Sophia de Mello Breyner Andresen
O NU NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA
ANTOLOGIA DE POEMAS SOBRE A GRÉCIA E ROMA
prefácio de
José Pedro Serra
edição e notas de
Maria Andresen de Sousa Tavares
A S S Í R I O & A L V I M
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prefácioJosé Pedro Serra
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Um prefácio a O Nu na Antiguidade Clássica não pode ser senão uma tentativa de silenciar o ruído de modo a surgir tão lím-pida, tão cristalina quanto possível a voz que aí fala. O propósito só pode ser o de procurar dissolver sombras que, vindas de pre-conceituados olhos estrangeiros, impedem a visão do que aí se pode ver e amar. Não se trata, pois, de explicar, ainda menos de resumir, propósitos infantis, limitadores, e por isso estultos, mas de clarear, de procurar rarefazer a atmosfera, preparando e dando lugar ao que aí acontece e aí se manifesta. Dar, asceticamente, lugar ao acontecimento, neste caso, à hierática e majestática mos-tração que a palavra, como enigmática chave, carrega. O texto que agora se reedita não é uma história da arte grega, nem a isso se propõe; não é igualmente um texto de académica erudição, pro-curando inserir-se e porventura dilatar o largo caudal da tradição universitária. Embora nobre, tal não constitui a sua intencionali-dade primordial. O Nu na Antiguidade Clássica ergue-se a partir de intuições nucleares, ardentes fachos concedidos pelos deuses, intuições cerzidas e estendidas em abissais vivências, em que o épico resplendor do Sol se mistura com o abissal e trágico canto da Esfinge. Situarmo-nos no pórtico deste horizonte, sentir-lhe o frémito e o pulsar — só este pode ser o propósito deste prefá-cio. E encontrar o ritmo adequado a esta perspectiva é a questão fundamental e decisiva.
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Não sendo, estritamente, obra de erudição, nem se afirman-do como ensaio académico, julgo que, situado no contexto alarga-do da obra de Sophia, o referido texto pode ser considerado como uma «ontologia da inspiração», no sentido em que os traços nele relevantes determinam o modo de acesso ao real, desenhando, já em sensível e em potencial convivência, o porto de onde partirá a viagem poética. O perfil desse horizonte marca o rosto da viagem possível bem como o acordo permitido com o ritmo da vida. No seio deste primordial horizonte está uma inaugural vivência, senti-da, de resto, em vincada comunhão com os Gregos: a experiencia-ção da Madrugada, a demorada atenção no acontecer da Aurora. Como fonte de original dádiva, porta-palavra de um dizer primei-ro, a poética experiência da Aurora ecoa para nós desde os pri-mórdios da Grécia, desde Homero. Nestes versos, é ela dita «Aurora de dedos róseos», sugerindo a delicadeza do rasgar dos céus nocturnos e a emergência suave e lenta da luminosa madru-gada que vai outorgar identidade às coisas e aos seres. No largo sorriso cor de açafrão da «Filha da Manhã» é a irrupção da luz que se anuncia, vitória da claridade sobre o fundo obscuro da noite indistinta. O vasto manto da noite confusa e caótica, noite ctóni-ca de imperceptíveis fusões tempestuosas, hiante boca do mundo, dá lugar à anunciada alvorada, que nas suas orvalhadas lágrimas matinais vem fertilizar o ancestral barro do mundo. Primeiro são as árvores próximas, depois são os campos que ondulam ao leve sopro de um jovem vento, e os rios e os mares e as serras de abra-sados cumes recortados no vestígio da Noite; e os homens e as cidades e os templos que abrigam os deuses, deuses protectores da terra e dos que nela habitam. Lentamente, mas com a confiança de uma vitória segura, assim avança a «Aurora de dedos róseos»
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até que uma luz ígnea dê a ver e outorgue aos entes o harmonio-so perfil da sua forma, o limite claro e fulgurante do seu rosto, exposto assim a uma claridade intensa. É este arrancamento das formas corpóreas ao manto do nada, esta emergência dos seres a partir do informe abismo do não-ser, que caracteriza o apareci-mento da Aurora. Grave erro cometeria quem visse nestas expressões, nestes epítetos, apenas a habilidade formal do verso limado pelo tempo, esterilmente bonito, escamoteando a verda-de vivencial que nelas se acolhe, a experiência propriamente poiética que nela se desoculta. Numa irmandade de antiquíssimo sangue, este é o experimentado pilar que estrutura a visão de Sophia sobre a Grécia, sobre a arte grega e, mais genericamente, sobre a realidade. E esta visão inteligível traduz-se para ela no termo ἀλήθεια, a verdade. Termo composto pelo α- privativo e pela raiz Λαθ- ou Ληθ- que significa «esconder», «ocultar», pre-sente, por exemplo, no verbo λανθάνω (o latim lateo tem o mesmo significado de «esconder» ou «ocultar» — veja-se o por-tuguês «latente»), a verdade aqui expressa consiste no próprio processo de des-ocultação, de des-velamento do que até então não era visível e estava velado. O termo tem hoje o enorme peso que Heidegger lhe atribuiu e o primeiro impulso é o de estabelecer-mos uma imediata conexão, uma linha de influência, uma genealogia. Não creio, porém, que seja caminho avisado. É pos-sível que haja em Sophia um eco do pensamento do filósofo ale-mão sobre esta etimologia, mas não creio que esse fosse caminho meditado e seguido. Não é a palavra de Sophia a da vereda filo-sófica, mas o do peregrinar poético sobre os assombros do mundo e da vida. E se quiséssemos lembrar Heidegger, diríamos que filósofo e poeta estão em vertentes opostas de uma mesma
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O NU NA ANTIGUIDADECLÁSSICA
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Policleto, Doryphoros
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1.
O nu é uma invenção grega.No Egipto, na Assíria, na Caldeia, o nu é apenas uma ma-
neira de vestir. Mas o pensamento grego crê na aletheia, crê no não-coberto, no não-oculto, procura o homem não-coberto, nu.
Desde o início o escultor grego, fundamentalmente, coloca--se não em frente do homem vestido com armadura de guerrei-ro ou vestes de escravo, sacerdote ou príncipe mas em frente da nudez do homem em si. Porque crê que o ser está na physis, o Grego crê que o ser está no mundo em que estamos. Para o As-sírio, para o Egípcio, para o Caldeu, a verdade do ser está num outro mundo, no mundo do sagrado exterior ao universo e oculto. Mas o Grego crê no divino interior ao universo. É neste mundo, no estar, no aparecer, na aletheia, que ele busca o ser.
A este mundo em que está o Grego chama «kosmos». Mas kosmos, oposto a chaos, não significa apenas mundo, mas mun-do ordenado-belo.
Esta ordenação é em si própria criadora e divina; e ao escul-pir um corpo o artista grego tenta mostrar a relação do homem com uma ordem que é a íntima estrutura do kosmos, da physis, do mundo do qual o homem brota e se ergue.
O corpo humano para o artista grego não é um modelo mas um módulo. E é fenómeno em que o ser se manifesta, emerge e brilha. É ser, estar, aparecer.
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Por isso o canon de Policleto não é um código estético — não se trata de «criar» mas sim de «descobrir». Não se trata de criar uma forma de beleza pois a beleza não é exterior àquilo que manifesta. Trata-se de decifrar a lei do corpo humano, e a proporção — a simetria — que esse corpo manifesta é que o in-sere na ordem do universo.
Quando na praia apanhamos uma concha aquilo que tão profundamente nos toca é isto: a forma que temos na mão é uma forma que não podia ser doutra maneira. É como se na concha estivesse escrito o pensamento do universo. Ela é verda-deiramente o fruto de um kosmos, o fruto de um mundo orde-nado, a palavra que confirma a nossa confiança.
Assim também no corpo humano o artista grego lê a ordem do mundo onde está.
E por isso falar do nu na arte grega é sempre falar da relação do homem com o divino.
Homero diz-nos continuamente que os homens são seme-lhantes aos deuses e Aristóteles fala nestes termos da condição humana:
«Como os poetas nos recomendam o homem não deve, porque é homem, pensar apenas nas coisas humanas, nem porque é mor-tal, pensar apenas nas coisas mortais: o homem deve, na medida das suas possibilidades, viver uma vida divina.»
Aristóteles, Ética a Nicómaco (X. 7. 1177 B 30)
E Píndaro diz:
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«Pela forma corpórea, ou no vigor do espírito, somos no entanto como os imortais embora não saibamos onde no meio de que dias ou que noites o Destino escreveu que deveremos findar nossa carreira.»
(Traduzido por Péricles Eugénio da Silva Ramos)
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ANTOLOGIA DE POEMAS SOBRE A GRÉCIA E ROMA
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NÍOBE TRANSFORMADA EM FONTE
(adaptado de Ovídio)
Os cabelos embora o vento passeJá não se agitam leves. O seu sangue,Gelando, já não tinge a sua face.Os olhos param sob a fronte aflita.Já nada nela vive nem se agita,Os seus pés já não podem formar passos,Lentamente as entranhas endurecemE até os gestos gelam nos seus braços —
Mas os olhos de pedra não esquecem.Subindo do seu corpo arrefecidoLágrimas lentas rolam pela face,Lentas rolam, embora o tempo passe.
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DIONYSOS
Entre as árvores escuras e caladasO céu vermelho arde,E nascido da secreta cor da tardeDionysos passa na poeira das estradas.
A abundância dos frutos de SetembroHabita a sua face e cada membroTem essa perfeição vermelha e plena,Essa glória ardente e serenaQue distinguia os deuses dos mortais.
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CATILINA
Eu sou o solitário e nunca minto.Rasguei toda a vaidade tira a tiraE caminho sem medo e sem mentiraÀ luz crepuscular do meu instinto.
De tudo desligado, livre sintoCada coisa vibrar como uma lira,Eu — coisa sem nome em que respiraToda a inquietação dum deus extinto.
Sou a seta lançada em pleno espaçoE tenho de cumprir o meu impulso,Sou aquele que venho e logo passo.
E o coração batendo no meu pulsoDespedaçou a forma do meu braçoPr’além do nó de angústia mais convulso.
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Prefácio, José Pedro Serra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
O NU NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 3. O Lugar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 4. Creta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 5. As Ânforas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 6. Os Kouroi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 7. O Kouros de Milo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 8. O Tesoiro de Siphnos e o Templo Arcaico de Athena 63 9. A Pintura dos Vasos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 10. A Palestra e a Guerra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 11. O Nu Feminino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 12. Fim da Frontalidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 13. Olímpia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81 14. O Zeus de Artemision . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85 15. Myron e Policleto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87 16. Phidias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93 17. Praxíteles e Scopas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97 18. Lisipo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103 19. O Helenismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107 20. Os Dois Bronzes de Riace . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119
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ANTOLOGIA DE POEMAS SOBRE A GRÉCIA E ROMA Nota sobre a Selecção dos Poemas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123
Níobe Transformada em Fonte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131 Dionysos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132 Catilina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133 Medeia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134 Eurydice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135 Sibilas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136 Pã . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137 Ifigénia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138 Penélope . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139 [A praia lisa de Eurydice morta] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140 II Eurydice. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141 Soneto de Eurydice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142 Electra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143 Electra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144 Epidauro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145 Tolon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146 Antinoos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147 Pompeia — Casa de Menandro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148 Crepúsculo dos Deuses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149 Termoli . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151 Ítaca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152 Um Poeta Clássico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153 Eurydice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154 Delphica I (Friso Arcaico) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155 Delphica II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156 Delphica III (Antinoos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157
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Delphica IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158 Delphica V (O Auriga) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160 Delphica VI (Antinoos de Delphos) . . . . . . . . . . . . . . . . . 161 Delphica VII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162 Homenagem a Ricardo Reis I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163 Homenagem a Ricardo Reis II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 164 Homenagem a Ricardo Reis III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 Homenagem a Ricardo Reis IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166 Homenagem a Ricardo Reis V . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167 Homenagem a Ricardo Reis VI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168 Homenagem a Ricardo Reis VII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169 Em Hydra, Evocando Fernando Pessoa . . . . . . . . . . . . . . 170 O Minotauro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173 O Poeta Trágico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176 O Templo de Athena Aphaia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 177 O Efebo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178 Ariane em Naxos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 179 Lamentação de Adriano sobre a Morte de Antinoos . . 180 Cíclades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181 Torso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 185 O Minotauro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 186 Deriva X . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187 Epidauro 62 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 188 Fragmento de «Os Gracos» . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 189 Olímpia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 190 Roma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 192 Ménades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193 Eurydice em Roma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 194 Elegia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195
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À Maneira de Horácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 196 Métrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197 Ode à Maneira de Horácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 198 Narciso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199 [Teu passo não enraizou nas areias de seda] . . . . . . . . . . 200 [Tu que esculpes no ar o vento musculado] . . . . . . . . . . 201 I. [A respiração dos deuses é um silêncio nu] . . . . . . . . . 202 [A minha vida está vivida] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203
Notas aos Poemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205
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