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Recursos Humanos

Suínos & Cia Ano VII - nº 43/2012

Marcelo acompanhava cada um de seus clientes. Saía da empresa e ia aonde o cliente estava para satisfazer a uma neces-sidade. Todos diziam que ele realmente era “surpreendente”. Desligou-se da empresa sem dizer os motivos.

Júlio era o melhor vendedor. Vendia muito mesmo. Vendia mais que o dobro da média dos outros vendedores. Pediu demissão alegando motivos pessoais.

Marcela era uma secretária exemplar. Bilíngue, atendia a todos com presteza e corte-sia. Tinha excelente redação e dominava bem editores de texto e até planilhas de cálculo. Saiu da empresa sem explicar a razão.

O que terá acontecido com estas três pessoas – reais, com nomes fictícios?

Conversei separadamente com cada uma delas.

Marcelo explicou que deixara a em-presa porque o chefe dele se incomodava mui-to com o seu sucesso junto aos clientes, que ligavam para a empresa e queriam falar com ele, Marcelo, e não com o chefe. As pessoas da empresa também não entendiam porque Marcelo recebia tantos convites dos clientes e fornecedores para confraternizações, e isso parecia gerar certo ciúme interno. O chefe, en-tão, começou a não permitir que ele visitasse os clientes com a mesma frequência. Isso tudo o deixou muito chateado, e ele pediu a conta.

Com Júlio, o que aconteceu foi que ele vendia tanto que sua comissão de vendas era maior do que o salário do seu chefe e até do pró-labore de seu patrão. Eles queriam, então, renegociar sua comissão para baixo. Di-ziam: “Você não pode ganhar tanto!”. Esse foi o real motivo de sua saída.

Marcela disse que cansou de “brigar para trabalhar”. Seu chefe a mandava mentir a todo instante. Marcava um compromisso, não ia e mandava Marcela dizer que ele não esta-va sabendo do compromisso agendado. Além disso, o ambiente de trabalho era muito ruim. As pessoas eram mal-educadas e pouco gentis. Não havia respeito entre elas, que confundiam a vida profissional com a pessoal. A esposa e as filhas do patrão mandavam e desmanda-vam na empresa sem que pertencessem ao quadro funcional. Não aguentou mais. Pediu a conta.

Reter talentos não é fácil. Justamen-te por serem pessoas talentosas, elas exigem condições de trabalho especiais. Muitas delas não reclamam, não falam, não se justificam. Como sabem ser talentosas e confiam na sua empregabilidade, simplesmente saem do em-prego alegando qualquer motivo banal como “estou querendo dar um tempo para mim.” Elas não dizem a verdade porque sabem que a ver-dade poderá ofender e não querem sequer ter essa preocupação a mais. Simplesmente par-tem para outro emprego, outro desafio.

A discussão de retenção de talentos é fundamental nos dias de hoje, porque não há como sobreviver num mercado competitivo com pessoas sem talento em nossa empresa. Todos nós temos muitos concorrentes, com qualidades semelhantes e preços similares. A nossa diferença só pode estar em gente talen-tosa que faça a diferença todos os dias, eviden-ciando nossa empresa, nossa marca.

Para reter talentos, é preciso dar a eles condições para que exercitem seus talentos. Sem essas condições, estas pessoas sentem-se mal e buscam sempre um lugar onde possam desenvolver seus talentos. E essa é a palavra-chave. Pessoas talentosas sentem necessidade de desenvolver seus talentos. Por isso sempre querem mais. Por isso querem sempre maiores desafios. Por isso são essenciais para o sucesso de uma empresa.

E sua empresa? Você e sua empresa criam as condições necessárias para que os ta-lentos se desenvolvam? Ou você prefere medí-ocres obedientes que farão sempre tudo o que o chefe mandar?

Pense nisso. Sucesso!

Por: Luiz Almeida Marins Filho [email protected]

É possível reter talentos?

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