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Avaliação DE PROJECTOS:
Opções, decisões e procedimentos de carácter operatório
Ariana CosmeRui Trindade
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Avaliar …
Concepções de avaliação
Operacionalização da avaliação
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Avaliar …
O que é que se entende por avaliar ?Para que é que serve avaliar ?
Como se avalia ?
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Como se avalia ?
• A referencialização nas práticas de avaliação
• A avaliação de projectos: Como?
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A referencialização nas práticas de
avaliação
A construção de um quadro de referências é umaoperação chave no processo de avaliação.
Consiste, numa primeira etapa, em definir umreferido. Isto é, em determinar um objecto deavaliação para o revelar ou para tentar identificarnesse objecto os elementos que lhe conferem umsentido.
Numa segunda etapa consiste em construir (oureconstruir) um sistema de referentes em funçãodo qual se possa avaliar aquele objecto.
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A referencialização das práticas
de avaliação
• Os quadros de referência normativos e assuas implicações do ponto de vista daavaliação
• Os quadros de referência criteriais e as suasimplicações do ponto de vista da avaliação
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A referencialização das práticas de
avaliação
Os quadros de referência normativos caracterizam-sepelo investimento na obtenção de resultados através dacomparação com outros resultados, obtidos emcontextos e programas similares, com o objectivo declassificar e hierarquizar desempenhos.
Os quadros de referência normativos valorizam a
distância a que contextos e actores se encontram dosobjectivos definidos de forma prévia a estes contextos esem terem em conta as singularidades daqueles actores.
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A referencialização das práticas de
avaliação
Os quadros de referência criteriais caracterizam-setambém por constituir-se como instrumentos deapoio à obtenção de informação sobre um objectode avaliação.
O que distingue estes quadros dos quadros dereferência normativa é que estes possibilitam um
tipo de avaliação em que os critérios se definemtendo em conta as singularidades dos objectos aavaliar.
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Projectos e referencialização das
práticas de avaliação
A avaliação de projectos poderá ser construída emfunção de quadros de referência normativos?
A avaliação de programas não poderá ocorrer emfunção de quadros de referência criteriais?
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Bibliografia
• Figari, G. (1992). Para uma referencializaçãodas práticas de avaliação dosestabelecimentos de ensino. In Estrela, A.;
Nóvoa, A. (Org.). Avaliações em educação:
Novas perspectivas (125-137). Lisboa: Educa -Currículo
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Avaliação de projectos : Como?
A avaliação de projectos de gestãoestratégica
A avaliação de projectos de intervençãoeducativa
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A avaliação de projectos de gestão
estratégica
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A avaliação de projectos de gestão
estratégica
Os projectos de gestão estratégica visam promovero empoderamento das instituições, ainda que,muitas vezes, sejam utilizados como instrumentos
de controlo institucional.
Os projectos educativos e os projectos curriculares,
se entendidos como instrumentos de controloinstitucional, deveriam ser identificados comoprogramas educativos ou programas curriculares.
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O cenário do controlo institucional:Crenças
• A crença de que a eventual incompetência dosprofessores pode ser suprida por via da acção
esclarecida daqueles que dirigem asinstituições
• A crença de que essa acção esclarecida passapela institucionalização de acções de controlo
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O cenário do controlo institucional:Vulnerabilidades
• A concepção taylorista em função da qual seentende:
– as tarefas da concepção e as tarefas de execuçãocomo tarefas mutuamente exclusivas;
– que as primeiras competem àqueles que dirigemas organizações, enquanto as segundas competemaos que executam as tarefas que os primeirosdeterminam.
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O cenário do controlo: Vulnerabilidades
• A desconfiança face à possibilidade dosprofessores se assumirem como profissionais
reflexivos, o que contribui para que:
– essa possibilidade não seja equacionada como um
objectivo institucional estrategicamente decisivo;
– essa desconfiança se confirme, por via da suadesvalorização como objectivo institucional.
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O cenário do controlo institucional:Vulnerabilidades
• A crença na possibilidade das soluções
propostas, no âmbito do que pode serdefinido como uma postura técnico-científica,permitirem desenvolver a acção educativa
como o resultado de uma espécie deengenharia educativa.
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O cenário do controlo institucional:Vulnerabilidades
• Neste caso, as soluções propostas, no âmbitodo que pode ser definido como uma posturatécnico-científica, tendem a ser entendidas:
– não só como as melhores soluções, mas,sobretudo, como soluções inquestionáveis;
– como soluções que se pensa poderem dispensaras soluções provenientes de outros actores e deoutras fontes.
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O cenário do controlo institucional: Umcenário sedutor
O cenário do controlo institucional, pese as suasvulnerabilidades, é um cenário tão (aparentemente)securizante quanto (aparentemente) prometedor
Não deixa de ser também um cenário plausível cujacredibilidade deriva da sua relação com oconhecimento científico
O problema, contudo, não é o conhecimentocientífico, mas a relação hierárquica de subordinaçãodos actores educativos que intervêm directamente nasescolas face a este tipo de conhecimento.
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O cenário do controlo institucional: Umcenário sedutor
• É o cenário que se adequa melhor do quequalquer outro ao paradigma pedagógico dainstrução;
• É, também, o cenário onde se movimentammuitos daqueles que pensam poder promovera inovação pedagógica nas escolas como seesta pudesse ser difundida e imediatamenteaceite.
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O cenário do controlo institucional:Vulnerabilidades
• A principal vulnerabilidade do cenário decontrolo institucional tem a ver com a
contradição entre os seus pressupostos e ospressupostos que justificam o projecto deeducação escolar visto como um projecto de
desenvolvimento e produção cultural.
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O cenário doempoderamento institucional
• Este é o cenário desejável quando se afirma queas escolas terão que funcionar como contextos
congruentes com os pressupostos e os valorespróprios de uma sociedade democrática.
•
É um cenário onde se reconhece, também, quenas escolas, hoje, os desafios são mais exigentese imponderáveis, tanto do ponto de vista cultural,como do ponto de vista relacional.
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O cenário doempoderamento institucional
É neste cenário que os projectos educativos ecurriculares poderão ser instrumentos de gestãoeducativa pertinentes, na medida em que
possibilitam encontrar respostas de formacontextualizada aos problemas concretos edesafios vividos pelas e nas escolas.
É face a este pressuposto que importa discutir opapel da avaliação no desenvolvimento econcretização destes projectos.
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O cenário doempoderamento institucional
Verificou-se que a avaliação dos projectoseducativos e curriculares não se circunscreve a:
ser uma etapa final desses projectos;
acontecer, apenas, em torno dos resultados finaisobtidos;
ser um exercício circunscrito à direcção das escolas;
desenvolver-se em função de critérios estranhos aosactores educativos
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A avaliação de projectos como instrumento deempoderamento institucional
A avaliação de projectos como instrumento de empoderamentoinstitucional é, tal como defendem Terrasêca e Caramelo (2006),um trabalho de interpelação
Um trabalho de interpelação que permita aos actores educativos:
identificarem, nas iniciativas em que se encontram envolvidos,o impacto das mesmas, bem como, e por consequência, ospontos fortes e as vulnerabilidades dessas iniciativas e da
racionalidade pedagógica que as sustenta;
projectarem o futuro, em termos das iniciativas que se devecontinuar a prosseguir, a reformular ou a realizar.
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A avaliação de projectos como instrumento deempoderamento institucional
Neste modelo, e ao contrário dos modelos deavaliação mais preocupados com a medição, adescrição ou o julgamento (Guba e Lincoln, 1989) queentendiam que as finalidades, os parâmetros e oscritérios dos processos de avaliação deveriam estardeterminados antes de se iniciar a avaliação
propriamente dita, tais finalidades, parâmetros ecritérios definem-se como resultado da negociaçãoentre os intervenientes nos referidos processos.
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A avaliação de projectos como instrumento deempoderamento institucional
A avaliação, neste modelo, constrói-se como um processoque não pretende desvendar uma realidade, mascompreender:
as dinâmicas e os sentidos da mesma, a partir da escuta e dainterpelação das subjectividades dos actores;
que a realidade a avaliar se inscreve num tempo e num espaço quenão é imutável;
que tal realidade é complexa, o que, mais do que ser entendido comoum obstáculo, terá que ser entendido como uma propriedade a ter emconta no âmbito do processo de avaliação
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A avaliação: Controlo institucional versus empoderamento institucional
Controlo institucional Empoderamento institucional
A realidade é objecto de um processo desimplificação, de forma a poder ser melhordesvendada;
Uma realidade que é, afinal, não a realidadeontológica que se pretendia captar, mas arealidade que o avaliador construiu para poderviabilizar o seu projecto de avaliação.
A realidade é pensada como objecto deavaliação complexo, assumindo-se de formaexplícita os riscos de uma tal operação.
Sabe-se que avaliar é construir um sentidosobre a realidade que é o seu objecto deatenção, o que de algum modo significa quepela avaliação se constrói a realidade de formaexigente e o mais fundamentada possível
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A avaliação: Controlo institucional versus empoderamento institucional
Controlo institucional Empoderamento institucional
O avaliador toma decisões estratégicas,logísticas e metodológicas relativamente àavaliação
O avaliador é um interlocutor que estimula osactores educativos a tomarem tais decisões,contribuindo, assim, para o seuempoderamento como actores
A avaliação visa resolver os problemas dasleituras e acções subjectivas dos actores, asquais são entendidas como obstáculos dosprojectos de avaliação
A avaliação constrói-se valorizando as leiturase acções subjectivas dos actores como objectosde uma escuta atenta e interpelativa
A realidade é entendida como uma entidadeautónoma e dissociada da acção cognitiva queos sujeitos exercem sobre ela
A realidade é vista como uma entidade que ossujeitos constroem e reconstroem no âmbitode um tempo e de espaços historicamentesituados
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A avaliação: Controlo institucional versus empoderamento institucional
Controlo institucional Empoderamento institucional
A avaliação é uma operação que adquirelegitimidade quer por via dos artefactosmetodológicos de que dispõe, quer por via daexcelência dos saberes e da experiência dosavaliadores
A avaliação é uma operação que estimula osactores educativos a reflectirem sobre arealidade que lhes diz respeito, interpelando-a,interpretando-a e negociando com outros queros processos , quer os produtos dainterpelação e da interpretação em que essesactores se envolvem no decurso do processode avaliação
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A avaliação de projectos como instrumento deempoderamento institucional
A avaliação institucional para além de não serinconciliável com a finalidade da prestação decontas, responde, por outro lado, a outras
finalidades, nomeadamente aquelas que serelacionam com a regulação das iniciativas que sepromovem e em função da qual se criam ascondições que ao propiciarem a reflexividade dos
professores e dos outros actores educativos,permitem afirmar a dimensão formadora dopróprio processo de avaliação.
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AVALIAÇÃO INTERNA DAS ESCOLAS COMO ESTRATÉGIA DEEMPODERAMENTO INSTITUCIONAL
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Questões prévias
A avaliação concretiza-se através da construçãode um processo de reflexão em que se determinaum referido, o objecto da avaliação, e os referentes
dessa avaliação, em função dos quais se define oque desse objecto será avaliado
Ao contrário da avaliação-controlo, na avaliação
empoderadora o processo de referencialização daavaliação, em função do qual se define osreferidos e os seus referentes, diz respeito a cadaescola.
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Questões prévias
Ao contrário da avaliação-controlo que visa compararas escolas entre si, na avaliação empoderadora oconfronto estabelece-se a partir dos referidos e dos
referentes que se escolheram para se podercompreender como é que cada escola cumpre amissão educativa que lhe diz respeito.
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Questões prévias
Ao contrário da avaliação-controlo que funciona em torno dereferenciais definidos de forma prévia às escolas, a avaliaçãoempoderadora constrói-se em torno de um processo dereferencialização que poderá ser entendido como umprocesso através do qual:
se delimitam as dimensões e os elementos que, numa dadaescola, importa avaliar (construção dos referidos);
se definem os referentes de avaliação que permitem fornecer ainformação necessária para se identificarem os pontos fortes, os
pontos fracos, as oportunidades e as ameaças ou os obstáculosque se colocam ao conjunto de acções e iniciativas que têm lugarnas escolas, de forma a partilharem-se resultados, a discutir-se oseu impacto, a tomarem-se decisões e a configurarem-se asestratégias.
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A construção dos referidos
Construção
dos referidos
Quais as dimensões que nos interessa avaliar ?Porquê?
Quais as actividades que dizem respeito a cada
uma dessas dimensões?
Quais os objectivos de cada uma dessasactividades?
Temos recursos para realizar a avaliaçãodesejada?
Podemos realizar a avaliação que queremosrealizar
Quais as dimensões que poderemos avaliar?
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As dimensõesda avaliação das escolas
Organização da Escola eClima Organizacional
Relação coma comunidade
envolvente
ActividadesSócio-Eductivas
Formaçãoe
Acção Docente
ResultadosEscolares
Estratégias deEnsino-
-Aprendizagem
FormaçãoPessoal e Social
GestãoCurricular
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Dimensão: Resultados escolares
Domínio Referentes
Resultadosnas provasde aferiçãodo 4º ano deescolaridade
Indicadores Critérios de sucesso
a) % de alunos bem sucedidos nadisciplina de L. Portuguesa nodomínio da compreensão daleitura;
b) % de alunos bem sucedidos nadisciplina de L. Portuguesa no
domínio do conhecimentoexplícito da língua;
c) % de alunos bem sucedidos nadisciplina de L. Portuguesa nodomínio da expressão escrita
Manter os resultados nodomínio da compreensãoda leitura e no
conhecimentoexplícito da língua;
Melhorar em 5% o nº dealunos
bem sucedidos no domínioda
expressão escrita.
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Dimensão:Formação pessoal e social
Domínio Referentes
Orientaçãovocacional
Indicadores Critérios de sucesso
85% de alunos que participamnos programas de OrientaçãoVocacional
Aumentar para 100% o nºde alunos que participamnesses programas.
Gestão
comportamental
83 alunos foram atendidos noGabinete de Apoio ao Aluno
Diminuir em 10% o nº departicipações disciplinares
na Escola E.B. 2/3.
73 % de turmas do 1º CEBdefiniram, de forma participada,Quadros de Regras
Comportamentais
Aumentar para 100% essetipo de iniciativa nas escolasdo 1º CEB.
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Dimensão:Estratégias de ensino-aprendizagem
Domínio Referentes
Tipos deutilização dosdispositivos dediferenciaçãopedagógica no
2º Ciclo
Indicadores Critérios de sucesso
20 % de professores de Matemáticautilizam Planos de Recuperação quedefinem de forma individualizada asactividades concretas que se esperaque os alunos realizem .
100% dos professores deMatemática das escolas doAgrupamento deverão construirPlanos de Recuperação deste tipo
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Observações
Este tipo de operações pode ocorrer em iniciativas deavaliação sujeitas a necessidades de controlo institucional, atéporque mesmo que os referidos e os referentes não sejamimpostos à Escola, é possível que esse tipo de avaliação se
concretize.
O controlo institucional não tem que ser exercido pelasestruturas centrais ou locais do Ministério da Educação, pode
ser exercido, apenas, pelas direcções dos agrupamentos.
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Observações
Assim, o que distingue as iniciativas de avaliação sujeitas auma lógica de controlo ou a uma lógica de empoderamentonão tem a ver, apenas, com os objectivos das iniciativas em si,mas com a amplitude e a qualidade da participação dos
actores educativos quer nos processos de conceptualização edesenvolvimento dos projectos, quer, por isso, no processo deavaliação desses projectos.
É que os objectivos de ambas as lógicas de avaliação podendoser, em larga medida, comuns, distinguem-se quanto ao modocomo abordam a participação da comunidade educativa nadefinição e avaliação dos projectos.
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Observações
Outra dimensão a considerar para distinguir as iniciativas deavaliação sujeitas a uma lógica de controlo ou a uma lógica deempoderamento é aquela que diz respeito ao papel que acompreensão de sentidos assume numa e noutra lógica.
Para as iniciativas sujeitas a uma lógica de controlo o queimporta é, acima de tudo, julgar, enquanto que para asiniciativas sujeitas a uma lógica de empoderamento o que
importa é compreender os sentidos das representações e dasiniciativas dos actores ou dos produtos que estes constroem.
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A avaliação de projectos de
intervenção educativa
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Elementos invariantes do processo de avaliação deprojectos de intervenção educativa
A monitorização
O que é que andamos a fazer?
Monitorização do trabalho a. Temos cumprido as tarefas previstas?
b. Como é que o grupo tem funcionado?
c. Quais os problemas que surgiram?
d. Há novas tarefas a propor ou tarefas a cortar?
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Elementos invariantes do processo de avaliação de projectosde intervenção educativa
• O processo de monitorização
– Estimula-se os alunos a avaliar o trabalho que fazem e ofuncionamento de cada um no seio do grupo e o próprio grupo;
– Apesar de ser o professor a criar as condições para que essetrabalho aconteça, são os alunos que monitorizam ofuncionamento do grupo;
– Este processo de avaliação tem mais a ver com a necessidade deassegurar a dinâmica de trabalho do grupo do que com anecessidade de assegurar a avaliação de resultados;
– O processo de avaliação assume-se como um factor formativo
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Elementos invariantes do processo de avaliação de projectosde intervenção educativa
• A apresentação pública do trabalho
– A apresentação pública do trabalho é umfactor que permite conferir significado ao
projecto;
– Partilhar publicamente um trabalho implicaexpor-se e ser avaliado;
– A questão que se coloca é a de saber como éque se assegura uma avaliação que possaconstituir um momento de formação
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Elementos invariantes do processo de avaliação de projectos deintervenção educativa
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Elementos invariantes do processo de avaliação de projectosde intervenção educativa
• A avaliação final é um momento-chave dos projectos,porque permite que se tome consciência do trabalhorealizado;
• Analisa-se o funcionamento do grupo em retrospectiva;
• É um momento formativo, mas também é um momento deprestação de contas;
•
É um momento em que os alunos assumem umprotagonismo inequívoco.
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Elementos invariantes do processo de avaliação de projectosde intervenção educativa
• A pertinência e qualidade desse momento depende da acçãodo professor, por via das condições que cria e dosdispositivos de mediação que propõe, bem como do seupapel como interlocutor
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Elementos invariantes do processo de avaliação de projectosde intervenção educativa
O que é que fizemos?
Avaliação final a. Quais os pontos positivos e negativos do
trabalho apresentado?
b. Valeu a pena terem-se envolvido no projecto?
c. Se voltassem atrás o que é que mudariam?
d. Quais as razões que poderão explicar osucesso do trabalho?
e. Quais as principais dificuldades sentidas pelogrupo? Foram resolvidas? Como?
f. Voltavam a trabalhar em grupo? Porquê?
g. Que outros projectos gostariam de realizar?Porquê?
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Elementos invariantes do processo de avaliação deprojectos de intervenção educativa
• Instrumentos de avaliação
O que é que correu bem? O que é que correu mal?
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Observações finais
•
A participação dos alunos no âmbito da avaliação dosprojectos é uma das condições necessárias aofuncionamento dos projectos quer por razões funcionais,quer por razões pedagógicas.
• A avaliação é de natureza holística, não secircunscrevendo a aspectos parcelares (resultados,comportamentos, dinâmica do grupo, etc.).
• Os alunos participam na definição do processo deavaliação que deixa de estar exclusivamente circunscrito àacção do professor.
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Observações finais
•
O professor não desaparece de cena, intervém aí de formadiferente, através do tipo de interlocução que propõe edos dispositivos de regulação que disponibiliza.
•
Compreende-se melhor o que significa afirmar que oprocesso de avaliação é negociado.
• Trata-se de uma negociação que é balizada pelos
objectivos do projecto, pela metodologia dedesenvolvimento do mesmo e pelos dispositivos utilizadospara concretizar o projecto.