas vantagens,
sendo a principal delas o aproveita-
mento do laço emocional existente
do ouvinte com a música original, o
que causa uma lembrança mais rápi-
da. Algumas empresas gostam de usar
paródias em campanhas internas de
prevenção de acidentes, ou outros ti-
pos de conscientização por conta da-
velocidade.”
Já Alejandro, da Ondasete, só tra-
balha com músicas autorais. “A On-
dasete tem uma particularidade: cria
todos os jingles que desenvolve, tercei-
rizando apenas a produção. Mas vale a
lembrança, o uso de paródia, se bem
construída, é válida e pode ser uma al-
ternativa, quando bem executada”.
alan tadini, da digimaX estúdio, de são josé, ressalta que o investimento é de médio e longo prazos
explicar como ele chega ao veículo (porque muitas pessoas acham que se paga a produção e já vai para a rádio, tv... é importante destacar que depois tem a veiculação)
danilo c monteiro
o publicitário cria a letra de acordo com as necessidades do cliente
na produtora de áudio, é gravada uma versão demo, chamada de voz-guia, so-mente com voz e violão (mas já mostrando o rit-mo e letra)
com a aprovação, a can-ção é gravada com mais intrumentos e um arranjo completo
o cliente recebe uma ver-são demo com uma voz que fica repetindo ao fundo “este é um material de demonstração”
após o pagamento integral do ser-viço, o cliente recebe a versão final
marina duarte
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KMS lettering 2304.pdf 1 23/04/2012 17:26:10
PRoPaGanDa 2.0 > >
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a primeira pergunta a fazer é se sua empresa está preparada para ser eXposta a um sem-número de internautas, sendo capaz de gerenciar conteúdo de forma eficiente, mesmo no caso de repercussões e comentários negativos
thiago gustavo
Eu curto, tu compartilhas, ele re-
tuíta. Mas quem gera o conteúdo?
Desde os tempos em que farmácia se
escrevia com ‘ph’, o relacionamento
entre a empresa e o cliente passou
por transformações que vão de uma
plataforma de comunicação descen-
tralizada à possibilidade de ampliação
de mercados a pretexto de um mundo
novo, sem barreiras geográficas. Hoje,
não restam dúvidas de que as redes
sociais – usadas profissionalmente –
podem ser o dínamo do sucesso cor-
porativo na web.
Basta pensar que, no Brasil, o nú-
mero de pessoas com acesso à inter-
net atingiu a casa dos 77,8 milhões de
usuários, segundo dados do Ibope
Nielsen Online. Ainda segundo o Ibo-
pe, os brasileiros que acessam sites
sociais gastam, por mês, uma média
de 7 horas e 14 minutos na frente do
computador para acompanhar twitter,
facebook e orkut.
Por causa desse interesse genui-
namente nacional por páginas de re-
lacionamento, as empresas podem
enxergar uma nova possibilidade de
interação com os clientes – como
nunca se pode imaginar! No entanto,
antes de mergulhar a fundo nesse mar
de opotunidades, a empresa tem de
ter consciência de onde quer chegar
com o uso das redes. Resumindo em
uma palavra: planejamento.
“O primeiro passo para uma em-
presa entrar nas redes sociais é ter
em mente, e muito bem desenhado,
o que ela pretende fazer nesse am-
biente”, expõe Cleyton Carlos Torres,
editor do Blog Mídia 8, que trata de
temas sobre comunicação digital. “É
inegável, porém, que toda empresa já
está nas redes sociais, seja de forma
Caiu na rede, tem de virar peixe
oficial, com perfis e canais planejados
e estruturados, seja no boca-a-boca
dos usuários, com elogios e críticas”,
complementa. Por isso, a decisão de
quando entrar nas redes passa pelo
entendimento de como se dão os re-
lacionamentos on-line e o que isso
pode lhe trazer de benefício. Mas fica
o alerta de Torres: “Mídia social é so-
cial, ambiente de trabalho e local de
diálogo. Entrar nas redes pensando
em fazer publicidade gratuita é come-
çar errado”.
Como qualquer estreia capaz de
vislumbrar um marco na vida de uma
corporação, esse contato inicial com
os sites de relacionamento pede um
projeto direcionado, com objetivo
definido. Para Robson Cavalcante, ge-
rente de planejamento e marketing da
Phocus Interact, é preciso, acima de
tudo, viabilizar a entrada de uma mar-
ca nas redes, já prevendo que se tem
de “ouvir” os clientes. “As empresas
devem entender que o mais impor-
tante nesse espaço não é manipular
a ação, mas envolver o público num
bate-papo, como na vida real, intera-
gindo e participando de uma conver-
sa, como numa roda de amigos, mas
com a devida percepção que é de PJ
(Pessoa Jurídica) para PF (Pessoa Físi-
ca)”, ensina.
Como num passe de mágica, en-
gana-se quem acredita que ter um
perfil no social media torna, por isso
mesmo, a empresa integrada às novas
tecnologias de comunicação. “É fun-
damental fazer com que as empresas
participem de forma ativa das redes
sociais com dicas de uso e consumo,
com informações que sejam relevan-
tes ao seu público e relacionadas ao
seu produto ou serviço. Enfim, o prin-22 | 23
cipal é fazer com que o seguidor gos-
te da sua marca e faça parte da vida
dela”, enfatiza Cavalcante.
Outro cuidado essencial para a
empresa que deseja lançar-se no
twitter ou no facebook é certificar-se
de que está pronta para ser vista por
uma multidão – lembrando que os
efeitos negativos na web tendem a ser
mais potencializados do que os positi-
vos, podendo ser devastadores e ma-
cular a imagem da empresa. Cleyton,
neste caso, explica que de nada adian-
ta um relacionamento no digital se
no mundo físico a empresa não tem
produtos de qualidade ou tem funcio-
nários despreparados: “Vivi isso pes-
soalmente, quando vi que uma deter-
minada empresa tinha todos os canais
possíveis no ambiente digital, porém,
na loja física, o atendimento era tão
deplorável que o relacionamento em-
presa-cliente ficou restrito ao digital. é
um erro clássico porque essa experi-
ência se reflete, consequentemente,
no on-line”.
CRíTICAS on-LInE
Quando a empresa já está nas mí-
dias sociais, desfrutando de imagem
moderna e engajada, há que se lem-
brar ainda de não se descuidar do que
“falam” sobre ela. O monitoramento
nas redes deve fazer parte do espírito
empreendedor de quem se pretende
ser exemplo de case bem-sucedido. É
a partir desse acompanhamento on-
-line – e existem aqueles que defen-
dem, inclusive, que deva ser full time
– que será possível identificar as temi-
das críticas e reclamações.
Tal qual a vida real, o mundo virtual
pode nos apresentar um mar revolto.
“Imagine um cardume de sardinhas.
Quando um peixe faz um movimen-
to brusco, todos acompanham juntos,
de forma corporativa. Guardadas as
devidas proporções, assim é a rede”,
compara o professor Walter Teixeira
Lima Junior, professor do programa
de pós-graduação da Universidade
Metodista de São Paulo e estudioso do
assunto.
Para se estabelecer na crista da
onda, o marinheiro tem de ser rápido.
Por isso, o gerenciamento do conteú-
do na web pode ser uma ferramenta
a auxiliar o rumo dos negócios, que
possui altos e baixos. “Algumas em-
presas abrem espaço para o público
se comunicar, mas não têm estrutura.
Permitir que as redes sociais fiquem
repletas de mensagens de consumi-
dores sem que a marca se posicione a
respeito é inadmissível!”, garante Ana
Brambilla, editora de mídias sociais da
Editora Globo.
A princípio, surfar nessa onda da
web pode parecer simples. De forma
rápida e prática, é possível abrir uma
conta no twitter e uma fanpage no fa-
cebook a custo zero. Mas quem gera o
conteúdo? Se canais de comunicação
vão ser inaugurados, alguém precisa
administrar o fluxo de informações
que será gerado. nesse sentido, Tor-
res esclarece que, para a empresa im-
plantar um departamento de mídias
sociais, ela precisa, antes de tudo, ter
cultura digital. “Qualquer profissional
Para o lançamento do SMVP (Social
Media Vale do Paraíba) – evento que
trata da comunicação digital para a
região –, em 2009, o grupo responsá-
vel fez ações on-line de modo que as
pessoas que participavam da fanpage
do evento eram encaminhadas para
o ponto de ancoragem e venda dos
ingressos, no site oficial. Resultado:
auditório lotado. Pessoas de outros
estados puderam participar com per-
guntas durante as palestras por meio
de uma live de twitter. O buzz fez com
que o evento fosse parar no Trending
Topics Brasil – lista de assuntos mais
comentados na rede.
o VALE noS TT´S BRASIL
para clayton torres, do blog midia8, de pindamonhangaba, a adequação ao meio é
essencial. “quem entra pensando em fazer
publicidade gratuita já começa errado”
osWaldo corneti
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com qualquer formação pode atuar
com mídias sociais. O que vale é ter vi-
são de negócio, conhecer a empresa e
o seu segmento de atuação”, acrescenta.
QuEM ESTá no ConTRoLE?
Na história recente, a Arezzo –
marca de calçados femininos – saiu
chamuscada após enfrentar uma crise
que ganhou repercussão no meio on-
-line. Dias após lançar a sua coleção
Pelemania na internet, para o inver-
no 2011, a empresa se viu obrigada a
recolher do Brasil todas as peças que
tinham pelo de raposa e de coelho,
tamanho foi o volume de críticas nas
suas páginas de relacionamento.
Navegando a favor da maré, as
observações do que ocorre no mun-
do digital podem ajudar a empresa a
identificar oportunidades de mercado.
“A Grendene retomou a produção de
um determinado modelo da Melissa a
partir de comunidades do orkut, que
comentavam o quanto sentiam falta
daquele produto. Isso pode aconte-
cer em qualquer ramo, pois o público
sinaliza o que quer. Daí a necessida-
de de se prestar atenção nas redes”,
exemplifica Ana Brambilla.
Esses dois cases – Arezzo e Gren-
dene – dão uma breve noção da for-
ça do chamado consumidor 2.0, que
se mostra atento ao que acontece no
planeta, preocupado com o meio am-
biente e com questões sociais, desejo-
so por expor suas opiniões, sejam elas
favoráveis ou desfavoráveis à ideolo-
gia das organizações. Aliado a isso, o
consumidor 2.0 conta hoje com poder
de voz – a sua capacidade de mobi-
lização é uma característica determi-
nante, que, usada sabiamente, pode
servir de trampolim para uma empre-
sa se destacar entre seus pares.
“Eu ouso falar que, se existissem
redes sociais há vinte anos, nem pre-
cisava ter Código de defesa do Con-
sumidor. é claro que o Código é mara-
vilhoso! Mas, certamente, ele passou
a contar com maior poder de massa,
pois é fortalecido pelas redes”, argu-
menta o professor Walter Lima, que
define a rede como uma expressão
contemporânea da comunicação.
SEGuIdoRES São PESSoAS
O fato é que, para a quase totalida-
de das empresas, analisando o público-
-alvo e os interesses pretendidos, a
entrada nas redes sociais segue um ca-
minho tão espontâneo quanto a vazão
do rio para o mar. O que a empresa pre-
cisa entender é que, uma vez na rede,
perde-se o controle das informações,
o que não significa que não se pode
gerenciá-las. “A web tem uma estrutu-
ra de comunicação descentralizada e
de baixa hierarquia, porque as pessoas
‘sobem’ e trocam informações da for-
ma que querem. E, sobre isso, não se
tem controle”, explica o professor Wal-
ter Lima.
Se a dinâmica tecnológica é dife-
rente da do mundo real, quem anseia
ser partícipe dela tem de ter consci-
ência disso. Uma dica de ouro que
funciona em qualquer ambiente da
empresa – virtual ou não – chama-se
transparência. Agir de acordo como o
PERGunTAS QuE SE dEVE RESPondER AnTES dE EnTRAR nAS REdES SoCIAIS
divulgação
1) A empresa está apta a atuar nas redes sociais?
2) Quais os objetivos e as táticas para se atingir o público-alvo?
3) Você possui algum colaborador preparado para gerar e gerenciar o con-
teúdo nas redes? No caso de uma crise, quem poderá responder pela empresa?
4) Qual produto ou serviço será comentado ou ofertado?
FonTE: RoBSon CAVALCAnTE, GEREnTE dE PLAnEJAMEnTo E MARkETInG dA PHoCuS InTERACT
“imagine um cardume de sardinhas. quando
uma delas faz um movimento brusco, todas acompanham. assim é nas redes sociais”, compara
o professor Walter lima, da umesp
revistalettering.com.br
consumidor espera, dentro dos prin-
cípios da ética, da moralidade e do
respeito, pode ser o tripé para a base
de qualquer relacionamento saudá-
vel, até mesmo entre uma empresa e
os seus clientes. Aliás, saber-se falível
como empresa é uma postura admirá-
vel, uma vez que empresas são cons-
tituídas por pessoas e pessoas erram.
“Quando o consumidor escolhe o
twitter para fazer uma crítica, a res-
posta deve ser dada nessa mesma
rede. Até para que o público veja a
solução do problema. Se você desvia
o contato, respondendo por e-mail ou
por telefone, quem viu a mensagem
negativa no outro canal não vai sa-
ber que você [empresa] se preocupou
com o cliente. Essa opção do consu-
midor deve ser respeitada”, fala Ana
Brambilla.
É assim, de braçada em braçada,
que a marca vai se humanizando, ao
mesmo tempo em que são criados
vínculos com o cliente. E mais: da
mesma forma que o espaço possibilita
maximizar as atitudes positivas e re-
pensar as negativas, é possível enxer-
gar como a concorrência é vista pelo
público e medir seus pontos fracos,
algo até então inédito.
A bem da verdade, não existe uma
receita para garantir o sucesso de uma
empreitada dessa ordem. O foco, des-
de o princípio, precisa estar no consu-
midor. É para ele que a empresa deve
olhar, e não para o próprio umbigo.
Um grande número de seguidores
nas redes – especialmente satisfeitos
– pode ser uma prova de que o tra-
balho está sendo feito corretamente. É
sempre para esse norte que a bússola
deve apontar.
Todo o esforço, afinal, tanto nas lo-
jas de atendimento como nas mídias
sociais, é para o consumidor. As “cur-
tidas”, os compartilhamentos e os re-
tuítes, se volumosos, é claro que cha-
mam a atenção até mesmo de leigos
no assunto. Mas, antes de atingir um
número excepcional de seguidores,
interessa atingir seguidores dispostos
a experimentar e a comprar o produto.
Em outras palavras, qualidade é me-
lhor que quantidade. “O que importa
não é ser grande, mas relevante”, diz
Robson Cavalcante.
marina duarte
26 | 27
Por que eu invisto em comunicação
“é evidente que, quando investimos
mais em comunicação, os resultados no mês seguinte são
melhores. tem uma frase que diz que
‘quem não é visto não é lembrado’. então,
não tem como as pessoas procurarem seu produto se elas nem ao menos sabem que você eXiste”
Por Walther JunquettiGESToR CoMERCIAL dA TEIXEIRA PInTo
Revista Lettering Na sua opinião, qual a impor-
tância da Comunicação para o seu tipo de negócio?
Walther Junquetti A comunicação é essencial
em tudo na vida e com negócios não é diferente. É
evidente que, quando investimos mais em comu-
nicação, os resultados no mês seguinte são melho-
res. Tem uma frase que diz que “Quem não é visto
não é lembrado”. Então, não tem como as pessoas
procurarem seu produto se elas nem ao menos sa-
bem que você existe.
RL desde quando a Teixeira Pinto investe em
comunicação?
WJ A construtora Teixeira Pinto sempre investiu
em comunicação. Assim, quando resolvemos criar
um espaço para o cliente, trouxemos esse costume
conosco e investimos desde o início.
É muito importante que as pessoas associem o
Espaço Teixeira Pinto à construtora, mas que per-
cebam que aqui estamos focados no setor comer-
cial.
RL Quais as principais mídias usadas pela em-
presa?
WJ Como nosso público-alvo é formado por
moradores de Taubaté e região, anunciamos muito
em revistas locais focadas em construção, jornais,
outdoors, internet e numa comunicação direta
com o cliente.
RL O senhor poderia dizer quais meios mais uti-
lizados?
WJ As revistas locais como a “Casa Vale”, que
é focada em construção, nos trazem bons resulta-
dos. A internet atualmente tem sido outra grande
fonte de retorno, já que cada vez mais as pessoas
procuram esse tipo de serviço.
RL O que dizer a outros empresários?
WJ Aconselharia os empresários a terem um
grande foco no cliente e a procurarem sempre um
diferencial no modo de atendê-los.
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NÓS EXALTAMOS A COMUNICAÇÃO E O SEU PODER DE RESULTADOS. VIVA A COMUNICAÇÃO█
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█EIS OS VENCEDORES
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█EIS OS VENCEDORES
com linguagem mais próXima do cinema, materiais áudio-visuais conquistam pela
criatividade e apelo emotivo
Um luminoso verde indica “Aber-
to”. Uma taça no balcão de um bar re-
cebe uma dose a mais de conhaque.
Uma mesa de futebol de botão. Al-
guns livros e apostilas esparramados
sobre uma mesa em um quarto. Risos
no bar. Silêncio no quarto. E a música
começa: “Quem um dia irá dizer que
existe razão nas coisas feitas pelo co-
ração/ e quem irá dizer que não existe
razão?”.
Certamente, você deve se lembrar
de quando, em junho do ano passado,
a empresa Vivo conseguiu atingir mi-
lhões de brasileiros com sua marca e
se tornou pauta da conversa de muitos
deles, depois de publicar na internet
um vídeo produzido pela 02 Filmes e
pela agência áfrica. A produção era
uma versão no formato de vídeo-clipe
para a música “Eduardo e Mônica”, do
Legião Urbana, e conquistou milhões
de visualizações em horas e se tornou
um viral nas redes sociais.
Ainda que tenha sido contestada
a originalidade da agência e o alto
investimento da empresa, durante os
mais de quatro minutos de vídeo, a
Vivo conseguiu apresentar alguns de
seus produtos de um jeito diferente,
conquistando a empatia, emocionan-
do e envolvendo o cliente. Não seria
esta uma forma diferente de fazer um
vídeo institucional?
“Quando falamos de vídeo institu-
cional, ou simplesmente institucional,
basicamente, estamos nos referindo
à apresentação de uma empresa. Sua
história, valores, diferenciais, conquis-
tas etc”, explica Lino Perosa, diretor
executivo da Madre Studio, produtora
do segmento audiovisual de São José,
que tem, entre seus clientes, empresas
como a Embraer.
Embora, na prática, o termo insti-
tucional seja usado de forma genéri-
ca, também para tratar de vídeos de
treinamento, de marketing interno
e de motivação, de apresentação de
Sua empresa como num filme
vÍDEos insTiTucionais > >
thiago gustavo
revistalettering.com.br
resultados e assuntos correlatos, in-
dependentemente da mensagem, o
principal, segundo Perosa, é transmitir
a mensagem da forma mais eficiente e
cativante possível, usando ao máximo
os recursos que somente o suporte
audiovisual pode oferecer.
“Um vídeo é um meio poderoso
de comunicação porque, junto com
a informação, ele também transmi-
te emoções. Assim, com um roteiro
inteligente e linguagem adequada,
um treinamento não fica monóto-
no, prendendo melhor a atenção de
quem assiste e trazendo melhores re-
sultados no dia a dia da empresa. Uma
campanha interna, de qualidade, pode
realmente ganhar as mentes e cora-
ções dos funcionários porque instiga
um forte sentimento de equipe e de
orgulho pelo trabalho bem feito”, afir-
ma o diretor da Madre Studio.
não ESQuEçA do SEu PúBLICo
Como as possibilidades e recursos
são muitos, o importante é lembrar
que o institucional geralmente visa a
um público específico. desse modo, é
fundamental ter respostas claras para
algumas perguntas básicas: onde seu
institucional vai ser veiculado: em
eventos direcionados, como feiras,
encontros, convenções? Ou como
apoio em reuniões de negócio? Ou,
ainda, dentro da própria empresa, em
cerimoniais, treinamentos, TVs inter-
nas, intranets?
“E, é claro, atualmente, cedo ou
tarde, tudo acaba na internet. Uma
divulgação muito mais genérica, mas
com a vantagem de ser praticamente
sem custo e de abrangência mundial”,
lembra Lino Perosa, mas com uma
ressalva: “é possível atingir o público
interno e externo (com um mesmo ví-
deo), mas isso tem de ser planejado.
Uma informação empolgante para os
funcionários pode ser irrelevante para
uma pessoa de fora da empresa.”
Então, não adianta ter a melhor
ideia do mundo, o roteiro mais ousa-
do, se você ainda não sabe quem irá
assistir ao filme da sua empresa, e em
qual circunstância. Tendo isso defini-
do, aí, sim, você pode pensar em for-
mas de inovar na produção.
“Hoje em dia, não precisamos res-
tringir o institucional a nenhum for-
mato específico. Então, cada vez me-
nos vamos ver vídeos do tipo: ‘desde
1900... atuando no mercado tal...’,
deixando para trás aquele formato
didático e monótono, para se aproxi-
mar cada vez mais da linguagem dos
filmes, documentários e curta-metra-
gens”, esclarece Perosa.
E foi justamente acreditando nes-
sa linguagem menos monótona que
a Embraer desenvolveu o institucio-
nal “Embraer Defesa e Segurança”. Em
vez de explicar o que era, a empresa
decidiu mostrar para seu público-alvo
o seu novo sistema operando, como
num filme. “num mercado tradicio-
nalmente conservador, foi uma de-
monstração de coragem e de confian-
ça que nos honrou e inspirou. O que
seria uma apresentação técnica se
transformou numa aventura”, afirma o
diretor da Madre Studio.
João Marcos Massote, da Embraer,
conta que a empresa decidiu apostar
num vídeo Institucional após o lan-
çamento da empresa Embraer Defe-
sa e Segurança, que não somente é
especializada em produzir aeronaves
de defesa, como também em desen-
volver sistemas de comando e de con-
trole.
“Identificamos a necessidade de
divulgar essa ampliação de portfólio
de forma visual, numa feira especiali-
zada. Investimos, então, na criação de
um vídeo que retratasse a utilização
dos sistemas de controle e comando
por meio de uma linguagem cinema-
tográfica, capaz de captar o olhar de
quem estivesse transitando pela feira”,
o empresário precisa saber o que quer com a peça. o investimento vale a pena? se sim, qual a mensagem a ser transmitida para atingir o resultado esperado?”, questiona joão massote, da embraer
divulgação
32 | 33
explica Massote.
Como no caso da Embraer, vale
a pena pensar no vídeo Institucional
também como um cartão de visitas.
Por isso, Massote lembra que, por ser
capaz de encantar visualmente, é re-
comendável, sempre que possível,
usá-lo de forma mais conceitual e ar-
tística, suprimindo ao máximo dados
técnicos e informações que deveriam
ser transmitidas por uma apresenta-
ção Power Point, ou por meio do site
da empresa.
“Só o vídeo possui a capacidade de
emocionar. Dessa forma, a empresa
pode estabelecer uma conexão dire-
ta com o espectador, divulgando seus
valores e sua missão de forma mais
subjetiva, menos fria e impessoal, ga-
rantido a assimilação fluente e praze-
rosa da mensagem”, defende Massote.
E, para que todo o trabalho e uso da
criatividade da equipe valham a pena,
e o resultado do institucional seja efi-
caz no que se propõe, a relação agên-
cia-cliente deve se manter estreita, do
briefing inicial à entrega do vídeo final.
“O cliente precisa saber muito bem
o que quer com essa peça. Vale a pena
fazer um vídeo? Se a reposta for po-
sitiva, qual a mensagem para atingir
o público-alvo? De posse dessas in-
formações, cliente e agência poderão
decidir com mais assertividade sobre
o formato e a linguagem visual para
isso. O mais importante é encontrar
uma produtora que saiba entender o
produto e o mercado da sua empresa.
Quem trabalha nessa área sabe que,
muitas vezes, as aspirações criativas
de diretores e roteiristas não condi-
zem com as necessidades do cliente”,
alerta João Marcos Massote.
“A produtora deve sempre colo-
car em primeiro lugar o objetivo do
cliente, respeitar o conhecimento que
ele tem de seu próprio negócio, mas,
ao mesmo tempo, ser clara e direta,
quando necessário, já que sua obriga-
ção é usar sua expertise para orientar
e extrair o melhor resultado do pro-
cesso”, completa João.
PRevieW: Normalmente, o cliente re-cebe um preview do filme na fase do “esqueleto” para que ele possa avaliar a necessidade de realizar possíveis ajustes.
danilo c monteiro
marina duarte
RoteiRo: terá como base as informações coletadas no brie-fing. Se necessário, pode se transformar em storyboard ou “monstro”, – que é um rascu-nho do vídeo final.
CaPtação: depois de o roteiro ser aprovado, é iniciado o processo de produção e captação, que é basicamente igual ao de um comercial
eDição: Depois de registra-das as imagens e cenas, o material vai para a ilha de edi-ção. Nessa etapa, as imagens são escolhidas de acordo com o áudio. Cria-se o “es-queleto” do filme, do começo ao fim, e já é possível ter uma ideia do ritmo do vídeo.
BRieFiNG: a agência produ-tora precisa entender como funciona e o que é impor-tante divulgar sobre seu cliente, não somente sobre a empresa em questão, mas sobre seus concorrentes, o mercado como um todo e as particularidades e jargões próprios da área para criar um vídeo que seja realmente eficiente.
FiNaLização: Nessa fase, as imagens são corrigidas e tratadas, uma a uma. É nessa fase também que são inseri-dos GCs (ou letterings), grá-ficos, vinhetas, efeitos, mate-rial de arquivo etc.
lino perosa, da madre studio, de são josé, chama a atenção para os cuidados com o planejamento de cada vídeo: “mais cedo ou mais tarde, tudo acaba na internet”
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www.facebook.com/RegionalMarketing
IdeiaIdeiaIdeiaIdeiaIdeia
Ele começou atendendo a demandas de agências de Taubaté para a produ-
ção de fotolitos – parte do sistema de pré-impressão que nem existe mais! – indo
a São Paulo duas ou três madrugadas por semana, para garantir que a qualidade
dos impressos na região melhorasse. Cerca de 20 anos depois, é dono da maior
empresa do setor no Vale do Paraíba, a Resolução Indústria Gráfica. de lá para cá,
o empresário José Helio do Nascimento Júnior vivenciou muitos avanços na área
da propaganda regional e, nesse bate-papo com a Lettering, analisa de forma po-
sitiva a evolução do mercado, mas alerta: “profissionais precisam conhecer mais
sobre a criação de embalagens.”
Revista Lettering Como você
avalia o comportamento do merca-
do regional nas duas últimas déca-
das?
José Hélio do Nascimento O
mercado evoluiu bastante do ponto
de vista da qualidade. Nos últimos
20 anos, conheci três gerações de
profissionais: os que atuavam an-
tes do boom da informatização dos
processos gráficos; os que vieram
dos bancos das faculdades, e, ago-
ra, os mais novos ainda. A primeira
O papel do mercado regional
geração teve de se adaptar ao novo
jeito de se produzir material. Antes,
produzir um bom material gráfi-
co demandava muito tempo e um
amplo conhecimento nas áreas de
fotografia e fotomecânica. Quando
o computador entrou na jogada,
houve uma verdadeira revolução
nessa área. Essa primeira geração
era muito competente do ponto
de vista artístico, mas penou para
aprender a trabalhar com os novos
equipamentos: teve de substituir o
laboratório pelo photoshop. Mes-
EnTREvisTa > >JOSÉ HÉLIO DO NASCIMENTO
revistalettering.com.br
“conheci três gerações de
profissionais: a de hoje é a mais
preparada, porque alia talento e conhecimento
técnico”
danilo c monteiro
36 | 37
“não foi fácil instituir a
cultura de que gráfica não é artefinalista.
até hoje, alguns clientes
nos procuram e, claro, os encaminhamos
para uma agência”
mo com o conhecimento das artes
gráficas, tinham dificuldade de lidar
com a ferramenta. Entre a primeira
e a terceira geração, foi necessário
um período de adaptação e foi difí-
cil. Muita gente sem talento entrou
na área, apostando que a máquina
pudesse ser suficiente. O resultado?
Materiais parecendo frankensteins.
A gente via que era uma tentativa
de ser algo criativo, mas era uma
arte final cliparte. Com uma maior
preparação, temos uma nova gera-
ção bem equilibrada: com talento e
conhecimento técnico.
RL Na visão das empresas, o se-
tor também registrou avanços?
JH Sim, com certeza, principal-
mente sob o ponto de vista da pro-
fissionalização, que atingiu todo o
processo. Foi difícil instituir a cultu-
ra de que gráfica não é artefinalista.
Até hoje, alguns clientes finais ba-
tem à nossa porta. Claro, sempre os
encaminhamos para uma agência.
RL Nesse balanço dos últimos 20
anos, que área registrou maior cres-
cimento, na sua opinião: promocio-
nal ou editorial?
JH Em termos de números, de fa-
turamento, foi igual. Para se ter uma
ideia de números: o setor promo-
cional cresce de 20% a 30% ao ano.
O editorial cresce um pouco menos.
Falando em termos qualitativos e do
número de jobs, eu acredito que o
editorial cresceu muito mais, princi-
palmente em Taubaté, que tem uma
tradição acadêmica muito forte.
Aqui, temos uma boa variedade de
revistas e jornais e muita publica-
ção de livros de autores locais. No
restante do Vale do Paraíba, a área
promocional dominou e São José
dos Campos lidera, disparadamente,
o ranking do material promocional.
danilo c monteiro
revistalettering.com.br 38 | 39
“a produção de embalagens eXige conhecimentos aprofundados sobre papel: se vai haver umidade, ser eXposto ao sol, se haverá desgaste de tinta, entre outros fatores. os profissionais da região precisam se preparar”
RL E o setor de embalagens?
JH Embalagem é o setor que
mais cresce. Seguramente, mais de
100% ao ano, e isso tem a ver com
o que está acontecendo no Brasil,
com o seu franco desenvolvimento.
Micro e pequenas empresas estão
produzindo em escala. Há peque-
nas empresas que fabricam cosmé-
ticos, produtos de higiene pessoal,
brinquedos, confecções, tags e uma
série de itens que fazem parte, hoje,
de qualquer empresa, demandando
serviços como produção de caixa e
aplicação de blister de plástico, por
exemplo.
Em Taubaté, para se ter uma
ideia, há uma empresa que tem
uma linha de plástico gigantesca,
que fabrica desde assento sanitário
até acessórios para ar-condiciona-
do. Tudo isso, cada item do produ-
to, necessita de embalagem.
RL Como você vê a criação des-
sas embalagens?
JH A embalagem transcende o
aspecto da arte, é um ramo comple-
xo e pouco desenvolvido na nossa
região. De uma maneira geral, as
agências daqui não têm foco ex-
clusivo em embalagem e ainda é o
criativo o responsável por essa área.
Esse é um desafio a se vencer, por-
que trata-se de um material muito
técnico: é necessário ter um conhe-
cimento mais aprofundado do pa-
pel, das fibras que o compõem, se
vai haver umidade ou não, se vai ser
exposto ao sol, se há desgaste do
pigmento da tinta, entre outros. Por
isso, o profissional da agência tem
de ser muito bem treinado.
RL Sua empresa está se insta-
lando em um novo espaço, com um
parque gráfico maior e mais moder-
no. O que o mercado pode esperar?
JH Estamos em fase de insta-
lação dos novos equipamentos na
nossa nova unidade e de transfe-
rência da parte administrativa e co-
mercial da empresa para o Distrito
Industrial do Quiririm.
As novas máquinas permitem
a impressão de formatos maio-
res - largura maior que um metro
e, como consequência, rapidez de
impressão, principalmente na área
editorial. Produziremos o dobro.
Esse novo equipamento tem a pos-
sibilidade de fazer acabamentos
especiais, como aplicação de ver-
niz, verniz com reserva, aplicação
de verniz blister, na própria linha
de impressão. Isso sem contar que,
dessa forma, a aplicação de verniz
não demandará mais tempo de se-
cagem. Dá para manipular isso no
acabamento.
Esse é o primeiro passo para que
a gente atue com força na área de
embalagens. A meta é que o setor
represente, num futuro próximo,
50% do nosso faturamento.
RL Por isso, a palavra “indústria”
passou a compor o nome da sua
empresa?
JH Exatamente. Com outros in-
vestimentos, como os da implanta-
ção de processos de acabamentos
com dobras especiais e de lombada
quadrada, não será mais necessário
terceirizar esses tipos de serviços.
Agora, faremos tudo no mesmo
local, com serviços de excelência.
Com a modernização dos proces-
sos, teremos ainda mais agilidade,
melhores preços e melhor qualida-
de.
RL Tudo isso para atender o
Vale?
JH Sim. Vale, região do Alto Tie-
tê, São Paulo, capital, e Campinas.
TEMOS POUCASVAGAS
EM BREVEABRIREMOS VAGAS
Acesse www.mestracomunicacao.com.br e conheça o nosso trabalho.
A Mestra Comunicação cresceu tanto nos últimos 7 meses que restam apenas poucos segmentos para preencher a
nossa seleta carteira de clientes. Por exemplo, os mercados de Shopping Centers e Redes de Supermercados, e, quem sabe com um pouco de sorte, o segmento da sua empresa.
Atualmente são 42 clientes ativos. Saiba quem eles são, antes que um de seus concorrentes se torne um. Entre em contato conosco e agende uma apresentação da agência.
Faça parte da Mestra Comunicação, a agência que em7 meses dobrou a sua carteira de clientes. Todos por indicação.
A Mestra Comunicação pretende em brevecontratar novos colaboradores. Participe dos processos
seletivos através de nossos canais de mídia social.
Atualmente são 30 colaboradores � xos, e, mais importante, nos 7 meses com a nova marca ninguém pediu demissão.
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refeitório 100% custeado, espaço zen, sistema de premiação coletiva e plano de carreira com avaliação 360°.
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revistalettering.com.br
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informar, integrar e motivar são palavras de ordem para os que buscam maior envolvimento
dos funcionáros com os objetivos da empresa
Pense em um evento. Agora,
pense em seu trabalho. Pensou? En-
tão, pense mais uma vez, agora num
evento de trabalho, no qual, além do
aprendizado, você também possa se
relacionar com colegas da empresa,
participar de atividades dinâmicas
que explorem e ressaltem o seu po-
tencial. Essa é a realidade de mui-
tas empresas que vêm se utilizando
dos chamados eventos corporativos
para reunirem conhecimento, inte-
gração e motivação ao seu corpo de
funcionários.
A administração moderna foge
Nem tudo é festa
EvEnTos coRPoRaTivos > >
gabriela ciolini
gabriela ciolini
revistalettering.com.br
dos primórdios, de quando Taylor e
Fayol pregavam que o grande obje-
tivo estava na escala de produção.
Hoje, além da produtividade, ges-
tores de empresas de diversos ta-
manhos pensam em como somar a
operosidade ao conhecimento e à
satisfação de sua equipe. A fórmula
para essa equação é dada por meio
de treinamentos, workshops, enfim,
oportunidades de conhecimento
técnico, profissional e interpessoal.
“São inúmeros os objetivos al-
mejados pelas empresas quanto
à realização dos treinamentos, os
quais estão diretamente relaciona-
dos à sua missão, visão e valores,
governança corporativa e cultura
organizacional. Mas posso citar que
o principal objetivo é estabelecer
um vínculo entre a organização e
seu público de interesse, com vistas
à capacitação e à atualização, à mo-
tivação e à geração de resultados
efetivos para a empresa”, define a
sócia diretora da empresa Cata Ven-
to - Treinamento, Comunicação e
Inovação, de São José dos Campos,
Eliana Araújo, que é publicitária es-
pecialista em Gerência de Marketing
e Gestão de Pessoas.
Em sua concepção, as empresas,
por meio dos treinamentos, buscam
o exercício da inovação e da cria-
tividade, a retenção de talentos, a
administração de conflitos, os ali-
nhamentos estratégicos e a susten-
tabilidade da marca/produtos e ser-
viços. “Isso, sem contar o objetivo
desafiador, na atualidade, de cons-
cientizar os funcionários da impor-
tância de se autodesenvolverem e
de buscarem o aperfeiçoamento
contínuo”, completa.
Reforçando o que defende a
consultora, a coordenadora de RH
da empresa V&G Serviços Adminis-
trativos, de São José dos Campos,
katia Leal, também credita a esses
tipos de eventos o direcionamento
estratégico da organização. “Vejo o
treinamento empresarial como uma
verdadeira bússola para os funcio-
nários, pois trata-se de uma rica
ferramenta para expandir o conhe-
cimento e facilitar o crescimento
profissional. Tais ações ajudam os
indivíduos a se conhecerem melhor
e a escolherem os melhores cami-
nhos nas tomadas de decisão”, pon-
danilo c monteiro
para kátia leal, da v&g, de são josé, um treinamento deve ser atrativo: “o ato de
treinar pode assumrir várias formas, além
da convencional”
42 | 43
tua katia, que também é profissio-
nal de comunicação.
o QuE SE FAZ nA PRáTICA
Assim como acordamos, toma-
mos banho e realizamos tantas ou-
tras atividades diariamente, motiva-
ção também é algo a ser praticado
com constância dentro do ambiente
organizacional. Nesse sentido, ne-
nhum evento pode garantir, de for-
ma isolada, o clima de satisfação, de
entusiasmo e de permanente busca
pelo conhecimento entre seus fun-
cionários.
“Poderíamos comparar com o
conceito de comunicação integra-
da, 360º e convergente. ou seja, se
não houver um conjunto de ações
estratégicas comunicacionais para
atingir o público que, na atualidade,
é um alvo móvel, o investimento na
comunicação será desperdiçado e
efêmero”, alerta Eliana.
Contudo, a realização de even-
tos que se amparem em uma me-
todologia consistente, visando, não
meramente à produção, mas à va-
lorização de cada ser humano que
compõe o patrimônio da empresa, e
que, para isso, foquem na comuni-
cação direta com sua equipe pode,
sim, ser uma excelente ferramenta.
“Para a maioria das pessoas, quando
se pensa em treinamento, logo vem
à cabeça aquela imagem de uma
sala de aula. Porém, o ato de treinar
pode assumir várias formas, além
da convencional”, ressalta katia.
Das atividades em grupo às que
envolvem habilidades manuais e
artísticas, de tarefas relacionadas à
estratégia e às que potencializam a
liderança, o fato é que esses even-
tos podem contribuir para resulta-
dos efetivamente palpáveis. “A ideia
é fornecer aos funcionários conhe-
cimentos, desenvolver comporta-
mentos necessários para o bom
andamento do trabalho e clima hu-
mano na organização, aumento da
produtividade, redução de custos,
de acidentes e de turn-over”, lembra
Eliana.
TRABALHo ou dIVERSão?
Justamente por lidarem com
pessoas, e, sobretudo, com a in-
tenção de buscar o melhor de cada
uma delas, é que muitas empresas
danilo c monteiro
“se não houver estratégia, o
investimento em comunicação será desperdiçado e
efêmero”, revela eliana araújo, da cata vento, de são
josé
revistalettering.com.br
fonte: cata ventos treinamento, comunicação e inovação
revistalettering.com.br
organizam seus workshops em ho-
teis-fazendas e até mesmo em cru-
zeiros.
Não, não estamos falando de tu-
rismo. Estamos falando de estratégia
de comunicação, de como fazer che-
gar a mensagem ao grupo de foco.
“Acredito que o aspecto mais relevan-
te nesta modalidade é a possibilidade
de os participantes serem ancorados
na emoção e na experiência – sen-
sorial, afetiva – como formas de tra-
balhar a marca/produtos e serviços,
fidelizar clientes e, principalmente,
de possibilitar experiências memo-
ráveis e transformadoras, se o evento
for bem estruturado para resultados
‘além mar’, justifica Eliana Araújo.
Para a consultora, uma ação
como essa deve estar associada a ou-
tras ações planejadas e concatenadas
para a garantia da compensação do
investimento. “Há de se traçar me-
tas claras para antes, durante e após
o cruzeiro, de forma a compor um
programa. Dessa forma, o cruzeiro se
torna um valor agregado ao projeto”,
ressalta.
depois de um dia ou de um final
de semana de treinamento, com di-
reito a algumas ‘regalias’, não se pode
esquecer da lição de casa, isto é, do
que será levado, na prática, para a
empresa. Aí está o xis da questão: a
percepção de que a comunicação se
fez eficaz.
Ainda que as tais regalias exis-
tam, engana-se aquele empresário
que acredita que motivação, entro-
samento e conhecimento estão as-
sociados à ‘espetacularização’ do
evento. Em outras palavras, é preciso
atentar para o que, de fato, edifica.
“O efeito de empolgação é efêmero.
É como se fosse um show superpro-
duzido, em que a animação e a sen-
sação de alegria não duram mais que
24 horas”, alerta Eliana.
Uma palestra, ou um workshop,
pode, sim, ser contagiante, mas é o
conteúdo que garantirá os resultados
que transformarão o ambiente de sua
empresa (para o bem ou para o mal).
“Como coordenadora de RH, esti-
mulo o tratamento cordial, empático,
sem ser piegas ou falso. Penso que os
colaboradores devem ser reconheci-
dos como parceiros e não como me-
ros subalternos”, sugere katia, com
relação ao discurso que deve nortear
um treinamento.
PonTE, MuRo não
“Tornar a comunicação uma pon-
te e não um muro.” É com esta de-
finição que Eliana resume o sentido
de se integrar e oferecer informação
à equipe. “Quando a equipe também
entende a verdadeira importância de
se trabalhar em sinergia com seus
pares, é mais produtiva, minimiza
enormemente os índices de absen-
teísmo, procura soluções ao invés de
culpados, pensa no processo e nas
pessoas, tem melhor performance,
é mais produtiva, é mais engajada,
o que representa um aumento de,
aproximadamente, 20% nas recei-
tas das operações e 30% nos lucros
líquidos das empresas, impactando,
portanto, positivamente, nos seus re-
sultados financeiros.
Contudo, não se pode pestanejar.
Afinal, um evento somente não ga-
rante o céu à sua empresa. Mais que
uma ação isolada, é preciso criar um
elo entre os setores de comunicação
e RH. E o mais sólido deles, com cer-
teza, é aquele que gera o sentimen-
to de comprometimento de todos os
indivíduos, de todas as camadas, por
um mesmo objetivo: o sucesso.
um evento motivacional não deve ser feito de forma isolada: para dar resultado, ele tem de ser uma prática constante nas organizações
46 | 47
eluanda andrade
o bom filho...... à casa torna e, assim, o
publicitário, pós-graduado em Marketing, mestre em Comu-nicação e professor há quatro anos, André Petris Gollner, retor-na à Tríadaz. Além de André, o publicitário Elder Tiago também entra para o time de talentos da agência.
comunicavale 2012
Com discussões, palestras e cases do cenário da comuni-cação do Vale do Paraíba, o já conhecido evento Comunicavale já tem data marcada: será no dia 30 de junho no novotel, em São José dos Campos. organize a sua agenda!
supera amplia suas fronteiras
novos passos
Atenta às oportunidades de mercado no Nordeste brasileiro – uma das regiões com maior potencial de crescimento no país – a Supera Co-municação começa a expandir suas fronteiras. E a agência já tem praia certa para seus novos trabalhos: Fortaleza, capital do Ceará. Com a ini-ciativa, a agência espera contribuir para o processo de especialização do mercado cearense com foco na Comunicação Corporativa. A valorização da mão de obra local e a sinergia com parceiros e fornecedores regionais também integram os objetivos do projeto de consolidação da Supera no Ceará.
A Molotov Propaganda soma aos seus trabalhos a campanha de lançamento da coleção outono/ inverno da Passo a Passo. Anún-cios de revista, outdoor, adesivo de vitrine, banner, cartaz, mala-direta, e-mail marketing e banner em site são as peças que compõem a campanha “Brilhe em todos os momentos”.
Com tecnologia, profissionalismo, conteúdo de qualidade e abrangên-cia de todo o Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira, Sul Fluminense e Sul de Minas, a Band Vale 102,9 FM comemora 15 anos de sucesso. Para essa data especial, será lançada uma campanha multimídia, além de novidades na programação com os Especiais Band Vale, nos quais, ao longo do ano, estarão os principais artistas e bandas do cenário musi-cal nacional e internacional. Shows também estão sendo programados para festejar com o público os 15 anos da Bandvale FM.
A equipe da Phocus Interact esteve no Vaticano, em Roma, na Itália, para tratar de assuntos referentes ao website da Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá no Rio de Janeiro, no ano que vem.Além do website da JMJ, a Phocus também é responsável pelo siste-ma de inscrição para o evento e pela construção de sua plataforma digital.
em 2012, a band vale 102,9 fm completa 15 anos de sucesso!
phocus e a jornada mundial da juventude
kms comunicação de casa nova
A kMS Comunicação está de casa nova. Seu novo endereço é a Vila Ema, em São José dos Cam-pos. Com 20 anos no mercado, a nova sede vem marcar um tempo positivo e cheio de expectativas para a agência.
arriba! leva bronze no festvideo
Sempre bem representado por suas agências, o Vale do Paraíba marcou presença no FestVídeo, prêmio publicitário realizado pela APP de Ribeirão Preto. Trazendo o bronze, a Arriba! Comunicação foi a única agência da região a ser premiada, com a campanha de Natal desenvolvida para o cliente Serramar Parque Shopping, de Caraguatatuba.
tecnologia sustentávelAliando a tecnologia à sustentabilidade, a ITMSense acaba de de-
senvolver o cardápio digital da empresa Barbaresco. Após um ano de desenvolvimento, o aplicativo já está disponível aos clientes do espaço, substituindo os cardápios convencionais. O projeto não termina por aí: além de apresentar os pratos e bebidas do restaurante, o aplicativo disponibilizará anúncios de empresas locais e regionais, tornando-se também um excelente canal de comunicação para o empresariado da região.
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o jornal segue como um meio adequado a anunciantes que querem atingir formadores de opinião em potencial, registrando aumentos significativos em sua circulação no último ano. segundo o projeto inter-meios, só no estado de são paulo o salto foi de 11%
Ele é profundo, versátil, informati-
vo. Já sobreviveu ao anúncio de sua
morte quando surgiram a TV e, na úl-
timas décadas, a Internet. Sua credibi-
lidade e o tratamento singular que dá
às suas informações são seus grandes
diferenciais diante de qualquer outro
meio de comunicação.
Estamos falando do jornal impres-
so, aquele que vem se reconstruindo
desde o século 17 quando foi inventa-
do, chegando, hoje, aos moldes adap-
tados da tecnologia, dando maior
acesso ao seu público leitor.
Pesquisas do projeto Inter-meios,
da Meio e Mensagem (que avalia pe-
riodicamente a participação das mí-
dias no cenário brasileiro), apontam
que, embora em muitos países a cir-
culação do jornal impresso tenha de-
crescido, o bom comportamento eco-
nômico, que influencia positivamente
no poder aquisitivo da população, re-
sultou, nos últimos anos, em um salto
na circulação diária. dos 7,6 milhões
de exemplares circulados em 2001,
registrou-se 8,1 milhões de exempla-
res em 2009.
Os números ainda demonstram
que, a partir de 2010, muitos anun-
ciantes de peso voltaram a anunciar
neste tipo de mídia. Jornais de circu-
lação diária, como O Globo e O Estado
de São Paulo, demonstram claramente
essa retomada de fôlego: dos mais de
257 mil exemplares lançados no mer-
cado em 2009, O Globo saltou para
mais de 263 mil em 2010, o que equi-
vale a um aumento de 2,1%. No caso
do O Estado de São Paulo, o aumento
foi ainda mais significativo, com mais
de 11% no aumento da circulação de
um ano para outro, saltando dos mais
de 212 mil exemplares para cerca de
Credibilidade acima de tudo
236 mil.
Em novembro de 2011, a Associa-
ção Paulista de Jonais (APJ) apontou
dados obtidos pela pesquisa feita pela
Associação Mundial de Jornais (Wan-
-Ifra, sigla em inglês). Há seis meses,
os números apresentados levavam à
conclusão de que o jornal impresso
ainda é muito mais lido que o con-
teúdo digital. Enquanto 1,9 bilhão de
pessoas leem diariamente em todo o
mundo informações pela internet, 2,3
bilhões vão em busca de informações
pelo veículo impresso. Os dados le-
vantados também demonstram que
os mercados da ásia e da América
Latina têm apresentado crescimento
considerável nos últimos cinco anos, a
ponto de chegarem às marcas de 16%
e 4,5%, respectivamente.
Dados dos últimos anos revelam
não só a manutenção do veículo,
como também positivas projeções
para tal mídia. Uma das principais res-
ponsáveis pela boa desenvoltura do
jornal está naquela que, de concor-
rente – a Internet – passou a ser mídia
convergente do jornal impresso.
Este é o pensamento de Helvio
Alcoba, diretor comercial do jornal O
Vale, em Taubaté. “Quando falamos
em veículos locais, o que se tem que
fazer é trabalhar e se adaptar ao novo
modelo de negócio que chegou e vai
ficar. Se você não reinventar seu mo-
delo de negócio, você fatalmente vai
desaparecer, mas isso é uma realidade
em qualquer segmento”, alerta.
Para ele, a pluralidade é a linha
mestra para a manutenção do jornal
impresso, sobretudo do interior. “Te-
mos que produzir conteúdo para to-
das as plataformas que estão no mer-
cado. Hoje, temos no O Vale um portal
thiago gustavo
52 | 53
revistalettering.com.br
com muita informação em tempo real,
bem como uma diversificação grande
e moderna de ferramentas para inte-
ragir com o leitor ou internauta”.
Exatamente. Atender às novas ne-
cessidades do público. Aquele que
era leitor, hoje também é internauta.
Assim, percebe-se que, mesmo man-
tendo sua linha editorial, pautada pela
profundidade na apuração, há de se
atender também à demanda daquele
que busca na Internet as informações
com agilidade, sem que se perca a
qualidade do que é oferecido.
E Eu CoM ISSo?
Você pode estar se perguntando:
o que isso interessa à minha empre-
sa? Respondemos: tudo, se ela tem o
interesse de acertar um público que
pode influenciar outros. é como se
o jornal emprestasse sua marca ao
produto anunciado. Sua característi-
ca documental dá ao conteúdo maior
credibilidade em relação aos demais
veículos.
Toda essa credibilidade histórica,
documental, originada pelo jornalis-
mo praticado com ética e seriedade,
dá ao setor comercial o amparo ne-
cessário para a realização de bons
negócios.
“A mídia impressa nos apresenta
várias opções de publicações - revis-
tas, jornais, guias, anuários. E cada
uma dessas opções tem caracterís-
ticas e benefícios muito específicos,
determinantes na seleção do meio.
Mas, se generalizarmos, a adequação
ao público-alvo, a confiabilidade da
publicação, a qualidade editorial, a
cobertura e o alcance são fatores de
peso na decisão de investimento”, de-
fine Ana Lucia, da Regional Marketing,
de São José dos Campos.
Ela explica que, nele, tem-se a pos-
sibilidade de explorar mais um anún-
cio, informando melhor ao consumi-
dor, o que seria inviável, por exemplo,
num comercial na TV de 30 segundos.
“Costumo dizer sempre que ape-
nas ter um anúncio criativo, num
helvio alcoba, do jornal o vale, chama atenção para o valor documental do impresso.“em muitos casos, ele é utilizado como parte integrante de um processo”
danilo c monteiro
54 | 55
veículo de grande penetração, não
garante resultado a ninguém. Os re-
sultados podem ser esperados quan-
do aliamos o objetivo à adequação do
público-alvo e à eficácia do anúncio”,
afirma ela.
InVESTIMEnTo
Diante de um cenário que com-
prova que jornal impresso e mídias
eletrônicas caminham lado a lado e
não passando um ao outro para trás,
o Seminário Internacional de Jorna-
lismo, que ocorreu em novembro de
2011, em São Paulo, foi palco para dis-
cussões de profissionais, que chega-
ram à conclusão, não tão inovadora,
de que o jornal ainda é o carro-chefe
entre as demais mídias, em termos de
receita, custeando os investimentos
em novas plataformas, como Internet,
celular e tablets.
A sua credibilidade novamente foi
apontada como quesito crucial, que
contribui na projeção dos produtos/
serviços anunciados pelos clientes.
No evento, Sérgio Dávila, editor-exe-
cutivo da Folha de S. Paulo, destacou,
inclusive, que a credibilidade do meio
impresso é transferida ao conteúdo
veiculado nos meios digitais, sendo
setor absoluto na captação de receitas
das empresas jornalísticas.
O projeto Inter-meios aponta um
aumento do faturamento bruto do jor-
nal impresso. Os dados apresentados
comparam o período de dezembro de
2011 com o mesmo mês, no ano de
2010. Neste contexto, o setor de jorna-
lismo impresso computou um acrés-
cimo de 4,56% de faturamento direto e
4,25% de elevação do faturamento de
agências de publicidade. Isso, em mo-
eda, representa um faturamento de
mais de R$ 243,9 milhões às agências
de todo o Brasil.
Neste mesmo período, somando
somente as regiões do interior e ca-
pital do Estado de São Paulo, além da
Grande São Paulo, o volume do fatura-
mento das agências no segmento de
jornal impresso chegou a mais de R$
96 milhões. As agências do estado do
Rio de Janeiro, por sua vez, atingiram
um patamar de R$ 58,4 milhões, no
mesmo segmento. Estes valores não
são computados no faturamento das
agências das regiões Sul e Sudeste,
que, excluindo as de São Paulo e do
Rio, chegaram à marca dos R$ 50 mi-
lhões.
noSSA REGIão
o Vale do Paraíba oferece às 39 ci-
dades de seu espaço geográfico ape-
nas um jornal de circulação regional.
Além dele, a maioria das cidades da
região contam com um jornal impres-
so. A periodicidade varia, mas os se-
manários são os mais comuns.
Paulo de Tarso Venceslau, dire-
tor e proprietário do Jornal Contato,
de Taubaté, defende a força dos pe-
quenos títulos. “Temos uma tiragem
semanal de 5 mil exemplares, sem
contar as mais de 10 mil visitas por se-
mana em sua edição eletrônica”.
Segundo ele, por ter um cunho di-
ferenciado, não popular, seu veículo
também atrai anunciantes de um se-
leto grupo de empresários. “São prin-
cipalmente aqueles que querem dar
algum verniz de integridade ao seu
negócio”, destaca.
Independentemente do porte, o
fato é que o jornal impresso tem se
perpetuado exatamente por ser um
veículo onde o registro de informa-
ções ainda é o grande diferencial.
“O impresso, principalmente o jor-
nal diário, é um documento para ser
guardado e manuseado, uma fonte de
conteúdo permanente. Em muitos ca-
sos, usado para ser parte integrante de
processos”, diz Alcoba.
Afinal, quem nunca ouviu ou disse
a quela frase? “É verdade, pode acredi-
tar: saiu até no jornal.”
a confiança depositada pelo
leitor nas matérias publicadas pelo
jornal acaba sendo estendida à sua gama
de anúncios. no mínimo, as
empresas anunciantes dividirão espaço
com uma informação jornalística, de
interesse público: ponto para elas
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Uma comunicação forte, de muita
qualidade, com campanhas elabo-
radas e empresas com estratégias, e
posicionamentos, bem definidos no
trato com a mídia. Essa é a realida-
de do Vale do Paraíba nos dias atuais,
bem diferente da que tínhamos há al-
guns anos, quando, para boa parte do
segmento corporativo de nossa re-
gião, aplicar recursos em comunica-
ção era visto como gasto e não como
investimento.
Esse amadurecimento do investi-
dor, que passou a entender a impor-
tância da comunicação para o seu
negócio, tem promovido uma evolu-
ção na qualidade dos serviços presta-
dos por veículos e agências. A relação
causa-consequência tem sido direta
e proporcional: empresas investem
mais, e melhor, logo exigem ótimos
produtos e resultados, e as agências
e veículos se esforçam para atender a
essas demandas.
É interessante ver o mercado
olhando para ele mesmo de forma
diferente, de maneira mais profissio-
nal. É gostoso ver que essa mudança
de comportamento tem avançado de
forma significativa e provocado tanta
agitação tanto por parte dos clientes
quanto por parte das agências e ve-
ículos.
Hoje, mesmo as micro e peque-
nas empresas entendem melhor o re-
O Vale mostra força e amadurecimento
Por Ednelson PradoProfessor da fatea
torno que podem obter se houver or-
ganização, planejamento e estratégia
em comunicação, e que esse setor é
forte aliado para o desenvolvimento
de qualquer empreendimento, em
qualquer área.
Diante disso, as perspectivas são
cada vez melhores, pois com recur-
sos circulando, trabalhos sendo feitos
e resultados sendo colhidos, temos
um ciclo que não se fecha, já que
com as conquistas, há mais investi-
mentos, o que provoca uma maior
concorrência e uma necessidade
crescente de aplicar mais verbas em
comunicação. E claro, as agências e
veículos agradecem, e também cor-
rem atrás para a evolução constante
de seus trabalhos, pois sabem que
não adianta apenas conquistar uma
conta, é necessário mantê-la, e a
única forma é satisfazê-la em suas
principais necessidades, entre elas
boas peças publicitárias e retorno do
investimento realizado. E quanto a
esse ponto, me parece que estamos
caminhando bem.
Prova disso são os prêmios rea-
lizados fora do Vale do Paraíba con-
quistados por agências regionais, por
conta das campanhas que têm reali-
zado.
Mas não é só na área de criação
que temos evoluído e conquistado
espaço. No setor de produção de
conteúdo também, tanto que a TV
Vanguarda é considerada uma das
melhores afiliadas da Rede Globo, em
todo o país; temos revistas de altíssi-
mo nível, como são os casos de publi-
cações como a Lettering e a Personi.
Claro que ainda há o que se bus-
car e conquistar. Por exemplo, ainda
carecemos de mais investimentos
nas chamadas mídias digitais, forte
aliada das empresas que entendem a
força do ambiente digital para o for-
talecimento de suas marcas. É algo
novo, em formação, mas que já me-
rece a atenção de todos.
Sendo assim, não há como negar
que temos uma comunicação forte
e em franco desenvolvimento por
aqui. E como dissemos, isso é fruto
do amadurecimento de clientes, ve-
ículos de comunicação e agências.
Fica claro, a cada instante, que não há
mais espaço para amadorismo, que
olhar apenas para o preço não é o
que importa. O importante é investir
em qualidade com consciência e sa-
bedoria. Parcerias cada vez mais só-
lidas estão sendo formadas porque o
mercado está entendendo essa nova
realidade. Mais que isso, está enten-
dendo que esse é um caminho sem
volta e que muito pode contribuir
para o desenvolvimento econômico
individual e de toda a região. O futuro
é mais que promissor, é real.
Por Vanessa CamposeSCRIToRA E ILuSTRAdoRA. TEM
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