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O meu primeiro jardim
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1. Morfologia de uma plantaa) Raíz b) Caule c) Folhad) Flor e) Fruto f) Vasos Condutores
2. Curiosidades
3. Ecologia aplicada a) Cadeia Alimentar b) Desenvolvimento Sustentável c) Alterações Climáticas
4. Reprodução4.1. Assexuada4.2. Sexuada4.3. Polén
5. Experiências
6. Conselhos úteis para ser um bom amigo do ambiente
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Índice
O meu pr ime iro
Jard im
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A perda da biodiversidade, a des�orestação, o aumento das emissões de dióxido de carbono (CO2) e o excessivo consumo de energia estão ligados às alterações climáticas e requerem atenção urgente.
É com o intuito de alertar e responsabilizar cada um de nós que a Science4you criou um linha de Brinquedos Cientí�cos EcoScience que visam contribuir para o desenvolvi-mento sustentável do nosso planeta.
Através da linha de produtos que integram a linha EcoScience pretendemos sensibilizar a sociedade para as energias renováveis, ecologia e proteção do ambiente que nos rodeia.
Fomentar a responsabilidade no consumo é fazer destes problemas gerais um problema individual, um problema de todos.
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1. Morfologia de uma planta
As plantas têm as seguintes características comuns: - Raíz, caule e folhas. - Apresentam cor verde devido à clorofila que intervém na sua alimentação. -Não têm mobilidade. As plantas possuem uma morfologia bem definida e cada órgão tem uma função espe-cífica. Vamos proceder à análise detalhada de cada órgão:
a) Raíz
Tem como funções a fixação da planta ao solo, a absorção de água e substâncias dis-solvidas, assim como o seu transporte para as partes aéreas da planta. As plantas possuem, normalmente, raízes subterrâneas, no entan-to, estas podem encontrar-se à superfície do solo, como é o caso da árvore do Bonsai que possui raízes aéreas.
Na raíz podemos distinguir diversas zonas:
1 - Colo: parte ao nível da superfície do solo que separa a raíz do caule.
2 - Região suberosa (ou de ramificação): é o corpo principal da raíz e encontra-se na região subterrânea. É de onde emergem as ramificações.
3 - Ramificações: zona lateral por onde se es-tende o corpo principal.
4 - Região pilífera (ou zona de absorção): onde existem os pêlos absorventes que reti-ram a água e os sais minerais do solo.
5 - Região lisa (ou de crescimento): zona onde ocorre o crescimento da raíz. 6 - Coifa: zona responsável por “abrir cami-nho” vertical da raíz para o solo. Tem uma zona de proteção na ponta da raíz.
SABIAS QUE...-Muitas das raízes são úteis e fornecem alimentos. Estas podem ser beterrabas, cenouras, mandioca e até gengibre que são muito importantes para a proteção do nosso organismo. -As plantas bianuais, como a cenoura, ar-mazenam a raíz durante o primeiro ano como substância de reserva e no segundo ano produzem flores, frutos e sementes.
Morfologia das plantas
Figura 1. Exemplo de raízes aéreas num Bonsai.
Figura 2. As diversas partes de uma raíz.
Caule
Colo
Região suberosa ou de ramificação
Ramificações
Região pilífera
Região lisa ou de crescimento
Coifa
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5Morfologia das plantas
b) Caule
É a parte da planta que cresce na direção oposta à raíz. Cresce de baixo para cima até estar definido o tronco, onde se sustém as folhas.
O caule tem como funções essenciais:
1. Manter a planta ereta, sustentando as fo-lhas, as flores e os frutos.
2. Conduzir a seiva (alimento da planta) da raíz até às folhas e aos frutos.
No tronco podemos distinguir as seguintes partes:
Nó: Local entre o broto lateral e as folhas.
Entrenó: Local entre dois nós.
Broto terminal: Local da ponta do caule.
Broto lateral: Locais ao longo do caule res-ponsáveis por formar novos ramos, folhas e flores.
Ramos: Formações laterais do caule, de me-nor extensão que facilitam a melhor utiliza-ção da fotossíntese.
SABIAS QUE...Alguns caules são utilizados na nossa ali-mentação, como a cebola e os espargos, ou em termos medicinais como a canela ou a cinchona, e ainda na indústria, como por exemplo na produção do sisal (cordas), nos pneus (extração de resina das árvores) e ainda para fazer móveis e papel.
c) Folha
É o órgão da planta que tem a função de res-piração. As folhas começam no tronco e ge-ralmente são verdes.
Vamos aprender sobre as partes que consti-tuem uma folha:
Limbo: é a porção verde, aplanada, fina e com duas faces, onde se encontram todos os tecidos de assimilação da folha. Quando a folha tem a mesma cor em ambas as faces (superior e inferior) esta designa-se concolor, quando tem cores diferentes diz-se discolor (normalmente a face inferior tende a ser mais escura que a face superior).
Pecíolo: é a haste que sustenta a folha e que se junta ao tronco, geralmente é cilíndrica e estreita.
Bainha: é a parte basal que envolve toda a folha. As folhas quando não têm pecíolo chamam---se invaginantes e quando não tem pecíolo nem bainha designam-se sésseis.
Nervo central: é o esqueleto da folha, por onde passam os vasos.
Nervos laterais: são ramificações do nervo central.
Figura 3. Representação das diferentes partes de um caule.
Brototerminal
Broto lateral
Ramos
Entrenó
Nó
Morfologia das plantas
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As principais funções das folhas são:
-Respiração: As folhas são os “pulmões” das plantas.
É através deste órgão que as plantas respiram por absorção de oxigénio (O2) e libertação de dióxido de carbono (CO2), num processo con-trário ao da fotossíntese, que ocorre essen-cialmente durante a noite.
- Fotossíntese: Como explicado no ponto 2.2 do manual impresso.
-Transpiração: Esta função pode ser verifica-da pelo aparecimento de pequenas gotículas à superfície das folhas.
d) Flor
É o órgão de reprodução das plantas e tam-bém o mais vistoso.
As flores são constituídas por:
- Cálice: Envolvente externa da flor, quase sempre formada por folhas verdes de peque-nas dimensões denominadas por sépalas.
- Corola: Denominada normalmente por flor, é o conjunto das pétalas, ou seja, das folhas coloridas.
- Estame: Pode ser identificado visualmente como um pequeno “bastão” com um pó ama-relado (o polén) que tem por base o centro da flor. É o órgão reprodutor masculino das plantas e engloba a antera e o filete, um caule delgado que sustém a antera. Ao conjunto da antera e do filete designa-se Androceu.
- Óvulo: Estrutura onde se encontram os gâmetas femininos e masculinos e, por isso, onde ocorre a fecundação. - Recetáculo: Extremidade do pedúnculo, onde se fixa a flor.
- Pedúnculo: É o início do caule onde a partir do qual se forma a flor.
Figura 4. Estrutura de uma folha
Limbo
Nervo lateral
Nervo central
Pecíolo
Figura 5. Classificação das folhas.
Elíptica
Digitiforme
Deltóide
Cuneiforme
Cordiforme
Bipinulada
Alternada
Aristada
Acuminada
Acicular
Oposta
Obtusa
Obovada
Obcordata
Linear
Lobada
Lanceolada
Alabardina
Flabelada
Falciforme
Reniforme
Pinatilobada
Circular
Ovada
Espalmada
Pediforme
Peltada
Perfoliada
Pinulada par
Pinuladaímpar
Espiralada
Unifoliar
Roseta
Rombóide
Espatulada
Sagitada
Subulada
Ternifoliada
Truncada
Tripinulada
FORMA
Morfologia das plantas
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e) Fruto
No óvulo da planta, após a fecundação dos gâmetas masculino e feminino, origina-se o fruto. Estes podem ser, de uma forma genéri-ca, de dois tipos:
Carnosos: Quando são ricos em substâncias nutritivas que refrescam e alimentam, como por exemplo o tomate, a laranja e a manga.
Secos: Podem ser deiscentes, quando ma-duros libertam as sementes (feijão, soja, ervilhas) ou indeiscentes, quando nunca se abrem, mesmo em maduros (arroz, milho, trigo).
f) Vasos Condutores
É o sistema pelo qual as plantas mais evoluí-das se alimentam. Podemos distinguir dois tipos de sistema de vasos condutores:
Xilema: Transporta água e sais minerais de uma parte para outra, na planta.
Floema: Transporta nutrientes orgânicos, principalmente açúcares produzidos pela fo-tossíntese, da parte aérea (onde se realiza a fotossíntese), para a zona subterrânea (zona não fotossintética).
2. Curiosidades
As plantas são utilizadas pelos seres huma-nos nas mais diversas áreas:
a) Na alimentação: Através do consumo direto das plantas, ou através da sua trans-formação para obtenção de outros compo-nentes alimentares (sopa). Nós consumimos todas as partes das plantas:
Corola
Carpelo
Cálice
Pétalas
Estigma
Ovário
Sépalas Pedúnculo
Recetáculo
Óvulo
FileteAntera Estame
Estilete
Figura 6. Estrutura de uma flor.
Figura 7. Exemplos de frutos.
Figura 8. Vasos condutores.
FloemaXilema
Curiosidades
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- Raízes: os diferentes exemplos podem ser, as cenouras, os rabanetes, a mandioca, a be-terraba, entre muitos outros.
- Caules: como por exemplo a cana do açúcar, a cebola e o alho.
- Folhas: exemplos disso são os espinafres e as alfaces.
- Flores: por exemplo para fazer chá a planta de camomila mas também o legume brócolo
- Frutos: os inúmeros por nós conhecidos mas podemos apresentar o tomate e a pêra.
- Sementes: como por exemplo as lentilhas e o feijão.
b) Medicina: Na antiguidade as plantas eram utilizadas para efeitos medicinais.
Este hábito mantém-se até aos dias de hoje, através da extração dos princípios ativos das plantas.
Por princípios ativos definem-se todos os componentes de natureza química existentes nos diferentes órgãos das plantas, como por exemplo, hidratos de carbono (existentes nos caules), lípidos (existentes nos frutos), proteí-nas (existentes nos frutos), vitaminas (exis-tentes nas sementes) e minerais.
Destacamos as seguintes atividades:
- Plantas utilizadas para doenças respiratórias: eucalipto, hortelã, alho e gengibre.
- Plantas utilizadas para dores locais: folha de louro e alecrim.
- Plantas utilizadas para relaxamento: tília e ginseng.
- Plantas utilizadas como antipiréticas (para a febre): manjericão, açafrão e uvas.
Figuras 9,10 e 11. Raízes utilizadas na alimentação.
Figuras 12,13 e 14. Caules utilizadas na alimentação.
Figuras 15, 16 e 17. Folhas utilizadas na alimentação.
Figuras 18, 19 e 20. Flores utilizadas na alimentação.
Figuras 21, 22 e 23. Frutos utilizados na alimentação.
Figuras 24, 25 e 26. Sementes utilizadas na alimentação.
Curiosidades
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9Curiosidades
c) Cosmética: As plantas são utilizadas em cosmética pelas suas capacidades de cica-trização e regeneração da pele e de feridas. Uma das mais utilizadas é a Aloe vera pelas suas propriedades de hidratação e anti-infla-matória.
d) Indústria: Muitas plantas são utilizadas para fabricar produtos destinados ao comér-cio, como sejam:
- Folhas de Tabaco.
- Papel: extração da celulose da parede ce-lular das células vegetais para obtenção do papel que utilizamos hoje em dia.
A celulose pode ser obtida de diferentes ár-vores como os Pinheiros ou árvores tropicais, como as da Amazónia.
- Cortiça: A cortiça é a casca do Sobreiro e a sua principal utilização é para a construção de rolhas para garrafas de vinho e de cham-panhe.
No entanto, devido às necessidades da socie-dade, a cortiça é também utilizada no chão dos parques de brincar das crianças, na cons-trução de malas e de sapatos.
A produção mundial de cortiça é de cerca de 340.000 toneladas, das quais Portugal é responśavel pela produção de cerca de 52%, Espanha 32% e Itália 6%.
SABIAS QUE... A cortiça tem um período de renovação em média de 10 anos. O processo de ex-tração é efetuado apenas a cada 10 anos e somente durante os meses de verão, de-pois da época da chuva, evitando assim a possibilidade de uma extração abusiva do Sobreiro.
Figura 27. Espécie Aloe vera.
Figura 28. Tabaco.
Figura 29. Obtenção do papel.
Figura 30. Rolhas de cortiça.
Curiosidades
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3. Ecologia aplicada
Como verificado no início deste manual, a Ecologia é o estudo dos ecossistemas. Ecos-sistemas são sistemas naturais formados por seres vivos – Biocenose – que existem em de-terminado ambiente físico – Biótopo - com o qual se relacionam.
a) Cadeia Alimentar
Os ecossistemas estão diferenciados segun-do as leis das cadeias alimentares ou proces-sos de transferência de energia. As cadeias alimentares são sequências de seres vivos que se alimentam uns dos outros.
A posição que cada organismo ocupa numa cadeia alimentar pode ser categorizada da seguinte forma:
- Produtores: são as plantas fotossintéticas, pois obtêm a energia necessária ao seu de-senvolvimento diretamente do Sol, sendo ca-pazes de sintetizar o seu próprio alimento.
- Consumidores: organismos que se ali-mentam de outros indivíduos, pois obtêm a energia necessária ao seu desenvolvimento diretamente de outros organismos vivos. Es-tes podem ser:
a) Herbívoros: alimentam-se diretamente dos produtores.
b) Carnívoros primários ou predadores: alimentam-se de herbívoros.
c) Carnívoros secundários: alimentam-se de carnívoros primários.
- Decompositores: organismos que se ali-mentam de matéria morta, pois transformam substâncias orgânicas em substâncias mine-rais (extremamente importantes para o equi-líbrio do ecossistema).
b) Desenvolvimento Sustentável
Atualmente a Ecologia é aplicada a uma grande diversidade de áreas, destacando-se o estudo das alterações climáticas e do aque-cimento global e de como tudo isto pode afe-tar o planeta em que vivemos.
Todos os seres humanos devem respeitar o meio ambiente, considerando que outros animais se encontram dentro da cadeia ali-mentar de que fazemos parte.
Vamos agora perceber o que é a educação ambiental e como poderemos adquirir na nossa formação uma consciência ecológica:
Antes de mais o que significa a palavra sus-tentável? De acordo com a definição geral conhecida constitui o satisfazer das necessi-dades de desenvolvimento da geração pre-sente de forma a não comprometer que as
Figura 31. Cadeia alimentar.
Ecologia aplicada
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11Ecologia aplicada
próximas gerações consigam também satis-fazer as suas próprias necessidades de desen-volvimento (O nosso Futuro Comum, 1987).
Assim, o desenvolvimento sustentável é con-siderado como um processo de mudança social em que a exploração dos recursos, o desenvolvimento tecnológico, as reformas institucionais e as diversas áreas que se in-serem na nossa sociedade são realizadas de uma forma harmoniosa, aumentando assim o potencial futuro de que as necessidades de desenvolvimento das futuras gerações sejam facilmente conseguidas.
Os três principais pilares onde assenta o de-senvolvimento sustentável são: o Social, o Ambiental e o Económico.
O desenvolvimento sustentável baseia-se num ditado muito conhecido: “Não faças aos outros aquilo que não queres que te façam a ti”. Por outras palavras, preservar o meio am-biente, hoje, é fundamental para que as futu-ras gerações tenham a oportunidade de viver num mundo habitável. É preciso termos em conta o desenvolvimento económico e social
e todas as prevenções que são necessárias advir destas atividades. Não nos podemos esquecer que o equilíbrio é fundamental e que os processos evolutivos devem continu-ar, mas de forma a que as gerações futuras um dia consigam viver com qualidade neste planeta.
c) Alterações Climáticas
As alterações climáticas são definidas como as mudanças no clima, direta ou indiretamente relacionadas com as atividades humanas. Estas alterações modificam a composição global da atmosfera, associada à variabili-dade climática natural observada durante es-calas temporais comparáveis. Não devemos confundir com efeito de estufa que se define pelo fenómeno segundo o qual determina-dos gases, que fazem parte da atmosfera, retêm parte da energia refletida pelo chão, devido ao aquecimento pela radiação solar.
Possíveis causas das alterações climáticas globais da Terra:
1. Variação natural do clima: o planeta sofre alterações naturais e cíclicas no clima. 2. Efeito de estufa: a energia que recebemos do Sol tende a chegar à parte mais elevada da atmosfera. No entanto, quando esta energia alcança a superfície terrestre já foi, em parte, absorvida pelo vapor de água, pela camada de ozono e pela própria vegetação.
Social
Ambiental
DesenvolvimentoSustentável
Económico
Figura 32. Setores do Desenvolvimento Sustentável.
Figura 33. Visão das alterações climáticas na Terra.
Ecologia aplicada
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3. Emissões Antropogénicas: derivam es-sencialmente das emissões de gases de es-tufa devido à atividade humana, como sendo o CO2 resultante da queima de combustíveis fósseis, das emissões de CH4 utilizados para o tratamento de resíduos em aterros de de-jetos e das emissões de N2O utilizados nos aerossóis (gases) e nas lâmpadas fluores-centes e incandescentes.
Consequências do aumento do aquecimento global da Terra:
1. Degelo: o aumento da temperatura leva a que as zonas glaciares tendam a começar a derreter, o que leva à perda de inúmeros ecossistemas valiosos para a Humanidade, como ao aumento do nível médio da água do mar. Este facto tem graves consequências para populações litorais (populações que vivem perto dos mares).
2. Cheias: muitos cientistas afirmam que o aumento da temperatura se revelará num au-mento de precipitação em algumas zonas do planeta o que levará a possíveis cheias.
3. Extinção de espécies: muitas espécies não aguentarão o aumento da temperatura do planeta e por isso procurarão novos ecossis-temas, cuja temperatura seja ótima para a sua sobrevivência. No entanto, com esta tentativa, muitas espécies não conseguirão ou não serão bem sucedidas, o que levará eventualmente à extinção de muitas delas. No caso particular das plantas, como não têm mobilidade própria, serão de imediato extintas.
4. Humanos: os seres humanos vivem depen-dentes de diversos setores económicos, entre eles a Pecuária e a Agricultura. Se a temperatura global do planeta continuar a aumentar, estas áreas económicas poderão ser de imediato afe-tadas, levando à escassez de recursos alimenta-res para os humanos.
As alterações climáticas são uma realidade e, em grande medida, causadas por mão humana. Esta opinião é a que possui maior número de seguidores, sendo apoiada por dados científicos.
Figura 34. Degelo.
Figura 35. Aumento do nivel do mar.
Figura 36. Cegonha na neve.
Ecologia aplicada
Figura 37. Seca.
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4.Reprodução
A reprodução é a capacidade de um ser vivo produzir descendentes no sentido de dar continuidade à sua espécie. Nas plantas existem essencialmente dois tipos de repro-dução:
4.1. Assexuada
Não existe intervenção de gâmetas – células sexuais – sendo os descendentes exatamente iguais aos progenitores. Podemos aprender sobre os tipos principais:
a) Multiplicação vegetativa: quando a par-tir de determinados órgãos especializados das plantas se originam seres vivos bem de-senvolvidos e adaptados ao meio natural.
• Fragmentação: quando uma célula de um organismo se fragmenta e sobre esta desenvolve-se um novo ser vivo.
• Bipartição (ou fissão binária ou cissipari-dade): quando um indivíduo se divide em dois sensivelmente iguais.
• Gemulação: Quando num indivíduo se formam gomos que crescem e originam novos seres vivos.
b) Esporulação: consiste na formação de células especiais denominadas esporos, que originam novos indivíduos da mesma espécie.
• Esporulação unicelular: os esporos são produzidos em esporângios e produzem pouca variabilidade dentro das espécies, sendo agentes de dispersão.• Esporulação pluricelular: produção de propágulos, que são partes especializadas da planta que se desprendem da célula mãe e originam clones.
4.2. Sexuada
Envolve a fusão de dois gâmetas, existindo recombinação cromossómica, o que permite que haja variabilidade genética entre as espé-cies.
Reprodução
Figura 38. Esquema da Fragmentação.
Figura 39. Esquema da bipartição.
Célula Mãe Célula Filha
Figura 40. Esquema da Gemulação.
Figura 41. Exemplo de reprodução vegetativa por propágulos.
Reprodução sexuada
Fecundação Zigoto
Embrião
Esporófito (2n)
Esporos
Protonema
Gametófito (n)
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O gâmeta feminino chama-se oosfera, en-quanto que o gâmeta masculino denomina- -se por anterozóide ou espermatozóide. A re-produção sexuada é feita, genericamente, por duas etapas: a Meiose e a Fecundação.
A Meiose é o processo segundo o qual as cé-lulas diplóides (2n) de ambos os gâmetas pas-sam a células haplóides (n) e a Fecundação é o processo segundo o qual ocorre a troca de material genético entre os gâmetas masculino e feminino e, por consequência, o número di-plóide (2n) de cromossomas, típico do zigoto, é restituído. Nas plantas o zigoto denomina-se esporófito. Existem três tipos de reprodução sexuada:
• Isogamia: quando há fusão de gâmetas de igual forma e tamanho. Essencialmente em algas e fungos. • Anisogamia: Quando há fusão de gâme-tas de diferentes formas e tamanhos.
• Oogamia: É um tipo de anisogamia em que o gâmeta masculino é sensivelmente maior que o gâmeta feminino. Essencial-mente em plantas terrestres.
4.3. Polén
Quando ouvimos a palavra pólen lembra-mo--nos da primavera e das alergias. Afinal o que é o pólen? Pólen é o nome comum para microgametófitos de plantas com sementes (espermatófitos).
Isogamia
Oogamia
Anisogamia
Figura 42. Tipos de reprodução sexuada.
Os grãos de pólen apresentam uma cober-tura resistente que permite que estes sejam transportados de planta para planta.
Assim os grãos de pólen, que funcionam como órgão reprodutor masculino, são trans-feridos até ao carpelo, que funciona como órgão reprodutor feminino.
Os grãos de pólen descem pelo tubo polínico em direção à oosfera onde, no óvulo, se dá a fecundação. Este processo é designado por polonização.
O transporte do polén pode ser executado por diferentes agentes físicos:
• Vento: neste caso as plantas denomi-nam--se anemófilas. • Água: neste caso as plantas denominam---se hidrófilas. • Animal: neste caso as plantas denomi-nam-se zoófilas.
Figura 43. Representação da polinização.
Pronúcleo feminino
Pronúcleo masculino
Óvulo
Gâmetas masculinos
Tubo polínico
Libertação do pólen
Figura 44. Planta anemófila.
Figura 45. Planta hidrófila.
Figura 46. Planta zoófila.
Reprodução
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Experiência 10Que idade têm as árvores?
Material: • Fita métrica
Procedimento:1. Escolhe uma árvore.
2. Coloca a fita métrica à volta do tronco (a cer-ca de 1 m do solo) e mede o seu perímetro.
3. Repete o procedimento com outras ár-vores e anota os resultados.
SABIAS QUE...
Se cortarmos uma árvore conseguimos estimar a sua idade através da contagem dos anéis? Cada anel representa um ano. Um anel grosso significa que o ano foi bom para a árvore, um anel fino significa que o ano foi mau, isto é, as condições de crescimento foram piores.
Explicação:O perímetro de uma árvore que se encontra em crescimento aumenta, em média, 2,5cm por ano.
Para determinar a idade de uma árvore basta dividir o perímetro encontrado por 2,5. Por exemplo, se o perímetro for 100 cm, a árvore tem 40 anos.
Figura 47. Medição do perimetro do tronco das árvores.
Árvore Diâmetro do tronco
Experiências
5. Experiências
SABIAS QUE...As plantas zoófilas têm sempre cores muito mais fortes e bonitas que as plantas hidrófilas. Ao possuírem cores mais fortes de imediato tornam-se mais chamativas para os animais e por isso mais facilmente são polinizáveis.
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6. Conselhos úteis para ser um bom amigo do ambiente
Um dos maiores conselhos passa por ques-tionarmos todos à nossa volta, em casa, na escola, no nosso grupo de amigos, sobre o que podemos fazer para solucionar proble-mas ambientais. Se a queima dos combustí-veis fósseis apresenta tanto impacto perante o nosso planeta poderemos começar hoje mesmo a diminuir o consumo de energia nas nossas casas e no nosso dia a dia.
Outro aspeto muito importante e que prote-ge o meio ambiente é tentar poupar água.
Formas de economizar energia:
- Desligar os aparelhos elétricos quando não es-tão a ser utilizados: carregadores de telemóvel, ecrã de computador, televisão entre outros.
- Manter as luzes, de nossa casa e de outros am-bientes que frequentemos pouco, desligadas.
- Andar a pé ou utilizar bicicleta como forma de transporte em vez de utilizarmos carro próprio e transportes públicos. Caso tenha-mos mesmo de utilizar carro próprio tentar que o máximo de passageiros possíveis vá neste ao invés de se utilizarem vários carros.
- Utilizar lâmpadas economizadoras de energia.
Formas de economizar água:
- Quando utilizamos óleo deitá-lo num oleão e nunca deitar para a sanita ou para o lava- -loiça pois a quantidade de água que tem de ser utilizada para limpar esta gordura dos es-gotos é incalculável.
- Lavar as frutas e os legumes numa taça e não com água a correr.- Se lavarmos a loiça à mão e não utilizarmos
a máquina lava loiça, usar 2 bacias: uma com detergente, onde se esfrega a loiça, e outra com água limpa, onde se passa a loiça.
- Evitar tomar banho de banheira cheia.
- Regular a água que sai do chuveiro.
- Adicionar um pulverizador ao chuveiro para que a água pareça ter mais pressão.
- Utilizar torneira fria e quente numa só, sen-do uma torneira regulável, pois evita que se percam grandes quantidades de água.
- Não deixar a torneira aberta enquanto lava-mos os dentes, nem deixar a torneira semi- -aberta ou a gotejar.
-Utilizar papel higiénico branco reciclável, evitando as cores que pressupõem a utiliza-ção de químicos, tanto para o fabrico como para a limpeza dos esgotos.
- Utilizar vassouras em vez de mangueiras na limpeza de terraços e pátios.
- Regar os jardins ao amanhecer ou ao anoi-tecer, períodos em que a água demora mais a evaporar. Não regar em dias ventosos, pois o vento transporta a água e desperdiçam-se grandes quantidades de água.
Figura 48. Oleão.
Conselhos úteis
Hábitos gerais que poderemos adquirir com o tempo:- Tentar utilizar materiais recicláveis. - Tentar gerar o mínimo de resíduos possíveis.- Aprender a reciclar em casa. - Fazer uma triagem correta do lixo doméstico.
Plantas
Brió�tasTraqueó�tas
MusgosHepáticasAntóceros
PteridophytasEspermatophytas
PsilotopsidasGinkophytasMarattiopsidaPolipodyopsida
Gimnospérmicas
AngiospérmicasCycadophytaGinkgophytaPinophytaGnetophyta
Dicotiledôneas
Monocotiledôneas
MagnoliidaeCaryophyllidae
AsteridaeDilleniidae
Hamamelidae
LiliidaeArecidae
AlismatidaeZingiberidaeCommelinidae
Figura 49. Esquema das plantas.
Figura 50. Classificação dos seres vivos.
A Science4you reserva-se ao direitode proceder a alterações técnicas.
ISBN 978-989-7511-63-9
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