OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica
Turma 2014
Título: A transição dos alunos do 5º para o 6º ano do Ensino Fundamental:
possibilidades e contribuições durante a transição através de um processo de
ensino e aprendizagem significativa.
Autor: Izanira Gaspar da Silva.
Disciplina/Área:
(ingresso no PDE)
Pedagogia
Escola de Implementação do
Projeto e sua localização:
Colégio Estadual José Armim Matte –EFMNP
Município da escola: Chopinzinho – Paraná
Núcleo Regional de Educação: Pato Branco – Paraná
Professor Orientador: Rosângela Abreu do Prado Wolf
Instituição de Ensino Superior: Unicentro
Relação Interdisciplinar:
(indicar, caso haja, as diferentes
disciplinas compreendidas no
trabalho)
Interdisciplinar (todas as disciplinas do 6º ano)
Resumo:
(descrever a justificativa, objetivos
e metodologia utilizada. A
informação deverá conter no
máximo 1300 caracteres, ou 200
palavras, fonte Arial ou Times New
Roman, tamanho 12 e
espaçamento simples)
A Produção Didático-Pedagógica em questão
aborda a transição do 5º para o 6º ano do
Ensino Fundamental, como um momento de
quebra na rotina escolar do aluno, que pode
ocasionar alterações comportamentais de
cunho cognitivo, psicológico e emocional. Tais
alterações ocorrem pelo fato do aluno estar
habituado a uma determinada dinâmica em
sua vida escolar, e quando ela é alterada neste
momento de transição do 5º para o 6º ano, o
mesmo se sente perdido. A proposta de
intervenção baseada nesta Unidade Didática,
objetiva apresentar estratégias de ação,
visando contribuir na minimização dos conflitos
vivenciados pelo aluno, neste momento de
transição.
Palavras-chave:
(3 a 5 palavras)
Aluno; Ensino Fundamental; transição.
Formato do Material Didático: Unidade Didática
Público:
(indicar o grupo para o qual o
material didático foi desenvolvido:
professores, alunos,
comunidade...)
Professores e alunos do 6º ano.
1 APRESENTAÇÃO
A elaboração desta Unidade Didática é parte integrante do Projeto de
Intervenção Pedagógica do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE,
que será desenvolvido no Colégio Estadual José Armim Matte – EFMNP,
localizado no Município de Chopinzinho – Paraná. Este material foi organizado
e pensado pedagogicamente para ser trabalhado com os professores do 6º ano
deste estabelecimento de ensino.
O material elaborado tem por finalidade fazer uma reflexão a respeito da
entrada dos alunos no 6º ano do Ensino Fundamental, tendo em vista que esta
transição coincide com outras transformações pelas quais os educandos estão
vivenciando nesta faixa etária, a adolescência.
Nesta perspectiva o trabalho aqui proposto, pauta-se na necessidade de
realizar um estudo para desenvolver novas práticas para amenizar alguns efeitos
negativos que podem aparecer na passagem do 5º para o 6º ano do Ensino
Fundamental.
A presente produção didático-pedagógica objetiva enquanto material de
apoio o repensar a prática pedagógica e sua fundamentação, tendo como
teóricos os autores: Vygotsky (1998), Oliveira (2009) , Pulaski (1986), Fazenda
(2012), Gasparin (2005) , entre outros.
A unidade didática está composta por textos, vídeos, palestras, cine-
debate e dinâmicas, visando a articulação de ações no ambiente pedagógico, as
quais sejam capazes de atenuar a transição do 5º para o 6º ano do Ensino
Fundamental. Para tanto, é importante a viabilização do mesmo por meio de um
curso de extensão, que será realizado com oito encontros presenciais de 4 horas
com certificação pela Pró-Reitoria de Extensão da UNICENTRO.
Para o desenvolvimento das atividades para a produção da unidade
didática inicialmente foi lançado um questionário e encaminhado aos professores
do 6º ano. Após a análise, as respostas foram compiladas tendo a seguinte
constatação no que tange a transição do 5º para o 6º ano do Ensino
Fundamental:
evidenciou-se que os professores responderam que a maior dificuldade
encontrada nos alunos desta série é a imaturidade na adaptação ao
ambiente escolar devido a troca constante de professores;
grande quantidade de matérias;
salas com maior número de alunos, que ocasiona dificuldade de
concentração e de atenção;
falta de organização tanto do material quanto das atividades propostas.
Na aplicação dos questionários encaminhados aos alunos, constatou-se
as seguintes dificuldades:
troca de professores;
muitos trabalhos e tarefas para entregar;
“medo do novo”;
escola com grande número de alunos.
Após este levantamento obtido com a análise dos questionários, as
atividades foram organizadas para atender as necessidades e/ou amenizar a
problemática identificada, no tocante a passagem do 5º para o 6º ano do Ensino
Fundamental. Nesse sentido o levantamento norteará a proposta de trabalho
para implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na escola, que
envolverá docentes e discentes.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A primeira e grande ruptura de um ser humano inicia a partir do seu
nascimento, quando o bebê perde o vínculo direto com a mãe. A criança vai aos
poucos aprendendo com os pais e ou família, como por exemplo: o andar ereto,
o som da fala, o manusear de objetos. A partir dos seis meses de idade ela inicia
a descoberta de tentar engatinhar, erguer-se, balbuciar e aos poucos vai
percebendo do que é capaz. Os primeiros anos de vida são bem relevantes para
a formação do novo ser. De acordo com Bock:
Para Piaget, o desenvolvimento humano é dividido em períodos de acordo com o aparecimento de novas qualidades do pensamento que por sua vez, interfere no desenvolvimento global. São eles:1º Sensório-motor ( 0 a 2 anos ), 2º Pré-operatório ( 2 a 7 anos ), 3º Operações concretas ( 7 a 12 anos ), 4º Operações formais ( 12 anos em diante ).Cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o indivíduo consegue fazer nessas faixas etárias. Todos passam por todas essas fases ou períodos, nessa sequência, porém o início e o término de cada uma delas dependem das características biológicas do indivíduo e de fatores educacionais sociais. (BOCK, 2002, p.101)
Bock destacou Conforme, podemos considerar que cada ser é único, com
tempo indeterminado para amadurecer dentro de cada fase citada.
De acordo com Vygotsky,
O desenvolvimento infantil é visto a partir de três aspectos: instrumental, cultural e histórico, sendo assim, a história da sociedade e o desenvolvimento do homem caminham juntos e, mais do que isso estão de tal forma intrincados, que um não seria o que é sem o outro.(VIGOTSKY,1998, p.45)
Sobre estes três aspectos, Vygotsky aborda também sobre o processo de
internalização, e argumenta que este processo
[...] de internalização como mecanismo, intervém no desenvolvimento
das funções do sujeito. Esta é a reconstrução interna de uma operação externa e tem como base a linguagem. O plano interno, não preexiste, mas é constituído pelo processo de internalização, fundado nas ações, nas interações sociais e na linguagem. (VYGOTSKY, 1998, p. 49)
Dessa maneira, a aprendizagem da criança começa muito antes de seu
ingresso na escola, pois desde o primeiro dia de vida ela já vivencia os elementos
da cultura, a presença de outro indivíduo, que se torna o mediador entre ela e a
cultura.
Quando ingressa na escola a ação da criança parte de suas próprias
generalizações e significados, o que acontece é que ela não sai de seus
conceitos, mas entra em um caminho novo, acompanhado deles, vem o caminho
da análise intelectual, da comparação, da unificação e das relações lógicas. Os
conceitos que foram inicialmente construídos na criança no decorrer de sua vida,
no seu ambiente social são agora deslocados para um processo novo, para
relações cognitivas com o mundo, e nesse processo os conceitos e estruturas
da criança são transformados e também mudados.
Ao comparar os dois maiores estudiosos do desenvolvimento humano,
pode-se dizer que Piaget defende uma tendência construtivista em sua teoria,
enfatizando o papel estruturante do sujeito através do biológico. Vygotsky dá
ênfase ao aspecto social, pois é na troca entre as pessoas, que ocorre as
funções mentais superiores, através das interações.
Nesta perspectiva, a escola apresenta-se no contexto atual, como uma
das mais importantes instituições sociais por fazer a mediação entre o indivíduo
e a sociedade. Dessa maneira Pulaski reitera a posição de Piaget:
Piaget reitera aqui sua posição no sentido de que as estruturas formais não são nem inatas e “antecipadamente inscritas” no sistema nervoso, nem tampouco criadas por uma sociedade que as imponha ao indivíduo de fora para dentro. São antes formas de equilíbrio elaboradas no intercâmbio entre os adolescentes e as outras pessoas, assim como entre eles e o mundo físico no qual se desenvolvem. As estruturas cerebrais maduras são parte necessária dessa interação – necessária, mas não suficiente. “Entre o sistema nervoso e a sociedade está a atividade individual, ou seja, a soma das experiências de um indivíduo que aprende a adaptar-se tanto ao mundo físico quanto ao social.” (PULASKI, 1986, p.84)
De acordo com essa questão, Oliveira também aborda sobre o papel
social no desenvolvimento, a partir da concepção de Vygotsky referente a zona
de desenvolvimento proximal:
A zona de desenvolvimento proximal estabelece forte ligação entre o processo de desenvolvimento e a relação do indivíduo com seu ambiente
sociocultural e com sua situação de organismo que não se desenvolve plenamente sem o suporte de outros indivíduos de sua espécie. É na zona de desenvolvimento proximal que a interferência de outros indivíduos é a mais transformadora.( OLIVEIRA, 2009, p.63)
Dessa maneira a transição do 5º para o 6º ano do Ensino é
fundamentalmente marcada por uma ruptura de paradigmas, ou seja, marcada
por uma mudança muito significativa na vida do aluno, pois no 5º ano a criança
tem somente um professor que ministrava várias disciplinas, enquanto que no 6º
ano ela se depara com vários professores, cada um na sua área específica.
Neste momento de transição o aluno sai de um sistema de ensino e inicia
praticamente do zero uma nova vida escolar onde precisa desenvolver mais
autonomia. Os mesmos saem de uma escola onde eles eram os mais velhos e
ao chegarem ao 6º ano eles são os mais jovens deste novo ambiente, iniciando
dessa maneira o caminho em busca da maturidade.
Essas contradições não se resumem somente a maturidade, e sim é
estabelecida em vários parâmetros, como conteúdos não aprendidos, disciplinas
demarcadas por horários definidos e rotatividade de professores.
Neste novo contexto escolar o aluno do sexto ano se confronta com a
exagerada fragmentação do conhecimento apresentado a ele. Esta passagem é
marcada também por um momento de dificuldade, pois os espaços e o ritmo de
estudos são diferentes.
A interdisciplinaridade, como reação a esse modelo, vem com a proposta
de auxiliar nesta fragmentação das disciplinas, bem como do conhecimento,
fazendo com que este momento de transição seja naturalmente vivenciado pelos
alunos.
No mundo das divisões do conhecimento, das especificidades que possibilitam e, frequentemente, proporcionam a perda da totalidade, busca-se, cada vez mais, a unidade, a interdisciplinaridade, não como forma de pensamento unidimensional, mas como uma apreensão crítica das diversas dimensões da mesma realidade. (GASPARIN, 2005, p. 3)
Dessa maneira, o conhecimento não se apresenta fragmentado e assim
o aluno tem uma melhor assimilação e entendimento dos conteúdos
apresentados.
Frente a esse contexto, Japiassu aborda que nenhuma
[...] disciplina, nenhum tipo de conhecimento, nenhum tipo de experiência deve ser excluído, nem a título de meio nem a título de fim, desse projeto de reunificação do saber. (JAPIASSU,1976, p.59)
Pois nessa reunificação do saber é necessário contemplar todos os
conteúdos de maneira a (re)significar o conhecimento.
Nessa mesma linha Fazenda argumenta que a
[...] flexibilidade estrutural é uma grande vantagem do currículo interdisciplinar, capacitando professores e administradores para abordar temas importantes e pontuais enquanto cultivam habilidades integradoras. (FAZENDA, 2012, p.116)
Ainda Fazenda complementa dizendo que
O peso da pressão dos problemas sociais, tecnológicos e econômicos tem resultado em uma grande orientação pragmática em todas as matérias escolares, disciplinas, profissões, na educação geral e nos programas de estudo interdisciplinar. A justificativa mais comum é o argumento do “mundo real”. A vida, segundo esse argumento, é “naturalmente” interdisciplinar, portanto, a educação interdisciplinar reflete o “mundo real” de maneira mais eficiente do que a instrução tradicional. ( FAZENDA, 2012, p. 117)
O conhecimento não deve ser fragmentado, pois uma disciplina
complementa a outra, portanto, o aprendizado integrado sobre um determinado
tema favorece o desenvolvimento do conhecimento holístico maior do que o
proporcionado pelas experiências de um currículo sem um objetivo integrador.
Nesse sentido, ao adentrar para o 6º ano, a criança passa por desafios
que a escola nem sempre considera, este período de adaptação se caracteriza
por uma diversidade de conhecimentos, os quais deveriam ser contemplados
com o objetivo de promover o avanço com qualidade dessa aprendizagem.
De acordo com Souza
Os professores devem efetivar uma prática docente que não priorize o trabalho individualizado, segmentado e fragmentado, mas uma ação pedagógica que possibilite à criança o contato e a interação com a totalidade de conhecimentos, que lhe apresentem o mundo tal como ele é, um mundo concreto, complexo e contraditório. Ao apresentar à criança essa realidade concreta, criamos nela a necessidade de compreendê-la na sua complexidade e totalidade. Essa visão contribui para que a
criança, ao se relacionar com esse mundo, complexifique também sua apreensão daquilo que conhece, e internalize situações cada vez mais sofisticadas do ponto de vista de suas potencialidades psíquicas. (SOUZA, 2007, p.125)
Neste sentido, acentua-se o papel do professor como mediador do
conhecimento, ou auxiliando o educando na compreensão tanto dos conteúdos
mais complexos quanto na sua integração social dentro desse contexto. Nesta
perspectiva encontramos nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica a
seguinte abordagem:
O fato de se identificarem condicionamentos históricos e culturais, presentes no formato disciplinar de nosso sistema educativo, não impede a perspectiva interdisciplinar. Tal perspectiva se constitui, também, como concepção crítica de educação e, portanto, está necessariamente condicionada ao formato disciplinar, ou seja, à forma como o conhecimento é produzido, selecionado, difundido e apropriado em áreas que dialogam, mas que constituem-se em suas especificidades. (BRASIL, 2008, p.22)
Diante disso, o trabalho interdisciplinar se faz necessário para mostrar ao
aluno a relação que as disciplinas têm uma com a outra, mesmo diante de suas
especificidades. Portanto, pode-se traduzir ou transpor tal concepção numa
abordagem interdisciplinar, de maneira que cada disciplina possa ser fortalecida
pela outra, entendendo o conhecimento em sua totalidade.
Segundo GASPARIN:
Este fazer pedagógico é uma forma que permite compreender os conhecimentos em suas múltiplas faces dentro do todo social. Cada conteúdo é percebido não de forma linear, mas em suas contradições, em suas ligações com outros conteúdos da mesma disciplina ou de outras disciplinas. Assim, cada parte, cada fragmento do conhecimento só adquire seu sentido pleno á medida que se insere no todo maior de forma adequada. (GASPARIN, 2005, p.3)
Frente ao contexto apresentado, percebe-se a importância desta práxis
no processo ensino e aprendizagem, pois contribue para que o conhecimento
seja significativo e sistematizado para o aluno.
Os desafios que envolvem este momento de transição para os alunos são
muitos, por isso a importância da preparação do ambiente escolar, bem como
dos professores para tentar amenizar os conflitos vivenciados frente a esta
mudança tão significativa na vida escolar destes alunos.
3 PROPOSTA DE TRABALHO PARA IMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA
NA ESCOLA.
http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=789&evento=10
Acesso 23/09/2014
CURSO DE EXTENSÃO
1º ENCONTRO
Apresentar o projeto de intervenção para os professores participantes do
curso, bem como, o objetivo da realização do mesmo. Nesse primeiro momento
será confeccionada uma árvore utilizando a dinâmica “Tempestade de ideias”.
Serão realizados os seguintes procedimentos para realização desta
dinâmica:
Para iniciar será exposto para os professores somente o tronco da árvore
com o seguinte questionamento: Alunos no período de transição do 5º para o 6º
ano do Ensino Fundamental lembra... Em seguida será entregue para cada
professor um papel em formato de uma folha de árvore, onde eles irão escrever
uma palavra que responda essa questão. As respostas formarão as folhas dessa
árvore, em seguida todos os professores compartilharão suas respostas. O
objetivo desta dinâmica é gerar grande número de ideias ou soluções acerca de
um assunto que pode ser usado como ponto de partida para o conhecimento do
conteúdo que se pretende estudar. Após a realização dessa dinâmica será
apresentado o questionário já realizado anteriormente com os alunos e também
com os professores. Logo após abrir discussão para a realidade do trabalho de
cada um.
http://educador.brasilescola.com/orientacoes/tempestade-ideias-no-ensino-
brainstorming.htmacesso 18/09/2014
2º ENCONTRO
Palestra com uma psicopedagoga a qual abordará o tema referente as
fases pelas quais os alunos adolescentes estão passando nesta faixa etária
(biológico, psíquico e social). Posteriormente será aberto espaço para
questionamentos.
3º ENCONTRO
Apresentação do vídeo “Adolescentes-Psicologia-Puberdade”, sendo que
o mesmo retrata a fase da puberdade e a complexidade que ocorre nesta fase;
insegurança, medos, vergonha, pois ainda não são adolescentes e nem mais
crianças.
http://www.youtube.com/watch?v=x2ottdDJv-Y Acesso em 03/06/2014.
A adolescência é o momento em que ocorrem muitas mudanças, é intenso
o processo de amadurecimento sexual do indivíduo; ocorrem as relações de
grupo; desenvolvem-se novas responsabilidades; bem como constroem valores
pessoais ligados ao ambiente social. Este momento de transição pode ser difícil
e sofrível porque o adulto que virá ainda não se formou e a criança que existiu
ainda não se findou, é um momento sem uma identidade. Para evidenciar a
problemática em questão serão trabalhados com os professores alguns textos
referentes ao tema. Sugestão de texto: Mudanças na adolescência.
http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/banco_objetos_crv/Mudancas_na_Adolescen
cia.pdf Acesso 23/09/2014
Atividade:
Relacionando a sua prática em sala de aula com a palestra, o vídeo e os
textos abordados, relate como você percebe a interferência dessas mudanças
no processo ensino e aprendizagem dos alunos de 6º ano:
4º ENCONTRO
Nesse primeiro momento os professores se organizarão em grupos para
realizarem a leitura de textos referente aos temas transdisciplinaridade e
interdisciplinaridade, farão a socialização de cada texto com os demais grupos.
Posteriormente será realizada a dinâmica: Medo de desafios.
Material necessário: caixa, chocolate e aparelho de som.
Serão realizados os seguintes procedimentos para a dinâmica neste
momento da implementação, como:
Encher uma caixa com jornal para que não se perceba o que tem dentro.
Coloque no fundo o chocolate e um bilhete: COMA O CHOCOLATE!
Pede-se a turma que faça um círculo. O coordenador segura a caixa e
explica o seguinte pra turma: Estão vendo esta caixa? Dentro dela existe
uma ordem a ser cumprida, vamos brincar de batata quente com ela, e
aquele que ficar com a caixa terá que cumprir a tarefa sem reclamar.
Independente do que seja...ninguém vai poder ajudar, o desafio deve ser
cumprido apenas por quem ficar com a caixa ( é importante assustar a
turma para que eles sintam medo da caixa, dizendo que pode ser uma
tarefa extremamente difícil ou vergonhosa). Começa a brincadeira com a
música ligada, devem ir passando a caixa de um para o outro. Quando a
música for interrompida ( o coordenador deve estar de costas para o grupo
para não ver com quem está a caixa) aquele que ficou com a caixa terá
que cumprir a tarefa. É importante que o coordenador faça comentários
do tipo: Você está preparado? Se não tiver coragem...podemos continuar
a brincadeira. Depois de muito suspense quando finalmente a pessoa
abre a caixa e encontra a gostosa surpresa. (A pessoa não pode repartir
o presente com ninguém). O objetivo desta dinâmica é mostrar que muitas
vezes somos covardes diante de situações que possam representar
alguma dificuldade de ser realizada. Devemos aprender que podemos
superar todos os desafios que são colocados a nossa frente, por mais
difícil que pareça.
http://criartes.webnode.com.br/products/din%C3%A2mica%20do%20desafio/ac
esso 18/09/2014
5º ENCONTRO
Filme “O preço do desafio”, tendo como objetivo mostrar a importância
da relação professor-aluno. Estabelece a imagem do professor humano,
caloroso, próximo e paciente. Mostra a atitude do profissional da educação como
aquela do erudito, que lê, pesquisa, conversa regularmente com muitas pessoas
e é admirado pela comunidade.
Sinopse do filme: Esse filme mostra como o professor de Matemática se
utilizou de vária estratégias, no intuito de conseguir com que os alunos
participassem de suas aulas, sendo até ameaçado quanto a sua integridade
física, mas logo começaram as mudanças, pois o professor, consegue cativá-los
com o uso de técnicas diferenciadas em relação ao que os alunos conheciam,
demonstrou preocupação e interesse pela aprendizagem de cada estudante,
mostrando que eles eram capazes de superar suas dificuldades, dessa maneira
os alunos percebem a empolgação do professor e passam a se interessar pelas
aulas querendo aprender mais e mais.
http://pt.fulltv.tv/stand-and-deliver.html acesso14/10/2014
ROTEIRO PARA ANÁLISE FÍLMICA1
1- Identificação do aluno:
Aluno:_______________________________________________________ Série:___________________________Data:________________________ 2- Ficha técnica do filme:
Título do filme:_________________________________________________ Origem da criação do tema:______________________________________ Atores principais:______________________________________________ Sinopse biográfica dos atores principais:___________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ Localização da filmagem e ano:___________________________________ _____________________________________________________________ 3- Tipo de filme:
( ) Histórico ( ) Ficção ( ) Comédia ( ) Adaptação ( ) Documentário ( ) Outros. Especifique_______________________ 4- Grau de entendimento:
( ) Fácil ( ) Razoável ( ) Difícil 5- Temas que estão sendo tratados;
( ) Administrativos
1 Modelo de roteiro de análise fílmica: Desenvolvido pela professora Elizete Lúcia Moreira Matos, PUC-
PR.
( ) Políticos ( ) Culturais ( ) Religiosos ( ) Científicos ( ) Tecnológicos ( ) Econômicos ( ) Psicológicos ( ) Outros. Especifique.________________________ 6- Cena de maior influência ou impacto – Justifique:
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 7- Ideia ou imagem central do filme:
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 8- Contribuições do filme para sua prática em sala de aula:
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
6º ENCONTRO Análise e discussão de textos das teorias de Piaget e Vigotsky sobre
as fases do desenvolvimento, muitas vezes sendo incompreendida pelos
adultos. Após a análise dos textos cada grupo fará uma síntese sobre as fases
de transição por quais as crianças passam, a partir dos seguintes documentos:
PULASKI, Mary Ann Spencer. Compreendendo Piaget: Uma introdução
ao desenvolvimento cognitivo da criança. RJ: LTC, 1986.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 6 ed. SP: Martins
Fontes, 1998.
7º ENCONTRO
Apresentação do vídeo: “Motivação para professores”, pois os desafios
que envolvem este momento de transição para os alunos são muitos, por isso a
importância da preparação do ambiente escolar, bem como, dos professores
para amenizar os conflitos vivenciados, frente a esta mudança tão significativa
na vida escolar dos alunos. Após assistir o vídeo, será proposto um desafio, no
qual os professores irão desenvolver uma atividade interdisciplinar para os
alunos do 6º ano, sendo que a mesma deve ser registrada para ser socializada
no último encontro.
(http://www.youtube.com/watch?v=hsd08NEpQUE).acesso03/06/2014.
8º ENCONTRO
Socialização dos trabalhos desenvolvidos interdisciplinares pelos
grupos e avaliando como foi a experiência, apontando quais foram suas
dificuldades e os pontos positivos na realização do trabalho. Posteriormente
será oferecido um coquetel para uma confraternização.
Enfim, consideramos que todas essas etapas e encontros propostos do
curso de extensão expressam nosso interesse em minimizar a problemática que
ocorre na transição dos alunos do 5º para o 6º ano do Ensino Fundamental, bem
como as possibilidades e contribuições para efetivar o processo de ensino e
aprendizagem de forma significativa.
4 CRONOGRAMA
Atividades de implementação do
projeto/2015
MARÇO ABRIL
MAIO
18
25
01
08
15
22
29
06
Apresentação do projeto de
intervenção para os professores participantes do
curso.
X
Palestra com uma
psicopedagoga com a
temática: “Fases da
adolescência”.
X
Apresentação de vídeo com
o seguinte enfoque:
adolescentes – psicologia-
puberdade.
X
Momento de leitura de textos
sobre a transdisciplinaridade
e interdisciplinaridade.
X
Filme: “O preço do desafio”.
Análise fílmica.
X
Análise e discussão: textos
de Piaget e Vigotsky.
X
Vídeo motivacional sobre:
Práticas pedagógicas.
X
Socialização de trabalhos desenvolvidos de forma
interdisciplinar pelos professores e posterior
confraternização.
X
5 REFERÊNCIAS
ADOLESCENTES-PSICOLOGIA-PUBERDADE. Vídeo (04 min e 58 seg.)
disponível em: < http://www.youtube.com/watch?v=x2ottdDJv-Y>. acessado em
03/06/2014.
BOCK, Ana Mercês Bahia. (0rg). Psicologias: uma introdução ao estudo de
psicologia. São Paulo: Saraiva, 2002.
BRASIL. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. 2008, p.22.
FAZENDA, Ivani C. A.(org). Didática e Interdisciplinaridade. 17 ed. Campinas,
SP: Papirus, 2012.
GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 3.
ed. Ver. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.
JAPIASSU,Hilton.HTTP:/smeDuquedeCaxias.RJ.gov.br/nead/biblioteca/artigos
diversos/Interdisciplinaridade.pdf.Japiassu. Acesso:24/04/14.
MOTIVAÇÃO PARA PROFESSORES. Vídeo ( 07 min e 41 seg.) disponível em
< http://www.youtube.com/watch?v=hsd08NEpQUE>.acesso em: 03/06/14.
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vigotsky: aprendizado e desenvolvimento: um
processo sócio-histórico. SP: Scipione, 2009.
PULASKI, Mary Ann Spencer. Compreendendo Piaget: Uma introdução ao
desenvolvimento cognitivo da criança. RJ: LTC, 1986.
SOUZA, M. C. B. R. de. A concepção de criança para o enfoque histórico-
cultural. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Estadual Paulista.
Marília, 2007.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 6 ed. SP: Martins Fontes, 1998.