Termo de Cooperação nº TC-497/2012
Estudos, pesquisas e programas de capacitação para desenvolvimento e
consolidação de métodos e processos para suporte à gestão de competências da
CGPERT vinculadas às áreas de segurança viária e operações rodoviárias
Objeto 4 – Educação no Trânsito
MANUAL DE IMPLANTAÇÃO
Projeto Percepção de Risco no Trânsito em Escolas Situadas nas
Áreas de Influência às Rodovias Federais sob Jurisdição do DNIT
GUIA PRÁTICO PARA O DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE
TRANSPORTES (DNIT)
Apresentação
Este manual foi elaborado com o objetivo de orientar você na implantação do Projeto
Percepção de Risco no Trânsito em Escolas Situadas nas Áreas de Influência às Rodovias
sob Jurisdição do DNIT – Projeto Escola.
Este projeto é desenvolvido pelo Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans) e foi
criado por meio da parceria entre a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Os resultados esperados são a conscientização e a efetiva mudança de comportamento
de crianças, pais, professores e comunidade, utilizando para isso, conceitos de
percepção de risco no trânsito participativos, sustentáveis e replicáveis. Por isso mesmo
sua participação é tão importante!
Neste manual você encontrará a contextualização do programa, o referencial teórico e
o método adotado, assim como também uma seleção de perguntas frequentes que
podem surgir no desenvolvimento do programa.
Este material poderá ser consultado constantemente, de forma a facilitar o seu trabalho.
Caso você tenha dúvidas, críticas ou sugestões, por favor, entre em contato através do
e-mail [email protected].
Bom trabalho!
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans).
Sumário
1. Conhecendo o Projeto .................................................................................................. 1
2. Método para Implantação do Projeto Percepção de Risco no Trânsito em EscolasSituadas nas Áreas de Influência às Rodovias Federais sob Jurisdição do DNIT .......... 9
1. Etapa I: Diagnóstico .................................................................................................. 9
Etapa I/ Fase 1 - Mapeamento dos Segmentos Críticos .......................................... 9
Etapa I/ Fase 2 – Pesquisa das Escolas nos Municípios ......................................... 13
Etapa I/ Fase 3 - Contato com a Escola .................................................................. 14
Etapa I/ Fase 4 - Reunião na Escola ........................................................................ 15
2. Etapa II: Planejamento ........................................................................................... 16
Etapa II/ Fase 1 - Preparação do lançamento do projeto ...................................... 17
Etapa II/ Fase 2 - Lançamento do Projeto .............................................................. 17
Etapa II/ Fase 3 – Curso de Formação de Professores ........................................... 18
3. Etapa III – Acompanhamento ................................................................................. 25
4. Etapa IV – Sistema de Avaliação ............................................................................ 26
3. Cronograma ................................................................................................................ 27
4. Atribuições do Projeto ................................................................................................ 29
5. Considerações Finais ................................................................................................... 31
Perguntas Frequentes ..................................................................................................... 32
Referências ...................................................................................................................... 36
APÊNDICE A – Questionário de Avaliação Parte I – Pré-teste e Parte II – Pós-teste – Anos Iniciais (1º ao 5º ano).............................................................................................. 38
APÊNDICE B – Questionário de Avaliação Parte I – Pré teste e Parte II – Pós-teste – Anos Finais (6º ao 9º ano) ............................................................................................... 47
APÊNDICE C – Termo de Adesão ..................................................................................... 56
APÊNDICE D – Ficha Cadastral ......................................................................................... 57
APÊNDICE E – Guia de Aplicação do Questionário – Anos Iniciais (1º ao 5º ano) .......... 58
APÊNDICE F – Guia de Aplicação do Questionário – Anos Finais (6º ao 9ºano) ............. 65
Manual de Implantação Projeto Percepção de Risco no Trânsito
Objeto 4 – Educação no Trânsito 1
1.Conhecendo o Projeto
As melhores estratégias para alcançar o êxito na mitigação dos riscos associados ao
comportamento do homem no ambiente viário estão ligadas aos novos enfoques da
educação para o trânsito, incluindo-a na Educação Infantil e no Ensino Fundamental em
que, mais recentemente, as ações que objetivam a redução dos riscos estão se tornando
mais abrangentes e integradoras no currículo escolar.
Este novo enfoque é abordado no Projeto Percepção de Risco no Trânsito em Escolas
Situadas nas Áreas de Influência às Rodovias Federais sob Jurisdição do DNIT, realizado
através da cooperação entre a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
O projeto propõe a conscientização e mudanças no comportamento, propiciando uma
tomada de consciência para a humanização do tráfego, abordando a segurança viária
em um contexto social mais amplo, valorizando os aspectos éticos e de solidariedade
humana, com a inserção desses temas de maneira transversal em escolas situadas às
áreas de abrangência às rodovias federais, prioritariamente em municípios onde
existem segmentos críticos identificados.
O objetivo é a busca da conscientização e mudança de comportamento da comunidade
lindeira ou próxima às rodovias, pois o elemento humano é o foco estratégico das ações
do sistema trânsito, considerando seu múltiplo papel como pedestre, condutor e
passageiro
O Mapa da Violência, sobre Acidentes de Trânsito e Motocicletas, lançado em 2013 pelo
Centro Brasileiro de Estudos Latino Americanos, mostra que 43.256 mortes foram
registradas pelo Ministério da Saúde em 2011, e um número estimado de 419 mil
acidentes com vítimas ocasionaram diversos tipos de lesões em 580 mil pessoas só
naquele ano.
Segundo a ONG Criança Segura, os acidentes no trânsito foram a principal causa de
mortes entre crianças de zero até 14 anos, nos anos de 2008 a 2014, conforme mostra
a Tabela 1.
Manual de Implantação Projeto Percepção de Risco no Trânsito
Objeto 4 – Educação no Trânsito 2
Tabela 1 - Números de mortes por tipo de acidente nos anos de 2008 a 2014
Fonte: Criança Segura (2015)
Tipo de acidente Faixa etária 2.008 2.009 2.010 2.011 2.012 2.013 2.014
Total 1.971 1.937 1.895 1.793 1.862 1.755 1.654
Menor de 1 ano 103 110 121 126 107 118 104
2 a 4 anos 409 408 436 392 399 369 361
5 a 9 anos 657 606 559 527 532 514 501
10 a 14 anos 802 813 779 748 824 754 688
Total 1.360 1.376 1.184 1.115 1.161 1.107 1.045
Menor de 1 ano 32 34 25 23 31 30 26
2 a 4 anos 495 486 404 422 418 406 401
5 a 9 anos 369 360 303 263 279 276 247
10 a 14 anos 464 496 452 407 433 395 371
Total 754 761 729 735 756 825 785
Menor de 1 ano 569 564 529 542 578 606 606
2 a 4 anos 109 112 105 115 102 131 103
5 a 9 anos 46 53 48 44 38 38 34
10 a 14 anos 30 32 47 34 38 50 42
Total 94 86 77 71 83 64 93
Menor de 1 ano 13 9 5 4 11 3 5
2 a 4 anos 46 34 35 40 36 32 39
5 a 9 anos 18 24 23 14 21 18 25
10 a 14 anos 17 19 14 13 15 11 24
Total 313 293 313 311 297 291 268
Menor de 1 ano 37 30 24 28 22 27 21
2 a 4 anos 145 110 119 113 125 115 100
5 a 9 anos 65 73 93 81 73 80 62
10 a 14 anos 66 80 77 89 77 69 85
Total 36 25 30 20 21 28 29
Menor de 1 ano 0 1 0 1 0 1 1
2 a 4 anos 2 0 3 1 1 2 4
5 a 9 anos 13 11 16 7 4 7 7
10 a 14 anos 21 13 11 11 16 18 17
Total 255 225 213 221 220 211 191
Menor de 1 ano 42 35 38 43 53 46 39
2 a 4 anos 73 76 65 58 68 67 63
5 a 9 anos 71 52 50 62 50 43 40
10 a 14 anos 69 62 60 58 49 55 49
Total 323 289 340 461 285 297 251
Menor de 1 ano 25 27 33 42 23 28 24
2 a 4 anos 98 101 113 119 85 113 87
5 a 9 anos 100 92 91 146 86 70 69
10 a 14 anos 100 69 103 154 91 86 71
Total 5.106 4.992 4.781 4.727 4.685 4.578 4.316
Menor de 1 ano 821 810 775 809 825 859 826
2 a 4 anos 1.377 1.327 1.280 1.260 1.234 1.235 1.158
5 a 9 anos 1.339 1.271 1.183 1.144 1.083 1.046 985
10 a 14 anos 1.569 1.584 1.543 1.514 1.543 1.438 1.347
Quedas
Outros
Total
Trânsito
Afogamento
Sufocação
Intoxicações
Queimaduras
Armas de fogo
Manual de Implantação Projeto Percepção de Risco no Trânsito
Objeto 4 – Educação no Trânsito 3
De acordo com a Tabela 1, os dados de acidentes com mortes em crianças de zero até
14 anos, a partir do ano de 2008 até 2014, mostram que os acidentes de trânsito têm
sido a primeira causa de morte, seguida de afogamento, sufocação, intoxicação,
queimaduras, armas de fogo, quedas e outros.
No ano de 2014, por exemplo, no total de 1.654 mortes que ocorreram no trânsito, 104
foram de crianças menores de 1 ano de idade, 361 mortes foram de crianças com idade
entre 2 a 4 anos, 501 foram de crianças com idade entre 5 a 9 anos, e 688 mortes foram
de crianças com idade entre 10 a 14 anos de idade.
De modo geral, os dados da Tabela 1 demonstram que os acidentes de trânsito são
responsáveis por milhares de mortes todos os anos no Brasil, sendo um número
significativo deles crianças. Isso impacta diretamente em custos altos para o País,
chegando a bilhões de reais por ano.
Quanto às hospitalizações, os dados estão ilustrados na Tabela 2.
Manual de Implantação Projeto Percepção de Risco no Trânsito
Objeto 4 – Educação no Trânsito 4
Tabela 2 - Número de hospitalizações por número de acidentes nos anos de 2008 a 2015
Fonte: Criança Segura (2016)
Tipo de
acidenteFaixa etária 2.008 2.009 2.010 2.011 2.012 2.013 2.014 2.015
Total 10.874 13.985 14.936 14.729 14.720 14.977 14.150 12.979
Menor de 1 ano 396 471 483 469 487 528 467 421
2 a 4 anos 1672 2364 2427 2368 2324 2.510 2.350 2.071
5 a 9 anos 3986 5144 5404 5152 5178 5.018 4.651 4.284
10 a 14 anos 4820 6006 6622 6740 6731 6.921 6.682 6.203
Total 374 231 260 293 254 157 200 200
Menor de 1 ano 21 4 15 11 7 6 8 7
2 a 4 anos 86 71 90 84 79 70 92 86
5 a 9 anos 132 84 75 100 86 31 51 54
10 a 14 anos 135 72 80 98 82 50 49 53
Total 504 634 613 720 625 447 488 500
Menor de 1 ano 48 80 107 103 88 59 67 67
2 a 4 anos 204 281 257 271 261 190 220 266
5 a 9 anos 145 148 134 172 147 110 95 119
10 a 14 anos 107 125 115 174 129 88 106 48
Total 3.963 4.155 4.392 3.995 3.636 3.425 3.349 3.182
Menor de 1 ano 171 160 160 175 133 150 158 112
2 a 4 anos 1.170 1.223 1.306 1.201 1.176 1.065 1.068 1.055
5 a 9 anos 1.253 1.250 1.337 1.178 1.050 1.020 1.037 951
10 a 14 anos 1.369 1.522 1.589 1.441 1.277 1.190 1.086 1.064
Total 15.007 19.476 21.472 20.178 20.187 19.564 19.970 20.573
Menor de 1 ano 733 872 925 934 890 1.029 930 964
2 a 4 anos 4.374 5.378 6.084 5.718 5.513 5.411 5.577 5.730
5 a 9 anos 5.142 6.877 7.364 6.794 6.727 6.435 6.327 6.637
10 a 14 anos 4.758 6.349 7.099 6.732 7.057 6.689 7.136 7.242
Total 271 145 166 82 149 154 148 127
Menor de 1 ano 21 12 7 8 14 8 8 12
2 a 4 anos 56 8 20 7 15 24 18 13
5 a 9 anos 70 19 29 24 16 26 22 13
10 a 14 anos 124 106 110 43 104 96 100 89
Total 58.581 57.705 62.766 61.110 59.451 57.404 58.081 57.089
Menor de 1 ano 2.237 2.151 2.362 2.500 2.606 2.605 2.691 2.703
2 a 4 anos 10.401 10.681 11.805 11.413 11.314 10.972 11.333 11.492
5 a 9 anos 23.310 22.855 23.900 23.094 21.971 21.222 21.421 21.462
10 a 14 anos 22.633 22.018 24.699 24.103 23.560 22.605 22.636 21.432
Total 19.938 22.966 22.697 23.463 23.609 24.369 26.204 23.030
Menor de 1 ano 831 926 889 961 986 901 1.050 1.020
2 a 4 anos 4.247 5.374 5.658 5.591 5.955 6.084 6.754 6.208
5 a 9 anos 7.285 8.178 7.986 8.221 8.179 8.301 8.951 7.782
10 a 14 anos 7.575 8.488 8.164 8.690 8.489 9.083 9.449 8.020
Total 109.512 119.297 127.302 124.570 122.631 120.497 122.590 117.680
Menor de 1 ano 4.458 4.676 4.948 5.161 5.211 5.286 5.379 5.306
2 a 4 anos 22.210 25.380 27.647 26.653 26.637 26.326 27.412 26.921
5 a 9 anos 41.323 44.555 46.229 44.735 43.354 42.163 42.555 41.302
10 a 14 anos 41.521 44.686 48.478 48.021 47.429 46.722 47.244 44.151
Quedas
Outros
Total
Trânsito
Afogamento
Sufocação
Intoxicações
Queimaduras
Armas de fogo
Manual de Implantação Projeto Percepção de Risco no Trânsito
Objeto 4 – Educação no Trânsito 5
De acordo com a Tabela 2, os dados de hospitalizações mostram que de 2008 até 2015,
os acidentes com trânsito têm sido também a causa líder, seguida de afogamento,
sufocação, intoxicação, queimaduras, armas de fogo, quedas e outros.
No ano de 2015, por exemplo, foram hospitalizadas 421 crianças menores de 1 ano de
idade, 2.071 crianças de 2 a 4 anos de idade, 4.284 crianças na idade de 5 a 9 anos e
6.203 crianças de 10 a 14 anos, totalizando 12.979 crianças hospitalizadas por acidentes
de trânsito.
A Educação, junto com a Fiscalização e a Engenharia de Tráfego formam os três “Es”
que, por sua vez, constituem os elementos básicos que devem ser considerados ao se
analisar o funcionamento do sistema de trânsito. Igualmente importante se faz
considerar a questão da legislação com leis que buscam coibir os comportamentos
inadequados no trânsito, como também a implantação deste projeto nas
Superintendências do DNIT.
A principal saída para a problemática dos acidentes é a prevenção, que parece ser um
problema de educação e um grande desafio para a sociedade, já que o ser humano traz
no seu desenvolvimento ações de risco, como o erro e a violação às normas exigidas
pela sociedade. Mais especificamente as crianças têm uma relação muito extensa e
intensa com acidentes, pois são curiosas por natureza e necessitam, desde o seu
nascimento, de proteção e acompanhamento para o desenvolvimento da sua
autonomia que envolve diversos processos e habilidades motoras, cognitivas e
sensoriais. Com o passar do tempo, enquanto esse processo não está completo, a
criança fica vulnerável a uma série de perigos, inclusive no próprio ambiente familiar, o
que exige cuidados especiais e atenção vigilante. Na escola também não é diferente,
principalmente porque a criança está exposta aos perigos do trajeto percorrido entre
casa/escola e escola/casa.
Esse contexto aponta que a prevenção e a educação devem caminhar juntas, e esse
parece ser o meio para o exercício de um comportamento adequado no trânsito, visto
que as crianças incorporam os conceitos apreendidos e disseminam novos conceitos ao
confrontar com as atitudes dos adultos.
Visando proporcionar e fortalecer a união da educação com a prevenção, o Projeto
Percepção de Risco no Trânsito em Escolas Situadas nas Áreas de Influência às Rodovias
Federais sob Jurisdição do DNIT, desenvolvido pelo Laboratório de Transportes e
Logística (LabTrans), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e pelo
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), objetiva, de forma
geral, realizar estudos, projetos e pesquisas para a redução das causas por acidentes de
trânsito. Como objetivos específicos, o referido projeto busca sensibilizar e orientar a
população sobre a necessidade de adoção de medidas preventivas, visando à redução
de acidentes de trânsito e, ainda, desenvolver a conscientização e a mudança de
Manual de Implantação Projeto Percepção de Risco no Trânsito
Objeto 4 – Educação no Trânsito 6
comportamento das comunidades instaladas em áreas de influências das rodovias
federais brasileiras.
Desenvolvido inicialmente em 2007, para quatro escolas públicas de quatro municípios,
o projeto piloto foi implantado no Estado de Santa Catarina contemplando o Grupo
Escolar Guilherme Wiethorn Filho, situado no km 212 da rodovia BR-101, no município
de Palhoça; a Escola Básica Municipal Nemésia Margarida, situada no km 62 da BR-470,
em Blumenau; a Escola Estadual Básica Alvino Tribess, situada no km 61 da BR-280 de
Jaraguá do Sul e a Escola Estadual Básica Professora Maria Salete Cazzamali, localizada
no km 139 da BR-116, em Santa Cecília.
O projeto foi lançado em novembro de 2006 no auditório do DNIT, em Santa Catarina,
com a presença dos diretores das escolas públicas contempladas. Em fevereiro de 2007,
foi realizada a capacitação dos professores e monitores, e em março teve início a
aplicação do projeto em sala de aula, com atuação diária de monitores nas escolas, por
um período de 20 horas semanais, para verificar o desenvolvimento do projeto e enviar
relatórios ao DNIT sobre o seu desenvolvimento.
A metodologia adotada pelo projeto utiliza-se da transversalidade que, de acordo com
os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), objetiva trabalhar questões importantes e
urgentes da vida cotidiana, de forma que perpassem as diferentes áreas de
conhecimento estudadas na escola, isto é, sejam estudadas de maneira transversal. O
conceito de transversalidade, segundo os PCNs (BRASIL, 1998, p. 30) “diz respeito à
possibilidade de se estabelecer, na prática educativa, uma relação entre aprender na
realidade e da realidade de conhecimentos teoricamente sistematizados (aprender
sobre a realidade) e as questões da vida real (aprender na realidade e da realidade)”.
Com isso, nas escolas em que o projeto piloto foi implantado, na disciplina de
matemática, os professores utilizaram a temática do trânsito para solucionar problemas
ou mostrar equações; em português, os alunos aprenderam sobre gramática, textos e
redações utilizando o tema trânsito; assim como em ciências os professores abordaram
quais os efeitos do álcool no organismo; em história os estudos foram sobre os acidentes
que envolveram o bairro, o que possibilitou relacionar com a geografia do bairro nas
aulas de geografia. Enfim, em todas as disciplinas os alunos aprenderam o trânsito
transversalmente.
É importante ressaltar que por meio da transversalidade os professores não necessitam
ministrar o conteúdo sobre o trânsito separadamente de suas disciplinas. Como a escola
recebe uma coleção com materiais educativos sobre o trânsito, os professores podem
diversificar bastante suas aulas, de maneira que os alunos fiquem motivados com a
novidade.
O material educativo utilizado pelo projeto, composto pelo livro do professor e pelo livro
do aluno, possibilita uma grande participação dos alunos nas atividades. Tal material,
traz as temáticas definidas nas Diretrizes Nacionais do Departamento Nacional de
Manual de Implantação Projeto Percepção de Risco no Trânsito
Objeto 4 – Educação no Trânsito 7
Trânsito (Denatran) para os anos iniciais e os anos finais do Ensino Fundamental. Para
os anos iniciais (1º ao 5º ano) os conteúdos dizem respeito as seguintes temáticas: os
lugares, a cidade, e o direito de ir e vir. Já os conteúdos dos anos finais (6º ao 9º ano)
apresentam as temáticas: as linguagens do trânsito, segurança no Trânsito e convivência
social no trânsito.
Complementando a metodologia do projeto, está previsto que os alunos dos anos
iniciais (1º ao 5º ano) e dos anos finais (6º ao 9º ano) do Ensino Fundamental,
respondam dois questionários cada, elaborados de acordo com a faixa etária de cada
grupo, bem como com os conteúdos sugeridos pelas Diretrizes Nacionais para a
Educação no Trânsito do Denatran para os anos iniciais e para os anos finais do Ensino
Fundamental. Para ambos os grupos, um questionário será respondido antes do projeto
ser iniciado, nomeado como questionário – pré-teste, que visa verificar o conhecimento
que os alunos possuem sobre a temática trânsito antes de receberem qualquer
influência advinda dos conhecimentos adquiridos pelo projeto. Após o desenvolvimento
de todos os temas do trânsito apresentados no material educativo sobre o trânsito, o
segundo questionário, intitulado– pós-teste, que contém o mesmo conteúdo do
primeiro, deverá ser aplicado aos alunos dos dois grupos. Nesse momento, a intenção é
verificar a aprendizagem dos conteúdos. Ao final desse processo, deverá ser realizada
uma análise comparativa dos questionários, visando verificar se ocorreu ou não uma
evolução do aprendizado sobre o trânsito nas escolas participantes do projeto. Os
questionários de avaliação Parte I – Pré-teste e Parte II – Pós-teste dos anos iniciais e
dos anos finais do Ensino Fundamental, encontram-se, respectivamente, disponíveis
para consulta no Apêndice A e no Apêndice B.
Ao fim do ciclo de implantação do projeto, é recomendável a realização do
encerramento deste ciclo com a equipe local/regional do DNIT e a escola, promovendo
a avaliação sobre as atividades realizadas e pensando em ações de continuidade. Nesse
encontro também acontece a apresentação da Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes de Trânsito (CIPAT), que é criada durante o desenvolvimento do projeto, para
dar continuidade às atividades de trânsito nas escolas.
No entanto, para um efetivo controle dos assuntos gerados pelas escolas aderentes ao
projeto, quando disponibilizados por meio de mídias sociais, como páginas no Facebook,
será implementada uma solução gerenciadora desses conteúdos relevantes, ferramenta
denominada Observatório. Tal aplicativo deverá permitir o controle e a disponibilização
massiva de informações para os demais interessados no projeto.
Quando de sua automatização, o Observatório deverá listar os posts com mais curtidas
nos perfis individuais das escolas, gerando um ranking. Tais atividades serão
consideradas mais relevantes e poderão ser repassadas para os demais fomentadores,
gerando um compartilhamento efetivo do conhecimento entre as escolas participantes
do projeto.
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Objeto 4 – Educação no Trânsito 8
Dessa maneira, os perfis das escolas poderão comentar, compartilhar e curtir as
publicações via Observatório e, assim, aferir o potencial indutor de determinada prática
para as demais instituições. Com isso, poderão ser determinadas as práticas mais
populares, e, assim, elas poderão fazer parte de forma oficial do projeto.
Além disso, as escolas poderão acessar a listagem de todas as outras escolas cadastradas
e verificar seus perfis por meio do Observatório, gerando uma rede social segmentada
pelos objetivos comuns dentro do Facebook. O sistema deverá possuir ferramentas
como listagem, de maneira que seja possível a aplicação de filtros por regiões, cidades,
temas tratados, etc., o que permitirá uma maior interação dos usuários com a
ferramenta agregadora.
O projeto Percepção de Risco no Trânsito em Escolas Situadas nas Áreas de Influência às
Rodovias Federais sob Jurisdição do DNIT, a curto prazo, tem relação com a diminuição
de acidentes nas rodovias federais, por exemplo, pois verifica-se que as crianças estão
influenciando seus pais e famílias a terem um comportamento mais adequado no
trânsito. A longo prazo, trata-se de um projeto de conscientização das crianças que
serão os futuros condutores ou pedestres e futuros cidadãos do País.
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Objeto 4 – Educação no Trânsito 9
2.Método para Implantação do Projeto Percepção de Risco no Trânsito em Escolas Situadas nas Áreas de Influência às Rodovias Federais sob Jurisdição do DNIT
1.Etapa I: Diagnóstico
Responsabilidade: DNIT
Apoio: LabTrans/UFSC
A Etapa I refere-se ao diagnóstico, que são os aspectos, as características e as relações
que compõem um todo, que seria o conhecimento do fenômeno, utilizando para isso
processos de observações ou de avaliações, sendo que, em seguida, procede-se às
interpretações. Pode-se afirmar que é um processo no qual se analisa uma situação que
apresenta dificuldades dentro de um contexto.
Nesta etapa estão incluídas quatro fases:
Fase 1- Mapeamento dos segmentos críticos.
Fase 2 - Pesquisa nas escolas dos municípios.
Fase 3 - Contato com as escolas.
Fase 4 - Reunião nas escolas.
Etapa I/ Fase 1 - Mapeamento dos Segmentos Críticos
Responsabilidade: DNIT
Detalhamento: Nesta fase deverão ser identificados os segmentos considerados
críticos, no que tange à segurança viária, dentro da área a qual se pretende implantar o
projeto, podendo esta ser constituída por um trecho de rodovia, um município, um
Estado ou até mesmo todo o País.
O cálculo de identificação de segmentos críticos segue o método homologado pelo
Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans/UFSC), junto ao Departamento
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Objeto 4 – Educação no Trânsito 10
Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Todos os métodos de cálculo podem
ser consultados nos produtos desenvolvidos pelo LabTrans/UFSC, os quais estão
disponíveis no seguinte endereço eletrônico: <http://servicos.dnit.gov.br/sior>.
Além do desenvolvimento do método, o LabTrans/UFSC criou um Sistema Integrado de
Operações Rodoviárias (SIOR), que objetiva ser uma ferramenta auxiliar no
gerenciamento e consulta aos dados de tráfego do País, tais como volumes e acidentes.
Dentro desse sistema existe uma consulta específica sobre a identificação de segmentos
críticos, que nada mais é do que consultas simples aos resultados de aplicação do
método homologado.
A consulta aos segmentos críticos para área de interesse poderá ser feita no SIOR após
solicitação de acesso ao sistema. A solicitação pode ser realizada no endereço
<http://servicos.dnit.gov.br/sior/Account/SolicitacaoAcesso>.
Na confirmação da sua solicitação de acesso você receberá seu nome de usuário e
senha, os quais permitirão seu acesso ao sistema, como demonstra a Figura 1.
Figura 1 - Tela de acesso ao SIOR
Fonte: LabTrans/UFSC (2017)
Uma vez cadastrado no SIOR, você deverá direcionar-se ao menu Segurança>Segmento
Crítico> como mostra a Figura 2.
Ao entrar na consulta, será possível encontrar diversos filtros que balizam os resultados
e que deverão ser selecionados conforme necessidade de análise. Isto é, se você
pretende implantar o projeto em seu Estado, você poderá selecionar o filtro “UF
Específico”, contendo todos os municípios e todas as rodovias federais desse Estado na
amostra de dados a serem consultados. Após a seleção dos filtros, você deverá clicar no
botão “Consultar”, e na sequência serão listados todos os segmentos críticos
identificados nessa amostra.
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Objeto 4 – Educação no Trânsito 11
Figura 2 - Menu de consulta aos segmentos críticos – SIOR
Fonte: LabTrans/UFSC (2017)
A Figura 3 apresenta, por exemplo, uma consulta aos segmentos críticos do Acre, em
todos os municípios do Estado. Todos os resultados gerados pelo sistema podem ser
exportados em diversos formatos (Word, .XLS, .PDF, CSV), como mostra a seta em
destaque na Figura 3.
Figura 3 - Tela de apresentação dos resultados de identificação de segmentos críticos – SIOR
Fonte: LabTrans/UFSC (2017)
Se na amostra selecionada não forem identificados segmentos críticos, você poderá
consultar informações sobre a distribuição dos acidentes e suas gravidades ao longo das
rodovias federais do País por meio da consulta ao menu Segurança>Acidente de
Trânsito>Acidente Detalhado, como ilustra a Figura 4.
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Objeto 4 – Educação no Trânsito 12
Figura 4 - Consulta aos acidentes – SIOR
Fonte: LabTrans/UFSC (2017)
Da mesma forma como na consulta de segmentos críticos, essa consulta possui filtros
que delimitam a amostra a ser analisada, assim como os resultados que serão listados.
No exemplo da Figura 5 foram consultados todos os acidentes ocorridos em 2014, em
Minas Gerais, na BR-040, do km 0,0 ao km 100,0. Após gerar a consulta, é possível
selecionar a coluna de interesse (neste caso, “número de Mortos”), arrastar até o
quadro destacado na Figura 5 e todos os acidentes serão listados priorizando as
localidades com maior número de mortes.
Figura 5 - Utilizando filtros na consulta aos acidentes – SIOR
Fonte: LabTrans/UFSC (2017)
Quaisquer dúvidas sobre como realizar a consulta, nomenclaturas ou quais filtros
selecionar, você poderá direcionar-se ao menu “Manual” que está disponível dentro do
próprio sistema ou, então, entre em contato com a administração do sistema, por meio
do menu “Contato”, como mostra a Figura 6.
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Objeto 4 – Educação no Trânsito 13
Figura 6 - Consulta ao manual do SIOR e contato
Fonte: LabTrans/UFSC (2017)
Etapa I/ Fase 2 – Pesquisa das Escolas nos Municípios
Responsabilidade: DNIT
Recomendação: A equipe de educação do DNIT, responsável pela implantação do
projeto pode solicitar auxílio para os Engenheiros das unidades locais ligadas à
Superintendência do DNIT, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria de Educação dos
Municípios ou Secretaria de Educação do Estado.
A equipe responsável pela implantação pode mapear as escolas a partir do cadastro
geral de escolas, sistema organizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (INEP), em 2013. Trata-se de um banco de dados da
Educação Básica, disponível para consulta no endereço eletrônico:
<https://www.dropbox.com/s/znl2jt0uwdyw8b8/CAD_ESC_MAT_DOC_TURMA_2013
%20-%20GEO.xlsx?dl=0>.
Foi a partir desses dados do INEP, que a equipe de educação do LabTrans/UFSC definiu,
em princípio, o âmbito de atuação do projeto que, por sua vez, foi delimitado pela
proximidade das escolas em até 2 km das rodovias federais sob jurisdição do DNIT.
A distância limítrofe foi determinada com objetivo de selecionar as escolas cujos alunos
apresentam maior susceptibilidade de cruzar rodovias federais no trajeto não
motorizado à escola, tendo em vista a tendência de disponibilização de transporte
escolar no entorno mais afastado da escola, aliado ao fato dos alunos serem
matriculados, preferencialmente, em escolas básicas nas proximidades da residência.
Devido a maior influência das rodovias federais nas escolas localizadas mais próximas às
rodovias, quatro níveis de risco foram estabelecidos com base na distância entre a
escola e a rodovia, a fim de proporcionar uma priorização na esfera de atuação do
projeto.
Zona 1: escolas localizadas entre 0 e 100 m de rodovias federais;
Zona 2: escolas localizadas entre 100 a 500 m de rodovias federais;
Zona 3: escolas localizadas entre 500 a 1.000 m de rodovias federais;
Zona 4: escolas localizadas entre 1.000 a 2.000 m de rodovias federais.
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Objeto 4 – Educação no Trânsito 14
A delimitação das zonas geraram anéis de influência que permitiram a classificação das
escolas conforme a sua localização. Por meio da Figura 7 é possível visualizar os quatro
anéis de contorno definidos utilizados para a triagem das escolas.
Figura 7 - Anéis de influência
Fonte: LabTrans/UFSC (2014)
A definição das regiões tem por objetivo auxiliar na priorização da atuação do projeto,
variando das zonas que apresentam maior risco devido à susceptibilidade de
cruzamento das rodovias pelos alunos (escolas distantes até 500 m de rodovias federais)
e de menor suscetibilidade (escolas distantes entre 500 e 2.000 m de rodovias federais).
Etapa I/ Fase 3 - Contato com a Escola
Responsabilidade: DNIT
Detalhamento: Entrar em contato pelo telefone com o(a) diretor(a) da escola para
marcar uma reunião com o DNIT, a fim de verificar o interesse na participação no
projeto. É necessário que a escola tenha turmas de Ensino Fundamental.
Agendar a data da reunião na escola.
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Objeto 4 – Educação no Trânsito 15
Etapa I/ Fase 4 - Reunião na Escola
Responsabilidade: DNIT
Detalhamento: Apresentar a proposta do DNIT em desenvolver um projeto de
Percepção de Risco no Trânsito em Escolas Situadas nas Áreas de Influência às Rodovias
Federais sob Jurisdição do DNIT, com o objetivo de ser uma ferramenta de contribuição
para conscientização e efetiva mudança de comportamento de crianças, pais,
professores e comunidade quanto à percepção de risco no trânsito.
O projeto também intenciona mudar normas sociais e estilos de vida, propiciando uma
tomada de consciência para um tráfego mais calmo, abordando a segurança viária em
um contexto social mais amplo, valorizando os aspectos éticos e de solidariedade
humana, com a inserção desses temas de maneira interdisciplinar em escolas situadas
nas áreas de influência às rodovias federais, prioritariamente em municípios onde
existem segmentos críticos identificados. O objeto final de tal projeto é que as crianças
se tornem cidadãos realmente preocupados e conscientizados com a segurança e com
a coletividade.
Apresentar a metodologia que sustenta o projeto, mostrar quais serão as
responsabilidades da escola e quais serão as responsabilidades do DNIT no processo de
implantação e consolidação do projeto.
Relatar que além do material educativo que será doado para a escola, o DNIT irá
acompanhar em parceria com a escola o planejamento, o desenvolvimento e a avaliação
do projeto durante o primeiro ano visando consolidar sua implantação, e nos anos
seguintes através do acompanhamento das ações em desenvolvimento de forma a
consolidar o Projeto como um projeto permanente de educação para o trânsito na
escola.
Comentar que o conteúdo do trânsito não deverá ser ministrado separadamente dos
outros conteúdos curriculares, visto que sua proposta é ministrá-lo transversalmente
aos conteúdos das disciplinas.
Argumentar que os alunos continuarão tendo aula normal, poiso projeto não vai
interferir no conteúdo curricular, no cronograma das atividades da escola, nem nas
horas-aula trabalhadas pelo professor, visto que sua proposta metodológica prevê o
ensino do trânsito fazendo relações com a disciplina. Em matemática, por exemplo,
trabalhar com resoluções dos problemas envolvendo trânsito; em português, com
produção de textos; em história e geografia sobre o trânsito local; em ciências,
mostrando a influência do álcool no organismo; em artes, desenhar placas de trânsito;
entre outros exemplos.
Discutir quanto ao monitoramento e desenvolvimento do projeto, bem como sua
divulgação com a utilização de ferramentas de comunicação que interagem com as
mídias sociais.
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Objeto 4 – Educação no Trânsito 16
A partir do aceite do diretor(a) em participar do projeto, é necessário que ele(ela)
preencha um Termo de Adesão e uma Ficha Cadastral, disponíveis para consulta,
respectivamente, no Apêndice C e no Apêndice D.
Cabe pontuar que a Ficha Cadastral contém os dados da escola como, por exemplo, a
localização da escola na rodovia, o quilômetro, a latitude e a longitude, como também
os dados administrativos e pedagógicos. Já o Termo de Adesão constitui-se no
compromisso assumido pela escola para dar continuidade ao projeto.
Na sequência, pode-se agendar a data e o local para o lançamento do projeto no
município, com a entrega do material educativo e o curso de formação de professores.
Realizada a reunião com o diretor(a) da escola, a próxima etapa é a preparação do
planejamento e da implantação do projeto.
2.Etapa II: Planejamento
Responsabilidade: DNIT e Escola
Apoio: LabTrans/UFSC
A Etapa II refere-se ao planejamento e a implantação do projeto. O planejamento
consiste em um processo contínuo e dinâmico constituído por um conjunto de ações
intencionais, integradas, coordenadas e orientadas para tornar realidade um objetivo
futuro, de forma a possibilitar a tomada de decisões antecipadamente.
Essas ações devem ser identificadas de modo a permitir que elas sejam executadas de
forma adequada e considerando aspectos como o prazo, custos, qualidade, segurança,
desempenho e outras condicionantes.
Um planejamento bem realizado oferece inúmeras vantagens ao projeto, pois permite
controle apropriado das tarefas e possibilita resolução antecipada de problemas e
conflitos, além de propiciar um grau mais elevado de acertos nas tomadas de decisão,
como também prevenir o indesejável.
O tempo dedicado ao planejamento é vital para evitar problemas na execução do
projeto, pois dessa forma é possível minimizar a necessidade de revisões durante sua
execução.
O planejamento do projeto consiste em três fases:
Fase 1 – Preparação do lançamento do projeto.
Fase 2 – Lançamento do projeto.
Fase 3 – Curso de formação de professores.
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Objeto 4 – Educação no Trânsito 17
Etapa II/ Fase 1 - Preparação do lançamento do projeto
Responsabilidade: DNIT e Escola
Detalhamento: Verificar data e local para o lançamento do projeto (pode ser na escola,
no DNIT ou em outro local).
Convidar as seguintes instituições e autoridades:
Imprensa (rádio, TV e jornal) – é muito importante a presença da imprensa no
lançamento do projeto, pois irá retratar que o DNIT está implantando um
projeto de trânsito nas escolas para crianças, mostrando a preocupação do
órgão com a sociedade. Enviar convites a imprensa por e-mail ou pessoalmente
ou, ainda, avisar por telefone.
Prefeito do município – é muito importante a presença do prefeito do município
ou seu representante, pois o município foi selecionado para um projeto que visa
preservar a vida.
Secretário municipal de educação – é muito importante a presença do
Secretário do município ou seu representante, caso a escola seja municipal, pois
ela está recebendo um novo projeto que precisa ser do conhecimento do
Secretário.
Secretário estadual de educação – é muito importante a presença do Secretário
do Estado ou seu representante, caso a escola seja estadual, pois ela está
recebendo um novo projeto que precisa ser do conhecimento do Secretário.
Outros convidados.
Etapa II/ Fase 2 - Lançamento do Projeto
Responsabilidade: DNIT e Escola
Detalhamento: No dia do lançamento do projeto, os horários e tempo de duração do
evento ficarão a critério de cada Superintendência.
Sugere-se o lançamento do projeto em um período de 04 horas e a capacitação dos
professores em outro período de 04 horas, pois é necessário fazer a adequação do
lançamento do projeto com as atividades pedagógicas do calendário da escola. É
necessário levar para o lançamento, o material educativo de trânsito que será entregue
aos diretores das escolas.
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Objeto 4 – Educação no Trânsito 18
Sugerimos que o apresentador faça as saudações e boas-vindas e relate que o DNIT está
desenvolvendo um projeto para a diminuição dos impactos sociais e econômicos
causados pelos acidentes e mortes no trânsito, assim como para conscientização e
mudança de comportamento das crianças da escola (nome da escola).
Composição da mesa de abertura:
Superintendente ou representante do DNIT – é muito importante a presença do
Superintendente ou representante do DNIT, pois além de ser o órgão
responsável pelas rodovias federais, agora é responsável pelo projeto de
trânsito com crianças, que visa à conscientização e mudança do comportamento
no trânsito.
Prefeito ou seu representante.
Secretário de educação ou seu representante.
Diretor(a) da escola – O(a) diretor(a) deve estar presente na mesa de abertura,
pois é o(a) representante legal do projeto na parceria entre o DNIT e a escola.
Após a composição da mesa, ouve-se o hino nacional.
Após o hino nacional, o palestrante passa a palavra aos representantes da mesa.
Após as palavras dos representantes da mesa, o apresentador chama o representante
do DNIT para entregar o material educativo de trânsito ao(à) diretor(a) da escola.
Após a entrega do material, o apresentador chama o responsável pelo projeto no DNIT
para fazer a apresentação do projeto Percepção de Risco no Trânsito em Escolas
Situadas nas Áreas de Influência às Rodovias Federais sob Jurisdição do DNIT. Após a
apresentação do projeto, poderá haver um momento de integração entre os
participantes do DNIT e da escola e, após esse intervalo, inicia-se o curso de formação
de professores, que faz parte da Fase 3.
Etapa II/ Fase 3 – Curso de Formação de Professores
Responsabilidade: DNIT e Escola
Detalhamento: Recomenda-se uma sala climatizada, com tamanho adequado, em que
o palestrante possa criar um ambiente agradável entre todos os envolvidos no projeto.
No curso de formação de professores haverá um momento para a apresentação dos
profissionais do DNIT e outro para a apresentação dos professores da escola, com um
tempo médio de 05 minutos por grupo.
Após a apresentação dos participantes, as próximas etapas do curso de formação dos
professores são as seguintes:
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Objeto 4 – Educação no Trânsito 19
Palestra sobre trânsito.
Apresentação do material paradidático.
Explicação da metodologia socrática.
Apresentação do questionário de avaliação.
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trânsito.
Processo de comunicação do projeto
3.1 Palestra sobre trânsito
Após a apresentação de todos os envolvidos, recomendamos uma palestra com o tema
“O que é Trânsito?”, pois os professores estarão iniciando um novo trabalho na escola
com este conteúdo e precisam ter conhecimento sobre o assunto. O palestrante pode
ser um representante de algum órgão do Sistema Nacional de Trânsito vinculado ao
CONTRAN, DENATRAN, DETRAN, CETRAN, PRF, DNIT, Órgãos Municipais ou Polícia
Militar. Pode ser também um professor de universidade que estuda o tema trânsito ou
organizações não governamentais; enfim, pessoas que têm interesse na temática
trânsito.
A palestra pode abordar o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), os órgãos que compõem
o Sistema Nacional de Trânsito (SNT), a fiscalização no trânsito, a responsabilidade do
DNIT no trânsito, a educação para o trânsito, os acidentes de trânsito da região, etc. Fica
a critério do palestrante quais os conteúdos que podem ser desenvolvidos na palestra.
O fundamental é mostrar na palestra a relação do trânsito com as crianças, assim como
que os professores compreendam este novo tema que estará sendo trabalhado no
ambiente escolar. Recomendamos também um tempo para que os participantes façam
os questionamentos e esclareçam suas dúvidas.
3.2 Material paradidático
Após a palestra, sugerimos a apresentação do material educativo de trânsito por um
representante do DNIT, ou do LabTrans/UFSC, ou, ainda, outros profissionais com
competência para apresentar o material.
O representante pode deixar o material exposto e os professores podem sair dos seus
lugares para conhecerem o material, isto é, o material do professor e dos alunos a serem
utilizados no desenvolvimento das aulas.
Ressalta-se que o material educativo sobre Percepção de Risco no Trânsito, pode ser
denominado como paradidático. Constituem-se como materiais paradidáticos, segundo
Menezes; Santos (2001), “livros e materiais que, sem serem propriamente didáticos, são
utilizados para este fim. [...] utilizam aspectos mais lúdicos que os didáticos [...] e
recebem esse nome porque são adotados de forma paralela aos materiais
convencionais, sem substituir os didáticos.
Ainda de acordo com Menezes; Santos (2001), a importância dos livros paradidáticos
nas escolas aumentou principalmente no final da década de 90, a partir da Lei de
Manual de Implantação Projeto Percepção de Risco no Trânsito
Objeto 4 – Educação no Trânsito 20
Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que estabeleceu os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs) e orientou para a abordagem de temas transversais relacionados ao
desenvolvimento da cidadania. Dessa forma, abriu-se espaço para o aumento da
produção de obras para serem utilizadas em sala de aula, abordando temas como Ética,
Pluralidade Cultural, Trabalho e Consumo, Saúde e Sexualidade, assim como Trânsito.
O material paradidático utilizado no projeto Percepção de Risco no Trânsito em Escolas
Situadas nas Áreas de Influência às Rodovias Federais sob Jurisdição do DNIT, seguirá as
Diretrizes Nacionais do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), para o tema
trânsito no Ensino Fundamental.
Além disso, na apresentação do material, explica-se sua metodologia, ou seja, a
metodologia Socrática, que prevê a utilização do desenvolvimento do conteúdo através
de perguntas ao aluno e debates na sala de aula, até que o aluno alcance a conclusão
do problema apresentado, conforme descrito no item a seguir.
3.3 Metodologia Socrática
O projeto Percepção de Risco no Trânsito em Escolas Situadas nas Áreas de Influência às
Rodovias Federais sob Jurisdição do DNIT, tem a sua metodologia denominada de
Socrática, pois Sócrates valorizava sobretudo o debate e o ensinamento oral.
Como Sócrates não deixou nada escrito, é através da visão de Platão sobre a filosofia de
Sócrates e não do pensamento original do próprio filósofo, que conhecemos as suas
ideias.
Segundo Marcondes (2001), a filosofia de Sócrates pode ser caracterizada como um
método de análise conceitual, ilustrado pela célebre questão socrática “o que é…?”,
através da qual se busca a definição de uma determinada coisa, geralmente uma virtude
ou qualidade moral.
A discussão parte da necessidade de se entender melhor alguma coisa, através da
tentativa de se encontrar uma definição satisfatória. Nos diálogos, a definição inicial
dada reflete sempre a visão corrente, o entendimento comum que temos sobre o tema
em questão.
O método Socrático envolve, portanto, um questionamento do senso comum, das
crenças e opiniões que temos, consideradas vagas, imprecisas, derivadas da nossa
experiência e, portanto, parciais, incompletas.
É exatamente nesse sentido que a reflexão filosófica vai mostrar que, com frequência,
não sabemos de fato aquilo que, a princípio, pensamos saber. Temos, quando muito,
um entendimento prático, intuitivo, imediato, que, contudo, se revela inadequado no
momento em que deve ser tornado explícito.
O método Socrático revela a fragilidade desse entendimento e aponta para a
necessidade e a possibilidade de aperfeiçoá-lo através da reflexão. Ou seja, partindo de
um entendimento já existente, ir além dele em busca de algo mais perfeito e completo.
Manual de Implantação Projeto Percepção de Risco no Trânsito
Objeto 4 – Educação no Trânsito 21
Na concepção Socrática, essa melhor compreensão só pode ser resultado de um
processo de reflexão do próprio indivíduo, que descobrirá, a partir de sua experiência
pessoal, o sentido daquilo que busca. Não há substituto para esse processo de reflexão
individual. Portanto, Sócrates jamais responde às questões que formula, apenas indica
quando as respostas de seu interlocutor são insatisfatórias e por que o são.
A definição correta nunca é dada pelo próprio Sócrates, mas é através do diálogo e da
discussão que Sócrates fará com que seu interlocutor – ao cair em contradição, ao
hesitar quando parecia seguro – passe por todo um processo de revisão de suas crenças
e opiniões, transformando sua maneira de ver as coisas e chegando, por si mesmo, ao
verdadeiro e autêntico conhecimento.
Marcondes (2001), diz que a dialética socrática opera inicialmente através de um
questionamento das crenças habituais de um interlocutor, interrogando-o, provocando-
o a dar respostas e a explicar o conteúdo e o sentido dessas crenças.
Em seguida, frequentemente utilizando-se de ironia, problematiza essas crenças,
fazendo com que o interlocutor caia em contradição, perceba a insuficiência delas, sinta-
se perplexo e reconheça sua ignorância.
É este o sentido da célebre fórmula socrática: “Só sei que nada sei” – a ideia de que o
reconhecimento da ignorância é o princípio da sabedoria. Só então o indivíduo tem o
caminho aberto para encontrar o verdadeiro conhecimento afastando-se de domínio da
opinião.
O projeto Percepção de Risco no Trânsito em Escolas Situadas nas Áreas de Influência às
Rodovias Federais sob Jurisdição do DNIT, considera esta metodologia apropriada para
o conhecimento dos conteúdos do trânsito, pois os professores irão atuar como
facilitadores do processo de ensino aprendizagem, levando os alunos a refletirem sobre
o trânsito e buscando as suas próprias respostas, chegando a conclusão da importância
de sua segurança no trânsito. Por exemplo, através de um acidente ocorrido no bairro
da escola, o professor leva os alunos a refletirem sobre as condições do acidente e a
segurança do condutor e/ou do passageiro. Dessa maneira, após um debate, os alunos
chegarão as suas próprias conclusões.
3.4 Questionários de avaliação
O representante do DNIT, ou do LabTrans/UFSC, ou, ainda, outro profissional com
competência para desenvolver essa atividade, deverá mostrar os dois modelos de
questionários utilizados para verificar os conhecimentos que os alunos têm sobre o
trânsito e aqueles conhecimentos adquiridos ao fim do projeto. Tais questionários são
intitulados como questionário diagnóstico parte I – pré-teste e questionário somativo
parte II – pós-teste, e são idênticos, servindo como um comparativo entre a fase inicial,
quando as crianças não conheciam o tema trânsito, e a fase final, quando as crianças
aprenderam os temas que compõem o material educativo.
Manual de Implantação Projeto Percepção de Risco no Trânsito
Objeto 4 – Educação no Trânsito 22
As crianças poderão responder aos questionários individualmente, sendo que ele não
deverá ser tratado pelo professor como se fosse uma prova, mas sim como um
instrumento de verificação diagnóstica. Recomenda-se, ainda, que a aplicação do
questionário ocorra em um único momento.
Será apresentado ainda, durante a formação, o “Guia de Aplicação do Questionário”,
um específico para o questionário dos anos iniciais (1º ao 5º ano), disponível no
Apêndice E, e outro para o questionário dos anos finais (6º ao 9º ano), ilustrado no
Apêndice F. Ambos mostram algumas orientações gerais que deverão ser seguidas pelos
professores durante a aplicação do questionário.
Após a apresentação dos questionários, o representante do DNIT, ou do LabTrans/UFSC,
ou, ainda, outro profissional, deverá abordar sobre a Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes de Trânsito (CIPAT).
3.5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trânsito (CIPAT)
Recomendamos que a escola crie uma comissão com pessoas interessadas no trânsito
para buscar possíveis soluções de problemas locais, através da formação de um
conselho do tipo CIPAT, formado por professores, funcionários, alunos, pais e outros
convidados da comunidade, que se reunirá periodicamente para avaliar e discutir os
problemas relativos à segurança do trânsito que afetam a escola, as famílias e a
comunidade, e deverá realizar encaminhamentos para futuras soluções.
O representante do DNIT, ou do LabTrans/UFSC, ou, ainda, outro profissional, deverá
focar na construção da CIPAT como o órgão que dá sustentabilidade ao projeto, pois o
DNIT acompanhará o seu desenvolvimento durante um ano letivo. Após esse período, é
sugerido para a escola dar continuidade ao projeto.
Com a criação da CIPAT, que poderá elaborar até mesmo um estatuto de acordo com os
interesses e necessidades da sociedade local, estará garantida a parceria com a escola e
a durabilidade do projeto.
Esse grupo de pessoas que formará a CIPAT e que garantirá o repasse do
conhecimento e sustentabilidade do projeto nos anos subsequentes à sua
implantação, poderá desenvolver as seguintes atividades:
Realização do diagnóstico da situação atual dos problemas relativos ao trânsito
no ambiente escolar.
Sistematização das análises desses diagnósticos, priorizando as ações das quais
o grupo participará.
Monitoramento e avaliação dos resultados obtidos, por meio de reuniões
periódicas.
Encaminhamento das ações para publicação nas mídias sociais da escola.
Manual de Implantação Projeto Percepção de Risco no Trânsito
Objeto 4 – Educação no Trânsito 23
Encaminhamento de sugestões para a melhoria das condições do trânsito para
as instituições responsáveis.
Outros encaminhamentos relacionados ao trânsito.
A CIPAT formalizará o vínculo dos seus participantes na rede de educadores de trânsito,
com os professores, e na rede de multiplicadores mirins, com os alunos, e definirá os
níveis de envolvimento e comprometimento de cada participante. Dessa maneira,
estará ensinando a prática da cidadania e exercitando a responsabilidade e a autonomia.
O representante do DNIT ou do LabTrans/UFSC, ou, ainda, outro profissional, deve
salientar que a CIPAT será uma entidade independente, que formará relacionamentos e
vínculos espontâneos com diversos setores da comunidade, estando previstas parcerias
com entidades da comunidade científica, convênios com órgãos do setor público, bem
como apoio e patrocínio do setor privado.
Um exemplo do trabalho desenvolvido pela CIPAT, constituída no Projeto Piloto em
2007, na Escola Estadual Básica Alvino Tribess, localizada no município de Jaraguá do
Sul/SC, situada na BR-280, no km 61, foi o levantamento dos problemas de trânsito da
comunidade que, posteriormente, foi encaminhado para os órgãos responsáveis, como
a prefeitura, DEINFRA, DNIT ou outros órgãos da competência da resolução do
problema. Dessa maneira, na referida escola está sendo viabilizada a realização das
seguintes metas:
Policiamento nas proximidades da escola.
Redução dos canteiros e alargamento da rua.
Sinalização adequada nas ruas próximas à escola.
Lombada eletrônica que registre infrações em motocicletas.
Após as discussões sobre a CIPAT, é preciso falar sobre a ferramenta de comunicação
que vai divulgar o trabalho desenvolvido pela escola, por meio de uma rede social. Dessa
forma, pretende-se divulgar notícias, depoimentos e imagens sobre o município, a
escola, os alunos, os profissionais, bem como possibilitar a troca de informações entre
as escolas participantes do projeto.
3.6 Processo de comunicação na escola com as mídias sociais
Um dos fenômenos do processo de comunicação do mundo moderno são as mídias
sociais que ao longo dos anos conquistaram um grande espaço na sociedade,
influenciando gerações, inaugurando novas formas de comunicação e relacionamentos,
além de ajudar na publicidade de marcas e instituições.
A priori, o Facebook foi escolhido como a mídia a ser utilizada no processo de
comunicação do projeto Percepção de Risco no Trânsito em Escolas Situadas nas Áreas
de Influência às Rodovias Federais sob Jurisdição do DNIT, haja vista que o nível de
Manual de Implantação Projeto Percepção de Risco no Trânsito
Objeto 4 – Educação no Trânsito 24
penetração dessa rede social é massiva no Brasil, atingindo diversos tipos de faixas
etárias e classes econômicas.
3.6.1 Aplicativo Facebook
Por meio das mídias sociais, especialmente o Facebook, o projeto Percepção de Risco no
Trânsito em Escolas Situadas nas Áreas de Influência às Rodovias Federais sob Jurisdição
do DNIT, busca disseminar as boas práticas e os resultados das atividades realizadas
pelas escolas participantes do projeto.
Para tanto, cada escola poderá manter uma página própria no Facebook, criada pela
equipe de educação do DNIT, para que possa divulgar o seu projeto, servindo de suporte
permanente a todos os participantes do programa, disponibilizando informações
completas e atualizadas, experiências bem-sucedidas, discussão sobre os problemas do
trânsito, pesquisas, denúncias, etc.
Como o público-alvo do projeto Percepção de Risco no Trânsito em Escolas Situadas nas
Áreas de Influência às Rodovias Federais sob Jurisdição do DNIT é formado por alunos,
famílias e profissionais das escolas, a página do Facebook das escolas contará com a
participação de três perfis básicos de usuário, a saber: usuário básico, usuário monitor
e usuário administrador.
Usuário Básico:
Este usuário poderá seguir as páginas das escolas ligadas ao projeto Percepção de Risco
no Trânsito em Escolas Situadas nas Áreas de Influência às Rodovias Federais sob
Jurisdição do DNIT e curtir os posts publicados por elas.
Usuário Monitor:
Este usuário representa a figura dos fomentadores de ações e boas práticas dentro das
escolas, ou seja, diretores e/ou professores que realizam atividades com o intuito de
disseminar o conhecimento sobre a percepção de risco no trânsito nas escolas
envolvidas com o projeto do DNIT.
Tais usuários deverão ser designados formalmente e gerenciados, isso para evitar a
publicação de assuntos adversos ao projeto. Para tanto, deverão ser capacitados por
meio de apresentações que destaquem o potencial e os objetivos da ferramenta.
Usuário Administrador (Observatório):
Este usuário será responsável pela gestão dos posts publicados pelas escolas envolvidas
no projeto e pelo seu posterior repasse para as demais páginas de projetos de percepção
de risco no trânsito, assim como os Observatórios sob o seu controle, possibilitando a
interoperabilidade do conhecimento para todos os usuários do processo.
O diferencial do Usuário Administrador para o Usuário Monitor é que o primeiro poderá
efetuar ações como acompanhar estatísticas, visualizar dados – por exemplo, de acessos
Manual de Implantação Projeto Percepção de Risco no Trânsito
Objeto 4 – Educação no Trânsito 25
e curtidas – e compartilhar de informações relevantes para as escolas geridas por
determinado Observatório.
Para um efetivo controle dos assuntos gerados pelas escolas aderentes ao projeto,
quando disponibilizados por meio de suas páginas, será implementada uma solução
gerenciadora desses conteúdos relevantes, ferramenta denominada Observatório. Tal
aplicativo deverá permitir o controle e a disponibilização massiva de informações para
os demais interessados no projeto.
Quando de sua automatização, o Observatório deverá listar os posts com mais curtidas
nos perfis individuais das escolas, gerando um ranking. Tais atividades serão
consideradas mais relevantes e poderão ser repassadas para os demais fomentadores,
gerando um compartilhamento efetivo do conhecimento entre as escolas participantes
do projeto.
Dessa maneira, os perfis das escolas poderão comentar, compartilhar e curtir as
publicações via Observatório e, assim, aferir o potencial indutor de determinada prática
para as demais instituições. Com isso, poderão ser determinadas as práticas mais
populares, e, assim, elas poderão fazer parte de forma oficial do projeto.
3.7 Encontro de encerramento
O representante do DNIT, ou do LabTrans/UFSC ou, ainda, outro profissional, deve
recomendar um encontro de encerramento (ao término do projeto, ao final de um ano
letivo). Nesse encontro, sugere-se outras atividades, tais como:
Palestra sobre percepção de risco no trânsito.
Mostra dos resultados preliminares da pesquisa dos questionários.
Apresentação dos trabalhos desenvolvidos na escola.
Avaliação geral dos alunos e profissionais envolvidos.
Apresentação da CIPAT.
3.Etapa III – Acompanhamento
Responsabilidade: DNIT
Apoio: Labtrans/UFSC
Detalhamento: O diferencial deste projeto é o monitoramento constante dos resultados
obtidos e participação ativa no decorrer do desenvolvimento das atividades e serviços
relacionados ao projeto, realizado pelos municípios em parceria com o DNIT. Dessa
forma, a partir da implantação do sistema educacional, será realizado o monitoramento,
durante o ano letivo subsequente ao início da implantação. Tal sistema de
acompanhamento é realizado através das mídias sociais, por meio do Facebook, como
descrito anteriormente.
Manual de Implantação Projeto Percepção de Risco no Trânsito
Objeto 4 – Educação no Trânsito 26
4.Etapa IV – Sistema de Avaliação
Responsabilidade: DNIT e Escola
Apoio: LabTrans/UFSC
Detalhamento: A avaliação é importante para a escola e para o DNIT. Para a escola, é
importante para avaliar o trabalho dos professores, do material utilizado e do
aprendizado dos alunos. Para o DNIT, como fonte de informação dos multiplicadores
mirins que são os alunos, quanto ao novo comportamento no trânsito e conscientização
sobre a preservação da vida do futuro condutor, garantindo, assim, a longo prazo, a
diminuição dos acidentes e a preservação das rodovias federais.
Para a avaliação do projeto, sugere-se a aplicação de questionários, com situações
abrangentes sobre o tema para reflexão e aprendizado. A avaliação dos questionários
poderá ser realizada fazendo um comparativo sobre o questionário parte I - pré-teste,
que será aplicado antes do início do projeto, e o questionário parte II – pós-teste, que
será aplicado no final do projeto.
O questionário parte I - pré-teste, busca verificar o que as crianças conhecem sobre o
tema trânsito antes da aplicação das aulas. Já o questionário parte II - pós-teste, mesmo
sendo igual ao questionário anterior, será aplicado após o término das aulas. Desse
modo, será possível avaliar de forma comparativa se houve ou não evolução da
aprendizagem da parte I - pré-teste para a parte II - pós-teste.
Os questionários dos anos iniciais (1º ao 5º ano) e dos anos finais (6º ao 9º ano) do
ensino fundamental, foram elaborados pelo LabTrans/UFSC e pelo Laboratório do Fator
Humano (LFH), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Para sua elaboração,
foram consideradas as diretrizes nacionais do Denatran quanto ao desenvolvimento de
ações sobre educação para o trânsito no Ensino Fundamental.
O resultado da avaliação, além de mostrar o real aprendizado dos alunos sobre a
percepção de risco no trânsito, servirá também para detectar as possíveis melhorias
para projetos futuros.
O cronograma de atividades do projeto Percepção de Risco no Trânsito em Escolas
Situadas nas Áreas de Influência às Rodovias Federais sob Jurisdição do DNIT, a ser
desenvolvido no Ensino Fundamental para os anos iniciais (1º ao 5º ano) e para os anos
finais (6º ao 9º ano), encontra-se descrito na próxima seção.
Manual de Implantação Projeto Percepção de Risco no Trânsito
Objeto 4 – Educação no Trânsito 27
3. Cronograma
Responsabilidade: DNIT e Escola
É recomendável que a duração do projeto nas escolas seja de um ano letivo. A proposta é que
as atividades tenham início no mês de fevereiro e término no mês de dezembro, pois nos
meses de janeiro e julho os estudantes estão em férias.
Para melhor visualização das atividades a serem desenvolvidas durante o projeto,
apresentam-se os cronogramas com as estratégias de desenvolvimento para os anos
iniciais (1º ao 5º), no Quadro 1, e para os anos finais (6º ao 9º ano), no Quadro 2.
- Atividades de desenvolvimento dos anos iniciais (1º ao 5º ano)
Atividades/10 Meses 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1 Selecionar segmento crítico nas rodovias federais x
2 Seleção das escolas do Ensino Fundamental x x
3 Reunião com os diretores das escolas selecionadas x x
4 Lançamento do projeto nos municípios e
entrega do material de trânsito x x
5 Curso de formação de professores x
6 Elaboração das ferramentas de comunicação x x x
7 Comunicação e monitoramento das atividades do Projeto na escola
x x x x x x x x x
8 Constituição da CIPAT x x x x x x x x
9 Questionário: Parte 1/ Pré-teste x
10 Tema 1: Os lugares x x
11 Tema 2: A cidade x x x
12 Tema 3: O direito de ir e vir x x x
13 Questionário: Parte 2/Pós-teste x x
14 Encontro de encerramento x
Fonte: LabTrans/UFSC (2017)
Manual de Implantação Projeto Percepção de Risco no Trânsito
Objeto 4 – Educação no Trânsito 28
- Atividades de desenvolvimento dos anos finais (6º ao 9º ano)
Atividades/10 Meses 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1 Selecionar segmento crítico nas rodovias federais x
2 Seleção das escolas do ensino fundamental x x
3 Reunião com os diretores das escolas selecionadas x x
4 Lançamento do projeto nos municípios e entrega do material de trânsito
x x
5 Curso de formação de professores x
6 Elaboração das ferramentas de comunicação x x x
7 Comunicação e monitoramento das atividades do Projeto na escola
x x x x x x x x x
8 Constituição da CIPAT x x x x x x x x
9 Questionário: Parte 1/ Pré-teste x
10 Tema 1: As linguagens do trânsito x x
11 Tema 2: Segurança no trânsito x x x
12 Tema 3: Convivência Social no Trânsito x x x
13 Questionário: Parte 2/Pós-teste x x
14 Encontro de Encerramento x
Fonte: LabTrans/UFSC (2017)
Manual de Implantação Projeto Percepção de Risco no Trânsito
Objeto 4 – Educação no Trânsito 29
4. Atribuições do Projeto
O projeto Percepção de Risco no Trânsito em Escolas Situadas nas Áreas de Influência às
Rodovias Federais sob Jurisdição do DNIT, apresenta as atribuições de cada instituição
para o seu desenvolvimento:
Ao DNIT cabe:
A localização das escolas em segmentos críticos.
O contato com as escolas.
A reunião com as escolas para a apresentação do projeto.
O encaminhamento e recebimento do Termo de Adesão das escolas.
O encaminhamento e recebimento da Ficha Cadastral das escolas.
A aquisição do material paradidático.
O lançamento do projeto nos municípios.
O desenvolvimento do curso de formação dos professores.
O monitoramento da ferramenta de comunicação nas mídias sociais.
A avaliação do projeto.
Ao LabTrans/UFSC cabe:
A formação dos profissionais do DNIT.
O acompanhamento da implantação do projeto.
A elaboração das fanpages.
A elaboração dos questionários de avaliação.
O desenvolvimento do curso de formação dos professores.
A elaboração de relatórios.
A publicação de artigos.
Manual de Implantação Projeto Percepção de Risco no Trânsito
Objeto 4 – Educação no Trânsito 30
À Escola cabe:
Preencher o termo de adesão.
Preencher a ficha cadastral.
Participar do curso de formação.
Conhecer o material de trânsito.
Realizar atividades de trânsito como temas transversais.
Participar das reuniões de avaliação do projeto.
Responder o questionário de avaliação (pré-teste e pós-teste).
Ao final deste manual do projeto Percepção de Risco no Trânsito em Escolas Situadas
nas Áreas de Influência às Rodovias Federais sob Jurisdição do DNIT, constam as
perguntas frequentes, visando sanar possíveis dúvidas e dificuldades.
Manual de Implantação Projeto Percepção de Risco no Trânsito
Objeto 4 – Educação no Trânsito 31
5. Considerações Finais
Este manual aborda a implementação de um projeto de percepção de risco para o
trânsito, por meio de um processo educacional que visa sensibilizar a população a partir
de professores e alunos de escolas que estão situadas nas áreas de influência às rodovias
federais sob jurisdição do DNIT, sobre a necessidade de adoção de medidas preventivas,
principalmente no tocante à mudança de comportamento no trânsito.
Orientado pelas Diretrizes Nacionais para a Educação no Trânsito no Ensino
Fundamental, do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o projeto busca
trabalhar a temática trânsito em sala de aula de forma transversal aos conteúdos
curriculares.
De maneira resumida, o projeto é estruturado de acordo com as seguintes fases:
planejamento, momento em que ocorre a seleção das escolas e posterior reunião com
aquelas que foram selecionadas; entrega do material didático para as escolas
participantes e capacitação dos seus profissionais; implantação do projeto;
acompanhamento e monitoramento por meio da Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes de Trânsito (CIPAT), assim como por meio de mídias sociais.
Sendo a escola um espaço significativo de educação e formação dos indivíduos, acredita-
se que essa instituição, junto ao projeto Percepção de Risco no Trânsito em Escolas
Situadas nas Áreas de Influência às Rodovias Federais sob Jurisdição do DNIT, pode
contribuir no processo de consciência crítica para a reflexão e análise da realidade do
trânsito, por meio de ações participativas, sustentáveis e replicáveis, resultando na
diminuição da taxa de morbimortalidade, especialmente de crianças, causada por
acidentes de trânsito nas rodovias federais.
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Objeto 4 – Educação no Trânsito 32
Perguntas Frequentes
Esta seção refere-se às perguntas frequentes que podem ser feitas durante o
desenvolvimento do projeto nas escolas.
Por que ensinar trânsito para crianças?
Resposta: Porque as crianças são o presente e o futuro. Hoje tem efeito imediato na
preservação da vida e na influência na família. Amanhã o efeito é prolongado como
futuro cidadão.
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) menciona sobre trânsito nas escolas?
Resposta: Sim! Art. 76. “A educação para o trânsito será promovida na pré-escola e nas
escolas de 1º, 2º e 3º graus, por meio de planejamento e ações coordenadas entre os
órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de atuação.
Parágrafo único. Para a finalidade prevista neste artigo, o Ministério da Educação e do
Desporto, mediante proposta do CONTRAN e do Conselho de Reitores das Universidades
Brasileiras, diretamente ou mediante convênio, promoverá:
I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo interdisciplinar com conteúdo
programático sobre segurança de trânsito; II - a adoção de conteúdos relativos à
educação para o trânsito nas escolas de formação para o magistério e o treinamento de
professores e multiplicadores; III - a criação de corpos técnicos interprofissionais para
levantamento e análise de dados estatísticos relativos ao trânsito; IV - a elaboração de
planos de redução de acidentes de trânsito junto aos núcleos interdisciplinares
universitários de trânsito, com vistas à integração universidades-sociedade na área de
trânsito.”
Como é composto o Sistema Nacional de Trânsito (SNT)?
Resposta: O Sistema Nacional de Trânsito (SNT) é composto pelos seguintes órgãos:
Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN).
Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN).
Departamento de Trânsito dos Estados e do DF (DETRAN).
Conselho de Trânsito – Estados e DF (CETRAN/CONTRANDIFE).
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Objeto 4 – Educação no Trânsito 33
Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Junta Administrativa de Recursos de Infração (JARI).
Departamento de Estradas e Rodagens (DER).
Órgãos Municipais.
Polícia Militar.
Qual a função do DNIT no projeto?
Resposta: O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) é
responsável pela coordenação do projeto no estado e nos municípios.
Por que somente escola lindeiras ou próximas às rodovias federais?
Resposta: Porque o DNIT tem responsabilidade com as rodovias federais.
Qual a função da escola no projeto?
Resposta: É a instituição que representa o projeto no município.
Qual a função do diretor no projeto?
Resposta: É o responsável pelo projeto na escola.
Qual a função do professor no projeto?
Resposta: É o responsável para desenvolver as atividades de trânsito com os alunos.
Como a escola pode buscar parcerias para o projeto?
Resposta: Com instituições ou empresas locais que trabalham com o trânsito, como
Centro de Formação de Condutores, Guarda Municipal, Polícia Rodoviária Federal,
Escola Pública de Trânsito e outros órgãos.
Por que a escola deve assinar um termo de adesão?
Resposta: Trata-se de um compromisso que a escola está assumindo com o
DNIT/LabTrans/UFSC em desenvolver o projeto.
Como devo realizar a atualização de notícias na rede social?
Resposta: Diariamente ou semanalmente se possível. Atualizando as notícias, imagens,
recados, avisos, etc. Dúvidas ou problemas técnicos, enviar e-mail para o seguinte
endereço: [email protected]
Posso utilizar outro material educativo de trânsito?
Resposta: Sim. Todo material que complementa o conteúdo será bem-vindo. O objetivo
é o aluno aprender sobre trânsito.
O que é CIPAT?
Resposta: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trânsito. É a formação de um
conselho para cada escola formado por professores, pais, alunos, comunidade e
Manual de Implantação Projeto Percepção de Risco no Trânsito
Objeto 4 – Educação no Trânsito 34
convidados que se reunirá periodicamente para avaliar e discutir os problemas relativos
à segurança do trânsito que afetam a escola, as famílias e a comunidade. Essa comissão
irá propor e implantar soluções e encaminhar solicitações e denúncias.
Por que a escola deverá fazer encontro de encerramento?
Resposta: Para verificar os pontos positivos, os pontos negativos e as melhorias em
projetos futuros quanto ao conteúdo, recursos humanos e materiais, como também
divulgar o trabalho desenvolvido sobre trânsito na escola e na comunidade
Como devo utilizar o material para o trânsito?
Resposta. O material para o trânsito traz o livro do professor e o livro do aluno. A sua
utilização é ministrada no curso de formação de professores anteriormente ao início do
projeto.
O que é metodologia socrática?
Resposta: É a metodologia proposta para o aprendizado sobre trânsito. Trata-se do
professor propor questionamentos para o aluno com o objetivo da reflexão, antes de
chegar a resposta correta.
Posso utilizar o tema trânsito em todas as disciplinas?
Resposta: Sim. O tema trânsito deve ser desenvolvido transversalmente.
Devo seguir a sequência de apresentação dos temas do Denatran?
Resposta: Não. O professor pode selecionar a sequência, mas todas as temáticas
deverão ser desenvolvidas.
Os alunos do Ensino Médio podem utilizar a coleção para o trânsito?
Resposta: Sim. A coleção é desenvolvida para Ensino Fundamental, mas havendo
interesse e motivação dos alunos do Ensino Médio, a coleção deverá ser utilizada.
Como devo aplicar o questionário de avaliação?
Resposta: O questionário parte I – pré-teste, deverá ser aplicado como diagnóstico,
antes dos alunos conhecerem os temas do trânsito. O questionário parte II – pós-teste,
deverá ser aplicado no final do projeto, após todos os temas terem sido trabalhados.
Posso divulgar os resultados dos questionários?
Resposta: Sim. Após análise dos questionários, os resultados podem ser divulgados nas
mídias sociais.
Os pais podem participar do projeto?
Resposta: Sim. É muito importante a escola fazer uma reunião com os pais ou
responsáveis, para avisar que seus filhos estão tendo aulas de percepção de risco no
trânsito, e que a partir de agora as ações que os adultos fazem no trânsito estarão sendo
observados pelos seus filhos.
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Objeto 4 – Educação no Trânsito 35
Posso fazer exposição dos trabalhos de trânsito?
Resposta: Sim! E pode divulgar as imagens também nas fanpages das escolas.
Posso me inscrever em concursos ou prêmios de trânsito?
Resposta: Sim. Há categorias para inscrição de concursos ou prêmios na página do –
Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), no endereço eletrônico:
<http://www.denatran.gov.br>. Trata-se do prêmio Denatran de Educação no Trânsito
que é realizado anualmente e tem como principal objetivo incentivar a produção de
trabalhos técnicos, científicos e artísticos voltados ao tema trânsito. Além disso, na
página da Volvo <[email protected]> – também é divulgado o Prêmio Volvo de
Segurança no Trânsito. Tal prêmio divide-se em seis categorias: cidade, estudante
universitário, empresa, motorista profissional, imprensa e geral.
A escola deve fazer a carteirinha de trânsito para o aluno?
Resposta: É opção da escola entregar ao final do projeto uma carteirinha para o aluno
com foto e escrito Cidadão do Trânsito.
A escola pode emprestar a coleção do trânsito para outra escola?
Resposta: Sim. Outras escolas podem estar emprestando a coleção ou mesmo fazendo
um rodízio de utilização do material. Somente não é permitido a sua reprodução.
Outros questionamentos que poderão surgir durante o projeto deverão ser enviados
para o seguinte e-mail: [email protected]
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Objeto 4 – Educação no Trânsito 36
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ACIDENTES DE TRÂNSITO. Estatísticas do Ministério da Saúde. Disponível em <em http://www.vias-seguras.com/os_acidentes/estatisticas/estatisticas_nacionais/estatisticas_do_ministerio_da_saude>. Acesso em: dez.2017.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Secretaria de Educação Fundamental. Brasil, MEC/SEF, 1998.
______. Ministério das Cidades. Conselho Nacional de Trânsito. Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN. Código de Trânsito Brasileiro. Brasília, Departamento Nacional de Trânsito, 1998.
______. Ministério das Cidades. Conselho Nacional de Trânsito. Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN. Diretrizes Nacionais da educação para o trânsito no no ensino fundamental. Brasília, Departamento Nacional de Trânsito, 2009. Diponível em: <http://www.denatran.gov.br/images/Educacao/Publicacoes/DIRETRIZES_EDUCACAO_FUNDAMENTAL.pdf >. Acesso em: dez.2016.
______. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer nº 22/2004, de 05 de agosto de 2004. Solicita a inclusão da disciplina Educação para o Trânsito como tema transversal. Brasília, Conselho Nacional de Educação, 2004.
MARCONDES, Danilo. Iniciação à História da Filosofia. Ed. Zahar, Rio de Janeiro, 2001.
MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos."Paradidáticos" (verbete). Dicionário Interativo da Educação Brasileira - EducaBrasil. São Paulo:
MidiamixEditora,2002.In:<http://www.educabrasil.com.br/eb/dic/dicionario.asp?id=1
43>. Acesso em: dez. 2016.
ONG CRIANÇA SEGURA. Os acidentes em números. Disponível em: <http://criancasegura.org.br/dados-de-acidentes/>. Acesso em: dez. 2016.
VASCONCELLOS, Eduardo. Mobilidade Urbana e Cidadania.Editora Senac. Sao Paulo. 2012.
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Objeto 4 – Educação no Trânsito 37
WAISELFISZ. Júlio Jacobo. CEBELA. Centro Brasileiro de Estudos Latino – Americanos.
MAPA DA VIOLÊNCIA 2013: Acidentes de Trânsito e Motocicletas. In:
<http://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2013/mapa2013_transito.pdf>. Acesso em:
dez.2016.
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APÊNDICE A – Questionário de Avaliação Parte I – Pré-teste e Parte II – Pós-teste – Anos Iniciais (1º ao 5º ano)
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APÊNDICE B – Questionário de Avaliação Parte I – Pré teste e Parte II – Pós-teste – Anos Finais (6º ao 9º ano)
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APÊNDICE C – Termo de Adesão
TERMO DE ADESÃO Projeto de Percepção de Risco no Trânsito
O Projeto Percepção de Risco no Trânsito tem por objetivo implementar um programa
de educação no trânsito nas escolas situadas nas áreas de influência às rodovias federais
sob jurisdição do DNIT, que promova a conscientização e a mudança de comportamento
no trânsito e sensibilize a comunidade escolar e seu entorno quanto a necessidade de
adoção de medidas preventivas visando à redução dos acidentes de trânsito.
A Escola ______________________________________________________________
localizada na ________________________________________________, município de
_______________________________, estado de __________________, representada
pela(o) sua(seu) diretor(a) ____________________________________ manifesta
interesse em aderir e se compromete com as premissas, objetivos e metas do PROJETO
PERCEPÇÃO DE RISCO NO TRÂNSITO EM ESCOLAS SITUADAS NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA
ÀS RODOVIAS FEDERAIS SOB JURISDIÇÃO DO DNIT, desenvolvido por meio de
cooperação com o Laboratório de Transportes e Logística da Universidade Federal de
Santa Catarina.
A implantação e aplicação do Projeto contará com o suporte da Coordenação de
Segurança e Engenharia de Trânsito/COSEENTR/CGPERT/DNIT e supervisão do
LabTrans/UFSC. O projeto terá duração máxima de um ano letivo. Findo esse prazo de
implantação do projeto, a escola compromete-se a dar continuidade ao projeto e utilizar
o material didático disponibilizado.
O presente termo de adesão ratifica o comprometimento dos profissionais da Escola
_______________________________________ no desenvolvimento das atividades de
planejamento, na aplicação, no acompanhamento e na avaliação, bem como no envio
de sugestões para o melhor desenvolvimento da aplicação do Projeto.
Cidade, dia de mês de 201X. Nome do(a) diretor(a) CPF: 000.000.000-00
Manual de Implantação Projeto Percepção de Risco no Trânsito
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APÊNDICE D – Ficha Cadastral
FICHA CADASTRAL DA ESCOLA Projeto de Percepção de Risco no Trânsito
Dados Cadastrais
Nome da Escola:
Nº Alunos Infantil (pré escola) Fundamental Médio
Nº Professores Infantil (pré escola) Fundamental Médio
Nº Total Professores Outros colaboradores
Diretor(a)
Fon
e:
Celular: e-mail
Endereço
Logradouro: Nº
Complement
o:
Bairro:
CEP: Cidade: UF:
Nome da BR próxima à
escola
Distância daBR à escola em
metros
Coordenadas
geográficas*:
Latitude Longitude
* informação importante(pode ser solicitado o cadastro no DNIT)Foto**
** inserir foto da escola
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APÊNDICE E – Guia de Aplicação do Questionário – Anos Iniciais (1º ao 5º ano)
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APÊNDICE F –Guia de Aplicação do Questionário – Anos Finais (6º ao 9ºano)
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Objeto 4 – Educação no Trânsito 67
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Objeto 4 – Educação no Trânsito 68
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Objeto 4 – Educação no Trânsito 71