UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÂSINSTITUTO QUÍMICAANÁLISE TÉRMICA
Óleo de Moringa Oleifera Lam. como potencial matéria-prima para
produção de biodiesel
Prof. Maria Inês G. LelesAluno : Julião Pereira
Introdução O óleo vegetal (triacilglicerídeos) sempre foi considerado
como uma opção para substituição do diesel combustível, já que seu poder calorífico é similar;
Para apresentar características ideais de combustível os triacilglicerídeos precisam passar por uma modificação de sua estrutura química através de uma reação de transesterificação, com o qual se obtém o chamado biodiesel;
O biodiesel apresentará, então, características idéias para substituir parcial ou totalmente o óleo diesel: Menor viscosidade que o óleo vegetal; Médio teor de oxigênio; Combustível biodegradável; Menos poluente ( não possui enxofre ou compostos
aromáticos, menor emissão de partículas); Maior ponto de fulgor.
IntroduçãoTriacilglicerídeos são Esteres do Glicerol
CH2 OH
CH OH
CH2 OH
Glicerol
+
Ésteres
R3 COO R'
R2 COO R'
R1 COO R'Catalisador
3+ R'OH
Álcool
CH2 OOC R1
CH OOC R2
CH2 OOC R3
Triacilglicerídeo
Moringa Oleifera Lam
A moringa oleifera Lam (família Moringaceae) é uma planta originária da Índia;
Em condições favoráveis, uma única planta pode produzir de 50 a 70 kg de frutos/ano, sendo a abundância de luz solar o principal fator para o seu desenvolvimento;
Em alguns países, quase todas as partes da planta (folhas, frutos e raízes) são utilizadas na alimentação humana;
Sua cultura se adapta às mais variadas condições climáticas e é tolerante à seca;
O óleo é predominantemente composto de ácido oleico (C18:1), o que resulta num biodiesel com boas características.
Moringa Oleifera Lam
Objetivo
Avaliar as características do óleo da moringa como potencial matéria prima na produção de
biodiesel;
Materiais e Métodos Utilizou-se um sistema do tipo soxhlet para extração do óleo da
semente de moringa – triturada e seca em temperatura de 1100C na estufa;
O produto da extração submetido a uma transesterificação em micro escala;
A fase de ésteres metílicos de ácidos graxos (AG) foi analisada por cromatografia gasosa (CG). Tal análise foi realizada em um cromatógrafo a gasoso Agilent 7890 equipado com FID e um injetor split/splitless. Utilizou-se injeção do modo split com razão de 1:30, para volume de injeção de 1 µL, temperatura de injetor de 300°C e H2 5.0 como gás de
arraste. Empregou-se uma temperatura inicial do forno de 180 °C com uma rampa que foi até 250°C, em uma coluna HP-88 de 100 m de comprimento. O detector foi mantido a 360°C.
As análises de TG foram efetuadas em atmosfera de Ar sintético com fluxo de 50 mL min-1, as análises de TG foram realizadas em cadinhos de α-Alumina de 140 μL, em uma dinâmica de 25°C até 800°C com razão de aquecimento de 10°C min-1.
Resultado e Discussão
O processo de extração do óleo resultou em um rendimento de 40,7% em massa de óleo;
Óleo da moringa, observa-se como constituinte majoritário o ácido oléico (C18:1 cis9);
Ácido Graxo (%)
P (C16:0) 5,11
Po (C16:1) 1,33
S (C18:0) 4,36
O (C18:1 cis9) 69,52
V (C18:1 cis12) 6,40
L (C18:2) 2,81
Ln (C18:3) 2,09
Ga (C20:1) 6,22
Lg (C24:0)) 1,10
TOTAL 98,94
Resultado e Discussão
Análise de TG
Curva TG e DTG (inferior) do óleo bruto (linha cheia) e biodiesel (linha pontilhada) da Moringa Oleífera.
Resultado e Discussão
A maioria dos óleos combustíveis apresenta sua decomposição em uma única etapa, um exemplo é próprio diesel, ou até mesmo biodieseis como o de soja e de mamona;
Como o auxílio da curva DTG é possível evidenciar as potencialidades do óleo da moringa como um candidato proeminente a matéria prima na produção de biodiesel.
Resultado e Discussão
Análise de TG do próprio Diesel
Conclusão
Moringa Oleifera Lam é uma alternativa de matéria prima para produção de Biodiesel;
Baixo custo;
Tem a composição em ácidos graxos semelhante a outras matérias primas;
OBRIGADO BARRACK
FIM