OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
Educação Especial para além dos muros da Escola
!PDE 2014 Educação Especial - IES: UFPR!
!Tradução: Sem fronteiras, sem limites, sem barreiras.
�1EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Fig. 01
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2014!!!
!
Título: Educação Especial para além dos muros da Escola
Autor: Luciano Lempek Linhares
Disciplina/Área: Educação Especial
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Silveira da Motta, Praça Getúlio Vargas, 1123
Município da escola:
Núcleo Regional de Educação: Área Metropolitana Norte
Professor Orientador: Cláudia Madruga Cunha
Instituição de Ensino Superior: UFPR
Resumo: Este Material Didático desenvolve estratégias de diálogos que possibilitam o aumento da participação dos pais e/ou responsáveis no acompanhamento de resolução de problemas relacionados a vida escolar de seus filhos. Se apresenta como um instrumento que promove o diálogo entre familiares e a escola, enfatizando a importância do acompanhamento de atividades realizadas sobretudo na Sala de Recursos, visando diminuir a evasão do aluno. Com isso, oportuniza aos responsáveis uma maior socialização entre a família e a escola, estabelecendo uma parceria para melhorar o desenvolvimento educacional.
Palavras-chave: Sala de Recursos, Pais e/ou responsáveis, Participação, Diálogo, Escola
Formato do Material Didático: Unidade Didática
Público: Diretamente - Pais e/ou responsáveis de alunos
�2EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Pato Branco
Pato Branco
, além dosDiretamente - Pais e/ou responsáveis dealunos que frequentam a Sala de Recursos,além de alunos, Professores, EquipePedagógica e Direção.
Colégio Estadual La SalleRua: Araribóia, nº 891
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EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS
MUROS DA ESCOLA !!
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�3EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Apresentação!!
Este Material Didático é resultado da 2° etapa do Programa de Desenvolvimento
Educacional (PDE), criado pelo Governo do Estado do Paraná, o qual tem a proposta de
Formação Continuada dos Professores da Rede Pública Estadual de Educação. Suas
oficinas temáticas objetivam desenvolver estratégias de diálogos, tais que possibilitem o
aumento da participação dos pais e/ou responsáveis no acompanhamento de
determinadas situações, relacionados a vida escolar de seus filhos, as quais a escola
sozinha não consegue. Pretende ser um instrumento que promove o diálogo entre
familiares e a escola, quando destaca a importância do acompanhamento de atividades
realizadas na Sala de Recursos. Visa também diminuir a evasão do aluno/a ao oportunizar
aos responsáveis uma maior socialização com a escola, estabelecendo uma parceria para
melhorar o desenvolvimento educacional do educando com necessidades especiais.!
O que motivou a escolha do tema foi o fato da educação especial ser uma área
dentro da escola, que merece ser pesquisada e refletida com muita atenção. Os alunos que
frequentam as Salas de Recursos, em sua maioria, apresentam dificuldades de
aprendizagem, diferente dos demais da sua idade. Necessitam, portanto, serem atendidos
quase que individualmente com materiais e recursos específicos para que possam
acompanhar a sala de aula regular. Demandando um trabalho de tempo e de esforço
diferenciados, em função das suas exigências, muitas vezes, passa despercebido que os/as
alunos/as especiais são negligenciados e excluídos dos mais diversos modos; no decorrer
do seu processo de escolarização, pelos próprios colegas, professores e sociedade em geral.
Interpreta-se que esta exclusão, em geral, deriva do fato de que o coletivo que o
acompanha não sabe agir diante das suas diferenças de ser, de viver e de aprender do
aluno especial.!
Trabalhar com o aluno da Educação Especial - sala de Recursos, significa trabalhar
com inúmeros desafios, alguns esperados e outros que se apresentam no decorrer do
�4EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
processo. Não é uma tarefa fácil, nem possível de ser cumprida sozinha, este é um fazer
que precisa ser compartilhado, dividido, dialogado. !
Diante desta situação, questiona-se como motivar os pais e/ou responsáveis a
acompanharem o desenvolvimento das atividades da sala de recursos e como a escola
pode oportunizar esses momentos. Assim, este material didático tem a intenção de
contribuir para garantir a frequencia dos alunos matriculados nas salas de recursos na
intenção de que esta permanência qualifique seu processo educativo, quando propõe ações
que aproximam sua familia da escola.!
Para tanto oferta 5 oficinas temáticas, que podem ser desdobradas em mais de um
encontro cada, dependendo do tempo desprendido para a relização das atividades a cada
dia. Como este material se fudamenta no princípio da inclusão, entende e sugere que cada
pessoa aprende e se desenvolve no seu tempo; portanto, não se preocupa em delimitar de
antemão um prazo específico para cada oficina.!
Oficina 01: Criar - Identificação da equipe inclusiva. Como diz seu titulo, essa oficina
tem o objetivo de iniciar com a formação de uma equipe na escola que ajude no
desenvolvimento do trabalho, que acolha e envolva os pais nas atividades, incentivando a
sua participação. A equipe inclusiva será inicialmente composta por professores,
funcionários, equipe pedagógica e direção, que se identifiquem com a proposta de
trabalho e queiram participar. !
Oficina 02: Ampliar - A inclusão vai a comunidade. Essa oficina tal como se intitula
tem o objetivo de ampliar a equipe inclusiva, convidando os pais e/ou responsáveis a
participarem. Nela será apresentado o material, inserido novos membros e iniciado as
atividades investigativas, reflexivas e dialógicas. !
Oficina 03: Desenvolver - Tempos e espaços inclusivos. Essa terceira oficina tem o
objetivo de mostrar qual é o lugar da Sala de Recursos na escola, seu funcionamento. Trata
do como os/as alunos/as aprendem e se desenvolvem de maneira diferenciada, ou seja,
como se deve entender que cada um tem um tempo para aprender, que um colega, um
amigo, um filho, um parente, não é necessariamente igual ao outro. !
�5EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Oficina 04: Instrumentalizar - A comunidade vem até a escola. Essa oficina como se
declara, tem o objetivo dar instrumentos aos pais e parentes, no sentido de alertá-los da
importancia do trabalho desenvolvido com os alunos da sala de recursos, visando uma
maior integração entre a família e a escola. !
Oficina 05 Permanecer - A sociedade incluída na escola. Essa ultima oficina tem o
objetivo de ouvir num primeiro momento sugestões de temas a serem debatidos nos
próximos encontros, não deixando o projeto, acabar. E, a partir dessa continuidade, incluir
novos parceiros da sociedade. Ela é uma escuta que se faz em um segundo momento,
quando convida a participar do seu debate a equipe de educação especial do município,
do núcleo regional de educação, além de uma psicóloga educacional voluntária, para que
se possa ampliar a equipe inclusiva da escola, buscando sempre novas parcerias. Por fim,
estas 5 oficinas têm o formato de unidade didática e são elaboradas para aplicar
especialmente com os pais e/ou responsáveis dos alunos matriculados na Sala de Recurso
junto com as equipes inclusivas formadas em cada escola.!
!
�6EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Fig. 02
!
OFICINA 01: CRIAR!Identificação da equipe inclusiva!
!A oficina Criar tem o objetivo de formar uma equipe inclusiva na escola, que ajude
no desenvolvimento do material, que contribua e incentive a participação da família. Essa
equipe será inicialmente composta por professores, funcionários, equipe pedagógica e
direção, que se identifiquem com a proposta de trabalho e queiram participar. !
Esta primeira oficina procura sensibilizar os professores e funcionários sobre as
questões em torno do aluno com deficiência na escola e na sala de recursos. A intenção é
de que todos saibam como podem participar. Nela todos poderão conhecer a Produção
Didático-Pedagógica - Unidade Didática: A Educação Especial para além dos muros da
Escola. !
Durante a oficina, será feito uma sistematização dos principais aspectos teórico-
metodológicos da Unidade Didática, para análise e discussão entre os participantes. Esta
atividade será realizada durante a Formação Continuada, primeira semana de atividade
pedagógica em Fevereiro de 2015, prevista em calendário escolar. !
Se pretende discutir com os professores, funcionários e equipe pedagógica sobre a
importância do diálogo com os pais e ou responsáveis, tratr-se-á do valor das suas
presenças no interior da escola, para as tomadas de decisões entre outros apelos do
processo educativo. Também se quer descatar junto aos professores, como é importante a
sala de recurso para o desenvolvimento dos alunos com necessidades especiais na escola.!
A equipe inclusiva, a luz dos princípios de Illich (1985), terá condições de facilitar a
construção da aprendizagem do aluno, integrando família, escola e o acesso à informação
�7EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Fig. 03
sobre as dificuldades que os alunos apresentam. Se oportunizará um debate na tentiva de
romper certas impossibilidades de fala. Nesse novo canal de comunicação de escuta se
dará o espaço de diálogo, onde se suspenderão os segredos, os julgamentos ou as verdades
absolutas, abrindo para os parentes e familiares oportunidade de participação efetiva no
trabalho educativo da equipe escolar.!
A construção da equipe inclusiva é fundamental para o processo, pois ela irá
chamar a responsabilidade sobre o processo de inclusão no ambiente escolar. Uma equipe
formada por profissionais comprometidos com a educação, fará toda a diferença. Com
isto se está propondo a necessiade de reuniões periódicas para pensar em torno da
inclusão convidando a participação da comunidade. !
A equipe, dialogará com os pais, mostrando que as situações que seus filhos/as
costumam apresentar é algo possível de ser entendido e superado juntos; pais e/ou
responsáveis e escola, podem trabalhar em prol do aprendizado do aluno. A participação
de cada parte é fundamental. Neste sentido, ao sensibilizar para a importância da
frequência regular dos alunos nas salas de recursos também se esta pedindo se
envolvimento para alem do âmbito da escola neste processo de construção de espaços de
aprendizado para os alunos/as com necesidades especiais. Logo, fortalecer o diálogo entre
os responsáveis do educando sobre suas limitações e responsabilidade, favorece o
nascimento de uma conjuntura para trabalhar o aprendizado destes alunos/as, contexto
no qual se poderá dizer com franqueza as questões da criança com deficiência, sem
esconde-las para não colocar barreiras a inclusão.!
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�8EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
ATIVIDADES!01) Leitura prévia do projeto, enviado
com antecedência ao email de cada
participante. Junto com o envio do
projeto será anexado um resumo, para
que possa ser lido no dia por aqueles que
não conseguiram ler todo o material. !
02) No dia da oficina os participantes
serão divididos em pequenos grupos de
no máximo 5 integrantes. Cada grupo
iniciará as atividades lendo o texto base (resumo) e sistematizando os principais pontos
que querem debater e aprofundar. Após a leitura e sistematização, cada grupo apresenta,
fazendo as considerações necessárias.!
03) Análise e complemento do questionário da oficina 02, por parte dos grupos.!
04) Formação da equipe inclusiva, participação daqueles que se interessarem pelo
grupo!
05) Após a formação da equipe inclusiva, organizar a recepção dos pais e/ ou
responsáveis para o próximo encontro. Pode inclusive, formar um painel para recebê-los.!
!!
Para aprofundar o conhecimento: !01) Assista ao video da professora de Psicologia da Educação
da PUC-SP Heloisa Zymanski, que explica um pouco sobre as
relações entre famílias e escolas. Disponível em !
https://www.youtube.com/watch?v=19vH4whytwc!
Reflita: como os professores e funcionários da escola podem
construir e /ou aprimorar a aproximação entre escola e
�9EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Fig. 04
Fig. 05
responsáveis, já que há um muro para as famílias, como relatou a professora? Como é
possível repensar a relação família - Escola?!
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!Sugestão para todos os vídeos apresentados no material:!
Sempre que possível levar os vídeos em pendrive, no formato
MPEG, o qual pode ser assistido na TV Pendrive ou em
qualquer computador conectado ao Data Show.!
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�10EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Fig. 06
OFICINA 02 !AMPLIAR !
A inclusão vai a comunidade! !
Essa oficina tem o objetivo de ampliar a equipe inclusiva, convidando, conquistando
os pais e/ou responsáveis dos alunos matriculados na sala de recursos a participarem. A
equipe inclusiva precisa conquistar nessa oficina o apoio deles. Nela, será apresentado a
proposta de trabalho, inserido os novos membros e iniciado a atividade investigativa de
alguns problemas percebidos na sala de recursos. !
Nesse sentido estas oficinas inclusívas se deslocam da escola e vão até a
comunidade, e sem pretender resolver todos os problemas percebidos, busca soluções
reunindo os profissionais da escola com os responsáveis pelos alunos. É fundamental a
escola promover ações para superar as barreiras que existe entre a escola e a família.!
Diante desse cenário, percebe-se que é preciso quebrar as barreiras, pois muitos pais,
para proteger os seus filhos da sociedade, acabam promovendo a prática do silêncio sobre
a sua condição. Para muitos pais ter um filho com deficiência é um problema. Para outros
é apenas um desafio. É preciso um trabalho de diálogo, de conversa em conjunto com os
responsáveis para superar essas dificuldades.!
Skliar (2011), contribui para essa reflexão teórica, trazendo o conceito de conversa,
ao invés de diálogo, as quais quase não conversam. Ou, no melhor dos casos, se conversa
sempre entre os mesmos e sempre das mesmas coisas. No mundo atual, quase ninguém
escuta senão suas próprias palavras.!
Esta dificuldade de conversação, sobretudo em educação, tem a ver, em parte, com o
esvaziamento da linguagem da disciplina pedagógica. A linguagem não dá conta de gerir
adequadamente o que já se sabe, se!
!
�11EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Fig. 07
...toda conversa deveria desafiar esse “porque sou eu que digo” e o “você, o que diz?” para poder ser, justamente, uma conversa. Como se tratasse de um esforço por abandonar a ideia de que conversar é apenas um duplo monólogo de dois “eus” que sempre estão em paralelo e nunca se tocam, quer dizer, nunca se afetam, nunca se movem, nunca se quebram. (Skliar, 2011, p.10)!
!
Escreve também que, a conversa se apresenta como uma imposição, uma maneira
paradoxal de se ausentar da conversa, mesmo fazendo de conta de que se está
conversando. Ela,!A conversa é uma tensão permanente entre diferentes modos de pensar e de pensar-se, de sentir e de sentir-se: há dissonâncias, desentendimentos, incompreensões, afonias, impossibilidades, perdas de argumentos, tempos desiguais, perguntas de um lado apenas, respostas que não chegam. Porém, talvez isso mesmo seja uma conversa e quem sabe seja por isso mesmo que não podemos fazer outra coisa senão seguir conversando, senão ser outra coisa que a encarnação sempre imperfeita de uma conversa necessariamente árdua, mais próxima da perplexidade que da compreensão, sem efeitos especiais, uma conversa sempre humana, irremediávelmente humana. (Skliar, 2011, p.11)!!
Nesse sentido a conversa é tão importante com os pais e/ou responsáveis, é uma
mediação necessária para superar as barreiras da educação. Em educação, se percebe que
certos “discursos tendem a banalizar ou a desprezar a conversa como um verdadeiro
centro de gravidade institucional e pessoal, que tratam de impor um estilo mais lúgubre,
silencioso, sentencioso e unipessoal” (SKLIAR, 2011, p.13 ). Para Skliar (2011) a conversa
não se apresenta ligada a retórica da eficácia. Conversar, sim, porém, não apenas de um
e/ou do outro e/ou de nós. Conversar, talvez, sobre o que fazemos, sobre o que nos passa
naquilo que fazemos, sobre essas “terceiras outras coisas” das quais se constitui e
configura o ato de educar.!
Apresentado o conceito de Skliar (2011) sobre conversa, algo tão importante e
urgente na educação, segue o conceito de diálogo de Freire (1982), a partir de uma
releitura voltada à educação especial. No conceito tradicional de diálogo, Freire (1982)
pensou à Educação e o diálogo voltado a educação de jovens e adultos moradores do
campo. Entende-se que o conceito de diálogo é de suma importância na educação especial,
sobre tudo com as famílias do educando. O diálogo é uma forma de aproximar a escola
�12EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
dos responsáveis e os responsáveis da escola. É uma maneira de fortalecer esse vínculo
fragilizado pela correria do dia a dia.!
Para Freire (1982), o diálogo ou o que ele chamou de Teoria da Ação Dialógica, passa
pelos seguintes aspectos. O primeiro aspecto da teoria da ação dialógica é a Co-laboração.
Ela se dá entre os sujeitos, mesmo que tenham níveis distintos de função. Segundo essa
teoria um sujeito não domina o outro, não conquista, não impõe, não maneja, nem
domestica. Não há espaço para o antidiálogo. Ao contrário, há espaço apenas para a
pronúncia, para a transformação do mundo, para o desvelamento. O desvelamento do
mundo e de si mesmo possibilita os responsáveis, confiarem mais nas potencialidades de
si mesmas. !
Enaltecendo o diálogo, faz uma crítica a educação tradicional chamada de bancária.
Nela, o educando é obrigado a memorizar mecanicamente o conteúdo narrado pelo
educador sem perceber o real significado do que está aprendendo. “Mais ainda, a narração
os transforma em ‘vasilhas’, em recipientes a serem ‘enchidos’ pelo educador. Quanto mais
vai ‘enchendo’ os recipientes com seus ‘depósitos’, tanto melhor educador será”. E quanto
aos alunos: “quanto mais se deixarem docilmente ‘encher’, tanto melhores educandos
serão”. (FREIRE, 1982, p. 66).!
Nessa concepção, o processo educativo tradicional, se assemelha à operação bancária
de se colocar dinheiro em uma conta: os educadores são os depositantes da educação,
enquanto os alunos são os receptores do depósito. Não há lugar para a comum ação
(comunicação/ comunhão), mas, sim, para o comunicado e para o depósito; não há lugar
para a criatividade ou transformação, pois esta prática inibe o poder criador do educando
por meio de uma espécie de anestesia mnemônica e da repetição; e, finalmente, não há
lugar para o saber, para a produção do conhecimento, pois não há saber e conhecimento
verdadeiro que nasçam da prática “bancária”, uma vez que pensar de forma autêntica é
perigoso, além de não interessar ao “opressor”. (FREIRE, 1982).!
�13EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Nesse sentido, o material didático tem a intenção de se opor a visão tradicional de
educação criticada por Freire, quando se fundamenta no diálogo, no compromisso com a
educação dialógica e na busca de resoluções em conjunto. !
Após estar formada a turma da sala de recursos, os responsáveis serão convidados a
participar de uma recepção com um Café Cultural. A apresentação terá início com com
uma produção artística/ cultural desenvolvida pelos alunos da sala de recursos. Após a
apresentação, os pais e/ou responsáveis serão convidados a frequentar ainda mais o
ambiente escolar. Aqueles que aceitarem participarão da primeira oficina nesse mesmo
dia. O objetivo é conhecer a realidade a ser estudada através de um questionário. Levantar
dados para entender algumas das razões que levam os alunos apresentarem uma baixa
frequência e os pais pouco participarem ou desconhecerem. Se quer motivas os pais a
frequentarem mais a escola, ouvido não apenas situações problemas dos seus filhos. !
!!
ATIVIDADES!01) Responder ao questionário:!
Propor que os responsáveis respondam ao
questionário que se segue, a fim de que se
possa melhor compreender a realidade e
poder debater sobre algumas alternativas
para a questão da baixa frequência dos
alunos da Sala de Recursos.!
!!
!
�14EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Fig. 08
QUESTIONÁRIO !1
AOS PAIS E/OU RESPONSÁVEIS!!!
Senhores pais e ou responsáveis, ao contribuírem com as respostas do seguinte
questionário, lembramos que a sua identidade será preservada. Esse questionário ajudará
a compreender melhor a realidade escolar e a repensar ações coletivas no sentido de
melhorar problemas percebidos pelos membros da escola. Obrigado por sua participação!!
!1) Conhecendo os responsáveis:!
Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino!
Idade: __________________!
Escolaridade: !
( ) Alfabetizado !
( ) Estudou até o 5° ano!
( ) Estudou até o 9° ano!
( ) Ensino Médio!
( ) Ensino Superior!
( ) Pós-Graduação!
Profissão:__________________!
Trabalha o dia todo? ( ) Sim ( ) Não!
Mora próximo da Escola? ( ) Sim ( ) Não!
!2) Normalmente, como seu filho vem até a escola:!
( ) Transporte público!
( ) Van!
�15EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Este questionário pode ser alterado após a oficina 01, realizada junto com os professores, funcionários e 1
equipe pedagógica.
Fig. 09
( ) Carro!
( ) Caminhando!
( ) Bicicleta!
!3) Quando seu filho precisa faltar na Sala de Recursos você, na maioria das vezes: !
( ) tem conhecimento!
( ) Não tem conhecimento!
!4) Marque com um ( x ) os principais motivos que levam seu filho faltar na Sala de
Recursos: !
( ) O aluno precisa ficar em casa para cuidar de alguém.!
( ) Dificuldade financeira para pagar o passe escolar !
( ) Dificuldade financeira para pagar o almoço, uma vez que a criança precisa ficar manhã
e tarde na escola:!
( ) Falta de documentos, como por exemplo o laudo médico!
( ) Não entendo porque meu filho precisa participar!
( ) Meu filho não precisa participar!
( ) O fato de ele participar da Sala de Recursos não tem ajudado a melhorar o desempenho
escolar. !
( ) Durante as aulas da Sala de Recursos ele passa muito tempo em jogos.!
( ) Quem participa da Sala não recebe nota no boletim.!
( ) A escola não oferece almoço para ele ficar em contra-turno!
( ) Meu filho não falta nas aulas da Sala de Recursos.!
( ) Não consigo motivá-lo a participar da Sala de Recursos, pelo seguinte motivo:!
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–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––!
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––!
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––!
�16EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
5) Com que frequência você participa das atividades promovidas pela escola?!
( ) Nunca!
( ) Até 2 vezes por ano!
( ) Até 5 vezes por ano!
( ) Até 10 vezes por ano!
( ) Mais de 10 vezes por ano!
( ) Sempre!
!6) Você gosta de participar das atividades promovida pela escola do seu filho? Justifique.!
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–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––!
7) Sabendo que é importante ter uma relação próxima entre a família e a escola, que tipo
de atividades você sugere que a Escola faça para aproximar cada vez mais a escola da
família?!
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8) Como você pode contribuir para que os alunos participem de todas as aulas da Sala de
Recurso, sabendo que alguns alunos tem várias faltas?!
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�17EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Observação : Este questionário pode ser disponibilizado
via Google Formulário.!
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!Para aprofundar o conhecimento: !!01) Assistir a vídeo e após abrir para debate!
A ideia é provocar a reflexão dos pais e ou responsáveis sobre
a importância da escola na vida das pessoas e o significado do
diferente, da inclusão, assista ao vídeo Cordas, disponível em:
! ! assista ao vídeo Cordas, disponível em: http://mais.uol.com.br/
view/b1rd2wdme2rx/cordas--o-filme-de-animacao-que-emocionou-o-mundo-
da-internet-04028D193466D4C94326?types=A&,!
!02) Questões norteadoras:!
❖ Que impacto teve na vida de Maria conhecer Nicolás?!
❖ Porque é importante conviver com as diferenças?!
❖ Quem já passou por situações de exclusão e como foi?!
❖ Como enfrentá-las, superá-las?!
!!
!
�18EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Fig. 10
Fig.11
OFICINA 03 !DESENVOLVER !
tempos e espaços inclusivos!
!!
A Esta oficina tem o objetivo de mostrar qual é o lugar da Sala de Recursos na escola,
seu funcionamento e como os alunos aprendem e se desenvolvem de maneira
diferenciada, já que cada um tem um tempo para aprender, que não é necessariamente
igual ao dos seus colegas. O importante é destacar que todos podem se desenvolver, cada
um dentro do seu ritmo.!
Nela a preocupação é mostrar que os alunos aprendem de diferentes maneiras e em
diferentes espaços. O professor da sala de recursos precisa encontrar a melhor maneira de
desenvolver o conhecimento nos seus alunos. É preciso superar a tradicional ideia de que
todos conseguem aprender de maneira igual e com as mesmas ferramentas. Cada um tem
seu tempo. Muitas vezes é preciso mudar a metodologia de trabalho e voltar aos materiais
concretos para desenvolver habilidades nesse aluno.!
Durante a realização da oficina, será apresentado o funcionamento da Sala de
Recursos multifuncional no Paraná, para que os familiares compreendam a importância da
sala. Sendo assim, segue uma descrição de como ela funciona, o que os alunos aprendem,
quanto tempo podem permanecer e como é realizada as atividades pedagógicas.!
A Secretaria de Estado de Educação do Paraná, em sua diretriz (PARANÁ, 2006, p.
54) apresenta os seguintes serviços de apoio pedagógico especializado para trabalhar com
os alunos da educação especial, no contexto regular de ensino. São eles:!
a) Profissional intérprete de libras/língua portuguesa para surdos.!
b) Instrutor surdo de libras.!
c) Professor de apoio permanente para alunos com deficiência fisica neuromotora,
com graves comprometimentos na comunicação e locomoção.!
�19EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Fig. 12
d) Sala de Recursos para alunos com deficiência mental, distúrbios de aprendizagem
e altas habilidades e superdotação, matriculados no Ensino Fundamental.!
e) Centro de Atendimento Especializado (CAE), nas áreas da surdez e deficiência
visual.!
f) Centro de Apoio Pedagógico para atendimento às pessoas com deficiência visual
(CAP).!
g) Classes de educacão bilíngue para surdos, matriculados nas série iniciais,
denominadas!
h) Programa de escolaridade regular com atendimento especializado (Perae).!
i) Classe especial para alunos com deficiência mental e condutas típicas.!
j) Escolas Especiais.!
l) Classes hospitalares.!
m) Atendimento domiciliar.!
! No Paraná, uma das possibilidades de trabalhar com o aluno de necessidade
educacional especial no contexto escolar, é a sala de recursos multifuncional. Ela é
caracterizada como um atendimento educacional específico, portanto especializado e de
natureza pedagógica.!
! A Sala de recursos não pode ser confundida com atendimento clínico, ela é um
complemento da escolarização, sendo realizada de 2 (duas) a 4 (quatro) vezes por semana,
não ultrapassando 2 (duas) horas/aula diárias, organizada e reorganizada sempre que
necessário de acordo com as necessidades educacionais de cada aluno.!
Segundo a Instrução N° 016/2011 – SEED/SUED, o atendimento das salas pode ser
individual ou em grupo, de forma a oferecer o suporte necessário as necessidades
educacionais do aluno. Cada sala pode conter até vinte alunos, devidamente distribuídos
por horários de acordo com um cronograma a ser elaborado pelo professor responsável.
Os alunos não tem um tempo determinado para frequentar, podendo durar meses ou anos
a sua participação, de maneira a superar as suas dificuldades. No histórico escolar do
aluno não é permitido constar que frequentou Sala de Recursos, no entanto, para
�20EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
transferência, além dos documentos da classe comum, deverão ser acrescentadas cópias do
relatório relatório pedagógico.!
A Instrução normatiza que podem frequentar nas salas de recursos, os alunos
devidamente matriculados que apresentarem:!
a) deficiência Intelectual (limitações significativas no funcionamento intelectual)!
b) deficiência fisica neuromotora (comprometimento motor acentuado, decorrente de
sequelas neurológicas que causam alterações funcionais nos movimentos, na coordenação
motora e na fala)!
c) transtornos globais do desenvolvimento (alterações no desenvolvimento
neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias
motora, casos como: autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno
desintegrativo da infância (psicose) e transtornos invasivos sem outra especificação.!
! d) transtornos funcionais específicos (alterações manifestadas por dificuldades
significativas: na aquisição e uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades
matemáticas, na atenção e concentração. (PARANÁ, 2011, p. 02).!
A secretaria do Estado do Paraná lançou em 2006, as Diretrizes da Educação Especial
para a construção de currículos inclusivos. Nesta publicação, foi apresentado os
fundamentos filosóficos, teóricos e legais da Educação Especial no Paraná, entendendo
que a compreensão da Educação Especial como modalidade deve ser dialogada e
compartilhada com os membros das famílias (pais e/ou responsáveis), alunos,
profissionais da educação e gestores das políticas públicas lançando um novo olhar sobre
o aluno com necessidades educacionais especiais. Esse novo olhar!
! ! ! ! ! ! !exige da escola a prática da flexibilização curricular que se concretiza na análise da adequação de objetivos propostos, na adoção de metodologias alternativas de ensino, no uso de recursos humanos, técnicos e materiais específicos, no redimensionamento do tempo e espaço escolar, entre outros aspectos, para que esses alunos exerçam o direito de aprender em igualdade de oportunidades e condições” (PARANÁ, 2006, p. 09).!
! ! ! ! ! ! !
�21EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Assim, se busca que escola e responsáveis possam trabalhar juntos, se
comprometendo cada vez mais na educação do alunos com necessidades educacionais
especiais. Todos os matriculados nas salas de recursos multifuncional, exigem um trabalho
que se paute no diálogo sobre os diversos problemas presentes do dia a dia da escola. Esse
é o objetivo fundamental, buscar soluções em conjunto com os responsáveis, acreditando
no potencial de cada aluno, quebrando barreiras e preconceitos em relação as diferenças,
buscando construir espaços que valorizem a pluralidade e a diversidade.!
Cada aluno aprende ao seu tempo e da sua maneira. Não é possível ensinar o mesmo
conteúdo da mesma maneira a todos os alunos, pois eles aprendem de maneira diversa
uns dos outros. Muitas vezes é necessário repensar o conteúdo e a forma de ensinar para
que esse conhecimento se torne claro e acessível para o aluno. Essa mediação é
fundamental entre os responsáveis e a escola, por isso o diálogo é tão importante e
fundamental.!
!
ATIVIDADES!!01) Debater/ dialogar com os pais sobre
as limitações dos alunos com
necessidades educacionais especiais e
como eles podem superá-las. !
02) Quais são as alternativas? Como
motivar? Relatos de experiências.!
03) Porquê é importante a frequência
regular dos alunos matriculados? !
04) Quais são os beneficios que a Sala de Recursos pode proporcionar aos alunos?!
05) Como é possível repensar a relação família - Escola? !
�22EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Fig. 13
06) Como aproximá-los para beneficiar cada vez mais o aluno?!
!Sistematização do questionário!
Apresentação sistematizada por parte do Professor PDE do
questionário proposto na oficina anterior e reflexão sobre as
respostas apresentadas junto com o grupo inclusivo!
!!
Para aprofundar o conhecimento: !!01) Assista aos vídeos:!
A) https://www.youtube.com/watch?v=yLF8tpiYmHs!
Questões para reflexão e debate:! !
Que interpretação cada um pode fazer a partir desse víde!
02) http://www.interfilmes.com/filme_24996_A.Historia.de.Loretta.Claiborne-
(The.Loretta.Claiborne.Story).html!
!Questões para reflexão e debate:! !
a) Que interpretação cada um pode fazer a partir desse vídeo? b) Porque é importante
motivar sempre os filhos? c) Como Loretta superou seus limites? d) Qual é a diferença
entre alguém com necessidades educacional especial e outra criança que não tenha uma
necessidade educacional especial?!
!!
�23EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Fig. 14
Fig. 15
!
OFICINA 04!INSTRUMENTALIZAR!
a comunidade vem !até a escola!
!Essa oficina tem o objetivo de dar instrumentos aos pais, para que percebam como é
importante o trabalho desenvolvido com os alunos na sala de recursos, visando uma
maior integração entre os responsáveis e a escola. Ela oportuniza aos pais e/ou
responsáveis conhecer como é o trabalho do professor e como seu filho pode se
desenvolver por meio das aulas. A partir dela, os familiares poderão visualizar que a
metodologia aplicada na sala de recursos, é diferente daquela aplicada na sala de aula.
Percebendo que os recursos são diferenciados e inúmeros, eles podem incentivar ainda
mais a presença do aluno, nas aulas.!
O fundamento teórico dessa oficina, está na percepção da diferença, de como a
modernidade criou uma ordem, uma suposta normalidade e tudo que não se parece com
esse modelo, está condenado, sendo por isso, excluído. Assim, na atual sociedade, é
bastante comum as pessoas pensarem de acordo com a norma, com o que é comum e
padrão, sem não se sensibilizarem pelo que não é constituído e aceito socialmente como
regra, ou seja, pelo diferente. Assim, o nascimento de uma criança com deficiência,
provoca uma série de reflexões sobre padrões de comportamento e de pensamento que
fogem dos padrões de normalidade. Tal forma de entendimento, muitas vezes se perpetua
como práticas de exclusão social. É preciso refletir sobre a tradicional dicotomia
normalidade x anormalidade. O autor que se segue, apresenta uma série de reflexões e
provocações acerca do tema.!
Veiga-Neto (2001, p.105), escreve que a palavra anormal serve para designar os
mais variados e diversos grupos que a modernidade vem, incansável e incessantemente,
�24EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Fig. 16
inventando e multiplicando como: “os sindrômicos, deficientes, monstros e psicopatas (em
todas as suas variadas tipologias) os estranhos, os GLS, os “outros”, os miseráveis[...], os
sem-emprego, sem-teto, sem-terra [...] o louco, o indivíduo a corrigir”.!
O discurso da anormalidade no campo da Educação Especial suscita uma série de
indagações, as quais remetem as relações existentes entre poder, saber, discurso e
representações. A palavra anormal suscita ainda, ideias como o diferente e incorrigível
dentro de uma sociedade excludente e violenta.!
Tais concepções sobre o que é normal e anormal, dentro de uma lógica chamada
inclusiva, remetem ao pensamento que enfatiza que a normalidade está presente desde a
escolarização!!Se parece mais difícil ensinar em classes inclusivas. Classes nas quais os (chamados) normais estão misturados com os (chamados) anormais , não é tanto porque seus (assim chamados) níveis cognitivos são diferentes, mas, antes, porque a própria lógica de dividir os estudantes em classes – por níveis cognitivos, por aptidões, por gênero, por idades, por classes sociais etc.- foi um arranjo inventado para justamente, colocar em ação a norma, através de um crescente e persistente movimento de separando o normal do anormal, marcar a distinção entre normalidade e anormalidade (VEIGA-NETO, 2001, p. 110).!
!
Veiga-Neto (2001) descreve esse fato, para demonstrar que o conceito de
normalidade ao nível cognitivo foi inventado e que a organização da escola e do seu
currículo, servem dentre várias outras coisas, para “fixar quem somos nós e quem são os
outros”, para organizar, ordenar, criar o conceito de ordem. Nesse sentido, a díade normal
x anormal se mostra uma construção discursiva moderna, não é algo natural como muitos
pensam.!
O normal, caraterizado pela ordem, pode deixar de ser visto como algo natural e,
passar a ser visto simplesmente enquanto ordem, algo que pode ser resolvido. Nesse
sentido, o caos visto como aquilo que esta fora da ordem, entendido como negativo, é
condição necessária a ordem. A ordem só se identifica com ela mesma, se for coloca frente
ao caos. Isso significa que a modernidade foi caracterizada pela busca do normal, da
ordem, marcado pela exclusão dos demais grupos.!
�25EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
A inclusão é o primeiro passo no reconhecimento do outro. Toda vez que se
estabelece a diferença, o estranhamento, é porque se produz uma dicotomia; de maneira
que o mesmo não se identifica com o outro. Ao explicar a díade ouvinte-surdo, escreve que
“as oposições binárias supõem que o primeiro termo define a norma e que o segundo
existe fora do domínio daquele”(VEIGA-NETO, 2001, p. 113). O privilégio está sempre no
primeiro termo e o outro, só existe dentro dele, como inversão negativa. A modernidade se
valeu de uma lógica binária para denominar de diferentes modos o componente negativo
da relação cultural.!
!A norma, ao mesmo tempo que permite tirar, da exterioridade selvagem, os perigosos, os desconhecidos, os bizarros - capturando-os e tornando-os inteligíveis, familiares, acessíveis, controláveis - , ela permite enquadrá-los a uma distância segura a ponto que eles não se incorporem ao mesmo. Isso significa dizer que, ao fazer de um desconhecido um conhecido anormal, a norma faz desse anormal mais um caso seu. Dessa forma, também o anormal está na norma, está sob a norma, ao seu abrigo. O anormal é mais um caso, sempre previsto pela norma. Ainda que o anormal se oponha ao normal, ambos estão na norma. É também isso que faz dela um operador tão central para o governo dos outros; ninguém escapa dela. (VEIGA-NETO, 2001, p. 116).!
! !
Isso significa pensar que a norma exclui, para de certa forma incluir demarcando seu
território e impondo a sua lógica. Assim, os conceitos de “normal” e “anormal” foram
incorporados na cultura e nos discursos da sociedade. De maneira que históricamente o
diferente, o deficiente, vem sendo tratado como aquele que está fora do grupo da
normalidade, não faz parte das identidades construídas em torno de um “eu”, de um
sujeito. Ou seja, ninguém se identifica com este indivíduo portador da estranheza e do
incômodo de ser especial. Assim, ele pede uma nova educação, nova abordagem dos
conteúdos e metodologias, novas práticas, materiais adaptados às suas necessidades, as
suas estranhezas. Enfim, um olhar direcionado às suas características de aprendizagem.!
O anormal, que é o outro, é a alteridade que resulta de uma produção histórica e ao
mesmo tempo linguística, desse outro que não somos nós e, que precisa para existir e
afirmar a diferença e a exclusão.!
�26EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Larrosa; Skliar (2001), apresentam três reflexões quanto a alteridade, o outro. a) o
outro como fonte de todo mal, b) o outro como sujeito pleno de um grupo cultural e c) o
outro como alguém a tolerar. Fazendo referência a Hobsbawm apontam que este foi o
século mais mortífero da história, pois o mundo enfrentou diversos conflitos bélicos,
genocídios, mortes étnicas, apartheid, ditaduras militares, violência física e legalista contra
os imigrantes, etc. A violência, com tudo não foi somente externa, física, mas também
promovida pela coação, regulação de leis, costumes e moralidades. Construíram-se
sujeitos e regimes alicerçados numa suposta verdade. De modo que a!
!Modernidade construiu, neste sentido, várias estratégias de regulação e de controle da alteridade que, só em princípio, podem parecer sutis variação dentro de uma mesma narrativa. Entre elas a demonização do outro: sua transformação em sujeito ausente, quer dizer, a ausência das diferenças ao pensar a cultura; a delimitação e limitação de suas perturbações; sua invenção para que dependa das traduções oficiais; sua permanente e perversa localização do lado externo e do lado interno dos discursos e práticas institucionais estabelecidas, vigiando permanentemente as fronteiras - isto é, a ética perversa da relação inclusão/ exclusão - ; sua oposição a totalidade de normalidade através de uma lógica binária; sua imersão e sujeição aos estereótipos; sua fabricação e sua utilização, para assegurar e garantir as identidades fixas, centradas, homogêneas, estáveis etc. (LARROSA; SKLIAR, 2001, p. 121).!
!
A modernidade construiu o estereótipo, que tem servido de elemento de
marginalização, de poder, de exclusão. Construiu uma lógica binária que se auto alimenta,
promovendo a seguinte reflexão: “o louco confirma a nossa razão; a criança, nossa
maturidade; o selvagem, nossa civilização; o marginalizado, nossa integração; o
estrangeiro nosso país; o deficiente, nossa normalidade” (LARROSA; SKLIAR, 2001, p.
124). Nessa lógica o outro é sempre o depositário de todo o mal e de toda a falha, portanto
negativo e, como tal, deve ser eliminado. Sendo a pobreza um problema do pobre, a
violência do violento e a deficiência do deficiente.!
Quanto aos outros como sujeitos plenos de uma marca cultural, Skliar (2001) escreve
que as culturas representam comunidades homogêneas de crenças e estilos de vida. Assim,
na modernidade foi estabelecido o mito de que cada cultura se funda em um padrão que
�27EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
outorga sentido pleno à vida de todos os seus membros. Esse mito da consciência cultural
supõe que todos os deficientes vivem a deficiência do mesmo modo. Levando a
interpretação de que “cada sujeito adquire identidades plenas a partir de únicas marcas de
identificação, como se por acaso as culturas se estruturassem independentemente de
relações de poder e hierarquia” (LARROSA; SKLIAR, 2001, p. 127).!
Tal mito supõe que as culturas são harmoniosas e equilibradas. No entanto, a
diversidade cultural é contida pela lógica de uma norma construída e administrada pela
sociedade, a qual cria um falso consenso, uma falsa convivência em torno de uma
estrutura normativa que contém a diferença cultural. A diversidade cultural pode ser
traduzida como aquela que se aproxima ao déficit, a negatividade, ao diferente. Quando se
fala em diversidade é para se referir muitas vezes ao pobre ou ao sujeito com necessidade
especial, colocando um peso negativo intencionalmente sobre o outro.!
No que se refere ao outro como alguém a se tolerar, destaca-se que a modernidade
deu lugar a duas formas de tolerância: assimilação individual e reconhecimento do grupo.
O princípio do reconhecimento, nessa perspectiva, se “sustenta na homogeneidade, na
igualação e não na diferença. Ser cidadão no caráter de indivíduo igual e não no caráter de
sujeito diferente” (LARROSA; SKLIAR, 2001, p. 134). Por trás do discurso da tolerância,
reside o discurso da indiferença e do pensamento frágil, pois como é possível ser tolerante
frente a grupos extremistas, que instituem as limpezas étnicas ou de tolerar culturas que
submetem a mulher à obscuridade, etc.!
Propostos estes argumentos, retoma-se o objetivo dessa oficina de conhecer como é o
dia a dia da sala de recursos multifuncional. Entender que a sala apresenta uma série de
alternativas para a aprendizagem do aluno. Perceber que durante uma aula o aluno tem a
oportunidade de desenvolver toda a sua potencialidade já que possui diversos recursos,
professor especializado e muitas vezes individualizado e um tempo diferenciado para
realizar as atividades. !
�28EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
!
ATIVIDADES!01) Desenvolver junto com a professora
da sala de recurso uma aula dinâmica,
com possibilidades de aprendizagem,
como por exemplo: brincando com a
fração. !
Mostrar aos pais e aos alunos como é
importante a presença do aluno com
necessidades educacionais especiais na
sala e como é desenvolvido as atividades
de maneira lúdica e ao mesmo tempo interessante. Orienta-se: os pais devem
ficar na sala de recurso o tempo suficiente para entender como funciona a
metodologia de ensino.!
!Sugestão!
Desenvolver algumas atividades em que os pais possam realizarem
com os seus filhos.!
!
02) Após a participação dos pais em sala:!
Organizar o grupo em formato de círculo, o qual pode ser na
biblioteca, e fazer a seguinte reflexão:!
❖ Que ações enquanto responsável já faço com meu filho, que contribuem para o seu
desenvolvimento educacional? Quais deram certas e quais não deram certas? Troca de
experiências!
❖ Qual é a importância da sala de recursos para o desenvolvimento dessas crianças?!
!
�29EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Fig. 17
Fig. 18
!Para aprofundar o conhecimento: !!01) Para incentivar a reflexão, assista ao vídeo do prof. Pier
sobre como estudar. Disponível em: !
https://www.youtube.com/watch?v=cVVg_T_vSbc ou!
https://www.youtube.com/watch?v=YSJsaER7rgg!
!!
Questões para reflexão:!❖ Qual é a proposta do vídeo?!
❖ Que mudanças de hábito pode-se propor em relação aos
estudos em casa?!
❖ Como cada pessoa presente pode acompanhar essa
mudança?!
!!
!
�30EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Fig. 19
Fig. 20
OFICINA 05!PERMANECER!
a sociedade é incluida!! !!Essa oficina está dividida em duas partes. A primeira parte tem o objetivo de ouvir
as sugestões de temas a serem debatidos nos próximos encontros. A ideia, é fazer deste
momento uma possibilidade de não deixar a proposta de trabalho acabar, dar
continuidade, trazendo para o grupo novas problemáticas, novos desafios e
posteriormente novos parceiros de trabalho. !
O segundo momento, busca incluir novos parceiros da sociedade, como por exemplo
a equipe de educação especial do município, a do núcleo regional de educação, além de
uma psicóloga educacional, para que se possa ampliar a equipe inclusiva da escola,
buscando sempre novas parcerias. Cada um desses novos integrantes de trabalho, terão
momentos específicos com o grupo, proporcionando momento de diálogo e ao mesmo
tempo formação.!
Incluir a sociedade nesse processo e dar continuidade, por meio da equipe inclusiva
é algo muito importante para a realidade da comunidade escolar. Uma equipe formada
por professores, pais e/ou responsáveis, membros do Núcleo Regional de Educação, da
Secretaria Estadual de Educação, psicólogos, médicos e membros do setor de educação
especial do município, tendo como objetivo a troca de experiências e conhecimentos, nos
quais uns possam ensinarem e ajudarem os outros é necessário e relevante para a
comunidade local. Serão pessoas que tem uma habilidade específica e que colaboram em
favor de uma educação de qualidade, possibilitando a integração de todos os indivíduos
ligados.!
�31EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Fig. 21
A continuidade da equipe inclusiva terá o objetivo de facilitar a construção da
aprendizagem do aluno, integrando família, escola e o acesso a informação das
dificuldades que os alunos apresentam!
!! !
ATIVIDADES!01) Cada integrante é convidado a
propor novas temáticas a serem
desenvolvidas nas próximas oficinas.
Faz-se uma lista dos temas prioritários,
agendando dia e local.!
!
02) Diálogo e formação com a Psicóloga
Camila, com o tema: Família e Escola,
uma educação para além dos muros da escola.!
!
Para aprofundar o conhecimento: !!01) Assista aos vídeos:!
https://www.youtube.com/watch?v=AB47ifpiQEg!
https://www.youtube.com/watch?v=udEALxnV1ek!
!!
!!!
�32EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Fig. 22
Fig. 23
Questões para reflexão e avaliação com o grupo:!
❖ Como cada segmento pôde contribuir para o funcionamento
?!
❖ Quais foram as limitações de um projeto e/ou material
didático que envolve a participação dos pais e ou
responsáveis dentro do !
estabelecimento de ensino? foi possível superá-las? !❖ Sabe-se que é importante o diálogo contínuo entre a !
escola e os responsáveis. Como fazer para não perder esse laço fundamental no
desenvolvimento do aluno?!
!!!!!!!!!!!!!!!!
�33EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Fig. 24
Sumário das Figuras!!Figura 01: http://www.sociologia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=624&evento=6#menu-galeria!Figura 02: http://multimeios.seed.pr.gov.br/resourcespace-seed/pages/view.php?ref=18999&search=diversidade&order_by=relevance&sort=DESC&offset=0&archive=0&k=!Figura 03: http://multimeios.seed.pr.gov.br/resourcespace-seed/pages/d o w n l o a d _ p r o g r e s s . p h p ?ref=22978&size=scr&ext=jpg&k=&search=professores&offset=0&archive=0&sort=DESC&order_by=relevance!Figura 04: http://multimeios.seed.pr.gov.br/resourcespace-seed/pages/view.php?ref=23238&search=professor&order_by=relevance&sort=DESC&offset=0&archive=0&k=!Figura 05: http://multimeios.seed.pr.gov.br/resourcespace-seed/pages/view.php?ref=20287&search=educação&order_by=relevance&sort=DESC&offset=0&archive=0&k=#!Figura 06: http://multimeios.seed.pr.gov.br/resourcespace-seed/pages/view.php?ref=23104&search=professores&order_by=relevance&sort=DESC&offset=0&archive=0&k=!Figura 07: http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=272&evento=12!Figura 08: http://multimeios.seed.pr.gov.br/resourcespace-seed/pages/view.php?ref=23238&search=professor&order_by=relevance&sort=DESC&offset=0&archive=0&k=!Figura 09: http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/themes/gestaoescolar/images/imagem_esq.png!Figura 10: http://multimeios.seed.pr.gov.br/resourcespace-seed/pages/view.php?ref=23104&search=professores&order_by=relevance&sort=DESC&offset=0&archive=0&k=!Figura 11: http://multimeios.seed.pr.gov.br/resourcespace-seed/pages/view.php?ref=20287&search=educação&order_by=relevance&sort=DESC&offset=0&archive=0&k=#!Figura 12: http://multimeios.seed.pr.gov.br/resourcespace-seed/pages/view.php?ref=19950&search=educação&order_by=relevance&sort=DESC&offset=0&archive=0&k=!Figura 13: http://multimeios.seed.pr.gov.br/resourcespace-seed/pages/view.php?ref=23238&search=professor&order_by=relevance&sort=DESC&offset=0&archive=0&k=!
�34EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
Figura 14: http://multimeios.seed.pr.gov.br/resourcespace-seed/pages/view.php?ref=23098&search=professores&order_by=relevance&sort=DESC&offset=0&archive=0&k=!Figura 15: http://multimeios.seed.pr.gov.br/resourcespace-seed/pages/view.php?ref=20287&search=educação&order_by=relevance&sort=DESC&offset=0&archive=0&k=#!Figura 16: http://multimeios.seed.pr.gov.br/resourcespace-seed/pages/view.php?ref=23138&search=pais&order_by=relevance&sort=DESC&offset=0&archive=0&k=!Figura 17: http://multimeios.seed.pr.gov.br/resourcespace-seed/pages/view.php?ref=23238&search=professor&order_by=relevance&sort=DESC&offset=0&archive=0&k=!Figura 18: http://multimeios.seed.pr.gov.br/resourcespace-seed/pages/view.php?ref=23104&search=professores&order_by=relevance&sort=DESC&offset=0&archive=0&k=!Figura 19: http://multimeios.seed.pr.gov.br/resourcespace-seed/pages/view.php?ref=20287&search=educação&order_by=relevance&sort=DESC&offset=0&archive=0&k=#!Figura 20: http://multimeios.seed.pr.gov.br/resourcespace-seed/pages/view.php?ref=23097&search=professores&order_by=relevance&sort=DESC&offset=0&archive=0&k=!Figura 21: http://multimeios.seed.pr.gov.br/resourcespace-seed/pages/view.php?ref=23106&search=professores&order_by=relevance&sort=DESC&offset=0&archive=0&k=!Figura 22: http://multimeios.seed.pr.gov.br/resourcespace-seed/pages/view.php?ref=23238&search=professor&order_by=relevance&sort=DESC&offset=0&archive=0&k=!Figura 23: http://multimeios.seed.pr.gov.br/resourcespace-seed/pages/view.php?ref=20287&search=educação&order_by=relevance&sort=DESC&offset=0&archive=0&k=#!Figura 24: http://multimeios.seed.pr.gov.br/resourcespace-seed/pages/view.php?ref=23097&search=professores&order_by=relevance&sort=DESC&offset=0&archive=0&k=!!!!!!!
!
�35EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
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�37EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA