Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
PARANÁ GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
Marcia Joana Barbieri
CONTRIBUIÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE PARA SUPERAÇÃO DAS
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA LEITURA E ESCRITA.
A Produção Didático-Pedagógica é uma das atividades propostas ao professor que participa do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, como estratégia de ação prevista no Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola.
Orientadora: Dra: Ana Paula Vieira
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2013
Título: Contribuição da psicomotricidade para superação das dificuldades de aprendizagem na leitura e escrita.
Autor: Marcia Joana Barbieri
Disciplina/Área Educação Especial
Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Colégio estadual Presidente Vargas, localizado à rua Presidente Vargas, n°235
Município da escola Pinhal de São Bento - PR
Núcleo Regional de Educação
Francisco Beltrão
Professor Orientador Ana Paula Vieira
Instituição de Ensino Superior
Unioeste
Relação Interdisciplinar Língua Portuguesa, Educação Física
Resumo
Sabe-se que o número de crianças com dificuldades de aprendizagem, principalmente na leitura e escrita, está se tornando cada vez mais comum e muitas destas dificuldades podem estar relacionadas a transtornos de equilíbrio, de coordenação, de estruturação do esquema corporal ou orientação espacial. Por isso são necessárias medidas pedagógicas adequadas e alternativas para ajudar em tais dificuldades. Assim, o presente trabalho utilizará a psicomotricidade como forma de amenizar ou sanar as dificuldades de aprendizagem apresentadas no contexto escolar, através de atividades lúdicas, de jogos, de brincadeiras e o uso de materiais concretos, que desenvolvem no indivíduo capacidades afetivas, cognitivas e motoras, além do aprendizado.
Palavras-chave Desempenho escolar; atividades psicomotoras; ludicidade.
Formato do Material Didático
Unidade Didática
Público Alvo Sala de apoio à aprendizagem - 6° ano
APRESENTAÇÃO
As dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita estão presentes em
todas as escolas. Observa-se que muitas crianças não conseguem acompanhar o
ritmo acadêmico do restante da turma, sendo rotuladas constantemente como as
que não sabem, as desatentas e que não prestam atenção. São problemas que
podem afligir a muitos estudantes e deve ser constantemente estudado, no sentido
de amenizar as dificuldades enfrentadas pelos educandos e educadores.
Os motivos de se estudar as dificuldades de aprendizagem são diversos,
desde capacidade intelectual até pequenas inadaptações que quando não bem
cuidadas ou sanadas se transformam em uma verdadeira dificuldade de
aprendizagem, principalmente na leitura e escrita como troca de letras, lentidão e
falta de ritmo na leitura, falta de concentração, interpretações simples, dificuldade no
reconhecimento das palavras, escrita espelhada, dificuldade no traçado das letras e
omissão de letras, ocasionando também a desmotivação para o estudo e possível
fracasso escolar, além de baixa autoestima.
Ao se estudar a psicomotricidade, percebe-se a sua importância desde os
primeiros anos de vida, pois, para Oliveira (1997) ela proporciona as condições
mínimas para um bom desempenho escolar e aumenta o potencial motor e o
domínio do corpo, ou seja, é a base para as futuras aprendizagens, além de
oportunizar os aprendizados pré-escolares, fazendo com que a criança tome
consciência de seu corpo, de seu equilíbrio, da sua lateralidade, situe-se no espaço,
saiba coordenar seus gestos, movimentos e ainda pode ser a prevenção de futuras
lacunas escolares.
Gonçalves (2009) aborda a questão da Psicomotricidade como a auxiliadora
na estruturação do desenvolvimento das crianças, pois acredita que as experiências
motoras servem de ligação entre o cognitivo e o sócio-afetivo e estas são
indispensáveis para a formação do individuo.
De acordo com Gonçalves (2009, p. 21) entende-se a psicomotricidade como
“uma ciência que estuda o indivíduo por meio do seu movimento que exprime, em
sua realização, aspectos motores, afetivos e cognitivos, resultados da relação do
sujeito com seu meio social”. Para que uma criança se desenvolva bem em todos os
aspectos é preciso que desde cedo ela vivencie situações de brincadeiras, que
descubra seu corpo e seus limites, que brinque, imagine, explore tudo ao seu redor.
Barreto (2000) aponta que a psicomotricidade é se relacionar por meio da
ação do seu corpo e do seu movimento, levando em consideração a idade, a cultura
corporal, a maturação e os interesses da criança. Ele afirma que para aprender é
preciso a integração da mente com o corpo, e através do movimento consciente, ou
seja, a experiência, a criatividade, o domínio dos objetos, que se dá toda a
aprendizagem presente e futura.
A psicomotricidade, portanto, é a base para todas as futuras aprendizagens,
mas para que a criança se aproprie de seu corpo, ela deverá ser estimulada desde
cedo para que viva este corpo de maneira integral, explorando objetos, pessoas e
espaços.
Sendo assim, deve-se propor caminhos que possam auxiliar tanto educadores
quanto educandos no sentido de sanar as dificuldades enfrentadas pelos mesmos
no decorrer de sua vida acadêmica, buscando diferentes metodologias e novos
recursos para trabalhar com os alunos que apresentam dificuldades de
aprendizagem, trazendo os recursos da psicomotricidade para a sala de aula como
forma de educação e reeducação psicomotora dando oportunidade para que por
meio de jogos e atividades lúdicas possa ser desenvolvido ou aumentado todo o
potencial do aluno, capacitando-o para um melhor desenvolvimento e
aproveitamento das aprendizagens escolares.
Sabe-se que certos tipos de dificuldades de aprendizagem podem ser
amenizados ou até mesmo sanados ao usar o recurso da psicomotricidade, mas
para isso, é necessário um trabalho educativo que venha desenvolver as
potencialidades do educando, utilizando-se de uma metodologia adequada às suas
necessidades. Neste sentido a psicomotricidade aplicada de forma correta poderá
ser um subsídio importante ao educador para melhorar o rendimento do aluno no
contexto escolar.
Segundo Oliveira (1997) o desenvolvimento da psicomotricidade se estrutura
nas seguintes áreas: Coordenação Global, Fina e Óculo Manual; Esquema Corporal;
Lateralidade; Estruturação Espacial; Estruturação Temporal e Discriminação Visual e
Auditiva. O ideal é se trabalhar com programas que envolvam jogos, brincadeiras e
atividades lúdicas, para desenvolver essas áreas tão importantes na formação do
indivíduo.
A seguir será apresentada cada área que compõe a psicomotricidade:
a) Coordenação global, fina e óculo manual
Para uma pessoa conseguir pegar e manipular objetos ela precisa de certas
habilidades como equilíbrio e domínio de seu gesto para se movimentar, então ela
precisa ter coordenação motora global, que se refere aos movimentos dos membros
superiores: braços, ombros, pescoço, cabeça; e membros inferiores: pernas, pés,
quadris; Depende da capacidade de equilíbrio postural, e a partir deste equilíbrio vai
coordenando seus movimentos, se conscientizando de seu corpo e de suas posturas
(OLIVEIRA, 1997).
A coordenação fina e a óculo manual ou viso motora, referem-se aos
trabalhos que são executados com as mãos e os dedos, sendo a destreza manual. E
para que haja uma boa coordenação motora fina é necessário também um controle
ocular, ou seja, a visão acompanhando os gestos da mão.
b) Esquema corporal
O corpo possui características próprias e através dele se estabelecem
relações com o mundo e se descobre a si mesmo e por isso, conhecer e ter domínio
sobre o seu corpo significa ter maior habilidade para poder explorá-lo, distingui-lo,
diferenciá-lo. Então, um esquema corporal organizado permite a uma criança se
sentir bem, uma vez que poderá utilizá-lo para novas aprendizagens. Sobre isto
Oliveira descreve:
É importante ressaltar que o corpo é o ponto de referência que o ser humano possui para conhecer e interagir com o mundo. Este ponto de referência servirá de base para o desenvolvimento cognitivo, para aprendizagem de conceitos tão importantes para uma boa alfabetização como, por exemplo, os conceitos de espaço: embaixo, em cima, ao lado, atrás, direita, esquerda, etc. Primeiramente a criança visualiza estes conceitos através do seu corpo e só depois consegue visualizá-los nos objetos entre si (OLIVEIRA, 1997, p. 51).
Para se desenvolver o esquema corporal é preciso que o corpo da criança
passe pela experiência, pelo uso que ela faz de seu próprio corpo e um recurso
importante para o desenvolvimento do esquema corporal é o uso do espelho, pois
através dele a criança descobre sua imagem refletida usando-o como fator de
reconhecimento de si, raciocinando e assim desenvolvendo seu esquema corporal
(OLIVEIRA, 1997).
c) Lateralidade
Diz respeito à preferência de um lado do corpo: Direito ou esquerdo, onde o
lado dominante apresenta maior força muscular, mais precisão e rapidez. A
lateralidade é função da dominância lateral, tendo um dos hemisférios a iniciativa da
organização do ato motor e o outro lado à função de apoio, de auxílio, mas os dois
funcionam de forma complementar.
d) Estruturação e orientação espaço-temporal
Refere-se ao domínio do próprio corpo em relação ao ambiente onde está
inserido. Conhecer o espaço significa conhecer além das dimensões físicas como
paredes, janelas e casas. A criança toma consciência do seu corpo em meio a um
ambiente, ou seja, se situar num lugar e se orientar em relação aos objetos. “Em
primeiro lugar, portanto, a criança percebe a posição de seu corpo no espaço.
Depois, a posição dos objetos em relação a si mesma e, por fim, aprende a perceber
as relações das posições dos objetos entre si” (OLIVEIRA, 1997, p. 75).
Para que a criança perceba a posição dos objetos no espaço é necessário
que ela tenha o seu corpo como ponto de referencia e através dos movimentos de
seu corpo poderá explorar tudo ao seu redor, num determinado tempo. Seus gestos
e movimentos vão se ajustando ao tempo e ao espaço e depois vai adquirindo
conceitos que lhe permitirão se movimentar livremente neste espaço e assim
assimilará noções de velocidade, de duração de atividades do seu dia-a-dia, entre
outras.
e) Discriminação visual e auditiva
A discriminação visual refere-se aos movimentos oculares coordenados,
ritmados e orientados, que são necessários para a realização da leitura, mas para
isso é necessário que a criança aprenda a controlar o movimento de seus olhos de
tal forma que não precise colocar o dedo sobre a linha da qual está lendo. É preciso
dirigir os olhos para um determinado ponto para direcioná-lo para algum lugar.
A discriminação auditiva refere-se à capacidade do cérebro de receber,
processar e armazenar informações na memória. Se as informações forem
distorcidas, o cérebro também processará informações distorcidas, por isso os sons
deverão ser bem discriminados, uma vez que serão armazenados na memória
(OLIVEIRA, 1997).
A educação psicomotora, portanto, pode ser vista como preventiva, na medida
em que dá condições à criança de se desenvolver melhor em seu ambiente. É vista
também como reeducativa quando trata de indivíduos que apresentam desde o mais
leve retardo motor até problemas mais sérios (OLIVEIRA, 1997).
Neste sentido, a reeducação psicomotora tem como o principal objetivo
retomar ou resgatar as vivências anteriores como falhas ou que foram ultrapassadas
seja por quais motivos forem, mas que em tempo hábil pode-se resgatar. No entanto,
é preciso haver harmonia entre o aspecto funcional e o afetivo, pois eles caminham
lado a lado e para que ocorra de forma harmoniosa é preciso considerar vários
aspectos, como a relação da criança com o adulto, o ambiente em que ela está
inserida, pois um ambiente prazeroso, acolhedor, faz com que a criança tenha
confiança em si mesma e consiga expandir-se, equilibrar-se, ter um bom
conhecimento e domínio de seu corpo.
E é através da ludicidade que as crianças desenvolvem seu corpo, seu ritmo,
sua atenção, concentração e fazem uso da imaginação. Wallon (1968) afirma que o
jogo é a atividade característica da criança, uma vez que este exige muita energia e
ao mesmo tempo proporciona lazer.
O jogo, portanto, é um recurso pedagógico muito importante na aprendizagem
e cabe ao professor criar situações favoráveis de estimulação de maneira que todas
as áreas como a psicomotricidade, a cognição, a afetividade e a linguagem estejam
interligadas.
A criança se sente bem no momento em que se desenvolve através de suas
experiências, da manipulação adequada de materiais que as rodeiam e das
oportunidades para se descobrir, mas para isso é necessário que suas necessidades
afetivas estejam satisfeitas.
Sendo assim, os exercícios psicomotores não devem ser realizados de forma
mecânica, mas associados a jogos, brincadeiras, atividades lúdicas, atividades
rítmicas e de relaxamento, em que se priorizem as relações afetivas, a livre
expressão e ainda o potencial de cada educando.
MATERIAL DIDÁTICO
O presente trabalho utilizará as áreas da psicomotricidade, onde serão trabalhados o
esquema corporal de acordo com Almeida (2009) e Alves (2004). A coordenação
motora fina, ampla e óculo manual de acordo com Gonçalves (2009), Jardini (2008),
Queiroz e Martins (2002), Lovisaro (2011) e Família Silva. (Disponível em:
www.idososativos.blogspot.com/2010/06/familia-silva.html). A lateralidade de
acordo com Almeida (2009). A estruturação e orientação espaço temporal de acordo
com Queiroz e Martins (2002), Gómez e Téran (2009). A discriminação visual e
auditiva de acordo com Honora (2009), Virgolim; Fleiti; Neves-Pereira (2003), Carleto
(2010) e Conflito no cérebro. (disponível em
http://www.iplay.com.br/Imagens/Divertidas/0IbT/Olhe_Abaixo_E_Diga_As_Cores_N
ao_As_Palavras_Conflito_No_Cerebro).
A distribuição das atividades ocorrerá em três etapas:
Primeira etapa (duas aulas): apresentação do trabalho para equipe
pedagógica, direção e professores.
Segunda etapa: (uma aula): apresentação do trabalho para os alunos da sala
de apoio à aprendizagem do 6°ano.
Terceira etapa (vinte e nove aulas): aplicação das atividades para os alunos
de sala de apoio à aprendizagem.
Abaixo segue a descrição de aplicação das áreas da psicomotricidade que
serão desenvolvidas.
Esquema corporal
Objetivo: Desenvolver o conhecimento do esquema corporal
Material: desenhos de figura humana incompleta.
Desenvolvimento:
Entregar desenhos de figuras humanas incompletas, somente com metade do
eixo vertical, o lado esquerdo ou direito e questionar sobre o que falta nela ,
pedir para que completem, desenhem com detalhes o restante do corpo.
Desenhar a si mesmo, com todos os detalhes. Pedir aos colegas a cor dos
olhos, o formato do rosto...
Dar o nome das partes do corpo desembaralhadas para que organizem e
coloquem em seus respectivos lugares.
Nomear as partes do corpo por escrito.
Propor uma atividade escrita em que algumas partes do corpo entram em
conflito umas com as outras (pode ser em dupla). Como por exemplo, o braço
direito e o esquerdo brigam para ver quem pega o sorvete, ou as pernas
disputam para ver quem entra primeiro na sala de aula, entre outras.
Outras atividades para desenvolver o esquema corporal:
Trabalhar com quebra-cabeça de figuras humanas;
Em frente ao espelho, observar a própria imagem. Pedir que toquem
diferentes partes de seu corpo e nomeie;
Ainda em frente ao espelho, propor brincadeiras de balançar os ombros,
cruzar os braços, pular num pé só, fazer caretas, imitar os colegas e outras;
Ao som da música “cabeça, ombro, joelho e pé” dançar tocando as partes do
corpo;
Propor a brincadeira “seu mestre mandou”. Com todos em pé dar comandos
como: cruzar as pernas, ajoelhar-se, pular num pé só, dar dois passos para
frente, dar dois passos para traz;
Dar acessórios e fantasias como chapéu de bruxa, de palhaço, soldado, para
que se fantasiem ou maquiem-se.
Ao término das atividades, propor que todos, em círculo coloquem suas
dificuldades e potencialidades ao realizar as atividades.
Coordenação motora global, fina e óculo manual
Corda
Objetivo: levar o aluno a exercitar habilidades psicomotoras, desenvolvendo a
coordenação, o equilíbrio, a percepção viso-motora e as noções de espaço e tempo.
Material: corda de vários tamanhos
Desenvolvimento:
Ao sinal do professor os alunos deverão andar sobre a corda, ora estendida,
ora em zigue-zague no chão;
Pular com os pés juntos, do início até o fim da corda, caindo, a cada pulo, ora
do lado direito, ora do lado esquerdo da corda;
Pular somente com o pé direito por toda a extensão da corda, depois só com
o pé esquerdo;
Ao som de músicas cantadas pelos próprios colegas, pular corda e responder
ao comando da música (todos deverão pular e bater corda).
A família Silva
Objetivo: Movimentar o grupo, promovendo interação e descontração entre a turma.
Material: A história impressa
Desenvolvimento:
A professora inicia a aula contando uma história chamada “A família Silva”.
É um texto com dezesseis personagens e cada aluno receberá o nome de um
personagem.
Serão feitas algumas adaptações, combinadas anteriormente com a turma e
toda vez que se ouvir o nome de seu personagem, deverá cumprir tarefas
como pular para frente, dar dois passos para a direita, girar pelo lado
esquerdo, pular num pé só, entre outras.
Toda a vez que se falar “Família Silva” todos os personagens devem
movimentar-se (movimentos combinados anteriormente).
A referida história está disponível no site:
www.idososativos.blogspot.com/2010/06/familia-silva.html .
Trabalhando tonicidade e equilíbrio
Objetivo: desenvolver a tonicidade e o equilíbrio estático e dinâmico.
Material: pneus.
Desenvolvimento:
Correr ao redor dos pneus e ao sinal do professor, parar em pé sobre um
deles.
Correr ao redor e ao sinal, subir em um dele com um amigo.
Andar sobre os pneus, pular no chão, rolar os pneus, montar uma amarelinha
e pular.
Andar com um pé dentro do orifício do pneu e outro fora.
Dispor os pneus de maneiras diferentes para que caminhem sobre eles.
Pular com os dois pés juntos, pular em um pé só no pneu.
Sopa de letras (jogo de estafeta)
Objetivo: desenvolver a coordenação motora, criatividade, atenção e agilidade.
Material: cones, jogo do alfabeto silábico em mdf.
Desenvolvimento:
Colocar dois cones a uma distância de seis metros de cada grupo, um para
cada um.
Embaixo dos cones estará o jogo do alfabeto silábico.
Cada participante terá que sair do ponto de partida, correr até o cone e formar
uma palavra com as letras disponíveis,
Assim que concluir a palavra retorna à sua equipe, assim sucessivamente.
Não pode repetir palavras.
Em seguida se fará o registro das palavras na lousa e coletivamente se
inventará uma história utilizando todas as palavras formadas por eles. A
professora irá escrever na lousa a história e depois todos a registrarão no seu
caderno.
Tabela com sílabas
Objetivo: desenvolver a coordenação viso motora.
Material: tabela com figuras e sílabas.
Desenvolvimento: Usando a tabela com sílabas abaixo responder aos comandos:
Ler em voz alta as sílabas em seqüência, linha por linha. Não usar os dedos
para seguir as linhas, nem régua, só os olhos, que se mexem enquanto a
cabeça está fixa.
Descobrir quais sílabas estão repetidas.
Descobrir qual sílaba está sendo pedida, por meio de suas coordenadas
(linha e coluna, ou ordenada) ex. J8= BI, etc.
Dar as coordenadas da sílaba pedida. Ex: QUE=G10, etc.
Descobrir por “varredura”, isto é, os olhos se movem aleatoriamente, sem ler
linha por linha, onde está a sílaba pedida. Ex: PO=C6, etc.
Ler uma sílaba e pular a seguinte, bem rápido.
Ler a primeira e a última sílaba de cada linha.
Nomear em seqüência os desenhos da tabela.
Usando as noções espaciais de cima/baixo/direita/esquerda, na tabela. Ex.:
Partindo de uma determinada sílaba, descubra dois à direita, e cinco para
baixo. Dar continuidade, sempre partindo de onde parou anteriormente. EX.:
partindo de PER, quatro sílabas para baixo e três à esquerda=GUE, etc.
Figura 01: Tabela de Símbolos e Sílabas Fonte: Jardini (2008, p. 67)
Lateralidade
Objetivo: Desenvolver a lateralidade, as noções de espaço e tempo e coordenação
motora fina.
Material: materiais de sucata, caixinhas de remédios, de fósforo, etc. papelão, argila,
areia, tinta e pincel.
Desenvolvimento:
Ouvir a história de Pinhal de São Bento e comentar sobre ela.
Construção de uma maquete da cidade de Pinhal de São Bento. Durante a
construção será trabalhado a coordenação motora fina com uso de argila ou
massa de modelar, as noções de espaço e localização.
Após o término da maquete, dar ao aluno um bonequinho em uma rua da
cidade e dar comandos (escritos) como: andar duas quadras e virar à direita;
andar três quadras e virar à esquerda; voltar duas quadras e virar à esquerda;
etc..
Pedir a localização da Igreja, de supermercado, da escola em relação a sua
localização.
Após o término, em círculo, colocar as dificuldades na construção da maquete
e de seguir as ordens dadas pela professora.
Outras atividades para trabalhar lateralidade:
Dar uma folha de papel em branco e pedir que desenhem uma casa no centro
do papel. Em seguida desenhar uma árvore do lado direito da casa, uma
piscina à esquerda e um jardim do lado direito da piscina;
Dar os seguintes comandos: mostre sua mão direita; mostre seu pé direito;
com a mão direita, toque sua orelha esquerda; com sua mão esquerda, toque
seu olho esquerdo; com sua mão direita toque o seu braço esquerdo; com
sua mão esquerda, toque seu braço direito.
Estruturação e orientação espaço temporal
Risque e descubra
Objetivo: desenvolver a percepção visual e figura-fundo
Material: folha e lápis
Desenvolvimento:
Riscar as letras que aparecem repetidas quatro vezes ou mais e descobrir
com as letras que sobraram a mensagem surpresa:
J V Z O H G X B M
B C J Q X E X M G
U F É O Q H D H D
Z E F S G B R J G
M P C X E S B Q J
C Z D I H F F X M
Z B D Q A J L Q G
Figura-Fundo
Objetivo: desenvolver a percepção visual e figura-fundo
Material: folha impressa
Desenvolvimento: pintar todas as letras u de uma cor e as letras n de outra.
Observar a figura que é formada.
u u u u u u u u u u u n n n n
u u u u u u u u u u u n u u n
u u u n u n u u u u u u u u n
u n n n n n u u u u u u u u n
u n u n n n u u u u u u u u n
u n n n n n n u u u u u u u n
u n n n n n u u u u u u u u n
u u u n n n n n n n n n n n n
u u u n n u n u n u n u n u n
u u u u n n u u u u u n u n n
u u u u u n n n n n n n n n u
u u u u u n u u u u n n n u u
u u u u u n u u u u u n n u u
u u u u u n n u u u u u n u u
u u u u n n u u u u u n n u u
Desenvolvimento: pintar todas as letras q de uma cor e as letras d de outra.
q q q d d d d q d d d d q q q
d d d d d d q q q d d d d d d
d q d d d q d q d q d d d q d
d q d d d d q q q d d d d q d
d d d d d d d q d d d d q d d
d d d q q q q q q q q q d d d
q d d d d d d q d d d d d d q
q d d d d d d q d d d d d q q
q q d d d d q d q d d d d d d
d d d d d q d q d q d d d d d
d d d d q d q d q d q d d d d
d d d q d q d q d q d q d d d
d d q q q q q q q q q q q d d
q d d d d q d d d q d d d d q
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Discriminação visual e auditiva
Objetivo: estimular a linguagem do aluno por meio da atenção e memória.
Material: oito cartões nas cores azul, vermelha, amarela, verde, branca, preta,
laranja e marrom.
Desenvolvimento:
Os alunos devem sentar em roda;
No meio, o professor colocará os oito cartões coloridos;
O professor chama um aluno que deverá observar todos os cartões;
Após a observação, o professor irá vendá-lo;
O professor retira um dos cartões;
O aluno tira a venda e deve perceber qual cor está faltando;
Todos os alunos deverão participar e poderá ter variações como: aumentar o
número das cores, usar cartões com figuras, usar palavras.
Jogo da rima
Objetivo: conhecer rimas, estimular a linguagem, memória e agilidade.
Desenvolvimento:
Dividir a turma em duas equipes, dar uma folha e um lápis para cada equipe
Sentados em colunas, o professor dirá uma palavra e o primeiro da fila deverá
escrever outra que rime e passar para o colega de trás que também escreverá
outra palavra que rime com a palavra anterior,
Assim por diante, até o último da fila, que por sua vez vai levar a folha até a
professora.
Ganha a equipe que terminar primeiro e as palavras estiverem rimando.
Em seguida se fará o registro destas palavras, e o professor propõe que
escolham três palavras e formem frases com elas.
Conflito no cérebro
Objetivo: estimular a linguagem por meio da atenção e percepção.
Material: folha com os nomes das cores impressos em cores variadas.
Desenvolvimento:
O aluno terá que dizer as cores e não as palavras.
A atividade está disponível no site
http://www.iplay.com.br/Imagens/Divertidas/0IbT/Olhe_Abaixo_E_Diga_As_Cores_N
ao_As_Palavras_Conflito_No_Cerebro.
Morto Vivo (troca de letras).
Material: Tiras pequenas de papel contendo palavras.
Desenvolvimento: Dispor os alunos enfileirados na horizontal. Cada um recebe uma
palavra referente a ortografia de F/V. Neste exemplo usaremos as palavras vaca e
faca.
Cada criança lê a sua palavra, mas não conta para o colega. O professor
deverá fazer a seguinte voz de comando: Quem tem a palavra que se
encaixa na frase, ficará em pé (vivo).
“A....................da fazenda da minha avó é bonita.”
As crianças mostram as palavras que têm. Quem ficou em pé com a
palavra faca sai do jogo e quem abaixou com a palavra vaca também.
O jogo segue com novas frases e palavras até que sobre um só jogador.
Observação: A cada nova frase a voz de comando poderá ser mudada, passando a
abaixar-se (morto) a pessoa que está com a palavra adequada. Quem errar sairá da
brincadeira até que fique apenas o vencedor, depois a brincadeira poderá recomeçar
novamente. Após a brincadeira fazer alguns questionamentos.
Na classe da Tia Suzy
Material: folha impressa com o desenho da classe da Tia Suzy.
Desenvolvimento: Descobrir as características de cada aluno da classe da Tia Suzy,
observando o desenho e respondendo as perguntas abaixo:
1. Quantos alunos têm a classe da tia Suzy?
2. Em qual fila todos são meninas?
3. Quantos meninos têm na sala de aula?
4. Quantos alunos têm as mãos levantadas?
5. Quantos são os que pensam realmente saber a resposta?
6. Quem está se escondendo da professora?
7. Quem é canhoto?
8. Quem é o mais bagunceiro da sala?
9. Quem tem os pés sobre a mesa?
10. Quem resolveu tirar um cochilo?
11. Quem se esqueceu de pentear o cabelo?
12. Quais são os que estão conversando um com o outro?
13. Quem está usando brinco?
14. Quem se esqueceu de tirar o chapéu?
15. Quem veio de maria-chiquinha?
16. Quem trouxe seu cachorrinho para a escola?
17. Quem está chorando?
18. Quem são irmão e irmã?
19. Quem está chupando pirulito?
20. Quem usa aparelho nos dentes?
21. Quem falhou à aula hoje?
22. Quem se esqueceu de lavar as mãos?
23. Quem está usando um walkman?
24. Quem não está se sentindo bem?
25. Quem tem sardinhas no rosto?
26. Quem perdeu os seus óculos?
27. Quem achou que hoje iria chover?
Figura 03: desenho da classe da Tia Suzy. Fonte: Virgolim; Fleiti; Neves-Pereira (1999, p.127).
Todos os elementos da psicomotricidade
Para trabalhar todos os elementos da psicomotricidade pretende-se fazer a
maratona psicomotora, onde serão trabalhados os elementos através da aplicação
de exercícios de educação psicomotora educativa e preventiva, além de promover a
interação entre os participantes.
Maratona psicomotora
Na maratona serão trabalhados todos os elementos da psicomotricidade
através da aplicação de exercícios de educação psicomotora educativa e preventiva
e promover a interação entre os participantes. A maratona será realizada num
determinado período de tempo, onde todos os alunos participarão e ao final será
realizada uma confraternização e todos receberão um prêmio (ou medalha) sem o
enfoque competitivo.
Atividades
Estafeta do laço.
Objetivo: desenvolver a coordenação motora ampla, motora fina e a cooperação.
Material: fita vermelha e azul.
Desenvolvimento:
Dividir a turma em dois grupos, formando fileiras;
Colocar à frente de cada fileira um aluno com o braço direito esticado e
amarrar a fita dando o laço no pulso de cada um.
Ao sinal do professor, o primeiro da fila irá até o que está à frente, vai
desamarrar o laço o mais rápido possível, entregar a fita ao primeiro de sua
fila e se posicionar atrás de todos da fila e assim sucessivamente até que
todos participem.
Perna de lata
Objetivo: desenvolver o equilíbrio, direção, concentração e atenção.
Material: quatro latas de achocolatado, um prego, barbante e corda.
Desenvolvimento:
Fazer dois furos nas laterais da lata, passar a corda ou barbante e dar um nó.
Traçar o caminho que será percorrido.
A turma será dividida em dois grupos formando fileiras.
Cada um, na sua vez irá subir na perna de lata, se equilibrar e percorrer o
caminho, sem correr.
Após percorrer o caminho, deixar a perna de lata e se posicionar atrás do
ultimo da sua fileira.
Assim vai até que todos façam o caminho.
Jogo das latas
Objetivo: desenvolver a coordenação motora ampla através do arremesso, a
coordenação viso-motora através do acerto ao alvo, a estruturação espacial e
temporal e domínio da lateralidade.
Material: dez latas de refrigerante, papel colorido, colo, seis bolas de meias de pano.
Desenvolvimento:
Encapar as latas e fazer olhos, bocas e nariz.
Arrumar as latas em cima de duas mesas;
Marcar a linha de onde deverão ser jogadas as bolas
A turma será dividida em dois grupos e todos deverão, a sua vez arremessar
as bolas até que derrube todas as latas.
Jogo dos lenços
Objetivo: desenvolver a percepção visual, auditiva, equilíbrio, ritmo, coordenação
ampla e memória.
Material: aparelho de CD, com músicas de diferentes ritmos, lenço azul, vermelho e
amarelo.
Desenvolvimento:
O professor ficará à frente com os lenços coloridos na mão e combinará com
os alunos que, a cada cor do lenço, eles farão movimentos, previamente
combinados, sempre ao ritmo da música.
Por exemplo: lenço vermelho (andar de joelhos), azul (andar de quatro),
amarelo (andar de costas) entre outras como: pular, dançar na ponta dos
pés, girar, dançar em dupla.
Conclusão da maratona
Serão divididos em dois grupos e à frente de cada grupo, formado em fileira,
será traçado uma linha e colocado em uma cadeira um paletó, um chapéu, um tênis
com cadarço e uma bola. O primeiro de cada fila irá até a cadeira e em ordem fará o
seguinte:
Vestir o paletó
Colocar o chapéu
Colocar o cadarço no seu tênis
Pegar a bola
Dar a volta por trás da sua fileira
Voltar até a cadeira, sem deixar cair o chapéu ou a bola;
Tirar tudo e colocar no mesmo lugar;
Ir até o final da fila;
E assim por diante, até todos participarem.
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