CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE ITAITUBA – LTDACURSO DE LICENCIATURA PLENA
EM LETRASFACULDADE DE ITAITUBA – FAI
ESTUDOS TEÓRICOS DA LITERATURA I
Pré-
ModernismoDocente: Walbea
Lúcia
ACADÊMICOS:
André Ronilson;
Azenate Borges;
Camyla Castro;
Josiane Veloso;
Miuria Goes;
Rejane Brito;
SUMÁRIO Pré-
Modernismo?
Contexto Histórico;
Caracterização;Na Musica;
Na Pintura;
Na literatura;
Na Poesia;
Na prosa;
Autores e suas Obra;
Lima Barreto;
Euclides da Cunha;
Monteiro Lobato;
Graça Aranha;
Augusto dos Anjos;
PRÉ-MODERNISMO? O Pré-Modernismo ou período sincrético não
constitui uma escola literária...
CONTEXTO HISTÓRICO(no rio de janeiro, são paulo, Nordeste)
Revolta da Chibata
(João Cândido)
Revolta da Vacina
(varíola-1904)
Guerra do contestado
(1912-1916)
As greves operárias (em
São Paulo)
A Era do cangaço
(Lampião)
o fanatismo religioso do
Padre Cícero
Antônio Conselheiro e a
Guerra de Canudos
CARACTERIZAÇÃO
O Pré-Modernismo é uma literatura de Crítica Social.
Desmistifica o Romantismo e seu Nacionalismo Ufanista.
Mostra o Brasil real, com seus Conflitos Político-Sociais.
Portanto, um Nacionalismo Crítico-Amargo.
“ (...) o momento histórico brasileiro interferiu na
produção literária, marcando a transição dos valores estéticos do século
XIX para uma nova realidade que se desenhava
(...)”“Precisamos descobrir o
Brasil!Escondido atrás das
florestas,Com a água dos rios no
meio,O Brasil está dormindo,
coitado!”
Carlos Drummond de Andrade
Subdivisão das
Características Pré-
Modernista estão: Na Musica;
Na Pintura;
Na Literatura;
Na Poesia;
Na Prosa;
NA MÚSICAMúsica Popular:
Ritmos: o maxixe, toada, modinha e serenata, crescimento do carnaval ao sucesso de compositores como Chiquinha Gonzaga e o nascimento do samba em sua versão recente.
“O sertão vai virar mar, dá no coração... Um medo que algum dia o mar também vire sertão...”
“... a vizinhança concluiu logo que
o major aprendia a tocar violão.
Mas que coisa? Um homem tão
sério metido nessas malandragens!”
(Lima Barreto, Policarpo
Quaresma)
Música Erudita:
Destacou-se o cearense
Alberto Nepomuceno;
Intenções naturalistas;
NA PINTURA Pouco se influenciou pelas renovações;
Permanecia o estilo Acadêmico;
Resumia-se a temas e a ambientes da elite;
Rodolfo Amoedo –Más notícias;
NA PINTURA BRASILEIRA (1913)
Lasar Segall;
Obra revolucionária;
Anita Malffati (1917);
Renovação artística;
NA LITERATURA
Um traço conservador A permanência de características realistas/naturalistas, na
prosa, e a permanência de um poesia de caráter ainda parnasiano ou simbolista.
Um traço renovador
Esse traço renovador — como ocorreu na música — revela-
se no interesse com que os novos escritores analisaram a
realidade brasileira de sua época: a literatura incorpora as
tensões sociais do período.
Ruptura com o passado;
Denuncia da realidade brasileira;
Regionalismo;
Tipos humanos marginalizados;
Fatos políticos, econômicos e sociais.
NA POESIA
Poucas novidades;
Prevalecia a poesia Parnasiana;
Augusto dos Anjos –Exceção
“Meu coração tem catedrais imensas,
Templos de priscas e longíquas datas,
Onde um nume de amor, em serenatas,
Canta a aleluia virginal das crenças.”
(Vandalismo)
NA PROSA
Obras crítica e questionadoras;
Realidade do país;
Ambiente rural e regional;
Ambiente urbano e social;
Ambiente indefinido.
PRINCIPAIS AUTORES
• A literatura popular e suburbana de Lima Barreto.
• A proposta modernizadora de Graça Aranha.
• As manifestações polêmicas de Monteiro Lobato.
• A erudição assombrosa de Euclides da Cunha.
• A poesia escatológica de Augusto dos Anjos.
Pré -
Modernistas
Lima
Barreto
Monteiro
Lobato
Augusto
dos
Anjos
Graça
Aranha
Euclides
da
Cunha
OBS: Não avançaram o bastante para
ser considerados modernos.
LIMA BARRETO - A LITERATURA POPULAR E SUBURBANA
Triste Fim de Policarpo Quaresma
Lima Barreto procurou "escrever brasileiro", com simplicidade. Para isso, teve de ignorar muitas vezes as
normas gramaticais e de estilo, provocando a ira dos meios acadêmicos conservadores e
parnasianos.
―Lima Barreto,simbolicamente, aponta as engrenagens da História: Pátria, ao fim e ao cabo, é uma construção, não um sonho; é um processo de
enfrentamento da realidade, não de idealismo. Amar a
Pátria significa participar da criação de todos, para todos - Policarpo Quaresma está vivo dentro dos que querem um país que abrigue todos
os brasileiros.‖
(Flávia Suassuna)
O livro conta a história de um químico
misterioso que aparece na pequena cidade
de Tubiacanga e realiza a incrível
experiência de transformar ossos humanos
em ouro. Tem início, assim, uma deliciosa
paródia à corrida do ouro do final do
século XIX nos Estados Unidos, já
transformada em novela de televisão.
Novela da Rede Globo- Fera Ferida (1994)
O enredo foi inspirado no universo ficcional
de Lima Barreto, mais especificamente nos
romances Clara dos Anjos, Recordações
do Escrivão Isaías Caminha, Triste Fim
de Policarpo Quaresma, Vida e Morte de
M. J. Gonzaga de Sá, e em personagens
dos contos Nova Califórnia e O Homem
que Sabia Javanês.
EUCLIDES CUNHA- A ERUDIÇÃO ASSOMBROSA
Quando irrompeu o movimento de
Canudos, São Paulo colaborou
com o país na repressão do
conflito, mandando para o teatro
da luta o Batalhão Paulista.
Euclides foi encarregado pelo
jornal Estado de S. Paulo para
acompanhar como observador
de guerra o movimento rebelde
chefiado por Antônio Conselheiro
no arraial de Canudos, em pleno
sertão baiano.
Euclides não ficou até a derrubada de Canudos. Mas conseguiu reunir material para, durante cinco anos, elaborar Os Sertões (1902).
Euclides conseguiu ficar internacionalmente famoso com a publicação desta obra-prima.
Ele foi o primeiro escritor brasileiro a diagnosticar o subdesenvolvimento do Brasil.
“O Sertanejo é,
antes de tudo, um
forte.”
(Euclides da Cunha)
O escritor morreu em 1909. Ao saber que sua esposa, mais
conhecida como Ana de Assis, o abandonara pelo jovem tenente
Dilermando de Assis, que aparentemente já tinha sido ou era seu amante há tempos - e a quem Euclides atribuía a paternidade de um dos filhos de Ana, "a espiga de
milho no meio do cafezal" (querendo dizer que era o único louro numa
família de tez morena) -, saiu armado na direção da casa do militar, disposto a matar ou morrer.
Dilermando era campeão de tiro e matou-o. Tudo indica que o matou
lealmente, tanto que foi absolvido na Justiça Militar. Ana casou-se com ele.
O corpo de Euclides foi examinado pelo médico e escritor Afrânio
Peixoto, que também assinou o laudo e viria mais tarde a ocupar a sua
cadeira na Academia Brasileira de Letras.( minissérie DESEJO em
1990)
MONTEIRO LOBATO – AS MANIFESTAÇÕES POLEMICAS
Num artigo publicado em 1917, Monteiro
Lobato reagiu assim à exposição de Anita
Malfatti, no jornal O Estado de São Paulo:
"Há duas espécies de artistas.
Uma composta dos que veem
normalmente as coisas e em
consequência fazem arte pura.
(...) A outra espécie é formada
dos que veem anormalmente a
natureza e a interpretam à luz das
teorias efêmeras, sob a sugestão
estrábica de escolas rebeldes,
surgidas cá e lá como furúnculos
da cultura excessiva. São
produtos do cansaço e do
sadismo de todos os períodos da
decadência(...)―
(in Paranóia ou mistificação? )
A Exposição de Pintura Moderna de Anita Malfatti foi realizada em São Paulo,
entre 12 de dezembro de 1917 e 11 de janeiro de 1918, e é considerada o
"estopim" da Semana de Arte Moderna de 1922. O impacto das telas de Anita tem
a ver com seu aspecto expressionista, novo para os padrões da arte brasileira de
então
“Urupês” é uma série de 14 contos, tendo como
ênfase a vida do caboclo, através de seus costumes,
crenças e tradições.
A joia do livro é a personificação da figura do
caboclo, criando o famoso personagem ―Jeca
Tatu‖, apelidado de urupê (uma espécie de
fungo parasita). Vive "e vegeta de cócoras", à
base da lei do menor esforço, alimentando-se
e curando-se daquilo que a natureza lhe dá,
alheio a tudo o que se passa.
Com a personagem Jeca Tatu, um típico
caipira acomodado e miserável do interior
paulista, Lobato critica a face de um Brasil
agrário, atrasado e ignorante, cheio de
vícios e vermes. Seu ideal era um país
moderno estimulado pela ciência e pelo
progresso.
“Pobre Jeca Tatu! Como és bonito
no romance e feio na realidade!”
Urupês
“Pobre Jeca Tatu! Como és bonito
no romance e feio na realidade!”
Urupês
GRAÇA ARANHA – A PROPOSTA MODERNIZADORA
Professor de direito, promotor
público, juiz e diplomata, o
maranhense Graça Aranha teve
uma vida movimentada em 62
anos: acompanhou Joaquim
Nabuco como seu secretário na
Inglaterra, e mais tarde seria ele
próprio diplomata na Noruega, na
Holanda e na França. Foi no
período de diplomacia que lançou
seu livro mais famoso, o romance
Canaã(1902).
“Uma tese simples porém equivocada, a da
superioridade de certas raças sobre outras, com base
em ideias filosóficas ou psicológicas duvidosas. A
palavra instinto, por exemplo, aparece dezenas de
vezes nas 285 páginas de Canaã, mas não associada
à psicanálise de Sigmund Freud (neste época Freud
já havia escrito, entre outras obras, A
Psicopatologia da Vida Cotidiana), mas a
conceitos como o de evolução, mencionado apenas
de passagem por Darwin em A Origem das
Espécies e desenvolvido de maneira equivocada por
Herbert Spencer: a evolução vista como um
confronto de seres inferiores versus superiores. Os
colonos alemães são vistos como símbolos de uma
realidade onde as pessoas são, pela própria natureza,
melhor talhadas para a realização de grandes obras.
Já o mulato é visto quase sempre como representante
de uma classe ou indolente ou até trabalhadora, mas
que não tem nenhuma grandeza.” (por Fábio
Fernandes, em O viajante Imóvel)
“(...) É o contraste entre o racismo
e o universalismo, entre a 'lei da
força' e a 'lei do amor' que
polariza ideologicamente, em
Canaã, as atitudes do imigrante
europeu diante da sua nova
morada.”
AUGUSTO DOS ANJOS – A POESIA ESCATOLÓGICA
Embora formado em Direito foi professor de Literatura a
vida toda. Poeta que explorou as temáticas da podridão, da
decomposição e dos terrores noturnos.
Publicou : Eu Pessimista;
Poeta simbolista;
Termos considerados
antipoéticos e inquietantes.
“Já o verme - este
operário das
ruínas-
Que o sangue
podre das
carnificinas
Come e à vida em
geral declara
guerra”.
Concluindo
...
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http://cult.nucleo.inf.br/index.php?option=com_content&view=article&id=98:a-literatura-no-pre-modernismo&catid=131:estilo-literario&Itemid=136
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http://www.profeneida.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=276:pre-modernismo-teoria&catid=62:pre-modernismo&Itemid=129
http://www.mundoeducacao.com.br/literatura/premodernismo.htm
http://www.coladaweb.com/literatura/pre-modernismo
http://www.colegioweb.com.br/literatura/caracteristicas-do-pre-modernismo.html
http://wapedia.mobi/pt/Pr%C3%A9-Modernismo
BOSI, Alfredo. A Literatura Brasileira: vol. V - O Pré-Modernismo, 4ª ed., São Paulo: Cultrix, 1973.
FARACO, Carlos e MOURA, Francisco. Língua e Literatura, volume 3, Ática, São Paulo, 2ª ed., 1983115
http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/historia-literatura-411313.shtml
http://www.mundovestibular.com.br/articles/355/1/TRISTE-FIM-DE-POLICARPO-QUARESMA---Lima-Barreto-Resumo/Paacutegina1.html
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http://www.overmundo.com.br/blogs/valeu-a-pena-canaa-de-graca-aranha