Observatório do Trabalho da Bahia
ESTUDO SOBRE O PERFIL
DAS COOPERATIVAS BAIANAS Contrato de Prestação de Serviços Nº. 004/2011 – SETRE-BA e DIEESE
Salvador, 2013
SECRETARIA DO TRABALHO, EMPREGO, RENDA E ESPORTE
PROGRAMA CREDIBAHIA E PERFIL DOS POTENCIAIS CLIENTES PARA A POLÍTI-
CA DE MICROCRÉDITO NO ESTADO DA BAHIA.
2012. 115p.
Textos/coordenação Flávia Santana Rodrigues, Renata Belzunces dos Santos. Fo-
tografias Marcelo Reis, Ilustração Rafael Titonel
Salvador, Bahia
ISBN 978-85-65947-01-5
1. TRABALHO DECENTE. 2.-MICROCRÉDITO. 3.- CREDIBAHIA. 4.- POLÍTICA
DE CRÉDITO. 5.-TRABALHO AUTÔNOMO. 6.-MICROEMPRESAS
CDU 338.338.1
SECRETARIA DO TRABALHO, EMPREGO, RENDA E ESPORTE
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
2013. 90p.
Textos/coordenação: Flávia Santana Rodrigues e Natã Vieira
Salvador, Bahia
ISBN 978-85-65947-03-9
1.-COOPERATIVAS. 2. – EMPREGO FORMAL. 3. – TRABALHO. 4. – ATIVIDA-
DES ECONÔMICAS. 5. – TERRITÓRIOS DE IDENTIDADE. 6. – COOPERATI-
VAS NA BAHIA. 7. – GERAÇÃO DE EMPREGOS
CDU 338.1.330
SECRETARIA DO TRABALHO, EMPREGO, RENDA E ESPORTEDO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
GovernadorJaques Wagner
Vice-GovernadorOtto Alencar
Secretário do Trabalho, Emprego, Renda e EsporteNilton Vasconcelos
Chefe de GabineteOlívia Santana
Superintendente de Desenvolvimento do TrabalhoMaria Thereza Andrade
Superintendente de Economia SolidáriaMilton Barbosa de Almeida Filho
Diretora-GeralNair Prazeres
SETRE – Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e EsporteEndereço: 2ª Avenida, nº 200, Plataforma III 3º andar – CAB
Salvador – Bahia – Brasil – CEP: 41.745-003 http://www.setre.ba.gov.br
DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICAE ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS – DIEESE
Direção TécnicaClemente Ganz Lúcio – Diretor Técnico/Coordenador de Pesquisas
Ademir Figueiredo – Coordenador de Estudos e Desenvolvimento
José Silvestre Prado de Oliveira – Coordenador de Relações Sindicais
Nelson de Chueri Karam – Coordenador de Educação
Rosana de Freitas – Coordenadora Administrativa e Financeira
Coordenação Geral do ProjetoAdemir Figueiredo – Coordenador de Estudos e Desenvolvimento
Angela Maria Schwengber – Supervisora dos Observatórios do Trabalho
Ana Georgina Dias – Supervisora do Escritório Regional do DIEESE na Bahia
Equipe Técnica Responsável pelo ProjetoFlávia Santana Rodrigues – Natã Vieira
Equipe Executora
DIEESE – Departamento Intersindicalde Estatística e Estudos Socioeconômicos
DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos SocioeconômicosRua Aurora, 957 – Centro – São Paulo – SP – CEP 01209-001
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OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA2ª Avenida, nº 200, Plataforma III – 3º andar – CAB
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Sumário
Apresentação ......................................................................................................................................................7
Introdução ............................................................................................................................................................ 8
Nota Metodológica ........................................................................................................................................ 10
1. COOPERATIVAS
1.1. Os grandes números: evolução das cooperativas e distribuição no território da Bahia .........15
1.2. Análise das cooperativas segundo a geração de empregos formais ............................................ 24
1.3. As atividades econômicas desempenhadas pelas cooperativas baianas ....................................27
1.4. Análise territorial da atividade econômica na Bahia ............................................................................. 33
2. CONHECENDO O PERFIL DO EMPREGO FORMAL GERADO NAS COOPERATIVAS
2.1. Os grandes números do emprego formal nas cooperativas baianas ............................................ 37
2.2. O emprego formal nas cooperativas baianas por setores de atividade econômica ............. 38
2.3. Perfil dos trabalhadores nas cooperativas baianas ............................................................................... 39
2.4. O emprego nas cooperativas por porte de tamanho de estabelecimento ...............................44
2.5. A remuneração dos trabalhadores nas cooperativas ...........................................................................45
2.6. A estrutura ocupacional dos empregos nas cooperativas:
uma análise das famílias ocupacionais ................................................................................................................. 47
Conclusão ...........................................................................................................................................................53
Glossário .............................................................................................................................................................59
Glossário Atividades Econômicas ........................................................................................................60
Glossário Famílias Ocupacionais ...........................................................................................................68
Anexos..................................................................................................................................................................72
Foto: Maurício Maron/SEBRAE-BA
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7
Apresentação
O presente estudo temático intitulado Estudo sobre o perfil das cooperativas baianas faz parte do plano de atividades do Observatório do Trabalho da Bahia
– OBA –, parceria entre o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos So-cioeconômicos – DIEESE e a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia – SETRE (Convênio nº. 004/2011).
O objetivo deste estudo é efetuar uma caracterização das cooperativas na Bahia, tendo como período de análise os anos de 2006 a 2010. Particularmente, duas di-mensões são investigadas com mais profundidade: a primeira é a territorial, ou seja, sua distribuição intraestadual, e a segunda é a dimensão setorial, através do estudo das atividades econômicas. Secundariamente, serão analisadas outras variáveis de caracterização dos estabelecimentos desta natureza, bem como dos empregados formais das cooperativas.
A fonte estatística selecionada foi a Relação Anual de Informações Sociais, do Ministério do Trabalho e Emprego (RAIS/MTE).
O presente estudo encontra-se estruturado da seguinte forma: após esta breve Apresentação, é feita uma introdução geral da temática, visando justificar sua im-portância, em especial para o caso baiano. Em seguida, são tecidas algumas Notas Metodológicas, que visam informar ao leitor alguns conceitos e estratégias analíti-cas empregadas na elaboração do estudo, bem como sobre o potencial e alcance da base de dados. Seguem-se, então, os dois capítulos que configuram o estudo em si. O primeiro capítulo é dedicado ao estudo das cooperativas, ou seja, dos estabele-cimentos com esta natureza jurídica. O segundo, menor em tamanho e importância, dado o objetivo central do trabalho, versa sobre o emprego formal gerado pelas cooperativas. Por fim, são delineadas algumas notas conclusivas.
Foto: Robson Nascimento/SEBRAE-BA
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Introdução
Em agosto de 2011, o governo baiano, através do Decreto nº 13.148, regulamentou a Lei estadual nº 11.362/2009, que instituiu a Política Estadual de Apoio ao Cooperati-
vismo1. Tal política consiste de um conjunto de princípios, diretrizes, regras e ações para
incentivo, fomento, estímulo e apoio à atividade cooperativista no Estado, de forma
progressiva e permanente, mediante articulação de ações de diferentes órgãos e insti-
tuições da Administração Pública Direta e Indireta.
De acordo com o Decreto, à Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte cabe as
incumbências de:
a. prestar assistência educativa e técnica às cooperativas sediadas no Estado, consi-
derando a diversidade de sua atuação;
b. assessorar técnica e operacionalmente a constituição e o funcionamento de coope-
rativas, estimulando a modalidade cooperativista de organização social, econômica
e cultural nos diversos ramos da atividade;
c. promover, em conjunto com órgãos e entidades, cursos de capacitação sobre ges-
tão e administração das cooperativas para dirigentes e associados das mesmas;
d. viabilizar a estrutura administrativa e de infraestrutura que possa permitir o bom
funcionamento do Conselho Estadual de Cooperativismo;
e. criar um Cadastro Geral das Cooperativas situadas no Estado da Bahia;
f. exercer a coordenação das atividades de secretaria do Conselho Estadual de Coo-
perativismo;
São ainda previstas demais medidas de apoio técnico e financeiro, bem como demons-
tra uma preocupação com as cooperativas de pequeno porte e que atuam com os seg-
mentos mais frágeis da economia. 1 - A referida legislação encontra-se no Anexo 01 e Anexo 02 deste estudo.
Foto: Divulgação/SEBRAE-BA
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
9
De forma geral, são múltiplas as possibilidades de medidas que o governo pode tomar
para incentivo ao cooperativismo. Podem ser citadas a participação das cooperativas
em processos licitatórios do poder público, medidas creditícias específicas, incentivos
à inovações, promoção de exportações – que vai além da questão do crédito, como
suporte de informações mercadológicas e/ou de procedimentos, incentivo à concen-
tração e fortalecimento nas atividades em que isto representar ganhos – mormente nas
atividades produtivas, entre outras.
O cooperativismo é uma forma de organização coletiva de pessoas com interesse mú-
tuo, que viabiliza sua inserção e inclusão no mundo do trabalho – este considerado em
sua heterogeneidade estrutural, acentuada com as mudanças ocorridas no mundo, e
particularmente no Brasil, nas últimas décadas. As organizações coletivas são iniciativas
que fazem parte do movimento de Economia Solidária, que, por reconhecimento de sua
importância, vem conseguindo ganhar espaço na agenda das políticas públicas tanto
nacional, quanto estadual, como citado anteriormente. As políticas públicas destinadas
a estas atividades são delineadas pelas secretarias criadas para esta finalidade – no
Governo Federal foi criada, em 2003, a Secretaria Nacional de Economia Solidária –
SENAES, no Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, e em 2007, no âmbito estadual,
a Superintendência de Economia Solidária – SESOL na Secretaria de Trabalho, Renda,
Emprego e Esporte – SETRE –, além de outros órgãos relacionados à atividade agrícola,
com ênfase na agricultura familiar.
A organização de que tratam as cooperativas visam o exercício de uma atividade eco-
nômica comum, sem finalidade lucrativa. As cooperativas, eventualmente, podem estar
inseridas no contexto de arranjos produtivos locais, colaborando para a determinação
de uma vantagem competitiva do território e consequente desenvolvimento regional.
Assim, uma das formas de estudo das cooperativas é analisar sua distribuição por ativi-
dades econômicas e espacialização geográfica, procurando identificar encadeamentos.
Desta forma, cada vez mais o cooperativismo vem sendo reconhecido como instrumen-
to de uma estratégia de desenvolvimento socioeconômico, com ênfase no desenvolvi-
mento regional.
O presente estudo visa dar uma colaboração no sentido de fornecer um panorama des-
ta forma de organização socioeconômica no estado da Bahia, procurando investigar
mais detidamente os aspectos de distribuição das cooperativas no território baiano,
bem como das atividades econômicas desempenhadas, em consideração ao argumen-
to exposto no parágrafo anterior. Com isso, espera-se que o estudo sirva como um ins-
trumento de consulta, não só para os formuladores de políticas públicas, mas também
para os demais atores envolvidos e interessados pela temática.
10
Nota Metodológica
O primeiro esclarecimento que merece ser feito é a respeito da base de dados utili-zada para a elaboração deste estudo. Foram usados os dados provenientes da Re-
lação Anual de Informações Sociais, do Ministério do Trabalho e Emprego – RAIS/MTE – que traz informações sobre o mercado de trabalho formal. Esta base permite carac-terizar o estabelecimento no que diz respeito à existência, ou não, de emprego formal durante o ano de referência, faixa de tamanho de estabelecimento por quantidade de empregos gerados, localização geográfica (em nível municipal), e atividade econômi-ca. Em relação aos estabelecimentos que registrarem emprego formal no ano, permite caracterizá-los, segundo os atributos pessoais dos trabalhadores, remuneração, tipo de movimentação, ocupação.
O plano tabular básico, ou seja, o conjunto básico de dados e indicadores, baseou-se no livro de Economia Solidária e Proger do Anuário do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda 2010/2011: economia solidária e Proger. O referido Anuário é uma publicação do DIEESE em convênio com o Ministério do Trabalho e Emprego que reúne um conjunto de indicadores sobre as políticas públicas de emprego, trabalho e renda.
Para este estudo foram selecionados, na RAIS, aqueles estabelecimentos com natureza jurídica de “cooperativas”. Uma das limitações desta base, considerando a finalidade deste estudo, é que ele não traz informações dos associados às cooperativas – ou cooperados, somente dos empregos formais diretamente gerados por esse meio. Deste modo, o traba-lho restringe-se, em sua maior parte, a caracterizar a distribuição dessas organizações e, em menor parte, do trabalho formal ligado a estes estabelecimentos. Vale a ressalva que nem todas as cooperativas são de economia solidária, mas muitos empreendimentos de economia solidária são formalizados com esta natureza jurídica. A partir da identificação de necessidade de aprofundamento dos dados, foram surgindo novas tabulações, novas desagregações, e novas combinações de recortes na base de dados.
A escolha pelo período de análise dos anos 2006 a 2010 deu-se pela possibilidade de trabalhar integralmente com os dados da Classificação Nacional de Atividades Econô-micas (CNAE) 2.0, disponíveis somente a partir de 2006. Isso permitiu a desagrega-ção das atividades econômicas de acordo com o critério mais recente disponível. Para
Foto: Robson de Jesus/SEBRAE-BA
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
11
aquelas atividades que se destacarem entre as cooperativas baianas, haverá uma des-
crição no Glossário de atividades econômicas, ao final do estudo. O ano final de análise
escolhido foi o de 2010, uma vez que os dados da RAIS 2011 não foram divulgados pelo
MTE durante a elaboração do estudo.
Os recortes feitos na base de dados para entendimento da espacialização da atividade pro-
dutiva no estado, para o período de 2006 a 2010, produziu uma quantidade considerável
de tabelas, inviáveis de serem reproduzidas no contexto do estudo, nem mesmo em seu
Anexo. Desta forma, juntamente com o texto, será entregue um arquivo eletrônico con-
tendo toda a base de dados e seus cruzamentos. Este arquivo será referenciado no texto
sempre que não for possível disponibilizar o dado em forma de tabela e/ou gráfico.
Ainda acerca da base de dados, é necessário um esclarecimento adicional. Os dados da
RAIS não trazem a informação dos cooperados/associados às cooperativas, somente
dos empregos formais gerados por esta natureza jurídica, que é objeto de análise do
segundo capítulo do presente estudo. Certamente esta é uma limitação da base de da-
dos e que pode sugerir a organização de formas alternativas de acompanhamento ou
monitoramento das suas atividades.
Quando da execução das análises empreendidas neste trabalho, notou-se duas par-
ticularidades que precisam ser trabalhadas. A primeira diz respeito à elevada partici-
pação das subclasses de atividade econômica com a classificação Atividades asso-
ciativas não especificadas anteriormente e Atividades de associações de defesa de
direitos sociais2, que somavam, sozinhas, mais de 20,0% das cooperativas do estado
da Bahia, em 2010. Dado o entendimento prévio acerca da estrutura econômica do
estado, pode-se suspeitar que exista uma sobrerrepresentação destas atividades no
total de cooperativas. Importante registrar que existe uma limitação na base de da-
dos disponível para consulta que impede abertura maior destas informações, de sorte
que não foi possível fazer este aprofundamento no contexto da execução do presente
estudo. Portanto, fica a indicação da necessidade de ser feita uma investigação mais
aprofundada acerca de quais cooperativas estão cadastradas sob esta classificação a
fim de apurar se há algum tipo de erro de registro e/ou classificação, recorrendo, para
isso, a dados mais restritos.
A segunda particularidade é de natureza técnica e procura orientar o leitor quanto
à interpretação das informações deste estudo. Constatou-se que o número total de
cooperativas no estado era inferior a mil, em 2010. Em se tratando de análises esta-
tísticas, quanto menor o número de observações para se trabalhar, mais cautela é ne-
cessário ter na análise e interpretação dos dados. Sobretudo se for considerado que,
para fins de execução dos objetivos deste estudo, serão feitos diversos cruzamentos 2 - O esclarecimento sobre o que compreendem estas atividades econômicas encontra-se no Glossário das Atividades econômicas ao fim deste estudo.
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
12
e recortes na base de dados. Neste caso, as desagregações podem trazer valores ab-solutos muito pequenos nas categorias, de modo que a análise das variações percen-tuais deve ser vista com parcimônia, geralmente respeitando um percentual mínimo de participação no total.
Para tanto, demandou-se muito estudo das informações ali constantes. Optou-se por não adotar um critério quantitativo a priori, por exemplo, analisar somente o que fosse superior à 10,0% de participação, pois constatou-se um prejuízo qualitativo na análise das informações, considerando o baixo número de casos observados. Deste modo, sempre que necessário, recorreu-se à observação do nível de significância que apareceu com mais frequência, abrindo exceções para incorporação de outros recor-tes, quando necessário. Um exemplo pode ser visto na Tabela 05 do estudo, em que foram selecionadas aquelas subclasses de atividade econômica que contavam com, no mínimo, 5,0% de participação no setor. No entanto, para entendimento da tendên-cia geral da movimentação no setor, duas exceções foram abertas, para as atividades de Comércio atacadista de algodão e Comércio atacadista de resíduos de papel e papelão, no setor de Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, e das Outras atividades de serviços pessoais não especificadas anteriormente, do setor de Outras atividades de serviços.
Para a análise da distribuição das cooperativas no estado da Bahia, recorreu-se aos re-cortes regionais dados pelos chamados territórios de identidade. A configuração destes territórios, em termos dos municípios que o compõem, é dada pela Secretaria de Pla-nejamento – Seplan – do Governo do Estado da Bahia. Cumpre salientar uma diferença marcante em um dos territórios, o Metropolitano de Salvador. A composição deste ter-ritório distingue-se da Região Metropolitana de Salvador – RMS, recorte geográfico pre-sente nas tabulações de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ou do MTE. Assim, a RMS é composta pelos seguintes municípios: Camaçari, Candeias, Dias d’Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, Salvador, São Francisco do Con-de, Simões Filho e Vera Cruz. Após o ano de 2007, a composição da RMS sofreu alte-ração, passando de 10 para 13 municípios. Foram incluídos: Mata de São João e São Sebastião do Passé, em 2008, e Pojuca, em 2009. Por sua vez, o Território Metropolitano de Salvador é composto por Camaçari, Candeias, Dias d’Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, Salvador, Salinas da Margarida, Simões Filho e Vera Cruz.
Na tentativa de conseguir um olhar sobre a disposição geográfica dos territórios no estado, lançou-se mão da utilização de uma ferramenta cartográfica3. Com ela, foi possível observar, na forma de mapas, as informações sobre as cooperativas baianas. O padrão estabelecido para a coloração das regiões é sempre o mesmo, dividido os dados em quartis. A observância dos dados nos mapas permite verificar se há algum 3 - TerraView Política Social. Disponível em http://www.centrodametropole.org.br.
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
13
padrão identificável de distribuição/participação das cooperativas nos territórios de
identidade concentrados em determinadas regiões. Aliado aos dados das atividades
econômicas, tentar-se-á identificar, se possível, encadeamentos produtivos de modo
a facilitar a atuação regional.
Ainda nesta questão da espacialização das cooperativas baianas, é peremptório anali-
sar a distribuição das cooperativas por entre os municípios que compõem determinado
território de identidade. Ora, nos casos em que houver concentração das cooperativas
em um (ou poucos) território(s) de identidade(s), neste caso, a unidade de análise re-
gional do território perde significância. Desta forma, foi adotado um indicador de con-
centração espacial na distribuição de determinado atributo, para que se pudesse avaliar
o grau de concentração das cooperativas nos municípios dos territórios de identida-
de. O indicador adotado foi o Coeficiente de Gini locacional. Trata-se de um indicador
amplamente utilizado na literatura sobre a temática do desenvolvimento territorial e
arranjos produtivos locais.
Com os dados ordenados da menor para a maior participação, o índice é determinado por:
Sendo,
i = posição da observação na ordenação, que vai de 1, a primeira posição, a n, a
última posição
yi = participação da observação, sendo que 0 ≤ yi ≤1
n = número total de observações
O indicador G é um número que varia de 0 a 1, sendo que 1 representa o grau de con-
centração menos igualitária, quando um único registro contém todas as observações
de um conjunto de registros, e 0 a distribuição mais igualitária, onde cada registro con-
tém exatamente a mesma participação no total.
Desta forma, pode-se avaliar, relativamente, o grau de concentração da distribuição
das cooperativas nos municípios dos territórios de identidade. Importante reiterar que
busca-se, com isso, obter um indício de concentração, de modo que a mensuração, em
si, desta concentração não é o mais relevante para a análise.
Fo
tos:
Mau
ríci
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n/S
EB
RA
E-B
A
15
1.1. Os Grandes Números: Evolução das Cooperativas e Distribuição no Território da Bahia
O Brasil possuía, em 2010, um total de 24.128 cooperativas4. Este nú-
mero era 6,4% maior do que o verificado
em 2006, quando contava com 22.679.
O Nordeste respondeu por 13,2% deste
total em 2010, com 3.180. Por sua vez, a
Bahia respondeu por 31,4% das coopera-
tivas nordestinas (e 4,1% das brasileiras),
com 997 estabelecimentos. Tanto no Nor-
deste quanto na Bahia, verificou-se, em 4 - Estes valores consideram as cooperativas com e sem movimenta-ção de emprego formal no ano de referência.
2010, um número menor de cooperativas
em relação a 2006, com queda de -3,7%
para o primeiro e -4,4% para o segundo.
Em valores absolutos, isso significou 123
a menos na região e 46 no estado. Nos
dois anos considerados, tanto no Brasil,
quanto no Nordeste e Bahia, correspon-
deram a apenas 0,3% dos estabelecimen-
tos formais destas regiões. Apesar dos
diferenciais de crescimento, tanto nas
localidades estudadas, quanto quando
comparado ao crescimento do total de
estabelecimentos, não houve alterações
significativas justamente devido à baixa
participação das cooperativas nos esta-
belecimentos (Tabela 1).
1. Cooperativas
TABELA 1 NúMERO DE COOPERATIVAS E DE ESTABELECIMENTOS FORMAISBRASIL, NORDESTE E BAHIA, 2006 E 2010
Região
2006 2010 Variação (%)
Cooperativas Estabelecimentos Participação (%) Cooperativas Estabelecimentos Participação
(%) Cooperativas Estabelecimentos
Brasil 22.679 6.717.110 0,3 24.128 7.617.197 0,3 6,4 13,4
Nordeste 3.303 1.021.518 0,3 3.180 1.154.072 0,3 -3,7 13,0
Bahia 1.043 317.150 0,3 997 353.521 0,3 -4,4 11,5
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESENota: foram considerados as cooperativas e estabelecimentos com e sem movimentação de empregos ao longo do ano.
Foto: Robson Nascimento/SEBRAE-BA
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
16
Para entender melhor a variação negativa
do número de cooperativas no Nordes-
te e na Bahia, é necessário analisar uma
série histórica mais longa. Observando
desde o início da década passada, é pos-
sível perceber que, por um lado, o Brasil
apresentou crescimento contínuo do nú-
mero de cooperativas, com maior ênfase
entre os anos de 2000 e 2003. O Nor-
deste também partilha deste movimento
de crescimento acentuado no número de
cooperativas até 2003. Por outro lado,
a partir daí, apresenta movimento suave
de queda até 2008, quando se estabiliza.
A Bahia possui o mesmo movimento do
Nordeste, com a leve diferença de apre-
sentar um tímido crescimento de 2009
para 2010. Este movimento diferenciado de Bahia e Nordeste explica o fato de ter havido queda no número de cooperativas quando avaliados os dois pontos obser-vados na Tabela 01, 2006 e 2010. Ou seja, faz parte de um movimento mais estru-tural de redução do número de coopera-tivas nessas localidades, presente desde 2003, mas que aparentemente foi sendo revertido nos últimos anos da série, ainda que os dados analisados em dois pontos não estejam revelando essa retomada ainda (Anexos 3 a 5).
Retomando a análise, ao se observar os dados desagregados para os estados do Nordeste, considerando o período selecionado para este estudo, verifica-
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESENota: foram considerados as cooperativas e estabelecimentos com e sem movimentação de empregos ao longo do ano
FIGURA 1ADISTRIBUIÇÃO (EM %) DAS COOPERATIVASSEGUNDO TERRITÓRIOS DE IDENTIDADE — BAHIA, 2006 E 2010
01 Irecê 2,3%1,3%2,1%3,6%4,0%3,2%3,6%1,5%0,9%3,3%5,0%0,3%3,1%1,2%2,8%1,3%2,1%3,7%5,9%4,2%4,6%1,9%1,6%2,1%2,4%30,5%1,4%
02 Velho Chico03 Chapada Diamantina04 Sisal05 Litoral Sul06 Baixo Sul07 Extremo Sul08 Médio Sudoeste da Bahia09 Vale do Jiquiriçá10 Sertão do São Francisco11 Bacia do Rio Grande12 Bacia do Paramirim13 Sertão Produtivo14 Piemonte do Paraguaçu15 Bacia do Jacuípe16 Piemonte da Diamantina17 Semiárido Nordeste II18 Litoral Norte e Agreste Baiano19 Portal do Sertão20 Vítória da Conquista21 Recôncavo22 Médio Rio de Contas23 Bacia do Rio Corrente24 Itaparica25 Piemonte Norte do Itapicuru26 Metropolitano de Salvador27 Costa do Descobrimento
12
23
1915
1403
27
2621
0609
13
20
08
22
05
07
1102
10
24
0116
25
04
17
18
13
VALORES PERCENTUAIS
0,3 | .......................1,6
1,6 | .......................2,8
2,8 | .......................3,7
3,7 | .................... 30,5
QUADRO DEDISTRIBUIÇÃO
PERCENTUAL
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
17
-se que a Bahia é o estado com maior
número de cooperativas na região, con-
tabilizando quase o dobro do número
de estabelecimentos em relação ao es-
tado segundo colocado em 2006, que
foi Pernambuco, com 534 e em 2010,
Ceará, com 509. Ou seja, neste perío-
do, Pernambuco observou uma queda
no total de cooperativas (-10,7%) ain-
da mais expressiva que a Bahia (-4,4%,
como visto na Tabela 1), enquanto o Ce-
ará apresentou crescimento de 5,6%,
agregando 27 novos estabelecimentos
no período (Anexo 6), tendência contrá-
ria ao verificado para o total do Nordes-
te, conforme assinalado anteriormente.
Em relação ao total do país, a Bahia é o
estado com o 7º maior número de coo-perativas em 2010, atrás de São Paulo (4.472), Rio Grande do Sul (4.013), Mi-nas Gerais (3.184), Paraná (2.563), Santa Catarina (1.708) e Rio de Janeiro (1.352) (Anexo 7).
Analisando o estado da Bahia, é possível verificar como as cooperativas se distri-buem entre os territórios de identidade baianos. O território que apresenta maior número é o Metropolitano de Salvador, cuja participação no total era de 29,8% em 2010, leve recuo frente aos 30,5% de 2006. Em seguida fica Portal do Sertão, com 6,0% em 2010 e, em terceiro lugar, Sisal, com 4,9% das cooperativas baianas em 2010 (Anexo 8 e Figuras 1A e 1B).
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESENota: foram considerados as cooperativas e estabelecimentos com e sem movimentação de empregos ao longo do ano
FIGURA 1BDISTRIBUIÇÃO (EM %) DAS COOPERATIVAS SEGUNDOTERRITÓRIOS DE IDENTIDADE — BAHIA, 2006 E 2010 (CONTINUAÇÃO)
01 Irecê 2,0%1,5%3,0%4,9%4,1%2,4%3,5%2,6%0,6%2,9%4,1%0,4%4,3%0,9%2,6%1,4%1,3%3,3%6,0%4,9%3,7%2,8%0,9%1,2%2,9%
29,8%1,8%
02 Velho Chico03 Chapada Diamantina04 Sisal05 Litoral Sul06 Baixo Sul07 Extremo Sul08 Médio Sudoeste da Bahia09 Vale do Jiquiriçá10 Sertão do São Francisco11 Bacia do Rio Grande12 Bacia do Paramirim13 Sertão Produtivo14 Piemonte do Paraguaçu15 Bacia do Jacuípe16 Piemonte da Diamantina17 Semiárido Nordeste II18 Litoral Norte e Agreste Baiano19 Portal do Sertão20 Vítória da Conquista21 Recôncavo22 Médio Rio de Contas23 Bacia do Rio Corrente24 Itaparica25 Piemonte Norte do Itapicuru26 Metropolitano de Salvador27 Costa do Descobrimento
12
23
1915
14
03
27
2621
0609
20
08
22
05
07
1102
10
24
0116
25
04
17
18
13
VALORES PERCENTUAIS
0,4 | .......................1,5
1,5 | .......................2,9
2,9 | .......................4,1
4,1 | .................... 29,8
QUADRO DEDISTRIBUIÇÃO
PERCENTUAL
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
18
Ao observar a evolução do número de
cooperativas dos territórios de identi-
dade, constata-se que o território de Si-
sal, não somente responde pela tercei-
ra maior participação no estado, como
também registrou um crescimento sig-
nificativo de 28,9% do total no período
entre 2006 e 2010, passando de 38 para
49 estabelecimentos desta natureza
(Anexo 8 e Figuras 1A e 1B). Destacam-
-se, ainda, pela participação no total do
estado e/ou crescimento no período
os territórios de Vitória da Conquista,
cuja participação no total passa de 4,2%
para 4,9% no período; Sertão Produtivo,
(de 3,1% para 4,3%); Bacia do Rio Gran-
de, que apesar da redução de 0,9 p.p.
na participação no período, permanece
com um percentual relevante de 4,1% no
total de cooperativas em 2010, o mes-
mo do Litoral Sul; Recôncavo, Extremo
Sul e Litoral Norte e Agreste Baiano, que
também apresentaram redução na par-
ticipação, mas continuam com mais de
3,0% de participação no estado; Cha-
pada Diamantina, que teve crescimento
de 2,1% para 3,0%, assim como o Médio
Sudoeste da Bahia, que passou de 1,5%
para 2,6%.
Para além da participação no total de
cooperativas do estado, outro indicador
da importância dos estabelecimentos
desta natureza dentro de uma região
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESENota: foram considerados as cooperativas e estabelecimentos com e sem movimentação de empregos ao longo do ano
FIGURA 2APARTICIPAÇÃO DAS COOPERATIVAS NO TOTAL DE ESTABELECIMENTOSDOS TERRITÓRIOS DE IDENTIDADE — BAHIA, 2006 E 2010
01 Irecê02 Velho Chico03 Chapada Diamantina04 Sisal05 Litoral Sul06 Baixo Sul07 Extremo Sul08 Médio Sudoeste da Bahia09 Vale do Jiquiriçá10 Sertão do São Francisco11 Bacia do Rio Grande12 Bacia do Paramirim13 Sertão Produtivo14 Piemonte do Paraguaçu15 Bacia do Jacuípe16 Piemonte da Diamantina17 Semiárido Nordeste II18 Litoral Norte e Agreste Baiano19 Portal do Sertão20 Vítória da Conquista21 Recôncavo22 Médio Rio de Contas23 Bacia do Rio Corrente24 Itaparica25 Piemonte Norte do Itapicuru26 Metropolitano de Salvador27 Costa do Descobrimento
12
23
1915
14
03
27
2621
0609
20
08
22
05
07
1102
10
24
0116
25
04
17
18
13
VALORES PERCENTUAIS
0,11 | .................. 0,28
0,28 | .................. 0,36
0,36 | .................. 0,42
0,42 | .................. 0,82
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
19
é o que mede a participação deles em
relação ao total de estabelecimentos.
Como visto na Tabela 1, a participação
das cooperativas responde por 0,3% do
total de estabelecimentos formais no
Brasil, Nordeste e Bahia. Alguns territó-
rios, ainda que não tenham participação
significativa no total de cooperativas
do estado, possuem uma participação
maior no total de estabelecimentos da
região do que na média do estado. É
o caso, por exemplo, da Bacia do Ja-
cuípe. Em 2006, as cooperativas neste
território representavam 0,8% dos esta-
belecimentos formais do território, pas-
sando para 0,7% em 2010. Ainda assim,
a participação é mais do que o dobro
da média do estado. Isso significa que
a importância das cooperativas deste
território para o total de cooperativas
do estado é maior do que a importância
do total de estabelecimentos deste ter-
ritório para o total de estabelecimentos
do estado - em 2010, as cooperativas de
Bacia do Jacuípe representavam 2,6%
das cooperativas baianas, enquanto os
estabelecimentos deste território repre-
sentavam 1,1%. Sisal e Piemonte Norte
do Itapicuru também possuem partici-
pação das cooperativas mais elevada
do que a média do estado, de 0,5% em
2010, inclusive registrando aumento de
0,1 p.p. em relação a 2006 (Anexo 8 e
Figuras 2A e 2B).
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESENota: foram considerados as cooperativas e estabelecimentos com e sem movimentação de empregos ao longo do ano
FIGURA 2BPARTICIPAÇÃO DAS COOPERATIVAS NO TOTAL DE ESTABELECIMENTOSDOS TERRITÓRIOS DE IDENTIDADE — BAHIA, 2006 E 2010 (CONTINUAÇÃO)
01 Irecê02 Velho Chico03 Chapada Diamantina04 Sisal05 Litoral Sul06 Baixo Sul07 Extremo Sul08 Médio Sudoeste da Bahia09 Vale do Jiquiriçá10 Sertão do São Francisco11 Bacia do Rio Grande12 Bacia do Paramirim13 Sertão Produtivo14 Piemonte do Paraguaçu15 Bacia do Jacuípe16 Piemonte da Diamantina17 Semiárido Nordeste II18 Litoral Norte e Agreste Baiano19 Portal do Sertão20 Vítória da Conquista21 Recôncavo22 Médio Rio de Contas23 Bacia do Rio Corrente24 Itaparica25 Piemonte Norte do Itapicuru26 Metropolitano de Salvador27 Costa do Descobrimento
12
23
1915
14
03
27
2621
0609
20
08
22
05
07
1102
10
24
0116
25
04
17
18
13
VALORES PERCENTUAIS
0,12 | .................. 0,22
0,22 | .................. 0,29
0,29 | .................. 0,33
0,33 | .................. 0,65
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
20
Ainda que esteja se tratando de valores
muito pequenos, há que se registrar as
variações. Neste particular, como pode
ser visto na Figura 2, destacam-se, por
ter aumentado a participação das coo-
perativas no total de estabelecimentos,
os territórios da Chapada Diamanti-
na, Sertão Produtivo e Médio Sudoeste
da Bahia.
Analisando conjuntamente os indicado-
res acima mencionados, e observando
os mapas, é possível perceber alguns
padrões regionais. O primeiro grupo
que chama a atenção por sua elevada
participação relativa e/ou maior par-
ticipação das cooperativas no total de
estabelecimentos, compõe-se daqueles
territórios de identidade que se esten-
dem do território Metropolitano de Sal-
vador e Litoral Norte e Agreste Baiano,
na região nordeste do estado, até o ter-
ritório de Sertão do São Francisco, no
noroeste. Nesta faixa, além dos territó-
rios já mencionados, incluem-se, ainda,
Portal do Sertão, Recôncavo, Bacia do
Jacuípe, Sisal, Piemonte de Diamantina
e Piemonte Norte do Itapicuru.
O segundo grupo que chama a atenção é
aquele que vai do sudeste ao sudoeste e
avança em direção ao centro do estado.
Trata-se da faixa que se estende do terri-
tório do Litoral Sul para o Médio Sudoes-
te da Bahia, Vitória da Conquista, Sertão
Produtivo e Chapada Diamantina.
Por fim, dois territórios de identidade
ficam isolados dentro desta lógica de
análise. No extremo oeste, a Bacia do
Rio Grande e, ao sul do estado, o terri-
tório de Extremo Sul.
Os indicadores ora apresentados não
permitem o entendimento da distribui-
ção das cooperativas no interior dos
territórios de identidade, ou seja, nos
municípios que os compõem. Even-
tualmente, pode acontecer de apenas
um município – ou poucos municípios
– concentrar a maioria dos estabeleci-
mentos desta natureza no território de
identidade. Neste caso, a interpretação
que se faz acerca das informações do
território deve ser relativizada, tendo
em conta que se trata de poucos mu-
nicípios, e não do território como um
todo. Em outros casos, as cooperativas
podem estar distribuídas menos desi-
gualmente entre os municípios do ter-
ritório, o que torna a análise por territó-
rio mais adequada.
Utilizando um indicador de desigualda-
de que varia entre 0 e 1, sendo 1 a maior
concentração (por exemplo, quando
somente um município dentro do terri-
tório possui cooperativas) e 0 quando
há distribuição plenamente equitativa5,
pode-se analisar esta variável para os
territórios de identidade baianos. Em
primeiro lugar, observando para o esta-
do, em 2010 este índice foi de 0,805, o
que mostra que a distribuição das co-
operativas baianas entre os municípios
do estado segue mais um padrão de
concentração do que de distribuição
(Tabela 2). 5 - Ver nota metodológica para aprofundamento da elaboração do indicador
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
21
De modo geral, dentre os territórios de
identidade com maior participação no
total de cooperativas baianas, prevalece
um perfil de concentração maior do que
em relação aos territórios com menor
participação. Portal do Sertão, Vitória
da Conquista, Litoral Sul e Bacia do Rio
Grande apresentaram índice superior a
0,800, que estão entre os maiores dentre
os territórios de identidade do estado.
O território Metropolitano de Salvador
também é relativamente concentrado,
porém menos que os demais acima cita-
dos (índice de 0,719 em 2010), e com me-
lhoria da distribuição em relação a 2006
(índice de 0,771). Ainda considerando
os TIs com maior participação, chama a
atenção o fato de que o território de Si-
sal, o terceiro maior território de identi-
dade em termos de participação no total
de cooperativas no estado e também o
que teve maior crescimento, possui uma
distribuição relativamente mais igual das
cooperativas entre os municípios do seu
território, com índice de 0,509 em 2010,
ficando à frente apenas de Bacia do Ja-
TABELA 2ÍNDICE DE GINI PARA CONCENTRAçãO DA DISTRIBUIçãO DAS COOPERATIVAS NOS MUNICÍPIOS DOS TERRITÓRIOS DE IDENTIDADE E NO TOTAL DO ESTADOBAHIA, 2006 E 2010
Território de Identidade 2006 2010Total Bahia 0,816 0,805Metropolitano de Salvador 0,771 0,719Portal do Sertão 0,894 0,861Sisal 0,521 0,509Vitória da Conquista 0,884 0,851Sertão Produtivo 0,688 0,747Bacia do Rio Grande 0,780 0,817Litoral Sul 0,874 0,855Recôncavo 0,660 0,620Extremo Sul 0,692 0,571Litoral Norte e Agreste Baiano 0,638 0,610Chapada Diamantina 0,682 0,589Piemonte Norte do Itapicuru 0,613 0,651Sertão do São Francisco 0,629 0,645Médio Rio de Contas 0,719 0,839Bacia do Jacuípe 0,599 0,456Médio Sudoeste da Bahia 0,760 0,663Baixo Sul 0,558 0,600Irecê 0,667 0,720Costa do Descobrimento 0,675 0,569Velho Chico 0,634 0,513Piemonte da Diamantina 0,654 0,757Semiárido Nordeste II 0,621 0,611Itaparica 0,788 0,750Bacia do Rio Corrente 0,535 0,687Piemonte do Paraguaçu 0,679 0,650Vale do Jequiriçá 0,783 0,783Bacia do Paramirim 0,667 0,722Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESENota: (1) Foram considerados as cooperativas e estabelecimentos com e sem movimentação de empregos ao longo do ano. (2) As cores no gráfico indicam a magnitude do indicador, sendo vermelho escuro para os maiores valores, decrescendo para vermelho claro, branco, azul claro e azul escuro para os menores valores. (3) ordenados da maior para a menor participação dos territórios de identidade no total de cooperativas do estado em 2010.
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
22
cuípe, que possui um índice de 0,456 em
2010, sendo o território de identidade
onde as cooperativas são melhor distri-
buídas entre os municípios.
Dos 417 municípios existentes no estado
da Bahia, 19 possuíam ao menos 10 coo-
perativas em seu território (4,6% do total
de municípios), em 2010, 206 municípios
têm entre 1 e 9 (49,4%), e um total de 192
não possuíam nenhuma (46,0%). A soma
do total de cooperativas nestes municí-
pios com até 10 estabelecimentos per-
faz 539 organizações desta natureza em
2010 (54,1% do total). Ou seja, os 206 mu-
nicípios que tem menos de 10 coopera-
tivas (desconsiderando aqueles que não
possuem nenhuma) respondem por um
total de 458 (45,9%). Estas informações
corroboram o evidenciado pelo indicador
acima, que apontou a existência de uma
desigualdade de distribuição do total
de cooperativas nos municípios baianos
(Gráfico 1 e Tabela 3).
A capital Salvador é a que possui o maior número, 156 em 2010, o que re-presenta 15,6% do estado. Este muni-cípio teve uma redução de 33,6% em relação a 2006, quando somavam 235, e tinha uma participação de 22,5% no total do estado. Em segundo lugar, apa-rece Camaçari, com um total de 89 em 2010, quase o triplo do número registra-do em 2006, quando tinha um total de 30. Feira de Santana (do território de Portal do Sertão) e Vitória da Conquis-ta (do território de mesmo nome) apa-recem logo na sequência, com 48 e 34 cooperativas em 2010, respectivamente. Dentre estes municípios, Feira de San-tana é o que responde pela maioria dos estabelecimentos do seu respectivo território de identidade, com 80,0% em 2010, e Vitória da Conquista por 69,4%. Somando os dois principais municípios do território Metropolitano de Salvador, perfazem 82,5% das cooperativas do território (Tabela 3).
GRÁFICO 1
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESENota: foram considerados as cooperativas e estabelecimentos com e sem movimentação de empregos ao longo do ano
DISTRIBUIÇÃO DOS MUNICÍPIOS BAIANOS SEGUNDO A PRESENÇA DE COOPERATIVAS E FAIXAS DE TOTAL DE COOPERATIVAS NO MUNICÍPIOBAHIA 2010
Municípios sem cooperativas
Municípios com cooperativas
Municípios com 10 cooperativas ou mais
Municípios com pelo menos 1 cooperativa
192; 46,0% 225; 54,0% 206; 49,4%
19; 4,6%
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
23
Dentre os municípios com pelo menos
10 cooperativas, predominam aqueles
em Território Metropolitano de Salvador,
que contam com, além dos dois primei-
ros municípios mencionados, Lauro de
Freitas (18 cooperativas em 2010), Si-
mões Filho (12 cooperativas) e Candeias
(11 cooperativas). Importante notar que o
aumento do total de cooperativas em Ca-
maçari ajudou a melhorar o perfil de con-
centração do território, como destacado
na análise da Tabela 02. No total, estes
municípios somam 96,3% do total de co-
operativas no território, em 2010.
Os territórios de Bacia do Rio Grande
(com os municípios de Barreiras e Luís
Eduardo Magalhães), Litoral Sul (com Ita-
buna e Ilhéus) e Piemonte Norte do Itapi-
curu (com Campo Formoso e Senhor do
Bonfim) são os outros territórios de iden-
tidade que possuem mais de um municí-
pio neste ranking. Tidos em conjunto, em
2010, estes municípios respondem por
82,9%, 73,2% e 75,9% das cooperativas
dos seus territórios, respectivamente.
Ainda figuram no ranking os municípios
Juazeiro, do território de Sertão do São
Francisco; Guanambi, do Sertão Produ-
Município Território de Identidade
2006 2010Variação
(%)nº Partic. (%)
Partic. no TI (%)
nº Partic. (%)
Partic. no TI (%)
Total Total 1.043 100,0 - 997 100,0 - -4,41º Salvador Metropolitano de Salvador 235 22,5 73,9 156 15,6 52,5 -33,6
2º Camaçari Metropolitano de Salvador 30 2,9 9,4 89 8,9 30,0 196,7
3º Feira de Santana Portal do Sertão 53 5,1 85,5 48 4,8 80,0 -9,44º Vitória da Conquista Vitória da Conquista 34 3,3 77,3 34 3,4 69,4 0,05º Barreiras Bacia do Rio Grande 27 2,6 51,9 21 2,1 51,2 -22,26º Itabuna Litoral Sul 22 2,1 52,4 19 1,9 46,3 -13,67º Lauro de Freitas Metropolitano de Salvador 21 2,0 6,6 18 1,8 6,1 -14,3
8º Juazeiro Sertão do São Francisco 18 1,7 52,9 17 1,7 58,6 -5,6
9º Guanambi Sertão Produtivo 12 1,2 37,5 16 1,6 37,2 33,310º Teixeira de Freitas Extremo Sul 13 1,2 34,2 15 1,5 42,9 15,411º Itagibá Médio Rio de Contas 2 0,2 10,0 15 1,5 53,6 650,0
12º Luís Eduardo Magalhães Bacia do Rio Grande 14 1,3 26,9 13 1,3 31,7 -7,1
13º Itapetinga Médio Sudoeste da Bahia 9 0,9 56,3 12 1,2 46,2 33,314º Simões Filho Metropolitano de Salvador 7 0,7 2,2 12 1,2 4,0 71,415º Ilhéus Litoral Sul 13 1,2 31,0 11 1,1 26,8 -15,416º Candeias Metropolitano de Salvador 13 1,2 4,1 11 1,1 3,7 -15,4
17º Campo Formoso Piemonte Norte do Itapicuru 8 0,8 32,0 11 1,1 37,9 37,5
18º Senhor do Bonfim Piemonte Norte do Itapicuru 9 0,9 36,0 11 1,1 37,9 22,2
19º Paulo Afonso Itaparica 20 1,9 90,9 10 1,0 83,3 -50,0
Total ranking 560 53,7 - 539 54,1 - -3,8Total demais municípios 483 46,3 - 458 45,9 - -5,2Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESENota: foram considerados as cooperativas e estabelecimentos com e sem movimentação de empregos ao longo do ano
TABELA 3 DISTRIBUIçãO DAS COOPERATIVAS POR MUNICÍPIOBAHIA, 2006 E 2010
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
24
tivo; Teixeira de Freitas, do Extremo Sul;
Itagibá, do Médio Rio de Contas; Itapetin-
ga, do Médio Sudoeste da Bahia; e Paulo
Afonso, de Itaparica.
Duas observações adicionais merecem
destaque. A primeira é o aumento de
2 para 15 cooperativas no período de
2006 a 2010 no município de Itagibá.
Deste modo, este município sozinho
passou a responder por 53,6% das co-
operativas do território de Médio Rio
de Contas, em 2010, contra 10,0% em
2006. A segunda observação diz res-
peito à queda, pela metade, no número
de cooperativas do município de Pau-
lo Afonso, que passou de 20 para 10 no
período analisado – ainda respondendo
por 83,3% das cooperativas do território
de Itaparica.
Vale lembrar que o território de Sisal, que
possui a terceira maior participação e o
maior crescimento no total de coopera-
tivas do estado, foi caracterizado como
um dos que tem distribuição mais igua-
litária das cooperativas entre seus muni-
cípios. Deste modo, nenhum município
do território possui destaque no número
de cooperativas, a ponto de aparecer no
ranking analisado anteriormente. Con-
ceição do Coite, com 8 cooperativas em
2010, é o município com maior partici-
pação no território (16,3%). Em seguida
aparece Serrinha, com 7 cooperativas,
São Domingos, com 6 e Santaluz e Va-
lente, com 5 cooperativas cada. Com
exceção de Santaluz, que teve redução
de uma cooperativa no período, todos
os outros municípios citados apresenta-
ram crescimento no número de coope-
rativas, com destaque para São Domin-
gos, que passou de 2 para 6 no período.
No total, os 5 municípios mencionados
responderam por 63,3% das cooperati-
vas de Sisal em 2010, ressaltando o per-
fil menos concentrado do território, em
comparação aos municípios analisados
na Tabela 3 (Anexo 9).
1.2. Análise das Cooperativas Segundo a Geração de Empregos Formais
Todos os estabelecimentos, inclusive as cooperativas, podem ou não ter
tido empregos formais durante o ano6.
No caso das cooperativas brasileiras,
47,5% delas não registraram nenhuma
movimentação de emprego durante
o ano de 2010, uma redução em rela-
ção à participação verificada em 2006
(52,4%). A situação no Nordeste e na
Bahia é distinta, uma vez que a maio-
ria dos estabelecimentos não registrou
movimentação, com 64,2% e 64,1% em
2010, respectivamente. Ainda que te-
nha havido uma redução da participa-
ção das cooperativas sem movimen-
tação de emprego desde 2006, assim
como no Brasil, nessas localidades o
percentual permaneceu elevado (Grá-
fico 2). Deste modo, na Bahia, dos 997
estabelecimentos de natureza de coo-
perativas, 358 apresentaram movimen-
tação de emprego formal no ano de
2010, enquanto eram 320 em 2006 (de
um total de 1.043). 6 - Como mencionado na Nota Metodológica, a RAIS só traz os dados do emprego formal gerado diretamente pelas cooperativas e não o número de cooperados/associados.
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
25
Ao observar a totalidade dos estabele-
cimentos, não apenas as cooperativas,
verifica-se que, no Brasil, são maioria
aqueles que não tiveram movimentação
de emprego (55,3% em 2010), igualmente
observado para o Nordeste e (56,4%) e
para a Bahia (55,5%) (Anexo 10). Portan-
to, verifica-se uma diferença, qual seja, de
que no Brasil, ao contrário do que aconte-
ce para o total de estabelecimentos, en-
tre as cooperativas, são maioria aquelas
que possuem movimentação de empre-
go, ao passo em que, para o Nordeste e
Bahia, a prevalência de cooperativas sem
movimentação de emprego é ainda mais
acentuada do que em relação ao total
dos estabelecimentos no território.
Dentre os territórios de identidade, ob-
serva-se que Sisal, Chapada Diamantina,
Médio Rio de Contas, Irecê, Velho Chico
e Bacia do Paramirim destacam-se pelo
elevado percentual de cooperativas que
não possuíram movimentação de em-
prego em 2010 (acima de 81,6%, caso de
Sisal, até 100%, caso de Bacia do Parami-
rim). No sentido contrário, a maior inci-
dência de cooperativas com movimenta-
ção do emprego foi observada em Vitória
da Conquista, Médio Sudoeste da Bahia,
Costa do Descobrimento e Piemonte do
Paraguaçu, localidades em que mais da
metade das cooperativas tiveram pelo
menos algum vínculo de emprego formal
durante o ano de 2010, atingindo o per-
centual de 65,4% para Médio Sudoeste da
Bahia (Anexo 11). Com a exceção de Sisal,
os demais territórios situam-se no centro
do estado.
Os estabelecimentos que registraram
movimentação de emprego, ao longo do
ano de referência, podem ser analisados
segundo a quantidade de vínculos de
empregos formais que eles possuíam em
31/12. Como tendência geral, prevalecem,
no Brasil, aqueles estabelecimentos com
até 4 vínculos empregatícios. A distribui-
GRÁFICO 2
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESE
DISTRIBUIÇÃO DAS COOPERATIVAS POR TIPO DE MOVIMENTAÇÃO DE EMPREGO FORMAL DURANTE O ANO DE REFERÊNCIABAHIA, NORDESTE E BRASIL, 2006 E 2010
Sem movimentação Com movimentação
0 20 40 60 80 100
Bahia
Nordeste
Brasil2006
2010
2006
2010
2006
2010
52,4 47,6
47,5 52,5
68,2 31,8
64,2 35,8
69,3 30,7
64,1 35,9
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
26
ção das cooperativas não foge à lógica
predominante dos estabelecimentos para
o Brasil, como um todo, inclusive para a
Bahia (Anexo 12).
Do total de 358 cooperativas baianas
com movimentação no emprego no ano
de 2010, 182 delas (50,8%) possuíam
até 4 vínculos de empregos ativos no
final do ano em questão. Com exceção
desta faixa de tamanho, cujo número
manteve-se inalterado quando compa-
rado com 20067, todas as demais faixas
verificaram aumento no total de estabe-
lecimentos. Em termos relativos, a fai-
xa de tamanho que apresentou maior 7 - O que não significa que se trate dos mesmos estabelecimentos.
crescimento foi a de 50 a 99 vínculos,
que passou de 4 para 10, no período,
um crescimento de 150,0%. Em termos
absolutos, o maior crescimento foi veri-
ficado na faixa entre 5 e 9 vínculos, que
somou 22 cooperativas, alcançando 82
em 2010. Esta faixa é a segunda maior
em participação no total de por faixa
de tamanho. Foi registrado, em 2010, a
existência de duas cooperativas entre
250 e 499 vínculos empregatícios na
Bahia. Vale a observação que não há re-
gistros, em território baiano, de nenhu-
ma cooperativa com mais de 500 víncu-
los no período analisado – no Nordeste,
somou-se 7 com este porte (Gráfico 3).
GRÁFICO 3
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESE
DISTRIBUIÇÃO ABSOLUTA DAS COOPERATIVAS COM EMPREGO FORMAL,DURANTE O ANO DE REFERÊNCIA, SEGUNDO FAIXA DE TAMANHO DE ESTABELECIMENTO BAHIA, 2006 E 2010
80
100
120
140
160
180
200
60
40
20
0
Até 4 De 5 a 9De 10 a
19
De 20 a
49
De 50 a
99
De 100 a
249
De 250 a
499
2006 182 60 41 31 4 2 0
2010 182 82 45 34 10 3 2
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
27
1.3. As Atividades Econômicas Desempenhadas pelas Cooperativas Baianas
Ao desagregar os dados do total de cooperativas por setores de atividade
econômica é possível aprofundar o enten-dimento acerca da redução do seu núme-ro, vista no início dessa seção, observando a combinação de setores8 que apresen-taram diminuição no total de entidades e outros setores que tiveram crescimento. Comparando 2006 e 2010, percebe-se que, na Bahia, o setor de Outras ativida-des de serviços9 apresentou 79 instituições a menos, embora ainda permaneça como o setor com maior participação no total, com 26,8% em 2010, com um total de 267. Apesar de não ser tão expressivo no to-tal, outro setor que teve uma colaboração significativa para a redução do número de 8 - Refere-se à Seção CNAE. 9 - As desagregações de atividade econômica desse setor será apre-sentada adiante na análise.
cooperativas foi o de Atividades profissio-nais, científicas e técnicas, que passou de 38 para 15 no mesmo período (Tabela 4).
Por sua vez, o setor de Transporte, arma-zenagem e correio passou a figurar na se-gunda posição em relação à participação no total, com 145 estabelecimentos deste tipo em 2010, um aumento de 61,1% desde 2006, acrescentando no estado 55 entida-des deste setor. Figuram ainda, com signifi-cativa importância no total de cooperativas, em 2010, os setores de Agricultura, pecuá-ria, produção florestal, pesca e aquicultura, com 116 estabelecimentos (11,6% do total), Comércio; reparação de veículos automoto-res e motocicletas, com 113 (11,3% do total) e Atividades financeiras, de seguros e servi-ços relacionados (9,1%)10. 10 - A título de comparação, uma vez que o movimento de queda no total de cooperativas também é comum à totalidade da região a qual pertence o estado da Bahia, é possível notar algumas semelhanças em termos da movimentação do total de cooperativas por setor econômico, tal como a redução do número de cooperativas, nos anos analisados, do setor de Outras atividades de serviços, e o aumento do número de cooperativas no setor de Transporte, armazenagem e correio. A diferença reside no fato da segunda maior queda do número de cooperativas ter se concentrado, na região, no setor de atividades administrativas e serviços complementares (Anexo 13).
TABELA 4 NúMERO DE COOPERATIVAS, SEGUNDO SETORES DE ATIVIDADE ECONÔMICA BAHIA, 2006 E 2010
Setor de atividade econômica2006 2010 Variação
nº Partic. (%) nº Partic. (%) Absoluta (%)Total 1.043 100,0 997 100,0 -46 -4,4Outras atividades de serviços 346 33,2 267 26,8 -79 -22,8Transporte, armazenagem e correio 90 8,6 145 14,5 55 61,1Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 126 12,1 116 11,6 -10 -7,9Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas 108 10,4 113 11,3 5 4,6Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 86 8,2 91 9,1 5 5,8Saúde humana e serviços sociais 54 5,2 58 5,8 4 7,4Indústrias de transformação 47 4,5 55 5,5 8 17,0Educação 49 4,7 52 5,2 3 6,1Atividades administrativas e serviços complementares 55 5,3 42 4,2 -13 -23,6Construção 10 1,0 15 1,5 5 50,0Atividades profissionais, científicas e técnicas 38 3,6 15 1,5 -23 -60,5Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação 7 0,7 11 1,1 4 57,1Artes, cultura, esporte e recreação 16 1,5 8 0,8 -8 -50,0Indústrias extrativas 3 0,3 4 0,4 1 33,3Alojamento e alimentação 3 0,3 2 0,2 -1 -33,3Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais 0 0,0 2 0,2 2 -Administração pública, defesa e seguridade social 0 0,0 1 0,1 1 -Informação e comunicação 5 0,5 0 0,0 -5 -100,0Fonte: MTE. RAIS/Elaboração: DIEESENota: (1) foram considerados as cooperativas e estabelecimentos com e sem movimentação de empregos ao longo do ano. (2) Referem-se à seção CNAE 2.0. (3) Não foi identificada nenhuma cooperativa nas atividades de Serviços domésticos e de Eletricidade e gás em nenhum dos anos no intervalo entre 2006 e 2010. As Atividades imobiliárias registraram somente um estabelecimento apenas no ano de 2009.
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
28
Analisando, por setor de atividade eco-nômica, a distribuição das cooperati-vas segundo a existência de registro de emprego formal durante o ano de refe-rência, é possível verificar quais setores possuem maior incidência de coopera-tivas sem movimentação de emprego, e vice-versa. Como exemplo do primeiro caso, entre os setores com maior par-ticipação no total de estabelecimentos desta natureza (como visto na Tabela 4), têm-se as Outras atividades de ser-viços, onde praticamente 80,0% dos es-tabelecimentos não possuíram vínculos em 2010, ainda que já tenha sido maior (85,3% em 2006). Já o setor de Ativi-dades financeiras, de seguros e serviços relacionados possuiu movimentação de emprego formal em 82,4% de suas 91 entidades no ano de 2010, maior per-centual encontrado entre todos os seto-res. Ademais, possuem distribuição me-nos desigual com e sem movimentação – ou seja, maior participação relativa de cooperativas com movimentação de emprego no ano em relação à média do
município, que foi de 35,9% em 2010 –
os setores de Transporte, armazenagem
e correio (44,1%), Comércio; reparação
de veículos automotores e motocicletas
(42,5%) e Saúde humana e serviços so-
ciais (46,6%), segundo ordem de parti-
cipação no total destes estabelecimen-
tos em 2010 (Anexo 14).
Ainda é possível analisar, pelos setores
de atividade econômica, as cooperati-
vas que tiveram emprego formal no ano
segundo o porte do estabelecimento.
Como visto no Gráfico 03, as coope-
rativas baianas concentram-se na faixa
com até 4 estabelecimentos. O setor
que tem o maior número de coopera-
tivas com empregados formais no ano
de 2010, Atividades financeiras, de se-
guros e serviços relacionados, possui
uma distribuição menos concentrada
das cooperativas em relação ao porte
do estabelecimento, com número ex-
pressivo de cooperativas nas faixas que
vão de até 4 vínculos de emprego até
49 (Tabela 5).
TABELA 5NúMERO DE COOPERATIVAS COM EMPREGO FORMAL NO ANO DE REFERêNCIA POR SETORES DE ATIVIDADE ECONÔMICA E FAIxAS DE TAMANHO DO ESTABELECIMENTO – BAHIA, 2010
Setor de atividade econômica Até 4 De 5 a 9
De 10 a 19
De 20 a 49
De 50 a 99
De 100 a 249
De 250 a 499 Total
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 29 6 3 0 0 0 0 38Indústrias extrativas 1 0 0 0 0 0 0 1Indústrias de transformação 7 4 3 2 1 0 0 17Água, esgoto, ativ. de gestão de resíduos e descontaminação 2 1 0 0 0 0 0 3Construção 2 0 0 0 0 0 0 2Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas 28 6 8 5 1 0 0 48Transporte, armazenagem e correio 35 23 1 4 1 0 0 64Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 18 22 17 15 1 2 0 75Atividades profissionais, científicas e técnicas 5 0 1 0 0 0 0 6Atividades administrativas e serviços complementares 8 3 0 0 0 0 0 11Educação 4 0 3 1 3 0 0 11Saúde humana e serviços sociais 9 6 4 4 2 0 2 27Artes, cultura, esporte e recreação 1 0 0 0 0 0 0 1Outras atividades de serviços 33 11 5 3 1 1 0 54Total 182 82 45 34 10 3 2 358Fonte: MTE. RAIS/Elaboração: DIEESENota: Referem-se à seção CNAE 2.0.
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
29
Transporte, armazenagem e correio, segun-do setor em número de cooperativas que tem registro de emprego formal em 2010, possui uma concentração na faixa com até 4 vínculos de emprego, com 35 das 64 ins-tituições com emprego no ano, mas tem também uma participação importante na faixa de 5 a 9 vínculos, semelhante à distri-buição do total das cooperativas baianas.
Entre as de maior porte, destacam-se duas na atividade de Saúde humana e serviços sociais, no porte entre 250 a 499 vínculos e, na faixa de 100 e 249 vínculos, duas nas Atividades financeiras, de se-guros e serviços relacionados e uma nas Outras atividades de serviços.
Desagregando as informações dos setores, é possível identificar quais as atividades econômicas11 os compõem. Partindo pelo setor de Outras atividades de serviços, que é o que possui maior participação no total de cooperativas na Bahia, predominam, en-tre estes estabelecimentos, aqueles catego-rizados como Atividades associativas não especificadas anteriormente que, com 124 estabelecimentos em 2010, respondiam a 12,4% das cooperativas do estado naquele ano. Em seguida figuram as Atividades de associações de defesa de direitos sociais, com 92 estabelecimentos, e as Atividades de organizações associativas profissionais, com 28. Como visto anteriormente, este setor apresentou redução no total de esta-belecimentos, que passaram de 346 para 267, entre 2006 e 2010. Praticamente to-das as atividades deste setor apresentaram quedas significativas no número de esta-11 - Refere-se à subclasse CNAE. De um total de 1.329 subclasses exis-tentes na CNAE, 206 tiveram registro de estabelecimentos da natu-reza jurídica de cooperativa na Bahia (considerando 2006 e 2010).
belecimentos, com destaque para Outras atividades de serviços pessoais não espe-cificadas anteriormente, que passou de 54 estabelecimentos para 6, das próprias Ati-vidades associativas não especificadas an-teriormente que, ainda que tenha se man-tido em primeiro lugar no setor, teve uma redução de 12 estabelecimentos, e também as Atividades de organizações associativas profissionais, com redução de 10 estabele-cimentos12 (Tabela 6).
O segundo setor em participação no total de cooperativas, em 2010, Transporte, arma-zenagem e correio, também foi aquele onde se verificou o maior crescimento quando comparado com 2006. Ao contrário do se-tor analisado anteriormente, neste verifica--se que a maioria das atividades econômi-cas apresentou crescimento. Tiveram maior participação, neste setor, as atividades de Transporte rodoviário coletivo de passa-geiros, com itinerário fixo, municipal, com 28 cooperativas em 2010 (6 a mais do que 2006), seguido do Serviço de táxi, com 20 cooperativas, e Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudan-ças, intermunicipal, interestadual e interna-cional, com 17 cooperativas, ambas com 8 a mais do que em 2006. Em termos relati-vos, os maiores crescimentos no número de cooperativas foram nas atividades de Servi-ços de apoio ao transporte por táxi, inclusi-ve centrais de chamada, que passaram de 1 para 9 cooperativas no período (800,0% de aumento), Transporte escolar, que foi de 5 para 15 (200,0%), e Transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob regime de fre-tamento, intermunicipal, interestadual e in-12 - Este e todos os parágrafos seguintes referem-se aos dados cons-tantes no Banco de Dados.
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
30
ternacional, de 4 para 8 (100,0%), para ficar
naquelas com maior participação no setor.
A atividade de Transporte rodoviário coleti-
vo de passageiros, com itinerário fixo, inter-
municipal, exceto em região metropolitana,
apresentou redução de 4 cooperativas no
período, chegando a 8 em 2010.
O terceiro setor em termos de participação
nas cooperativas baianas foi o de Agricul-
tura, pecuária, produção florestal, pesca e
aquicultura. Apesar do setor ter apresenta-
do uma leve redução no total, em relação
a 2006, as principais atividades tiveram
aumento no número de estabelecimentos.
Atividades de apoio à agricultura não espe-
cificadas anteriormente são a maior ativi-
dade, com 37 entidades em 2010, 6 a mais
do que 2006. Em segundo lugar figuram
as Atividades de apoio à pecuária não es-
pecificadas anteriormente, com 19 coope-
rativas, em relação a 18 existentes em 2006.
Em terceiro lugar aparecem, empatados,
Criação de bovinos para leite e Apicultura,
com 12 empresas cada. No caso da primei-
ra, isso representa um grande avanço em
relação a 2006, quando havia apenas uma
instituição desta atividade, no caso da se-
gunda, foram acrescidas 3 no período.
Comércio; reparação de veículos automo-
tores e motocicletas foi o quarto maior se-
tor em números de cooperativas na Bahia.
As principais atividades deste setor são:
Comércio varejista de medicamentos vete-
rinários, com 16 unidades em 2010 (uma a
mais do que verificado em 2006), Comér-
cio atacadista de frutas, verduras, raízes, tu-
bérculos, hortaliças e legumes frescos, com
10 entidades (4 a mais do que em 2006),
Comércio varejista de carnes – açougues e
Comércio varejista de outros produtos não
especificados anteriormente, ambas com 6
cooperativas em 2010, a primeira com re-
dução de 12 unidades em relação a 2006 e
a segunda, com redução de 7. Em termos
relativos, chama a atenção o aumento de
uma para 5 cooperativas no período a ati-
vidade de Comércio atacadista de resíduos
de papel e papelão. Este setor apresenta
uma peculiaridade em relação aos demais
(com exceção das Indústrias de transfor-
mação, como será visto a seguir): ele é ca-
racterizado por uma distribuição maior das
cooperativas nas atividades econômicas.
Enquanto nos demais setores as atividades
com maior número representam a maioria
das entidades destes setores, no destes se-
tores, no caso do Comércio; reparação de
veículos automotores e motocicletas elas
respondem por menos da metade – mais
especificamente 42,5% em 2010. Em outras
palavras, este setor é caracterizado por ser
mais diversificado nas suas atividades do
que os demais13.
O setor das Atividades financeiras, de se-
guros e serviços relacionados tiveram a 5ª
maior participação no total de empresas
baianas em 2010. As três principais ativida-
des deste setor são Cooperativas de cré-
dito rural, com 41 estabelecimentos, as de
crédito mútuo, com 26 estabelecimentos e
Planos de saúde, com 18 estabelecimentos.
A primeira teve o incremento de 6 estabe-
lecimentos em relação a 2006, a segunda,
de 2 estabelecimentos e a última uma re-
dução de 4 estabelecimentos. 13 - Mais especificamente, 44 atividades econômicas deste setor pos-suem pelo menos uma cooperativa no estado da Bahia, em 2010 (ver Banco de Dados, que é parte integrante deste relatório, conforme Nota Metodológica).
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
31
Entre os setores com menor participação
no total de cooperativas do estado, mas
ainda com pelo menos 5,0% do total, res-
taram Saúde humana e serviços sociais,
Indústrias de transformação e Educação.
Do primeiro destacam-se as Outras ati-
vidades de atenção à saúde humana não
especificadas anteriormente, com 15 coo-
TABELA 6 COOPERATIVAS POR SETORES E SUBCLASSES DE ATIVIDADE ECONÔMICA SELECIONADASa – BAHIA, 2006 E 2010
Setor e subclasse de atividade econômica2006 2010
Variação (%)nº nº Partic. no
setor (%)Partic. no total (%)
Total 1.043 997 - 100,0 -4,4Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 126 116 100,0 11,6 -7,9
Atividades de apoio à agricultura não especificadas anteriormente 31 37 31,9 3,7 19,4Atividades de apoio à pecuária não especificadas anteriormente 18 19 16,4 1,9 5,6Criação de bovinos para leite 1 12 10,3 1,2 1.100,0Apicultura 9 12 10,3 1,2 33,3Demais Atividades 67 36 31,0 3,6 -46,3
Indústrias de transformação 47 55 100,0 5,5 17,0Preparação do leite 2 7 12,7 0,7 250,0Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas e as confeccionadas sob medida 6 7 12,7 0,7 16,7Fabricação de laticínios 9 6 10,9 0,6 -33,3Fabricação de conservas de frutas 1 4 7,3 0,4 300,0Demais Atividades 29 31 56,4 3,1 6,9
Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas 108 113 100,0 11,3 4,6Comércio varejista de medicamentos veterinários 15 16 14,2 1,6 6,7Comércio atacadista de frutas, verduras, raízes, tubérculos, hortaliças e legumes frescos 6 10 8,8 1,0 66,7Comércio varejista de carnes - açougues 18 6 5,3 0,6 -66,7Comércio varejista de outros produtos não especificados anteriormente 13 6 5,3 0,6 -53,8Comércio atacadista de algodão 3 5 4,4 0,5 66,7Comércio atacadista de resíduos de papel e papelão 1 5 4,4 0,5 400,0Demais atividades 52 65 57,5 6,5 25,0
Transporte, armazenagem e correio 90 145 100,0 14,5 61,1Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal 22 28 19,3 2,8 27,3Serviço de táxi 12 20 13,8 2,0 66,7Transp. rodov. de carga, exceto prod. perigosos e mudanças, intermun., interest. e internac. 9 17 11,7 1,7 88,9Transporte escolar 5 15 10,3 1,5 200,0Serviço de transporte de passageiros - locação de automóveis com motorista 5 12 8,3 1,2 140,0Serviços de apoio ao transporte por táxi, inclusive centrais de chamada 1 9 6,2 0,9 800,0Transp. rodov. col. de passag., com itinerário fixo, intermun., exceto em região metropolitana 11 8 5,5 0,8 -27,3Transp. rodov. col. de passageiros, sob regime de fretamento, intermun., interest. e internac. 4 8 5,5 0,8 100,0Demais atividades 21 28 19,3 2,8 33,3
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 86 91 100,0 9,1 5,8Cooperativas de crédito rural 35 41 45,1 4,1 17,1Cooperativas de crédito mútuo 24 26 28,6 2,6 8,3Planos de saúde 22 18 19,8 1,8 -18,2Demais atividades 5 6 6,6 0,6 20,0
Educação 49 52 100,0 5,2 6,1Administração de caixas escolares 0 15 28,8 1,5 -Ensino fundamental 20 11 21,2 1,1 -45,0Ensino médio 14 8 15,4 0,8 -42,9Educação infantil - pré-escola 4 4 7,7 0,4 0,0Educação profissional de nível técnico 5 4 7,7 0,4 -20,0Outras atividades de ensino não especificadas anteriormente 0 3 5,8 0,3 -Demais Atividades 6 7 13,5 0,7 16,7
Saúde humana e serviços sociais 54 58 100,0 5,8 7,4Outras atividades de atenção à saúde humana não especificadas anteriormente 17 15 25,9 1,5 -11,8Ativ. de atend. hospitalar, exceto pronto-socorro e unid. para atend. a urgências 8 11 19,0 1,1 37,5Atividades de profissionais da área de saúde não especificadas anteriormente 11 11 19,0 1,1 0,0Atividade médica ambulatorial restrita a consultas 1 5 8,6 0,5 400,0Atividades de enfermagem 2 5 8,6 0,5 150,0Atividades de apoio à gestão de saúde 5 3 5,2 0,3 -40,0Demais Atividades 10 8 13,8 0,8 -20,0
Outras atividades de serviços 346 267 100,0 26,8 -22,8Atividades associativas não especificadas anteriormente 136 124 46,4 12,4 -8,8Atividades de associações de defesa de direitos sociais 97 92 34,5 9,2 -5,2Atividades de organizações associativas profissionais 38 28 10,5 2,8 -26,3Outras atividades de serviços pessoais não especificadas anteriormente 54 6 2,2 0,6 -88,9Demais atividades 21 17 6,4 1,7 -19,0
Demais Setores 137 100 - 10,0 -27,0Fonte: MTE. RAIS/Elaboração: DIEESENota: (1) foram considerados as cooperativas e estabelecimentos com e sem movimentação de empregos ao longo do ano. (a) Referem-se, respectivamente, à seção e subclasse CNAE 2.0. Para critério de seleção ver nota metodológica.
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
32
perativas em 2010, as Atividades de aten-
dimento hospitalar, exceto pronto-socorro
e unidades para atendimento a urgências
e Atividades de profissionais da área de
saúde não especificadas anteriormente,
com 11 cooperativas cada. Das atividades
neste setor apenas Atividades de atendi-
mento hospitalar, exceto pronto-socorro
e unidades para atendimento a urgências
apresentou crescimento no período (de 8
para 11 cooperativas) e também Atividade
médica ambulatorial restrita a consultas,
que passou de 1 para 5 cooperativas e Ati-
vidades de enfermagem, de 2 para 5.
A Indústria de transformação, setor que co-
labora com um total de 5,5% das coopera-
tivas baianas em 2010, possui 4 subclasses
de atividade econômica que se destacam. A
primeira diz respeito à Preparação do Leite,
que passou de 2 para 7 cooperativas entre
2006 e 2010. Aliada ao setor alimentício, ve-
rifica-se também a Fabricação de laticínios
e a Fabricação de conservas de frutas, com
6 e 4 cooperativas, respectivamente. Ainda
nesse setor, figura a atividade de Confecção
de peças do vestuário, exceto roupas ínti-
mas e as confeccionadas sob medida, com
7 cooperativas em 2010. Este setor partilha,
com o Comércio, reparação de veículos au-
tomotores e motocicletas, a característica
de ser mais diversificado, ou seja, as ativida-
des econômicas que, individualmente, pos-
suem o maior número de cooperativas do
setor não respondem pela maioria das co-
operativas do setor. Deste modo, um gran-
de número de atividades econômicas deste
setor possui pelo menos uma cooperativa.
Finalmente, no setor de Educação desta-
cam-se a Administração de caixas escola-
res, com 15 cooperativas em 2010, atividade
que não contava com nenhum registro em
2006, a atividade de Ensino fundamental,
também do mesmo setor, com 11 coopera-
tivas em 2010 (eram 20 em 2006).
Para além das atividades dos setores com
maior participação, analisadas nos pará-
grafos anteriores, destacam-se também,
por participação e/ou seu crescimento, as
Outras atividades de serviços prestados
principalmente às empresas não especifi-
cadas anteriormente, do setor de Ativida-
des administrativas e serviços complemen-
tares, que somou 23 cooperativas em 2010.
Entre os setores com menor participação,
na Construção, a atividade de Construção
de edifícios contava com 6 cooperativas
na Bahia em 2010. No setor de Atividades
profissionais, científicas e técnicas figu-
ram as Atividades de consultoria em ges-
tão empresarial, exceto consultoria técnica
específica e as atividades de Serviços de
agronomia e de consultoria às atividades
agrícolas e pecuárias, com 4 e 3 cooperati-
vas em 2010, respectivamente. O setor de
Água, esgoto, atividades de gestão de re-
síduos e descontaminação é representado
pelas atividades de Coleta de resíduos não-
-perigosos e Recuperação de materiais não
especificados anteriormente, igualmente
com 4 e 3 cooperativas em 2010.
Em suma, pode-se observar uma participa-
ção muito relevante das atividades ligadas
aos serviços, como associações, transpor-
te – sobretudo de passageiros -, educação,
saúde, entre outros que, se somadas, repre-
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
33
sentam mais de 50% das cooperativas no
estado (com dados de 2010). A agricultura
e pecuária representam as atividades com
finalidade explicitamente produtiva com
maior participação das cooperativas baia-
nas. A partir da análise desagregada das ati-
vidades, pode-se perceber que a agricultura
e pecuária possivelmente se refletem tam-
bém no comércio e na indústria, bem como
nas atividades financeiras, com importante
participação das organizações de crédito
rural. Vale salientar, ainda, que os setores
de Comércio; reparação de veículos auto-
motores e motocicletas e de Indústrias de
transformação são caracterizados por uma
diversificação, onde ampla gama de ativida-
des econômicas possuem números diminu-
tos de cooperativas no estado da Bahia.
1.4. Análise Territorial da Atividade Econômica na Bahia14
Lançando um olhar para a distribui-ção das atividades econômicas sobre
o território baiano, é possível aprofundar
o entendimento sobre o encadeamento
produtivo destas atividades no estado. No
Território Metropolitano de Salvador, os
dois principais setores de atividade eco-
nômica em número de cooperativas coin-
cidem com os do estado, ou seja, Outras
atividades de serviços e Transporte, arma-
zenagem e correio (com 113 e 62 coopera-
tivas em 2010, respectivamente). No caso
do primeiro, destacam-se Atividades as-
sociativas não especificadas anteriormen-
te, com 73 cooperativas em 2010 (contra
24 em 2006) – vale ressaltar que somente 14 - Alguns dados desta seção estão disponíveis no Anexo 15 e são complementados pelas informações do Banco de Dados, que é parte integrante deste relatório (ver Nota Metodológica).
o município de Camaçari registrou 60 co-
operativas nesta atividade em 2010, sen-
do que em 2006 não tinha nenhuma. Em
seguida figuram as Atividades de associa-
ções de defesa de direitos sociais (23 coo-
perativas em 2010).
No segundo setor, as atividades com
maior participação são Transporte rodo-
viário coletivo de passageiros, com iti-
nerário fixo, municipal e Serviço de táxi,
com 14 cooperativas cada, sendo que a
última teve um incremento de 4 novas
desde 2006. Ainda cabe destacar o au-
mento de 1 para 7 entidades nos Serviços
de apoio ao transporte por táxi, inclusive
centrais de chamada.
Ainda no território metropolitano, em ter-
ceiro lugar aparece o setor de Saúde hu-
mana e serviços sociais, com 27 cooperati-
vas (setor que ocupa o 6º lugar no total do
estado), com destaque para as Atividades
de atendimento hospitalar, exceto pronto-
-socorro e unidades para atendimento a
urgências e Atividades de profissionais da
área de saúde não especificadas anterior-
mente, com 6 unidades cada. A redução
do número de cooperativas nesta região,
entre 2006 e 2010, pode ser explicada pela
redução de 28 para 7 entidades do setor
de Atividades profissionais, científicas e
técnicas, com redução de 13 para 1 no to-
tal de cooperativas nas Outras atividades
profissionais, científicas e técnicas não es-
pecificadas anteriormente. Este território e
atividade abrigam uma, das duas unidades,
com maior porte no estado, sendo que a
outra está localizada no território de Portal
do Sertão, analisado a seguir.
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
34
Em relação aos demais territórios de identi-
dade15, destacam-se as seguintes caracterís-
ticas: em Portal do Sertão, assim como para
o estado e boa parte dos TIs, o setor com
maior participação foi Outras atividades
de serviços, com 13 cooperativas em 2010
(contra 19 em 2006), sendo que 6 delas
eram das Atividades de associações de de-
fesa de direitos sociais. Em segundo lugar,
entretanto, figurou o setor de Comércio; re-
paração de veículos automotores e moto-
cicletas (10 em 2010, contra 13 em 2006),
sendo que a maior atividade foi Comércio
varejista de carnes – açougues, com 3 co-
operativas (contra 10 em 2006). Um setor
que teve crescimento no território foi Saúde
humana e serviços sociais, que alcançou 8
unidades em 2010, sendo 3 nas Atividades
de profissionais da área de saúde não es-
pecificadas anteriormente e 2 na Atividade
médica ambulatorial restrita a consultas,
atividades que não registravam nenhuma
cooperativa no território em 2006.
Sisal, território de identidade com cresci-
mento considerável de participação, re-
pete o primeiro e segundo lugar do ter-
ritório anterior, inclusive com a queda no
número de cooperativas no setor de Ou-
tras atividades de serviços, de 18 para 15 –
queda explicada pela redução de 10 para
3 entidades nas Atividades associativas
não especificadas anteriormente –, mas
com crescimento no Comércio; reparação
de veículos automotores e motocicletas,
de 5 para 9 empresas, com o destaque
para o aparecimento de 2 cooperativas
na atividade de Comércio atacadista de 15 - Procurou-se, nesta análise, ressaltar os movimentos dos territó-rios de identidade com maior participação no total das cooperativas do estado e/ou movimentações que fogem ao padrão verificado para a maioria das localidades analisadas.
resíduos de papel e papelão, e também
nas Indústrias de transformação (3 para
8). No caso deste último setor, destacam-
-se as indústrias de alimentos (2 na Fa-
bricação de amidos e féculas de vegetais,
uma na Fabricação de conservas de fru-
tas e uma Fabricação de laticínios).
É importante observar que a distribuição
das cooperativas em torno dos setores
de atividade nos três maiores territórios
de identidade da Bahia influencia o resul-
tado para o total do estado, como obser-
vado na Tabela 4.
Já Vitória da Conquista que, igualmente,
possui nas Outras atividades de serviços
e no Comércio; reparação de veículos
automotores e motocicletas os princi-
pais setores (com 9 e 8 entidades, res-
pectivamente, em 2010) viu no setor de
Transporte, armazenagem e correio um
crescimento importante de 2 para 8 co-
operativas. As seguintes atividades pos-
suem destaque no território, consideran-
do os setores mencionados: no primeiro
setor, Atividades de associações de defe-
sa de direitos sociais (3) e Atividades de
organizações associativas profissionais
(2), no segundo setor, Comércio ataca-
dista de café em grão e Comércio varejis-
ta de medicamentos veterinários (2 cada)
e, por fim, no último setor, Serviço de
transporte de passageiros - locação de
automóveis com motorista e Transporte
escolar, com 3 e 2 entidades cada.
O Sertão Produtivo tem o Comércio, re-
paração de veículos automotores e mo-
tocicletas como setor principal (11 coo-
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
35
perativas) empatado com Transporte,
armazenagem e correio, que passou de
1 para 11 cooperativas entre 2006 e 2010.
No primeiro, destaca-se as de Comércio
atacadista de algodão, 4 no total em 2010,
e no segundo, Serviço de transporte de
passageiros - locação de automóveis com
motorista e Transporte escolar, ambos
com 3 entidades cada (contra nenhuma e
uma, em 2006, respectivamente).
Bacia do Rio Grande não segue a tendên-
cia dos demais territórios de identidade,
na medida em que o setor com maior nú-
mero de cooperativas (16 em 2010) é o de
Agricultura, pecuária, produção florestal,
pesca e aquicultura, com 13 unidades nas
Atividades de apoio à agricultura não es-
pecificadas anteriormente, território que,
como visto, possui concentração das co-
operativas nos municípios de Barreiras e
Luís Eduardo Magalhães.
Por sua vez, o território de Extremo Sul
também foge à regra, tendo o setor com
maior participação o de Atividades finan-
ceiras, de seguros e serviços relacionados,
com 12 cooperativas, sendo 10 delas na
área de crédito rural. Neste caso em par-
ticular, praticamente todos os municípios
do território possuem pelo menos uma
cooperativa desta atividade econômica,
e não há concentração em nenhum mu-
nicípio em particular, nem em Teixeira de
Freitas, que responde pela concentração
do total de estabelecimentos do território.
Vale destacar, ainda, a importância das uni-
dades do setor de Educação nos territórios
de Médio Rio de Contas (15 cooperativas
neste setor em 2010, maior que em todos
os TIs – todas no município de Itagibá) e
também as 5 no território de Itaparica (de
um total de 12 que o território tem). No
primeiro caso, trata-se de 15 instituições
na atividade de Administração de caixas
escolares – a propósito, as únicas 15 coo-
perativas nesta atividade no estado – e no
segundo, entidades para o Ensino médio
(2), Ensino fundamental (1) e Cursos pre-
paratórios para concursos (1).
Por fim, olhando para as atividades eco-
nômicas desagregadas e sua participação
nos territórios de identidade, independen-
te dos setores de atividade, destacam-se,
ainda, os seguintes: no Médio Sudoeste da
Bahia, que contou com 26 cooperativas
em 2010, teve o maior número destas na
atividade de Comércio varejista de medi-
camentos veterinários, com 8 unidades.
Este número representa metade das co-
operativas desta atividade no estado no
ano. Piemonte Norte do Itapicuru é outro
território de identidade onde esta ativida-
de possui importância, com 3 cooperati-
vas em 2010, somadas às 3 de Criação de
bovinos para leite, mais 3 de Crédito rural
e também 3 de Atividades de associações
de defesa de direitos sociais.
Bacia do Jacuípe e Velho Chico destacam-
se pelas cooperativas nas Atividades de
apoio à pecuária não especificadas ante-
riormente, com 5 e 3 unidades nos terri-
tórios em 2010, respectivamente. Por fim,
ainda vale a menção das 4 cooperativas
da atividade de Apicultura no território
de Semiárido Nordeste II, de um total de
12 em todo o estado.
Fo
tos:
Man
u D
ias/
SE
CO
M-B
A
37
2.1. Os Grandes Números do Emprego Formal nas Cooperativas Baianas
As cooperativas baianas foram respon-sáveis diretamente por 4.197 vínculos
de empregos formais, em 2010. Isso repre-sentou 0,2% do emprego formal do estado, no ano. Nota-se que a intensidade de gera-ção de empregos formais nas cooperativas da Bahia é menor do que nos demais re-cortes geográficos analisados. No Nordes-te, respondem por 0,3% do emprego for-mal da localidade, e no Brasil, 0,7%, ou seja, mais do que o triplo da taxa verificada na Bahia. Quando avaliados os anos de 2006 e 2010, percebe-se que o ritmo de geração de empregos formais diretos foi mais ace-lerado do que a geração de emprego total em todas as localidades, tendo sido mais intensa na Bahia. O estoque de emprego das cooperativas variou 52,7% no período, e o estoque total de empregos do estado aumentou 27,2% (Tabela 7).
A distribuição do emprego formal nas cooperativas por entre os territórios de identidade mostra que apenas três territórios de identidade concentram mais da metade do emprego destas entidades baianas. O território Me-tropolitano de Salvador responde por 29,5% do emprego em 2010, seguido de Portal do Sertão e do Litoral Sul, com 13,7% e 8,7%, respectivamente. Juntos, perfazem 51,9%, um incremen-to de 4,4 pontos percentuais em re-lação à participação conjunta destes territórios em 2006. Verifica-se que houve crescimento da participação do território Metropolitano de Salva-dor (era 25,4% em 2006), e do Litoral Sul (5,1% em 2006), e queda da par-ticipação de Portal do Sertão (17,0% em 2006). Litoral Sul teve, inclusive, a maior variação no estoque de em-prego entre os maiores territórios de identidade, multiplicando por uma vez e meia o número de trabalhadores nas cooperativas (Tabela 8).
2. Conhecendo o Perfil do Emprego Formal Gerado nas Cooperativas
TABELA 7 NúMERO DE EMPREGOS FORMAIS NAS COOPERATIVAS E NO TOTAL DE ESTABELECIMENTOS – BRASIL, NORDESTE E BAHIA – 2006 E 2010
Região 2006 2010 VariaçãoCooperativas Total Participação (%) Cooperativas Total Participação (%) Cooperativas Total
Brasil 230.768 35.155.249 0,7 296.627 44.068.355 0,7 28,5 25,4Nordeste 16.084 6.185.903 0,3 21.641 8.010.839 0,3 34,5 29,5Bahia 2.749 1.681.473 0,2 4.197 2.139.232 0,2 52,7 27,2Fonte: MTE. RAIS/Elaboração: DIEESE
Foto: Robson Nascimento/SEBRAE-BA
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
38
2.2. O Emprego Formal nas Cooperativas Baianas por Setores de Atividade Econômica
Dois setores de atividade econômica res-pondem pela maior parte do emprego
nas cooperativas baianas, em 2010. O setor
de Atividades financeiras, de seguros e ser-
viços relacionados era responsável direta-
mente por 27,3% do estoque de trabalhado-
res nas cooperativas no estado, seguido do
setor de Saúde humana e serviços sociais,
com 24,9%. Juntos, estes setores somam
52,2%. As Outras atividades de serviços
possuem 13,4% do emprego neste setor na
Bahia. Outras áreas com participação rele-
vante são Comércio; reparação de veículos
automotores e motocicletas e Transporte,
armazenagem e correio, com 9,5% e 9,4%,
respectivamente (Gráfico 4).
Dos setores com maior participação no emprego formal das cooperativas, o que apresentou a maior variação no es-toque de empregos, entre 2006 e 2010, foi o setor de Saúde humana e servi-ços sociais, que passou de um estoque de 333 empregos em 2006 para 1.044 em 2010, o que representou um cres-cimento de 213,5%, ou seja, mais que o dobro da sua participação no período. Com participação relevante também ti-veram um crescimento importante no estoque, outras áreas, com destaque para Transporte, armazenagem e cor-reio, com aumento de 80,7% no período e Outras atividades de serviços, com 76,7%. Educação e Agricultura, pecuá-ria, produção florestal, pesca e aquicul-tura tiveram queda no estoque de em-pregos entre 2006 e 2010 (Gráfico 5).
TABELA 8 DISTRIBUIçãO DO EMPREGO FORMAL NAS COOPERATIVAS SEGUNDO TERRITÓRIO DE IDENTIDADE – BAHIA, 2006 E 2010
Território de identidade2006 2010 Variação (%)
2006/2010nº Participação (%) nº Participação (%)
Total 2.749 100,0 4.197 100,0 52,7
Metropolitano de Salvador 697 25,4 1.240 29,5 77,9
Portal do Sertão 467 17,0 573 13,7 22,7
Litoral Sul 141 5,1 366 8,7 159,6
Vitória da Conquista 168 6,1 341 8,1 103,0
Sertão do São Francisco 131 4,8 177 4,2 35,1
Extremo Sul 131 4,8 171 4,1 30,5
Recôncavo 96 3,5 161 3,8 67,7
Baixo Sul 122 4,4 156 3,7 27,9
Bacia do Rio Grande 186 6,8 140 3,3 -24,7
Sertão Produtivo 110 4,0 140 3,3 27,3
Sisal 87 3,2 128 3,0 47,1
Costa do Descobrimento 48 1,7 127 3,0 164,6
Médio Sudoeste da Bahia 50 1,8 104 2,5 108,0
Bacia do Jacuípe 91 3,3 101 2,4 11,0
Litoral Norte e Agreste Baiano 36 1,3 70 1,7 94,4
Médio Rio de Contas 60 2,2 51 1,2 -15,0
Demais territórios 128 4,7 151 3,6 18,0
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESE
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
39
2.3. Perfil dos Trabalhadores nas Cooperativas Baianas
No que diz respeito ao perfil do tra-balhador, podem ser analisados as-
pectos como sexo, faixa etária e esco-
laridade. No primeiro quesito, é possível
perceber uma distinção entre o perfil dos
trabalhadores de cooperativas na Bahia e
Nordeste em relação ao total do país. No
estado e região, predomina o emprego
feminino, com 53,5% e 54,3% do empre-
go em 2010, respectivamente, enquanto
no Brasil o percentual de mulheres em-
GRÁFICO 4
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESENota: Referem-se à seção CNAE 2.0. Visíveis apenas setores com mais de 1% do emprego nas cooperativas no ano de referência
DISTRIBUIÇÃO DO EMPREGO NAS COOPERATIVAS SEGUNDO SETORES DE ATIVIDADE ECONÔMICA – BAHIA, 2010
27,3%
24,9%13,4%
9,5%
9,4%
6,5%
4,8%
2,8%1,5%
Ativ. financeiras, de seguros e serv. relacionados
Saúde humana e serviços sociais
Outras atividades de serviços
Comércio; rep. de veículos autom. e motocicletas
Transporte, armazenagem e correio
Educação
Indústrias de transformação
Agric., pecuária, prod. flor., pesca e aquicultura
Demais setores
GRÁFICO 5
Fonte: MTE. RAIS/Elaboração: DIEESENota: Referem-se à seção CNAE 2.0. Ordenado pela participação no estoque, conforme Gráfico 4.
VARIAÇÃO (%) DO EMPREGO DAS COOPERATIVAS SEGUNDO SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA – BAHIA, 2006 E 2010
-
-
- -
50,0
42,3
36,1
9,6
80,7
54,1
76,7
213,5
23,3
100,0 50,0 0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0
Demais setores
Agric., pecuária, prod. flor., pesca e aquicultura
Indústrias de transformação
Educação
Transporte, armazenagem e correio
Comércio; rep. de veículos autom. e motocicletas
Outras atividades de serviços
Saúde humana e serviços sociais
Ativ. financeiras, de seguros e serv. relacionados
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
40
pregadas formalmente nas cooperativas
somava 45,9%. Em todas as localidades
verificou-se crescimento da participação
feminina no emprego nas cooperativas
(Gráfico 6). Isso contrasta com a predo-
minância masculina no mercado de tra-
balho baiano, nordestino e brasileiro. Em
2010, os homens representavam 58,3%
do emprego formal no estado e região, e
58,4% no Brasil (Anexo 16).
A distribuição dos trabalhadores se-
gundo sexo, pelos setores de atividade,
mostra que os setores que explicam a
predominância feminina no emprego nas
cooperativas baianas são Saúde huma-
na e serviços sociais e Educação, am-
bos com 69,5% de participação das mu-
lheres, em 2010, e também nos setores
de Transporte, armazenagem e correio
(63,2%) e Atividades financeiras, de se-
guros e serviços relacionados (61,9%).
Já os homens são maioria no emprego
das cooperativas das Indústrias de trans-
formação (80,0%), Comércio; reparação
de veículos automotores e motocicletas
(77,4%), Outras atividades de serviços
(68,5%), Agricultura, pecuária, produção
florestal, pesca e aquicultura (62,9%) e
representam 66,7% dos empregados nos
demais setores (Anexo 17).
A distribuição dos trabalhadores das
cooperativas por faixa etária não é sig-
nificativamente distinta da distribuição
de todos os trabalhadores, ou seja, a
faixa de idade predominante é a de 30
a 39 anos, com participação importante
da faixa dos 25 aos 29 anos e dos 40
aos 49 anos. Na Bahia, os percentuais
de trabalhadores nestas faixas, nas co-
operativas, foram 36,0%, 21,0% e 20,8%
em 2010, respectivamente. A diferen-
ça mais perceptível consiste na menor
participação dos trabalhadores com
mais de 50 anos na comparação com a
participação deles no total de empre-
go, movimento presente em todos os
GRÁFICO 6
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESE
DISTRIBUIÇÃO DO EMPREGO FORMAL DAS COOPERATIVAS SEGUNDO SEXO BRASIL, NORDESTE E BAHIA – 2006 E 2010
59,5 54,1 50,3 45,7 47,0 46,5
40,5 45,9 49,7 54,3 53,0 53,5
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
2006 2010 2006 2010 2006 2010
Brasil Nordeste BahiaMasculino Feminino
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
41
recortes regionais. Na Bahia, a partici-
pação destes trabalhadores foi de 9,3%
nas cooperativas e de 13,9% no total do
emprego formal. Em 2010, no Nordes-
te, o percentual foi de 10,2% e 14,8%, e
no Brasil 8,6% e 14,2%, respectivamente
(Gráfico 7 e Anexo 18).
Na comparação entre os territórios, ou-
tra característica marcante é a menor
participação dos jovens (até 29 anos)
nas cooperativas da Bahia e do Nor-
deste em relação ao Brasil. Enquanto
estes trabalhadores respondiam por
33,9% do emprego formal baiano, em
2010, e 31,7% no Nordeste, no total do
país alcançava 42,5%.
Com relação à escolaridade, em todas as localidades, é notável o predomínio dos trabalhadores com o Ensino Mé-dio completo, tanto no emprego total, como no emprego das cooperativas. Na Bahia, em 2010, eles foram 52,7% dos trabalhadores das cooperativas contra 49,0% no Nordeste e 38,0% no Brasil. É notável que a participação do trabalhador com menos escolaridade é menor na Bahia do que nas demais lo-calidades estudadas. Enquanto para o total do Brasil 32,9% dos trabalhadores nas cooperativas possuía até o Ensino Médio incompleto, este percentual era de 21,8% no Nordeste e 18,5% na Bahia (Tabela 9).
GRÁFICO 7
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESE
DISTRIBUIÇÃO DO EMPREGO FORMAL NAS COOPERATIVAS SEGUNDO FAIXAS ETÁRIAS – BAHIA, NORDESTE E BRASIL, 2010
1,2
20,6
20,7
30,4
18,4
8,2
0,4
0,3
11,9
19,5
35,6
22,5
9,6
0,5
0,3
12,5
21,0
36,0
20,8
9,0
0,3
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0
Até 17 anos
18 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
50 a 64 anos
65 ou mais
Até 17 anos
18 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
50 a 64 anos
65 ou mais
Até 17 anos
18 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
50 a 64 anos
65 ou mais
Bra
sil
No
rde
ste
Bah
ia
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
42
Para o total dos trabalhadores, essa rela-ção também é válida, ou seja, existe na Bahia menor incidência de trabalhado-res com escolarização até o Ensino Mé-dio incompleto, ainda que com incidên-cia menor (- 31,9% contra 37,5% no total do país), em 2010. Entretanto, a faixa dos trabalhadores com Ensino Médio é maior na Bahia (51,8%) do que no Brasil (41,9%), enquanto os trabalhadores com Ensino Superior incompleto ou mais é de 20,6% no Brasil e 16,3% na Bahia, sendo que so-mente a participação dos trabalhadores com Ensino Superior completo na Bahia (12,5% em 2010) é inferior à verificada no Brasil (16,0%) (Anexo 19).
Observando os dados gerais, é possível notar um aumento na escolaridade dos trabalhadores na comparação de 2006 para 2010. Em primeiro lugar, percebe-se a redução do emprego nas escolarida-des menores. No Brasil, o percentual de trabalhadores com até o Ensino Médio
incompleto passou de 45,4%, em 2006, para 37,5% em 2010. No Nordeste, a redu-ção foi de 43,5% para 36,1% e na Bahia, de 39,1% para 31,9%. Igualmente, as faixas de maior escolaridade apresentaram aumen-to de participação.
A mesma movimentação verifica-se nos trabalhadores das cooperativas e, neste particular, chama a atenção o aumento da participação dos trabalhadores com Ensino Superior completo. No caso da Bahia, eles passaram de 13,5% para 18,9%, entre 2006 e 2010, uma participação 6,3 pontos percentuais superior à participa-ção média do trabalhador com Ensino Superior na Bahia (12,5%, como já men-cionado). Com este percentual, há uma convergência entre a participação dos trabalhadores com Ensino Superior nas cooperativas dos territórios estudados, pois o Nordeste apresenta 20,0% de tra-balhadores com essa escolaridade, e o Brasil, 18,5% (Tabela 9 e Anexo 19).
TABELA 9 DISTRIBUIçãO DO EMPREGO FORMAL NAS COOPERATIVAS SEGUNDO ESCOLARIDADE – BRASIL, NORDESTE E BAHIA, 2006 E 2010
EscolaridadeBrasil Nordeste Bahia
2006 2010 2006 2010 2006 2010
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Analfabeto
Até o 5º ano Incompleto do Ensino Fundamental
5º ano Completo do Ensino Fundamental
Do 6º ao 9º ano Incompleto do Ensino Fundamental
Ensino Fundamental Completo
Ensino Médio Incompleto
Ensino Médio Completo
Educação Superior Incompleta
Educação Superior Completa
Mestrado Completo
Doutorado Completo
Fonte: MTE. RAIS Elaboração: DIEESE
0,4 0,3 1,0 0,6 0,5 0,3
3,7 3,0 3,2 2,0 4,2 2,0
5,8 4,0 4,0 1,5 3,4 1,4
11,0 9,1 5,0 4,1 4,7 4,0
9,8 8,4 11,6 9,1 6,0 5,6
8,6 8,1 5,4 4,5 4,7 5,2
36,3 38,0 46,5 49,0 53,2 52,7
10,0 10,4 7,9 9,1 10,0 9,7
14,3 18,5 15,4 20,0 13,5 18,9
0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,2
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
43
O tempo de permanência no emprego do trabalhador das cooperativas baia-nas tem uma característica parecida com o total do emprego no estado, mas algumas pequenas diferenças po-dem ser pontuadas. A primeira diz res-peito à menor participação dos empre-gados nas cooperativas com tempo de emprego inferior a 5,9 meses. Enquan-to para o total do estado, 18,7% dos tra-balhadores em 2010 estavam no atual emprego até 6 meses incompletos, en-tre os trabalhadores das cooperativas este percentual era de 12,9%. Para am-bas as categorias, a faixa de tempo de permanência predominante era a dos trabalhadores que tinham entre um ano completo e 2 anos incompletos, sendo a incidência maior entre os emprega-dos nas cooperativas, com 21,4% con-
tra 16,4% do emprego total do estado,
em 2010. Quando avaliadas as faixas
de tempo de permanência superiores
às já analisadas, o comportamento se-
gue mais semelhante, a não ser por um
leve diferencial da participação, maior
para os empregados nas cooperativas,
nas faixas entre 36,0 e 119,9 meses, e
maior para o total dos empregados no
estado, na faixa dos 120 meses (10 anos
completos) ou mais (Gráfico 8).
Quando comparado ao emprego nas
cooperativas dos demais recortes geo-
gráficos, nota-se que a participação das
menores faixas de tempo de emprego,
notadamente aquelas até os 6 meses in-
completos, é menor para os trabalhado-
res baianos do que para os demais, so-
bretudo para o total do Brasil (Anexo 20).
GRÁFICO 8
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESE
DISTRIBUIÇÃO DOS EMPREGADOS SEGUNDO FAIXAS DE TEMPO DE PERMANÊNCIA NO EMPREGO (EM MESES) – BAHIA, 2010
6,3 6,6
13,9
21,4
9,8
11,4
14,9 15,6
9,88,9
14,0
16,4
9,911,1
12,1
17,8
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
Até 2,9 De 3,0 a 5,9
De 6,0 a 11,9
De 12,0 a 23,9
De 24,0 a 35,9
De 36,0 a 59,9
De 60,0 a 119,9
120 ou mais
Cooperativas Total
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
44
2.4. O Emprego nas Cooperativas por Porte de Tamanho de Estabelecimento
Como visto na seção anterior, não consta, na Bahia, nenhuma coopera-
tiva com mais de 500 vínculos formais de emprego. Deste modo, verifica-se, no estado, uma maior concentração do em-prego nos estabelecimentos menores. Considerando o emprego nas coopera-tivas que contam com até 100 vínculos formais, estas somam 74,3% do emprego na Bahia, em 2010, contra 47,1% no Nor-deste e 47,5% no total do país. A faixa de tamanho de estabelecimento que res-ponde, sozinha, pela maior participação do emprego nas cooperativas no estado é a que tem entre 20 e 49 vínculos, com 24,7% do emprego em 2010, seguida da faixa de 50 a 99 vínculos, com 16,0%. Ambas apresentam, na Bahia, participa-ção maior do que nas outras localidades estudadas. Cumpre mencionar que, em
2006, não havia registro de nenhuma
cooperativa na faixa de 250 a 499 vín-
culos e que, em 2010, esta faixa passou
a responder por 15,8% do emprego nas
unidades baianas (Tabela 10).
Analisando a distribuição do emprego
por setor de atividade econômica e por
faixa de tamanho do estabelecimento,
é possível ver que o setor de Saúde hu-
mana e serviços sociais é o único que
apresenta vínculos no porte de 250 a
499 empregados, em 2010. Os setores
Atividades financeiras, de seguros e ser-
viços relacionados e Outras atividades
de serviços também são os únicos que
apresentam vínculos no porte entre 100
e 249 vínculos. Considerando a concen-
tração do emprego em uma faixa só, há
que se destacar o fato de que 69,9% dos
empregos gerados no setor de Educa-
ção, em 2010, são da faixa de 50 a 99
vínculos (Tabela 11).
TABELA 10DISTRIBUIçãO DO EMPREGO FORMAL NAS COOPERATIVAS SEGUNDO CLASSES DE TAMANHO DOS ESTABELECIMENTOS BRASIL, NORDESTE E BAHIA, 2006 E 2010
Faixa de tamanho (em nº de vínculos)
Brasil Nordeste Bahia
2006 2010 2006 2010 2006 2010
Até 4 4,1 3,4 6,7 4,7 12,1 6,6
De 5 a 9 6,2 6,1 7,6 6,4 14,6 12,8
De 10 a 19 10,0 9,7 10,7 9,2 19,9 14,2
De 20 a 49 16,5 15,1 16,6 16,2 33,4 24,7
De 50 a 99 12,5 13,2 10,0 10,6 9,1 16,0
De 100 a 249 17,9 17,6 11,5 11,8 10,9 9,9
De 250 a 499 14,4 14,6 14,6 12,8 0,0 15,8
De 500 a 999 8,9 8,8 8,2 10,8 0,0 0,0
1000 ou mais 9,4 11,5 14,2 17,5 0,0 0,0
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Total (números absolutos) 230.768 296.627 16.084 21.641 2.749 4.197Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESE
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
45
2.5. A Remuneração dos Trabalhadores nas Cooperativas
A remuneração média dos trabalhado-res em cooperativas na Bahia é leve-
mente inferior à remuneração média dos trabalhadores baianos. Em 2010, elas foram, respectivamente, de R$ 1.459 e R$ 1.56516, ou seja, a remuneração do trabalhador na cooperativa corresponde, em média, a 93% da remuneração do trabalhador baiano. Este percentual é o mesmo verificado em 2006, o que significa que ambas cresceram 16 - Em valores de agosto/2012. Deflacionado pelo INPC-IBGE.
em ritmo semelhante no período analisado (Gráfico 9). Na comparação com o total do Brasil, a remuneração média do trabalha-dor baiano em cooperativa foi 18,3% me-nor, em 2010 (R$ 1.781 contra os R$ 1.459 já mencionados). Esta diferença era de 20,8% em 2006. Não há diferenças significativas na remuneração média do trabalhador nas cooperativas na Bahia em relação ao Nor-deste (Anexo 21)17. 17 - A título de referência, a remuneração média do trabalhador da Bahia é em média 18,1% menor que a média nacional, ou seja, neste quesito, não há diferenciação entre a remuneração do trabalhador da cooperativa e todos os trabalhadores, quando comparado ao Brasil. Já na comparação com o Nordeste, a remuneração média do tra-balhador baiano é 4,8% maior para a totalidade dos trabalhadores, enquanto, como visto, para os trabalhadores das cooperativas ela é basicamente igual (ver Banco de Dados).
TABELA 11DISTRIBUIçãO DO EMPREGO FORMAL DAS COOPERATIVAS POR SETORES DE ATIVIDADE ECONÔMICA, SEGUNDO CLASSES DE TAMANHO DOS ESTABELECIMENTOS – BAHIA, 2010
Setor de atividade econômica Até 4 De 5 a 9
De 10 a 19
De 20 a 49
De 50 a 99
De 100 a 249
De 250 a 499 Total
Total 6,6 12,8 14,2 24,7 16,0 9,9 15,8 100,0Ativ. financeiras, de seguros e serv. relacionados 2,4 13,1 20,4 40,0 6,1 18,0 0,0 100,0Saúde humana e serviços sociais 1,3 3,3 4,4 13,8 13,7 0,0 63,5 100,0Outras atividades de serviços 8,4 13,0 12,3 13,5 16,0 36,8 0,0 100,0Comércio, rep. de veículos autom. e motocicletas 11,8 9,0 26,8 36,1 16,3 0,0 0,0 100,0Transporte, armazenagem e correio 12,9 39,3 4,1 29,2 14,5 0,0 0,0 100,0Educação 1,8 0,0 15,1 13,2 69,9 0,0 0,0 100,0Indústrias de transformação 7,0 13,0 20,5 30,5 29,0 0,0 0,0 100,0Agric., pecuária, prod. flor., pesca e aquicultura 40,5 31,9 27,6 0,0 0,0 0,0 0,0 100,0Fonte: MTE. RAIS/Elaboração: DIEESENota: Referem-se à seção CNAE 2.0.
GRÁFICO 9
Fonte: MTE. RAIS/Elaboração: DIEESE Nota: Em valores de agosto/2012. Deflacionado pelo INPC-IBGE
REMUNERAÇÃO MÉDIA DOS EMPREGADOS NAS COOPERATIVAS E TOTAL EM REAIS E A RELAÇÃO DA REMUNERAÇÃO NAS COOPERATIVAS/TOTAL BAHIA, 2006 E 2010
0
500
1.000
1.500
2.000
Total Relação cooperativas/totalCooperativas
1.2921.390
2006 2010
0,93
0,93
1.4591.565
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
46
A remuneração média dos trabalhado-res nas cooperativas difere quando ava-liados pelo tamanho da cooperativa. As que possuem até 4 vínculos pagam uma remuneração média de R$ 1.160, ou seja, 20,5% menor do que a apurada para a média da totalidade dos empregados em cooperativas no estado da Bahia. Os estabelecimentos com 50 a 99 vínculos e os de 100 a 249, por sua vez, pagam uma remuneração acima da média, de R$ 1.633 e R$ 1.580, respectivamente (Gráfico 10).
Dentre os setores de atividade econô-mica com maior participação no empre-go das cooperativas, o setor de Ativida-des financeiras, de seguros e serviços relacionados é aquele que tem a maior remuneração do emprego das coope-rativas baianas, com média de R$ 1.818, em 2010. Os trabalhadores formais nas unidades do setor Agricultura, pecuá-ria, produção florestal, pesca e aquicul-
tura possuem uma remuneração média
de R$ 1.732, também em 2010. O setor
de Transporte, armazenagem e correio
é o que paga as menores remunerações
médias, com R$ 924 (Gráfico 11).
Ainda que sujeito a algumas restrições
de cunho metodológico18, é possível
investigar evidências de diferencial na
remuneração dos empregados nestes
setores nas cooperativas em relação ao
total do estado. O setor de Atividades
financeiras, de seguros e serviços rela-
cionados paga, para o total empregado
na Bahia, mais do que o dobro, R$ 4.014.
Na contramão, a Agricultura, pecuária,
produção florestal, pesca e aquicultura
paga mais, em média, para os trabalha-
dores nas cooperativas do que para o
total do emprego no setor no estado,
que é de R$ 896.18 - Fatores como a ocupação desempenhada, tempo de experiência do trabalhador, escolaridade, entre outros, podem ajudar a explicar as diferenças encontradas.
GRÁFICO 10
Fonte: MTE. RAIS/Elaboração: DIEESE Nota: Em valores de agosto/2012. Deflacionado pelo INPC-IBGE
REMUNERAÇÃO MÉDIA DOS EMPREGADOS NAS COOPERATIVAS SEGUNDO CLASSES DE TAMANHO DOS ESTABELECIMENTOS – BAHIA, 2010
1.160
1.358
1.359 1.5
12 1.633
1.580
1.44
6
1.459
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
1.800
Até 4 De 5 a 9 De 10 a 19
De 20 a 49
De 50 a 99
De 100 a 249
De 250 a 499
Total
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
47
2.6. A Estrutura Ocupacional dos Empregos nas Cooperativas: uma Análise das Famílias Ocupacionais
As dez famílias ocupacionais que possuem maior participação no
emprego formal das cooperativas baia-
nas responderam por 53,1% do total do
estoque, em 2010. Estas foram também
as que apresentaram o maior cresci-
mento no estoque de empregos nas co-
operativas, de 71,9% no total entre 2006
e 2010, enquanto as demais famílias
ocupacionais tiveram um crescimento
de 35,5% (Tabela 12).
A família com maior participação é a
dos Agentes, assistentes e auxiliares
administrativos que respondeu, sozi-
nha, por 23,0% do emprego formal nas
cooperativas na Bahia, em 2010, em-
bora esta participação represente uma
redução de 4,3 pontos percentuais em
relação a 2006. Esta família é a que
mais emprega na totalidade do mer-
cado de trabalho formal baiano (ver
Banco de Dados). A segunda família
ocupacional com maior participação é
a dos Técnicos e auxiliares de enferma-
gem (6,8% de participação em 2010),
seguidos dos Escriturários de serviços
bancários (5,1%).
GRÁFICO 11
Fonte: MTE. RAIS/Elaboração: DIEESE Nota: (1) Referem-se à seção CNAE 2.0. (2) Em valores de agosto/2012. Deflacionado pelo INPC-IBGE
REMUNERAÇÃO MÉDIA DOS EMPREGADOS SEGUNDO SETORES DE ATIVIDADE ECONÔMICA – BAHIA, 2010
Total
Ativ. financeiras, de segurose serv. relacionados
Saúde humana e serviços sociais
Outras atividades de serviços
Comércio; rep. de veículos autom.e motocicletas
Transporte, armazenageme correio
Educação
Indústrias de transformação
Agric., pecuária, prod. flor.,pesca e aquicultura
Total Cooperativas
1.289
1.397
1.141
924
1.289
1.099
1.732
1.578
1.248
947
1.415
2.050
1.802
896
4.014
1.818
1.565
1.459
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
48
Dentre estas dez famílias ocupacionais,
a que apresentou a maior variação no
estoque de empregos nas cooperativas
foi a de Auxiliares de laboratório da saú-
de, que passou de apenas 1 vínculo, em
2006, para 82 vínculos em 2010. A se-
gunda com maior crescimento foi a dos
Trabalhadores de cargas e descargas de
mercadorias, que passou de 7 vínculos
para 194 vínculos. Os Técnicos e auxi-
liares de enfermagem tiveram o terceiro
maior crescimento, que quase triplicou
seu estoque de trabalhadores nas coo-
perativas no período.
Dentre as famílias ocupacionais que se
destacam por sua participação no em-
prego formal gerado diretamente nas
cooperativas, chama a atenção a remu-
neração dos Gerentes administrativos,
financeiros, de riscos e afins. Com remu-
neração média de R$ 3.157, em 2010, estes
empregados recebem mais do que duas
vezes acima da remuneração média do trabalhador nas cooperativas (R$ 1.459)19 (Tabela 13).
Na outra ponta, chama a atenção a baixa remuneração dos Trabalhadores de cargas e descargas de mercadorias (R$ 611, também em 2010) e os Traba-lhadores nos serviços de manutenção de edificações (R$ 667). Registraram signi-ficativa variação na remuneração (acima de 20%) entre 2006 e 2010 os Recep-cionistas (aumento de 22,9%, chegando a R$ 925, em 2010), os Operadores de telefonia (aumento de 21,3%, chegando a R$ 1.038) e os Operadores do comércio em lojas e mercados (aumento de 20,4%, chegando a R$ 885).
Considerando as restrições à investiga-ção do diferencial da remuneração entre os empregados nas cooperativas em rela-19 - Certamente, o valor nominal da remuneração desta família, aliada ao seu peso no estoque de empregos das cooperativas baianas, in-fluenciou a média da remuneração para cima.
TABELA 12 DISTRIBUIçãO ABSOLUTA E RELATIVA DO EMPREGO FORMAL NAS COOPERATIVAS SEGUNDO FAMÍLIAS OCUPACIONAIS – BAHIA, 2006 E 2010
Famílias ocupacionais2006 2010 Variação
(%)nº Partic. (%) nº Partic. (%)Total¹ 2.749 100,0 4.197 100,0 52,7
Agentes, assistentes e auxiliares administrativos 751 27,3 965 23,0 28,5
Técnicos e auxiliares de enfermagem 97 3,5 284 6,8 192,8
Escriturários de serviços bancários 179 6,5 212 5,1 18,4
Trabalhadores de cargas e descargas de mercadorias 7 0,3 194 4,6 2.671,4
Gerentes administrativos, financeiros, de riscos e afins 60 2,2 123 2,9 105,0
Operadores de telefonia 63 2,3 106 2,5 68,3
Recepcionistas 64 2,3 96 2,3 50,0
Operadores do comércio em lojas e mercados 75 2,7 87 2,1 16,0
Auxiliares de laboratório da saúde 1 0,0 82 2,0 8.100,0
Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações² 0 0,0 81 1,9 -
Total dez famílias 1.297 47,2 2.230 53,1 71,9
Total demais famílias 1.452 52,8 1.967 46,9 35,5
Fonte: MTE. RAIS/Elaboração: DIEESENota: (1) Total inclui ignorados. (2) Esta família só passou a ser registrada na base a partir de 2008, por isso não apresentou registro em 2006. Existe outra família ocu-pacional, os Mantenedores de edificações que apresentava registros de empregos até 2007.
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
49
ção ao total dos empregados, ressaltada
na análise da remuneração por setor de
atividade econômica20, é possível fazer a
mesma análise para as famílias ocupacio-
nais. Os próprios Gerentes administrativos,
financeiros, de riscos e afins, possuem re-
muneração média, no emprego nas coope-
rativas, superior à média da remuneração
desta família ocupacional no estado da
Bahia, no total de R$ 3.157 contra R$ 2.425,
respectivamente. Os Operadores de telefo-
nia, os Recepcionistas e os Operadores do
comércio em lojas e mercados possuem
a mesma dinâmica. Já os Escriturários de
serviços bancários e os Trabalhadores de
cargas e descargas de mercadorias pos-
suem, no emprego nas cooperativas, remu-
neração menor do que o total do emprego.
A análise da distribuição das famílias ocu-
pacionais por entre as faixas de tamanho
de estabelecimento permite captar dife-
renças em relação à estrutura da atividade
econômica nas cooperativas. É possível 20 - Ver pág. 46 e nota de rodapé nº 18.
perceber que os Agentes, assistentes e
auxiliares administrativos são uma família
ocupacional cuja participação é bem dis-
tribuída nas cooperativas de diversos por-
tes, não apresentando concentração sig-
nificativa em nenhum porte, em particular,
em 2010. Os Trabalhadores nos serviços
de manutenção de edificações e os Ope-
radores do comércio em lojas e mercados
também possuem um perfil semelhante,
mais distribuído (Tabela 14).
Ainda segundo dados de 2010, 72,2%
dos trabalhadores na família ocupacional
dos Técnicos e auxiliares de enfermagem
e 98,8% dos Auxiliares de laboratório da
saúde estão alocados em estabelecimen-
tos com 250 a 499 trabalhadores. Ainda
nesta faixa de tamanho de estabelecimen-
to, os Gerentes administrativos, financei-
ros, de riscos e afins também possuem
uma participação considerável, com 41,5%
dos trabalhadores desta família ocupacio-
nal em estabelecimentos deste porte.
TABELA 13REMUNERAçãO MéDIA DOS EMPREGADOS NAS DEz FAMÍLIAS OCUPACIONAIS COM MAIOR PARTICIPAçãO NO ESTOqUE DE EMPREGOS NAS COOPERATIVASBAHIA, 2006 E 2010
Famílias ocupacionais
2006 2010 Variação (%)
Coope-rativas Total
Relação coop./ total
Coope-rativas Total
Relação coop./ total
Coope-rativas Total
Total¹ 1.292 1.390 0,93 1.459 1.565 0,93 12,9 12,6
Agentes, assistentes e auxiliares administrativos 1.167 1.412 0,83 1.183 1.426 0,83 1,4 0,9
Técnicos e auxiliares de enfermagem 1.040 1.262 0,82 1.109 1.411 0,79 6,7 11,8
Escriturários de serviços bancários 1.205 3.084 0,39 1.345 3.702 0,36 11,7 20,0
Trabalhadores de cargas e descargas de mercadorias 668 754 0,89 611 852 0,72 -8,6 13,0
Gerentes administrativos, financeiros, de riscos e afins 3.675 2.565 1,43 3.157 2.425 1,30 -14,1 -5,4
Operadores de telefonia 856 825 1,04 1.038 897 1,16 21,3 8,8
Recepcionistas 752 748 1,01 925 829 1,12 22,9 10,8
Operadores do comércio em lojas e mercados 735 743 0,99 885 849 1,04 20,4 14,3
Auxiliares de laboratório da saúde 822 917 0,90 952 1.043 0,91 15,8 13,8
Trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações² - - - 667 724 0,92 - -
Fonte: MTE. RAIS / Elaboração: DIEESENota: Em valores de agosto/2012. Deflacionado pelo INPC-IBGE
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
50
Os Trabalhadores de cargas e descar-gas de mercadorias possuem uma con-centração (92,8%) nas cooperativas com 100 e 249 vínculos. Já os Opera-
dores de telefonia e os Escriturários de serviços bancários se concentram na faixa de 20 a 49 vínculos (53,8% e 44,3%, respectivamente).
TABELA 14DISTRIBUIçãO NAS DEz MAIORES FAMÍLIAS OCUPACIONAIS DAS COOPERATIVAS SEGUNDO CLASSES DE TAMANHO DE ESTABELECIMENTO BAHIA, 2010
Famílias ocupacionais Até 4 De 5 a 9 De 10 a 19
De 20 a 49
De 50 a 99
De 100 a 249
De 250 a 499 Total
Total 6,6 12,8 14,2 24,7 16,0 9,9 15,8 100,0
Agentes, assistentes e auxiliares administrativos 9,7 18,8 12,2 27,7 9,6 14,2 7,8 100,0
Técnicos e auxiliares de enfermagem 0,0 0,0 3,5 8,5 13,0 2,8 72,2 100,0
Escriturários de serviços bancários 0,9 17,9 32,1 44,3 4,7 0,0 0,0 100,0
Trabalhadores de cargas e descargas de mercadorias 0,0 2,6 3,6 1,0 0,0 92,8 0,0 100,0
Gerentes administrativos, financeiros, de riscos e afins 9,8 12,2 19,5 11,4 4,1 1,6 41,5 100,0
Operadores de telefonia 1,9 18,9 11,3 53,8 5,7 0,0 8,5 100,0
Recepcionistas 13,5 6,3 12,5 34,4 33,3 0,0 0,0 100,0
Operadores do comércio em lojas e mercados 17,2 20,7 25,3 31,0 5,7 0,0 0,0 100,0
Auxiliares de laboratório da saúde 0,0 1,2 0,0 0,0 0,0 0,0 98,8 100,0
Trab. nos serviços de manutenção de edificações 6,2 16,0 30,9 27,2 14,8 3,7 1,2 100,0
Total dez famílias 6,4 13,3 13,4 24,2 9,0 14,8 18,9 100,0
Total demais famílias 6,9 12,2 15,2 25,2 24,0 4,3 12,3 100,0
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESE
Fo
tos:
Alb
ani R
amo
s/S
EC
OM
-BA
Fo
tos:
AS
CO
OB
-BA
e R
ob
son
de
Jesu
s/S
EB
RA
E-B
A
53
Conclusão
Como colocado na Apresentação, o principal objetivo deste estudo era
efetuar uma caracterização das coopera-
tivas na Bahia, com foco na questão terri-
torial e produtiva.
Uma das primeiras constatações foi que
tais entidades possuem um peso muito
pequeno no total de estabelecimentos
tanto da Bahia, como para o Brasil, em
torno de 0,3%, sendo um total de 997
cooperativas na Bahia, em 2010. Este nú-
mero, entretanto, vem crescendo cons-
tantemente no país desde o início da dé-
cada. Para o Nordeste, e para a Bahia em
particular, esta trajetória seguiu de ma-
neira peculiar, com crescimento intensi-
vo do ano 2000 até 2003, com leve ten-
dência de queda a partir de então. Deste
modo, quando analisados os dois anos
selecionados para este estudo, 2006 e
2010, verifica-se redução neste número,
que faz parte de um movimento mais
de longo prazo. O estado responde pelo
maior estoque de cooperativas da região
e é o 7º maior do país.
Observando a distribuição das coopera-
tivas dentro do estado, é possível conhe-
cer um pouco melhor o padrão de es-
pacialização da atividade econômica. O
território Metropolitano de Salvador é o
que responde pelo maior número de co-
operativas, seguido por Portal do Sertão
e Sisal, sendo este último o que presen-
ciou maior crescimento de participação
no estado. A análise dos dados permi-
tiu a identificação de alguns padrões re-
gionais. Um primeiro grupo é composto
pelos territórios de identidade que se
estendem do território Metropolitano de
Salvador e Litoral Norte e Agreste Baia-
no, na região nordeste do estado, até o
território de Sertão do São Francisco, no
noroeste. Nesta faixa, além dos territó-
rios já mencionados, incluem-se, ainda,
Portal do Sertão, Recôncavo, Bacia do
Jacuípe, Sisal, Piemonte de Diamantina e
Piemonte Norte do Itapicuru. Um segun-
do grupo é aquele que vai do sudeste ao
sudoeste e avança em direção ao cen-
tro do estado. Trata-se da faixa que se
estende do território do Litoral Sul para
o Médio Sudoeste da Bahia, Vitória da
Conquista, Sertão Produtivo e Chapada
Diamantina. E, por fim, dois territórios de
identidade ficam isolados dentro desta
lógica de análise. No extremo oeste, a
Bacia do Rio Grande e, ao sul do estado,
o território de Extremo Sul.
Foto: Maurício Maron/SEBRAE-BA
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
54
De forma geral, há uma concentração
da distribuição das cooperativas baia-
nas em poucos territórios e em poucos
municípios também. Um total de 19 mu-
nicípios possuíam ao menos 10 coope-
rativas em seu território, o que perfazia
um total de mais da metade das coope-
rativas do estado.
Avançando mais ainda no entendimen-
to da questão territorial, foi investigada
a concentração das cooperativas nos
municípios que compõem os territórios
de identidade.
Dentre os territórios de identidade com
maior participação no total de coope-
rativas baianas, prevalece um perfil de
concentração maior do que em relação
aos territórios com menor participação.
Entre os territórios com os maiores ín-
dices de concentração estão Portal do
Sertão com o município de Feira de
Santana, Vitória da Conquista, com o
município de mesmo nome, Litoral Sul
com Itabuna e Ilhéus, e Bacia do Rio
Grande, com Barreiras e Luís Eduardo
Magalhães. O território Metropolitano
de Salvador também é relativamente
concentrado, porém presenciou uma re-
dução desta concentração, sobretudo
devido ao aumento do número de coo-
perativas em Camaçari. Ainda conside-
rando os territórios de identidade com
maior participação, chama a atenção
o fato de que o território de Sisal pos-
sui uma distribuição relativamente mais
igual das cooperativas entre os municí-
pios do seu território.
A propósito, a caracterização setorial
das cooperativas baianas revelou infor-
mações interessantes. Em linhas gerais
pode-se observar uma participação mui-
to relevante das atividades ligadas aos
serviços, como associações, transporte
– sobretudo de passageiros –, educação,
saúde, entre outros que, se somadas, re-
presentam mais de 50% das unidades no
estado (com dados de 2010). A agricultu-
ra e pecuária representam as atividades
com finalidade explicitamente produtiva
com maior participação das cooperativas
baianas. A partir da análise desagregada
das atividades, pode-se perceber que a
agricultura e pecuária possivelmente se
refletem também no comércio e na in-
dústria, bem como, nas atividades finan-
ceiras, com importante participação das
cooperativas de crédito rural. Vale salien-
tar, ainda, que os setores de Comércio; re-
paração de veículos automotores e moto-
cicletas e de Indústrias de transformação
são caracterizados por uma diversifica-
ção, onde ampla gama de atividades eco-
nômicas possuem números diminutos de
organizações desta natureza no estado
da Bahia. A título de sugestão para apro-
fundamento desta questão setorial, como
mencionado na nota metodológica deste
estudo, há indícios de uma sobrerrepre-
sentação das duas subclasses de ativi-
dade econômica com maior número de
cooperativas, Atividades associativas não
especificadas anteriormente e Atividades
de associações de defesa de direitos so-
ciais, que mereceriam uma investigação
mais aprofundada.
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
55
Analisando a distribuição das atividades
econômicas no território baiano, como
já era esperado, tem-se que o peso dos
maiores territórios de identidade influen-
cia o resultado das maiores atividades.
Ou seja, prevalecem, com maior ou me-
nor ênfase, nos maiores territórios, as
Outras atividades de serviços, Transpor-
te, armazenagem e correio, Comércio;
reparação de veículos automotores e
motocicletas. O setor de Saúde huma-
na e serviços sociais também é um se-
tor de destaque nestes territórios. Entre
os analisados, Bacia do Rio Grande não
segue a tendência dos demais territórios
de identidade na medida em que o setor
com maior número de cooperativas é o
de Agricultura, pecuária, produção flo-
restal, pesca e aquicultura e também o
Extremo Sul foge à regra, tendo o setor
com maior participação o de Atividades
financeiras, de seguros e serviços rela-
cionados, com ênfase nas Cooperativas
de crédito rural. Neste caso em particu-
lar, praticamente todos os municípios
do território possuem pelo menos uma
cooperativa desta atividade econômica,
e não há concentração em nenhum mu-
nicípio em particular, nem em Teixeira de
Freitas, que responde pela concentração
do total de cooperativas do território.
O presente estudo também apresentou
considerações acerca do perfil do empre-
go formal gerado diretamente nas coo-
perativas. Constatou-se que o volume de
emprego nas cooperativas baianas, em
relação ao total de emprego, é menor do
que para o Nordeste e significativamente
menor do que para o Brasil. Entretanto,
foi na Bahia que o estoque de empre-
gos nas cooperativas mais cresceu entre
2006 e 2010.
A maioria das cooperativas baianas não
possui empregados formais em seus es-
tabelecimentos, em linha com a tendên-
cia do Nordeste, mas contrariamente à
tendência nacional. Os 35,9% de estabe-
lecimentos desta natureza, na Bahia, tem,
em sua maioria, até 4 empregos formais,
ainda que, durante o período analisado,
os estabelecimentos de porte maior te-
nham aumentado. A Bahia não registra
nenhuma cooperativa com mais de 500
empregados, e as duas maiores coope-
rativas existentes são do setor de Saúde
humana e serviços sociais, com 250 e
499 empregados. Quase ¾ do emprego
nas cooperativas baianas estavam nos
estabelecimentos com até 100 vínculos,
bastante inferior à média regional e na-
cional, quando menos da metade estava
em estabelecimentos deste porte.
O setor de Atividades financeiras, de
seguros e serviços relacionados era res-
ponsável diretamente por 27,3% do es-
toque de trabalhadores nas cooperativas
no estado, seguido do setor de Saúde
humana e serviços sociais, com 24,9%.
Juntos, estes setores somam 52,2%. As
Outras atividades de serviços possuem
13,4% do emprego nas cooperativas na
Bahia. Outros setores com participação
relevante são Comércio; reparação de
veículos automotores e motocicletas e
Transporte, armazenagem e correio, com
9,5% e 9,4%, respectivamente. O setor
de Saúde humana e serviços sociais foi o
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
56
que apresentou o maior crescimento no
período analisado.
O perfil dos trabalhadores nas cooperati-
vas também aponta informações interes-
santes. Na Bahia e no Nordeste predomina
o emprego feminino, enquanto no Brasil
o percentual de mulheres empregadas
formalmente nas cooperativas era me-
nor do que a metade. Isso contrasta com
a predominância masculina no total do
mercado de trabalho baiano, nordestino.
Avaliando a distribuição dos trabalhado-
res segundo sexo, nos setores de ativida-
de, mostra que os setores que explicam a
predominância feminina no emprego nas
cooperativas baianas são Saúde humana
e serviços sociais e Educação, e também
nos setores de Transporte, armazenagem
e correio e Atividades financeiras, de se-
guros e serviços relacionados.
A distribuição dos trabalhadores das coo-
perativas por faixa etária não é significati-
vamente distinta da distribuição de todos
os trabalhadores, ou seja, a faixa de idade
predominante é a de 30 a 39 anos, com
participação importante da faixa dos 25
aos 29 anos e dos 40 aos 49 anos. A dife-
rença mais perceptível consiste na menor
participação dos trabalhadores com mais
de 50 anos nas cooperativas na compara-
ção com a participação deles no total de
emprego, movimento presente em todos
os recortes regionais. Na comparação en-
tre os territórios, outra característica mar-
cante é a menor participação dos jovens
(até 29 anos) nas cooperativas da Bahia e
do Nordeste em relação ao Brasil.
Com relação à escolaridade, em todas
as localidades, é notável o predomínio
dos trabalhadores com o Ensino Mé-
dio completo, tanto no emprego total,
como no emprego das cooperativas.
Verifica-se, na Bahia, que o percentual
de trabalhadores com Ensino Superior
completo nas cooperativas é maior do
que a média do estado.
O tempo de permanência no emprego
do trabalhador das cooperativas baianas
tem uma característica parecida com o
total do emprego no estado, mas com
algumas pequenas diferenças, como, por
exemplo, a menor participação dos em-
pregados nas cooperativas com tempo
de emprego inferior a 5,9 meses.
A remuneração média dos trabalhado-
res em cooperativas na Bahia é leve-
mente inferior à remuneração média
dos trabalhadores baianos. As coopera-
tivas que empregam um menor número
de trabalhadores têm, em média, uma
remuneração inferior. O setor que pos-
sui as maiores remunerações médias é o
de Atividades financeiras, de seguros e
serviços relacionados.
Apenas dez famílias ocupacionais res-
pondem por mais da metade do estoque
de emprego das cooperativas baianas. Os
Agentes, assistentes e auxiliares adminis-
trativos responderam, sozinhos, por mais
de 1/5 do estoque. Técnicos e auxiliares
de enfermagem e os Escriturários de ser-
viços bancários são outras famílias ocu-
pacionais com importante participação
no estoque de empregos. Os Auxiliares
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
57
de laboratório da saúde, os Trabalhadores
de cargas e descargas de mercadorias e
os Técnicos e auxiliares de enfermagem
foram as ocupações que apresentaram
maior crescimento no estoque de empre-
gos no período analisado.
Os Agentes, assistentes e auxiliares ad-
ministrativos, os Trabalhadores nos servi-
ços de manutenção de edificações e os
Operadores do comércio em lojas e mer-
cados são ocupações que se apresentam
em cooperativas de diversos portes. Por
sua vez, as famílias ocupacionais relacio-
nadas às atividades de Saúde humana e
serviços sociais concentram-se nos esta-
belecimentos de maior porte.
Ainda que o estudo tenha proporcionado
uma caracterização do cooperativismo
baiano, claramente há diversas limitações
das bases de dados ora disponíveis que
impedem um aprofundamento da ques-
tão. Neste sentido, o atual estudo pode
servir de subsídio para a elaboração de
uma metodologia de monitoramento e
acompanhamento sistemático do coo-
perativismo baiano, eventualmente com
a necessidade de maior integração dos
órgãos de representação deste segmen-
to em busca de mais e melhores informa-
ções, sobretudo avançando nas metodo-
logias de captação de informações acerca
dos cooperados. Do ponto de vista da
gestão pública é importante a considera-
ção das especificidades deste segmento
para a elaboração de políticas públicas e
da estratégia de desenvolvimento territo-
rial e produtivo, avançando no entendi-
mento das cooperativas enquanto parte
de um arranjo produtivo local.
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59
Glossário
Cooperativas: segundo a Comissão Na-cional de Classificação (CONCLA), cor-responde às Sociedades de pessoas que se obrigam, através da celebração de contratos de sociedades cooperativas, a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lu-cro, podendo ter por objeto qualquer gê-nero de serviço, operação ou atividade.
Cooperativas com emprego: estabeleci-mentos declarantes da Rais com a natureza jurídica “cooperativas” que não possuíam empregados e nem movimentaram empre-gos ao longo do ano-base considerado.
Cooperativas sem emprego: estabeleci-mentos declarantes da Rais com a na-tureza jurídica “cooperativas” que não apresentaram movimentação de víncu-los empregatícios ao longo do ano-base considerado.
Família ocupacional: grupo da Classifica-
ção Brasileira de Ocupações (CBO). Reú-
ne ocupações substancialmente iguais
quanto à sua natureza, qualificações exi-
gidas, tarefas e operações exercidas.
Seção CNAE: é o nível mais agregado da
Classificação Nacional de Atividades Eco-
nômicas (CNAE). Classifica as unidades
de produção, de acordo com a similarida-
de na organização dos processos produ-
tivos (insumos, tecnologias e processos
de trabalho) ou das características dos
bens e serviços desenvolvidos na ativida-
de principal do estabelecimento.
Subclasse CNAE: é o nível mais desagre-
gado da Classificação Nacional de Ativi-
dades Econômicas (CNAE). Especifica
qual o tipo de atividade econômica prin-
cipal do estabelecimento.
Foto: Silvia Torres/SEBRAE-BA
60
GLOSSÁRIO ATIVIDADES ECONÔMICAS
Subclasse CNAE 2.0 Nota explicativa
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
Atividades de apoio à agricultura não especificadas anteriormente
Esta subclasse compreende:- a operação de sistemas de irrigação;- a atividade de contratantes de mão de obra para o setor agrícola;- o fornecimento de máquinas agrícolas com operador;
Esta subclasse não compreende:- o serviço de pulverização e controle de pragas agrícolas (0161-0/01);- o serviço de poda de árvores para lavouras (0161-0/02);- os serviços de preparação de terreno, cultivo e colheita realizados (0161-0/03);- as atividades pós-colheita (0163-6/00);- as atividades de agentes comerciais na intermediação de produtos agrícolas in natura (4611-7/00);- os serviços de agronomia e de consultoria às atividades agrícolas e pecuárias (7490-1/03);- os serviços de organização de exposições, feiras e shows agropecuários (8230-0/01).
Atividades de apoio à pecuária não especificadas anteriormente
Esta subclasse compreende:- as atividades relacionadas com a pecuária realizadas sob contrato, não especificadas anteriormente:
- a limpeza de banheiros carrapaticidas e sarnicidas;- a classificação de produtos de origem animal;- o serviço de alojamento do gado de curta duração;- a atividade de contratantes de mão de obra para o setor pecuário.
Esta subclasse não compreende:- o serviço de engorda de bovinos em currais (0151-2/01);- o serviço de inseminação artificial em animais (0162-8/01);- o serviço de tosquiamento de ovinos (0162-8/02);- o serviço de manejo de animais (0162-8/03);- as atividades veterinárias (7500-1/00);- os serviços de adestramento de animais domésticos, exceto cães de guarda (9609-2/03);- o alojamento, higiene e embelezamento de animais de estimação (9609-2/03);- as atividades de intermediação na venda de animais vivos (4611-7/00);- os serviços de organização de exposições, feiras e shows agropecuários (8230-0/01).
Criação de bovinos para leite
Esta subclasse compreende:- a criação de bovinos para leite;- a criação de bovino reprodutor leiteiro;- a produção de leite de vaca.
Esta subclasse compreende também:- o resfriamento do leite de vaca, realizado na unidade de produção;- a produção de sêmen de bovino leiteiro.
Esta subclasse não compreende:- a criação de bovinos para corte (0151-2/01);- a criação de bovinos, exceto para corte e leite (0151-2/03);- o serviço de manejo de animais (0162-8/03);- a preparação do leite (1051-1/00);- a fabricação de laticínios (1052-0/00).
Apicultura Esta subclasse compreende:- a criação de abelhas para a produção de mel, cera e outros produtos apícolas .
qUADRO 1 DESCRIçãO DAS SUBCLASSES DE ATIVIDADE ECONÔMICADAS COOPERATIVAS ESTUDADAS
continua
Foto: Manu Dias/SECOM-BA
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
61
Subclasse CNAE 2.0 Nota explicativa
Indústrias de transformação
Preparação do leite
Esta subclasse compreende:- a fabricação de leite resfriado, filtrado, esterilizado, pasteurizado, UHT (ultra hight tem-perature), homogeneizado ou beneficiado de outro modo;- o envasamento de leite, associado ao beneficiamento.
Esta subclasse não compreende:- a produção de leite cru (grupo 01.5);- o envasamento de leite sob contrato (8292-0/00).
Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas e as confeccionadas sob medida
Esta subclasse compreende:- a confecção de artigos do vestuário masculino, feminino e infantil (blusas, camisas, ves-tidos, saias, calças, ternos, casacos etc.), feitos com qualquer tipo de material (tecidos planos, tecidos de malha, couros etc.);- a confecção de roupas para recém-nascidos.
Esta subclasse compreende também:- a montagem de blusas, camisas, vestidos calças ou outras peças do vestuário.
Esta subclasse não compreende: - a fabricação de artefatos de tricotagem (malharia) (1422-3/00);- a confecção de roupas profissionais (1413-4/01);- a reparação ou conserto de peças do vestuário (9529-1/99).
Fabricação de laticínios
Esta subclasse compreende:- a fabricação de creme de leite, manteiga, coalhada, iogurte etc.;- a fabricação de bebidas à base de leite;- a fabricação de leite em pó, dietético, concentrado, maltado, aromatizado etc.;- a fabricação de queijos, inclusive inacabados;- a fabricação de farinhas e sobremesas lácteas.
Esta subclasse compreende também:- a fabricação de doce de leite;- a obtenção de subprodutos do leite: caseína, lactose, soro e outros.
Esta subclasse não compreende:- a fabricação de sorvetes (1053-8/00);- a fabricação de leites e queijos de soja ou de outros substitutos vegetais do leite (1099-6/99).
Fabricação de conservas de frutas
Esta subclasse compreende:- a fabricação de conservas de frutas (frutas conservadas em álcool, secas, desidratadas, polpas conservadas, purês e semelhantes);- o beneficiamento da castanha-de-caju e castanha-do-pará;- a fabricação de frutas em calda (compotas);- a fabricação de doces em massa ou pasta e geléias;- a fabricação de concentrados de tomate (extratos, purês, polpas);- a fabricação de leite de coco;- a fabricação de polpas de frutas.
Esta subclasse não compreende: - a fabricação de sucos concentrados de frutas (1033-3/01);- a fabricação de sucos integrais, prontos para beber, néctares, refrescos e semelhantes, de frutas (1033-3/02)- a fabricação de frutas cristalizadas (1093-7/02);- a fabricação de molhos de tomate preparados (1095-3/00).
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
Comércio varejista de medicamentos veterinários
Esta subclasse compreende: - o comércio varejista de medicamentos para uso veterinário, inclusive vacinas.
Esta subclasse não compreende:- os medicamentos produzidos em unidades centrais de manipulação (21.21-1);- as atividades de drogarias (4771-7/01);- o comércio varejista de medicamentos homeopáticos (4771-7/03).
Comércio atacadista de frutas, verduras, raízes, tubérculos, hortaliças e legumes frescos
Esta subclasse compreende: - o comércio atacadista de hortifrutigranjeiros.Esta subclasse não compreende:- o comércio atacadista de frutas e legumes em conservas e congelados (4637-1/99).
continua
continuação
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
62
Subclasse CNAE 2.0 Nota explicativa
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
Comércio varejista de carnes - açougues
Esta subclasse compreende: - o comércio varejista de:
- carnes de bovino, suíno, caprino, ovino e equídeo, frescas, frigorificadas e congeladas;- aves abatidas frescas, congeladas ou frigorificadas;- pequenos animais abatidos - coelhos, patos, perus, galinhas e similares;- o abate de animais associado ao comércio.
Esta subclasse não compreende:- o comércio varejista de aves vivas, coelhos e outros pequenos animais vivos para ali-mentação (4724-5/00)- o comércio varejista de frios e carnes conservadas (4721-1/03).
Comércio varejista de outros produtos não especificados anteriormente
Esta subclasse compreende:- o comércio varejista especializado na revenda de artigos não especificados nas classes anteriores, tais como:
- artigos religiosos e de culto;- artigos eróticos (sex shop);- artigos funerários;- artigos para festas;- plantas, flores e frutos artificiais para ornamentação;- perucas;- artigos para bebê;- rede de dormir;- carvão e lenha;- extintores, exceto para veículos;- cartões telefônicos;- molduras e quadros;- cargas e preparados para incêndio;- quinquilharias para uso agrícola.
Esta subclasse não compreende:- o comércio varejista de produtos da flora medicinal (4771-7/03);- o comércio varejista de produtos saneantes domissanitários (4789-0/05);- o comércio varejista de extintores de incêndio para veículos automotores (45.30-7);- o comércio varejista de embalagens de papel e papelão (4761-0/03).
Comércio atacadista de algodão
Esta subclasse compreende:- o comércio atacadista de algodão em caroço ou em pluma.
Comércio atacadista de resíduos de papel e papelão
Esta subclasse compreende:- o comércio atacadista de resíduos de papel e papelão;- o comércio atacadista de aparas de papel e papelão.
Esta subclasse não compreende:- a recuperação de resíduos de papel e papelão (3839-4/99).
Transporte, armazenagem e correio
Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal
Esta subclasse compreende:- o transporte rodoviário coletivo de passageiros, em linhas permanentes e de itinerário fixo, dentro do município.
Esta subclasse compreende também:- as linhas de ônibus da rede de integração metro-rodoviária e linhas de ônibus de ligação entre aeroportos dentro do mesmo município.
Esta subclasse não compreende:- o transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob regime de fretamento no âmbito municipal (4929-9/01)- o translado de passageiros em veículos automotores de passageiros em pistas internas de aeroportos (5240-1/99).
Serviço de táxi
Esta subclasse compreende:- os serviços de táxi.
Esta subclasse não compreende:- as cooperativas de táxi (5229-0/01).
continua
continuação
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
63
Subclasse CNAE 2.0 Nota explicativa
Transporte, armazenagem e correio
Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, intermunicipal, interestadual e internacional
Esta subclasse compreende:- o transporte rodoviário de cargas em geral, exceto de produtos perigosos, intermunici-pal, interestadual e internacional.
Esta subclasse compreende também:- o transporte intermunicipal, interestadual e internacional de cargas, em contêiners;- a locação de veículos rodoviários de carga com motorista, intermunicipal, interestadual e internacional.
Esta subclasse não compreende:- o transporte rodoviário de produtos perigosos (4930-2/03);- o transporte rodoviário de mudanças (4930-2/04);- as atividades de transporte de valores (8012-9/00);- a coleta de resíduos não-perigosos (lixo doméstico) (3811-4/00);- a distribuição de água potável em carro pipa (3600-6/02);- os serviços de entrega rápida de mercadorias do comércio varejista e de serviços de alimentação (5320-2/02);- as atividades dos terminais de carga, as operações de movimentação interna e armaze-namento de carga (grupo 52.1);- o transporte off-road exclusivamente em locais de extração mineral (09.90-4);- o transporte de toras e o descarregamento de madeira exclusivamente no local da der-rubada das árvores (0230-6/00);- a locação de veículos equipados com equipamentos de elevação de carga com operador (5212-5/00).
Transporte escolar Esta subclasse compreende:- o transporte especializado na locomoção de estudantes da rede pública ou privada.
Serviço de transporte de passageiros - locação de automóveis com motorista
Esta subclasse compreende:- a locação de automóveis com motorista ou condutor.
Serviços de apoio ao transporte por táxi, inclusive centrais de chamada
Esta subclasse compreende:- a operação de centrais de chamadas e reservas de táxi.
Esta subclasse compreende também:- as cooperativas de táxi.
Esta subclasse não compreende:- o transporte por táxi (4923-0/01).
Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, intermunicipal, exceto em região metropolitana
Esta subclasse compreende:- o transporte rodoviário coletivo de passageiros, em linhas permanentes e de itinerário fixo, intermunicipal, fora de região metropolitana.
Esta subclasse não compreende:- o transporte rodoviário de passageiros, em linhas permanentes e de itinerário fixo, muni-cipal e entre municípios dentro de região metropolitana (4921-3/01) e (4921-3/02);- o transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob regime de fretamento;- intermunicipal (4929-9/02).
Transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob regime de fretamento, intermunicipal, interestadual e internacional
Esta subclasse compreende:- o transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob regime de fretamento no âmbito intermunicipal, fora da região metropolitana, interestadual e internacional.
Esta subclasse não compreende:- a locação de automóveis sem motorista ou condutor (7711-0/00);- a locação de automóveis com motorista ou condutor (4923-0/02).
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
Cooperativas de crédito rural
Esta subclasse compreende:- as atividades das cooperativas de crédito rural que atuam na concessão de crédito aos produtores rurais associados na comercialização de sua produção. Apresentam quadro social formado por pessoas físicas que, de forma efetiva e preponderante, desenvolvam, na área de atuação da cooperativa, atividades agrícolas, pecuárias ou extrativas, ou que se dediquem a operações de captura e transformação do pescado.
continua
continuação
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
64
Subclasse CNAE 2.0 Nota explicativa
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
Cooperativas de crédito mútuo
Esta subclasse compreende:- as atividades das cooperativas de crédito mútuo que atuam na concessão de crédito aos cooperados. Apresentam quadro social formado por pessoas físicas que exercem deter-minada profissão ou atividades comuns, ou estejam vinculadas a determinada entidade e, excepcionalmente, por pessoas jurídicas que, na forma da lei, se conceituem como micro ou pequena empresa e que tenham por objeto as mesmas atividades econômicas das pessoas físicas, ou correlatas. Podem ser formadas também por pessoas que vivem em determinada região (de livre admissão de associados).
Planos de saúde
Esta classe compreende:- os planos com cobertura de riscos, parcial ou total, na área de assistência à saúde (mé-dico-hospitalar e odontológica) comercializados pelas empresas de Medicina de Grupo, Cooperativas Médicas, Sistemas de Autogestão e Empresas de Administração.
Esta classe não compreende:- os seguros-saúde no âmbito das companhias de seguros (65.20-1).
Educação
Administração de caixas escolares
Esta subclasse compreende:- a administração de recursos financeiros transferidos dos governos federal, estaduais e municipais para as caixas escolares de escolas públicas estaduais e municipais, respec-tivamente, para a aquisição de merenda escolar, contratação de pequenos serviços nas escolas, tais como manutenção, conservação, entre outros.
Ensino fundamental
Esta subclasse compreende:- as atividades de ensino fundamental de 1ª a 9ª séries regulares;- as instituições que oferecem cursos e exames supletivos no nível de conclusão do ensino fundamental (1ª a 9ª séries), da modalidade de educação de jovens e adultos, ministrados nos estabelecimentos de ensino fundamental;- os serviços de educação especial no ensino fundamental oferecidos em escola exclusi-vamente especializada.
Esta subclasse compreende também:- as atividades dos cursos de alfabetização de adultos;- as atividades de ensino à distância no ensino fundamental;- as atividades de ensino especial do ensino fundamental;
Esta subclasse não compreende:- as atividades de classes de alfabetização (CA), quando prestadas por escolas maternais e jardins de infância (8512-1/00)
Ensino médio
Esta subclasse compreende:- as atividades de ensino médio de formação geral (ensino médio regular);- os serviços de educação especial no ensino médio;- as instituições que oferecem os cursos e exames supletivos no nível de conclusão do ensino médio da modalidade de ensino de educação de jovens e adultos, ministrados nos estabelecimentos de ensino médio.
Esta subclasse compreende também:- o ensino médio profissionalizante, programa em extinção que está sendo substituído, gradativamente, pelos cursos de educação profissional;- as instituições que oferecem cursos normais de nível médio;- as atividades de ensino à distância do ensino médio;- as atividades de ensino especial do ensino médio.
Esta subclasse não compreende:- a educação profissional de nível técnico e tecnológico (grupo 85.4).
Educação infantil - pré-escola
Esta subclasse compreende:- as atividades de ensino pré-escolar em escolas maternais e jardins de infância, preferen-cialmente, para crianças de 4 e 5 anos de idade.
Esta subclasse compreende também:- as atividades das classes de alfabetização (CA), quando prestadas por escolas maternais e jardins de infância;- as escolas de educação especial que desenvolvem atividades educacionais regulares de educação infantil.
Esta subclasse não compreende:- as atividades de creches (8511-2/00).
continua
continuação
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
65
Subclasse CNAE 2.0 Nota explicativa
Educação
Educação profissional de nível técnico
Esta subclasse compreende:- as instituições que oferecem cursos destinados a proporcionar habilitação profissional, com organização curricular própria, a alunos matriculados no ensino médio ou egressos do ensino médio, por via regular ou supletiva, organizados por áreas profissionais, propor-cionando aos alunos habilitação de ensino médio;- as atividades de escolas técnicas, agrotécnicas, industriais, comerciais e de serviços terciários;- as atividades das escolas de cursos técnicos em geral.
Esta subclasse não compreende:- a educação profissional de nível tecnológico (8542-2/00);- o ensino médio profissionalizante, programa em extinção que está sendo substituído, gradativamente, pelos cursos de educação profissional (8520-1/00).
Outras atividades de ensino não especificadas anteriormente
Esta subclasse compreende:- as instituições que oferecem cursos de educação profissional de nível básico, de duração variável, destinados a qualificar e requalificar os trabalhadores, independentemente da escolaridade prévia, não estando sujeitos a regulamentação curricular;- as atividades dos cursos de datilografia;- as atividades de professores autônomos ou constituídos como empresas individuais, exceto de esportes, de arte e cultura e de idiomas;- outras atividades de ensino não especificadas anteriormente.
Esta subclasse compreende também:- as unidades centrais e regionais de órgãos voltados ao bem-estar social que têm a edu-cação como atividade prioritária.
Esta subclasse não compreende:- o ensino de esportes (8591-1/00);- o ensino de dança (8592-9/01);- o ensino de artes cênicas, exceto dança (8592-9/02);- o ensino de música (8592-9/03);- o ensino de idiomas (8593-7/00).
Saúde humana e serviços sociais
Outras atividades de atenção à saúde humana não especificadas anteriormente
Esta subclasse compreende:- as atividades de parteiras e curandeiros;- as atividades de outros profissionais de área de saúde, não especificadas anteriormente.
Atividades de atendimento hospitalar, exceto pronto- socorro e unidades para atendimento a urgências
Esta subclasse compreende:- os serviços de internação de curta ou longa duração prestados a pacientes realizados em hospitais gerais e especializados, hospitais universitários, maternidades, hospitais psi-quiátricos, centros de medicina preventiva e outras instituições de saúde com internação, incluindo-se os hospitais militares e os hospitais de centros penitenciários. Essas ativida-des são realizadas sob a supervisão direta de médicos e incluem:
- serviços de médicos;- serviços de laboratório, radiológicos e anestesiológicos;- serviços de centros cirúrgicos.
Esta subclasse compreende também:- serviços farmacêuticos, de alimentação e outros serviços prestados em hospitais;- os serviços prestados pelas unidades mistas de saúde, que são compostas por um cen-tro de saúde e uma unidade de internação com características de hospital local de peque-no porte, sob administração única;- as atividades dos navios-hospital;- as atividades de centros de parto.
Esta subclasse não compreende:- as atividades veterinárias (7500-1/00);- as atividades exercidas em prontos-socorros com assistência 24 horas e com leitos de observação (8610-1/02);- os serviços móveis de atendimento a urgências (86.21-6/01 e 86.21-6/02);- os serviços de ambulância com função unicamente de remoção de pacientes, sem envol-ver atendimento e acompanhamento por médicos (8622-4/00);- as atividades de atenção ambulatorial executadas por médicos e odontólogos (86.30-5/01, 86.30-5/02, 86.30-5/03, 86.30-5/04, 86.30-5/06, 86.30-5/07 e 86.30-5/99);- as atividades de serviços de complementação diagnóstica e terapêutica (86.40-2/01, 86.40-2/02, 86.40-2/03, 86.40-2/04, 86.40-2/05, 86.40-2/06, 86.40-2/07, 86.40-2/08, 86.40-2/09, 86.40-2/10, 86.40-2/11, 86.40-2/12, 86.40-2/13, 86.40-2/14 e 86.40-2/99).
continua
continuação
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
66
Subclasse CNAE 2.0 Nota explicativa
Saúde humana e serviços sociais
Atividades de profissionais da área de saúde não especificadas anteriormente
Esta subclasse compreende:- as atividades relacionadas com a saúde realizadas por profissionais legalmente habilita-dos, exceto as compreendidas nas subclasses anteriores, como as de médicos e dentistas, exercidas de forma independente:
- as atividades de optometristas;- as atividades de instrumentadores cirúrgicos;- outras atividades de serviços profissionais da área de saúde não especificadas ante-riormente.
Esta subclasse não compreende:- as atividades de práticas integrativas e complementares em saúde humana (8690-9/01).
Atividade médica ambulatorial restrita a consultas
Esta subclasse compreende:- as atividades de consultas e tratamento médico prestadas a pacientes externos exerci-das em consultórios, ambulatórios, postos de assistência médica, clínicas médicas, clínicas oftalmológicas e policlínicas, consultórios privados em hospitais, clínicas de empresas, centros geriátricos, bem como realizadas no domicílio do paciente.Esta subclasse compreende também:- as atividades de unidades móveis fluviais equipadas apenas de consultório médico e sem leitos para internação.
Esta subclasse não compreende:- as atividades de atendimento em pronto-socorro e unidades hospitalares para atendi-mento a urgências (8610-1/02);- a atividade médica ambulatorial com recursos para realização de procedimentos cirúr-gicos (8630-5/01);- a atividade médica ambulatorial com recursos para realização de exames complemen-tares (8630-5/02);- as atividades de profissionais da área de saúde, exceto médicos e odontólogos (86.50-0/01, 86.50-0/02, 86.50-0/03, 86.50-0/04, 86.50-0/05, 86.50-0/06, 86.50-0/07, 86.50-0/99);- as atividades de práticas integrativas e complementares em saúde humana (8690-9/01).
Atividades de enfermagem
Esta subclasse compreende:- as atividades realizadas por enfermeiros legalmente habilitados.
Esta subclasse compreende também:- as atividades realizadas por enfermeiros legalmente habilitados exercidas de forma independente.
Esta subclasse não compreende:- as atividades de enfermagem associadas ao fornecimento de infraestrutura de apoio e assistência a paciente no domicílio (8712-3/00).
Atividades de apoio à gestão de saúde
Esta subclasse compreende:- as atividades dos complexos reguladores das ações do Sistema Único de Saúde que são compostos pelas centrais de regulação. Essas centrais de regulação são responsá-veis pelo planejamento e controle do acesso ao serviço de saúde, atuando na assistência pré-hospitalar e inter-hospitalar de urgência, nas internações e na regulação de consul-tas e procedimentos ambulatoriais de média e alta complexidade;- as atividades de assessoria e consultoria na área de saúde.
Esta subclasse compreende também:- as atividades das fundações de apoio à pesquisa ligadas a universidades na área de saúde.
Outras atividades de serviços
Atividades associativas não especificadas anteriormente
Esta subclasse compreende:- as atividades de organizações associativas diversas criadas para defesa de causas de ca-ráter público ou objetivos particulares não relacionadas a qualquer atividade classificada em outras classes, tais como:
- os movimentos ecológicos e de defesa do meio ambiente;- as organizações que prestam apoio a serviços municipais e educativos;- as associações feministas;- as organizações de proteção de grupos étnicos e minoritários;- as associações de consumidores;- as associações de pais de alunos;- as associações e clubes estudantis;- as fraternidades.
Esta subclasse não compreende:- as atividades de assistência social prestadas em residências coletivas (87.30-1);- as atividades dos clubes sociais e esportivos (93.12-3).
continua
continuação
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
67
Subclasse CNAE 2.0 Nota explicativa
Outras atividades de serviços
Atividades de associações de defesa de direitos sociais
Esta subclasse compreende:- as atividades de associações que são criadas para atuar em causas de caráter social, tais como a defesa dos direitos humanos, defesa do meio ambiente, defesa das minorias étnicas etc.
Esta subclasse não compreende:- as atividades de assistência social prestadas em residências coletivas e particulares (87.30-1);- os serviços de assistência social sem alojamento (88.00-6).
Atividades de organizações associativas profissionais
Esta subclasse compreende: - as atividades das organizações e associações constituídas em relação a uma pro-fissão, área técnica ou área de saber e prática profissional, tais como as associações médicas, de advogados, de contadores, de engenheiros, de arquitetos, de economistas etc., centradas em:
- estabelecimento e fiscalização do cumprimento de normas profissionais;- representação perante órgãos da administração pública;- as atividades das organizações e associações artísticas, tais como as associações de atores, pintores etc.
Esta subclasse compreende também:- as atividades de organizações e associações constituídas por membros da comunidade científica.
Esta subclasse não compreende:- a edição e impressão de jornais, revistas etc. por organizações associativas (divisão 58);- o ensino oferecido por organizações associativas (divisão 85).
Outras atividades de serviços pessoais não especificadas anteriormente
Esta subclasse compreende:- as atividades de astrólogos, videntes e similares;- as atividades de engraxates, carregadores de malas;- as atividades de manobristas de automóveis (serviços de valet);- as atividades de tatuagem;- os serviços de segurança de piscina em prédios;- as atividades de mensagens fonadas (telemensagem);- serviços de cuidados de crianças de forma esporádica (babysiter);- exploração de chuveiro eletrônico;- exploração de sanitários públicos.
Esta subclasse não compreende:- a atividade de organização de feiras, congressos, exposições e festas (8230-0/01);- as atividades das agências matrimoniais (9609-2/02);- as atividades de alojamento, higiene e embelezamento de animais (9609-2/03);- os serviços domésticos (9700-5/00).
continuação
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
68
GLOSSÁRIO FAMÍLIAS OCUPACIONAIS
Agentes, assistentes e auxiliares adminis-trativos: executam serviços de apoio nas áreas de recursos humanos, administra-ção, finanças e logística; atendem forne-cedores e clientes, dando e recebendo informações sobre produtos e serviços; tratam de documentos variados, cum-prindo todo o procedimento necessário referente aos mesmos. Atuam na con-cessão de microcrédito a microempresá-rios, atendendo clientes em campo e nas agências, prospectando clientes nas co-munidades. Formação e experiência: Para o acesso às ocupações dessa família ocu-pacional requer-se o Ensino Médio com-pleto, curso básico de qualificação de até duzentas horas/aula e de um a dois anos de experiência profissional.
Técnicos e auxiliares de enfermagem: de-sempenham atividades técnicas de en-fermagem em empresas públicas e pri-vadas como: hospitais, clínicas e outros estabelecimentos de assistência médica, embarcações e domicílios; atuam em ci-rurgia, terapia, puericultura, pediatria, psiquiatria, obstetrícia, saúde ocupacio-nal e outras áreas. Prestam assistência ao paciente, zelando pelo seu conforto e bem-estar, administram medicamentos e desempenham tarefas de instrumen-
tação cirúrgica, posicionando de forma
adequada o paciente e o instrumental.
Organizam o ambiente de trabalho e dão
continuidade aos plantões. Trabalham em
conformidade às boas práticas, normas e
procedimentos de biossegurança. Reali-
zam registros e elaboram relatórios téc-
nicos. Desempenham atividades e ações
para promoção da saúde da família. For-
mação e experiência: O ingresso nas ocu-
pações técnicas requer certificação de
competências ou curso técnico em enfer-
magem (nível médio). Para os auxiliares
de enfermagem, requerem ensino funda-
mental e cursos de qualificação profissio-
nal com o mínimo de quatrocentas horas/
aula, podendo chegar a mil e quinhentas.
A possibilidade de continuar a qualifica-
ção dependerá da conclusão do Ensino
Médio. Atualmente, há cursos técnicos
em enfermagem, organizados modular-
mente, com saídas intermediárias para
qualificação de auxiliares de enfermagem.
O requisito de entrada desses cursos é o
Ensino Médio completo, tendo como filo-
sofia a educação continuada, que possi-
bilita ao auxiliar atingir o nível técnico, ao
completar novos módulos de formação
profissionalizante. A(s) ocupação(ões)
elencada(s) nesta família ocupacional de-
Foto: Silvia Torres/SEBRAE-BA
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
69
manda formação profissional para efeitos
do cálculo do número de aprendizes a se-
rem contratados pelos estabelecimentos,
nos termos do artigo 429 da Consolida-
ção das Leis do Trabalho – CLT, exceto os
casos previstos no art. 10 do Decreto 5.
598/2005.
Escriturários de serviços bancários: pres-
tam atendimento a usuários de serviços
bancários; realizam operações de caixa;
fornecem documentos aos clientes e exe-
cutam atividades de cobrança. Apoiam
as atividades das agências e demais se-
tores do banco; administram fluxo de
malotes; compensam documentos e con-
trolam documentação de arquivos. Esta-
belecem comunicação com os clientes,
prestando-lhes informações sobre os ser-
viços bancários. Formação e experiência:
O exercício dessas ocupações requer, no
mínimo, Ensino Médio completo. Opera-
dores de crédito e cobrança e caixas de
banco recebem treinamento de cerca de
duzentas horas/aula. Exercem atividades
diferenciadas e trabalham em vários seto-
res dos bancos. O pleno desempenho das
atividades é atingido após um a dois anos
de atuação na área.
Trabalhadores de cargas e descargas de
mercadorias: preparam cargas e descar-
gas de mercadorias; movimentam merca-
dorias em navios, aeronaves, caminhões
e vagões; entregam e coletam encomen-
das; manuseiam cargas especiais; repa-
ram embalagens danificadas e controlam
a qualidade dos serviços prestados. Ope-
ram equipamentos de carga e descarga;
conectam tubulações às instalações de
embarque de cargas; estabelecem comu-
nicação, emitindo, recebendo e verifican-
do mensagens, notificando e solicitando
informações, autorizações e orientações
de transporte, embarque e desembarque
de mercadorias. Formação e experiência:
Para o exercício dessas ocupações não se
requer nenhuma escolaridade e cursos de
qualificação. O tempo de experiência exi-
gido para o desempenho pleno da função
é de menos de um ano.
Gerentes administrativos, financeiros, de riscos e afins: exercem a gerência dos
serviços administrativos, das operações
financeiras e dos riscos em empresas
industriais, comerciais, agrícolas, públi-
cas, de educação e de serviços, incluin-
do as do setor bancário. Gerenciam re-
cursos humanos, administram recursos
materiais e serviços terceirizados de sua
área de competência. Planejam, dirigem
e controlam os recursos e as atividades
de uma organização, com o objetivo de
minimizar o impacto financeiro da mate-
rialização dos riscos. Formação e experi-
ência: Para o exercício das ocupações de
gerentes administrativos e financeiros, a
escolaridade varia em função do porte da
instituição empregadora: curso superior
incompleto e cursos profissionalizantes
de até quatrocentas horas ou gradua-
ção tecnológica, bacharelado e de pós-
-graduação. Os requisitos para os geren-
tes de riscos são mais elevados – curso
superior mais pós-graduação na área e
conhecimento do negócio em que atua.
Neste caso, o pleno desempenho das ati-
vidades ocorre em torno de cinco anos,
gerenciando riscos em uma área específi-
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
70
ca. A(s) ocupação(ões) elencada(s) nesta
família ocupacional demanda formação
profissional para efeitos do cálculo do nú-
mero de aprendizes a serem contratados
pelos estabelecimentos, nos termos do
artigo 429 da Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT, exceto os casos previstos
no art. 10 do Decreto 5. 598/2005.”
Operadores de telefonia: operam equipa-
mentos, atendem, transferem, cadastram
e completam chamadas telefônicas lo-
cais, nacionais e internacionais, comuni-
cando-se formalmente em português e/
ou línguas estrangeiras. Auxiliam o clien-
te, fornecendo informações e prestando
serviços gerais. Podem treinar funcioná-
rios e avaliar a qualidade de atendimen-
to do operador, identificando pontos de
melhoria. Formação e experiência: Essas
ocupações são exercidas por trabalha-
dores com escolaridade de nível médio,
exceto a de telefonista para a qual é re-
querido, no mínimo, o ensino fundamen-
tal. A formação profissional ocorre com
a prática de um a dois anos, no local de
trabalho. Pode-se demandar aprendiza-
gem profissional para a(s) ocupação(ões)
elencada(s) nesta família ocupacional, ex-
ceto os casos previstos no art. 10 do De-
creto 5.598/2005.
Recepcionistas: recepcionam e prestam
serviços de apoio a clientes, pacientes,
hóspedes, visitantes e passageiros; pres-
tam atendimento telefônico e fornecem
informações em escritórios, consultórios,
hotéis, hospitais, bancos, aeroportos e
outros estabelecimentos; marcam entre-
vistas ou consultas e recebem clientes ou
visitantes; averiguam suas necessidades e
dirigem-nos ao lugar ou à pessoa procu-
rados; agendam serviços, reservam (ho-
téis e passagens) e indicam acomodações
em hotéis e estabelecimentos similares;
observam normas internas de seguran-
ça, conferindo documentos e idoneidade
dos clientes e notificando seguranças so-
bre presenças estranhas; fecham contas e
estadas de clientes. Organizam informa-
ções e planejam o trabalho do cotidiano.
Formação e experiência: Essas ocupações
requerem o Ensino Médio completo, exce-
to o recepcionista de hotel que tem como
requisito o Ensino Superior incompleto. É
desejável curso básico de qualificação de
até duzentas horas/aula e de um a dois
anos de experiência profissional para o re-
cepcionista, em geral.
Operadores do comércio em lojas e mer-cados: vendem mercadorias em estabe-
lecimentos do comércio varejista ou ata-
cadista, auxiliando os clientes na escolha.
Registram entrada e saída de mercado-
rias. Promovem a venda de mercadorias,
demonstrando seu funcionamento, ofere-
cendo-as para degustação ou distribuindo
amostras das mesmas. Informam sobre
suas qualidades e vantagens de aquisição.
Expõem mercadorias de forma atrativa,
em pontos estratégicos de vendas, com
etiquetas de preço. Prestam serviços aos
clientes, tais como troca de mercadorias;
abastecimento de veículos; aplicação de
injeção e outros serviços correlatos. Fa-
zem inventário de mercadorias para repo-
sição. Elaboram relatórios de vendas, de
promoções, de demonstrações e de pes-
quisa de preços. Formação e experiência:
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
71
Em geral, para o exercício das ocupações de atendente de farmácia, demonstrador de mercadorias, promotor de vendas, re-positor de mercadorias, vendedor de co-mércio varejista e vendedor atacadista, requer-se do Ensino Fundamental ao En-sino Médio, podendo o mesmo variar de acordo com a ocupação, e quarta série do Ensino Fundamental para frentista. O tem-po médio para o desempenho profissional é heterogêneo: três a quatro anos para vendedores, um a dois anos para atenden-te de farmácia e menos de um ano para as demais ocupações.
Auxiliares de laboratório da saúde: cole-tam material biológico, orientando e ve-rificando preparo do paciente para o exa-me. Auxiliam os técnicos no preparo de vacinas; aviam fórmulas, sob orientação e supervisão. Preparam meios de cultura, estabilizantes e hemoderivados. Organi-zam o trabalho; recuperam material de trabalho, lavando, secando, separando e embalando. Trabalham em conformidade a normas e procedimentos técnicos e de biossegurança. Formação e experiência: O exercício dessas ocupações requer En-sino Fundamental e Médio, acompanhado de qualificação no próprio emprego ou em instituição de formação profissional.
A tendência ao aumento de requisitos de
qualificação dessas ocupações se iniciou
nos grandes laboratórios e começa a atin-
gir os hospitais e hemocentros, elevando
a escolaridade para o nível médio, com in-
centivos para que o pessoal conclua cur-
so técnico profissionalizante na área. A(s)
ocupação(ões) elencada(s) nesta família
ocupacional demanda formação profis-
sional para efeitos do cálculo do número
de aprendizes a serem contratados pelos
estabelecimentos, nos termos do artigo
429 da Consolidação das Leis do Traba-
lho – CLT, exceto os casos previstos no
art. 10 do Decreto 5.598/2005.
Trabalhadores nos serviços de manuten-
ção de edificações: executam serviços de
manutenção elétrica, mecânica, hidráuli-
ca, carpintaria e alvenaria, substituindo,
trocando, limpando, reparando e instalan-
do peças, componentes e equipamentos.
Conservam vidros e fachadas, limpam re-
cintos e acessórios e tratam de piscinas.
Trabalham seguindo normas de seguran-
ça, higiene, qualidade e proteção ao meio
ambiente. Formação e experiência: Para
o exercício das ocupações requer-se En-
sino Fundamental completo ou prática
profissional no posto de trabalho.
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
72
ANExO 1
LEI Nº 11.362 DE 26 DE JANEIRO DE 2009Regulamentada pelo Decreto nº 13.148 , de 08 de agosto de 2011.
Institui a Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo, e dá outras providências.
O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DA POLÍTICA ESTADUAL DE APOIO AO COOPERATIVISMO
Art. 1º – Fica instituída no Estado da Bahia a Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo como o conjunto de princípios, diretrizes, regras e ações a cargo dos diversos órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta do Estado da Bahia, com os seguintes objetivos:
I – incentivar a atividade cooperativista e contribuir para o seu desenvolvimento no Estado da Bahia;
II – fomentar e apoiar a constituição, a consolidação e a expansão de cooperativas no Estado;
III – estimular a captação e a disponibilização de recursos financeiros destinados a apoiar ações desta Política;
IV – apoiar técnica e operacionalmente o cooperativismo no Estado, promovendo as parcerias necessárias ao seu desenvolvimento.
Art. 2º – A Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo tem como base os seguintes princípios e diretrizes:
I – prevalência de ações de natureza emancipatória;
II – perenização das ações de fomento ao cooperativismo;
III – progressiva regularização das sociedades cooperativas;
IV – articulação das ações entre os diferentes órgãos e instituições da Administração Pública Direta e Indireta.
Art. 3º – São beneficiárias da Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo as cooperativas com sede e atuação no Estado da Bahia, e seus respectivos sócios.
Anexos
Foto: Juliana Souza/SEBRAE-BA
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
73
CAPÍTULO II
DOS ESTÍMULOS AO COOPERATIVISMO
Art. 4º – Para efetivar a Política instituída por esta Lei, compete ao Poder Público Estadual, através dos órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta:
I – prestar assistência educativa e técnica às cooperativas sediadas no Estado;
II – estabelecer incentivos fiscais e financeiros para o desenvolvimento do cooperativismo, in-clusive mediante a abertura de linhas de crédito específicas e concessão de tratamento fiscal diferenciado, na forma da lei.
III – promover o estreitamento das relações das cooperativas entre si, com seus parceiros e com o Poder Público Estadual;
IV – promover a formação e a capacitação técnica e profissional em cooperativismo, bem como em gestão e operação de tecnologias aplicadas a processos econômicos cooperativos;
V – estimular a inclusão de estudos sobre cooperativismo nos Ensinos Fundamental, Médio e Superior, bem como na educação profissional e tecnológica;
VI – proporcionar apoio técnico multidisciplinar à incubação e gestão de cooperativas;
VII – autorizar, permitir, ceder e conceder o uso de bens públicos a cooperativas, na forma da lei.
Parágrafo único – As ações previstas neste artigo poderão ser executadas mediante contratos e/ou convênios, conforme o caso, na forma da legislação em vigor.
Art. 5º – É obrigatório o registro das cooperativas nos órgãos tributários, com a emissão da res-pectiva inscrição, se assim o justificar a natureza da atividade desenvolvida.
Art. 6º – O Poder Executivo Estadual adotará mecanismos de incentivo financeiro às coopera-tivas, a fim de viabilizar a criação, manutenção e o desenvolvimento do sistema cooperativo do Estado da Bahia.
Art. 7º – Para financiar os programas de estímulo ou promoção das atividades das cooperativas, o Poder Executivo Estadual utilizará os recursos contemplados no orçamento, especificamente previstos no Fundo de Desenvolvimento Social e Econômico – FUNDESE, nos termos do Decreto Estadual nº 7.798, de 05 de maio de 2000.
Art. 8º – O Poder Público Estadual poderá conceder tratamento diferenciado para as cooperati-vas de pequeno porte e que atuem com os segmentos mais frágeis da economia, priorizando-as no acesso a recursos públicos e de crédito, e simplificando as exigências contábeis para o exer-cício de suas atividades.
Parágrafo único – O Poder Executivo Estadual estabelecerá em regulamento próprio os critérios para a classificação e enquadramento das cooperativas de que trata o caput deste artigo, poden-do estes critérios serem diferenciados a depender do ramo de atividade.
Art. 9º – As cooperativas legalmente constituídas no Estado da Bahia poderão participar dos pro-cessos licitatórios promovidos pelo Estado, sendo que as exigências relativas à capital social míni-mo passam a ter por referência o patrimônio líquido das cooperativas, vedada, em qualquer caso, a sua contratação para a execução de atividades que demandem prestação de trabalho subordinado.
Art. 10 – O Poder Público Estadual incentivará o estudo do cooperativismo na sua rede de ensino por meio do:
I – exercício de práticas pedagógicas sobre o cooperativismo;
II – fomento e manutenção de cooperativas escolares e escolas, na forma da legislação em vigor.
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
74
CAPÍTULO III
DO CONSELHO ESTADUAL DE COOPERATIVISMO
Art. 11 – Fica criado o Conselho Estadual de Cooperativismo – CECOOP, órgão de natureza con-sultiva e deliberativa vinculado à Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte – SETRE, com a finalidade de planejar e avaliar as ações desenvolvidas no âmbito da Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo, com as seguintes atribuições:
I – promover a articulação do Estado da Bahia com a sociedade civil, no âmbito do cooperativismo;
II – acompanhar projetos e programas desenvolvidos por órgãos e entidades da Administração Pública Direta ou Indireta do Estado da Bahia, no âmbito da Política de que trata esta Lei;
III – avaliar e emitir pareceres acerca do planejamento e da execução de projetos e programas no âmbito desta Política, desde que consultado por instituição representativa do cooperativismo ou por órgãos ou entidades da Administração Pública Direta ou Indireta;
IV – propor projetos e programas aos órgãos e entidades responsáveis pela implementação da Política de que trata esta lei;
V – propor medidas e encaminhamentos relacionados ao desenvolvimento da Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo, em prol do desenvolvimento e consolidação das cooperativas no Estado;
VI – apreciar os projetos apresentados pelas cooperativas e suas entidades representativas;
VII – acompanhar as aplicações dos recursos alocados nos projetos e programas das cooperati-vas e suas entidades beneficiadas;
VIII – promover estudos e pesquisas de forma a contribuir com o desenvolvimento da atividade cooperativista;
IX – organizar e manter atualizado um Cadastro Geral das Cooperativas no Estado da Bahia;
X – promover a articulação das ações concebidas e executadas nos diferentes órgãos e entidades da Administração Pública Direta e Indireta;
XI – elaborar e aprovar seu regimento interno.
Art. 12 – O CECOOP é constituído de 12 (doze) membros titulares, e seus respectivos suplentes, nomeados pelo Governador do Estado da Bahia para mandato de (02) dois anos, permitida uma recondução por igual período, mediante indicação dos Titulares máximos dos seguintes órgãos e entidades:
I – 01 (um) representante da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte – SETRE, que o presidirá;
II – 01 (um) representante da Secretaria da Fazenda – SEFAZ;
III – 01 (um) representante da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária – SEAGRI;
IV – 01 (um) representante da Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional – SEDIR;
V – 01 (um) representante da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração – SICM;
VI – 01 (um) representante da Secretaria da Educação – SEC;
VII – 01 (um) representante da Agência de Fomento do Estado da Bahia S/A – DESENBAHIA;
VIII – 02 (dois) representantes da Organização das Cooperativas do Estado da Bahia – OCEB;
IX – 02 (dois) representantes da União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Estado da Bahia – UNICAFES;
X – 01 (um) representante do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado da Bahia – SEBRAE/BA.
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
75
Parágrafo único – O regimento interno do Conselho Estadual de Cooperativismo, por ele aprova-do, detalhará as suas competências e normas de funcionamento.
Art. 13 – Junto ao CECOOP, funcionará uma Secretaria Executiva, com atribuições definidas no regi-mento interno, cujo Titular será designado pelo Secretário de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte.
Art. 14 – Os meios necessários ao adequado funcionamento técnico e administrativo do CECOOP correrão por conta da SETRE.
Art. 15 – As deliberações do CECOOP serão tomadas em forma de resolução, por decisão da maioria absoluta de seus membros.
Art. 16 – A participação dos membros do CECOOP será considerada de relevante interesse público, não remunerada.
CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIçÕES FINAIS
Art. 17 – O Poder Executivo Estadual regulamentará esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data de sua publicação.
Art. 18 – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 19 – Revogam-se as disposições em contrário.
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA, em 26 de janeiro de 2009.
JAQUES WAGNERGovernador
Carlos MelloSecretário da Casa Civil, em exercício
Nilton Vasconcelos JúniorSecretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte
Adeum Hilário SauerSecretário da Educação
Roberto de Oliveira MunizSecretário da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária
Carlos Martins Marques de SantanaSecretário da Fazenda
Rafael Amoedo AmoedoSecretário da Indústria, Comércio e Mineração
Edmon Lopes LucasSecretário de Desenvolvimento e Integração Regional
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
76
ANExO 2
DECRETO Nº 13.148 DE 08 DE AGOSTO DE 2011Regulamenta a Lei nº 11.362, de 26 de janeiro de 2009, que instituiu a Política Estadual de Apoio
ao Cooperativismo.
O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, no uso da atribuição que lhe confere o inciso V do art. 105 da Constituição Estadual, e tendo em vista o disposto no art. 17 da Lei nº 11.362, de 26 de janeiro de 2009,
D E C R E T A
Art. 1º – A Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo, instituída pela Lei nº 11.362, de 26 de janeiro de 2009, consiste num conjunto de princípios, diretrizes, regras e ações para incentivo, fomento, estímulo e apoio à atividade cooperativista no Estado.
Art. 2º – As cooperativas beneficiárias da Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo deverão ter sede e atuação no Estado da Bahia e estarem constituídas de acordo com a legislação pertinente.
Art. 3º – Incumbe aos órgãos e entidades da Administração direta e indireta do Estado, no âmbito das respectivas competências, prover, de forma integrada, as ações da Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo, em especial:
I – à Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte:
a) prestar assistência educativa e técnica às cooperativas sediadas no Estado, considerando a diversidade de sua atuação;
b) assessorar tecnicamente e operacionalmente a constituição e o funcionamento de coopera-tivas, estimulando a modalidade cooperativista de organização social, econômica e cultural nos diversos ramos da atividade;
c) promover, em conjunto com órgãos e entidades, cursos de capacitação sobre gestão e admi-nistração das cooperativas para dirigentes e associados das mesmas;
d) viabilizar a estrutura administrativa e de infraestrutura que possa permitir o bom funcionamen-to do Conselho Estadual de Cooperativismo;
e) criar um Cadastro Geral das Cooperativas situadas no Estado da Bahia;
f) exercer a coordenação das atividades de secretaria do Conselho Estadual de Cooperativismo;
II – à Secretaria da Educação:
a) incentivar a introdução de práticas cooperativistas entre estudantes da rede estadual, espe-cialmente as que promovam a atividade coletiva e a mútua ajuda, bem como a responsabilidade social em relação à comunidade local e ao Estado;
b) introduzir o tema da cooperação e do mundo do trabalho nos cursos de formação dos profes-sores da rede pública do Estado;
c) incentivar o desenvolvimento de atividades e projetos de pesquisa, extensão e especialização sobre cooperação no mundo do trabalho;
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
77
d) estimular a constituição de cooperativas educacionais, envolvendo professores, pais, alunos e outros parceiros;
e) incentivar e apoiar instituições estaduais de ensino superior e incentivar as demais insti-tuições públicas e privadas a viabilizarem cursos de especialização, pesquisa e extensão em temas relacionados à cultura da cooperação no mundo do trabalho, inclusive em nível de pós-graduação;
f) promover a inclusão de estudos sobre cooperativismo nos ensinos fundamental, médio e superior, integrantes do sistema estadual de ensino, bem como na educação profissional e tecnológica;
III – à Secretaria da Fazenda:
a) analisar as demandas de cada segmento cooperativista relacionadas aos tributos estaduais, propor a adoção das medidas necessárias, no âmbito do Poder Executivo Estadual, e implemen-tar as medidas de sua competência;
b) encaminhar à Comissão Técnica Permanente do ICMS que assessora o Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ propostas de acordos interestaduais para implementação de in-centivos fiscais que tenham por objeto as atividades cooperativas;
IV – à Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária:
a) prestar apoio à execução de projetos de assistência técnica às cooperativas da agricultura familiar, aquicultura, pesca, e mariscagem e agropecuárias sediadas no Estado;
b) assessorar técnica e operacionalmente as cooperativas mencionadas na alínea “a” deste inciso;
c) promover, em conjunto com órgãos públicos e entidades públicas e privadas, cursos de capacitação sobre gestão e administração das cooperativas, para seus dirigentes, associados e colaboradores;
IV – Ao Conselho Deliberativo do Fundo de Desenvolvimento Social e Econômico – FUNDESE, efetuar os ajustes necessários, no âmbito dos seus programas, destinados a financiar os progra-mas de estímulo ou promoção das cooperativas localizadas no Estado da Bahia;
V – À Agência de Fomento do Estado da Bahia S.A. – DESENBAHIA, na qualidade de gestora do FUNDESE, desenvolver e operacionalizar linhas de créditos específicas, no âmbito dos progra-mas do FUNDESE, destinados ao financiamento de capital de giro e de investimento fixo e misto para cooperativas e seus associados, inclusive para aquisição de cotas parte.
§ 1º – Para a consecução dos projetos e ações da Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo, os órgãos e entidades indicados no caput deste artigo poderão celebrar, nas áreas de suas com-petências, convênios e parcerias com o setor cooperativista.
§ 2º – Compete aos órgãos e entidades da Administração direta e indireta do Estado contribuir para a promoção do estreitamento das relações das cooperativas entre si, com seus parceiros e com o Poder Público Estadual.
Art. 4º – Para os fins do tratamento diferenciado de que trata o art. 8º da Lei nº 11.362, de 26 de janeiro de 2009, serão consideradas cooperativas de pequeno porte ou que atuem em segmen-tos mais frágeis da economia aquelas que:
I – tiveram, no exercício financeiro anterior, ingresso total ou proporcional de até R$3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais);
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
78
II – estejam constituídas há pelo menos 01 (um) ano, nos termos da lei civil.
Art. 5º – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA, em 08 de agosto de 2011.
JAQUES WAGNERGovernador
Eva Maria Cella Dal ChiavonSecretária da Casa Civil
Nilton Vasconcelos JúniorSecretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte
Eduardo Seixas de SallesSecretário da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária
Osvaldo Barreto FilhoSecretário da Educação
Carlos Martins Marques de SantanaSecretário da Fazenda
James Silva Santos CorreiaSecretário da Indústria, Comércio e Mineração
Wilson Alves de Brito FilhoSecretário de Desenvolvimento e Integração Regional
ANEXO 3
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESENota: foram considerados as cooperativas e estabelecimentos com e sem movimentação de empregos ao longo do ano
EVOLUÇÃO DAS COOPERATIVAS E ESTABELECIMENTOS FORMAISBRASIL, 2000 A 2010
0
1.000.000
2.000.000
3.000.000
4.000.000
5.000.000
6.000.000
7.000.000
8.000.000
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Cooperativa (lado esquerdo) Total
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
79
ANEXO 4
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESENota: foram considerados as cooperativas e estabelecimentos com e sem movimentação de empregos ao longo do ano
EVOLUÇÃO DAS COOPERATIVAS E ESTABELECIMENTOS FORMAISNORDESTE, 2000 A 2010
Cooperativa (lado esquerdo) Total
0
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
1.200.000
1.400.000
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
ANEXO 5
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESENota: foram considerados as cooperativas e estabelecimentos com e sem movimentação de empregos ao longo do ano
EVOLUÇÃO DAS COOPERATIVAS E ESTABELECIMENTOS FORMAISBAHIA, 2000 A 2010
Cooperativa (lado esquerdo) Total
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
400.000
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
80
ANEXO 6
Fonte: MTE. RAIS/Elaboração: DIEESENota: foram considerados as cooperativas e estabelecimentos com e sem movimentação de empregos ao longo do ano
NÚMERO DE COOPERATIVAS FORMAISESTADOS DO NORDESTE, 2006 E 2010
Bahia Ceará Pernambuco Rio Grandedo Norte
Paraíba Sergipe Maranhão Piauí Alagoas
1.0
43
48
2
53
4
25
6
26
0
191
211 216
110
99
7
50
9
477
275
26
2
183
181
176
120
0
200
400
600
800
1.000
1.200
2006 2010
ANExO 7 NúMERO DE COOPERATIVAS POR ESTADO BRASIL, 2006 E 2010
Estados 2006 2010
Total 22.679 24.128
1º São Paulo 4.470 4.472
2º Rio Grande do Sul 3.403 4.013
3º Minas Gerais 2.802 3.184
4º Paraná 2.255 2.563
5º Rio de Janeiro 1.582 1.352
6º Santa Catarina 1.377 1.708
7º Bahia 1.043 997
8º Goiás 719 817
9º Mato Grosso 560 610
10º Pernambuco 534 477
Demais estados 3.934 3.935Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESENota: foram considerados as cooperativas e estabelecimentos com e sem movimentação de empregos ao longo do ano.
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
81
ANExO 8 COOPERATIVAS, ESTABELECIMENTOS, POR TERRITÓRIO DE IDENTIDADE BAHIA, 2006 E 2010
Território de Identidade
2006 2010Variação
Cooperativas CooperativasCoop/
Estab (em %)
Cooperativas CooperativasCoop/
Estab (em %)nº Part. (%) nº Part. (%) nº Part. (%) nº Part. (%) Coopera-
tivasEstabeleci-
mentos
Total Bahia 1.043 100,0 317.150 100,0 0,3 997 100,0 353.521 100,0 0,3 -4,4 11,5
Metropolitano de Salvador 318 30,5 99.662 31,4 0,3 297 29,8 106.877 30,2 0,3 -6,6 7,2
Portal do Sertão 62 5,9 21.998 6,9 0,3 60 6,0 25.906 7,3 0,2 -3,2 17,8
Sisal 38 3,6 9.000 2,8 0,4 49 4,9 10.643 3,0 0,5 28,9 18,3
Vitória da Conquista 44 4,2 14.956 4,7 0,3 49 4,9 17.407 4,9 0,3 11,4 16,4
Sertão Produtivo 32 3,1 11.582 3,7 0,3 43 4,3 13.029 3,7 0,3 34,4 12,5
Litoral Sul 42 4,0 21.402 6,7 0,2 41 4,1 23.135 6,5 0,2 -2,4 8,1
Bacia do Rio Grande 52 5,0 9.246 2,9 0,6 41 4,1 11.440 3,2 0,4 -21,2 23,7
Recôncavo 48 4,6 11.375 3,6 0,4 37 3,7 12.830 3,6 0,3 -22,9 12,8
Extremo Sul 38 3,6 10.572 3,3 0,4 35 3,5 11.830 3,3 0,3 -7,9 11,9
Litoral Norte e Agreste Baiano 39 3,7 9.765 3,1 0,4 33 3,3 10.943 3,1 0,3 -15,4 12,1
Chapada Diamantina 22 2,1 6.154 1,9 0,4 30 3,0 7.465 2,1 0,4 36,4 21,3
Médio Rio de Contas 20 1,9 8.078 2,5 0,2 28 2,8 8.634 2,4 0,3 40,0 6,9
Sertão do São Francisco 34 3,3 9.874 3,1 0,3 29 2,9 10.996 3,1 0,3 -14,7 11,4
Piemonte Norte do Itapicuru 25 2,4 5.732 1,8 0,4 29 2,9 5.802 1,6 0,5 16,0 1,2
Médio Sudoeste da Bahia 16 1,5 5.725 1,8 0,3 26 2,6 6.937 2,0 0,4 62,5 21,2
Bacia do Jacuípe 29 2,8 3.544 1,1 0,8 26 2,6 3.985 1,1 0,7 -10,3 12,4
Baixo Sul 33 3,2 6.261 2,0 0,5 24 2,4 7.605 2,2 0,3 -27,3 21,5
Irecê 24 2,3 6.310 2,0 0,4 20 2,0 7.129 2,0 0,3 -16,7 13,0
Costa do Descobrimento 15 1,4 10.458 3,3 0,1 18 1,8 11.618 3,3 0,2 20,0 11,1
Velho Chico 14 1,3 6.057 1,9 0,2 15 1,5 6.966 2,0 0,2 7,1 15,0
Piemonte da Diamantina 13 1,2 4.715 1,5 0,3 14 1,4 4.832 1,4 0,3 7,7 2,5
Semiárido Nordeste II 22 2,1 5.694 1,8 0,4 13 1,3 6.731 1,9 0,2 -40,9 18,2
Itaparica 22 2,1 3.659 1,2 0,6 12 1,2 3.702 1,0 0,3 -45,5 1,2
Piemonte do Paraguaçu 12 1,2 4.371 1,4 0,3 9 0,9 4.819 1,4 0,2 -25,0 10,2
Bacia do Rio Corrente 17 1,6 3.728 1,2 0,5 9 0,9 4.268 1,2 0,2 -47,1 14,5
Vale do Jequiriçá 9 0,9 4.480 1,4 0,2 6 0,6 4.896 1,4 0,1 -33,3 9,3
Bacia do Paramirim 3 0,3 2.752 0,9 0,1 4 0,4 3.096 0,9 0,1 33,3 12,5
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESENota: foram considerados as cooperativas e estabelecimentos com e sem movimentação de empregos ao longo do ano
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
82
ANExO 9 DISTRIBUIçãO DE COOPERATIVAS POR MUNICÍPIOS TERRITÓRIO DE IDENTIDADE DE SISAL, 2006 E 2010
Municípios2006 2010
Variação (%)nº Partic. (%) nº Partic. (%)
Total 38 100,0 49 100,0 28,9
Conceição do Coité 5 13,2 8 16,3 60,0
Serrinha 5 13,2 7 14,3 40,0
São Domingos 2 5,3 6 12,2 200,0
Santaluz 6 15,8 5 10,2 -16,7
Valente 5 13,2 5 10,2 0,0
Total 5 municípios 23 60,5 31 63,3 4,5
Demais 15 39,5 18 36,7 -6,9
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESENota: foram considerados as cooperativas e estabelecimentos com e sem movimentação de empregos ao longo do ano.
ANEXO 10
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESE
DISTRIBUIÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS POR TIPO DE MOVIMENTAÇÃO DE EMPREGO FORMAL DURANTE O ANO DE REFERÊNCIABRASIL, NORDESTE E BAHIA, 2006 E 2010
Sem movimentação Com movimentação
0 20 40 60 80 100
Bahia
Nordeste
Brasil2006
2010
2006
2010
2006
2010 55,5
59,6
56,4
61,0
55,3
57,8
44,5
40,4
43,6
39,0
44,7
42,2
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
83
ANExO 11DISTRIBUIçãO DAS COOPERATIVAS POR TERRITÓRIOS DE IDENTIDADE SEGUNDO TIPO DE MOVIMENTAçãO DO EMPREGO FORMAL BAHIA, 2006 E 2010
Território de identidade2006 2010
Sem movimentação Com movimentação Sem movimentação Com movimentação
Total 69,3 30,7 64,1 35,9
Metropolitano de Salvador 67,6 32,4 62,6 37,4
Portal do Sertão 69,4 30,6 61,7 38,3
Sisal 86,8 13,2 81,6 18,4
Vitória da Conquista 56,8 43,2 40,8 59,2
Sertão Produtivo 65,6 34,4 62,8 37,2
Litoral Sul 50,0 50,0 53,7 46,3
Bacia do Rio Grande 65,4 34,6 65,9 34,1
Recôncavo 77,1 22,9 73,0 27,0
Extremo Sul 63,2 36,8 51,4 48,6
Litoral Norte e Agreste Baiano 74,4 25,6 72,7 27,3
Chapada Diamantina 90,9 9,1 96,7 3,3
Sertão do São Francisco 73,5 26,5 65,5 34,5
Piemonte Norte do Itapicuru 72,0 28,0 65,5 34,5
Médio Rio de Contas 55,0 45,0 82,1 17,9
Médio Sudoeste da Bahia 43,8 56,3 34,6 65,4
Bacia do Jacuípe 65,5 34,5 61,5 38,5
Baixo Sul 69,7 30,3 50,0 50,0
Irecê 87,5 12,5 90,0 10,0
Costa do Descobrimento 53,3 46,7 38,9 61,1
Velho Chico 57,1 42,9 93,3 6,7
Piemonte da Diamantina 76,9 23,1 71,4 28,6
Semiárido Nordeste II 90,9 9,1 61,5 38,5
Itaparica 77,3 22,7 66,7 33,3
Piemonte do Paraguaçu 58,3 41,7 44,4 55,6
Bacia do Rio Corrente 88,2 11,8 77,8 22,2
Vale do Jequiriçá 100,0 0,0 66,7 33,3
Bacia do Paramirim 100,0 0,0 100,0 0,0
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESE
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
84
ANExO 12DISTRIBUIçãO DOS ESTABELECIMENTOS E COOPERATIVAS COM MOVIMENTAçãO DE EMPREGO SEGUNDO CLASSES DE TAMANHO BRASIL, NORDESTE E BAHIA, 2006 E 2010
Classes de tamanho
Estabelecimentos - Total
Brasil Nordeste Bahia
2006 2010 2006 2010 2006 2010
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Até 4 68,4 67,1 66,8 65,7 69,8 68,5
De 5 a 9 15,6 16,0 16,3 16,7 15,4 15,9
De 10 a 19 8,4 8,8 8,6 8,9 7,8 8,0
De 20 a 49 4,7 5,1 5,0 5,2 4,2 4,6
De 50 a 99 1,4 1,6 1,5 1,6 1,3 1,4
De 100 a 249 0,8 0,9 0,9 1,0 0,8 0,8
De 250 a 499 0,3 0,3 0,4 0,4 0,4 0,4
De 500 a 999 0,2 0,2 0,3 0,3 0,2 0,2
1000 ou mais 0,1 0,1 0,2 0,2 0,1 0,2
Classes de tamanho
Cooperativas
Brasil Nordeste Bahia
2006 2010 2006 2010 2006 2010
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Até 4 45,1 41,8 57,6 53,3 56,9 50,8
De 5 a 9 20,0 21,4 17,6 18,4 18,8 22,9
De 10 a 19 15,7 16,6 12,1 12,9 12,8 12,6
De 20 a 49 11,6 11,5 8,2 9,9 9,7 9,5
De 50 a 99 3,8 4,4 2,3 2,7 1,3 2,8
De 100 a 249 2,5 2,7 1,2 1,4 0,6 0,8
De 250 a 499 0,9 1,0 0,7 0,7 0,0 0,6
De 500 a 999 0,3 0,3 0,2 0,4 0,0 0,0
1000 ou mais 0,1 0,2 0,2 0,3 0,0 0,0
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESE
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
85
ANExO 13 NúMERO DE COOPERATIVAS, SEGUNDO SETORES DE ATIVIDADE ECONÔMICA NORDESTE, 2006
Setor de atividade econômica
2006 2010Variação (%)
nº Partic. (%) nº Partic. (%)
Total 3.303 100,0 3.180 100,0 -3,7
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 382 12,1 383 12,0 0,3
Indústrias extrativas 12 0,3 25 0,8 108,3
Indústrias de transformação 227 4,5 303 9,5 33,5
Eletricidade e gás 10 4,5 16 0,5 60,0
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação 21 0,7 36 1,1 71,4
Construção 58 1,0 68 2,1 17,2
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas 276 10,4 287 9,0 4,0
Transporte, armazenagem e correio 232 8,6 356 11,2 53,4
Alojamento e alimentação 5 0,3 7 0,2 40,0
Informação e comunicação 12 0,5 5 0,2 -58,3
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 234 8,2 268 8,4 14,5
Atividades imobiliárias 9 8,2 3 0,1 -66,7
Atividades profissionais, científicas e técnicas 84 3,6 64 2,0 -23,8
Atividades administrativas e serviços complementares 176 5,3 109 3,4 -38,1
Administração pública, defesa e seguridade social 2 0,0 3 0,1 50,0
Educação 147 4,7 142 4,5 -3,4
Saúde humana e serviços sociais 242 5,2 283 8,9 16,9
Artes, cultura, esporte e recreação 33 1,5 20 0,6 -39,4
Outras atividades de serviços 1136 33,2 799 25,1 -29,7
Serviços domésticos 2 33,2 0 0,0 -100,0
Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais 3 0,0 3 0,1 0,0
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESENota: (1) foram considerados as cooperativas e estabelecimentos com e sem movimentação de empregos ao longo do ano. (2) Referem-se à seção CNAE 2.0.
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
86
ANExO 14DISTRIBUIçãO DAS COOPERATIVAS POR SETORES DE ATIVIDADE ECONÔMICA SEGUNDO TIPO DE MOVIMENTAçãO DO EMPREGO FORMAL BAHIA, 2006 E 2010
Setor de atividade econômica
2006 2010
Sem movimentação
Com movimentação
Sem movimentação
Com movimentação
Total 69,3 30,7 64,1 35,9
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 65,9 34,1 67,2 32,8
Indústrias extrativas 100,0 0,0 75,0 25,0
Indústrias de transformação 80,9 19,1 69,1 30,9
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação 85,7 14,3 72,7 27,3
Construção 70,0 30,0 86,7 13,3
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas 63,0 37,0 57,5 42,5
Transporte, armazenagem e correio 55,6 44,4 55,9 44,1
Alojamento e alimentação 66,7 33,3 100,0 —
Informação e comunicação 60,0 40,0 — —
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 14,0 86,0 17,6 82,4
Atividades profissionais, científicas e técnicas 81,6 18,4 60,0 40,0
Atividades administrativas e serviços complementares 80,0 20,0 73,8 26,2
Administração pública, defesa e seguridade social — — 100,0 —
Educação 59,2 40,8 78,8 21,2
Saúde humana e serviços sociais 68,5 31,5 53,4 46,6
Artes, cultura, esporte e recreação 93,8 6,3 87,5 12,5
Outras atividades de serviços 85,3 14,7 79,8 20,2
Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais — — 100,0 —
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESENota: (1) Referem-se à seção CNAE 2.0. (2) Não foi identificada nenhuma cooperativa nas atividades de Serviços domésticos e de Eletricidade e gás em nenhum dos anos no intervalo entre 2006 e 2010. As Atividades imobiliárias registraram somente um estabelecimento apenas no ano de 2009.
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
87
ANExO 15COOPERATIVAS POR TERRITÓRIO DE IDENTIDADE BAIANO E SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA BAHIA, 2006 E 2010
Território de Identidade/Setor de atividade
Ano TotalOutras
atividades de serviços
Transp., armaz. e correio
Agric., pecuária,
prod. florestal, pesca e aquic.
Comércio; reparação
de veículos automot. e motocic.
Ativ. financ., de seguros e serv. relac.
Saúde humana e serviços sociais
Indústrias de transformação Educação
Total2006 1.043 346 90 126 108 86 54 47 49
2010 997 267 145 116 113 91 58 55 52
Metropolitano de Salvador
2006 318 107 51 7 13 21 29 12 10
2010 297 113 62 3 14 19 27 11 9
Portal do Sertão2006 62 19 2 5 13 4 3 3 2
2010 60 13 5 4 10 5 8 2 1
Sisal2006 38 18 1 6 5 3 0 3 1
2010 49 15 2 8 9 6 0 8 0
Vitória da Conquista2006 44 12 2 5 9 7 2 5 1
2010 49 9 8 7 8 6 4 5 1
Sertão Produtivo2006 32 9 1 3 5 5 2 3 2
2010 43 7 11 4 11 1 2 3 1
Litoral Sul2006 42 8 3 8 3 6 3 0 6
2010 41 10 3 4 4 9 4 2 3
Bacia do Rio Grande2006 52 23 2 16 4 2 0 2 1
2010 41 12 4 16 4 2 0 0 1
Recôncavo2006 48 16 4 1 8 5 2 5 2
2010 37 15 7 0 3 4 0 1 2
Extremo Sul2006 38 15 1 3 3 6 1 1 4
2010 35 4 1 2 6 12 1 4 2
Litoral Norte e Agreste Baiano
2006 39 10 10 7 1 2 1 2 2
2010 33 5 13 6 3 2 0 2 0
Chapada Diamantina2006 22 11 0 4 0 0 2 0 1
2010 30 9 3 4 2 1 2 1 2
Sertão do São Francisco
2006 34 19 1 4 5 1 0 0 2
2010 29 14 0 1 4 1 2 2 1
Piemonte Norte do Itapicuru
2006 25 5 5 7 3 4 0 0 0
2010 29 3 4 9 4 3 1 1 1
Médio Rio de Contas2006 20 3 0 3 8 2 2 1 0
2010 28 1 4 1 3 1 1 1 15
Médio Sudoeste da Bahia
2006 16 3 0 0 9 0 2 0 1
2010 26 3 1 5 10 1 2 3 1
Bacia do Jacuípe2006 29 10 1 3 3 4 1 2 0
2010 26 6 3 7 2 5 0 1 0
Piemonte da Diamantina
2006 13 6 0 1 0 0 0 2 1
2010 14 5 1 3 0 1 1 0 0
Fonte: MTE. RAIS/Elaboração: DIEESENota: (1) foram considerados as cooperativas e estabelecimentos com e sem movimentação de empregos ao longo do ano. (2) Referem-se, respectivamente, à seção e subclasse CNAE 2.0.
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
88
ANEXO 16
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESE
DISTRIBUIÇÃO DO EMPREGO FORMAL DAS COOPERATIVAS SEGUNDO SEXO BRASIL, NORDESTE E BAHIA – 2006 E 2010
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
2006 2010 2006 2010 2006 2010
Brasil Nordeste BahiaMasculino Feminino
59,4 58,4 57,3 58,3 57,5 58,3
40,6 41,6 42,7 41,7 42,5 41,7
ANExO 17DISTRIBUIçãO DOS EMPREGADOS NAS COOPERATIVAS POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA SELECIONADO, SEGUNDO SExO BAHIA, 2010
Setor de atividade Masculino Feminino
Total 46,5 53,5
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 38,1 61,9
Saúde humana e serviços sociais 30,5 69,5
Outras atividades de serviços 68,5 31,5
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas 77,4 22,6
Transporte, armazenagem e correio 36,8 63,2
Educação 30,5 69,5
Indústrias de transformação 80,0 20,0
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 62,9 37,1
Demais setores 66,7 33,3
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESENota: Referem-se à seção CNAE 2.0.
ESTUDO SOBRE O PERFIL DAS COOPERATIVAS BAIANAS
89
ANEXO 18
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESE
DISTRIBUIÇÃO DO EMPREGO FORMAL SEGUNDO FAIXAS ETÁRIAS BRASIL, NORDESTE E BAHIA, 2010
Até 17 anos
18 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
50 a 64 anos
65 ou mais
Até 17 anos
18 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
50 a 64 anos
65 ou mais
Até 17 anos
18 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
50 a 64 anos
65 ou mais
Bra
sil
No
rde
ste
Bah
ia
5,0
1,0
17,1
17,2
29,0
21,6
13,4
0,8
0,3
14,7
17,5
30,5
22,2
13,9
0,9
0,3
14,2
18,3
31,9
21,5
13,1
0,8
0,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0
ANExO 19 DISTRIBUIçãO DO EMPREGO FORMAL SEGUNDO FAIxAS DE ESCOLARIDADE BRASIL, NORDESTE E BAHIA, 2006 E 2010
EscolaridadeBrasil Nordeste Bahia
2006 2010 2006 2010 2006 2010
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Analfabeto 0,7 0,5 1,8 1,2 1,2 0,8
Até o 5º ano Incompleto do Ensino Fundamental 4,5 3,6 7,4 5,5 6,3 4,6
5º ano Completo do Ensino Fundamental 6,4 4,5 5,2 3,9 5,1 3,7
Do 6º ao 9º ano Incompleto do Ensino Fundamental 9,8 7,8 8,5 7,2 8,2 7,3
Ensino Fundamental Completo 15,4 13,2 13,2 11,7 10,4 8,5
Ensino Médio Incompleto 8,6 7,9 7,3 6,6 8,0 7,0
Ensino Médio Completo 35,3 41,9 38,8 45,2 45,6 51,8
Educação Superior Incompleta 4,3 4,1 4,0 3,5 3,2 3,4
Educação Superior Completa 14,7 16,0 13,4 14,6 11,7 12,5
Mestrado Completo 0,2 0,4 0,3 0,6 0,2 0,3
Doutorado Completo 0,1 0,1 0,0 0,1 0,1 0,1
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESE
90
OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA
ANEXO 20
Fonte: MTE. RAISElaboração: DIEESE
DISTRIBUIÇÃO DOS EMPREGADOS NAS COOPERATIVAS SEGUNDO FAIXAS DE TEMPO DE PERMANÊNCIA NO EMPREGO (EM MESES) BRASIL, NORDESTE E BAHIA, 2010
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
Até 2,9 De 3,0 a 5,9
De 6,0 a 11,9
De 12,0 a 23,9
De 24,0 a 35,9
De 36,0 a 59,9
De 60,0 a 119,9
120 ou mais
Bahia BrasilNordeste
ANEXO 21
Fonte: MTE. RAIS/Elaboração: DIEESENota: Em valores de agosto/2012. Deflacionado pelo INPC-IBGE
REMUNERAÇÃO MÉDIA DOS EMPREGADOS NAS COOPERATIVAS BRASIL, NORDESTE E BAHIA, 2006 E 2010
Bahia BrasilNordeste
1.631
1.786
1.249
1.458
1.292
1.459
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
1.800
2.000
2006 2010