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meio ambiente do futuro

portonoVembro / dezembro de 2012

PUBLICAÇÃO DESTINADA ÀS COMUNIDADES DE RELACIONAMENTO DA ANGLO AMERICAN . ANO 1 . N° 3

distribuição gratuita

Por meio de parcerias, Programa de Educação Ambiental Porto do Açu benefi cia cerca de 400 crianças das comunidades próximas à empresa.

editorial

Publicação destinada às comunidades de relacionamento da Anglo

American - Unidade de Negócio Minério de Ferro Brasil | Coordenação:

Comunicação Empresarial | Comitê de Comunicação com Comunidades

Porto: Daniel Grainho, Daniel Passos, Gustavo Ferrari, Luciana Teixeira,

Rodrigo Péon e Sabrina Letieri | Produção editorial: BH Press Comunicação

| Reportagem e redação: Alisson Villa e Fernanda Cristo (14977/MG) |

Projeto gráfi co e diagramação: AVI Design | Foto de Capa: Arquivo Anglo

American | Tiragem: 3.300 exemplares

expediente

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dito e feito

A Anglo American tem consciência do quanto é importante atuar de forma responsável nas localidades nas quais seus empreendimentos estão localizados. E, para nossa satisfação, observamos que estamos fazendo uma diferença positiva na vida dessas comunidades. Basta lermos os exemplos mostrados nesta edição do Diálogo.

Um dos destaques é o ABC do Ensino, projeto desenvolvido pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), com o apoio da Anglo American. Por meio dessa iniciativa, promovemos a educação de jovens e adultos de Atafona, distrito de São João da Barra (RJ). Na página 4, você poderá conhecer a história do pescador Jorge Riberito, 53 anos, um dos benefi ciados pelo projeto.

Outro exemplo é o Programa de Educação Ambiental do Porto do Açu (PEA). Em parceria com a Prefeitura de São João da Barra, o programa utiliza os 15 polos do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI para difundir o conhecimento sobre meio ambiente entre 400 crianças e 25 educadores.

Você também poderá ler nesta edição sobre o apoio que a Anglo American oferece à Colônia de Pesca Z2, ou ainda, sobre a iniciativa para a melhoria da estrada de acesso à comunidade de Pedra Negra, no distrito de Campos dos Goytacazes. Mais do que mostrar que estamos cumprindo o que é combinado com a comunidade, essas ações são exemplos concretos do quanto valorizamos uma atuação responsável.

Maurício Martins

Gerente Geral de Desenvolvimento Social

Arquivo Anglo American

fale conosco

canal aberto com Você

Nos municípios onde está sendo implantado o Projeto Minas-Rio, a Anglo American disponibiliza canais do Sistema Fale Conosco para a comunidade entrar em contato com a empresa. Para fazer sugestões, perguntas, reclamações, críticas ou elogios, você pode utilizar o telefone 0800 941 7100. Ele funciona gratuitamente, de segunda a sexta-feira, das 9h às 13 horas e das 14h às 18 horas. Em outros horários, a ligação é direcionada para a secretá-ria eletrônica. Não se esqueça de informar seu nome, número do telefone com DDD e nome da cidade onde mora. Uma outra opção é o endereço de e-mail [email protected]. Venha conversar com a Anglo American.

Você conhece a anglo american?

há cem anos fazendo a diferençaArquivo Anglo American

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Nosso começo no BrasilAtualmente, a Anglo American possui duas plantas de Níquel no Brasil, uma em Niquelândia e outra em Barro Alto, ambas no estado de Goiás. Esse metal é empregado principalmente na produção de aço inoxidável, que consome mais de 65% do volume disponível no mercado, além de ser utilizado nas indústrias aeronáutica, de produtos médicos e odonto-lógicos, alimentícia, química e de higiene.

Outros metais produzidos pela Anglo American no Brasil são o Nióbio, utilizado para a produção do aço de alta resistência, e o Fosfato, que dá origem a produtos como fertilizantes agrícolas e insumos para a alimentação animal.

O Projeto Minas-RioEm 2008, a empresa comprou da MMX o Projeto Minas-Rio. Com capacidade inicial para produzir 26 mil toneladas por ano de minério de ferro, o empreen-dimento tem sua inauguração prevista para o segundo semestre de 2014. O minério de ferro é o principal componente do aço, o metal mais utilizado no mundo,

empregado na construção de edifícios, pontes, veícu-los e aparelhos eletrodomésticos, entre outros.

O maior mineroduto do mundoCom capacidade inicial de produção estimada em 26,5 milhões de toneladas de minério por ano, a operação terá o maior mineroduto do mundo (525 km de exten-são), usado no transporte de minério de ferro. Ele ligará a região da mina, em Conceição do Mato Dentro (MG), ao Porto do Açu em São João da Barra (RJ), atraves-sando 32 municípios mineiros e fluminenses.

Mineração responsávelO Grupo Anglo American tem um histórico compro-vado por fazer diferença e agregar valor aos países e comunidades onde atua. Em todos os lugares do mundo onde está presente, a empresa contribui para manter as tradições locais e a cultura regional. Atuar com segurança, respeito ao meio ambiente e respon-sabilidade social faz parte do compromisso da empresa e está incorporado a tudo o que a Anglo American faz.

Conheça a história da Anglo American e descubra a empresa responsável pelo Projeto Minas-Rio

As primeiras operações da Anglo American começaram em 1917, com minas na África do Sul. A empresa foi crescendo e hoje está presente nos cinco continentes, produzindo minério de ferro, manganês, carvão metalúrgico, carvão térmico, cobre, níquel, nióbio, fosfato, ouro, diamante e platina, entre outros minerais. No Brasil, as primeiras operações da companhia começaram em 1973, voltadas para a produção de Níquel.

acontece no minas-rio

mestres dos mares e da força de VontadeJovens e adultos da Comunidade de Pescadores de Atafona são alunos do projeto ABC de Ensino, mantido com apoio da Anglo American

Procedimentos rigorosos na pedreira Itaoca garantem a segurança de trabalhadores e comunidade

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Mais de cinco milhões de pessoas estão matriculadas no sistema de Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil, atualmente, segundo dados preliminares do Censo Escolar 2012, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número total de matriculados nesse tipo de ensino, no entanto, vem caindo desde 2006, também de acordo com o Censo.

Na contramão dessa estatística, uma turma de pescadores de Atafona (RJ) se dedica aos livros e ao quadro negro desde 2010. Parte deles concluiu a primeira etapa do ensino fundamental no ano passado. São os alunos do projeto ABC de Ensino, desenvolvido pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), em parceria com a área de Relacionamento com Comunidades da Anglo American. “Esse tipo de curso costuma ter um índice alto de desistência, mas esse grupo foi um dos mais comprometidos”, afirma a coordenadora pedagógica do projeto, Stela Henriques. “Os alunos conseguiram driblar as dificuldades e se formar”.

O pescador Jorge Valter Ribeiro, 53 anos, é um dos formandos. Antes de entrar no projeto, no segundo semestre

Fotos: Arquivo Anglo American

Anglo American apoia ensino de jovens e adultos

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experiência será leVada a

outras comunidades

Gustavo Ferrari, da área de Relacionamento com Comunidades da Anglo American, diz que a expectativa é expandir as aulas para as comunidades vizinhas no próximo ano, principalmente Grussaí. “A maioria dos participantes são pessoas mais velhas, que só voltaram a estudar em função da nossa seriedade e da dedicação das professoras, que também são da comunidade”, acredita.

de 2011, ele havia cursado até a 2ª série do ensino fundamental. “A professora disse que estava me saindo bem, então fui passando de fase até concluir a primeira etapa do ensino fundamental”, conta.

Ele agora quer continuar os estudos, mas diz que não é fácil conciliar o trabalho com a sala de aula. “Quando você trabalha como pescador, tem que sair de madrugada e às vezes voltar para casa tarde. De vez em quando a gente chegava um pouco atrasado na aula, mas a professora deixava a gente entrar”, lembra.

Agora que se formou, ele sabe que o ABC de Ensino inaugurou uma nova etapa na sua vida. “Considero o projeto muito importante porque a gente começa a ter outra visão do mundo”, reflete.

Ritmo próprioOs alunos devem passar por cinco fases para completar a primeira etapa do ensino fundamental.

Normalmente, cada fase é concluída em um semestre, mas quando os estudantes não conseguem atingir o conteúdo previsto para aquele período, não precisam repetir toda a série.

“O aluno tem uma progressão de acordo com o seu desempenho. O ABC do Ensino é mais flexível que um curso regular, a metodologia é toda adequada ao ritmo de cada aluno”, explica a coordenadora Stela Henriques.

O pescador Jorge Valter Ribeiro diz que só conseguiu se formar graças a essa flexibilidade. “Frequentar um curso normal é difícil para quem vive da pesca. A vantagem do projeto é que ele foi adaptado à nossa situação. Mesmo assim, tem que ter força de vontade”, pontua.

Outra diferença são as turmas multisseriadas, ou seja, dentro da mesma sala convivem alunos de várias séries. O objetivo é que os estudantes possam aprender também uns com os outros. “Às vezes o aluno que tem um vocabulário mais adiantado consegue ajudar o colega”, explica a coordenadora.

Metodologia flexível é uma das vantagens do projeto

Um monumento, um prédio ou um casarão antigo carregam sobre seus alicerces muito mais do que anos de existência. Há nessas construções uma parte da história e da cultura de uma localidade. Um exemplo é o Solar dos Airizes, situado na margem direita do rio Paraíba do Sul, na cidade de Campos dos Goytacazes (RJ).

O casarão, de estilo colonial, foi construído no fi nal do século 19 utilizando construção esteios de madeira de lei como o pau brasil e a peroba. De decoração simples, foi sede de uma imponente fazenda de cana de açúcar e o primeiro imóvel de Campos dos Goytacazes a ser tombado pelo IPHAN, em 1940.

Se sua importância arquitetônica já valeria a preservação, os aspectos culturais e históricos dão ainda mais peso à sua importância. O Solar serviu de inspiração e cenário para o escritor Bernardo Guimarães, autor do romance A Escrava Isaura. O local teria sido o casarão onde viveu a protagonista do livro. Segundo lendas locais, a cada primeira lua cheia do ano, ela atravessava nua a estrada, arrastando correntes para se banhar no rio.

Acredite você em lendas, goste de uma boa literatura ou simplesmente aprecie monumentos históricos, o local já vale a visita.

lugares do rio

a casa da escraVa isaura

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Arquivo Anglo American

Solar dos Airizes tem valor histórico para a cidade

conVersa compescador

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da Janela

Colônia de Pescadores Z2 exerce papel fundamental de apoio aos trabalhares do setor

No município fluminense de São João da Barra, dos seus quase 30 mil habitantes, cerca de 500 tem a pescaria como profissão. Diante de cenários como esse, as Colônias de Pesca exercem um papel fundamental. Tratam-se de órgãos sem fins lucrativos que têm como objetivo organizar a classe pesqueira e dar suporte às suas necessidades. Essas instituições oferecem todo o tipo de apoio como esclarecimentos jurídicos, capacitação, legalização de documentos das embarcações e dos pescadores, entre outros.

No caso de São João da Barra, a atuação fica por conta da Colônia de Pescadores Z2, localizada na praia de Atafona. Além de auxiliar os pescadores na área jurídica e

administrativa, a Colônia tem o dever de limpar e fiscalizar os cinco mangues da região.

O órgão se mantém por meio de contribuições dos pescadores e apoio de empresas da região. A Anglo American é uma delas e contribui com fornecimento de material de pesca, além de manter um canal de comunicação ativo com a instituição.

“Acreditamos no diálogo face a face como melhor forma de comunicação. Estamos sempre presentes na região, construindo o relacionamento e mantendo a Colônia informada sobre as atividades no Porto do Açu”, afirma Gustavo Ferrari, da área de Relacionamento com Comunidades da Anglo American.

Colônia de Pescadores Z2 conta com apoio da Anglo American

Arquivo Anglo American

A letra da música Prelúdio, do cantor baiano Raul Seixas, resume bem o espírito de atuação da área de Relacionamento com Comunidades da Anglo American no Porto do Açu. Por meio de parcerias com outras instituições é possível promover iniciativas que beneficiam um número maior de pessoas.

Um exemplo é a parceria com a Secretaria de Promoção Social de São João da Barra (RJ), que possibilita levar o Programa de Educação Ambiental do Porto do Açu (PEA)

educação ambiental

parceria em prol da comunidade

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“Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade”.

Igor Bezerra

Parceria entre Anglo American e PETI garante ensino sobre meio ambiente a crianças

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a todos os alunos do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI.

A Anglo American utiliza os 15 polos do PETI espalhados pelo município para promover, todos os meses, aulas e oficinas relacionadas ao meio ambiente para cerca de 400 crianças. Dessa forma, a iniciativa agrega valor à programação oficial do PETI, que é de responsabilidade da Prefeitura.

Até agosto de 2013, o tema das aulas de meio ambiente será a flora e a fauna local. “As crianças são multiplicadoras, levam as informações que aprendem para suas famílias”, diz Talita Bracher, consultora da Ecologus, empresa responsável pela operacionalização do programa.

Além dos estudantes, o Programa de Educação Ambiental do Porto do Açu atinge adultos por meio de curso de capacitação de facilitadores do PETI. A cada dois meses, as 25 participantes são orientadas sobre como desenvolver atividades que relacionem o meio ambiente local ao cotidiano dos alunos. “Monitorar o desenvolvimento das facilitadoras é fundamental para o aprendizado de qualidade das crianças”, explica Gustavo Ferrari, analista de Relacionamento com Comunidades da Anglo American.

Uma dessas facilitadoras é Júnia Oliveira Gervásio, que há quatro anos atua no polo da comunidade de Rua Nova. “É importante conhecer as melhores formas de repassar conhecimento para as crianças. Mas a capacitação vai além e promove melhorias na minha formação profissional e vida pessoal, pois passamos a lidar melhor também com nossos filhos”, destaca Júnia.

A facilitadora também já percebe resultados positivos entre os alunos. “Com as aulas sobre a fauna local, as crianças pararam de matar passarinhos e valorizam os animais da região. Elas passam a desenvolver um sentimento de pertencer a tudo que envolve sua cidade”, conta Júnia.

A Anglo American ainda utiliza os polos para ações de comunicação com a comunidade. Tanto adultos quanto crianças aprendem, de forma didática, qual é o papel da empresa, o que ela faz, onde atua, entre outras informações.

Desenvolver ações pedagógicas que possam contribuir para a preservação do meio ambiente local e regional, criando condições de conscientização da população sobre a realidade ambiental. É com essa meta que o Programa de Educação Ambiental do Porto do Açu (PEA) é promovido desde 2007 na cidade de São João da Barra, no Rio de Janeiro.

Na primeira fase do PEA, entre 2007 e 2008, foram realizadas, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, oficinas, feiras e visitas nas escolas da cidade. Estima-se que a ação tenha envolvido, diretamente, 64 gestores e educadores e, indiretamente, outros 500 educadores e 6 mil crianças e seus familiares.

A segunda fase, desenvolvida em 2011 em conjunto com a Secretaria Municipal de Promoção Social, teve como público-alvo as facilitadoras e as crianças e adolescentes atendidas pelo PETI. Os temas abordados foram reciclagem e construção de horta. Estima-se que a segunda fase do PEA tenha atingido diretamente 22 facilitadoras do PETI e 373 crianças de São João da Barra.

Já a terceira fase, iniciada em 2012, se estende até 2013, com o tema flora e fauna de São João da Barra.

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um programa que Valoriza o meio ambiente da região

O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI é mantido pelas administrações municipais, em parceria com o Governo Federal, com o objetivo de garantir o direito da criança e do adolescente em permanecer na escola afastando-as do trabalho infantil. Em São João da Barra o projeto envolve mais de 400 crianças, entre 6 e 15 anos. Os polos do PETI estão presentes em toda a extensão do município - Atafona, Açu, Cajueiro, Barcelos, Palacete, Pipeiras, Rua Nova, Mato Escuro, Alto do Cardeiro, Sabonete, Quixaba, Cazumbá, Bajuru, Grussaí e Azeitona.

o que é o peti

Igor Bezerra

Crianças também tem conhecimento sobre atividades da empresa

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responsabilidade social

uma noVa estrada

A Arcoenge, em parceria com a área de Relacionamento com Comunidades da Anglo American, doou em setembro 60 m³ de brita corrida para a comunidade de Pedra Negra, em Campos dos Goytacazes (RJ). O material será utilizado para a melhoria da estrada de acesso da localidade. Atualmente, como a via é composta somente de terra, há dificuldades de acesso, principalmente nos períodos de chuva. A revitalização será feita pela associação de moradores local, com apoio da empresa, que fornecerá o maquinário e contribuirá para o engajamento dos moradores.

“A iniciativa demonstra a preocupação da Anglo American com os moradores de Pedra Negra e faz parte do compromisso social da empresa com as áreas de influência do Porto do Açu”, diz Gustavo

Ferrari, analista de Relacionamento com Comunidades da Anglo American.

A presidente da Associação dos Moradores de Pedra Negra, Claudinette Ribeiro de Oliveira sabe da importância dessas parcerias com a iniciativa privada. “Trata-se de uma comunidade carente, que não teria condição de comprar o material para a reforma, assim como os órgãos públicos também não tem. Por isso, é essencial a atuação de empresas como a Anglo American”, diz Claudinette.

A comunidade de Pedra Negra está situada a pouco mais de 2 km da Pedreira Itaoca e é formada por cerca de 600 pessoas. Dos 150 empregados que trabalham na empresa, 35 são moradores locais.

Arquivo Anglo American

Comunidade de Pedra Negra é beneficiada com apoio de empresas privadas