Por que é importante trabalhar a leitura e escrita
do nome próprio na Educação Infantil?
Porque no início de sua aprendizagem, a criança tem a escrita como palavra-objeto e não como um signo, ou
seja, algo que substitui o objeto (TEBEROSKY, 2009)
CASANão há conexão entre a imagem e a palavra. A palavra não está representando o objeto.
Nessa fase também não há diferença entre desenho e escrita.
Mais tarde a criança começa a estabelecer uma relação de pertinência, relacionando
texto e imagem quando esses estão próximos.
CASA
Evolução da escrita do nome próprio, segundo Hildrth (1936)
• Nível 1: Imitação da escrita rápida dosadultos, pois ainda não foi descobertoas unidades discretas da escrita;
• Nível 2: Tendência em direção a umalinhamento horizontal, produtodos movimentos sistemáticos paracima e para baixo;
• Nível 3: Aparição de símbolos discretos;
• Nível 4: Aparição de letras convencionais, com algumas pseudoletras;.
• Nível 5: Escrita do primeiro nome de forma convencional;
Evolução da leitura do próprio nome A interpretação e atribuição de significado a cada uma das partes do nome, segundo pesquisa de Hildreth (1936):
1. Cada uma das partes do nome contém a totalidade do
nome. Não há nenhuma diferenciação entre o todo e aspartes.
LU CAS
Está escrito Lucas
Está escrito Lucas
2. A criança estabelececorrespondência entre algumasletras e uma parte do nome.
G A B R I E L A
GABRI
ELA
3. A criança estabelece umacorrespondência sistemáticaentre as letras e as sílabas.
E V A N G E L I N A
E VAN GE LI NA
4. A criança adquire umaestabilidade na correspondênciacom atribuição de valores sonorosconvencionais, em particular como valor sonoro da letra inicial.
L U C A S M I G U E L
LU CAS MI GUEL
5. O tipo de análise da pauta sonorapassa de silábica a fonética. Nessemomento, se compreendem as regrasde composição do sistema alfabético deescrita.
L U C A S M I G U E L
LU CASMI GUEL
“(...) A escrita do próprio nome (...) é uma peça-chave para o início da
compreensão da forma de funcionamento do sistema de escrita” e, portanto, a iniciação do ensino da
leitura e sua interpretação devem partir do próprio nome. (idem, p.27)
Eis as justificativas:• 1. Tanto do ponto de vista linguístico como
gráfico, o nome próprio de cada criança é ummodelo estável.
Maria Eduarda Júlia Lucas Miguel
• 2. O nome próprio é um nome que se refere a um único objeto, com o que se elimina, para a criança, a ambiquidade da interpretação.
Pedro e João ao lerem a palavra galo, pensam em galos diferentes, mas quando lêem o nome de sua colega Maria, pensam numa mesma Maria.
• 3. O nome próprio tem valor de verdade porque serefere a uma existência, a um saber compartilhadopelo emissor e pelo receptor;
Numa atividade de ditado, a professora dita a palavra canoa. Pedro sabe o que éuma canoa, já João nunca ouviu falar desse meio de transporte e precisa cumprir aatividade somente com base no valor sonoro da palavra que está ouvindo pelaprimeira vez.
4. Do ponto de vista da função, fica claro que marcar, identificar objetos ou indivíduos faz parte dos intercâmbios sociais e da cultura:
• Documentos• Crachás• objetos
5. Há uma importância afetiva, deautoconhecimento, autovalorização econstrução de identidade. Sendo assim, apartir dos jogos pode-se propor atividadesde esquema e imagem corporal bem comopesquisas relacionadas a história do nomede cada um.
Jogos de linguagem para educação infantil (nível 3)
Jogo da memória com nomes e imagens
Faltando letras
Montando o próprio nome e o nome dos colegas
Dominó com nomes e imagens
Bingo dos nomes
Cruzadinha dos nomes
Dominó com o nome dividido em duas partes
Dominó de quatro lados
Trilha fonológica