O British Council é a organização internacional do Reino Unido para relações culturais e oportunidades educacionais. Developing Inclusive and Creative Economies (DICE) é um programa piloto global que usa uma abordagem holística para refletir e construir uma economia inclusiva e acessível a todos. O DICE é realizado com e para mulheres, jovens, pessoas com deficiência e outros grupos que estão excluídos da economia convencional. O programa é co-desenhado por uma equipe global e uma rede em crescimento no Brasil, Egito, Indonésia, Paquistão, África do Sul e Reino Unido.
Distribuição geográfica da amostra
Número de empreendimentos
Tamanho da amostra: 666 respostas válidas
A distribuição dos respondentes da pesquisa segue padrões dispersos por todo o país, com alta con-centração no Sudeste.
As capitais dos Estados abrigam aproximadamente 70% de todas as organizações pesquisadas, o que é significativamente maior que sua contribuição para o PIB brasileiro (32,4%).
E M P R E E N D I M E N T O SS O C I A I S
E M P R E E N D I M E N T O SC R I A T I V O S
H Í B R I D O S
85135 463
17
16
88 10
1 2035
193
3
1
8
132205
46
6
4
1 30
30
3050
www.britishcouncil.org.br
Os empreendimentos criativos e sociais têm baixas barreiras de entrada, gerando empregos especial-mente para mulheres e jovens? Eles aproveitam as habilidades criativas, emocionais e sociais huma-nas – sendo mais à prova do futuro e mais resisten-tes à automação?
Número médio de empregados
Empreendimentos criativos e sociais estão empregando um número maior de funcionários LGBTQ+ do que empresas de outros setores, principalmente quando são empreendimentos mais jovens. O mesmo vale para outros grupos em desvantagem social, como minorias étnicas.
Em termos de idade da equipe, os empreendi-mentos criativos e sociais contratam mais pesso-as com menos de 25 anos do que a média nacio-nal.
Empreendimentos criativos e sociais estão traba-lhando para oferecer uma grande variedade dos ODS.
Esses empreendimentos também parecem ser altamente inovadores. A maioria está investindo em processos de inovação.
Apesar da incerteza mais ampla na economia brasileira, as expectativas desses empreendi-mentos sobre o próprio futuro são notavelmente positivas. Elas buscam expansão, são dinâmicas e otimistas.
Nossa pesquisa constatou que, de fato, os empreendimentos criativos e sociais tiveram um crescimen-to no número médio de funcionários entre 2018 e 2019.
7,92
Empreendimentossociais
5,97
10,82
Híbridos
8,15
7,08
Empreendimentoscriativos
5,99
2018 2019
2 Os empreendimentos criativos e sociais trazem ideias novas e disruptivas para enfrentar desafios? Fornecem soluções ágeis, ambiental e socialmente sustentáveis, que abordam falhas de mercado, contribuindo para os Objetivos do Desenvolvimen-to Sustentável (ODS)?
Embora altamente inovadoras, uma proporção significativa ainda não usa nenhuma forma de proteção à propriedade intelectual.
Proporção de empreendimentos que utilizam propriedade intelectual
Expectativas dos empreendimentos para o ano seguinte
Erradicaçãoda pobreza
19%
Fome zero eagricultura sustentável
Saúde e bem-estar
Educação de
qualidade
Igualdadede
gênero
Água potável e
saneamento
13% 36% 43% 44% 6%
Energia limpa e
acessível
8%
Trabalho decente e
crescimentoesconômico
Indústria, inovação e
infraestruturaRedução das
desigualdades
Cidades e comunidadessustentáveis
Consumo e produção
responsáveis
20% 18% 40% 12% 32%
Ação contramudança global do
clima
17%
Vida na àgua
Vida terrestre
Paz, justiça e instituições
eficazes
Parcerias emeios de
implementação
19% 14% 24% 20%
Participação de grupos em desvanta-gem social no total de empregados
Composição do total de empregados, por faixa etária
Proporção de empreendimentos que abordam cada ODS
Participação de empreendimentos que investem em processos de inova-ção
LGBTQ+ Outros grupos em desvantagem social
Minorias étnicas Até 25 anos Entre 25 e 39 anos
Entre 40 e 59 anos Mais de 60 anos
Não investem em processos inovadoresDesenvolvem processos inovadores
Empreendimentoscriativos
HíbridosEmpreendimentossociais
Ao analisamos o uso do lucro, os empreendimen-tos criativos e sociais, quando obtém lucro, tendem a investir primordialmente no próprio negócio. Mesmo assim, deixam espaço para investimentos não lucrativos e distribuem mais para funcionários e beneficiários do que para proprietários e acionistas.
Quando se trata do uso do lucro, os empreendi-mentos liderados por homens tendem a priorizar a distribuição de lucros em comparação aos empreendimentos liderados por mulheres, que investem relativamente mais em atividades sociais e/ou ambientais.
Uso do lucro, por gênero da liderança
Os empreendimentos criativos e sociais têm uma maioria de mulheres em posições de liderança, enquanto nos empreendimentos híbridos a proporção é aproximadamente igual.
Os conselhos destes empreendimentos tendem a não ser constituídos por investidores, que são o grupo mais representado na maioria das empre-sas, mas por beneficiários e membros da comuni-dade.
Quanto ao impacto específico na comunidade e na cultura, os estudos de caso demonstram que as estratégias variam entre os empreendimentos, sendo significativamente determinadas pelas caracte-rísticas das comunidades-alvo e das peculiaridades do ambiente circundante.
Os empreendimentos criativos e sociais são inclusivos? Eles desafiam a concentração exces-siva de riqueza e capital, espalhando proprieda-de, possibilitando governança democrática e distribuindo os benefícios da inovação e da tec-nologia?
Os empreendimentos criativos e sociais estão trazendo nova energia e orgulho para comunidades? Eles refletem a cultura do país e mudam a maneira como as pessoas se sentem sobre si mesmas?
Esses empreendimentos estão trabalhando em uma variedade de setores culturais e criativos, de música a jogos e artesanato a publicidade.
Eles variam na medida em que medem e monito-ram diferentes aspectos de seu impacto. Os empreendimentos criativos, por exemplo, priori-zam a mensuração de seu impacto no desenvolvi-mento cultural. A situação é oposta para empre-endimentos sociais, que priorizam o monitora-mento dos benefícios para a comunidade e o número de beneficiários ou produtos/serviços/a-ções.
Quando analisamos o tamanho do faturamento, os grupos que monitoram menos o impacto são o de menor e o de maior faturamento. Para o primeiro grupo, a disponibilidade de recurso pode ser uma explicação; para o segundo, a explicação pode estar no fato que as organiza-ções economicamente bem-sucedidas conside-rem menos necessário justificar suas ações com base em critérios de impacto.
FemininoMasculino Outros
50% 7%44% 50% 5%45% 45% 9%46%
Empreendimentos sociais
HíbridosEmpreendimentoscriativos
Até R$ 81 mil Entre R$ 82 mil e 360 mil
Entre R$ 360 mil e 4,8 milhões
Entre R$ 4,8 milhões e 300 milhões
Monitora impacto Não monitora impacto
73%
27%
87%
13%
75%
25%
81%
19%
Uso do lucro, por tipo de empreendi-mento
Gênero da liderança, por tipo de em-preendimento
Média de membros do conselho admi-nistrativo, por tipo de membro
Forma de monitoramento de impacto, por tipo de empreendimento
Abordagens e estratégias para gerar impacto nas comunidades
Monitoramento de impacto, por fatu-ramento
Abordagem Estratégia
Impacto através da representação da comunidadeGera impacto principalmente reafirmando as identidades das comunidades e estabelecendo um modelo de negócios compatí-vel com elas.
Gera impacto oferecendo um produto, a preços de mercado ou não, que afeta positivamente a vida das pessoas de um grupo ou comunidade.
Gera impacto integrando os beneficiários nos negócios, contri-buindo para seu empoderamento cultural e econômico.
Impacto através de produtos ou serviços
Impacto através da participação da comunidade na empresa
Empreendimentoscriativos
HíbridosEmpreendimentossociais
Beneficio para a comunidadelocal ou comunidade atendida.
Impacto no desenvolvimento cultural
Número de beneficiários ou deprodutos/serviços/ações.
Empreendimentoscriativos
HíbridosEmpreendimentossociais
Masculino
Feminino
Esses empreendimentos operam em um ecossistema mais amplo de suporte, financiamento e regula-mentação de negócios.
Uma das barreiras mais comumente relatadas ao crescimento econômico e à sustentabilidade entre os empreendimentos foi a falta de entendimento sobre os setores entre os potenciais financiadores.
No entanto, o tipo de suporte não-financeiro relatado com mais frequência como necessário foi o suporte para alcançar novos clientes/mercados. Uma proporção significativa desses empreendimen-tos também acredita que poderia se beneficiar de mais apoio do governo e suporte/consultoria técni-ca.
Ecossistema
Principais restrições de financiamento, por tipo de empreendimento
Principais apoios demandados, por tipo de empreendimento
Demonstração/obtenção de receita/lucro para investidores e bancos
Modelos de negócios nãoaprimorados
Acesso limitado aos investidores
Empreendimentossociais
27%
30%
35%
Empreendimentoscriativos
24%
21%
39%
Híbridos
29%
29%
42%
Empreendimentos criativos HíbridosEmpreendimentos sociais
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Dados atualizados até 02/03/2020