PROJETO MATA ATLÂNTICA SALVADOR
Diagnóstico da Vegetação do Bioma Mata Atlântica na
Cidade de Salvador
SALVADOR
2011
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO FUNDAÇÃO JOSÉ SILVEIRA
DA BAHIA
COORDENAÇÃO
Rousyana Gomes de Araujo - MP/BA
Coordenadora Técnica da Central de Apoio Técnico – Bióloga
Ministério Público do Estado da Bahia
EQUIPE TÉCNICA
Msc. Erivaldo Queiroz – SMA/Jardim Botânico
Especialista em Taxonomia Vegetal – Biólogo
Profª. Msc. Maria Lenise Silva Guedes - UFBA
Especialista em Taxonomia Vegetal – Bióloga
Prof. Dr. Juarez Jorge Santos - UFBA
Especialista em Ecologia – Biólogo
Prof. Dr. Ardemírio Barros - UEFS
Especialista em Sistemas de Informações Georreferenciadas e Processamento Digital de Imagens
Rousyana Gomes de Araujo – MP/BA
Coordenadora Técnica da Central de Apoio Técnico – Bióloga
Andressa Lopes de Oliveira Passos – CIGEO/MP-BA
Especialista em Geoprocessamento – Geógrafa
Ricardo Acácio de Almeida - INEMA
Especialista em Geoprocessamento – Geógrafo
Adriano Cassiano dos Santos – INEMA
Especialista em Geoprocessamento – Geógrafo
Rosalvo Nascimento Alves – SUCOM
Topógrafo
Nid Coelho Amorin
Assistente de Campo – Biólogo
Andrea Seixas Costa - UFBA
Estagiário – Ciências Biológicas
Francisco Sanches Gomes - UFBA
Estagiário – Ciências Biológicas
Gustavo Ramos - UFBA
Estagiário – Ciências Biológicas
Natássia Leite Matos - UFBA
Estagiário – Ciências Biológicas
Pedro Eduardo M. Andrade Silva - UFBA
Estagiário – Ciências Biológicas
ACOMPANHAMENTO
Cássia Brisele Soares Carvalho – ADEMI
Assistente Técnico - Engenheira Florestal
Msc. Hailton Mello da Silva – ADEMI
Assistente Técnico – Especialista em Geoprocessamento
COLABORAÇÃO
Helayne Mota Ribeiro da Silva – FJS
Coordenadora de Projetos
Maria Aparecida Braga França – FJS
Auxiliar Administrativo
APOIO
Central de Apoio Técnio do Ministério Público do Estado da Bahia
Centro Integrado de Geoinformação do Ministério Público do Estado da Bahia
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Polícia Militar da Bahia
Companhia de Polícia de Proteção Ambiental da Bahia
Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente de Salvador
Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município de Salvador
Superintendência de Meio Ambiente de Salvador
Jardim Botânico de Salvador
FOTOS
Juarez Jorge Santos
Erivaldo Queiroz
Francisco Sanche Gomes
Nid Coelho Amorim
Rousyana Gomes de Araujo
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela
Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da
vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Alphaville I, Salvador-BA fevereiro a julho de
2011...........................................................................................................................................44
Gráfico 2 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito
(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,
médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Alphaville I, Salvador-BA
fevereiro a julho de 2011.........................................................................................................44
Gráfico 3 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela
Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da
vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Alphaville II, Salvador-BA fevereiro a julho de
2011..........................................................................................................................................49
Gráfico 4 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito
(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,
médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Alphaville II, Salvador-BA
fevereiro a julho de 2011..........................................................................................................50
Gráfico 5 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela
Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da
vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Aterro Canabrava, Salvador-BA fevereiro a julho
de 2011....................................................................................................................................57
Gráfico 6 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito
(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,
médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Aterro Canabrava,
Salvador-BA fevereiro a julho de 2011....................................................................................57
Gráfico 7 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela
Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da
vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Aterro Metropolitano Centro, Salvador-BA
fevereiro a julho de 2011.....................................................................................................64
Gráfico 8 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito
(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,
médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Aterro Metropolitano
Centro, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.......................................................................65
Gráfico 9 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela
Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da
vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Barragem Ipitanga I, Salvador-BA fevereiro a
julho de 2011. ...........................................................................................................................71
Gráfico 10 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito
(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,
médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Barragem Ipitanga I,
Salvador-BA fevereiro a julho de 2011...................................................................................71
Gráfico 11 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela
Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da
vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Barragem Ipitanga II, Salvador-BA fevereiro a
julho de 2011. ...........................................................................................................................77
Gráfico 12 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito
(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,
médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Barragem Ipitanga II,
Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.............................................................................. .....77
Gráfico 13 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela
Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da
vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Biribeira, Salvador-BA fevereiro a julho de
2011...........................................................................................................................................85
Gráfico 14 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito
(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,
médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Biribeira, Salvador-BA
fevereiro a julho de 2011..........................................................................................................92
Gráfico 15 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela
Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da
vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Greenville, Salvador-BA fevereiro a julho de
2011...........................................................................................................................................92
Gráfico 16 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito
(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,
médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Greenville, Salvador-BA
fevereiro a julho de 2011......................................................................................................98
Gráfico 17 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela
Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da
vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Loteamento Patamares, Salvador-BA fevereiro a
julho de 2011. ...........................................................................................................................98
Gráfico 18 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito
(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,
médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Loteamento Patamares,
Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.................................................................................104
Gráfico 19 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela
Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da
vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Aratu, Salvador-BA fevereiro a julho
de 2011....................................................................................................................................105
Gráfico 20 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito
(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,
médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Aratu, Salvador-
BA fevereiro a julho de 2011.................................................................................................113
Gráfico 21 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela
Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da
vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Carangi, Salvador-BA fevereiro a julho
de 2011....................................................................................................................................113
Gráfico 22 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito
(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,
médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Carangi, Salvador-
BA fevereiro a julho de 2011.................................................................................................120
Gráfico 23 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela
Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da
vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Valéria, Salvador-BA fevereiro a julho
de 2011....................................................................................................................................120
Gráfico 24 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito
(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,
médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Valéria, Salvador-
BA fevereiro a julho de 2011..................................................................................................126
Gráfico 25 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela
Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da
vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Posto TIC, Salvador-BA fevereiro a julho de
2011.........................................................................................................................................127
Gráfico 26 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito
(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,
médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Posto TIC, Salvador-BA
fevereiro a julho de 2011........................................................................................................134
Gráfico 27 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela
Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da
vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Trobogy, Salvador-BA fevereiro a julho de
2011.........................................................................................................................................134
Gráfico 28 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito
(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,
médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Trobogy, Salvador-BA
fevereiro a julho de 2011........................................................................................................142
Gráfico 29 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela
Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da
vegetação da Mata Atlântica. Remanescente 19º BC, Salvador-BA fevereiro a julho de
2011.........................................................................................................................................143
Gráfico 30 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito
(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,
médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente 19º BC, Salvador-BA
fevereiro a julho de 2011........................................................................................................148
Gráfico 31 Curva de acumulação de espécies da vegetação da Mata Atlântica de Salvador.
Fevereiro a julho 2011............................................................................................................148
Gráfico 32 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela
Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da
vegetação da Mata Atlântica. Síntese dos resultados dos remanescentes de Mata Atlântica de
Salvador-BA. Fevereiro a julho de 2011................................................................................157
Gráfico 33 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito
(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,
médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Síntese dos resultados dos remanescentes
de Mata Atlântica de Salvador-BA. Fevereiro a julho de 2011...........................................158
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Localização da região de estudo...............................................................................24
Figura 2 Localização da região de influência da Avenida Paralela........................................39
Figura 3 Localização da região de influência do Rio Ipitanga...............................................40
Figura 4 Remanescente Alphaville I, vista geral da vegetação..............................................46
Figura 5 Remanescente Alphaville I, estrato Arbóreo.............................................................46
Figura 6 Área de Influência da Avenida Luís Viana – Remanescente Alphaville I.................47
Figura 7 Remanescente Alphaville II, estrato arbóreo, interior do fragmento.........................52
Figura 8 Fragmento Alphaville II, subosque............................................................................52
Figura 9 Área de Influência da Avenida Luís Viana – Remanescente Alphaville II................53
Figura 10 Remanescente Aterro Canabrava, vista geral da vegetação....................................60
Figura 11 Remanescente Aterro Canabrava, vegetação arbórea.............................................60
Figura 12 Área de Influência da Avenida Luís Viana – Remanescente Canabrava.................61
Figura 13 Remanescente Aterro Metropolitano Centro, vista geral da vegetação...................67
Figura 14 Remanescente Aterro Metropolitano Centro, estrato arbóreo.................................67
Figura 15 Área de Influência do Rio Ipitanga, Remanescente Aterro Metropolitano Centro..68
Figura 16 Remanescente Barragem de Ipitanga I, Espelho d‟água com vegetação do
entorno......................................................................................................................................73
Figura 17 Remanescente Barragem de Ipitanga I, estrato arbóreo, tronco de pau paraíba no
interior do fragmento................................................................................................................73
Figura 18 Área de Influência do Rio Ipitanga, Remanescente Barra de Ipitanga I.................74
Figura 19 Remanescente Barragem do Ipitanga II, vista do espelho d‟água com vegetação do
entorno......................................................................................................................................79
Figura 20 Remanescente Barragem do Ipitanga II, estrato arbóreo, interior do fragmento.....79
Figura 21 Área de Influência do Rio Ipitanga, Remanescente Barra de Ipitanga II................80
Figura 22 Remanescente Greenville, vista geral da vegetação................................................88
Figura 23 Remanescente Greenville, dossel............................................................................88
Figura 24 Área de Influência da Avenida Luís Viana, Remanescente Greenville...................89
Figura 25 Remanescente Loteamento Biribeira, estrato arbóreo do interior do fragmento.....94
Figura 26 Remanescente Loteamento Biribeira, dossel descontínuo.......................................94
Figura 27 Área de Influência da Avenida Luís Viana, Remanescente Loteamento
Biribeira....................................................................................................................................95
Figura 28 Remanescente Loteamento Patamares – Fragmento Carnaúba,estrato arbóreo do
interior do fragmento..............................................................................................................100
Figura 29 Remanescente Loteamento Patamares – Fragmento Bicuíba, estrato arbóreo no
interior do fragmento..............................................................................................................100
Figura 30 Área de Influência da Avenida Luís Viana, Remanescente Loteamento
Patamares................................................................................................................................101
Figura 31 Remanescente Pedreira Aratu, vista de encosta alterada e da paisagem
vegetacional............................................................................................................................107
Figura 32 Remanescente Pedreira Aratu, estrato arbóreo e subosque..................................107
Figura 33 Área de Influência do Rio Ipitanga, Remanescente Pedreira Aratu.....................108
Figura 34 Remanescente Pedreira Carangi , vista geral da vegetação...................................115
Figura 35 Remanescente Pedreira Carangi, estrato arbóreo e subosque................................115
Figura 36 Área de Influência do Rio Ipitanga, Remanescente Pedreira Carangi...................116
Figura 37 Remanescente Pedreira Valéria, Equipamentos de britagem da Pedreira Valéria e
lagoa com vegetação arbórea no entorno................................................................................122
Figura 38 Remanescente Pedreira Valéria, estrato arbóreo...................................................122
Figura 39 Área de Influência do Rio Ipitanga, Remanescente Pedreira Valéria...................123
Figura 38 Remanescente Posto TIC, vista parcial do fragmento...........................................128
Figura 39 Remanescente Posto TIC, rizóforos (raizes suspensas) de hemiepífitas sobre
troncos.....................................................................................................................................128
Figura 40 Área de Influência da Avenida Luís Viana, Remanescente Posto TIC.................129
Figura 41 Remanescente Trobogy, vista geral da vegetação.................................................137
Figura 42 Remanescente Trobogy, estrato arbóreo................................................................137
Figura 43 Área de Influência da Avenida Luís Viana, Remanescente Posto TIC.................138
Figura 44 Remanescente 19º, vista geral da vegetação.........................................................145
Figura 45 Remanescente 19º BC, estrato arbóreo...................................................................145
Figura 46 Área de Influência da Avenida Luís Viana, Remanescente 19º BC.......................146
Figura 47 Attalea salvadorensis, espécie endêmica da região de Salvador e imediações da BR-
324...........................................................................................................................................151
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Características dos satélites RapidEye....................................................................28
Tabela 2 Características das imagens RapidEye....................................................................28
Tabela 3 Correlação espacial entre as bandas das imagens RapidEye...................................30
.
Tabela 4 Lista dos remanescentes florestais analisados no Projeto Mata Atlântica de
Salvador, fevereiro a julho de 2011..........................................................................................38
Tabela 5 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Alphaville I, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância
(IVI)..........................................................................................................................................42
Tabela 6 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Alphaville II, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância
(IVI)..........................................................................................................................................48
Tabela 7 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Canabrava, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância
(IVI)..........................................................................................................................................55
Tabela 8 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Aterro Metropolitano Centro, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI). ...............................................................................................................63
Tabela 9 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Barragem de Ipitanga I, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI)......................................................................................................................69
Tabela 10 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Barragem de Ipitanga II, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI)......................................................................................................................75
Tabela 11 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Loteamento Biribeira, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI)......................................................................................................................82
Tabela 12 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Greenville, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância
(IVI)..........................................................................................................................................90
Tabela 13 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Loteamento Patamares, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI)......................................................................................................................96
Tabela 14 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica de Pedreira Aratu, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI).................................................................................................................103
Tabela 15 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica de Pedreira Carangi, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI).................................................................................................................110
Tabela 16 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica da Pedreira Valéria, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI)....................................................................................................................118
Tabela 17 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica do Posto TIC, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância
(IVI)..................................................................................................................................... ...125
Tabela 18 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica de Trobogy, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância
(IVI)........................................................................................................................................131
Tabela 19 Parâmetros fitissociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica do 19º BC, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância
(IVI)........................................................................................................................................140
Tabela 20 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes na Mata Atlântica de
Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI). ...........................152
Tabela 21 Lista de táxons (famílias, gêneros e espécies) ocorrentes no subosque dos
remanescentes de Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho de
2011............................................................................................................................169
Tabela 22 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira
do remanescente Alphaville I da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011......173
Tabela 23 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente
Alphaville I da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011................................174
Tabela 24 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Alphaville I da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011....................................174
Tabela 25 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira
do remanescente Alphaville II da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho,
2011.........................................................................................................................................176
Tabela 26 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente
Alphaville II da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho,
2011............................................................................................................................176
Tabela 27 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Alphaville II da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011...............................177
Tabela 28 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira
do remanescente Aterro Canabrava da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho,
2011.........................................................................................................................................178
Tabela 29 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente
Aterro Canabrava da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho,
2011............................................................................................................................179
Tabela 30 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Aterro Canabrava da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011...........................179
Tabela 31 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira
do remanescente Aterro Metropolitano Centro da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro –
julho, 2011......................................................................................................................181
Tabela 32 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente
Aterro Metropolitano Centro da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.........181
Tabela 33 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Aterro Metropolitano Centro da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.........182
Tabela 34 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira
do remanescente Ipitanga I da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011............184
Tabela 35 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente
Ipitanga I da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011........................................184
Tabela 36 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Ipitanga I da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011......................................185
Tabela 37 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira
do remanescente Ipitanga II da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011...........186
Tabela 38 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente
Ipitanga II da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011....................................187
Tabela 39 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Ipitanga II da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.......................................187
Tabela 40 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira
do remanescente Grennville da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011..........189
Tabela 41 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente
Greenville da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.......................................189
Tabela 42 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Greenville da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.......................................190
Tabela 43 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira
do remanescente Biribeira da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011..............192
Tabela 44 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente
Biribeira da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.......................................192
Tabela 45 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Biribeira da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.........................................193
Tabela 46 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira
do fragmento Carnauba da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011..................194
Tabela 47 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do fragmento
Carnauba da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.......................................195
Tabela 48 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira
do fragmento Bicuiba da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.....................195
Tabela 49 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do fragmento
Bicuiba da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.........................................196
Tabela 50 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira
do remanescente Pedreira Aratu da mata atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011......197
Tabela 51 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente
Pedreira Aratu da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011..............................197
Tabela 52 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Pedreira Aratu da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011................................198
Tabela 53 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira
do remanescente Pedreira Carangi da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho,
2011.................................................................................................................................199
Tabela 54 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente
Pedreira Carangi da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.........................200
Tabela 55 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Pedreira Carangi da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011..........................200
Tabela 56 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira
do remanescente Valéria da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011................202
Tabela 57 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente
Valéria da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011............................................203
Tabela 58 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Valéria da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011............................................203
Tabela 59 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira
do remanescente Posto TIC da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011...........205
Tabela 60 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente
Posto TIC da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.......................................205
Tabela 61 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira
do remanescente Trobogy da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011..............206
Tabela 62 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente
Trobogy da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011........................................207
Tabela 63 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Trobogy da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011..........................................207
Tabela 64 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do
remanescente 19º BC da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.....................209
Tabela 65 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente
19º BC da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011............................................210
Tabela 66 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira da
Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.............................................................211
Tabela 67 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira da Mata Atlântica
de Salvador. Fevereiro – julho, 2011......................................................................................211
Tabela 68 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque dos
remanescentes da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011................................212
LISTA DE SIGLAS
ADEMI Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da
Bahia
CEAT Central de Apoio Técnio do Ministério Público da Bahia
CIGEO Centro Integrado de Geoinformação do Ministério Público da Bahia
COPPA Companhia de Polícia de Proteção Ambiental
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
FJS Fundação José Silveira
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis
INEMA Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
JBS Jardim Botânico de Salvador
MP/BA Ministério Público do Estado da Bahia
PMBA Polícia Militar do Estado da Bahia
SUCOM Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do
Município de Salvador
SEDHAM Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio
Ambiente de Salvador
SEI Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia
SMA Superintendência de Meio Ambiente de Salvador
APRESENTAÇÃO
O Projeto Mata Atlântica Salvador constitui uma ação inovadora, de iniciativa do Ministério
Público do Estado da Bahia, realizada em parceria com a Fundação José Silveira e com apoio
de IBAMA, INEMA, SEI, COPPA, POLÍCIA MILITAR DA BAHIA, SEDHAM, SMA,
JARDIM BOTÂNICO, SUCOM, ADEMI, que compartilham objetivos comuns, relacionados
à proteção, ao uso e à conservação da Mata Atlântica. Com efeito, os esforços empenhados
por essas entidades produziram informações e conhecimentos técnico-científicos sobre a
diversidade e a abrangência do que resta do bioma Mata Atlântica na cidade de Salvador.
Assim, espera-se que o presente diagnóstico contribua diretamente para que esse ativo
ambiental ainda existente em Salvador tenha sua gestão baseada na conservação de seus
atributos naturais e na segurança jurídica para a sociedade local.
Rousyana Gomes de Araújo
Assessora Técnica Pericial do Ministério Público
Coordenadora do Projeto
SUMÁRIO
MATA ATLÂNTICA: BREVE ANÁLISE DE SUA EXUBERÂNCIA INICIAL À
SEGREGAÇÃO EM REMANESCENTES E DA NECESSIDADE DE SUA
CONSERVAÇÃO NA CIDADE DE SALVADOR/BA.......................................................20
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO...................................................................................................20
1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO..............................................................23
CAPÍTULO 1 - ABORDAGEM METODOLÓGICA DO SENSORIAMENTO
REMOTO E PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS PARA CLASSIFICAÇÃO
DOS ESTÁGIOS SUCESSIONAIS DA VEGETAÇÃO DE MATA ATLÂNTICA EM
SALVADOR............................................................................................................................26
1.1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................26
1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS........................................................................29
1.3 RESULTADOS...................................................................................................................32
1.4 REFERÊNCIAS..................................................................................................................33
CAPÍTULO 2 - COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA
FITOSSOCIOLÓGICA..........................................................................................................34
2.1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................34
2.2 METODOLOGIA...............................................................................................................36
2.3 RESULTADOS...................................................................................................................41
2.3.1 Remanescente Alphaville I............................................................................................41
2.3.2 Remanescente Alphaville II...........................................................................................48
2.3.3 Remanecente Aterro Canabrava..................................................................................54
2.3.4 Remanescente Aterro Metropolitano Centro..............................................................62
2.3.5 Remanescente Barragem Ipitanga I.............................................................................69
2.3.6 Remanescente Barragem Ipitanga II ..........................................................................75
2.3.7 Remanescente Greenville..............................................................................................81
2.3.8 Remanescente Loteamento Biribeira...........................................................................90
2.3.9 Remanescente Loteamento Patamares.........................................................................96
2.3.10 Remanescente Pedreira Aratu..................................................................................102
2.3. 11 Remanescente Pedreira Carangi ............................................................................109
2.3.12 Remanescente Pedreira Valéria. ..............................................................................117
2.3.13 Remanescente Posto TIC...........................................................................................124
2. 3.14 Remanescente Trobogy.............................................................................................130
2. 3.15 Remanescente 19º Batalhão de Caçadores do Exército - 19° BC.........................139
2.3.16 Mata Atlântica de Salvador – Análise Integrada dos Remanescentes..................147
2.4 DISCUSSÃO....................................................................................................................158
2.5 CONCLUSÃO..................................................................................................................161
2.6 REFERÊNCIAS................................................................................................................163
CAPÍTULO 3 - AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE BIOMASSA DA
SERRAPILHEIRA E COMPOSIÇÃO E ABUNDÂNCIA DA ASSOCIAÇÃO DE
PLANTAS DO SUBOSQUE................................................................................................166
3.1 INTRODUÇÃO................................................................................................................166
3.2 MATERIAL E MÉTODOS..............................................................................................168
3.3 RESULTADOS.................................................................................................................168
3.3.1 Remanescente Alphaville I..........................................................................................173
3.3.2 Remanescente Alphaville II.........................................................................................175
3.3.3 Remanecente Aterro Canabrava................................................................................178
3.3.4 Remanescente Aterro Metropolitano Centro............................................................180
3.3.5 Remanescente Barragem Ipitanga I...........................................................................183
3.3.6 Remanescente Barragem Ipitanga II ........................................................................186
3.3.7 Remanescente Greenville............................................................................................188
3.3.8 Remanescente Loteamento Biribeira.........................................................................191
3.3.9 Remanescente Loteamento Patamares.......................................................................194
3.3.10 Remanescente Pedreira Aratu..................................................................................196
3.3. 11 Remanescente Pedreira Carangi ............................................................................199
3.3.12 Remanescente Pedreira Valéria. ..............................................................................202
3.3.13 Remanescente Posto TIC...........................................................................................205
3. 3.14 Remanescente Trobogy.............................................................................................206
3. 3.15 Remanescente 19º Batalhão de Caçadores do Exército - 19° BC.........................209
3.3.16 Salvador......................................................................................................................210
3.4 DISCUSSÃO....................................................................................................................215
3.5 CONCLUSÃO..................................................................................................................220
3.6 REFERÊNCIAS................................................................................................................221
APÊNDICES..........................................................................................................................226
20
MATA ATLÂNTICA: BREVE ANÁLISE DE SUA EXUBERÂNCIA INICIAL À
SEGREGAÇÃO EM REMANESCENTES E DA NECESSIDADE DE SUA
CONSERVAÇÃO NA CIDADE DE SALVADOR/BA
Rousyana Gomes de Araujo1
Andressa Lopes de Oliveira Passos2
CONTEXTUALIZAÇÃO
Mata Atlântica foi o primeiro nome dado pelos portugueses à extensa muralha verde que
separava o Oceano Atlântico das terras interiores (ROSS, 2008). Esse contínuo florestal,
tendo por referência o quadro e a conjuntura fisiográfica e ecológica do início da colonização
portuguesa, estendia-se do sudeste do Rio Grande do Norte ao sudeste de Santa Catarina,
ainda, incluíam-se as matas biodiversas da Serra Gaúcha, as florestas da região do Iguaçu e do
extremo-oeste dos planaltos paranaenses até a fronteira com o leste do Paraguai (AB‟SÁBER,
2003).
Atualmente, esse contínuo de matas encontra-se reduzido e bastante fragmentado, com
aproximados 7% de sua extensão original, (Fundação SOS Mata Atlântica/INPE, 2009). Essa
situação conferiu à Mata Atlântica, no final do século passado, a condição de um dos cinco
mais importantes hotspot, ou seja, as regiões prioritárias para conservação da natureza por
serem biologicamente mais ricas, especialmente pela existência de espécies endêmicas e as
mais ameaçadas do planeta (MITTERMEIER et al., 1999).
É importante destacar que tal classificação, intensamente repetida nas publicações científicas,
amplamente propagada pelos ambientalistas e pouco apropriada no planejamento e uso dos
espaços, sobretudo os urbanos, revela em sua essência a intensa e contínua degradação do
aludido bioma. Assim sendo, a classificação de uma região enquanto hotspot de
1 Bióloga, Assessora Técnica Pericial do MP-BA, Coordenadora Técnica da CEAT- Meio Ambiente, do MP-BA.
2 Geógrafa, Especialista em Geotecnologia, Coordenadora do CIGEO/MP-BA.
21
biodiversidade denota que o bioma já perdeu mais que 70% de sua cobertura original,
encontra-se sob forte ameaça, apesar da extraordinária diversidade biológica que possui, é
uma região onde os esforços para reverter os processos de perda de cobertura vegetal e
biodiversidade, além do comprometimento dos serviços ambientais essenciais para a
sobrevivência e qualidade de vida humana devem ser intensificados e integrar todos os setores
da sociedade (BENSUSAN et al., 2006).
Os impactos negativos no bioma Mata Atlântica, amplamente conhecidos, desde os diferentes
ciclos econômicos de exploração, à expansão agropecuária, à ampliação dos centros
industriais até as intensas concentração e urbanização das cidades causaram a redução drástica
de sua vegetação natural e a confinaram em remanescentes florestais, em sua maioria, com
áreas inferiores a 100 hectares (BENSUSAN et al., 2006).
Ainda, a devastação foi maior nas áreas planas da região costeira e na estreita faixa litorânea
do Nordeste, onde resta menos de 1% da floresta original (MITTERMEIER et al., 1999).
No Estado da Bahia, a Mata Atlântica de sua capital, Salvador, também esteve sujeita aos
impactos supramencionados e sua densa e exuberante vegetação primária declinou até os
atuais remanescentes secundários fragmentados.
No entanto, esse complexo vegetacional, embora fragmentado, constitui ainda a floresta
pluvial atlântica, composta por numerosas e variadas formas de vida que se ordenam em
grupos estruturais e se dispõem em estratos (RIZZINI, 1997).
Essa floresta possui extraordinária diversidade de árvores, uma de suas marcas carcterísticas –
458 espécies em único hectare, nas proximidades de Itacaré, Sul da Bahia, em área
preservada, praticamente formação primária (THOMAS et al., 1998). Em adição a essa
diversidade de plantas, há pelo menos 1.360 espécies de mamíferos, anfíbios, répteis e aves
(MITTERMEIER et al., 1999). Além de inúmeros animais invertebrados (DEAN, 1996).
Assim sendo, impressionam os índices de diversidade biológica do bioma Mata Atlântica, que
resistem às intensas pressões e ameaças a que estão submetidos. Nesse contexto de
22
perturbações, resistência e resiliência, os processos de sucessão ecológica secundária são
determinantes para garantir a continuidade, mesmo que fragmentada, da floresta pluvial
atlântica. A sucessão secundária, aqui compreendida como o mecanismo pelo qual as florestas
tropicais se autorenovam, através da cicatrização de locais perturbados que ocorrem a cada
momento em diferentes pontos da mata (GOMEZ-POMPA, 1971). Esses processos de
autorenovação apresentam-se em estágios sucessionais diferenciados, com suas espécies
agrupadas em função de sua ocorrência preferencial em cada um desses estágios durante a
sucessão (BUDOWSKI, 1965).
Na Mata Atlântica, para esse mosaico de estágios sucessionais foram, na esfera legal,
definidas três grandes categorias que se baseiam em características gerais das formações
florestais, ou seja: estágio inicial, estágio médio e estágio avançado de regeneração. Nesse
contexto, com o objetivo de nortear a análise desses estágios de sucessão da Mata Atlântica
para os procedimentos de licenciamento, o Conselho Nacional do Meio Ambiente –
CONAMA estabeleceu parâmetros básicos, conceituou legalmente vegetação primária e
secundária e definiu valores mensuráveis para uniformizar a análise técnica dos elementos
gerais das formações florestais atlânticas. O detalhamento desses parâmetros, bem como os
valores mensuráveis, tais como altura e diâmetro, para a vegetação de Mata Atlântica ao
estado da Bahia, foram definidos pela Resolução CONAMA nº 05/1994, que em conjunto
com Lei Federal nº 11.428/2006 e o Decreto nº 6.660/2008 disciplinam o uso e a proteção da
vegetação nativa do aludido bioma.
Além disso, a Lei Federal nº 11.428/2006, no artigo 38, instituiu o Plano Municipal de
Conservação e Recuperação da Mata Atlântica como instrumento de gestão para uso e
conservação da vegetação daqueles municípios incluídos no multimencionado bioma, de
acordo com o regulamentado pelo art. 43 do Decreto 6.660/2001. Assim, a fim de estimular a
elaboração e implantação do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata
Atlântica para Salvador foi realizado o diagnóstico da vegetação desta cidade, visando
identificar e mapear os estágios sucessionais dos remanescentes desse bioma, com base na
legislação supracitada.
23
CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
A área de estudo está situada na cidade de Salvador, capital do estado da Bahia, localizada
entre as coordenadas UTM 550662E, 575448E e 8560909N, 8586385N e possui uma
superfície continental aproximada de 300 km2 (CONDER,1989).
A área foi dividida em dois polígonos, denominados de “Área de Influência da Avenida Luis
Viana”, localizada entre as coordenadas UTM 557157E, 569805E e 8566143N, 8573211N e a
“Área de Influência do Rio Ipitanga”, localizada entre as coordenadas UTM 562389E,
568983E e 8575419N,8580079N. No total, a área de estudo abrange uma extensão de
7.105,433 hectares.
Quanto a tipologia climática, segundo Koppen, a cidade de salvador possui clima tipo Af
(tropical quente e úmido sem estação seca). Já segundo Thornthwaite e Mather, o clima é tipo
B2rA'a' (úmido), com precipitação média anual de 2098,9mm e temperatura média anual
compensada de 25,3 ºC (SEI, 1999). Em relação aos aspectos geopedológicos, a área de
estudo apresenta topografia colinosa, fácie geológica de substrato granulítico do período pré-
cambriano encimado por largo manto de intemperismo (regolito) de grande potencial hídrico
e, sobre este, solos das classes latossolos e podzol, principalmente.
A vegetação da área encontra-se inserida no domínio da Floresta Ombrófila Densa, todavia,
hoje representada por um mosaico de manchas vegetacionais alteradas por processos de
origem antrópica. A área de estudo abrange, ainda, a maioria dos remanescentes de vegetação
existentes na cidade de Salvador.
Vale ressaltar que não foram inclusos no presente trabalho os remanescentes que compõem as
Unidades de Conservação de Proteção Integral existentes em Salvador, a exemplo do Parque
Metropolitano de Pituaçu, uma vez que unidade de conservação dessa natureza já possui
proteção especial, o que em tese já seria suficiente para assegurar a proteção e conservação
de sua biodiversidade.
Assim, este diagnóstico se concentrou nos remanescentes onde não há disciplinamento
especial, adicional à Lei Federal nº 11.428/2006 e ao Decreto nº 6.660/2008, para o seu uso,
especificamente as áreas privadas.
24
25
REFERÊNCIAS
AB‟SÁBER, A. N. Os Domínios de Natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São
Paulo: Ateliê Editorial. 2003.
BENSUSAN, N.; BARROS, A.C.; BULHÕES, B. & ARANTES, A. Biodiversidade: para
comer, vestir ou passar no cabelo? São Paulo: Peirópolis. 2006.
COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO DO ESTADO DA BAHIA. Sistemas
de Informações Geográficas Urbanas do Estado da Bahia. Mapas Municipais, 1989.
Disponível em: < http://www.informs.conder.ba.gov.br/produtos/tabelaII.1.html > Acesso em
01 out 2011.
DEAN, W. A Ferro e Fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica Brasileira. São
Paulo: Companhia da Letras, 1996.
FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA/INPE. Atlas dos remanescentes florestais da
Mata Atlântica e ecossistemas associados no período de 2005–2008. São Paulo: Fundação
SOS Mata Atlântica/INPE, 2009.
GÓMEZ-POMPA, A. Posible papel de la vegetación secundaria en la evolución de la
flora tropical. Biotropica. Lawrence, 3: 125-35, 1971.
ROSS, J.L.S. (org.) Geografia do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo,
2008.
SUPERINTENDÊNCIA DE ESTUDOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DA BAHIA. Balanço
Hídrico do Estado da Bahia. Salvador: SEI, 1999. 250 p. (Série Estudos e Pesquisas, 45).
THOMAS, W.W. et al. Plant endemism in two forests in southern Bahia, Brazil.
Biodiversity and Conservation 7: 311-322, 1998.
26
CAPÍTULO I
ABORDAGEM METODOLÓGICA DO SENSORIAMENTO REMOTO E
PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS PARA CLASSIFICAÇÃO
DOS ESTÁGIOS SUCESSIONAIS DA VEGETAÇÃO DE MATA
ATLÂNTICA EM SALVADOR.
Ardemírio de Barros Silva1
1.1 INTRODUÇÃO
A Geotecnologia é a arte e a técnica de estudar a superfície, a subsuperfície e a atmosfera da
Terra e adaptar os dados e as informações às necessidades dos meios físicos, químicos e
biológicos. Fazem parte das Geotecnologias: o Processamento Digital de Imagens (PDI), a
Geoestatística e o Sistema de Informações Georreferenciadas (SIG). O SIG é usualmente
aceito como sendo uma tecnologia que possui o ferramental necessário para realizar análises
com dados e informações espaciais e portanto, oferece ao ser implementado, alternativas para
o entendimento da paisagem, da ocupação e utilização do meio físico.
A utilização de imagens de Sensoriamento Remoto vem sendo cada vez mais intensificada,
pois representa um sistema de aquisição de dados eficiente e de alta confiabilidade,
permitindo, por exemplo, a incorporação de novas visões da realidade ambiental.
De forma bem genérica, Sensoriamento Remoto pode ser definido como sendo a tecnologia
que permite a aquisição de dados sobre objetos sem contato físico com eles. Para que os dados
do Sensoriamento Remoto sejam adquiridos é necessária a utilização de sensores, que são
equipamentos capazes de coletar energia proveniente do objeto, convertê-la em sinal passível
de ser registrado e apresentá-lo em forma adequada à extração de informações. Os sensores
dos satélites captam a energia solar (sensores passivos) ou emitem energia (sensores ativos)
1 Geólogo, Doutor em Sistemas de Informações Geográficas pela Open University, professor titular da
Universidade Estadual de Feira de Santana e Consultor ad hoc do CNPq, FAPESP, GEOCIENCIAS/UNESP,
FLORESTA E AMBIENTE/UFRRJ, FUNDECT/MS e FINEP.
27
que é refletida pelos objetos em várias faixas do espectro eletromagnético de forma
diferenciada.
O Processamento Digital de Imagens (PDI) corresponde a um conjunto de técnicas que
permite realçar determinadas características de uma imagem.
A resolução espacial de uma imagem é a menor área (polígono regular) captada por um
sensor. A resolução temporal diz respeito ao tempo que o satélite leva para imagear uma
mesma área. A resolução radiométrica está relacionada à capacidade de discriminar alvos com
pequenas diferenças de intensidade. A resolução espectral é um conceito inerente às imagens
multiespectrais de Sensoriamento Remoto, sendo definida pelo número de bandas espectrais
de um sistema sensor e pela amplitude do intervalo de comprimento de onda de cada banda.
As imagens de Sensoriamento Remoto utilizadas para avaliação da biomassa verde da cidade
de Salvador são provenientes da missão comercial denominada RapidEye, que é formada por
uma constelação de 5 micro-satélites multispectrais, lançados em 29/8/2008 em um único
foguete russo (DNEPR-1). O controle é feito pela empresa alemã RapidEye AG. O
desenvolvimento da missão ocorreu em parceria com a empresa canadense de astronáutica
MacDonald Dettwiler and Associates Ltd., que forneceu os sistemas de pré-processamento de
dados e armazenamento de imagens aos satélites. A construção foi responsabilidade da Surrey
Satellite Technology Ltd e a empresa Jena-Optronik foi a responsável pela produção das
câmeras.
Os cincos satélites RapidEye produzem conjuntos de imagens de qualquer ponto da Terra em
pouco tempo, fazendo com que ele possa ser utilizado para monitoramentos de eventos em
agricultura, florestas, governos, seguradoras, entre outras áreas de conhecimento.
Cada satélite possui seu próprio nome, sendo eles: Tachys, Mati, Trochia, Choros e Choma.
Cada um dos cinco satélites da RapidEye efetua 15 voltas em torno do planeta por dia e os
sensores a bordo dos satélites podem coletar imagens sobre a superfície da Terra ao longo de
uma faixa de 77 km de largura por até 1500 km de extensão. Estes satélites podem ser
programados para coletar imagens transversalmente à trajetória de sua órbita, e juntos
conseguem gerar aproximadamente 4,5 milhões de Km2 de imagens por dia. As características
dos satélites RapidEye são mostradas na Tabela 1:
28
Tabela 1 - Características dos satélites RapidEye.
Lançamento 20/08/2008
Local de lançamento Baikonur (Kasaquistão)
Veículo lançador DNPR-1
Situação atual Ativo
Órbita Heliossincrona
Altitude 630 km
Inclinação 97,8º
Tempo de duração da órbita 96,7 minutos
Horário de passagem 11:00 hs
Período de revisita 24 horas
Tempo de vida projetado 7 anos
Fonte: EMBRAPA, 2009 (adaptado pelo autor)
As imagens RapidEye são adequadas para avaliar e analisar a biomassa verde em escala de até
1:25.000, em função da radiação radiométrica, da resolução espacial, da resolução temporal e
da resolução espectral (Tabela 2).
Tabela 2 - Características das imagens RapidEye.
Bandas
espectrais
Resolução
espectral
Resolução
espacial
Resolução
temporal
Faixa
imageada
Resolução
radiométrica
Azul 440-510nm
6,5 m (nadir)
e 5m para
ortoimagens
24 horas (off-
nadir) e 5,5
dias (nadir)
77,25 km
12 bits ou 4096
níveis de cinza
Verde 520-590nm
Vermelho 630-690nm
Red-Edge 690-730nm
Infravermelho
próximo
760-880nm
Fonte: EMBRAPA, 2009
29
1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O Processamento Digital das Imagens (PDI) derivadas dos satélites RapidEye foi
desenvolvido com a aplicação de um conjunto de técnicas matemáticas com o objetivo de
remover os vários tipos de degradações e distorções inerentes aos processos de aquisição,
transmissão e visualização das imagens coletadas, facilitando a extração de dados e
informações. Para atingir os objetivos propostos, foram elaborados os seguintes
procedimentos metodológicos:
1. Aquisição das imagens RapidEye e Ortofotos 2010 junto a SEI (Superintendência de
Estudos Econômicos e Sociais da Bahia) e ortofotos 2006 cedidas pelo Ministério Público do
Estado da Bahia. Separação em bandas individualizadas das imagens, montagem de um
mosaico com as ortofotos e organização de um banco de dados georreferenciados com a
descrição detalhada dos metadados.
2. Seleção de aplicativos de Sistemas de Informações Georreferenciadas e Processamento
Digital de Imagens de Satélite. Os aplicativos selecionados para o Projeto foram: ArcGis,
ENVI, Global Mapper, Carta Linx, Surfer, Microsoft Office, NitroPDF, IDRISI e Autocad.
3. Recorte da Imagem: como a imagem adquirida abrange uma área além da necessária para o
Projeto, foram definidos dois polígonos, um denominado “Área de Influência da Avenida
Luis Viana” (557157E, 569805E; 8566143N, 8573211N) com 5.147,367 hectares de área; o
outro, „Área de Influência do Rio Ipitanga” (562389E, 568983E; 8580079N, 8575419N), com
1.958,066 hectares de área. Assim a área de estudo possui área total de 7.105,433 hectares.
4. Definição de Projeções Cartográficas: as imagens RapidEye obtidas estão em formato
geotiff, no sistema de projeção plana Universal de Transversa de Mercator (UTM) e datum
horizontal WGS 84. As ortofotos 2006 e arquivos vetoriais dos fragmentos estavam com
sistema de projeção UTM e Datum SAD 69. O conjunto dos dados foi convertido para o
sistema de projeção UTM e Datum horizontal WGS84.
5. A correção geométrica está relacionada à reamostragem de pixeis em relação a um
determinado sistema de projeção cartográfica, tendo por função corrigir distorções de caráter
30
geométrico que ocorrem no momento em que a imagem é adquirida. Esse método proporciona
que a imagem não tenha distorções expressivas e possua uma boa qualidade geométrica. Das
técnicas para correção geométrica, foi utilizada a convolução cúbica, utilizando-se como
imagem de referência ortofotos do ano de 2010; a imagem final apresentou um erro médio
quadrático inferior a 5m.
6. Avaliação do contraste de uma imagem é realizada através da análise de seu histograma
que representa a distribuição e freqüências de pixeis. Para aplicar o realce de contraste foram
testados os algoritmos gaussiano e linear em todas as bandas. O realce linear que expande os
valores máximos e mínimos de números digitais apresentou os resultados mais satisfatórios.
7. Foram calculadas as correlações espaciais entre as bandas para, eventualmente, utilizar a
técnica de Componentes Principais. O algoritmo utilizado foi o módulo de Pearson e os
resultados estão apresentados na Tabela 3:
Tabela 3 - Correlação espacial entre as bandas das imagens RapidEye
Banda 1 Banda 2 Banda 3 Banda 4 Banda 5
Banda 1 1 0,93 0.89 0,68 0,03
Banda 2 0,93 1 0,95 0,86 0,29
Banda 3 0,89 0,95 1 0,87 0,23
Banda 4 0,68 0,86 0,87 1 0,66
Banda 5 0,03 0,29 0,23 0,66 1
Tabela criada pelo autor (SILVA, 2011)
8. Para a escolha dos tripletos para a composição colorida foram utilizados a observação
visual e o OIF (Optimum Index Factor). Este último consiste numa operação matemática que
permite identificar a composição colorida com menor repetição de dados. Para se obter o OIF
deve-se calcular a razão entre o somatório dos desvios padrões dos números digitais pelo
somatório dos coeficientes de correlação de bandas. As bandas selecionadas para a
composição colorida falsa cor foram 5, 3 e 1 nos canais vermelho, verde e azul,
respectivamente.
9. A classificação de imagens de sensoriamento remoto constitui uma ferramenta capaz de
atribuir a cada pixel da imagem determinadas características com respostas espectrais comuns
31
ou semelhantes. Em função dos conhecimentos prévios sobre a área, foi definida a
classificação supervisionada e como classificador a distância mínima que é baseada no
agrupamento “pixel a pixel”. Esta classificação é realizada mediante o cálculo da menor
distância entre o pixel a ser classificado e os valores médios obtidos das amostras treinadas,
ou seja, o método da mínima distância calcula a distância do valor da reflectância de um pixel
à média espectral do arquivo de assinaturas e atribui ao pixel a categoria com a média mais
próxima. Foram definidas as classes de estágios sucessionais avançado, médio e inicial
(Quadro 1, criado pelo autor).
Quadro 1 - Chave de Interpretação da Imagem RapidEye, RGB531.
Classes Padrão Visualização
Estágio Inicial
Cor: vermelho
Tonalidade: claro
(R178G33B25)
Estágio Médio
Cor: vermelho
Tonalidade: médio
(R207G42B40)
Estágio Avançado
Cor: vermelho
Tonalidade: escuro
(R246G41B34)
32
10. Para eliminar pequenos ruídos, sem borrar a imagem, preservando as informações
originais da mesma e eliminar áreas menores que 400m2, foi aplicado um filtro da moda
(5x5). O filtro da moda atribui ao pixel que possui valor discrepante do conjunto de pixeis
predominantes o valor do pixel mais frequente.
11. Na imagem classificada foi realizada uma validação dos resultados, utilizando-se o índice
de kappa (IK) que alcançou valor acima de 0,85. O cálculo do IK foi baseado nos trabalhos de
campo realizados na área e o resultado obtido significou que a interpretação alcançou níveis
muito satisfatórios.
12. Na imagem classificada foi realizada uma vetorização manual, separando-se os
fragmentos dos três estágios sucessionais (avançado, médio e inicial) tendo sido gerados
arquivos em formato “shape”.
13. Foram realizadas superposições entre ortofotos 2010 e arquivos vetoriais dos fragmentos
nos três estágios sucessionais e gravados no formato Portable Document Format (PDF).
1.3 RESULTADOS
Após executados os procedimentos metodológicos supramencionados, foi verificado que a
área de estudo, que abrange uma extensão territorial de 7.105,433 hectares, possui dentre este
total, 1.882,59 hectares com vegetação de Mata Atlântica, sendo que 23,47 % dessa vegetação
encontra-se no estágio inicial, 75,38 % encontra-se no estágio médio e 1,15 % no estágio
avançado de regeneração.
De forma específica, o polígono da área de influência da Avenida Luis Viana, situado entre as
coordenadas 557157E, 569805E; 8566143N, 8573211N possui vegetação de Mata Atlântica
distribuída em 1.052,497 hectares, aonde o estágio inicial ocupa 31,61 %, o estágio médio,
67,08 % e o estágio avançado de regeneração ocupa 1,31 %.
Já no polígono da área de influência do Rio Ipitanga, que se localiza entre as coordenadas
562389E, 568983E; 8580079N, 8575419N, a área com vegetação de Mata Atlântica ocupa
33
830,093 hectares, sendo que desse total, 13,15 % encontra-se no estágio inicial, 85,91 % está
no estágio médio e 0,94 % no estágio avançado de regeneração.
Cabe ressaltar que 56 % de área de influência do rio Ipitanga está ocupada com vegetação de
Mata Atlântica. Por outro lado, a área de influência da Avenida Luis Viana possui 20 % de
área com essa vegetação.
Ademais, a representação cartográfica dos remanescentes analisados, com seus respctivos
estágios sucessionais, encontra-se no Apêndice A, assim como nos resultados do capítulo 2.
1.4 REFERÊNCIAS
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Sistemas Orbitais de
Monitoramento e Gestão Territorial – RapidEye. Disponível em: <
http://www.sat.cnpm.embrapa.br/conteudo/rapideye.htm> Acesso em 01 set 2011.
34
CAPÍTULO II
COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA FITOSSOCIOLÓGICA.
Maria Lenise Silva Guedes1
Juarez Jorge Santos2
Rousyana Gomes de Araujo3
Nid Coelho Amorim4
Erivaldo Queiroz5
2.1 INTRODUÇÃO
A floresta ombrófila densa, distribuída nos ambientes quentes e úmidos do planeta, assim
denominada por Ellenberg & Mueller-Dombois (1967), corresponde no Brasil às formações
Amazônica no norte do Brasil e Atlântica nas regiões nordeste, sudeste e sul deste país. Com
fisionomia e perfil vertical da vegetação praticamente semelhante, estas duas florestas exibem
a ocorrência de 493 espécies comuns (LIMA, 1969).
A Mata Atlântica já recebeu outras denominações atribuídas ao longo do tempo por
naturalistas europeus, botânicos e geógrafos brasileiros e ainda por instituição oficial como
dríades, florestas austro-oriental, pluvial de cordilheira marítima, pluvial Montana, domínio
de mares de morros vegetados e floresta ombrófila densa. A inferência de proximidade com o
Oceano Atlântico foi determinante para o estabelecimento da denominação Mata Atlântica,
1 Bióloga, Professora Adjunta III do Instituto de Biologia-UFBA nas disciplinas Botânica Sistemática dos
Vegetais Superiores e Botânica Econômica. Curadora do Herbário Alexandre Leal Costa do IBIO-UFBA.
2 Doutor em Ciências Biológicas pela USP, pesquisador associado ao Laboratório de Estudos em Anatomia de
Madeiras, do Instituto de Biologia/UFBA.
3 Bióloga, Assessora Técnica Pericial do MP-BA, Coordenadora Técnica da CEAT - Meio Ambiente, do MP-BA
4 Biólogo, Especialista em Gerenciamento Ambiental pela Universidade Católica do Salvador. Atua em
atividades de consultoria em meio ambiente.
5 Biólogo, Mestre em Botânica pela UFBA. Atualmente é biólogo do Jardim Botânico de Salvador.
35
portanto, como referida em livros textos Rizzini (1997) que a nomeia de Floresta Atlântica
(mata e floresta são sinônimos), Mamede et. al. (2004) e em demais pesquisas recentes.
A fisionomia da vegetação da Mata Atlântica é diferenciada a depender, principalmente, das
características climáticas que advém da altitude, relevo e também do tipo de formação
geopedológica. Em função disso, ocorrem subtipos fisionômicos, principalmente como a
Mata Atlântica Montana (das serras do Mar e da Mantiqueira), Mata Atlântica de Tabuleiros
(sul da Bahia) e a Mata Atlântica das Terras Baixas (em altitudes inferiores a 100 metros).
Dada a sua grande extensão latitudinal (6º no Rio Grande do Norte e 30º no Rio Grande do
Sul), a Mata Atlântica registra variações locais para temperatura, precipitação pluviométrica e
umidade do ar.
O conhecimento inicial sobre a Mata Atlântica é atribuído ao visitante português Gabriel
Soares de Souza, no seu Tratado Descritivo do Brasil de 1587, onde o autor relata pela
primeira vez as plantas do litoral da Bahia (SOUZA, 1938). Seguem-se outros visitantes
europeus como Spix e Martius (1975) que realizam um levantamento da flora entre 1817 e
1820. Com a inclusão de espécies de plantas da Mata Atlântica (Dríades) Martius e Eichler
(1840/1906) publicaram com o patrocínio dos imperadores do Brasil, Áustria e o rei da
Baviera, vários volumes da famosa “Flora Brasiliense”. Lutzemberg (1922) publica a primeira
listagem de árvores da Mata Atlântica.
Na segunda metade século XX surgiram as primeiras representações cartográficas
georeferenciadas baseadas em imagem de radar, em que nas cartas temáticas de vegetação se
inclui a floresta ombrófila densa da Mata Atlântica, do também famoso Projeto Radam Brasil
(1982). Neste mesmo período, principalmente a partir da década de oitenta, se intensificaram
as pesquisas na Mata Atlântica abordando os aspectos florísticos e da estrutura
fitossociológica da vegetação.
Os trabalhos que abordam estudos de composição florística e estudos fitossociológicas são
escassos para a Mata Atlântica da Bahia. Citam-se os levantamentos realizados na mata
primária preservada da Mata da Esperança, localizada em Ilhéus/BA (Carvalho &
Amorim,1996) e de Lima e Guedes (2001) no fragmento Mata Casa Branca em Santa Cruz de
Cabrália- BA. Da mesma forma acima, para a vegetação de Mata Atlântica de Salvador ocorre
36
uma lacuna na bibliografia onde apenas aparecem a Carta de Vegetação de Salvador do
Projeto Radam Brasil (1982) e os trabalhos de Bautista et al (1994), Guedes e Santos (1997),
todos de cunho florístico e finalmente a pesquisa de Santos et al (2008) sobre a estrutura
fitossociológica do Parque de Pituaçu, em Mata Atlântica secundária.
Assim, com o objetivo de diagnosticar a vegetação e identificar os estágios sucessionais
inicial, médio e avançado da Mata Atlântica de Salvador, bem como fornecer as informações
obtidas in situ, fundamentais para representar cartograficamente tais estágios sucessionais, foi
realizado o levantamento florístico e a análise fitossociológica das populações de plantas dos
seus fragmentos remanescentes.
2.2 METODOLOGIA
A fim de avaliar a vegetação da área de estudo, inicialmente, foi realizada a divisão da área a
ser estudada em 8 subáreas distintas. Essa subdivisão foi realizada com base nas imagens
RapidEye 2009, ortofotos 2010 e na malha viária da cidade de Salvador. Ademais, a
subdivisão visou facilitar o acesso, por via terrestre, aos remanescentes existentes nas
subáreas delimitadas que tiveram sua vegetação estudada in situ (Figuras 2 e 3 ). Além disso,
nas subáreas delimitadas, os remanescentes vistoriados in loco foram denominados de acordo
com a referência de sua localização, conforme tabela 4.
Para analisar a vegetação dos remanescentes, de acordo com as definições estabelecidas pela
Resolução CONAMA n° 05/1994, especificamente identificar os estágios de regeneração, foi
realizado o levantamento florístico através do método do caminhamento, onde foi coletado
todo o material botânico fértil (florido e/ou frutificado) com o auxílio de equipamentos como
podão e tesoura de poda. Além disso, foram anotados em tabela de campo específica as
características dos indivíduos de espécies de plantas como hábito, presença de exudados do
caule (resinas, látex, aromas), além de aspectos como textura da casca e/ou lenho, cor das
flores e tipos de frutos, quando presentes, para subsidiar a identificação do material botânico.
Para analisar a estrutura fitossociológica da vegetação, foi empregado o método das parcelas
conforme Mueller-Dombois & Ellemberg (1974), com parcelas retangulares de 10mx20m
37
(200m²) dispostas em transectos com distância aproximada de cem metros entre si, todas
georreferenciadas. Para a amostragem de todos os indivíduos vivos ou mortos em pé da
parcela, utilizou-se como critério de inclusão o diâmetro a altura do peito (DAP) igual ou
superior a cinco centímetros, medido no tronco a um metro e trinta do solo, com o objetivo de
incluir os indivíduos pertencentes aos estratos arbóreo e arbustivo, além da inclusão dos cipós
e palmeiras. Os indivíduos que apresentaram ramificações do tronco abaixo do DAP foram
mensurados separadamente e aqueles que registraram a ocorrência de sapopemas (raízes
tabulares) ou deformações no tronco foram medidos imediatamente acima destas. A altura dos
indivíduos foi medida com régua articulada de doze metros e para aqueles mais altos
empregou-se clinômetro óptico. Todos os indivíduos mensurados foram identificados com
plaqueta numerada permanente.
No laboratório, o material botânico coletado foi prensado e desidratado em estufa elétrica, em
seguida foi identificado com auxílio de bibliografia especializada tais como Martius
(1840/1906); Lewis, (1984); Hoehne (1940/53 e 1941); Fontella-Pereira (1984); Harley &
Mayo (1980); Mori & Boom (1981), Barbosa et. al. (1968) Lorenzi & Souza (2008), e/ou por
comparação com as coleções existentes no acervo dos herbários: Alexandre Leal Costa
(ALCB) UFBA, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, RADAM BRASIL–IBGE
(HRB). O sistema de classificação utilizado foi o APG III(Angiosperm Phylogeny Group)
2009.
Quanto ao procedimento fitossociológico, foram processados os dados estruturais dos
indivíduos amostrados conforme legislação pertinente (diâmetro do tronco e altura médios),
além da obtenção dos índices fitossociológicos absolutos e relativos como densidade,
freqüência e dominância e sintéticos como índice de valor de importância (IVI) e índice de
valor de cobertura (IVC), com emprego do programa FITOPAC (Shepherd, 1995) com
solução das fórmulas matemáticas de Mueller-Dombois & Ellemberg (1974). Também foi
obtida a diversidade específica dos fragmentos através do índice de Shannon (H‟) na base
logarítima natural segundo Pielou (1966). Os parâmetros citados acima foram utilizados para
tornar mais robustos os critérios empregados para a classificação dos estágios sucessionais.
38
Ainda, verificou-se se as espécies identificadas na área de estudo constavam na Lista Oficial
das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção, anexo I da Instrução Normativa nº
6, de 23 de Setembro de 2008, do Ministério do Meio Ambiente.
Tabela 4 – Lista dos remanescentes florestais analisados no Projeto Mata Atlântica de
Salvador, fevereiro a julho de 2011.
Remanescente Bairro Subárea
Alphaville I Patamares 6
Alphaville II Trobogy 7
Aterro Canabrava Canabrava 5
Aterro Metropolitano
Centro Ipitanga
8
Barragem Ipitanga I Ipitanga 8
Barragem Ipitanga II Ipitanga 8
Greenville Patamares 6
Loteamento Biribeira Patamares 6
Loteamento Patamares
(Carnaúba e Bicuíba) Patamares
6
Pedreira Aratu Ipitanga 8
Pedreira Carangi Ipitanga 8
Pedreira Valéria Valéria 8
Posto TIC BR-324-Cabula 1
Trobogy Trobogy 7
19° BC Cabula 2
Fonte: criada pelos autores, 2011
39
40
41
2.3 RESULTADOS
A avaliação florística e fitossociológica está registrada de forma individualizada para cada
remanescente estudado. Além disso, foi realizada para a cidade de Salvador uma avaliação
conjunta, a partir da análise integrada de todos os remanescentes.
2.3.1 Remanescente Alphaville I
No remanescente Alphaville I foram amostrados 178 indivíduos vivos e mortos ainda em pé
em uma área total de 0,14 ha. A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea,
com seus estratos diferenciados, altura média de 13,75 m e DAP médio de 17,11 cm. A
cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca
de 35m.
Foram registradas 21 famílias, 24 gêneros e 29 espécies incluindo lianas e a categoria morto.
No arranjo fitossociológico (tabela 5), as espécies de maior frequência foram Eschweilera
ovata, Himatanthus bracteatus, Schefflera morototoni e Tapirira guianensis. Com relação à
dominância absoluta destacam-se as espécies Ficus gomelleira, Pera glabrata, Simarouba
amara e Himatanthus bracteatus. As espécies com maior IVI foram: Himatanthus bracteatus,
Simarouba amara, Ficus gomelleira e Tapirira guianensis. Para esse remanescente foi
observado densidade absoluta de 1271,43 ind.ha-1
e índice de diversidade de Shannon-Wiener
de 3,123 nat.ind-1
.
Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a
concentração dos valores na classe >12 com 59,55% dos indivíduos (Gráfico 1). Para o
diâmetro, foi observado maior ocorrência na classe 8-18 com 39,89% seguido da classe >18
com 31,46% (Gráfico 2).
42
Tabela 5 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Alphaville I, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância
(IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1
); DR =
densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1
); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência
absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC = índice do
valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,14 ha-1
).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Himatanthus
bracteatus 32 228,57 17,98 4,63 9,18 85,71 6,52 33,68 27,16 0,65
Simarouba amara 8 57,14 4,49 6,39 12,66 57,14 4,35 21,50 17,15 0,89
Ficus gomelleira 5 35,71 2,81 7,05 13,98 57,14 4,35 21,14 16,79 0,99
Morto 16 114,29 8,99 2,08 4,12 100,0 7,61 20,72 13,11 0,29
Tapirira guianensis 12 85,71 6,74 3,79 7,52 71,43 5,43 19,69 14,26 0,53
Eschweilera ovata 15 107,14 8,43 1,67 3,31 85,71 6,52 18,25 11,73 0,23
Pera glabrata 3 21,43 1,69 6,99 13,85 28,57 2,17 17,71 15,54 0,98
Allophylus laevigatus 11 78,57 6,18 2,57 5,10 57,14 4,35 15,62 11,28 0,36
Elaeis guineensis 7 50,00 3,93 3,92 7,78 42,86 3,26 14,97 11,71 0,55
Schefflera
morototoni 10 71,43 5,62 0,70 1,38 71,43 5,43 12,44 7,00 0,10
Attalea burretiana 4 28,57 2,25 3,01 5,97 42,86 3,26 11,47 8,21 0,42
Myrsine umbellata 3 21,43 1,69 0,75 1,48 28,57 2,17 5,34 3,16 0,10
Syagrus coronata 4 28,57 2,25 0,40 0,79 28,57 2,17 5,21 3,04 0,06
Thyrsodium
spruceanum 3 21,43 1,69 0,10 0,20 42,86 3,26 5,14 1,88 0,01
Protium
heptaphyllum 4 28,57 2,25 0,36 0,72 28,57 2,17 5,14 2,96 0,05
Vochysia lucida 1 7,14 0,56 1,70 3,37 14,29 1,09 5,02 3,93 0,24
Desconhecido 01 4 28,57 2,25 0,14 0,27 28,57 2,17 4,69 2,52 0,02
Guazuma ulmifolia 2 14,29 1,12 0,68 1,35 28,57 2,17 4,64 2,47 0,10
Hirtella sp. 3 21,43 1,69 0,23 0,46 28,57 2,17 4,32 2,14 0,03
Psychotria
carthagenensis 3 21,43 1,69 0,14 0,28 28,57 2,17 4,14 1,97 0,02
Cupania sp. 3 21,43 1,69 0,10 0,19 28,57 2,17 4,05 1,87 0,01
43
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Inga thibaudiana 2 14,29 1,12 0,13 0,25 28,57 2,17 3,55 1,37 0,02
Polynadrococos
caudescens 2 14,29 1,12 0,11 0,21 28,57 2,17 3,51 1,33 0,01
Inga laurina 2 14,29 1,12 0,06 0,13 28,57 2,17 3,42 1,25 0,01
Cipó 2 14,29 1,12 0,04 0,08 28,57 2,17 3,38 1,21 0,01
Henriettea succosa 2 14,29 1,12 0,03 0,07 28,57 2,17 3,37 1,19 <0,01
Bysronima sericea 2 14,29 1,12 0,53 1,06 14,29 1,09 3,27 2,18 0,07
Ocotea pubescens 1 7,14 0,56 0,80 1,60 14,29 1,09 3,24 2,16 0,11
Attalea salvadorensis 1 7,14 0,56 0,68 1,34 14,29 1,09 2,99 1,90 0,09
Cordia sagotii 2 14,29 1,12 0,05 0,09 14,29 1,09 2,30 1,22 0,01
Hieronyma
alchorneoides 1 7,14 0,56 0,21 0,41 14,29 1,09 2,06 0,97 0,03
Ficus sp. 1 7,14 0,56 0,12 0,24 14,29 1,09 1,89 0,80 0,02
Zanthoxylum
rhoifolium 1 7,14 0,56 0,07 0,15 14,29 1,09 1,79 0,71 0,01
Inga ciliata 1 7,14 0,56 0,06 0,12 14,29 1,09 1,77 0,68 0,01
Chaetocarpus
echinocarpus 1 7,14 0,56 0,05 0,10 14,29 1,09 1,75 0,66 0,01
Myrcia silvatica 1 7,14 0,56 0,04 0,08 14,29 1,09 1,73 0,64 0,01
Swartzia apetala 1 7,14 0,56 0,03 0,05 14,29 1,09 1,70 0,61 <0,01
Guatteria sp. 1 7,14 0,56 0,03 0,05 14,29 1,09 1,70 0,61 <0,01
Pouteria ramiflora 1 7,14 0,56 0,02 0,04 14,29 1,09 1,69 0,60 <0,01
Total 178 1271,43 100 50,46 100 1314,29 100 300 200 7,06
44
Gráfico 1 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados
pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e
avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Alphaville I, Salvador-BA
fevereiro a julho de 2011.
Gráfico 2 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do
peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios
sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente
AlphavilleI, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.
45
No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Himatanthus bracteatus (janauba), Simarouba
amara (pau-paraiba), Ficus gomelleira (gameleira), Tapirira guianensis (pau-pombo),
Eschweilera ovata (biriba), Pera glabrata, Allophylus laevigatus, Elaeis guineensis (dendê),
Schefflera morototoni (matatauba), Attalea burretiana (indaiá), Myrsine umbellata
(pororoca), Syagrus coronata (licuri), Protium heptaphyllum (amescla), Thyrsodium
spruceanum, Vochysia lucida (pau-de-tucano), Guazuma ulmifolia, Psychotria
carthagenensis, Inga thibaudiana (ingá), Polynadrococos caudescens, Inga laurina (ingá),
Henriettea succosa, Byrsonima sericea (murici), Ocotea pubescens, Attalea salvadorensis,
Cordia sagotii, Hieronyma alchorneoides, Zanthoxylum rhoifolium, Inga ciliata,
Chaetocarpus echinocarpus, Myrcia silvatica, Swartzia apetala e Pouteria ramiflora.
No subosque encontram-se indivíduos jovens do estrato arbóreo além de indivíduos dos
gêneros, Vismia, Miconia, Clidemia, Cordia, Elaeis, Myrcia, Syagrus, Guettarda, Allophylus,
Erythroxulum e Desmoncus polyacanthos (titara). No herbáceo destacam-se Poaceae com o
gênero Olyra, Heliconia psittacorum, Stromanthe porteana, Piper spp, Scleria bracteata,
Rhynchospora cephalotes, Oeceoclades maculata e indivíduos jovens das famílias
Araliaceae, Fabaceae, Myrtaceae, Boraginaceae, Melastomataceae, Arecaceae e Sapindaceae.
Na área ocorrem poucas trepadeiras e lianas, entre elas o Lygodium volubile, Philodendron
acutatum, Philodendron bipinnatifidum, Cissus erosa, Passiflora edmundoi, Vanilla sp,
Davilla spp, Dioscorea sp, além de indivíduos das Monilófitas.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre na extensão de 25,24 hectares
nesse remananescente, que corresponde ao estágio médio de regeneração. Assim, a mata
existente na área de Alphaville I é um remanescente de Floresta Ombrófila Densa, Mata
Atlântica, com predominância de vegetação secundária em estágio médio de regeneração,
definido conforme a Resolução CONAMA 005/1994.
46
Alphaville I, Vista geral da vegetação.
Remanescente Alphaville I, estrato arbóreo
47
48
2.3.2 Remanescente Alphaville II
No remanescente Alphaville II foram amostrados 53 indivíduos em uma área total de 0,04 ha.
A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea, com seus estratos
diferenciados, altura média de 8,86 m e DAP médio de 12,48 cm. A cobertura arbórea é
predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca de 15 m.
Foram registradas 14 famílias, 14 gêneros e 17 espécies. No arranjo fitossociológico (tabela
6), as espécies de maior frequência foram Tapirira guianensis, Siparuna guianensis,
Schefflera morototoni, Miconia prasina e Allophylus laevigatus. Com relação à dominância
absoluta destacam-se as espécies Tapirira guianensis, Attalea burretiana, Schefflera
morototoni e Himatanthus bracteatus. As espécies com maior IVI foram: Tapirira guianensis,
Schefflera morototoni, Miconia minutiflora, Attalea burretiana e Himatanthus bracteatus.
Para esse remanescente foi observado densidade absoluta de 1325 ind.ha-1
e índice de
diversidade de Shannon-Wiener de 2,53 nat.ind-1
.
Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada
maior concentração dos valores na classe 5-12 com 77,36 % dos indivíduos (gráfico 3). Para
o diâmetro, a maior frequência observada na classe <8 com 45,28% respectivamente (gráfico
4).
Tabela 6 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Alphaville II, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância
(IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1
); DR =
densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1
); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência
absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC = índice do
valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,04 ha-1
).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Tapirira guianensis 8 200 15,09 4,89 20,75 100 9,09 44,93 35,84 0,2
Schefflera morototoni 6 150 11,32 4,2 17,84 100 9,09 38,25 29,16 0,2
Miconia minutiflora 11 275 20,75 1,98 8,42 50 4,55 33,72 29,17 0,08
Attalea burretiana 1 25 1,89 4,42 18,75 50 4,55 25,18 20,64 0,18
49
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Himatanthus
bracteatus 3 75 5,66 2,99 12,71 50 4,55 22,92 18,37 0,12
Siparuna guianensis 4 100 7,55 0,34 1,46 100 9,09 18,1 9,01 0,01
Protium heptaphyllum 4 100 7,55 0,92 3,89 50 4,55 15,99 11,44 0,04
Allophylus laevigatus 2 50 3,77 0,18 0,78 100 9,09 13,65 4,56 0,01
Miconia prasina 2 50 3,77 0,16 0,69 100 9,09 13,55 4,46 0,01
Luehea divaricata 2 50 3,77 1,07 4,55 50 4,55 12,87 8,32 0,04
Casearia
commersoniana 2 50 3,77 0,82 3,48 50 4,55 11,8 7,25 0,03
Inga sp. 2 50 3,77 0,43 1,84 50 4,55 10,15 5,61 0,02
Coccoloba mollis 2 50 3,77 0,22 0,94 50 4,55 9,26 4,71 0,01
Inga thibaudiana 1 25 1,89 0,65 2,77 50 4,55 9,2 4,66 0,03
Desconhecido 01 1 25 1,89 0,11 0,46 50 4,55 6,9 2,35 <0,01
Eschweilera ovata 1 25 1,89 0,09 0,37 50 4,55 6,8 2,26 <0,01
Byrsonima sericea 1 25 1,89 0,07 0,31 50 4,55 6,74 2,19 <0,01
Total 53 1325 100 23,54 100 100 100 300 200 0,9416
Gráfico 3 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados
pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e
avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Alphaville II, Salvador-BA
fevereiro a julho de 2011.
50
Gráfico 4 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do
peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios
sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente
Alphaville II, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.
No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Tapirira guianensis (pau-pombo), Schefflera
morototoni (matatauba), Miconia minutiflora, Attalea burretiana (indaiá), Himatanthus
bracteatus (janauba), Siparuna guianensis, Protium heptaphyllum (amescla), Allophylus
laevigatus, Miconia prasina, Luehea divaricata, Casearia commersoniana, Coccoloba mollis,
Inga thibaudiana (ingá), Eschweilera ovata (biriba) e Byrsonima sericea (murici).
No subosque encontram-se indivíduos jovens do estrato arbóreo além de Protium
heptaphyllum, Himatanthus bracteatus, Eschweilera ovata, Schefflera morototoni, Xylopia
sericea e Siparuna guianensis. No estrato herbáceo destacam-se Olyra latifolia, Heliconia
psittacorum, Piper spp, Scleria bracteata, Cordia sp, Clidemia spp, Psychotria sp e espécies
de Monilófitas. Das trapadeiras e lianas destacam-se Philodendron spp e espécies das famílias
Sapindaceae, Apocynaceae, Asteraceae, Convolvulaceae e Malpighiaceae.
51
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em toda extensão desse
remanescente 9,18ha, que corresponde ao estágio médio de regeneração e não foram
registrados os estágios inicial e avançado. Assim, a mata existente no remanescente
Alphaville II é Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica, com a vegetação secundária em
estágio médio de regeneração, definido conforme a Resolução CONAMA 005/1994.
52
Remanescente Alphaville II, estrato arbóreo, interior do fragmento.
Remanescente Alphaville II, subosque
53
54
2.3.3 Remanescente Aterro Canabrava
No remanescente Aterro Canabrava foram amostrados 319 indivíduos vivos e mortos ainda
em pé, em uma área total de 0,24 ha. A mata existente possui fisionomia predominantemente
arbórea, com seus estratos diferenciados, altura média de 9,12 m e DAP médio de 13,26 cm.
A cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo
cerca de 30 m.
Foram registradas 31 famílias, 38 gêneros e 43 espécies incluindo lianas e a categoria morto.
No arranjo fitossociológico (tabela 7), as espécies de maior frequência foram Tapirira
guianensis, Himatanthus bracteatus, Henriettea succosa e Byrsonima sericea (tabela 1). Com
relação à dominância absoluta destacam-se as espécies Tapirira guianensis, Vochysia lucida,
Himatanthus bracteatus e Stryphnodendron pulcherrimum. Aquelas espécies com maior IVI
foram: Himatanthus bracteatus, Tapirira guianensis, Byrsonima sericea, Henriettea succosa,
Vochysia lucida, Stryphnodendron pulcherrimum, Schefflera morototoni e Simarouba amara.
Para esse remanescente foi observado densidade absoluta de 1329 ind.ha-1
e índice de
diversidade de Shannon-Wiener de 3,164 nat.ind-1
.
Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a
concentração dos valores na classe 5-12m com 67,40 % dos indivíduos (gráfico 5). Para o
diâmetro, foi observada distribuição relativamente uniforme nas classes <8 e 8-18 com 41,38
e 37,93 % respectivamente (gráfico 6).
55
Tabela 7 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Canabrava, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância
(IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1
); DR =
densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1
); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência
absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR)(%); IVC = índice
do valor de cobertura (DR +DoR)(%); AB = área basal (m².0,24 ha-1
).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Himatanthus
bracteatus 54 225,00 16,93 3,79 12,51 91,67 7,97 37,47 29,44 0,91
Tapirira guianensis 33 137,50 10,34 5,01 16,55 91,67 7,97 34,92 26,89 1,20
Byrsonima sericea 26 108,33 8,15 1,61 5,33 66,67 5,80 19,32 13,48 0,39
Henriettea succosa 29 120,83 9,09 0,99 3,29 66,67 5,80 18,22 12,38 0,24
Vochysia lucida 5 20,83 1,57 4,16 13,74 16,67 1,45 16,76 15,3 1,00
Morto 14 58,33 4,39 0,77 2,55 83,33 7,25 14,24 6,94 0,18
Stryphnodendron
pulcherrimum 3 12,50 0,94 3,52 11,63 16,67 1,45 14,03 12,57 0,84
Schefflera
morototoni 9 37,50 2,82 1,21 4 41,67 3,62 10,47 6,82 0,29
Simarouba amara 11 45,83 3,45 1,1 3,64 33,33 2,90 10,01 7,09 0,26
Pera glabrata 6 25,00 1,88 1,43 4,72 25,00 2,17 8,79 6,6 0,34
Eschweilera ovata 7 29,17 2,19 0,72 2,39 41,67 3,62 8,24 4,59 0,17
Protium
heptaphyllum 9 37,50 2,82 0,34 1,11 41,67 3,62 7,58 3,93 0,08
Miconia sp. 12 50,00 3,76 0,18 0,61 33,33 2,90 7,29 4,37 0,04
Erythroxylum
citrifolium 10 41,67 3,13 0,14 0,46 41,67 3,62 7,25 3,6 0,03
Attalea sp. 4 16,67 1,25 1,06 3,51 16,67 1,45 6,23 4,77 0,25
Syagrus coronata 6 25,00 1,88 0,82 2,69 16,67 1,45 6,03 4,57 0,20
Bactris ferruginea 7 29,17 2,19 0,19 0,62 33,33 2,90 5,73 2,82 0,05
Myrsine umbellata 8 33,33 2,51 0,26 0,87 25,00 2,17 5,57 3,38 0,06
Thyrsodium
spruceanum 10 41,67 3,13 0,29 0,95 16,67 1,45 5,55 4,09 0,07
Inga laurina 6 25,00 1,88 0,37 1,22 16,67 1,45 5,13 3,67 0,09
Desconhecida 01 3 12,50 0,94 0,25 0,82 25,00 2,17 3,95 1,76 0,06
56
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Inga thibaudiana 4 16,67 1,25 0,11 0,38 25,00 2,17 3,72 1,53 0,03
Cipó 4 16,67 1,25 0,08 0,27 25,00 2,17 3,65 1,46 0,02
Myrtaceae sp. 4 16,67 1,25 0,06 0,21 25,00 2,17 3,46 2 0,01
Curatella americana 4 16,67 1,25 0,23 0,75 16,67 1,45 3,31 1,85 0,06
Desconhecida 02 2 8,33 0,63 0,37 1,23 16,67 1,45 2,67 1,21 0,09
Coccoloba mollis 3 12,50 0,94 0,08 0,27 16,67 1,45 2,66 1,2 0,02
Cordia pilosa 3 12,50 0,94 0,08 0,26 16,67 1,45 2,6 1,14 0,02
Gochnatia
oligocephala 3 12,50 0,94 0,06 0,2 16,67 1,45 2,55 1,09 0,01
Kielmeyera neglecta 3 12,50 0,94 0,05 0,15 16,67 1,45 2,51 1,05 0,01
Allophylus laevigatus 2 8,33 0,63 0,09 0,29 16,67 1,45 2,37 0,91 0,02
Psychotria
carthagenensis 2 8,33 0,63 0,08 0,25 16,67 1,45 2,34 0,88 0,02
Moldenhawera
blanchetiana 1 4,17 0,31 0,32 1,05 8,33 0,72 2,09 1,36 0,08
Siparuna guianensis 2 8,33 0,63 0,03 0,1 8,33 0,72 1,46 0,73 0,01
Cupania rugosa 1 4,17 0,31 0,11 0,37 8,33 0,72 1,41 0,68 0,03
Xylopia sericea 1 4,17 0,31 0,07 0,24 8,33 0,72 1,29 0,56 0,02
Pogonophora
schomburgkiana 1 4,17 0,31 0,06 0,2 8,33 0,72 1,24 0,51 0,01
Ficus sp. 1 4,17 0,31 0,05 0,18 8,33 0,72 1,22 0,49 0,01
Abarema
cochliacarpos 1 4,17 0,31 0,04 0,15 8,33 0,72 1,19 0,46 0,01
Clusia nemorosa 1 4,17 0,31 0,03 0,09 8,33 0,72 1,14 0,41 0,01
Miconia prasina 1 4,17 0,31 0,01 0,05 8,33 0,72 1,09 0,36 <0,01
Ocotea glomerata 1 4,17 0,31 0,01 0,04 8,33 0,72 1,09 0,36 <0,01
Guarea guidonea 1 4,17 0,31 0,01 0,04 8,33 0,72 1,08 0,35 <0,01
Brosimum lactescens 1 4,17 0,31 0,01 0,04 8,33 0,72 1,08 0,35 <0,01
Total 319 1329 100 30 100 150 100 300 200 7,26
57
Gráfico 5 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados
pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e
avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Aterro Canabrava, Salvador-
BA fevereiro a julho de 2011.
Gráfico 6 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do
peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios
sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente
Aterro Canabrava, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.
58
No estrato arbóreo ocorreram as espécies Himatanthus bracteatus (janaúba), Tapirira
guianensis (pau-pombo), Byrsonima sericea (muricí), Henriettea succosa (mundururu),
Vochysia lucida (pau-de-tucano), Stryphnodendron pulcherrimum, Schefflera morototoni
(matataúba) e Simarouba amara (pau-paraíba), Pera glabrata (sete-capote), Eschweilera
ovata (biriba), Protium heptaphyllum (amescla), Erythroxylum citrifolium, Syagrus coronata
(licuri), Bactris ferruginea (mané-veio), Myrsine umbellata (pororoca), Thyrsodium
spruceanum (caboatã-de-leite), Inga laurina (ingá), Curatella americana (lixeira), Coccoloba
mollis, Cordia pilosa, Gochnatia oligocephala, Kielmeyera neglecta, Allophylus laevigatus
(xau-xau), Psychotria carthagenensis, Moldenhawera blanchetiana, Siparuna guianensis,
Cupania rugosa (caboatã), Xylopia sericea, Pogonophora schomburgkiana, Abarema
cochliacarpos (barbatimão), Clusia nemorosa, Ocotea glomerata (louro), Miconia prasina
(mundururu), Brosimum lactescens e Guarea guidonea.
No subosque encontram-se indivíduos jovens do estrato arbóreo além de indivíduos dos
gêneros, Vismia, Miconia, Clidemia, Cordia, Elaeis, Myrcia, Syagrus, Guettarda, Allophylus
e Erythroxylum. No estrato herbáceo destacam-se Poaceae com o gênero Olyra,
Lecythidaceae, Burseraceae, Orchidaceae (Oeceoclades), Heliconia. Entre as epífitas,
destacam-se espécies Philodendron acutatum (imbé), Philodendron bipinnatifidum, Monstera
adansonii, Bromeliaceae e representantes de Monilophytas (Lygodium volubile, Nephrolepis
cf. pendula). As trepadeiras e lianas são representadas principalmente pelas famílias
Sapindaceae, Menispermaceae, Dilleniaceae, Cucurbitaceae e Convolvulaceae.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em cerca de 34 hectares deste
remananescente, que corresponde ao estágio médio de regeneração. Além disso, foram
identificados trechos com fisionomia herbácea/arbustiva de porte baixo, com altura média de
4,3 m e DAP médio de 6,54 cm, que corresponde ao estágio inicial de regeneração com
cobertura de cerca de 4 hectares. Ainda foram identificados trechos com a fisionomia arbórea
dominante em relação às demais, formando um dossel fechado e relativamente uniforme no
porte, com altura média de 12,44 m e DAP médio de 26,37 cm, além da ocorrência de
espécies como: Simarouba amara, Ocotea glomerata e Inga laurina que caracterizam estágio
avançado de regeneração de três trechos perfazendo uma cobertura de aproximados 0,2 ha.
59
Assim, a mata existente na área do Aterro Canabrava é um remanescente de Floresta
Ombrófila Densa, Mata Atlântica, com a vegetação secundária nos três estágios sucessionais,
definidos conforme a Resolução CONAMA 005/1994. Entretanto, há predominância da
vegetação secundária no estágio médio de regeneração.
60
Remanescente Aterro Canabrava, Vista geral da vegetação.
Remanescente Aterro Canabrava, Vegetação Arbórea.
61
62
2.3.4 Remanescente Aterro Metropolitano Centro
No remanescente Aterro Metropolitano Centro foram amostrados 144 indivíduos vivos e
mortos ainda em pé, em uma área total de 0,08 ha. A mata existente possui fisionomia
predominantemente arbórea, com seus estratos diferenciados, altura média de 9,56 m e DAP
médio de 9,59 cm. A cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos
emergentes atingindo uma altura média de 17 m.
Foram registradas 21 famílias, 26 gêneros e 30 espécies incluindo lianas e a categoria morto.
No arranjo fitossociológico (tabela 8), as espécies de maior frequência foram Tapirira
guianensis e Himatanthus bracteatus com 100% cada, seguidas de Simaba cedron, Henriettea
succosa e Byrsonima sericea com 75% cada. Com relação à dominância absoluta destacam-se
as espécies Tapirira guianensis, Attalea burretiana, Kielmeyera neglecta, Henriettea succosa
e Thyrsodium spruceanum. Aquelas espécies com maior IVI foram: Tapirira guianensis,
Thyrsodium spruceanum, Henriettea succosa, Kielmeyera neglecta e Himatanthus bracteatus.
Para esse remanescente foi observado densidade absoluta de 1800 ind.ha-1
e índice de
diversidade de Shannon-Wiener de 2,651 nat.ind-1
.
Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a
concentração dos valores na classe 5-12m com 61,11% dos indivíduos (gráfico 7). Para o
diâmetro, foi observada maior distribuição na classes <8 com 51,39% seguido da classe com
8-18 com 40,20% (gráfico 8).
63
Tabela 8 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Aterro Metropolitano Centro, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor
de importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta
(ind.ha-1
); DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1
); DoR = dominância relativa (%);
FA = frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR)
IVC = índice do valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,08 ha-1
).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Tapirira guianensis 30 375,0 20,83 5,16 29,06 100,0 8,51 58,40 49,89 0,41
Thyrsodium
spruceanum 31 387,5 21,53 1,69 9,55 50,00 4,26 35,33 31,07 0,14
Henriettea succosa 16 200,0 11,11 1,72 9,69 75,00 6,38 27,18 20,80 0,14
Kielmeyera neglecta 9 112,5 6,25 2,00 11,28 50,00 4,26 21,79 17,53 0,16
Himatanthus
bracteatus 9 112,5 6,25 1,04 5,84 100,0 8,51 20,60 12,09 0,08
Attalea burretiana 2 25,00 1,39 2,08 11,69 50,00 4,26 17,34 13,08 0,17
Byrsonima sericea 4 50,00 2,78 1,23 6,93 75,00 6,38 16,09 9,70 0,10
Simaba cedron 3 37,50 2,08 0,10 0,59 75,00 6,38 9,06 2,67 0,01
Psychotria
carthagenensis 5 62,50 3,47 0,50 2,82 25,00 2,13 8,42 6,29 0,04
Eugenia cyclophylla 4 50,00 2,78 0,22 1,27 50,00 4,26 8,30 4,05 0,02
Jacaranda obovata 4 50,00 2,78 0,18 1,01 50,00 4,26 8,04 3,79 0,01
Curatella americana 2 25,00 1,39 0,49 2,76 25,00 2,13 6,28 4,15 0,04
Morto 3 37,50 2,08 0,16 0,88 25,00 2,13 5,09 2,96 0,01
Vismia guianensis 3 37,50 2,08 0,10 0,58 25,00 2,13 4,79 2,66 0,01
Simarouba amara 2 25,00 1,39 0,12 0,70 25,00 2,13 4,22 2,09 0,01
Eschweilera ovata 2 25,00 1,39 0,10 0,59 25,00 2,13 4,11 1,98 0,01
Myrcia splendens 2 25,00 1,39 0,07 0,37 25,00 2,13 3,89 1,76 0,01
Polyandrococos
caudescens 1 12,50 0,69 0,18 1,04 25,00 2,13 3,86 1,73 0,01
Chomelia anisomeris 1 12,50 0,69 0,10 0,55 25,00 2,13 3,38 1,25 0,01
Casearia
commersoniana 1 12,50 0,69 0,09 0,50 25,00 2,13 3,33 1,20 0,01
Protium heptaphyllum 1 12,50 0,69 0,08 0,48 25,00 2,13 3,30 1,17 0,01
Myrcia silvatica 1 12,50 0,69 0,07 0,41 25,00 2,13 3,23 1,10 0,01
64
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Abarema filamentosa 1 12,50 0,69 0,04 0,24 25,00 2,13 3,06 0,93 <0,01
Schefflera morototoni 1 12,50 0,69 0,04 0,21 25,00 2,13 3,04 0,91 <0,01
Ficus sp. 1 12,50 0,69 0,03 0,18 25,00 2,13 3,00 0,88 <0,01
Bowdichia virgilioides 1 12,50 0,69 0,03 0,18 25,00 2,13 3,00 0,88 <0,01
Miconia holosericea 1 12,50 0,69 0,03 0,17 25,00 2,13 2,99 0,87 <0,01
Cipó 1 12,50 0,69 0,03 0,16 25,00 2,13 2,98 0,86 <0,01
Stryphnodendron
pulcherrimum 1 12,50 0,69 0,03 0,15 25,00 2,13 2,97 0,85 <0,01
Miconia prasina 1 12,50 0,69 0,02 0,13 25,00 2,13 2,95 0,82 <0,01
Total 144 1800 100 17,74 100 1175 100 300 200 1,42
Gráfico 7 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados
pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e
avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Aterro Metropolitano Centro,
Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.
65
Gráfico 8 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do
peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios
sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente
Aterro Metropolitano Centro, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.
No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Tapirira guianensis (pau-pombo), Thyrsodium
spruceanum, Henriettea succosa, Kielmeyera neglecta, Himatanthus bracteatus (janauba),
Attalea burretiana (indaiá), Byrsonima sericea (murici), Simaba cedron, Psychotria
carthagenensis, Eugenia cyclophylla, Jacaranda obovata, Curatella americana (lixeira),
Vismia guianensis, Simarouba amara (pau-paraiba), Eschweilera ovata (biriba), Myrcia
splendens, Chomelia anisomeris, Casearia commersoniana, Protium heptaphyllum (amescla),
Myrcia silvatica, Abarema filamentosa, Schefflera morototoni (matataúba), Bowdichia
virgilioides (sucupira), Miconia holosericea, Stryphnodendron pulcherrimum e Miconia
prasina.
No estrato herbáceo encontram-se Olyra latifolia, Heliconia psittacorum, Oeceoclades
maculata, Stromanthe porteana, Piper spp, Scleria bracteata, Rhynchospora cephalotes e
indivíduos jovens das famílias Fabaceae, Myrtaceae, Boraginaceae, Dilleniaceae,
Melastomataceae, Arecaceae, Sapindaceae, Bromeliaceae. Dentre as trepadeiras e lianas
destacam-se espécies dos gêneros Davilla, Tetraceara, Lygodium, Serjania.
66
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre na extensão aproximada de 66
hectares. Assim, a mata existente na área da Aterro Metropolitano Centro é um remanescente
de Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica, com predominância de vegetação secundária
em estágio médio de regeneração, definido conforme a Resolução CONAMA 005/1994.
67
Remanescente Aterro Metropolitano Centro, Vista geral da vegetação.
Remanescente Aterro Metropolitano Centro, estrato arbóreo.
68
69
2.3.5 Remanescente Barragem de Ipitanga I
No remanescente Barragem de Ipitanga I foram amostrados 95 indivíduos vivos e mortos
ainda em pé em uma área total de 0,08 ha. A mata existente possui fisionomia
predominantemente arbórea, com seus estratos diferenciados, altura média de 10,24 m e DAP
médio de 13,46 cm. A cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos
emergentes atingindo cerca de 28 m.
Foram registradas 19 famílias, 21 gêneros e 26 espécies incluindo lianas e a categoria morto.
No arranjo fitossociológico (tabela 9), as espécies de maior frequência Himatanthus
bracteatus com 100%, seguida de Tapirira guianensis e Simarouba amara com 75%. Com
relação à dominância absoluta destacam-se as espécies Bowdichia virgilioides, Tapirira
guianensis, Himatanthus bracteatus, Artocarpus heterophyllus e Schefflera morototoni. As
espécies com maior IVI foram: Himatanthus bracteatus, Tapirira guianensis, Bowdichia
virgilioides e Henriettea succosa. Para esse remanescente foi observada densidade absoluta de
1188 ind.ha-1
e índice de diversidade de Shannon-Wiener de 2,967 nat.ind-1
.
Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada
maior concentração dos valores nas classe 5-12 com 52,63 % e >12 com 37,89% dos
indivíduos (gráfico 9). Para o diâmetro, foi observado distribuição uniforme nas classes <8 e
8-18 com 40,00% (gráfico 10).
Tabela 9 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Barragem de Ipitanga I, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1
);
DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1
); DoR = dominância relativa (%); FA =
frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR) IVC =
índice do valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,08 ha-1
).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Himatanthus bracteatus 12 150,00 12,63 2,67 9,60 100,00 9,09 31,32 22,23 0,21
Tapirira guianensis 9 112,50 9,47 3,94 14,15 75,00 6,82 30,44 23,62 0,32
70
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Bowdichia virgilioides 2 25,00 2,11 6,50 23,32 50,00 4,55 29,97 25,43 0,52
Morto 7 87,50 7,37 0,92 3,32 75,00 6,82 17,51 10,69 0,07
Henriettea succosa 9 112,50 9,47 0,94 3,36 50,00 4,55 17,38 12,84 0,07
Schefflera morototoni 3 37,50 3,16 2,40 8,60 50,00 4,55 16,30 11,76 0,19
Ocotea sp. 3 37,50 3,16 2,32 8,34 50,00 4,55 16,05 11,50 0,19
Simarouba amara 4 50,00 4,21 1,21 4,35 75,00 6,82 15,38 8,56 0,10
Thyrsodium spruceanum 7 87,50 7,37 0,72 2,59 50,00 4,55 14,50 9,96 0,06
Myrsine umbellata 6 75,00 6,32 0,98 3,50 50,00 4,55 14,37 9,82 0,08
Artocarpus heterophyllus 1 12,50 1,05 2,51 9,03 25,00 2,27 12,35 10,08 0,20
Myrcia splendens 4 50,00 4,21 0,13 0,47 50,00 4,55 9,23 4,68 0,01
Cordia sagotii 5 62,50 5,26 0,43 1,55 25,00 2,27 9,09 6,82 0,03
Protium heptaphyllum 4 50,00 4,21 0,49 1,77 25,00 2,27 8,25 5,98 0,04
Cipó 3 37,50 3,16 0,09 0,33 50,00 4,55 8,03 3,49 0,01
Miconia minutiflora 2 25,00 2,11 0,10 0,36 50,00 4,55 7,01 2,47 0,01
Simaba cedron 3 37,50 3,16 0,12 0,43 25,00 2,27 5,86 3,58 0,01
Byrsonima sericea 2 25,00 2,11 0,26 0,93 25,00 2,27 5,31 3,03 0,02
Attalea burretiana 1 12,50 1,05 0,52 1,85 25,00 2,27 5,18 2,90 0,04
Abarema filamentosa 2 25,00 2,11 0,06 0,22 25,00 2,27 4,60 2,33 <0,01
Curatella americana 1 12,50 1,05 0,20 0,72 25,00 2,27 4,04 1,77 0,02
Guatteria sp. 1 12,50 1,05 0,12 0,44 25,00 2,27 3,76 1,49 0,01
Cupania rugosa 1 12,50 1,05 0,07 0,24 25,00 2,27 3,57 1,29 0,01
Miconia prasina 1 12,50 1,05 0,06 0,22 25,00 2,27 3,55 1,28 <0,01
Myrcia silvatica 1 12,50 1,05 0,06 0,21 25,00 2,27 3,53 1,26 <0,01
Miconia sp. 1 12,50 1,05 0,03 0,10 25,00 2,27 3,42 1,15 <0,01
Total 95 1188 100 27,85 100 1100 100 300 200 2,23
71
Gráfico 9 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados
pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e
avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Barragem Ipitanga I,
Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.
Gráfico 10 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do
peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios
sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente
Barragem Ipitanga I, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.
72
No estrato arbóreo ocorreram Himatanthus bracteatus (janaúba), Tapirira guianensis (pau-
pombo), Bowdichia virgiloides (sucupira), Henriettea succosa, Schefflera morototoni
(matataúba), Simarouba amara (pau-paraíba), Thyrsodium spruceanum, Myrsine umbellata
(pororoca), Artocarpus heterophyllus, Myrcia splendens, Cordia sagotii, Protium
heptaphyllum (amescla), Miconia minutiflora, Simaba cedron, Byrsonima sericea (murici),
Attalea burretiana, Abarema filamentosa, Curatella americana (lixeira), Cupania rugosa,
Miconia prasina e Myrcia silvatica.
No estrato herbáceo encontram-se Olyra latifolia, Heliconia psittacorum, Oeceoclades
maculata, Stromanthe porteana, Piper spp, Scleria bracteata, Rhynchospora cephalotes,
indivíduos jovens das famílias Fabaceae, Myrtaceae, Boraginaceae, Dilleniaceae,
Melastomataceae, Arecaceae, Sapindaceae e Bromeliaceae. Dentre as trepadeiras e lianas
destacam-se espécies dos gêneros Davilla, Tetraceara, Lygodium e Serjania.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre nesse remananescente, que
corresponde ao estágio médio de regeneração e não foram registrados in situ os estágios
inicial e avançado. Assim, a mata existente no remanescente situado margem esquerda do
eixo da Barragem de Ipitanga I é vegetação secundária de Floresta Ombrófila Densa, Mata
Atlântica, em estágio médio de regeneração, definido conforme a Resolução CONAMA
005/1994.
73
Remanescente Barragem de Ipitanga I, Espelho d‟água com vegetação do entorno.
Remanescente Barragem de Ipitanga I, Estrato arbóreo, tronco de pau paraíba no interior do
fragmento.
74
Vista geral: eixo, espelho d‟água e vegetação do entorno.
Subosque.
75
2.3.6 Remanescente Barragem de Ipitanga II
No remanescente Barragem de Ipitanga II foram amostrados 96 indivíduos vivos e mortos
ainda em pé, em uma área total de 0,06 ha. A mata existente possui fisionomia
predominantemente arbórea, com seus estratos diferenciados, altura média de 11,70 m e DAP
médio de 11,20 cm. A cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos
emergentes atingindo cerca de 15 m.
Foram registradas 19 famílias, 23 gêneros e 27 espécies incluindo a categoria morto. No
arranjo fitossociológico (tabela 10), as espécies de maior frequência foram Tapirira
guianensis, Himatanthus bracteatus, Byrsonima sericea com 100% de frequência, seguidas
de Schefflera morototoni e Pera glabrata com 66,67%. Para os índices dominância absoluta e
IVI, foram repetidos a mesma ordem das espécies acima. Para esse remanescente foi
observado densidade absoluta de 1600 ind.ha-1
e índice de diversidade de Shannon-Wiener de
2,59 nat.ind-1
.
Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada
maior concentração dos valores nas classes >12 com 56,25% e 5-12 com 39,58 % dos
indivíduos (gráfico 11). Para o diâmetro, foi observada distribuição relativamente uniforme
nas classes <8 e 8-18 com 44,79 e 41,67% respectivamente (gráfico 12).
Tabela 10 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Barragem de Ipitanga II, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1
);
DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1
); DoR = dominância relativa (%); FA =
frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC =
índice do valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,06 ha-1
).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Tapirira guianensis 17 283,3 17,71 8,52 40,05 100 8,33 66,09 57,76 0,51
Byrsonima sericea 22 366,7 22,92 4,33 20,36 100 8,33 51,61 43,28 0,26
Himatanthus
bracteatus 11 183,3 11,46 2,03 9,54 100 8,33 29,33 21 0,12
76
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Schefflera morototoni 11 183,3 11,46 1,45 6,81 66,67 5,56 23,82 18,27 0,09
Pera glabrata 5 83,3 5,21 1,28 6,04 66,67 5,56 16,8 11,25 0,08
Myrcia sp. 4 66,7 4,17 0,16 0,75 66,67 5,56 10,47 4,91 0,01
Vismia guianensis 1 16,7 1,04 0,93 4,36 33,33 2,78 8,18 5,4 0,06
Kielmeyera neglecta 1 16,7 1,04 0,61 2,85 33,33 2,78 6,66 3,89 0,04
Cecropia
pachystachya 2 33,3 2,08 0,35 1,65 33,33 2,78 6,51 3,74 0,02
Morto 2 33,3 2,08 0,12 0,57 33,33 2,78 5,43 2,66 0,01
Inga ciliata 2 33,3 2,08 0,09 0,41 33,33 2,78 5,27 2,49 0,01
Myrtaceae 01 2 33,3 2,08 0,06 0,3 33,33 2,78 5,16 2,38 <0,01
Myrcia splendens 2 33,3 2,08 0,06 0,3 33,33 2,78 5,16 2,38 <0,01
Bowdichia virgilioides 1 16,7 1,04 0,24 1,14 33,33 2,78 4,96 2,18 0,02
Eschweilera ovata 1 16,7 1,04 0,23 1,1 33,33 2,78 4,92 2,14 0,01
Simarouba amara 1 16,7 1,04 0,16 0,76 33,33 2,78 4,58 1,81 <0,01
Miconia holosericea 1 16,7 1,04 0,09 0,45 33,33 2,78 4,26 1,49 <0,01
Allophylus laevigatus 1 16,7 1,04 0,09 0,41 33,33 2,78 4,23 1,46 <0,01
Abarema
cochliacarpos 1 16,7 1,04 0,07 0,33 33,33 2,78 4,15 1,37 <0,01
Henriettea succosa 1 16,7 1,04 0,06 0,3 33,33 2,78 4,12 1,34 <0,01
Syagrus botryophora 1 16,7 1,04 0,06 0,29 33,33 2,78 4,11 1,33 <0,01
Inga sp. 1 16,7 1,04 0,06 0,27 33,33 2,78 4,09 1,32 <0,01
Gochnatia
oligocephala 1 16,7 1,04 0,05 0,24 33,33 2,78 4,06 1,28 <0,01
Coccoloba mollis 1 16,7 1,04 0,05 0,22 33,33 2,78 4,04 1,26 <0,01
Protium heptaphyllum 1 16,7 1,04 0,04 0,2 33,33 2,78 4,01 1,24 <0,01
Simaba cedron 1 16,7 1,04 0,03 0,16 33,33 2,78 3,98 1,2 <0,01
Cupania sp. 1 16,7 1,04 0,03 0,15 33,33 2,78 3,97 1,19 <0,01
Total 96 1600 100 21,27 100 1200 100 300 200 1,276
77
Gráfico 11 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados
pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e
avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Barragem Ipitanga II,
Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.
Gráfico 12 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro da altura
do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios
sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente
Barragem Ipitanga II, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.
78
No estrato arbóreo ocorreram Tapirira guianensis (pau-pombo), Byrsonima sericea (murici),
Himatanthus bracteatus (janaúba), Schefflera morototoni (matataúba), Pera glabrata, Vismia
guianensis, Kielmeyera neglecta, Cecropia pachystachya, Inga ciliata, Myrcia splendens,
Bowdichia virgiloides (sucupira), Eschweilera ovata (biriba), Simarouba amara (pau-
paraíba), Miconia holosericea, Allophylus laevigatus, Abarema cochliacarpos, Henriettea
succosa, Syagrus botryophora, Gochnatia oligocephala, Coccoloba mollis, Protium
heptaphyllum (amescla), e Simaba cedron.
No subosque ocorreram Tapirira guianensis, Himatanthus bracteatus, Protium heptaphyllum,
Eschweilera ovata e Xylopia sericea. No estrato herbáceo ocorreram Heliconia psittacorum,
Olyra latifolia, Rhynchospora cephalotes, Cordia sp, além de indivíduos jovens das famílias
Fabaceae, Melastomataceae, Myrtaceae, Sapindaceae e Dilleniaceae. Dentre as trepadeiras e
lianas destacam-se espécies dos gêneros Davilla, Tetraceara, Lygodium e Serjania.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em toda a extensão desse
remananescente com 24,140 hectares, que corresponde ao estágio médio de regeneração e não
foram registrados os estágios inicial e avançado. Assim, a mata existente no remanescente da
Barragem de Ipitanga II é vegetação secundária de Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica,
em estágio médio de regeneração, definido conforme a Resolução CONAMA 005/1994.
79
Remanescente Barragem do Ipitanga II, Vista do espelho d‟água com vegetação do entorno.
Remanescente Barragem do Ipitanga II, Estrato arbóreo, interior do fragmento
80
81
2.3.7 Remanescente Greenville
No remanescente Greenville foram amostrados 646 indivíduos vivos e mortos ainda em pé em
uma área total de 0,4 ha. A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea, com
seus estratos diferenciados, altura média de 10,05 m e DAP médio de 13,25 cm. A cobertura
arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca de 33,50
m.
Foram registradas 34 famílias, incluindo 51 gêneros e 63 espécies mais a categoria morto. No
arranjo fitossociológico (tabela 11), as espécies de maior frequência foram Himatanthus
bracteatus, Protium heptaphyllum, Tapirira guianensis, Eschweilera ovata apresentando
frequência absoluta superior a 65 % cada uma (tabela 11). Com relação à dominância absoluta
destacam-se as espécies Simarouba amara, Himatanthus bracteatus, Tapirira guianensis,
Ficus sp e Schefflera morototoni em ordem decrescente. Aquelas espécies com maior IVI
foram: Himatanthus bracteatus, Tapirira guianensis, Simarouba amara, Protium
heptaphyllum e Eschweilera ovata. Para esse remanescente foi observado densidade absoluta
de 1615 ind.ha-1
e índice de diversidade de Shannon-Wiener de 3,481 ind.nat-1.
Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a
concentração dos valores na classe 5-12 m com 58,82% seguido da classe >12 com 32,51%
dos indivíduos (figura 2.15). Para o diâmetro, a maior distribuição foi observada na classe 8-
18 com 45,51% (figura 2.16).
82
Tabela 11 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Greenville, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância
(IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1
); DR =
densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1
); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência
absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC = índice do
valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,4 ha-1
).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Himatanthus
bracteatus 85 212,5 13,16 4,21 12,72 85,00 6,16 32,03 25,87 1,68
Tapirira guianensis 48 120,0 7,43 4,11 12,43 70,00 5,07 24,93 19,86 1,64
Simarouba amara 21 52,5 3,25 4,78 14,44 45,00 3,26 20,95 17,69 1,91
Protium
heptaphyllum 38 95,0 5,88 1,27 3,83 80,00 5,80 15,51 9,72 0,51
Eschweilera ovata 39 97,5 6,04 1,07 3,24 65,00 4,71 13,98 9,27 0,43
Morto 37 92,5 5,73 0,89 2,68 70,00 5,07 13,48 8,40 0,36
Ficus sp. 11 27,5 1,70 2,78 8,41 45,00 3,26 13,37 10,11 1,11
Syagrus schizophylla 31 77,5 4,80 0,85 2,58 50,00 3,62 11,00 7,38 0,34
Schefflera
morototoni 20 50,0 3,10 1,33 4,01 30,00 2,17 9,28 7,10 0,53
Allophylus
laevigatus 23 57,5 3,56 0,57 1,74 45,00 3,26 8,56 5,30 0,23
Myrsine umbellata 14 35,0 2,17 1,12 3,39 40,00 2,90 8,45 5,55 0,45
Cipó 22 55,0 3,41 0,18 0,54 55,00 3,99 7,93 3,94 0,07
Psychotria
carthagenensis 19 47,5 2,94 0,44 1,32 45,00 3,26 7,52 4,26 0,18
Myrtaceae 01 17 42,5 2,63 0,18 0,54 55,00 3,99 7,15 3,17 0,07
Byrsonima sericea 12 30,0 1,86 0,46 1,38 40,00 2,90 6,13 3,24 0,18
Thyrsodium
spruceanum 14 35,0 2,17 0,40 1,21 35,00 2,54 5,92 3,38 0,16
Cecropia glaziovii 19 47,5 2,94 0,81 2,44 5,00 0,36 5,75 5,38 0,32
Miconia prasina 12 30,0 1,86 0,42 1,27 30,00 2,17 5,30 3,13 0,17
Elaeis guineensis 5 12,5 0,77 1,14 3,44 15,00 1,09 5,30 4,21 0,46
Bowdichia 7 17,5 1,08 0,68 2,06 25,00 1,81 4,96 3,15 0,27
83
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
virgilioides
Maytenus
distichophylla 13 32,5 2,01 0,46 1,39 20,00 1,45 4,85 3,40 0,18
Bactris ferruginea 12 30,0 1,86 0,09 0,26 30,00 2,17 4,29 2,12 0,04
Pouteria sp. 9 22,5 1,39 0,15 0,46 30,00 2,17 4,02 1,85 0,06
Vochysia lucida 3 7,5 0,46 0,69 2,08 15,00 1,09 3,63 2,54 0,28
Cecropia
pachystachya 6 15,0 0,93 0,59 1,80 10,00 0,72 3,45 2,73 0,24
Andira fraxinifolia 6 15,0 0,93 0,27 0,83 20,00 1,45 3,21 1,76 0,11
Cupania rugosa 7 17,5 1,08 0,17 0,50 20,00 1,45 3,03 1,59 0,07
Myrcia sp. 6 15,0 0,93 0,06 0,19 25,00 1,81 2,93 1,12 0,02
Psidium sartorianum 5 12,5 0,77 0,08 0,25 25,00 1,81 2,83 1,02 0,03
Gochnatia
oligocephala 7 17,5 1,08 0,19 0,56 15,00 1,09 2,74 1,65 0,08
Chomelia anisomeris 6 15,0 0,93 0,09 0,27 20,00 1,45 2,65 1,20 0,04
Syagrus coronata 3 7,5 0,46 0,41 1,25 10,00 0,72 2,44 1,72 0,16
Syagrus botryophora 6 15,0 0,93 0,10 0,30 15,00 1,09 2,31 1,23 0,04
Henriettea succosa 5 12,5 0,77 0,12 0,36 15,00 1,09 2,22 1,13 0,05
Curatella americana 9 22,5 1,39 0,14 0,41 5,00 0,36 2,17 1,81 0,06
Inga lauriana 3 7,5 0,46 0,09 0,26 15,00 1,09 1,81 0,73 0,04
Guettarda
viburnoides 3 7,5 0,46 0,10 0,29 10,00 0,72 1,48 0,75 0,04
Hirtella glandulosa 5 12,5 0,77 0,11 0,32 5,00 0,36 1,46 1,10 0,04
Ocotea glomerata 2 5,0 0,31 0,24 0,73 5,00 0,36 1,40 1,04 0,10
Desconhecida 01 2 5,0 0,31 0,11 0,33 10,00 0,72 1,36 0,64 0,04
Clusia nemorosa 2 5,0 0,31 0,09 0,27 10,00 0,72 1,30 0,58 0,04
Clitoria
fairchildiana 3 7,5 0,46 0,12 0,36 5,00 0,36 1,19 0,83 0,05
Coccoloba mollis 2 5,0 0,31 0,04 0,11 10,00 0,72 1,14 0,42 0,02
Erythroxyllum
citrifolium 4 10,0 0,62 0,05 0,16 5,00 0,36 1,14 0,78 0,02
Swartzia apetala 2 5,0 0,31 0,02 0,07 10,00 0,72 1,10 0,38 0,01
Attalea burretiana 1 2,5 0,15 0,18 0,53 5,00 0,36 1,05 0,69 0,07
84
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Pera glabrata 1 2,5 0,15 0,14 0,42 5,00 0,36 0,94 0,58 0,06
Chaetocarpus
echinocarpus 3 7,5 0,46 0,03 0,08 5,00 0,36 0,90 0,54 0,01
Miconia minutiflora 2 5,0 0,31 0,05 0,15 5,00 0,36 0,83 0,46 0,02
Campomanesia
dichotoma 1 2,5 0,15 0,10 0,30 5,00 0,36 0,82 0,46 0,04
Tabernaemontana
salzmannii 1 2,5 0,15 0,08 0,25 5,00 0,36 0,76 0,40 0,03
Trichilia sp. 1 2,5 0,15 0,07 0,22 5,00 0,36 0,74 0,38 0,03
Chamaecrista sp. 1 2,5 0,15 0,05 0,14 5,00 0,36 0,66 0,30 0,02
Guapira opposita 1 2,5 0,15 0,04 0,12 5,00 0,36 0,64 0,28 0,02
Chrysophyllum
rufum 1 2,5 0,15 0,03 0,08 5,00 0,36 0,60 0,24 <0,01
Cordia sagotii 1 2,5 0,15 0,02 0,06 5,00 0,36 0,57 0,21 <0,01
Stryphnodendron
pulcherrimum 1 2,5 0,15 0,02 0,05 5,00 0,36 0,57 0,21 <0,01
Myrcia splendens 1 2,5 0,15 0,01 0,03 5,00 0,36 0,55 0,18 <0,01
Xylopia sericea 1 2,5 0,15 0,01 0,02 5,00 0,36 0,54 0,18 <0,01
Eugenia sp. 1 2,5 0,15 0,01 0,02 5,00 0,36 0,54 0,18 <0,01
Pouteria grandiflora 1 2,5 0,15 0,01 0,02 5,00 0,36 0,54 0,17 <0,01
Psidium
oligospermum 1 2,5 0,15 0,01 0,02 5,00 0,36 0,53 0,17 <0,01
Abarema
cochliacarpos 1 2,5 0,15 0,01 0,02 5,00 0,36 0,53 0,17 <0,01
Total 646 1615,0 100 33,08 100 1380,0 100 300 200 13,23
85
Gráfico 12 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura
determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,
médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Greenville,
Salvador-BA fevereiro a julho de 2011
Gráfico 13 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do
peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios
sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente
Greenville, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.
86
No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Himathanthus bracteatus (janaúba), Tapirira
guianensis (pau-pombo), Simarouba amara (pau-paraíba), Protium heptaphyllum (amescla),
Eschweilera ovata (biriba), Syagrus schizopylla (licuriroba), Schefflera morototoni
(matataúba), Allophylus laevigatus (xau-xau), Myrsine umbellata (pororoca), Psychotria
carthagenensis, Byrsonima sericea (murici), Thyrsodium spruceanum (caboatã-de-leite),
Cecropia glaziovii (imbaúba), Elaeis guineensis (dendezeiro), Miconia prasina (mundururu),
Bowdichia virgilioides (sucupira), Maytenus distichophylla, Bactris ferruginea (mané-veio),
Vochysia lucida (pau-de-tucano), Cecropia pachystachya (imbaúba), Andira fraxinifolia
(angelim), Cupania rugosa (caboatã), Psidium sartorianum, Gochnatia oligocephala,
Chomelia anisomeris, Syagrus coronata (licuri), Syagrus botryophora (pati), Henriettea
succosa (mundururu), Curatella americana (lixeira), Inga laurina (ingá), Guettarda
viburnoides (angélica), Hirtella glandulosa, Ocotea glomerata (louro) Clusia nemorosa,
Clitoria fairchildiana (sombreiro), Erythroxylum citrifolium, Coccoloba mollis, Swartzia
apetala (arruda-vermelha), Attalea burretiana (indaiá), Pera glabrata (sete-capote),
Chaetocarpus echinocarpus, Miconia minutiflora (mundururu), Campomanesia dichotoma
(guabiroba), Guapira opposita (joão-mole), Chrysophylum rufun, Stryphnodendron
pulcherrimun, Cordia sagotii, Myrcia splendens Pouteria grandiflora, Xylopia sericea,
Abarema cochliacarpos (barbatimão) e Psidium oligospermum.
No subosque encontram-se indivíduos jovens do estrato arbóreo além de indivíduos dos
gêneros, Vismia, Miconia, Clidemia, Cordia, Elaeis, Myrcia, Syagrus, Guettarda, Allophylus
e Erythroxylum nobile. No estrato herbáceo destacam-se Poaceae com o gênero Olyra,
Lecythidaceae, Burseraceae, Orchidaceae (Oeceoclades), Heliconia. Na área ocorrem poucas
lianas, entre elas o Lygodium volubile, Philodendron acutatum, Cissus erosa, Vanilla sp.,
Davilla sp, Dioscorea sp.
Entre as epífitas, destacam-se as espécies Philodendron acutatum (imbé), Philodendron
bipinatifidum, Monstera adansonii, Bromeliaceae e representantes de Monilophytas
(Lygodium volubile, Nephrolepis cf. pendula. As trepadeiras e lianas, principalmente das
famílias Sapindaceae, Menispermaceae, Dilleniaceae, Cucurbitaceae e Convolvulaceae. As
87
herbáceas, poucos representates das famílias Cyperaceae, Poaceae, Marantaceae, Piperaceae
principalmente o jaborandi.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em 53,66 hectares deste
remananescente, que corresponde ao estágio médio de regeneração. Além disso, foram
identificados trechos com fisionomia herbácea/arbustiva de porte baixo, com altura média de
4,71m e DAP médio de 7,26 cm, que corresponde ao estágio inicial de regeneração com
cobertura de 10,596 hectares. Ainda foram identificados trechos com a fisionomia arbórea
dominante em relação às demais, formando um dossel fechado e relativamente uniforme no
porte, com altura média de 12,5 m e DAP médio de 18,54 cm, além da ocorrência de espécies
como: Pouteria grandiflora, Pouteria sp, Manilkara salzmannii, Inga lauriana, Simarouba
amara, Ocotea glomerata e Stryphnodendron pulcherrimum que caracterizam o estágio
avançado de regeneração de dois trechos perfazendo uma cobertura de de 1,228 ha. Assim, a
mata existente na área do Greenville é um remanescente de Floresta Ombrófila Densa, Mata
Atlântica, com a vegetação secundária nos três estágios sucessionais, definidos conforme a
Resolução CONAMA 005/1994. Entretanto, há predomância da vegetação secundária no
estágio médio de regeneração.
88
Remanescente Greenville, Vista geral da vegetação.
Remanescente Greenville, Dossel.
89
90
2.3.8 Remanescente Loteamento Biribeira
No remanescente Loteamento Biribeira foram amostrados 105 indivíduos vivos e mortos
ainda em pé, em uma área total de 0,08 ha. A mata existente possui fisionomia
predominantemente arbórea, com seus estratos diferenciados, altura média de 12,19 m e DAP
médio de 15,52 cm. A cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos
emergentes atingindo cerca de 35 m.
Foram registradas 21 famílias, 24 gêneros e 29 espécies incluindo lianas e a categoria morto.
No arranjo fitossociológico (tabela 12), as espécies de maior frequência foram Psychotria
carthagenensis, Myrsine umbellata, Himatanthus bracteatus e Bowdichia virgilioides ambas
com 100%. Com relação à dominância absoluta destacam-se as espécies Vochysia lucida,
Himatanthus bracteatus Bowdichia virgilioides. espécies com maior IVI foram: Vochysia
lucida, Himatanthus bracteatus Bowdichia virgilioides. Para esse remanescente foi observado
densidade absoluta de 1313 ind.ha-1
e índice de diversidade de Shannon-Wiener de 3,073
nat.ind-1
.
Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a
concentração dos valores nas classes 5-12 com 49,52% e >12m com 44,76% dos indivíduos
(gráfico 14). Para o diâmetro, foi observado maior ocorrência na classe <8 com 39,05% e
distribuição reletivamente uniforme nas classes 8-18 e >18 com valores de 32,38 28,57%
respectivamente (gráfico 15).
Tabela 12 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Loteamento Biribeira, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1
);
DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1
); DoR = dominância relativa (%); FA =
frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC =
índice do valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,08 ha-1
).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Vochysia lucida 7 87,50 6,67 14,35 34,72 50,00 3,77 45,16 41,38 1,15
91
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Himatanthus bracteatus 14 175,0 13,33 4,99 12,07 100,0 7,55 32,95 25,40 0,4
Morto 9 112,5 8,57 3,55 8,59 100,0 7,55 24,70 17,16 0,28
Bowdichia virgilioides 6 75,00 5,71 4,03 9,74 100,0 7,55 23,00 15,46 0,32
Myrsine umbellata 7 87,50 6,67 1,66 4,01 100,0 7,55 18,23 10,68 0,13
Psychotria
carthagenensis 6 75,00 5,71 0,70 1,69 100,0 7,55 14,95 7,40 0,06
Fabaceae 01 1 12,50 0,95 4,64 11,23 25,00 1,89 14,07 12,18 0,37
Eschweilera ovata 8 100,0 7,62 0,57 1,38 50,00 3,77 12,77 8,99 0,05
Tapirira guianensis 3 37,50 2,86 1,56 3,78 50,00 3,77 10,42 6,64 0,13
Attalea burretiana 3 37,50 2,86 1,40 3,39 50,00 3,77 10,02 6,25 0,11
Cipó 4 50,00 3,81 0,14 0,34 75,00 5,66 9,81 4,15 0,01
Byrsonima sericea 3 37,50 2,86 1,15 2,78 50,00 3,77 9,41 5,63 0,09
Henriettea succosa 3 37,50 2,86 0,29 0,70 50,00 3,77 7,33 3,56 0,02
Myrcia sp. 5 62,50 4,76 0,19 0,45 25,00 1,89 7,10 5,21 0,01
Erythroxylum citrifolium 4 50,00 3,81 0,42 1,01 25,00 1,89 6,71 4,82 0,03
Chaetocarpus
echinocarpus 2 25,00 1,90 0,10 0,25 50,00 3,77 5,93 2,15 0,01
Protium heptaphyllum 3 37,50 2,86 0,20 0,48 25,00 1,89 5,22 3,33 0,02
Schefflera morototoni 2 25,00 1,90 0,29 0,70 25,00 1,89 4,49 2,60 0,02
Sloanea guianensis 2 25,00 1,90 0,22 0,54 25,00 1,89 4,33 2,45 0,02
Brosimum gaudichaudii 2 25,00 1,90 0,10 0,25 25,00 1,89 4,04 2,15 0,01
Inga thibaudiana 2 25,00 1,90 0,09 0,21 25,00 1,89 4,00 2,11 0,01
Myrcia silvatica 2 25,00 1,90 0,04 0,08 25,00 1,89 3,88 1,99 <0,01
Ficus gomelleira 1 12,50 0,95 0,21 0,51 25,00 1,89 3,35 1,46 0,02
Myrtaceae 01 1 12,50 0,95 0,14 0,33 25,00 1,89 3,17 1,28 0,01
Gochnatia oligocephala 1 12,50 0,95 0,12 0,29 25,00 1,89 3,13 1,25 0,01
Psidium sp. 1 12,50 0,95 0,07 0,17 25,00 1,89 3,01 1,12 0,01
Campomanesia
dichotoma 1 12,50 0,95 0,06 0,14 25,00 1,89 2,98 1,09 <0,01
Thyrsodium spruceanum 1 12,50 0,95 0,05 0,13 25,00 1,89 2,97 1,08 <0,01
Simarouba amara 1 12,50 0,95 0,02 0,05 25,00 1,89 2,89 1,01 <0,01
Total 105 1313 100 41,33 100 1325 100 300 200 3,31
92
Gráfico 14 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados
pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e
avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Biribeira, Salvador-BA
fevereiro a julho de 2011.
Gráfico 15 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do
peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios
sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente
Biribeira, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.
93
No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Vochysia lucida, Himatanthus bracteatus (janaúba),
Bowdichia virgilioides (sucupira), Myrsine umbellata (pororoca), Psychotria carthagenensis,
Eschweilera ovata (biriba), Tapirira guianensis (pau-pombo), Attalea burretiana (indaiá),
Byrsonima sericea (murici), Henriettea succosa, Erythroxylum citrifolium, Chaetocarpus
echinocarpus, Protium heptaphyllum (amescla), Schefflera morototoni (matataúba), Sloanea
guianensis, Brosimum gaudichaudii, Inga thibaudiana (ingá) Myrcia silvatica, Ficus
gomelleira, Gochnatia oligocephala, Campomanesia dichotoma, Thyrsodium spruceanum e
Simarouba amara (pau-paraíba).
No subosque encontram-se indivíduos jovens do estrato arbóreo além de indivíduos dos
gêneros, Vismia, Miconia, Clidemia, Cordia, Elaeis, Myrcia, Syagrus, Guettarda,
Allophylus,Coccoloba, Casearia, Protium, Eschweilera,Thyrsodium, Erythroxylum e
Desmoncus polyacanthos (titara). No estrato herbáceo destacam-se Poaceae com o gênero
Olyra, Orchidaceae (Oeceoclades) e Heliconia. Na área ocorrem poucas trepadeiras e lianas,
entre elas o Lygodium volubile, Philodendron acutatum, Philodendron pinnatifidum, Cissus
erosa, Passiflora edmundoi, Vanilla sp, Davilla spp, Dioscorea sp e Tetracera sp.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre esse remananescente na
extensão de 14,052 ha, que corresponde ao estágio médio de regeneração. Assim, a mata
existente na área do Loteamento Biribeira é um remanescente de Floresta Ombrófila Densa,
Mata Atlântica, com predominância de vegetação secundária em estágio médio de
regeneração, definido conforme a Resolução CONAMA 005/1994.
94
Remanescente Loteamento Biribeira, Estrato arbóreo do interior do fragmento.
Remanescente Loteamento Biribeira, Dossel descontínuo.
95
96
2.3.9 Remanescente Loteamento Patamares
No remanescente Loteamento Patamares foram amostrados 114 indivíduos vivos e mortos
ainda em pé, em uma área total de 0,12 ha. A mata existente possui fisionomia
predominantemente arbórea, com seus estratos diferenciados, altura média de 8,69 m e DAP
médio de 19,79 cm. A cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos
emergentes atingindo cerca de 20 m.
Foram registradas 19 famílias, 23 gêneros e 26 espécies incluindo a categoria morto. No
arranjo fitossociológico (tabela 13), as espécies de maior frequência foram Tapirira
guianensis, Allophylus laevigatus, Syagrus coronata e Siparuna guianensis. Com relação à
dominância absoluta destacam-se as espécies Tapirira guianensis, Ficus gomelleira, Syagrus
coronata, Elaeis guineensis e Cecropia glaziovii. As espécies com maior IVI foram: Tapirira
guianensis, Syagrus coronata, Ficus gomelleira, Allophylus laevigatus e Syagrus
schizophyllum. Para esse remanescente foi observada densidade absoluta de 950 ind.ha-1
e
índice de diversidade de Shannon-Wiener de 2,938 nat.ind-1
.
Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada
maior concentração dos valores nas classe 5-12 com 44,74% e >12 com 32,46% dos
indivíduos (gráfico 16). Para o diâmetro, foi observada maior ocorrência na classe >18 com
50,00% (gráfico 17).
Tabela 13 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica Loteamento Patamares, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1
);
DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1
); DoR = dominância relativa (%); FA =
frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR) IVC =
índice do valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,12 ha-1
).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Tapirira guianensis 18 150,0 15,79 10,64 25,58 100,0 10,53 51,89 41,37 1,28
Syagrus coronata 10 83,33 8,77 4,05 9,74 66,67 7,02 25,53 18,51 0,49
Ficus gomelleira 4 33,33 3,51 6,09 14,63 50,00 5,26 23,40 18,14 0,73
97
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Morto 8 66,67 7,02 1,98 4,76 66,67 7,02 18,80 11,78 0,24
Allophylus laevigatus 8 66,67 7,02 0,87 2,09 83,33 8,77 17,88 9,11 0,10
Syagrus schizophyllum 9 75,00 7,89 1,61 3,86 50,00 5,26 17,02 11,75 0,19
Elaeis guineensis 5 41,67 4,39 3,92 9,42 16,67 1,75 15,56 13,80 0,47
Siparuna guianensis 8 66,67 7,02 0,22 0,52 66,67 7,02 14,56 7,54 0,03
Cecropia glaziovii 5 41,67 4,39 3,22 7,74 16,67 1,75 13,88 12,12 0,39
Schefflera morototoni 6 50,00 5,26 0,95 2,27 33,33 3,51 11,05 7,54 0,11
Bowdichia virgiloides 3 25,00 2,63 1,94 4,67 33,33 3,51 10,81 7,30 0,23
Myrsine umbellata 4 33,33 3,51 1,30 3,12 33,33 3,51 10,14 6,63 0,16
Himatanthus
bracteatus 4 33,33 3,51 0,81 1,94 33,33 3,51 8,96 5,45 0,10
Stryphnodendron
pulcherrimum 2 16,67 1,75 1,92 4,60 16,67 1,75 8,11 6,36 0,23
Campomanesia
dichotoma 3 25,00 2,63 0,19 0,46 33,33 3,51 6,60 3,09 0,02
Chomelia obtusa 3 25,00 2,63 0,13 0,32 33,33 3,51 6,46 2,95 0,02
Xylopia sericea 2 16,67 1,75 0,28 0,66 33,33 3,51 5,93 2,42 0,03
Myrtaceae 2 16,67 1,75 0,13 0,31 33,33 3,51 5,57 2,06 0,02
Eschweilera ovata 2 16,67 1,75 0,04 0,09 33,33 3,51 5,35 1,84 0,00
Byrsonima sericea 2 16,67 1,75 0,38 0,91 16,67 1,75 4,42 2,67 0,05
Guazuma ulmifolia 1 8,33 0,88 0,54 1,29 16,67 1,75 3,92 2,17 0,06
Pouteria ramiflora 1 8,33 0,88 0,17 0,40 16,67 1,75 3,03 1,28 0,02
Cupania rugosa 1 8,33 0,88 0,10 0,24 16,67 1,75 2,87 1,12 0,01
Thyrsodium
spruceanum 1 8,33 0,88 0,09 0,22 16,67 1,75 2,85 1,10 0,01
Psychotria
carthagenensis 1 8,33 0,88 0,04 0,11 16,67 1,75 2,74 0,99 0,01
Miconia minutiflora 1 8,33 0,88 0,02 0,04 16,67 1,75 2,67 0,92 0,00
Total 114 950,0 100 41,62 100 950,0 100 300 200 4,99
98
Gráfico 16 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados
pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e
avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Loteamento Patamares,
Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.
Gráfico 17 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro da altura
do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios
sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente
Loteamento Patamares, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.
99
No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Tapirira guianensis (pau-pombo), Syagrus
coronata (licurí), Ficus gomelleira (gameleira), Allophylus laevigatus, Elaeis guineensis
(dendê), Siparuna guianensis, Cecropia glaziovii, Schefflera morototoni (matataúba),
Bowdichia virgilioides (sucupira), Myrsine umbellata (pororoca), Himatanthus bracteatus
(janaúba), Stryphnodendron pulcherrimum, Campomanesia dichotoma, Chomelia obtusa,
Xylopia sericea, Eschweilera ovata (biriba), Byrsonima sericea (muricí), Guazuma ulmifolia,
Pouteria ramiflora, Cupania rugosa, Thyrsodium spruceanum, Psychotria carthagenensis e
Miconia minutiflora.
No subosque destacam-se indivíduos jovens de Bactris ferruginea (mané-veio), Siparuna
guianensis, Elaies guineensis (dendê), Mangifera indica (manga), Trema micrantha, Attalea
burretiana, Himatanthus bracteatus, Inga thibaudiana (ingá); Thyrsodium spruceanum,
Schefllera morototoni,Campomanesia dichotoma, Protium heptaphyllum, Swartzia sp, Cordia
nodosa, Desmoncus polyacanthos var polyacanthos (titara). No estrato herbáceo ocorrem
Rhynchospora cephalotes, Costus spiralis, Piper divaricatum, Stromanthes porteana,
Heliconia psittacorum, Oeceoclades maculata, além de indivíduos jovens das espécies
Eschweilera ovata, Xilopia sericea, Inga ciliata, Allophylus laevigatus e Tapirira guianensis.
Dentre as trepadeiras e lianas destacam-se as famílias Sapindaceae, Menispermaceae,
Dilleniaceae, Cucurbitaceae, Convolvulaceae e Monilophytas da família Lygodiaceae.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em toda a extensão desse
remananescente 11,37 hectares, que corresponde ao estágio médio de regeneração e não
foram registrados os estágios inicial e avançado. Assim, a mata existente na área de
Loteamento Patameres é um remanescente de Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica, com
a vegetação secundária em estágio médio de regeneração, definido conforme a Resolução
CONAMA 005/1994.
100
Remanescente Loteamento Patamares – Fragmento Carnaúba,estrato arbóreo do interior do fragmento.
Remanescente Loteamento Patamares – Fragmento Bicuíba, estrato arbóreo no interior do fragmento.
101
102
2.3.10 Remanescente Pedreira Aratu
No remanescente Pedreira Aratu foram amostrados 55 indivíduos vivos e mortos ainda em pé,
em uma área total de 0,06 ha. A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea,
com seus estratos diferenciados, altura média de 12,57 m e DAP médio de 15,87 cm. A
cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca
de 36 m.
Foram registradas 15 famílias, 16 gêneros e 19 espécies incluindo lianas e a categoria morto.
No arranjo fitossociológico (tabela 14), as espécies de maior frequência foram Henriettea
succosa, Himatanthus bracteatus, Schefflera morototoni com 9,68% cada, seguidas de
Miconia minutiflora, Inga thibaudiana, Byrsonima sericea, Tapirira guianensis, Siparuna
guianensis e Attalea salvadorensis com 6,45% cada. Com relação à dominância absoluta
destacam-se as espécies Schefflera morototoni, Bowdichia virgilioides, Attalea salvadorensis
e Attalea burretiana. Aquelas espécies com maior IVI foram: Schefflera morototoni,
Himatanthus bracteatus, Attalea salvadorensis, Bowdichia virgilioides, Henriettea succosa e
Attalea burretiana. Para esse remanescente foi observada densidade absoluta de 916,8 ind.ha-1
e índice de diversidade de Shannon-Wiener de 2,60 nat.ind-1
.
Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a
concentração dos valores nas classes >12m com 49,09% e 5-12 com 45,45% dos indivíduos
(gráfico 18). Para o diâmetro, foi observada maior distribuição na classe 8-18 com 40,00%
(gráfico 19).
103
Tabela 14 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica de Pedreira Aratu, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1
);
DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1
); DoR = dominância relativa (%); FA =
frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC =
índice do valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,06 ha-1
).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Schefflera
morototoni
8 133,3 14,55 9,31 31,05 100 9,68 55,27 45,59 0,56
Himatanthus
bracteatus
12 200 21,82 1,88 6,26 100 9,68 37,75 28,07 0,11
Attalea
salvadorensis
3 50 5,45 5,07 16,9 66,67 6,45 28,8 22,35 0,30
Bowdichia
virgilioides
1 16,7 1,82 5,31 17,69 33,33 3,23 22,74 19,51 0,32
Henriettea
succosa
5 83,3 9,09 0,61 2,02 100 9,68 20,79 11,11 0,04
Attalea
burretiana
3 50 5,45 3,57 11,9 33,33 3,23 20,58 17,35 0,21
Siparuna
guianensis
4 66,7 7,27 0,18 0,6 66,67 6,45 14,33 7,88 0,01
Tapirira
guianensis
3 50 5,45 0,55 1,82 66,67 6,45 13,72 7,27 0,03
Byrsonima
sericea
2 33,3 3,64 0,74 2,47 66,67 6,45 12,56 6,11 0,04
Inga thibaudiana 2 33,3 3,64 0,65 2,17 66,67 6,45 12,26 5,8 0,03
Morta 3 50 5,45 0,58 1,93 33,33 3,23 10,61 7,38 0,03
Miconia
minutiflora
2 33,3 3,64 0,1 0,32 66,67 6,45 10,41 3,95 0,01
Xylopia sericea 1 16,7 1,82 0,63 2,1 33,33 3,23 7,15 3,92 0,04
Chrysophyllum
splendens
1 16,7 1,82 0,39 1,31 33,33 3,23 6,36 3,13 0,02
Protium 1 16,7 1,82 0,21 0,7 33,33 3,23 5,75 2,52 0,01
104
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
heptaphyllum
Ficus sp. 1 16,7 1,82 0,1 0,33 33,33 3,23 5,38 2,15 0,01
Ocotea
glomerata
1 16,7 1,82 0,06 0,21 33,33 3,23 5,26 2,03 0,01
Thyrsodium
spruceanum
1 16,7 1,82 0,03 0,11 33,33 3,23 5,16 1,93 0,01
Cipó 1 16,7 1,82 0,03 0,1 33,33 3,23 5,14 1,92 0,01
Total 55 916,8 100 30 100 1033,3 100 300 200 1,8
Gráfico 18 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados
pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e
avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Aratu, Salvador-BA
fevereiro a julho de 2011.
105
Gráfico 19 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura
do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios
sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente
Pedreira Aratu, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.
No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Schefflera morototoni (matataúba), Himatanthus
bracteatus (janaúba), Attalea salvadorensis, Bowdichia virgilioides (sucupira), Henriettea
succosa, Attalea burretiana (indaiá), Siparuna guianensis, Tapirira guianensis (pau-pombo),
Byrsonima sericea (murici), Inga thibaudiana (ingá), Miconia minutiflora (mundururu),
Xylopia sericea, Chrysophyllum splendens, Protium heptaphyllum (amescla), Ocotea
glomerata (louro) e Thyrsodium spruceanum.
No estrato herbáceo ocorreram Olyra latifolia, Heliconia psittacorum, Oeceoclades maculata,
Stromanthe porteana, Piper spp, Scleria bracteata, Rhynchospora cephalotes e indivíduos
jovens das famílias Fabaceae, Myrtaceae, Boraginaceae, Dilleniaceae, Melastomataceae,
Arecaceae e Sapindaceae.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em toda a extensão deste
remananescente com cerca de 78,9 hectares, que corresponde ao estágio médio de
regeneração e não foram registrados os estágios inicial e avançado. Assim, a mata existente
106
no remanescente da Pedreira Aratu é vegetação secundária de Floresta Ombrófila Densa,
Mata Atlântica, em estágio médio de regeneração, definido conforme a Resolução CONAMA
005/1994.
107
Remanescente Pedreira Aratu, Vista de encosta alterada e da paisagem vegetacional.
Remanescente Pedreira Aratu, Estrato arbóreo e subosque.
108
109
2.3.11 Remanescente Pedreira Carangi
No remanescente Pedreira Carangi foram amostrados 196 indivíduos vivos e mortos ainda em
pé, em uma área total de 0,12 ha. A mata existente possui fisionomia predominantemente
arbórea, com seus estratos diferenciados, altura média de 12,03 m e DAP médio de 11,19 cm.
A cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo
cerca de 36 m.
Foram registradas 30 famílias, 46 gêneros e 54 espécies incluindo lianas e a categoria morto.
No arranjo fitossociológico (tabela 15), as espécies de maior frequência foram Tapirira
guianensis, Myrcia sp, Himatanthus bracteatus com 83,33% cada, seguidas de Simarouba
amara, Byrsonima sericea e Attalea burretiana com 66,67% cada. Com relação à dominância
absoluta destacam-se as espécies Tapirira guianensis, Stryphnodendron pulcherrimum,
Attalea burretiana, Simarouba amara e Himatanthus bracteatus. Aquelas espécies com maior
IVI foram: Tapirira guianensis, Himatanthus bracteatus, Simarouba amara,
Stryphnodendron pulcherrimum e Attalea burretiana. Para esse remanescente foi observada
densidade absoluta de 1633 ind.ha-1
e índice de diversidade de Shannon-Wiener de 3,52
nat.ind-1
.
Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a
concentração dos valores nas classes >12m com 53,57% e 5-12 com 44,90% dos indivíduos
(gráfico 20). Para o diâmetro, foi observada maior distribuição nas classe <8 com 47,45 e 8-
18 com 39,29% (gráfico 21).
110
Tabela 15 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica de Pedreira Carangi, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1
);
DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1
); DoR = dominância relativa (%); FA =
frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC =
índice do valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,12 ha-1
).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Tapirira
guianensis 22 183,3 11,22 3,79 15,71 83,33 4,95 31,88 26,93 0,45
Himatanthus
bracteatus 19 158,3 9,69 1,36 5,64 83,33 4,95 20,29 15,34 0,16
Simarouba amara 7 58,3 3,57 1,74 7,21 66,67 3,96 14,75 10,79 0,21
Stryphnodendron
pulcherrimum 2 16,7 1,02 2,83 11,7 33,33 1,98 14,7 12,72 0,34
Attalea burretiana 5 41,7 2,55 1,94 8,03 66,67 3,96 14,54 10,58 0,23
Myrcia sp. 11 91,7 5,61 0,36 1,49 83,33 4,95 12,05 7,1 0,04
Morto 8 66,7 4,08 0,73 3,03 66,67 3,96 11,07 7,11 0,09
Anaxagorea sp. 11 91,7 5,61 0,57 2,38 50 2,97 10,96 7,99 0,07
Byrsonima sericea 7 58,3 3,57 0,7 2,91 66,67 3,96 10,44 6,48 0,08
Fabaceae 01 2 16,7 1,02 1,98 8,21 16,67 0,99 10,22 9,23 0,24
Henriettea
succosa 9 75 4,59 0,56 2,31 50 2,97 9,87 6,9 0,07
Luehea divaricata 5 41,7 2,55 0,79 3,26 50 2,97 8,78 5,81 0,09
Psidium
oligospermum 8 66,7 4,08 0,22 0,93 50 2,97 7,98 5,01 0,03
Buchenavia sp. 7 58,3 3,57 0,78 3,25 16,67 0,99 7,81 6,82 0,09
Eschweilera ovata 6 50 3,06 0,3 1,22 50 2,97 7,25 4,28 0,03
Abarema
cochliacarpos 2 16,7 1,02 1,05 4,35 16,67 0,99 6,36 5,37 0,13
Brosimum
gaudichaudii 4 33,3 2,04 0,16 0,65 50 2,97 5,66 2,69 0,02
Ficus sp. 2 16,7 1,02 0,53 2,18 33,33 1,98 5,18 3,2 0,06
Cipó 3 25 1,53 0,07 0,3 50 2,97 4,8 1,83 0,01
111
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Miconia
holosericea 3 25 1,53 0,23 0,95 33,33 1,98 4,46 2,48 0,03
Kielmeyera
neglecta 3 25 1,53 0,18 0,76 33,33 1,98 4,27 2,29 0,02
Bowdichia
virgilioides 2 16,7 1,02 0,28 1,16 33,33 1,98 4,16 2,18 0,03
Pera glabrata 4 33,3 2,04 0,25 1,02 16,67 0,99 4,05 3,06 0,03
Cordia pilosa 3 25 1,53 0,07 0,31 33,33 1,98 3,82 1,84 0,01
Cupania rugosa 3 25 1,53 0,07 0,29 33,33 1,98 3,8 1,82 0,01
Pogonophora
schomburgkiana 2 16,7 1,02 0,1 0,42 33,33 1,98 3,42 1,44 0,01
Myrcia silvatica 2 16,7 1,02 0,04 0,16 33,33 1,98 3,16 1,18 0,01
Guapira opposita 3 25 1,53 0,1 0,4 16,67 0,99 2,92 1,93 0,01
Protium
heptaphyllum 1 8,3 0,51 0,31 1,28 16,67 0,99 2,78 1,79 0,04
Pouteria
grandiflora 1 8,3 0,51 0,3 1,23 16,67 0,99 2,73 1,74 0,04
Myrcia splendens 2 16,7 1,02 0,17 0,71 16,67 0,99 2,72 1,73 0,02
Cecropia glaziovii 1 8,3 0,51 0,26 1,07 16,67 0,99 2,57 1,58 0,03
Margaritaria
nobilis 2 16,7 1,02 0,12 0,51 16,67 0,99 2,52 1,53 0,01
Curatella
americana 2 16,7 1,02 0,12 0,5 16,67 0,99 2,51 1,52 0,01
Tibouchina
candolleana 2 16,7 1,02 0,09 0,38 16,67 0,99 2,39 1,4 0,01
Inga laurina 2 16,7 1,02 0,04 0,16 16,67 0,99 2,17 1,18 0,01
Tovomita
choisyana 1 8,3 0,51 0,13 0,56 16,67 0,99 2,06 1,07 0,02
Desconhecido 01 1 8,3 0,51 0,11 0,47 16,67 0,99 1,97 0,98 0,01
Inga sp. 1 8,3 0,51 0,1 0,42 16,67 0,99 1,92 0,93 0,01
Clusia nemorosa 1 8,3 0,51 0,1 0,4 16,67 0,99 1,9 0,91 0,01
Polyandrococos
caudescens 1 8,3 0,51 0,08 0,32 16,67 0,99 1,82 0,83 0,01
112
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Licania sp. 1 8,3 0,51 0,05 0,21 16,67 0,99 1,71 0,72 0,01
Chaetocarpus
echinocarpus 1 8,3 0,51 0,05 0,2 16,67 0,99 1,7 0,71 0,01
Gochnatia
oligocephala 1 8,3 0,51 0,04 0,16 16,67 0,99 1,67 0,68 0,01
Erythroxylum
mucronatum 1 8,3 0,51 0,04 0,16 16,67 0,99 1,67 0,68 0,01
Inga thibaudiana 1 8,3 0,51 0,04 0,16 16,67 0,99 1,66 0,67 0,01
Casearia
commersoniana 1 8,3 0,51 0,04 0,16 16,67 0,99 1,66 0,67 0,01
Vernonanthura
discolor 1 8,3 0,51 0,04 0,15 16,67 0,99 1,65 0,66 0,01
Simaba cedron 1 8,3 0,51 0,04 0,15 16,67 0,99 1,65 0,66 0,01
Bactris ferruginea 1 8,3 0,51 0,03 0,1 16,67 0,99 1,6 0,61 0,01
Albizia sp. 1 8,3 0,51 0,02 0,1 16,67 0,99 1,6 0,61 0,01
Chamaecrista sp. 1 8,3 0,51 0,02 0,07 16,67 0,99 1,57 0,58 0,01
Annona sp. 1 8,3 0,51 0,02 0,07 16,67 0,99 1,57 0,58 0,01
Thyrsodium
spruceanum 1 8,3 0,51 0,02 0,07 16,67 0,99 1,57 0,58 0,01
Total 196 1633 100 24,16 100 1683,41 100 300 200 2,90
113
Gráfico 20 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados
pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e
avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Carangi, Salvador-
BA fevereiro a julho de 2011.
Gráfico 21 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro da altura
do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios
sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente
Pedreira Carangi, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.
114
No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Tapirira guianensis (pau-pombo), Himatanthus
bracteatus (janaúba), Simarouba amara (pau-paraíba), Stryphnodendron pulcherrimum,
Byrsonima sericea (murici), Henriettea succosa, Luehea divaricata, Psidium oligospermum,
Eschweilera ovata (biriba), Abarema cochliacarpos, Brosimum gaudichaudii, Miconia
holosericea, Kielmeyera neglecta, Bowdichia virgilioides (sucupira), Pera glabrata (sete-
capote), Cordia pilosa, Cupania rugosa, Pogonophora schomburgkiana, Myrcia silvatica,
Guapira opposita, Protium heptaphyllum (amescla), Pouteria grandiflora, Myrcia splendens,
Cecropia glaziovii, Margaritaria nobilis, Curatella americana (lixeira), Tibouchina
candolleana, Inga laurina (ingá), Tovomita choisyana, Clusia nemorosa, Polyandrococos
caudescens, Chaetocarpus echinocarpus, Gochnatia oligocephala, Erythroxylum
mucronatum, Inga thibaudiana, Casearia commersoniana, Vernonanthura discolor, Simaba
cedron, Bactris ferruginea e Thyrsodium spruceanum.
No subosque ocorreram indivíduos jovens do estrato arbóreo além de indivíduos dos gêneros,
Vismia, Miconia, Clidemia, Cordia, Elaeis, Myrcia, Syagrus, Guettarda, Allophylus. No
herbáceo destacam-se Poaceae com o gênero Olyra, Lecythidaceae, Burseraceae, Orchidaceae
(Oeceoclades) e Heliconia. Na área ocorrem poucas trepadeiras e lianas, entre elas o
Lygodium volubile, Philodendron acutatum, Cissus erosa, Vanilla sp, Davilla spp, Dioscorea
sp. , dentre outras.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre nesse remananescente em
192,044 ha, que corresponde ao estágio médio de regeneração. Assim, a mata existente na
área da Pedreira Carangi é um remanescente de Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica,
com a vegetação secundária no estágio médio de regeneração, definido conforme a Resolução
CONAMA 005/1994.
115
Remanescente Pedreira Carangi , Vista geral da vegetação.
Remanescente Pedreira Carangi, Estrato arbóreo e subosque.
116
117
2.3.12 Remanescente Pedreira Valéria
No remanescente Pedreira Valéria foram amostrados 233 indivíduos vivos e mortos ainda em
pé, em uma área total de 0,2 ha. A mata existente possui fisionomia predominantemente
arbórea, com seus estratos diferenciados, altura média de 10,78 m e DAP médio de 15,90 cm.
A cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo
cerca de 26 m.
Foram registradas 23 famílias, 28 gêneros e 33 espécies incluindo lianas e a categoria morto.
No arranjo fitossociológico (tabela 16), as espécies de maior frequência foram Tapirira
guianensis, Himatanthus bracteatus, Schefflera morototoni, Henriettea succosa e Attalea
burretiana. Com relação à dominância absoluta destacam-se as espécies Tapirira guianensis,
Attalea burretiana, Artocarpus heterophyllus, Schefflera morototoni e Himatanthus
bracteatus. Aquelas espécies com maior IVI foram: Tapirira guianensis Attalea burretiana,
Himatanthus bracteatus, Schefflera morototoni e Artocarpus heterophyllus. Para esse
remanescente foi observada densidade absoluta de 1165 ind.ha-1
e índice de diversidade de
Shannon-Wiener de 2,977 nat.ind-1
.
Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a
concentração dos valores nas classes 5-12 com 45,06% e >12m com 39,91% dos indivíduos
(gráfico 22). Para o diâmetro, foi observada concentração nas classes <8 e >18 com valor de
36,05% para as duas classes (gráfico 23).
118
Tabela 16 – Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica da Pedreira Valéria, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de
importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1
);
DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1
); DoR = dominância relativa (%); FA =
frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR)(%); IVC
= índice do valor de cobertura (DR +DoR)(%); AB = área basal (m².0,20 ha-1
).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Tapirira guianensis 33 165 14,16 7,44 20,66 90 8,91 43,74 34,83 1,5
Attalea burretiana 20 100 8,58 5,15 14,31 70 6,93 29,82 22,89 1,03
Himatanthus
bracteatus 21 105 9,01 2,96 8,22 80 7,92 25,16 17,24 0,59
Schefflera
morototoni 14 70 6,01 3,7 10,29 80 7,92 24,22 16,29 0,74
Morto 23 115 9,87 1,88 5,21 90 8,91 23,99 15,08 0,38
Artocarpus
heterophyllus 18 90 7,73 4,39 12,21 30 2,97 22,9 19,93 0,88
Henriettea succosa 17 85 7,3 0,37 1,04 80 7,92 16,25 8,33 0,07
Inga laurina 10 50 4,29 1,5 4,17 30 2,97 11,44 8,47 0,3
Albizia polycephala 5 25 2,15 1,5 4,17 30 2,97 9,28 6,31 0,3
Siparuna guianensis 8 40 3,43 0,32 0,9 40 3,96 8,3 4,33 0,06
Simarouba amara 5 25 2,15 0,51 1,41 40 3,96 7,52 3,56 0,10
Tovomita choisyana 8 40 3,43 0,24 0,67 30 2,97 7,07 4,1 0,05
Byrsonima sericea 4 20 1,72 1,1 3,05 20 1,98 6,75 4,77 0,22
Elaeis guineensis 2 10 0,86 1,25 3,49 20 1,98 6,32 4,34 0,25
Cupania rugosa 6 30 2,58 0,08 0,23 30 2,97 5,77 2,8 0,02
Attalea
salvadorensis 4 20 1,72 0,96 2,67 10 0,99 5,37 4,38 0,19
Miconia minutiflora 6 30 2,58 0,17 0,48 20 1,98 5,04 3,06 0,03
Bowdichia
virgilioides 1 5 0,43 1,12 3,12 10 0,99 4,54 3,55 0,22
Erythroxylum
squamatum 5 25 2,15 0,14 0,38 20 1,98 4,51 2,53 0,02
Miconia holosericea 3 15 1,29 0,11 0,31 20 1,98 3,57 1,59 0,02
119
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Ficus sp. 3 15 1,29 0,03 0,07 20 1,98 3,34 1,36 0,01
Psychotria sp. 2 10 0,86 0,04 0,12 20 1,98 2,96 0,98 0,01
Thyrsodium
spruceanum 2 10 0,86 0,03 0,08 20 1,98 2,92 0,94 0,01
Miconia prasina 2 10 0,86 0,03 0,07 20 1,98 2,91 0,93 0,01
Eschweilera ovata 1 5 0,43 0,4 1,11 10 0,99 2,52 1,53 0,08
Cecropia
pachystachya 1 5 0,43 0,25 0,7 10 0,99 2,12 1,13 0,05
Bactris ferruginea 2 10 0,86 0,09 0,24 10 0,99 2,09 1,1 0,02
Cordia pilosa 2 10 0,86 0,06 0,16 10 0,99 2,01 1,02 0,01
Pogonophora
schomburgkiana 1 5 0,43 0,07 0,2 10 0,99 1,62 0,63 0,01
Luehea divaricata 1 5 0,43 0,03 0,1 10 0,99 1,52 0,53 0,01
Cipó 1 5 0,43 0,03 0,08 10 0,99 1,5 0,5 0,01
Guatteria pogonopus 1 5 0,43 0,02 0,06 10 0,99 1,48 0,49 <0,01
Guapira opposita 1 5 0,43 0,01 0,04 10 0,99 1,46 0,47 <0,01
Total 233 1165 100 35,99 100 1010 100 300 200 7,20
120
Gráfico 22 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados
pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e
avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Valéria, Salvador-
BA fevereiro a julho de 2011.
Gráfico 23 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro à altura do
peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios
sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente
Pedreira Valéria, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.
121
No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Tapirira guianensis (pau-pombo), Attalea
burretiana (indaiá), Artocarpus heterophyllus, Himatanthus bracteatus (janaúba), Schefflera
morototoni (matataúba), Inga laurina (ingá), Henriettea succosa, Albizia polycephala,
Byrsonima sericea (murici), Attalea salvadorensis, Elaeis guineensis (dendê), Siparuna
guianensis, Tovomita choisyana, Simarouba amara (pau-paraíba), Bowdichia virgilioides
(sucupira), Miconia minutiflora (mundururu), Cupania rugosa, Erythroxylum squamatum,
Miconia holosericea, Eschweilera ovata (biriba), Cecropia pachystachya (imbaúba), Bactris
ferruginea (mané-veio), Cordia pilosa, Thyrsodium spruceanum, Miconia prasina,
Pogonophora schomburgkiana, Luehea divaricata, Guatteria pogonopus e Guapira opposita.
No estrato herbáceo registraram-se Olyra latifolia, Heliconia psittacorum, Oeceoclades
maculata, Stromanthe porteana, Piper spp, Scleria bracteata, Rhynchospora cephalotes,
indivíduos jovens das famílias Fabaceae, Myrtaceae, Boraginaceae, Dilleniaceae,
Melastomataceae, Arecaceae, Sapindaceae.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em aproximadamente 95,70 ha
deste remananescente, que corresponde ao estágio médio de regeneração. O estágio avançado
foi registrado em 0,3 ha. Não foi registrado o estágio inicial. Assim, a mata existente no
remanescente Pedreira Valéria é Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica, com a vegetação
secundária nos estágios sucessionais médio a avançado, definidos conforme a Resolução
CONAMA 005/1994. Entretanto, há predominância da vegetação secundária no estágio
médio de regeneração.
122
Remanescente Pedreira Valéria, Equipamentos de britagem da pedreira Valéria e lagoa com vegetação
arbórea no entorno.
Remanescente Pedreira Valéria, estrato arbóreo.
123
124
2.3.13 Remanescente Posto TIC
No remanescente Posto TIC foram amostrados 73 indivíduos vivos e mortos ainda em pé em
uma área total de 0,08 ha. A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea
baixa, com seus estratos diferenciados, altura média de 9,26 e DAP médio de 17,25 cm. A
cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca
de 26 m.
Foram registradas 18 famílias, incluindo 19 gêneros e 20 espécies mais a categoria morto. No
arranjo fitossociológico (tabela 17), as espécies de maior frequência foram Guarea guidonia e
Tapirira guianensis ambas com 75% seguidas de Miconia minutiflora, Protium heptaphyllum,
Erythroxyllum citrifolium, Byrsonima sericea e Artocarpus heterophyllus com 50% cada.
Com relação à dominância absoluta destacam-se as espécies Artocarpus heterophyllus, Ficus
pulchella, Tapirira guianensis e Spondias mombin. Aquelas espécies com maior IVI foram:
Artocarpus heterophyllus, Tapirira guianensis, Ficus pulchella, Guarea guidonia e Schefflera
morototoni. Para esse remanescente foi observado densidade absoluta de 912,5 ind.ha-1
e
índice de diversidade de Shannon-Wiener de 2.656 nat.ind-1
.
Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a
concentração dos valores na classe 5-12m com 61,64% (gráfico 24). Para o diâmetro, a amior
distribuição foi observada na classe 8-18 com 41,10% seguido da classe <8 com 35,62%
(gráfico 25).
125
Tabela 17 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica do Posto TIC, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância
(IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1
); DR =
densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1
); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência
absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC = índice do
valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,08 ha-1
).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Artocarpus heterophyllus 13 162,5 17,81 19,44 41,10 50 6,45 65,36 58,91 1,56
Tapirira guianensis 10 125,0 13,70 7,24 15,31 75 9,68 38,69 29,01 0,58
Ficus pulchella 1 12,5 1,37 8,14 17,20 25 3,23 21,80 18,57 0,65
Guarea guidonia 5 62,5 6,85 1,35 2,86 75 9,68 19,39 9,71 0,11
Schefflera morototoni 9 112,5 12,33 1,69 3,57 25 3,23 19,13 15,90 0,14
Byrsonima sericea 7 87,5 9,59 0,77 1,63 50 6,45 17,67 11,22 0,06
Spondias mombin 2 25,0 2,74 4,72 9,98 25 3,23 15,94 12,72 0,38
Morto 3 37,5 4,11 0,88 1,87 50 6,45 12,43 5,98 0,07
Himatanthus bracteatus 3 37,5 4,11 0,81 1,71 50 6,45 12,27 5,82 0,06
Erythroxyllum
citrifolium 3 37,5 4,11 0,18 0,38 50 6,45 10,94 4,49 0,01
Protium heptaphyllum 2 25,0 2,74 0,12 0,25 50 6,45 9,44 2,99 0,01
Miconia minutiflora 2 25,0 2,74 0,06 0,12 50 6,45 9,31 2,86 0,01
Myrtaceae sp. 3 37,5 4,11 0,31 0,65 25 3,23 7,98 4,76 0,02
Curatella americana 2 25,0 2,74 0,89 1,88 25 3,23 7,85 4,62 0,07
Maytenus distichophylla 2 25,0 2,74 0,32 0,69 25 3,23 6,65 3,43 0,03
Xylopia sericea 2 25,0 2,74 0,08 0,18 25 3,23 6,14 2,92 0,01
Allophylus laevigatus 1 12,5 1,37 0,15 0,31 25 3,23 4,91 1,68 0,01
Ocotea sp. 1 12,5 1,37 0,10 0,20 25 3,23 4,80 1,57 0,01
126
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Genipa americana 1 12,5 1,37 0,03 0,06 25 3,23 4,66 1,43 0,01
Eschweilera ovata 1 12,5 1,37 0,03 0,06 25 3,23 4,66 1,43 0,01
Total 73 912,5 100 47,30 100 775 100 300 200 3,78
Gráfico 24 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados
pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e
avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Posto TIC, Salvador-BA
fevereiro a julho de 2011.
127
Gráfico 25 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do
peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios
sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente
Posto TIC, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.
No estrato arbóreo ocorreu Artocarpus heterophyllus, Tapirira guianensis, Ficus pulchella,
Guarea guidonia, Schefflera morototoni, Byrsonima sericea, Spondias mombin, Himatanthus
bracteatus, Erythroxyllum citrifolium, Protium heptaphyllum, Miconia minutiflora, Curatella
americana, Maytenus distichophylla, Xylopia sericea, Allophylus laevigatus, Genipa
americana e Eschweilera ovata. No subosque encontram-se Cordia nodosa, Inga ciliata,
Licania sp, Miconia albicans, indivíduos jovens de Artocarpus heterophyllus e Piper spp. No
estrato herbáceo desenvolvem espécies das famílias Heliconiaceae, Poaceae (Olyra),
Orchidaceae (Oeceoclades), Rubiaceae, Cyperaceae, Commelinaceae (Tradescantia), Araceae
(Aglonema) e representantes de Monilophytas dos gêneros (Adiantum, Thelypteris, Lygodium)
e poucas trepadeiras das famílias Sapindaceae, Cucurbitaceae e Dilleniaceae.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre nesse remananescente em 9,47
ha, que carateriza essa área como estágio médio de regeneração conforme definido pela
Resolução CONAMA 005/1994.
128
Remanescente Posto TIC, Vista parcial do fragmento.
Remanescente Posto TIC, Rizóforos (raizes suspensas) de hemiepífitas sobre troncos.
129
130
2.3.14 Remanescente Trobogy
No remanescente Trobogy foram amostrados 884 indivíduos vivos e mortos ainda em pé, em
uma área total de 0,54 ha. A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea,
com seus estratos diferenciados, altura média de 8,43 m e DAP médio de 11,67 cm. A
cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca
de 26 m.
Foram registradas 40 famílias, 52 gêneros e 73 espécies incluindo lianas e a categoria morto.
No arranjo fitossociológico (tabela 18), as espécies de maior frequência foram Tapirira
guianensis, Himatanthus bracteatus, Byrsonima sericea, Schefflera morototoni, Protium
heptaphyllum e Bowdichia virgilioides todas com frequência superior a 50% (tabela 1). Com
relação à dominância absoluta destacam-se as espécies Tapirira guianensis, Himatanthus
bracteatus, Schefflera morototoni e Bowdichia virgilioides. Aquelas espécies com maior IVI
foram: Tapirira guianensis, Himatanthus bracteatus, Schefflera morototoni, Byrsonima
sericea, Bowdichia virgilioides. Para esse remanescente foi observado densidade absoluta de
1638 ind.ha-1
e índice de diversidade de Shannon-Wiener de 3,37 nat.ind-1
.
Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a
concentração dos valores na classe 5-12m com 65,50% dos indivíduos (gráfico 26). Para o
diâmetro, foi observada maior distribuição na classe <8 com 45,59% seguida da classe 8-18
com 37,67% (gráfico 27).
131
Tabela 18 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica de Trobogy, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância
(IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1
); DR =
densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1
); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência
absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC = índice do
valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,54 ha-1
).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Tapirira guianensis 159 294,4 17,99 5,98 22,79 100,0 7,36 48,13 40,77 3,23
Himatanthus bracteatus 81 150,0 9,16 2,20 8,40 85,19 6,27 23,83 17,56 1,19
Morta 73 135,2 8,26 1,61 6,15 81,48 5,99 20,40 14,41 0,87
Schefflera morototoni 56 103,7 6,33 1,88 7,18 62,96 4,63 18,15 13,52 1,02
Byrsonima sericea 51 94,4 5,77 1,38 5,27 77,78 5,72 16,76 11,04 0,75
Bowdichia virgilioides 16 29,6 1,81 1,84 7,02 51,85 3,81 12,65 8,83 0,99
Syagrus coronata 17 31,5 1,92 1,23 4,70 40,74 3,00 9,62 6,62 0,67
Henriettea succosa 35 64,8 3,96 0,37 1,41 48,15 3,54 8,91 5,37 0,20
Protium heptaphyllum 28 51,9 3,17 0,42 1,59 51,85 3,81 8,57 4,76 0,22
Syagrus schizophylla 15 27,8 1,70 0,94 3,59 29,63 2,18 7,46 5,28 0,51
Inga thibaudiana 19 35,2 2,15 0,48 1,84 37,04 2,72 6,72 3,99 0,26
Myrsine umbellata 18 33,3 2,04 0,58 2,20 29,63 2,18 6,41 4,23 0,31
Eschweilera ovata 19 35,2 2,15 0,28 1,07 33,33 2,45 5,67 3,22 0,15
Myrcia sp. 24 44,4 2,71 0,18 0,67 25,93 1,91 5,29 3,38 0,09
Stryphnodendron pulcherrimum 5 9,3 0,57 0,95 3,62 14,81 1,09 5,27 4,18 0,51
Attalea burretiana 7 13,0 0,79 0,75 2,85 22,22 1,63 5,27 3,64 0,40
Curatella americana 17 31,5 1,92 0,26 0,97 29,63 2,18 5,08 2,90 0,14
Simarouba amara 6 11,1 0,68 0,75 2,88 18,52 1,36 4,92 3,56 0,41
Vochysia lucida 17 31,5 1,92 0,53 2,02 11,11 0,82 4,77 3,95 0,29
Psychotria carthagenensis 14 25,9 1,58 0,13 0,49 29,63 2,18 4,25 2,07 0,07
Allophylus laevigatus 15 27,8 1,70 0,15 0,55 25,93 1,91 4,16 2,25 0,08
Hieronyma alchorneoides 7 13,0 0,79 0,49 1,85 14,81 1,09 3,73 2,64 0,26
Cipó 11 20,4 1,24 0,06 0,21 29,63 2,18 3,64 1,46 0,03
Myrtaceae 03 13 24,1 1,47 0,08 0,29 22,22 1,63 3,40 1,76 0,04
132
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Cupania sp. 10 18,5 1,13 0,12 0,46 22,22 1,63 3,23 1,59 0,06
Myrcia splendens 11 20,4 1,24 0,06 0,22 22,22 1,63 3,10 1,46 0,03
Psidium sp. 11 20,4 1,24 0,08 0,30 14,81 1,09 2,63 1,54 0,04
Miconia prasina 8 14,8 0,90 0,06 0,24 18,52 1,36 2,50 1,14 0,03
Thyrsodium spruceanum 8 14,8 0,90 0,03 0,13 18,52 1,36 2,40 1,04 0,02
Coccoloba mollis 5 9,3 0,57 0,07 0,28 18,52 1,36 2,21 0,85 0,04
Eugenia sp. 6 11,1 0,68 0,02 0,09 18,52 1,36 2,13 0,77 0,01
Elaeis guineensis 1 1,9 0,11 0,45 1,70 3,70 0,27 2,09 1,81 0,24
Pera glabrata 4 7,4 0,45 0,13 0,49 14,81 1,09 2,04 0,95 0,07
Attalea salvadorensis 2 3,7 0,23 0,32 1,24 7,41 0,54 2,01 1,46 0,17
Myrtaceae 04 9 16,7 1,02 0,10 0,39 7,41 0,54 1,96 1,41 0,05
Desconhecida 01 2 3,7 0,23 0,30 1,15 7,41 0,54 1,92 1,37 0,16
Cordia sagotii 7 13,0 0,79 0,07 0,27 11,11 0,82 1,88 1,06 0,04
Myrcia silvatica 5 9,3 0,57 0,06 0,23 11,11 0,82 1,61 0,79 0,03
Miconia minutiflora 5 9,3 0,57 0,04 0,15 11,11 0,82 1,53 0,71 0,02
Casearia commersoniana 4 7,4 0,45 0,02 0,09 11,11 0,82 1,36 0,54 0,01
Myrcia guianensis 7 13,0 0,79 0,06 0,22 3,70 0,27 1,29 1,02 0,03
Desconhecido 02 5 9,3 0,57 0,12 0,45 3,70 0,27 1,29 1,01 0,06
Gochnatia oligocephala 3 5,6 0,34 0,03 0,10 11,11 0,82 1,26 0,44 0,01
Guazuma ulmifolia 2 3,7 0,23 0,17 0,65 3,70 0,27 1,15 0,88 0,09
Jacaranda obovata 3 5,6 0,34 0,04 0,13 7,41 0,54 1,02 0,47 0,02
Pilocarpus sp. 3 5,6 0,34 0,03 0,12 7,41 0,54 1,01 0,46 0,02
Inga laurina 3 5,6 0,34 0,03 0,12 7,41 0,54 1,00 0,46 0,02
Andira fraxinifolia 3 5,6 0,34 0,02 0,07 7,41 0,54 0,96 0,41 0,01
Myrtaceae 01 3 5,6 0,34 0,01 0,04 7,41 0,54 0,93 0,38 0,01
Tibouchina candolleana 2 3,7 0,23 0,03 0,10 7,41 0,54 0,87 0,33 0,01
Clusia nemorosa 2 3,7 0,23 0,02 0,08 7,41 0,54 0,85 0,30 0,01
Miconia alborufescens 2 3,7 0,23 0,01 0,04 7,41 0,54 0,81 0,27 0,01
Erythroxylum mucronatum 2 3,7 0,23 0,01 0,04 7,41 0,54 0,81 0,27 0,01
Desconhecido 03 2 3,7 0,23 0,01 0,03 7,41 0,54 0,80 0,25 0,01
133
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Virola sp. 1 1,9 0,11 0,06 0,24 3,70 0,27 0,63 0,36 0,03
Abarema filamentosa 2 3,7 0,23 0,01 0,03 3,70 0,27 0,53 0,26 0,01
Bractis ferruginea 2 3,7 0,23 0,01 0,03 3,70 0,27 0,53 0,26 0,01
Cordia sp. 1 1,9 0,11 0,02 0,07 3,70 0,27 0,45 0,18 0,01
Annona sp. 1 1,9 0,11 0,02 0,06 3,70 0,27 0,45 0,18 0,01
Pouteria sp. 1 1,9 0,11 0,01 0,05 3,70 0,27 0,43 0,16 0,01
Calyptranthes sp. 1 1,9 0,11 0,01 0,03 3,70 0,27 0,42 0,15 0,01
Siparuna guianensis 1 1,9 0,11 0,01 0,03 3,70 0,27 0,42 0,14 0,01
Anacardium occidentale 1 1,9 0,11 0,01 0,03 3,70 0,27 0,42 0,14 0,01
Sapium glandulatum 1 1,9 0,11 0,01 0,03 3,70 0,27 0,41 0,14 0,01
Maytenus distichophylla 1 1,9 0,11 0,01 0,03 3,70 0,27 0,41 0,14 0,01
Psidium guineensis 1 1,9 0,11 0,01 0,02 3,70 0,27 0,41 0,13 0,01
Chomelia anisomeris 1 1,9 0,11 <0,01 0,02 3,70 0,27 0,40 0,13 0,01
Ficus gomelleira 1 1,9 0,11 <0,01 0,01 3,70 0,27 0,40 0,13 0,01
Myrtaceae 02 1 1,9 0,11 <0,01 0,01 3,70 0,27 0,40 0,13 0,01
Cordia pilosa 1 1,9 0,11 <0,01 0,01 3,70 0,27 0,40 0,13 0,01
Cupania rugosa 1 1,9 0,11 <0,01 0,01 3,70 0,27 0,40 0,13 0,01
Cecropia sp. 1 1,9 0,11 <0,01 0,01 3,70 0,27 0,40 0,13 0,01
Vismia guianensis 1 1,9 0,11 <0,01 0,01 3,70 0,27 0,40 0,13 0,01
Total 884 1638 100 26,2 100 1359 100 300 200 14,2
134
Gráfico 26 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados
pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e
avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Trobogy, Salvador-BA
fevereiro a julho de 2011.
Gráfico 27 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro da altura
do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios
sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente
Trobogy, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.
135
No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Tapirira guianensis (pau-pombo), Himatanthus
bracteatus (janaúba), Schefflera morototoni (matataúba), Byrsonima sericea (murici),
Bowdichia virgilioides (sucupira), Syagrus coronata (licuri), Henriettea succosa, Protium
heptaphyllum (amescla), Syagrus schizophylla (licurioba), Inga thibaudiana (ingá), Myrsine
umbellata (pororoca), Eschweilera ovata (biriba), Stryphnodendron pulcherrimum, Attalea
burretiana (indaiá), Curatella americana (lixeira), Simarouba amara (pau-paraíba), Vochysia
lucida (pau-de-tucano), Psychotria carthagenensis, Allophylus laevigatus (xau-xau),
Hieronyma alchorneoides, Myrcia splendens, Miconia prasina, Thyrsodium spruceanum,
Coccoloba mollis, Elaeis guineensis (dendê), Pera glabrata (sete-capote), Attalea
salvadorensis, Cordia sagotii, Myrcia silvatica, Miconia minutiflora (mundururu), Casearia
commersoniana, Myrcia guianensis, Gochnatia oligocephala, Guazuma ulmifolia, Jacaranda
obovata, Inga laurina (ingá), Andira fraxinifolia, Tibouchina candolleana, Clusia nemorosa,
Miconia alborufescens, Erythroxylum mucronatum, Bractis ferruginea (mané-veio), Abarema
filamentosa, Siparuna guianensis, Anacardium occidentale, Sapium glandulosum, Psidium
guineensis, Maytenus distichopylla, Vismia guianensis, Ficus gomelleira, Cupania rugosa,
Cordia pilosa e Chomelia anisomeris.
No subosque encontram-se indivíduos jovens do estrato arbóreo além de indivíduos dos
gêneros, Vismia, Miconia, Clidemia, Cordia, Elaeis, Myrcia, Syagrus, Guettarda, Allophylus,
Erythroxulum. No estrato herbáceo destacam-se Poaceae com o gênero Olyra, Lecythidaceae,
Burseraceae, Orchidaceae (Oeceoclades) e Heliconia. Na área ocorrem poucas trepadeiras e
lianas com destaque para os gêneros Lygodium, Philodendron, Cissus, Passiflora, Vanilla,
Davilla e Dioscorea.
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em aproximadamente 260
hectares deste remananescente, que corresponde ao estágio médio de regeneração. No entanto,
foram identificados trechos com fisionomia herbácea/arbustiva de porte baixo, com altura
média de 5,91 m e DAP médio de 7,06 cm, que corresponde ao estágio inicial de regeneração
com cobertura apoximada de 79 hectares. Assim, a mata existente na área do Trobogy é um
remanescente de Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica, com a vegetação secundária em
136
estágios sucessionais inicial e médio, definidos conforme a Resolução CONAMA 005/1994.
Entretanto, há predomância da vegetação secundária no estágio médio de regeneração.
137
Remanescente Trobogy, Vista geral da vegetação.
Remanescente Trobogy, estrato arbóreo.
138
139
2.3.15 Remanescente 19º Batalhão de Caçadores do Exército - 19° BC
No remanescente 19º BC foram amostrados 305 indivíduos vivos e mortos ainda em pé, em
uma área total de 0,22 ha. A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea,
com seus estratos diferenciados, altura média de 9,48 m e DAP médio de 14,16 cm. A
cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca
de 30 m.
Foram registradas 29 famílias, incluindo 42 gêneros e 46 espécies mais a categoria morto. No
arranjo fitossociológico (tabela 19), as espécies de maior frequência foram Himatanthus
bracteatus, Tapirira guianensis, Protium heptaphyllum, Xylopia sericea e Schefflera
morototoni com frequência absoluta superior a 60 % cada uma. Com relação à dominância
absoluta destacam-se as espécies Tapirira guianensis, Spondias mombin, Simarouba amara,
Tamarindus indica e Himatanthus bracteatus em ordem decrescente. Aquelas espécies com
maior IVI foram: Tapirira guianensis, Himatanthus bracteatus, Protium heptaphyllum e
Simarouba amara. Para esse remanescente foi observada densidade absoluta de 1386,4 ind.ha-
1 e índice de diversidade de Shannon-Wiener de 3,262 nat.ind
-1.
Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura foi observada a
concentração dos valores na classe 5-12 m com 62,95% dos indivíduos (gráfico 28). Para o
diâmetro, observou-se uma distribuição uniforme entre as classes <8 e de 8-18 cm com 39,02
e 38,03% respectivamente (gráfico 29).
140
Tabela 19 - Parâmetros fitissociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata
Atlântica do19 BC, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI).
Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1
); DR = densidade
relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1
); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência absoluta;
FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC = índice do valor de
cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,22 ha-1
).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Tapirira
guianensis 35 159,1 11,48 6,94 18,63 63,64 5,34 35,45 30,10 1,53
Himatanthus
bracteatus 33 150,0 10,82 2,79 7,50 72,73 6,11 24,43 18,32 0,61
Morto 20 90,9 6,56 1,74 4,68 90,91 7,63 18,87 11,24 0,38
Protium
heptaphyllum 20 90,9 6,56 0,89 2,39 63,64 5,34 14,29 8,95 0,20
Simarouba amara 4 18,2 1,31 3,02 8,10 36,36 3,05 12,46 9,41 0,66
Schefflera
morototoni 11 50,0 3,61 1,22 3,28 63,64 5,34 12,23 6,88 0,27
Xylopia sericea 15 68,2 4,92 0,72 1,94 63,64 5,34 12,20 6,85 0,16
Artocarpus
heterophyllus 17 77,3 5,57 1,26 3,39 36,36 3,05 12,02 8,97 0,28
Myrsine umbellata 17 77,3 5,57 0,96 2,58 45,45 3,82 11,98 8,16 0,21
Eschweilera ovata 10 45,5 3,28 0,86 2,32 45,45 3,82 9,41 5,60 0,19
Spondias mombin 1 4,5 0,33 3,04 8,17 9,09 0,76 9,26 8,50 0,67
Allophylus
laevigatus 12 54,5 3,93 0,49 1,33 45,45 3,82 9,08 5,26 0,11
Thyrsodium
spruceanum 12 54,5 3,93 0,68 1,81 36,36 3,05 8,80 5,75 0,15
Tamarindus indica 1 4,5 0,33 2,84 7,62 9,09 0,76 8,71 7,95 0,62
Bowdichia
virgilioides 5 22,7 1,64 1,66 4,45 18,18 1,53 7,61 6,09 0,37
Gochnatia
oligocephala 16 72,7 5,25 0,51 1,38 9,09 0,76 7,39 6,62 0,11
Ocotea sp. 3 13,6 0,98 1,66 4,46 18,18 1,53 6,97 5,45 0,37
141
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Clusia nemorosa 9 40,9 2,95 0,48 1,29 18,18 1,53 5,76 4,24 0,11
Elaeis guineensis 3 13,6 0,98 1,13 3,05 18,18 1,53 5,56 4,03 0,25
Byrsonima sericea 6 27,3 1,97 0,18 0,48 36,36 3,05 5,50 2,45 0,04
Miconia
minutiflora 6 27,3 1,97 0,12 0,31 36,36 3,05 5,33 2,28 0,03
Myrtaceae 02 4 18,2 1,31 0,06 0,15 36,36 3,05 4,51 1,46 0,01
Ficus gomelleira 2 9,1 0,66 0,82 2,22 18,18 1,53 4,40 2,87 0,18
Henriettea succosa 5 22,7 1,64 0,18 0,49 18,18 1,53 3,66 2,13 0,04
Cordia sagotii 1 4,5 0,33 0,73 1,96 9,09 0,76 3,05 2,29 0,16
Casearia
commersoniana 3 13,6 0,98 0,11 0,30 18,18 1,53 2,81 1,29 0,02
Miconia prasina 3 13,6 0,98 0,10 0,28 18,18 1,53 2,79 1,26 0,02
Mangifera indica 2 9,1 0,66 0,20 0,53 18,18 1,53 2,72 1,19 0,04
Calyptranthes sp. 3 13,6 0,98 0,05 0,13 18,18 1,53 2,64 1,11 0,01
Psychotria
carthagenensis 3 13,6 0,98 0,04 0,11 18,18 1,53 2,62 1,10 0,01
Curatella
americana 2 9,1 0,66 0,11 0,30 18,18 1,53 2,48 0,96 0,02
Pachira glabra. 2 9,1 0,66 0,09 0,25 18,18 1,53 2,43 0,91 0,02
Andira fraxinifolia 2 9,1 0,66 0,08 0,23 18,18 1,53 2,41 0,88 0,02
Albizia
pedicellaris 1 4,5 0,33 0,45 1,22 9,09 0,76 2,31 1,55 0,10
Inga thibaudiana 2 9,1 0,66 0,21 0,56 9,09 0,76 1,98 1,21 0,05
Vismia guianensis 3 13,6 0,98 0,07 0,19 9,09 0,76 1,93 1,17 0,02
Cocos nucifera 1 4,5 0,33 0,26 0,70 9,09 0,76 1,79 1,03 0,06
Campomanesia
dichotoma 1 4,5 0,33 0,12 0,31 9,09 0,76 1,40 0,64 0,03
Eryhroxylum
citrifolia 1 4,5 0,33 0,09 0,24 9,09 0,76 1,33 0,57 0,02
Syagrus coronata 1 4,5 0,33 0,08 0,21 9,09 0,76 1,30 0,53 0,02
Lacistema
robustum 1 4,5 0,33 0,04 0,12 9,09 0,76 1,21 0,45 0,01
Zanthoxylum 1 4,5 0,33 0,03 0,08 9,09 0,76 1,17 0,40 0,01
142
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
rhoifolium
Psidium guajava 1 4,5 0,33 0,03 0,08 9,09 0,76 1,17 0,40 0,01
Abarema
filamentosa 1 4,5 0,33 0,02 0,07 9,09 0,76 1,16 0,39 0,01
Cipó 1 4,5 0,33 0,02 0,06 9,09 0,76 1,15 0,39 0,01
Eugenia sp. 1 4,5 0,33 0,02 0,06 9,09 0,76 1,15 0,38 0,01
Myrtaceae 01 1 4,5 0,33 0,01 0,02 9,09 0,76 1,11 0,35 0,01
Total 305 1386,4 100 37,23 100 1190,9 100 300 200 8,19
Gráfico 28 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados
pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e
avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente 19º BC, Salvador-BA
fevereiro a julho de 2011.
143
Gráfico 29 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro da altura
do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios
sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente
19º BC, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.
No estrato arbóreo ocorrem Tapirira guianensis (pau-pombo), Himatanthus bracteatus
(janaúba), Protium heptaphyllum (amescla), Simarouba amara (pau-paraíba), Schefflera
morototoni (matataúba), Xylopia sericea, Artocarpus heterophyllus, Myrsine umbellata
(pororoca), Eschweilera ovata (biriba), Spondias mombin, Allophylus laevigatus, Thyrsodium
spruceanum, Tamarindus indica, Bowdichia virgilioides (sucupira), Gochnatia oligocephala,
Clusia nemorosa, Elaeis guineensis (dendê), Byrsonima sericea (murici), Miconia
minutiflora, Ficus gomelleira, Henriettea succosa, Cordia sagotii, Casearia commersoniana,
Miconia prasina, Mangifera indica, Psychotria carthagenensis, Curatella americana
(lixeira), Pachira glabra, Andira fraxinifolia, Albizia pedicellaris, Inga thibaudiana (ingá),
Vismia guianensis, Cocos nucifera, Campomanesia dichotoma, Eryhroxylum citrifolia,
Syagrus coronata, Lacistema robustum, Psidium guajava, Zanthoxylum rhoifolium e Abarema
filamentosa.
O subosque está representado pelas espécies: Vismia guianensis (capianga), Miconia albicans,
Miconia minutiflora, Miconia prasina, Henriettea succosa, Clidemia spp, Syagrus coronata
(licuri), Xylopia sericea, Myrsine umbellata, Schefflera morototoni (matataúba), Curatella
144
americana (lixeira); Hirtella ciliata, Anacardium occidentale (cajueiro), Rhynchospora
cephalotes, Philodendron acutatum, Heliconia psittacorum. Com relação às epífitas, ocorrem
espécies das famílias Araceae, Bromeliaceae, Orchidaceae, Piperaceae, além de briófitas e
monilófitas. Dentre as lianas, ocorrem espécies da família Bignoniaceae (Bignonia sp)
Dilleniaceae (Tetracera sp), Menispermaceae (Chondrodendron sp), Malpighiaceae
(Heteropterys sp, Stigmaphyllon sp) Sapindaceae (Serjania, Paullinia).
A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em 103,54 hectares deste
remananescente, que corresponde ao estágio médio de regeneração. No entanto, foram
identificados trechos com fisionomia herbácea/arbustiva de porte baixo, com altura média de
4,8m e DAP médio de 7,8 cm, que corresponde ao estágio inicial de regeneração com
cobertura de 18,31 hectares. Ainda, foram identificados trechos com a fisionomia arbórea
dominante em relação às demais, formando um dossel fechado e relativamente uniforme no
porte, com altura média de 12,11 m e DAP médio de 18,97 cm que corresponde ao estágio
avançado de regeneração com cobertura de 1,88 ha. Assim, a mata existente na área do 19º
BC é um remanescente de Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica, com a vegetação
secundária nos três estágios sucessionais, definidos conforme a Resolução CONAMA
005/1994. Entretanto, há predomância da vegetação secundária no estágio médio de
regeneração.
145
Remanescente 19º, Vista Geral da vegetação
Remanescente 19º BC, estrato arbóreo
146
147
2.3.16 Mata Atlântica de Salvador – Análise Integrada dos Remanescentes
No levantamento florístico foram identificadas 73 famílias, incluindo 193 gêneros, 257
espécies e mais 37 no nível de gênero e 3 morfo-espécies, conforme Apêndice A. As famílias
que apresentaram o maior número de espécies foram Fabaceae com 39 espécies, Myrtaceae
com 23, Melastomataceae e Rubiaceae cada uma com 14, Arecaceae com 12, Asteraceae com
10 e Moraceae com 8 espécies, o que representa 46,69% das espécies amostradas.
No estrato herbáceo-arbustivo foram encontradas espécies das famílias Amaranthaceae,
Araceae, Campanulaceae, Cyperaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Gentianaceae,
Heliconiaceae, Marantaceae, Melastomataceae, Orchidaceae, Piperaceae, Poaceae, Rubiaceae,
Solanaceae e algumas espécies de Licophyta (Lycopodiaceae) e Monilophyta (Pteridaceae e
Lygodiaceae). As trepadeiras registradas pertencem às famílias Apocynaceae, Asteraceae,
Bignoniaceae, Curcubitaceae, Dilleniaceae, Fabaceae, Lygodiaceae, Menispermaceae,
Passifloraceae, Polygalaceae, Sapindaceae e Vitaceae. Referindo-se às epífitas, de maneira
geral elas foram pouco amostradas para a Mata Atlântica de Salvador com registro de
espécies das famílias Araceae, Bromeliaceae, Orchidaceae, Piperaceae, além de espécies de
Monilophyta e Bryophyta.
Para o levantamento fitossociológico, aqui considerando apenas indivíduos arbustivos,
arbóreos e lianas, ou seja, aqueles com DAP superior a 5 cm, foram amostrados 3496
indivíduos vivos e mortos ainda em pé numa área total de 2,46 ha. A suficiência amostral
deste levantamento pode ser observada na curva acumulativa de espécies adicionais (gráfico
30). Verificou-se que a curva apresentou um forte incremento inicial e que na parcela 69,
pouco mais da metade da metade do número de parcelas mensuradas, já foi o suficiente para
mostrar mais de 80% das espécies registradas na avaliação fitossociológica.
Cabe destacar, que ainda que seja registrada A a ocorrência de novas espécies no final da
curva, o aumento da área amostral, segundo Muniz et al. (1994), não implicaria em uma
assíntota horizontal desta curva, uma vez que sempre surgirão novas espécies, consideradas
raras, sobretudo em ambientes tropicais.
148
Gráfico 30 – Curva de acumulação de espécies da vegetação da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro a julho 2011.
149
Foram identificadas 41 famílias botânicas, 90 gêneros, e 143 espécies além de 34 táxons não
identificados em nível específico. As famílias com maior número de espécies foram Fabaceae
com 18, Myrtaceae com 17, Arecaceae com 10 e Melastomataceae com 07.
No arranjo fitossociológico (tabela 20), as espécies com maior frequência absoluta foram
Tapirira guianensis, Himatanthus bracteatus, Byrsonima sericea, Schefflera morototoni com
frequência superior a 50% cada uma. No tocante à dominância absoluta destacaram-se
Tapirira guianensis, Himatanthus bracteatus, Schefflera morototoni, Byrsonima sericea e
Henriettea succosa em ordem decrescente. As espécies com maior IVI foram Tapirira
guianensis, Himatanthus bracteatus, Schefflera morototoni, Byrsonima sericea e Simarouba
amara, em ordem decrescente. A densidade absoluta observada foi 1421,1 ind.ha-1
, variando
de 912,5 ind.ha-1
no remanescente Posto TIC a 1800 ind.ha-1
no Aterro Metropolitano Centro.
O índice de diversidade de Shannon-Wiener variou de 2,530 nat.ind-1
no remanescente
Alphaville II a 3,520 nat.ind-1
na Pedreira Carangi registrando a diversidade máxima de 3,796
nat.ind-1
para a Mata Atlântica de Salvador.
Com relação às árvores do estrato superior (dossel) a altura média variou de 8,43 m no
remanescente Trobogy a 12,57m no Pedreira Aratu, conferindo uma altura média de 9,91 m
para a Mata Atlântica de Salvador, ou seja, fisionomia de porte arbóreo baixo para o dossel.
Por outro lado, as árvores emergentes (acima do dossel) variaram em altura de 15 m nos
remanescentes Alphaville II e Ipitanga II até 36 m nos remanescentes Pedreira Aratu e
Pedreira Carangi perfazendo uma média de 27,23 m. Já o DAP variou de 9,59 cm no Aterro
Metropolitano Centro a 19,79 cm no Loteamento Patamares, resultando em uma média de
13,44 cm para Salvador.
Para a distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada maior
concentração dos valores na classe 5-12 com 64,82% dos indivíduos (gráfico 31). Para o
diâmetro, foi observada distrbuição relativamente uniforme nas classes <8 e 8-18 com 39,85 e
38,44 % respectivamente (gráfico 32).
No tocante às espécies raras, ou seja, aquelas com registro de apenas um indivíduo para o
presente estudo foram listadas: Psidium guajava, Licania sp, Anacardium occidentale,
150
Vernonanthura discolor, Guatteria pogonopus, Sapium glandulosum, Psidium guineensis,
Albizia sp, Brosimum lactescens, Genipa americana, Cecropia sp, Chrysophyllum rufum,
Cordia sp, Lacistema robustum, Chrysophyllum splendens, Tabernaemontana salzmannii,
Trichilia hirta, Virola sp, Cocos nucifera, Moldenhawera blanchetiana, Albizia pedicellaris,
Ocotea pubescens, Tamarindus indica e Ficus pulchella.
Dentre as espécies identificadas neste trabalho, nenhuma consta no Anexo I da Instrução
Normativa nº 06/2008, do Ministério do Meio Ambiente - Lista Oficial das Espécies da Flora
Brasileira Ameaçadas de Extinção. Por outro lado, foram identificadas Attalea salvadorensis,
Inga pleiogyna e Moldenhawera blanchetiana, espécies endêmicas.
151
Attalea salvadorensis, espécie endêmica da região de Salvador e imediações da BR-324
152
Tabela 20 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes na Mata Atlântica de
Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI). Descritores
quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1
); DR = densidade relativa (%);
DoA = dominância absoluta (m².ha-1
); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência absoluta; FR =
frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC = índice do valor de
cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².2,46 ha-1
).
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Tapirira guianensis 440 178,9 12,59 5,5 16,51 83,74 6,75 35,85 29,1 13,53
Himatanthus bracteatus 393 159,8 11,24 2,85 8,56 82,11 6,62 26,43 19,8 7,01
Morto 226 91,9 6,46 1,33 3,99 74,80 6,03 16,49 10,46 3,27
Schefflera morototoni 165 67,1 4,72 1,71 5,15 50,41 4,07 13,93 9,87 4,21
Byrsonima sericea 151 61,4 4,32 0,96 2,88 51,22 4,13 11,33 7,20 2,36
Simarouba amara 70 28,5 2 1,86 5,58 32,52 2,62 10,2 7,58 4,58
Henriettea succosa 137 55,7 3,92 0,39 1,17 40,65 3,28 8,37 5,09 0,96
Protium heptaphyllum 116 47,2 3,32 0,5 1,49 43,09 3,48 8,28 4,81 1,23
Artocarpus heterophyllum 49 19,9 1,4 2,05 6,16 8,13 0,66 8,22 7,56 5,04
Eschweilera ovata 112 45,5 3,2 0,56 1,67 40,65 3,28 8,16 4,88 1,38
Bowdichia virgilioides 45 18,3 1,29 1,34 4,03 28,46 2,3 7,61 5,32 3,30
Attalea burretiana 47 19,1 1,34 1,17 3,5 22,76 1,84 6,68 4,85 2,88
Myrsine umbellata 77 31,3 2,2 0,61 1,84 27,64 2,23 6,27 4,04 1,50
Allophylus laevigatus 75 30,5 2,15 0,38 1,13 29,27 2,36 5,64 3,28 0,93
Thyrsodium spruceanum 92 37,4 2,63 0,26 0,78 25,20 2,03 5,44 3,41 0,64
Vochysia lucida 33 13,4 0,94 1,2 3,6 8,94 0,72 5,26 4,54 2,95
Syagrus coronata 41 16,7 1,17 0,64 1,94 17,89 1,44 4,55 3,11 1,57
Syagrus schizophylla 55 22,4 1,57 0,42 1,27 17,07 1,38 4,22 2,85 1,03
Elaeis guineensis 23 9,3 0,66 0,9 2,71 9,76 0,79 4,15 3,36 2,21
Cipó 53 21,5 1,52 0,07 0,21 29,27 2,36 4,08 1,72 0,17
Psychotria carthagenensis 53 21,5 1,52 0,16 0,48 23,58 1,9 3,90 1,99 0,39
Stryphnodendron
pulcherrimum 14 5,7 0,4 0,79 2,36 8,94 0,72 3,49 2,76 1,94
Ficus gomelleira 13 5,3 0,37 0,78 2,34 8,94 0,72 3,44 2,71 1,92
Pera glabrata 23 9,3 0,66 0,63 1,9 10,57 0,85 3,41 2,56 1,55
153
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Ficus sp. 20 8,1 0,57 0,5 1,49 13,82 1,11 3,18 2,06 1,23
Myrcia sp. 50 20,3 1,43 0,08 0,23 16,26 1,31 2,97 1,66 0,20
Curatella americana 39 15,9 1,12 0,17 0,5 13,82 1,11 2,73 1,62 0,42
Inga thibaudiana 32 13 0,92 0,17 0,5 16,26 1,31 2,73 1,41 0,42
Myrtaceae 01 33 13,4 0,94 0,06 0,18 17,89 1,44 2,57 1,12 0,15
Miconia minutiflora 37 15 1,06 0,08 0,25 14,63 1,18 2,48 1,30 0,20
Miconia prasina 30 12,2 0,86 0,1 0,3 16,26 1,31 2,47 1,16 0,25
Inga laurina 27 11 0,77 0,19 0,58 10,57 0,85 2,20 1,35 0,47
Gochnatia oligocephala 32 13 0,92 0,1 0,29 9,76 0,79 1,99 1,20 0,25
Siparuna guianensis 27 11 0,77 0,05 0,16 11,38 0,92 1,85 0,93 0,12
Cecropia glaziovii 25 10,2 0,72 0,3 0,9 2,44 0,2 1,82 1,62 0,74
Xylpopia sericea 22 8,9 0,63 0,1 0,31 10,57 0,85 1,80 0,94 0,25
Bactris ferruginea 24 9,8 0,69 0,04 0,13 10,57 0,85 1,67 0,81 0,10
Attalea salvadorensis 10 4,1 0,29 0,31 0,94 4,88 0,39 1,61 1,22 0,76
Cupania rugosa 20 8,1 0,57 0,06 0,17 10,57 0,85 1,59 0,74 0,15
Myrcia splendens 22 8,9 0,63 0,03 0,09 9,76 0,79 1,51 0,72 0,07
Spondias mombim 3 1,2 0,09 0,43 1,28 1,63 0,13 1,50 1,36 1,06
Desconhecido 01 13 5,3 0,37 0,12 0,37 8,94 0,72 1,46 0,74 0,30
Erythroxylum citrifolium 22 8,9 0,63 0,05 0,15 8,13 0,66 1,43 0,78 0,12
Cordia sagotii 16 6,5 0,46 0,1 0,3 5,69 0,46 1,22 0,76 0,25
Ocotea sp. 7 2,8 0,2 0,23 0,68 4,07 0,33 1,21 0,88 0,57
Coccoloba mollis 13 5,3 0,37 0,04 0,11 8,94 0,72 1,20 0,48 0,10
Kielmeyera neglecta 16 6,5 0,46 0,09 0,28 5,69 0,46 1,20 0,74 0,22
Clusia nemorosa 15 6,1 0,43 0,07 0,21 6,50 0,52 1,16 0,64 0,17
Maytenus distichopylla 16 6,5 0,46 0,09 0,26 4,88 0,39 1,11 0,72 0,22
Cupania sp. 14 5,7 0,4 0,03 0,1 7,32 0,59 1,09 0,5 0,07
Andira fraxinifolia 11 4,5 0,31 0,06 0,17 6,50 0,52 1,01 0,48 0,15
Myrcia silvatica 12 4,9 0,34 0,02 0,07 7,32 0,59 1 0,41 0,05
154
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Fabaceae sp1 3 1,2 0,09 0,25 0,74 1,63 0,13 0,96 0,83 0,62
Casearia commersoniana 11 4,5 0,31 0,03 0,1 6,50 0,52 0,94 0,41 0,07
Hieronyma alchorneoides 8 3,3 0,23 0,12 0,36 4,07 0,33 0,91 0,58 0,30
Cecropia pachystachya 9 3,7 0,26 0,13 0,38 3,25 0,26 0,90 0,64 0,32
Ficus pulchella 1 0,4 0,03 0,26 0,79 0,81 0,07 0,89 0,82 0,64
Tamarindus indica 1 0,4 0,03 0,25 0,76 0,81 0,07 0,86 0,79 0,62
Pouteria sp. 10 4,1 0,29 0,03 0,08 5,69 0,46 0,83 0,37 0,07
Myrtaceae 03 13 5,3 0,37 0,02 0,05 4,88 0,39 0,82 0,42 0,05
Miconia sp. 13 5,3 0,37 0,02 0,06 4,07 0,33 0,76 0,43 0,05
Luehea divaricata 8 3,3 0,23 0,06 0,18 4,07 0,33 0,73 0,40 0,15
Psidium sp. 12 4,9 0,34 0,02 0,06 4,07 0,33 0,73 0,40 0,05
Eugenia sp. 8 3,3 0,23 0,01 0,03 5,69 0,46 0,71 0,25 0,02
Guazuma ulmifolia 5 2 0,14 0,1 0,31 3,25 0,26 0,71 0,45 0,25
Albizia polycephala 5 2 0,14 0,12 0,37 2,44 0,20 0,71 0,51 0,30
Cordia pilosa 9 3,7 0,26 0,02 0,05 4,88 0,39 0,70 0,31 0,05
Miconia holosericea 8 3,3 0,23 0,02 0,07 4,88 0,39 0,69 0,30 0,05
Chomelia anisomeris 8 3,3 0,23 0,02 0,06 4,88 0,39 0,68 0,29 0,05
Simaba cedron 8 3,3 0,23 0,01 0,03 4,88 0,39 0,65 0,26 0,02
Campomanesia dichotoma 6 2,4 0,17 0,04 0,11 4,07 0,33 0,61 0,28 0,10
Tovomita choysiana 9 3,7 0,26 0,03 0,08 3,25 0,26 0,60 0,34 0,07
Anaxagoria sp. 11 4,5 0,31 0,03 0,08 2,44 0,20 0,60 0,40 0,07
Vismia guianensis 8 3,3 0,23 0,03 0,1 3,25 0,26 0,59 0,33 0,07
Desconhecido 02 7 2,8 0,2 0,06 0,19 2,44 0,2 0,58 0,39 0,15
Abarema cochliacarpos 5 2 0,14 0,06 0,17 3,25 0,26 0,58 0,32 0,15
Guarea guidonea 6 2,4 0,17 0,05 0,14 3,25 0,26 0,57 0,31 0,12
Chaetocarpus
echinocarpus 7 2,8 0,2 0,01 0,04 4,07 0,33 0,57 0,24 0,02
Attalea sp. 4 1,6 0,11 0,1 0,31 1,63 0,13 0,56 0,43 0,25
Psidium oligospermum 9 3,7 0,26 0,01 0,04 3,25 0,26 0,56 0,29 0,02
155
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Syagrus botryophora 7 2,8 0,2 0,02 0,05 3,25 0,26 0,52 0,25 0,05
Psidium sartorianum 5 2 0,14 0,01 0,04 4,07 0,33 0,51 0,18 0,02
Jacaranda obovata 7 2,8 0,2 0,01 0,04 3,25 0,26 0,50 0,24 0,02
Myrtaceae 02 5 2 0,14 0,01 0,02 4,07 0,33 0,49 0,16 0,02
Brosimum gaudichaudii 6 2,4 0,17 0,01 0,03 3,25 0,26 0,47 0,20 0,02
Abarema filamentosa 6 2,4 0,17 0,01 0,02 3,25 0,26 0,46 0,19 0,02
Myrtaceae 04 9 3,7 0,26 0,02 0,07 1,63 0,13 0,46 0,33 0,05
Ocotea glomerata 4 1,6 0,11 0,04 0,13 2,44 0,2 0,44 0,24 0,10
Pogonophora
schomburgkiana 4 1,6 0,11 0,02 0,05 3,25 0,26 0,43 0,16 0,05
Polyandrococos
caudescens 4 1,6 0,11 0,02 0,05 3,25 0,26 0,42 0,16 0,05
Buchenavia sp. 7 2,8 0,20 0,04 0,11 0,81 0,07 0,38 0,32 0,10
Guapira opposita 5 2 0,14 0,01 0,04 2,44 0,20 0,38 0,18 0,02
Inga sp. 4 1,6 0,11 0,01 0,04 2,44 0,20 0,35 0,15 0,02
Caplyptranthes sp. 4 1,6 0,11 0,01 0,02 2,44 0,20 0,33 0,13 0,02
Erythroxylum squamatum 5 2 0,14 0,01 0,03 1,63 0,13 0,31 0,18 0,02
Myrcia guineensis 7 2,8 0,20 0,01 0,04 0,81 0,07 0,30 0,24 0,02
Swartzia apetala 3 1,2 0,09 0,01 0,02 2,44 0,20 0,30 0,10 0,02
Erythroxylum mucronatum 3 1,2 0,09 <0,01 0,01 2,44 0,20 0,30 0,10 0,00
Eugenia cyclophyllum 4 1,6 0,11 0,01 0,02 1,63 0,13 0,27 0,14 0,02
Guettarda viburnoides 3 1,2 0,09 0,02 0,05 1,63 0,13 0,26 0,13 0,05
Hirtella glandulosa 5 2 0,14 0,02 0,05 0,81 0,07 0,26 0,20 0,05
Hirtella sp. 3 1,2 0,09 0,01 0,04 1,63 0,13 0,26 0,13 0,02
Mangifera indica 2 0,8 0,06 0,02 0,05 1,63 0,13 0,24 0,11 0,05
Pilocarpus sp. 3 1,2 0,09 0,01 0,02 1,63 0,13 0,24 0,11 0,02
Tibouchina candoleana 3 1,2 0,09 0,01 0,02 1,63 0,13 0,24 0,11 0,02
Chomelia obtusa 3 1,2 0,09 0,01 0,02 1,63 0,13 0,24 0,11 0,02
Pouteria grandiflora 2 0,8 0,06 0,02 0,05 1,63 0,13 0,24 0,10 0,05
156
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Inga ciliata 3 1,2 0,09 0,01 0,02 1,63 0,13 0,23 0,10 0,02
Ocotea pubescens 1 0,4 0,03 0,05 0,14 0,81 0,07 0,23 0,17 0,12
Pouteria ramiflora 2 0,8 0,06 0,01 0,03 1,63 0,13 0,22 0,09 0,02
Albizia pedicellaris 1 0,4 0,03 0,04 0,12 0,81 0,07 0,22 0,15 0,10
Chamaecrista sp. 2 0,8 0,06 0,01 0,03 1,63 0,13 0,21 0,08 0,02
Pachira glabra 2 0,8 0,06 0,01 0,03 1,63 0,13 0,21 0,08 0,02
Clitoria fairchildiana 3 1,2 0,09 0,02 0,06 0,81 0,07 0,21 0,14 0,05
Zanthoxylum rhoifolium 2 0,8 0,06 0,01 0,02 1,63 0,13 0,21 0,08 0,02
Guatteria sp. 2 0,8 0,06 0,01 0,02 1,63 0,13 0,20 0,07 0,02
Annona sp. 2 0,8 0,06 <0,01 0,01 1,63 0,13 0,20 0,07 <0,01
Psychotria sp. 2 0,8 0,06 <0,01 0,01 1,63 0,13 0,20 0,07 <0,01
Miconia alborufescens 2 0,8 0,06 <0,01 0,01 1,63 0,13 0,20 0,06 <0,01
Desconhecido 03 2 0,8 0,06 <0,01 <0,01 1,63 0,13 0,19 0,06 <0,01
Moldenhawera
blanchetiana 1 0,4 0,03 0,03 0,09 0,81 0,07 0,19 0,12 0,07
Cocos nucifera 1 0,4 0,03 0,02 0,07 0,81 0,07 0,16 0,10 0,05
Sloanea guianensis 2 0,8 0,06 0,01 0,02 0,81 0,07 0,14 0,08 0,02
Margaritaria nobilis 2 0,8 0,06 0,01 0,02 0,81 0,07 0,14 0,08 0,02
Virola sp. 1 0,4 0,03 0,01 0,04 0,81 0,07 0,14 0,07 0,02
Tabernaemontana
salzmannii 1 0,4 0,03 0,01 0,04 0,81 0,07 0,13 0,07 0,02
Trichilia hirta 1 0,4 0,03 0,01 0,04 0,81 0,07 0,13 0,06 0,02
Chrysophyllum splendens 1 0,4 0,03 0,01 0,03 0,81 0,07 0,12 0,06 0,02
Chrysophyllum rufum 1 0,4 0,03 <0,01 0,01 0,81 0,07 0,11 0,04 <0,01
Cordia sp. 1 0,4 0,03 <0,01 0,01 0,81 0,07 0,11 0,04 <0,01
Lacistema robustum 1 0,4 0,03 <0,01 0,01 0,81 0,07 0,11 0,04 <0,01
Psidium guajava 1 0,4 0,03 <0,01 0,01 0,81 0,07 0,10 0,04 <0,01
Licania sp. 1 0,4 0,03 <0,01 0,01 0,81 0,07 0,10 0,04 <0,01
Anacardium occidentale 1 0,4 0,03 <0,01 0,01 0,81 0,07 0,10 0,03 <0,01
157
Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB
Vernonanthura discolor 1 0,4 0,03 <0,01 0,01 0,81 0,07 0,10 0,03 <0,01
Guatteria pogonopus 1 0,4 0,03 <0,01 0,01 0,81 0,07 0,10 0,03 <0,01
Sapium glandulosum 1 0,4 0,03 <0,01 <0,01 0,81 0,07 0,10 0,03 <0,01
Psidium guineensis 1 0,4 0,03 <0,01 <0,01 0,81 0,07 0,10 0,03 <0,01
Albizia sp. 1 0,4 0,03 <0,01 <0,01 0,81 0,07 0,10 0,03 <0,01
Brosimum lactescens 1 0,4 0,03 <0,01 <0,01 0,81 0,07 0,10 0,03 <0,01
Genipa americana 1 0,4 0,03 <0,01 <0,01 0,81 0,07 0,10 0,03 <0,01
Cecropia sp. 1 0,4 0,03 <0,01 <0,01 0,81 0,07 0,10 0,03 <0,01
Total 3496 1421,1 100 33,3 100 1239,84 100 300 200 81,90
Gráfico 31 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados
pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e
avançado da vegetação da Mata Atlântica. Síntese dos resultados dos remanescentes de
Mata Atlântica de Salvador-BA. Fevereiro a julho de 2011.
158
Gráfico 32 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do
peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios
sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Síntese dos
resultados dos remanescentes de Mata Atlântica de Salvador-BA. Fevereiro a julho de
2011.
2.4 DISCUSSÃO
A perda do habitat tem sido apontada como o primcipal agente de deterioração ambiental
(STILING, 1992). Esse ônus é também responsável pelo processo de fragmentação da Mata
Atlântica. Ainda que a vegetação atual de Salvador seja de fato secundária, o diagnóstico
florístico e fitossociólogico obtido no presente estudo revela que seus remanescentes se
encontram em condição de regeneração, isso pela ocorrência comprovada de um grande
número de remanescentes em estágio médio de regeneração.
Com relação ao levantamento florístico, as famílias botânicas com ocorrência de maior
número de espécies no presente trabalho foram: Fabacea (Leguminosae), Myrtacea,
Melastomataceae e Rubiaceae. Essas famílias constam de forma geral em levantamentos
florísticas e fitossociológicos realizados para as formações preservadas ou remanescentes
fragmentários da Mata Atlântica de encosta ou baixada em outros ambientes. Desta forma, são
citadas para Rio de Janeiro (HOCH et al, 1994); em floresta secundária do município de
159
Linhares no Espírito Santo (REZZINI, 1994); na Mata Atlântica do estado de Sergipe
(LANDIM & SANTOS, 1996) e em Mata Atlântica preservada de encosta da região de
Jureia-Itatins em São Paulo (MAMEDE et al 2004).
De forma comparativa, a composição em espécie obtida a partir da amostragem
fitossociológica mostrou para a Mata Atlântica de Salvador o total de 177 espécies arbóreas
numa área amostral de 2,46 hectares, contra 432 espécies arbóreas para uma área de 2,3
hectares encontradas na Mata Atlântica preservada de encosta do estado de São Paulo
(TABARELLI & MANTOVANI, 1999). O maior valor obtido para estes autores advém do
estado de encosta preservada e da fisionomia arbórea com dossel médio de 20 metros, já que
no caso de Salvador sua vegetação encontra-se, no geral, sujeita à pressão antrópica, por
conseguinte secundária, com fisionomia arbórea média, de dossel médio de cerca de 10
metros. Os resultados de Landim & Santos (1996) para a mancha secundária da Mata
Atlântica do estado de Sergipe, também sob pressão antrópica, com registro de 206 espécies,
dentro de 70 famílias botânicas, foram inferiores aos resultados deste diagnóstico. Em trecho
de Mata Atlântica Secundária do Parque de Pituaçu em Salvador/BA, Bautista et. al. (1994)
registraram para a composição florística 222 espécies, distribuídas em 70 famílias, resultado
também inferior ao do presente diagnóstico.
No tocante à composição florística dos remanescentes, analisada de forma individualizada, os
resultados inferem que, de forma geral, os remanescentes se apresentam relativamente
parecidos, onde o aumento de espécies parece decorrer de uma área maior do remanescente
que resulta em maior chance de ocorrência. Isto foi verificado nos remanescentes Trobogy,
Greenville e 19º BC com 73, 63 e 46 espécies respectivamente.
A relação entre o número de espécies, abundância relativa e sua área ocupada é um atributo
biótico denominado de diversidade, em que sua expressão matemática criada por Shannon-
Weaver foi baseada na Teoria da Informação (MARGALEF, 1974). A diversidade também é
um índice ecológico com expressão numérica de 1 a 4,9 que infere caráter heterogêneo nas
escalas específica e/ou local – a diversidade alfa; de comunidade; a diversidade beta e de um
ecossistema e/ou bioma – a diversidade gama. Para a Mata Atlântica de Salvador, no presente
diagnóstico, foi registrado o índice de diversidade de 3,796 nat.ind-1
. Este valor se aproxima
160
ao resultado encontrado por Jarenkow (1995) de 3,670 nat.ind-1
em Mata Atlântica de encosta
do estado do Rio Grande do Sul e de 3,682 nat.ind-1
para Mata Atlântica secundária do
Espírito Santo (SIMONELLY et al, 1996).
Quanto à abundância, principalmente, representada pelo IVI – que melhor expressa o papel de
representação – são apontadas as espécies Tapirira guianensis, Himatanthus bracteatus e
Schefflera morototoni como aquelas representantes dos remanescentes de Salvador. Para
densidade absoluta, outra forma que expressa a quantidade de indivíduos no espaço, foi
anotado para a Mata Atlantica de Salvador uma densidade absoluta de 1421,1 ind./ha, similar
ao resultado de 1526,6 ind.ha-1
encontrado para fragmento de Mata Atlântica de tabuleiro da
vizinhança de Natal/RN (CESTARO & SOARES, 2001). Ainda no Rio Grande do Norte,
Oliveira et al (2001) obtiveram a densidade absoluta total de 1026,5 ind.ha-1
em remanescente
secundário de Mata Atlântica, resultado menor que o verificado para Salvador neste
diagnóstico.
Com relação ao efeito do sítio sobre a colonização da vegetação, foi observado frente ao
relevo colinoso de Salvador que os estandes vegetacionais, subtipos de uma formação vegetal,
encontram-se diferenciados quando se considera a vertente da colina e o topo desta, onde nas
vertentes e baixadas, devido ao maior potencial hídrico, apresentam fisionomia de porte mais
alto e menor densidade de indivíduos, e ao contrário no topo, de menor potencial hídrico e
maior luminosidade, o estande tem fisionomia mais baixa e maior densidade de indivíduos.
Esse padrão foi também registrado na Mata Atlântica de Paranaciacaba de São Paulo em que
Gomes et al (1996) encontraram índices fitossociológicos diferenciados, com valor de 208
ind.ha-1
na encosta (vertente) e 626 ind.ha-1
no topo do morro (colina).
As comunidades bióticas em geral se arranjam no espaço e tempo dentro de dois componentes
ecológicos fundamentais: distribuição e abundância, sendo que os fatores ambientais de
origem natural e/ou antrópica determinam e regulam os padrões de colonização e
estabilização das espécies. Nas comunidades de plantas do mundo, (bioma) as populações de
espécies de plantas apresentam distribuição e abundância diferentes para as faixas de latitude
do globo. Devido à soma de vários fatores em escala macro e micro, as latitudes altas
apresentam baixa diversidade de espécies somada ao aumento dos indivíduos na população e
nas latitudes baixas ocorre o inverso nestes dois aspectos. Por conseguinte, as florestas
161
ombrófilas densas, localizadas na faixa intertropical, latitudes baixas, são detentoras da maior
diversidade de espécies para o ambiente continental do planeta. Nestas florestas registra-se
também a condição natural de redução do número de indivíduos na população, configurando a
categoria de espécie rara.
Nesse sentido, foi registrada no presente diagnóstico, a ocorrência de várias espécies raras, ou
seja, aquelas representadas por um único indivíduo. Em igual condição, Carvalho & Amorim
(1996) no levantamento florístico e fitossociológico da Mata da Esperança, campo avançado
da CEPLAC em Ilhéus/BA, apontaram cerca de 70 espécies raras em Mata Atlântica primária
preservada.
Retornando ao componente distribuição, o meio físico tem sido apontado como o principal
agente capaz de facilitar ou barrar a dispersão (propagação à distância) das espécies. As
barreiras geográficas e os fenômenos bióticos específicos são agentes capazes de limitar a
distribuição da espécie de uma região: endemismo (STILING, 1992). As espécies endêmicas
foram assim denominadas pela primeira vez pelo botânico De Candole em 1820 e como
exemplo cita-se Dalbergia nigra (Jacarandá da Bahia), endêmica da Mata Atlântica
(RIZZINI, 1997). Neste diagnóstico, foram registradas Inga pleiogyna, Moldenhawera
blanchetiana, espécies endêmicas da Bahia e, Attalea salvadorensis, endêmica da Região
Metropolitana de Salvador com categoria endêmica e pátria confirmadas por Lorenzi (2010).
Esses endemismos de ocorrência local e/ou regional poderiam se originar dos processos de
especiação de dada espécie local de ampla dispersão, provocado por mudanças no habitat
(RIZZINI, 1997).
2.5 CONCLUSÃO
O uso de metodologia múltipla de diagnóstico da vegetação envolvendo a análise de imagem
de sensoriamento remoto de ultima geração contra a avaliação da estrutura fitossociológica e
de produção vegetal se mostrou eficiente para a determinação dos estágios de sucessão dos
remanescentes da Mata Atlântica de Salvador.
162
A composição florística da Mata Atlântica de Salvador encontra-se representada por 73
famílias botânicas onde se incluem 193 gêneros e 257 espécies e mais 37 no nível de gênero e
3 morfo-espécies ainda não identificados. O registro de biodiversidade alfa da ordem
numérica média de 280 espécies confere o estado remanescente para a atual mata atlântica de
Salvador. Componentes descritores e índices numéricos de natureza fitossociológica das
populações de plantas inferem a fisionomia arbórea para a vegetação.
Quanto à ocorrência de espécies relacionadas ao grau de conservação, o diagnóstico obtido
revela, ainda que sob condição de vegetação secundária, a Mata Atlântica atual de Salvador
encontra-se constituída principalmente de espécies nativas com registro de endemismo, sendo
que, mesmo com a ocorrência esparsa de espécies exóticas não compromete a condição
acima.
Os maiores registros de índice de valor de importância (IVI), que sintetiza dados relativos de
densidade, frequência e dominância, foram obtidos para as espécies nativas indicadoras de
mata secundária, principalmente para Tapirira guianensis (pau-pombo), Himatanthus
bracteatus (janaúba), Schefflera morototoni (morototó), Byrsonima sericea (murici) e
Simarouba amara (pau-paraíba). Dentre estas, quatro também inclusas na Resolução
CONAMA nº 05/1994, como pertencentes aos gêneros mais frequentes para a floresta
ombrófila densa em estágio médio de regeneração no Estado da Bahia.
Com base no sensoriamento remoto, no processamento digital de imagens e na análise
florística e fitossociológica, verificou-se que a cobertura vegetal na cidade de Salvador,
especificamente nas áreas de influência da Avenida Luís Viana e do rio Ipitanga, está
distribuída em remanescentes fragmentários que totalizam 1.882,59 hectares de vegetação
secundária de Mata Atlântica, sendo que desse total, 23,47 % encontram-se em estágio
inicial, 75,38 % em estágio médio e 1,15 % em estágio avançado de regeneração.
163
2.6 REFERÊNCIAS
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166
CAPÍTULO 3
AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE BIOMASSA DA SERRAPILHEIRA E
COMPOSIÇÃO E ABUNDÂNCIA DA ASSOCIAÇÃO DE PLANTAS DO
SUBOSQUE
Juarez Jorge Santos
1
Nid Coelho Amorim2
3.1 INTRODUÇÃO
O município de Salvador, com clima tropical úmido, encontra-se inserido na região de
domínio da vegetação ombrófila densa, denominada Mata Atlântica. Possui área com cerca de
sete mil hectares, contudo, sua vegetação se apresenta em estado atual de fragmentação,
determinado por forte pressão de natureza antrópica.
Os estudos sobre a Mata Atlântica de Salvador sempre foram direcionados ao conhecimento
qualitativo da sua composição florística – listagem das espécies de plantas – inicialmente
realizados por naturalistas europeus nos séculos XVIII e XIX e posteriormente, no século XX,
realizados por Radam Brasil (1983) e Guedes e Santos (1997).
Atributos de natureza quantitativa relacionados ao arranjo numérico das populações de
espécies de plantas – fitossociologia – sempre foram negligenciados para Salvador, a exceção
do estudo fitossociológico dos estratos arbóreos realizado em área protegida do parque de
Pituaçú por Santos et. al, (2008). De outra forma, estudos ligados a estrato não arbóreo da
vegetação como o de andar inferior, denominado subosque, envolvendo a produção de
biomassa e ainda arranjo numérico das plantas, nunca foram investigados em Salvador. O
1 Doutor em Ciências Biológicas pela USP, pesquisador associado ao Laboratório de Estudos em Anatomia de
Madeiras, do Instituto de Biologia/UFBA
2 Biólogo, Especialista em Gerenciamento Ambiental pela Universidade Católica do Salvador. Atua em
atividades de consultoria em meio ambiente
167
subosque é o estrato responsável pelo recrutamento florestal, além de várias funções
ecológicas como: manutenção, equilíbrio e conservação. Esse estrato é colonizado por
espécies de plantas de diferentes padrões sucessionais como primário, secundário e tardio.
A superfície do solo das formações vegetacionais, principalmente florestas, encontra-se
recoberta por uma camada de material orgânico cuja massa é originada pela queda dos
próprios compartimentos ou órgãos das plantas como: folhas, ramos, flores, frutos, entre
outros. Essa camada, agente direto da reciclagem de nutrientes da floresta, recebe várias
denominações como: liter, horizonte orgânico, foliço, folhedo, manta e serrapilheira, sendo
parâmetro de determinação dos estágios de sucessão do bioma Mata Atlântica, conforme
preconiza a resolução CONAMA nº 05/1994. Ainda que esta resolução não especifique o
método de quantificação desse componente, tem-se utilizado como análise de produção
florestal a avaliação da biomassa espacial (standing crop).
Mesmo tardia, a legislação referente à conservação da Mata Atlântica tem, de certa forma,
compensado as suas perdas, sendo estas, entre outras causas, devido ao desconhecimento da
sua estrutura vegetacional. Desta forma, a obtenção de uma fonte de dados específicos
consubstanciados se constituirá como subsidio a adoção de prognósticos.
Assim sendo, objetivou-se estudar a produção de biomassa da serrapilheira e a composição e
abundância da associação de espécies de plantas do subosque como subsídio à determinação
dos estágios sucessionais inicial, médio a avançado da Mata Atlântica de Salvador conforme
Resolução CONAMA 05/94.
168
3.2 MATERIAL E MÉTODOS
Os procedimentos de campo foram realizados entre fevereiro e julho de 2011 na área de
estudo localizada entre as coordenadas UTM 557157E, 569805E; 8566143N, 8573211N, área
de influência da Avenida Luís Viana nas coordenadas UTM 562389E, 568983E; 8580079N,
8575419N para a área de influência do rio Ipitanga.
Foram utilizados os métodos do caminhamento e posicionamento com uso do receptor GPS
para os pontos visitados, além da análise da composição do dossel. A amostragem da
serrapilheira foi realizada com os métodos do quadrado e colheita para avaliação da biomassa
e o método dos pontos para a sua espessura.
No laboratório empregaram-se os métodos da secagem em estufa a 80 ± 5 ºC até atingir peso
constante e o gravimétrico. A biomassa foi expressa em peso seco total do material em Kg.m-
2 e a espessura vertical, em cm. A abundância foi representada em cinco intervalos de classe e
foram considerados índices de frequência.
Para o subosque também se utilizou os métodos de caminhamento e do quadrado aleatório
(1x1 m) em réplicas onde se procedeu a contagem e identificação in loco de todos os
indivíduos. A identificação das espécies de plantas foi realizada através de bibliografia
específica. Os resultados foram expressos em índices de densidade e frequência.
3.3 RESULTADOS
A análise quantitativa de abundância para a serrapilheira e as populações de espécies/táxons
do subosque expressas em fitomassa espacial (standing crop) e densidade e frequência,
respectivamente, estão registrados de forma isolada para todos os remanescentes estudados e,
conjunta, para o município de Salvador. Ademais, a composição de espécies de plantas
encontra-se registrada na Tabela 22.
169
Tabela 21 – Lista de táxons (famílias, gêneros e espécies) ocorrentes no subosque dos
remanescentes de Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho de 2011.
Família Espécie Nome popular
Anacardiaceae Tapirira guianensis pau-pombo
Annonaceae Xylopia sericea pindaíba-vermelha
Apocynaceae Himatanthus bracteatus janaúba
Araceae Philodendron acutatum imbé
Araceae Philodendron sp -
Araliaceae Schefflera morototoni morototó
Arecaceae Attalea burretiana indaiá
Arecaceae Bactris sp palmeirinha
Arecaceae Elaeis gineensis dendê
Arecaceae Syagrus coronata licuri
Bignoniaceae trepadeira
Boraginaceae Cordia sp baba-de-boi
Burceraceae Protium heptaphyllum amescla
Celastraceae Goupia sp cupiúva
Clusiaceae Platonia cf sp landirana
Clusiaceae Kielmeyera sp pau-santo
Clusiaceae Tovomita choisyana mangue-da-mata
Costaceae Costus spiralis -
170
Família Espécie Nome popular
Cyperaceae Rhynchospora cephalotes capim bolota
Cyperaceae Rhynchospora sp capim bolota
Cyperaceae Scleria bracteata tiririca
Dilleniaceae Curatella americana lixeira
Dilleniaceae Doliocarpus sp -
Dilleniaceae -
Dioscoreaceae Dioscorea discolor -
Erytrhoxylaceae Erythroxylum spp erva-de-rato
Euphorbiaceae Pera glabrata pau-de-tamanco
Euphorbiaceae Pogonophora schomburgkiana coção
Fabaceae - Caesalpinioideae Bauhinia sp pata-de-vaca
Fabaceae - Mimosoideae Abarema cochliocarpos ingarana
Fabaceae - Mimosoideae Inga cililata ingá
Fabaceae - Mimosoideae Inga spp ingá
Fabaceae - Mimosoideae Stryphnodendron pulcherrimum juerana branca
Fabaceae - Papilionoideae trepadeira
Fabaceae - Papilionoideae Andira sp angelim-branco
Fabaceae - Papilionoideae Dalbergia nigra Jacaranda
Flacourtiaceae Casearia sp cafezinho
Heliconiaceae Heliconia sp heliconia
171
Família Espécie Nome popular
Lauraceae Ocotea sp louro
Lecythidaceae Eschweilera ovata biriba
Malvaceae -
Malpighiaceae Byrsonima sericea murici
Marantaceae Stromanthe porteana -
Melastomataceae Clidemia spp -
Melastomataceae Henriettea sp munduruvu
Melastomataceae Miconia spp munduruvu
Menispermaceae - -
Myrtaceae - -
Moraceae Artocarpus heterophyllus jaqueira
Orchidaceae Catasetum sp -
Orchidaceae Oeceoclades maculata -
Orchidaceae Vanilla sp baunilha
Passifloraceae Passiflora sp maracujá
Piperaceae Piper divaricatum caapeba
Piperaceae Piper sp caapeba
Poaceae Brachiaria sp capim-braquiária
Poaceae Guadua cf sp bambuzinho
Poaceae Olyra latifolia -
172
Família Espécie Nome popular
Poaceae Parodiolyra sp -
Poaceae - -
Polygonaceae Coccoloba sp folha-de-bolo
Primulaceae Myrsine umbellata pororoca
Rubiaceae Psychotria spp -
Rubiaceae - -
Sapindaceae Allophyllus laevigatus xau-xau
Sapindaceae Cupania sp caboatã
Sapindaceae Cardiospermum sp -
Simaroubaceae Simarouba amara pau-paraíba
Siparunaceae Siparuna guianensis negamina
Solanaceae Solanum sp -
Vochysiaceae Vochysia lucida pau-de-tucano
Indeterminada 1 - -
Indeterminada 2 - -
Indeterminada 3 - -
Monilophyta - -
Plâtula - -
173
3.3.1 Remanescente Alphaville I
Foram registrados para o remanescente Alphaville I valores médios de biomassa e espessura
vertical da serrapilheira de 0,798 ± 0,329 Kg.m-2
e 3,213 ± 1,556 cm, respectivamente. Dos
cinco intervalos de classe adotados no presente trabalho para os valores médios de biomassa,
obtiveram-se apenas índices de frequência absoluta relativa e acumulada nas três primeiras
classes, com a primeira registrando 70% para a frequência relativa (tabela 22). Já para o
atributo espessura, com a ocorrência de dados nas quatro primeiras classes, foi registrada a
frequência relativa de 60% na segunda classe (tabela 23).
Na análise de abundância do subosque do remanescente Alphaville I registraram-se vinte
famílias botânicas, vinte gêneros e vinte e oito espécies/táxons. Para a densidade absoluta foi
obtida variação de 0,14 a 17,86 ind.m-2
com as espécies/táxons Piper sp, Parodiolyra sp,
Himatanthus bracteatus, Protium heptaphyllum e Plântula (tabela 24), apresentando os
maiores índices. Destas, Piper sp destacou-se das demais em termos de sua grande ocorrência
sendo, por conseguinte, a espécie mais densa e mais frequente do remanescente.
Tabela 22– Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Alphaville I da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro –
julho, 2011.
Intervalo de classe
(Kg.m-2
) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 21 70,00 21 70,0
[0,955 - 1,673[ 1,314 8 26,67 29 96,7
[1,673 - 2,390[ 2,031 1 3,33 30 100,0
[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -
[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -
Total - 30 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
174
Tabela 23 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Alphaville I da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,30 27 33,75 27 33,8
[2,6 - 5,2[ 3,90 48 60,00 75 93,8
[5,2 - 7,8[ 6,50 4 5,00 79 98,8
[7,8 - 10,4[ 9,10 1 1,25 80 100,0
[10,4 - 13,0] 11,70 - - - -
Total - 80 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 24– Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Alphaville I da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Família Espécie DA DR FA FR
Piperaceae Piper sp 17,86 34,72 100,00 8,97
Poaceae Parodiolyra sp 4,14 8,06 28,57 2,56
Apocynaceae Himatanthus bracteatus 3,71 7,22 71,43 6,41
Burceraceae Protium heptaphyllum 3,14 6,11 85,71 7,69
Plantula 3,14 6,11 85,71 7,69
Poaceae Olyra latifolia 2,57 5,00 14,29 1,28
Sapindaceae Cardiospermum sp 2,14 4,17 85,71 7,69
Cyperaceae Rhynchospora
cephalotes 2,00 3,89 57,14 5,13
Heliconiaceae Heliconia sp 2,00 3,89 71,43 6,41
Lecythidaceae Eschweilera ovata 1,71 3,33 57,14 5,13
Araceae Philodendron acutatum 1,14 2,22 57,14 5,13
Fabaceae - Inga cililata 1,14 2,22 57,14 5,13
175
Família Espécie DA DR FA FR
Mimosoideae
Rubiaceae Psychotria spp 1,14 2,22 14,29 1,28
Annonaceae Xylopia sericea 1,00 1,94 42,86 3,85
Marantaceae Stromanthe porteana 0,86 1,67 14,29 1,28
Arecaceae Elaeis gineensis 0,71 1,39 28,57 2,56
Dilleniaceae 0,57 1,11 42,86 3,85
Simaroubaceae Simarouba amara 0,57 1,11 28,57 2,56
Bignoniaceae 0,29 0,56 14,29 1,28
Mirtaceae 0,29 0,56 28,57 2,56
Indeterminada 3 0,29 0,56 28,57 2,56
Arecaceae Bactris sp 0,14 0,28 14,29 1,28
Fabaceae -
Mimosoideae
Stryphnodendron
pulcherrimum 0,14 0,28 14,29 1,28
Lauraceae Ocotea sp 0,14 0,28 14,29 1,28
Poaceae 0,14 0,28 14,29 1,28
Rubiaceae 0,14 0,28 14,29 1,28
Siparunaceae Siparuna guianensis 0,14 0,28 14,29 1,28
Indeterminada 1 0,14 0,28 14,29 1,28
Total 51,43 100,00 1114,29 100,00
3.3.2 Remanescente Alphaville II
Para o remanescente Alphaville II registraram-se valores médios de biomassa e espessura
vertical da serrapilheira de 0,851 ± 0,203 Kg.m-2
e 3,213 ± 1,556 cm, respectivamente.
Quanto à distribuição de frequência nos cinco intervalos de classe, para as duas variáveis foi
observada ocorrência apenas na primeira e segunda classe sendo 73,33% dos resultados de
biomassa representadas na primeira e 65% dos valores de espessura vertical na segunda classe
(tabelas 25 e 26). Na análise de abundância do subosque do registraram-se dezessete famílias
botânicas, dezessete gêneros e vinte espécies/táxons. A densidade absoluta variou de 0,50 a
176
13,50 ind.m-2
com as espécies/táxons Olyra latifólia, Protium heptaphyllum, Inga spp e Piper
sp destacando com os maiores índices (tabela 27)
Tabela 25 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Alphaville II da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro –
julho, 2011.
Intervalo de classe
(Kg.m-2
) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 11 73,33 11 73,3
[0,955 - 1,673[ 1,314 4 26,67 15 100,0
[1,673 - 2,390[ 2,031 - - - -
[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -
[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -
Total - 15 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 26 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Alphaville II da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,30 7 35,00 7 35,0
[2,6 - 5,2[ 3,90 13 65,00 20 100,0
[5,2 - 7,8[ 6,50 - - - -
[7,8 - 10,4[ 9,10 - - - -
[10,4 - 13,0] 11,70 - - - -
Total - 20 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
177
Tabela 27 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Alphaville II da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Família Espécie DA DR FA FR
Anacardiaceae Tapirira guianensis 1,00 1,59 50,00 3,85
Annonaceae Xylopia sericea 3,50 5,56 100,00 7,69
Apocynaceae Himatanthus
bracteatus 3,50 5,56 100,00 7,69
Araceae Philodendron
acutatum 2,00 3,17 50,00 3,85
Araliaceae Schefflera morototoni 0,50 0,79 50,00 3,85
Boraginaceae Cordia sp 1,00 1,59 50,00 3,85
Burceraceae Protium heptaphyllum 12,00 19,05 50,00 3,85
Cyperaceae Rhynchospora
cephalotes 2,00 3,17 50,00 3,85
Cyperaceae Scleria bracteata 2,00 3,17 50,00 3,85
Dilleniaceae 1,00 1,59 50,00 3,85
Fabaceae -
Mimosoideae Inga spp 7,00 11,11 100,00 7,69
Fabaceae -
Papilionoideae 1,00 1,59 50,00 3,85
Lecythidaceae Eschweilera ovata 1,50 2,38 50,00 3,85
Melastomataceae Clidemia spp 1,50 2,38 100,00 7,69
Piperaceae Piper sp 5,00 7,94 50,00 3,85
Poaceae Olyra latifolia 13,50 21,43 100,00 7,69
Poaceae Parodiolyra sp 0,50 0,79 50,00 3,85
Rubiaceae Psychotria spp 1,00 1,59 50,00 3,85
Sapindaceae Cardiospermum sp 3,00 4,76 100,00 7,69
Indeterminada 3 0,50 0,79 50,00 3,85
Total 63,00 100,00 1300,00 100,00
178
3.3.3 Remanescente Aterro Canabrava
No remanescente Aterro Canabrava os valores médios de biomassa e espessura vertical da
serrapilheira foram, respectivamente, de 1,660 ± 0,679 Kg.m-2
e 6,231 ± 2,0 cm. Os
resultados para as duas variáveis foram registrados nos cinco intervalos de classe sendo mais
representativos na segunda e terceira classe com 53,73 e 20,90% para a biomassa e 42,86 e
30,61% para espessura vertical, respectivamente (tabelas 28 e 29). Para o subosque, foram
identificadas vinte e duas famílias, vinte e quatro gêneros e vinte e nove espécies/táxons. A
densidade absoluta variou de 0,02 a 2,78 ind.m-2
sendo os maiores registros observados para
Himatanthus bracteatus e Tapirira guianensis com 2,78 e 1,73 ind.m-2
, respectivamente
(tabela 30). Todas as demais espécies/táxons desse remanescente apresentaram densidade
absoluta inferior a 1,0 ind.m-2
.
Tabela 28 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Aterro Canabrava da Mata Atlânticade Salvador.
Fevereiro – julho, 2011.
Intervalo de classe
(Kg.m-2
) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 5 7,46 5 7,5
[0,955 - 1,673[ 1,314 36 53,73 41 61,2
[1,673 - 2,390[ 2,031 14 20,90 55 82,1
[2,390 - 3,108[ 2,749 10 14,93 65 97,0
[3,108 - 3,826] 3,467 2 2,99 67 100,0
Total - 67 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
179
Tabela 29 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Aterro Canabrava da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,30 1 0,68 1 0,7
[2,6 - 5,2[ 3,90 63 42,86 64 43,5
[5,2 - 7,8[ 6,50 45 30,61 109 74,1
[7,8 - 10,4[ 9,10 34 23,13 143 97,3
[10,4 - 13,0] 11,70 4 2,72 147 100,0
Total - 147 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 30 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Aterro Canabrava da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Família Espécie DA DR FA FR
Anacardiaceae Tapirira guianensis 1,73 18,24 5,28 6,25
Apocynaceae Himatanthus bracteatus 2,78 29,39 8,45 10,00
Araliaceae Schefflera morototoni 0,02 0,17 1,06 1,25
Arecaceae Bactris sp 0,05 0,51 2,11 2,50
Burceraceae Protium heptaphyllum 0,74 7,77 9,50 11,25
Clusiaceae Platonia cf sp 0,06 0,68 2,11 2,50
Cyperaceae Rhynchospora cephalotes 0,67 7,09 3,17 3,75
Cyperaceae Scleria bracteata 0,82 8,61 5,28 6,25
Dilleniaceae 0,03 0,34 2,11 2,50
Erytrhoxylaceae Erythroxylum spp 0,10 1,01 3,17 3,75
Euphorbiaceae
Pogonophora
schomburgkiana 0,03 0,34 2,11 2,50
180
Família Espécie DA DR FA FR
Fabaceae
Mimosoideae Abarema cochliocarpos 0,08 0,84 1,06 1,25
Fabaceae
Mimosoideae Inga spp 0,05 0,51 1,06 1,25
Fabaceae
Mimosoideae
Stryphnodendron
pulcherrimum 0,18 1,86 2,11 2,50
Flacourtiaceae Casearia sp 0,02 0,17 1,06 1,25
Heliconiaceae Heliconia sp 0,11 1,18 2,11 2,50
Lecythidaceae Eschweilera ovata 0,35 3,72 4,22 5,00
Melastomataceae Henriettea sp 0,13 1,35 2,11 2,50
Mirtaceae 0,13 1,35 5,28 6,25
Piperaceae Piper sp 0,77 8,11 1,06 1,25
Poaceae Brachiaria sp 0,06 0,68 1,06 1,25
Poaceae Olyra latifolia 0,06 0,68 3,17 3,75
Polygonaceae Coccoloba sp 0,11 1,18 3,17 3,75
Primulaceae Myrsine umbellata 0,02 0,17 1,06 1,25
Rubiaceae Psychotria spp 0,03 0,34 2,11 2,50
Rubiaceae 0,06 0,68 2,11 2,50
Simaroubaceae Simarouba amara 0,21 2,20 4,22 5,00
Indeterminada 2 0,06 0,68 2,11 2,50
Indeterminada 3 0,02 0,17 1,06 1,25
Total 9,47 100,00 84,46 100,00
3.3.4 Remanescente Aterro Metropolitano Centro
Os valores médios registrados para biomassa e espessura vertical da serrapilheira no
remanescente Aterro Metropolitano Centro foram, respectivamente, de 1,412 ± 0,482 Kg.m-2
e 4,4 ± 2,122 cm. A biomassa foi representada nas três primeiras classes com destaque para a
segunda, com 45,00% (tabela 31) e a espessura vertical, nas quatro primeiras classes com
maior frequência na classe II (52,50%) (tabela 32). A análise da abundância do subosque
181
revelou vinte e três famílias botânicas, vinte e dois gêneros e trinta e uma espécies/táxons. A
densidade absoluta variou de 0,20 a 3,40 ind.m-2
. Tapirira guianensis e Himatanthus
bracteatus foram as espécies de maior abundância com 3,40 ind.m-2
sendo, H. bracteatus a
única espécie com 100% de frequência para esse remanescente (tabela 33).
Tabela 31 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Aterro Metropolitano Centro da Mata Atlântica de
Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Intervalo de classe
(Kg.m-2
) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 4 20,00 4 20,0
[0,955 - 1,673[ 1,314 9 45,00 13 65,0
[1,673 - 2,390[ 2,031 7 35,00 20 100,0
[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -
[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -
Total - 20 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 32 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Aterro Metropolitano Centro da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro –
julho, 2011.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,30 7 17,50 7 17,5
[2,6 - 5,2[ 3,90 21 52,50 28 70,0
[5,2 - 7,8[ 6,50 9 22,50 37 92,5
[7,8 - 10,4[ 9,10 3 7,50 40 100,0
[10,4 - 13,0] 11,70 - - - -
Total - 40 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
182
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 33 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Aterro Metropolitano Centro da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Família Espécie DA DR FA FR
Anacardiaceae Tapirira guianensis 3,40 12,88 60,00 5,56
Annonaceae Xylopia sericea 1,00 3,79 80,00 7,41
Apocynaceae Himatanthus
bracteatus 3,40 12,88 100,00 9,26
Araliaceae Schefflera morototoni 0,20 0,76 20,00 1,85
Arecaceae Attalea burretiana 0,20 0,76 20,00 1,85
Arecaceae Bactris sp 0,20 0,76 20,00 1,85
Boraginaceae Cordia sp 0,40 1,52 40,00 3,70
Burceraceae Protium heptaphyllum 0,40 1,52 40,00 3,70
Clusiaceae Kielmeyera sp 0,20 0,76 20,00 1,85
Cyperaceae Rhynchospora
cephalotes 1,80 6,82 40,00 3,70
Cyperaceae Rhynchospora sp 1,60 6,06 40,00 3,70
Cyperaceae Scleria bracteata 0,40 1,52 20,00 1,85
Dilleniaceae 0,20 0,76 20,00 1,85
Erytrhoxylaceae Erythroxylum spp 0,20 0,76 20,00 1,85
Fabaceae -
Mimosoideae
Abarema
cochliocarpos 0,40 1,52 40,00 3,70
Fabaceae -
Papilionoideae Dalbergia nigra 0,20 0,76 20,00 1,85
Heliconiaceae Heliconia sp 0,20 0,76 20,00 1,85
Lecythidaceae Eschweilera ovata 0,20 0,76 20,00 1,85
Melastomataceae Clidemia spp 1,00 3,79 60,00 5,56
Melastomataceae Henriettea sp 1,00 3,79 20,00 1,85
Mirtaceae 0,40 1,52 20,00 1,85
183
Família Espécie DA DR FA FR
Orchidaceae Oeceoclades maculata 0,20 0,76 20,00 1,85
Piperaceae Piper sp 0,20 0,76 20,00 1,85
Poaceae 3,00 11,36 40,00 3,70
Primulaceae Myrsine umbellata 0,40 1,52 20,00 1,85
Rubiaceae Psychotria spp 0,20 0,76 20,00 1,85
Sapindaceae Cardiospermum sp 0,60 2,27 40,00 3,70
Indeterminada 1 0,20 0,76 20,00 1,85
Indeterminada 2 0,40 1,52 40,00 3,70
Indeterminada 3 1,60 6,06 60,00 5,56
Plântula 2,60 9,85 60,00 5,56
Total 26,40 100,00 1080,00 100,00
3.3.5 Remanescente Barragem Ipitanga I
No remanescente Barragem Ipitanga I foi registrada biomassa média da serrapilheira de 1,079
± 0,391 Kg.m-2
e espessura vertical média 3,825 ± 1,107 cm. A distribuição de frequência da
biomassa foi observada nas três primeiras classes com os valores concentrados na segunda e
na primeira classe com 50,00 e 45,00%, respectivamente (tabela 34). Para a espessura
vertical, também representada nas três primeiras classes, a maior frequência foi observada na
segunda classe com 82,50% (tabela 35). Na avaliação qualitativa do subosque foram
identificadas dezenove famílias botânicas, dezessete gêneros e vinte e duas espécies/táxons
(tabela 36). A densidade absoluta apresentou variação 0,25 a 5,50 ind.m-2
com as espécies
Tapirira guianensis, Protium heptaphyllum, Himatanthus bracteatus e Scleria bracteata
apresentando os maiores índices. H. bracteatus, assim como no remanescente anterior obteve
100% de frequência.
184
Tabela 34 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Ipitanga I da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro –
julho, 2011.
Intervalo de classe
(Kg.m-2
) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 9 45,00 9 45,0
[0,955 - 1,673[ 1,314 10 50,00 19 95,0
[1,673 - 2,390[ 2,031 1 5,00 20 100,0
[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -
[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -
Total - 20 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 35 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Ipitanga I da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,30 3 7,50 3 7,5
[2,6 - 5,2[ 3,90 33 82,50 36 90,0
[5,2 - 7,8[ 6,50 4 10,00 40 100,0
[7,8 - 10,4[ 9,10 - - - -
[10,4 - 13,0] 11,70 - - - -
Total - 40 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
185
Tabela 36 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Ipitanga I da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Família Espécie DA DR FA FR
Anacardiaceae Tapirira guianensis 5,50 14,38 75,00 7,69
Annonaceae Xylopia sericea 1,00 2,61 50,00 5,13
Apocynaceae Himatanthus
bracteatus 4,25 11,11 100,00 10,26
Boraginaceae Cordia sp 1,00 2,61 25,00 2,56
Burceraceae Protium heptaphyllum 4,50 11,76 50,00 5,13
Clusiaceae Kielmeyera neglecta 0,25 0,65 25,00 2,56
Cyperaceae Rhynchospora
cephalotes 1,00 2,61 25,00 2,56
Cyperaceae Scleria bracteata 4,25 11,11 50,00 5,13
Dilleniaceae 0,50 1,31 50,00 5,13
Erytrhoxylaceae Erythroxylum spp 0,25 0,65 25,00 2,56
Fabaceae -
Mimosoideae Inga spp 1,75 4,58 25,00 2,56
Fabaceae -
Papilionoideae 0,25 0,65 25,00 2,56
Fabaceae -
Papilionoideae Andira sp 0,25 0,65 25,00 2,56
Heliconiaceae Heliconia sp 0,50 1,31 25,00 2,56
Mirtaceae 0,50 1,31 50,00 5,13
Moraceae Artocarpus
heterophyllus 0,25 0,65 25,00 2,56
Piperaceae Piper sp 2,50 6,54 25,00 2,56
Poaceae 3,00 7,84 50,00 5,13
Primulaceae Myrsine umbellata 0,50 1,31 50,00 5,13
Rubiaceae Psychotria spp 2,75 7,19 75,00 7,69
Sapindaceae Cardiospermum sp 1,25 3,27 50,00 5,13
186
Família Espécie DA DR FA FR
Plântula 2,25 5,88 75,00 7,69
Total 38,25 100,00 975,00 100,00
3.3.6 Remanescente Ipitanga II
Nesse remanescente foi obtida biomassa espacial média da serrapilheira de 1,356 ± 0,358
Kg.m-2
e média de 3,867 ± 1,106 cm para a espessura vertical. Para as duas variáveis foi
observada distribuição de frequência apenas nas três primeiras classes com 53,33%
representados na classe II para a biomassa e 80,00% na mesma classe para a espessura
vertical (tabelas 37 e 38). No subosque observaram-se dezessete famílias botânicas, quinze
gêneros e vinte espécies/táxons. A abundância das espécies/táxons variou de 0,33 a 9,67
ind.m-2
com destaque para Tapirira guianensis, Scleria bracteata e Plântula. A espécie
Tapirira guianensis, Plântula e os táxons das famílias Myrtaceae e Dilleniaceae obtiveram
frequência de 100% para o remanescente (tabela 39).
Tabela 37 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Ipitanga II da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro –
julho, 2011.
Intervalo de classe
(Kg.m-2
) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 3 20,00 3 20,0
[0,955 - 1,673[ 1,314 8 53,33 11 73,3
[1,673 - 2,390[ 2,031 4 26,67 15 100,0
[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -
[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -
Total - 15 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
187
Tabela 38 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Ipitanga II da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,30 3 10,00 3 10,0
[2,6 - 5,2[ 3,90 24 80,00 27 90,0
[5,2 - 7,8[ 6,50 3 10,00 30 100,0
[7,8 - 10,4[ 9,10 - - - -
[10,4 - 13,0] 11,70 - - - -
Total - 30 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 39 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Ipitanga II da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Família Espécie DA DR FA FR
Anacardiaceae Tapirira guianensis 9,67 21,64 100,00 9,37
Apocynaceae Himatanthus bracteatus 0,67 1,49 33,33 3,12
Araliaceae Schefflera morototoni 0,67 1,49 33,33 3,12
Burceraceae Protium heptaphyllum 0,67 1,49 33,33 3,12
Cyperaceae Rhynchospora cephalotes 3,00 6,72 33,33 3,12
Cyperaceae Rhynchospora SP 1,00 2,24 33,33 3,12
Cyperaceae Scleria bracteata 7,67 17,16 66,67 6,25
Dilleniaceae 1,67 3,73 100,00 9,37
Fabaceae -
Mimosoideae
Stryphnodendron
pulcherrimum 0,67 1,49 33,33 3,12
Flacourtiaceae Casearia SP 0,67 1,49 33,33 3,12
Heliconiaceae Heliconia SP 0,67 1,49 66,67 6,25
Lecythidaceae Eschweilera ovata 1,00 2,24 33,33 3,12
Malpighiaceae Byrsonima sericea 0,33 0,75 33,33 3,12
188
Família Espécie DA DR FA FR
Melastomataceae Clidemia spp 3,33 7,46 33,33 3,12
Mirtaceae 2,33 5,22 100,00 9,37
Poaceae 3,00 6,72 66,67 6,25
Polygonaceae Coccoloba SP 0,67 1,49 33,33 3,12
Primulaceae Myrsine umbellata 0,67 1,49 33,33 3,12
Rubiaceae Psychotria spp 0,33 0,75 33,33 3,12
Indeterminada 3 1,33 2,99 33,33 3,12
Plântula 4,67 10,45 100,00 9,37
Total 44,67 100,00 1066,67 100,00
3.3.7 Remanescente Greenville
A biomassa espacial média no remanescente Greenville foi de 1,294 ± 0,511 Kg.m-2
enquanto a espessura vertical média foi de 5,1 ± 2,085 cm. Os valores de biomassa e
espessura da serrapilheira se distribuíram em todos os intervalos de classe, sendo, a maior
frequência, observada na classe II para ambas as variáveis com índices de 59,18 e 59,60%,
respectivamente (tabelas 40 e 41). O subosque foi representado por vinte e oito famílias
botânicas, trinta e quatro gêneros, quarenta e duas espécies/táxons. Os valores de densidade
absoluta variaram no intervalo de 0,05 a 10,57 ind.m-2
com maior destaque para Piper sp e
Protium heptaphyllum (tabela 42). As espécies/táxons com maior dispersão nesse
remanescente foram Piper sp, Himatanthus bracteatus e Rhynchospora cephalotes todas
registrando 61,90 % de frequência absoluta.
189
Tabela 40 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Grennville da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro –
julho, 2011.
Intervalo de classe
(Kg.m-2
) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 25 25,51 25 25,5
[0,955 - 1,673[ 1,314 58 59,18 83 84,7
[1,673 - 2,390[ 2,031 12 12,24 95 96,9
[2,390 - 3,108[ 2,749 2 2,04 97 99,0
[3,108 - 3,826] 3,467 1 1,02 98 100,0
Total - 98 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 41 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Greenville da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,30 19 7,60 19 7,6
[2,6 - 5,2[ 3,90 149 59,60 168 67,2
[5,2 - 7,8[ 6,50 51 20,40 219 87,6
[7,8 - 10,4[ 9,10 25 10,00 244 97,6
[10,4 - 13,0] 11,70 6 2,40 250 100,0
Total - 250 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
190
Tabela 42 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Greenville da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Família Espécie DA DR FA FR
Anacardiaceae Tapirira guianensis 0,81 1,88 33,33 3,66
Annonaceae Xylopia sericea 0,81 1,88 33,33 3,66
Apocynaceae Himatanthus
bracteatus 3,62 8,40 61,90 6,81
Araceae Philodendron
acutatum 0,62 1,44 33,33 3,66
Araceae Philodendron sp 0,05 0,11 4,76 0,52
Arecaceae Bactris sp 0,76 1,77 23,81 2,62
Arecaceae Elaeis gineensis 0,14 0,33 14,29 1,57
Arecaceae Syagrus coronata 0,10 0,22 4,76 0,52
Boraginaceae Cordia sp 0,29 0,66 23,81 2,62
Burceraceae Protium heptaphyllum 7,57 17,57 57,14 6,28
Celastraceae Goupia sp 0,10 0,22 9,52 1,05
Cyperaceae Rhynchospora
cephalotes 2,81 6,52 61,90 6,81
Cyperaceae Scleria bracteata 0,52 1,22 14,29 1,57
Dilleniaceae 1,62 3,76 33,33 3,66
Dilleniaceae Curatella americana 0,14 0,33 9,52 1,05
Erytrhoxylaceae Erythroxylum spp 0,67 1,55 28,57 3,14
Fabaceae -
Mimosoideae Inga cililata 2,05 4,75 33,33 3,66
Fabaceae -
Mimosoideae Inga spp 0,10 0,22 9,52 1,05
Heliconiaceae Heliconia sp 0,81 1,88 28,57 3,14
Lauraceae Ocotea sp 0,10 0,22 9,52 1,05
Lecythidaceae Eschweilera ovata 0,62 1,44 33,33 3,66
Marantaceae Stromanthe porteana 0,71 1,66 33,33 3,66
191
Família Espécie DA DR FA FR
Melastomataceae Clidemia spp 0,67 1,55 19,05 2,09
Melastomataceae Miconia spp 0,05 0,11 4,76 0,52
Menispermaceae 0,43 0,99 4,76 0,52
Mirtaceae 0,33 0,77 14,29 1,57
Orchidaceae Oeceoclades maculata 0,29 0,66 9,52 1,05
Piperaceae Piper divaricatum 0,24 0,55 14,29 1,57
Piperaceae Piper sp 10,57 24,53 61,90 6,81
Poaceae Brachiaria sp 0,10 0,22 4,76 0,52
Poaceae Guadua cf sp 0,14 0,33 9,52 1,05
Poaceae Olyra latifolia 1,38 3,20 42,86 4,71
Polygonaceae Coccoloba sp 0,10 0,22 4,76 0,52
Primulaceae Myrsine umbellata 0,05 0,11 4,76 0,52
Rubiaceae 0,33 0,77 14,29 1,57
Rubiaceae Psychotria spp 0,48 1,10 14,29 1,57
Sapindaceae Allophyllus laevigatus 1,43 3,31 33,33 3,66
Sapindaceae Cardiospermum sp 0,52 1,22 14,29 1,57
Sapindaceae Cupania sp 0,19 0,44 4,76 0,52
Simaroubaceae Simarouba amara 0,19 0,44 14,29 1,57
Siparunaceae Siparuna guianensis 0,38 0,88 14,29 1,57
Indeterminada 3 0,24 0,55 9,52 1,05
Total 43,10 100,00 909,52 100,00
3.3.8 Remanescente Loteamento Biribeira
Os valores médios de biomassa seca e espessura vertical da serrapilheira foram,
respectivamente, de 1,070 ± 0,368 Kg.m-2
e 4,625 ± 1,996 cm para esse remanescente. Os
valores de biomassa foram registrados apenas nas duas primeiras classes, com 65% na classe
II (tabela 43), enquanto para a espessura a distribuição de frequência ocorreu nas quatro
primeiras classes, havendo concentração também na classe II com 55,00% (tabela 44). Na
composição do subosque verificaram-se vinte famílias botânicas, vinte gêneros e vinte e seis
192
espécies/táxons. Destas, Plântula e Rhynchospora cephalotes obtiveram os maiores índices de
densidade absoluta que, por sua vez, variou de 0,25 a 11,25 ind.m-2
(tabela 45). Com relação
à frequência, Plântula, Rhynchospora cephalotes, Eschweilera ovata e Protium heptaphyllum
registraram 100%.
Tabela 43 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Biribeira da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro –
julho, 2011.
Intervalo classe
(Kg.m-2
) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 7 35,00 7 35,0
[0,955 - 1,673[ 1,314 13 65,00 20 100,0
[1,673 - 2,390[ 2,031 - - - -
[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -
[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -
Total 20 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 44 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Biribeira da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,30 5 12,50 5 12,5
[2,6 - 5,2[ 3,90 22 55,00 27 67,5
[5,2 - 7,8[ 6,50 9 22,50 36 90,0
[7,8 - 10,4[ 9,10 4 10,00 40 100,0
[10,4 - 13,0] 11,70 - - - -
Total - 40 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
193
Tabela 45 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Biribeira da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Família Espécie DA DR FA FR
Anacardiaceae Tapirira guianensis 0,75 1,70 50,00 4,17
Annonaceae Xylopia sericea 0,75 1,70 75,00 6,25
Apocynaceae Himatanthus
bracteatus 0,50 1,14 25,00 2,08
Araceae Philodendron
acutatum 1,00 2,27 25,00 2,08
Araliaceae Schefflera morototoni 0,25 0,57 25,00 2,08
Arecaceae Attalea burretiana 0,25 0,57 25,00 2,08
Burceraceae Protium heptaphyllum 1,50 3,41 100,00 8,33
Cyperaceae Rhynchospora
cephalotes 10,25 23,30 100,00 8,33
Cyperaceae Scleria bracteata 0,50 1,14 25,00 2,08
Dilleniaceae 0,75 1,70 50,00 4,17
Erytrhoxylaceae Erythroxylum spp 0,25 0,57 25,00 2,08
Fabaceae -
Mimosoideae
Abarema
cochliocarpos 0,50 1,14 25,00 2,08
Heliconiaceae Heliconia SP 0,75 1,70 50,00 4,17
Lecythidaceae Eschweilera ovata 2,25 5,11 100,00 8,33
Melastomataceae Clidemia spp 1,50 3,41 50,00 4,17
Melastomataceae Henriettea sp 0,25 0,57 25,00 2,08
Mirtaceae 0,75 1,70 25,00 2,08
Piperaceae Piper SP 0,25 0,57 25,00 2,08
Poaceae 5,50 12,50 50,00 4,17
Poaceae Guadua cf SP 0,25 0,57 25,00 2,08
Rubiaceae Psychotria spp 2,25 5,11 75,00 6,25
Simaroubaceae Simarouba amara 0,25 0,57 25,00 2,08
194
Família Espécie DA DR FA FR
Siparunaceae Siparuna guianensis 0,50 1,14 25,00 2,08
Indeterminada 3 0,75 1,70 50,00 4,17
Monilophyta 0,25 0,57 25,00 2,08
Plântula 11,25 25,57 100,00 8,33
Total 44,00 100,00 1200,00 100,00
3.3.9 Remanescente Loteamento Patamares
3.3.9.1 Fragmento Carnaúba
Nesse fragmento obteve-se biomassa espacial média de 1,422 ± 0,512 Kg.m-2
com espessura
média de 4,8 ± 1,843 cm. As duas variáveis se distribuíram nas quatro primeiras classes com
70,59 % na classe II para a biomassa e 52,50 % na mesma classe para a espessura (tabelas 46
e 47).
Tabela 46 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do fragmento Carnaúba da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho,
2011.
Intervalo de classe
(Kg.m-2
) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 2 11,76 2 11,8
[0,955 - 1,673[ 1,314 12 70,59 14 82,4
[1,673 - 2,390[ 2,031 2 11,76 16 94,1
[2,390 - 3,108[ 2,749 1 5,88 17 100,0
[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -
Total - 17 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
195
Tabela 47 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
fragmento Carnaúba da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,30 5 12,50 5 12,5
[2,6 - 5,2[ 3,90 21 52,50 26 65,0
[5,2 - 7,8[ 6,50 12 30,00 38 95,0
[7,8 - 10,4[ 9,10 2 5,00 40 100,0
[10,4 - 13,0] 11,70 - - - -
Total - 40 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
3.3.9.2 Fragmento Bicuíba
No fragmento Bicuíba a biomassa espacial média registrada foi de 1,607 ± 0,505 Kg.m-2
e
espessura vertical média de 5,0 ± 1,686 cm. A distribuição de frequência da biomassa ocorreu
nas três primeiras classes com o maior registro (50,00 %) na classe II (tabela 48). Para a
espessura, não houve registro nas classes I e V, de modo que os resultados concentraram-se na
segunda classe com 70 % (tabela 49).
Tabela 48 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do fragmento Bicuiba da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho,
2011.
Intervalo de classe
(Kg.m-2
) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 1 10,00 1 10,0
[0,955 - 1,673[ 1,314 5 50,00 6 60,0
[1,673 - 2,390[ 2,031 4 40,00 10 100,0
196
[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -
[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -
Total - 10 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 49 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
fragmento Bicuíba da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,3 - - - -
[2,6 - 5,2[ 3,9 14 70,00 14 70,0
[5,2 - 7,8[ 6,5 4 20,00 18 90,0
[7,8 - 10,4[ 9,1 2 10,00 20 100,0
[10,4 - 13,0[ 11,7 - - - -
Total - 20 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
3.3.10 Remanescente Pedreira Aratu
Foram observadas nesse remanescente médias de 1,299 ± 0,513 Kg.m-2
e 4,233 ± 1,612 cm,
respectivamente, para biomassa e espessura vertical da serrapilheira. A distribuição de
frequência da biomassa foi observada nas classes I a IV sendo a classe II detentora do maior
valor com 66,67 % (tabela 50). A espessura da serrapilheira distribuiu-se até a classe III e,
assim como para a biomassa a classe II, foi a mais representativa com 70,00 % da ocorrência
(tabela 51). No subosque foram relatadas vinte e uma famílias botânicas, dezenove gêneros e
vinte e sete espécies/táxons. A densidade absoluta das plantas variou de 1,18 a 4,0 ind.m-2
197
sendo Olyra latifólia, Piper sp, Tapirira guianensis e Plântula os táxons representativos
(tabela 52). A maior frequência foi relatada para Piper sp com 100%.
Tabela 50 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Pedreira Aratu da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro
– julho, 2011.
Intervalo de classe
(Kg.m-2
) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 3 20,00 3 20,0
[0,955 - 1,673[ 1,314 10 66,67 13 86,7
[1,673 - 2,390[ 2,031 1 6,67 14 93,3
[2,390 - 3,108[ 2,749 1 6,67 15 100,0
[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -
Total - 15 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 51 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Pedreira Aratu da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,00 - 2,60[ 1,30 3 10,00 3 10,0
[2,60 - 5,20[ 3,90 21 70,00 24 80,0
[5,20 - 7,80[ 6,50 6 20,00 30 100,0
[7,80 - 10,40[ 9,10 - - - -
[10,40 - 13,00] 11,70 - - - -
Total - 30 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
198
Tabela 52 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Pedreira Aratu da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Família Espécie DA DR FA FR
Anacardiaceae Tapirira guianensis 2,33 8,24 66,67 5,71
Annonaceae Xylopia sericea 1,33 4,71 66,67 5,71
Apocynaceae Himatanthus
bracteatus 1,33 4,71 66,67 5,71
Arecaceae Attalea burretiana 2,00 7,06 66,67 5,71
Bignoniaceae 0,33 1,18 33,33 2,86
Boraginaceae Cordia sp 0,33 1,18 33,33 2,86
Costaceae Costus spiralis 0,33 1,18 33,33 2,86
Cyperaceae Rhynchospora
cephalotes 1,67 5,88 33,33 2,86
Dilleniaceae 1,00 3,53 33,33 2,86
Dioscoreaceae Dioscorea discolor 0,67 2,35 33,33 2,86
Erytrhoxylaceae Erythroxylum spp 1,33 4,71 33,33 2,86
Fabaceae -
Papilionoideae 0,33 1,18 33,33 2,86
Heliconiaceae Heliconia sp 0,33 1,18 33,33 2,86
Melastomataceae Clidemia spp 0,33 1,18 33,33 2,86
Piperaceae Piper divaricatum 0,33 1,18 33,33 2,86
Piperaceae Piper sp 3,33 11,76 100,00 8,57
Poaceae Olyra latifolia 4,00 14,12 66,67 5,71
Poaceae Parodiolyra sp 1,00 3,53 33,33 2,86
Polygonaceae Coccoloba sp 0,33 1,18 33,33 2,86
Rubiaceae 0,33 1,18 33,33 2,86
Sapindaceae Cardiospermum sp 0,33 1,18 33,33 2,86
Simaroubaceae Simarouba amara 0,67 2,35 33,33 2,86
Siparunaceae Siparuna guianensis 0,67 2,35 66,67 5,71
199
Família Espécie DA DR FA FR
Indeterminada 2 0,67 2,35 33,33 2,86
Indeterminada 3 0,33 1,18 33,33 2,86
Monilophyta 0,33 1,18 33,33 2,86
Plântula 2,33 8,24 33,33 2,86
Total 27,00 100,00 1166,67 100,00
3.3.11 Remanescente Pedreira Carangi
No remanescente Pedreira Carangi a biomassa média da serrapilheira foi de 0,927 ± 0,228
Kg.m-2
com espessura vertical média de 3,680 ± 1,377 cm. Os valores de biomassa foram
relatados apenas nas classes I e II sendo a primeira a de maior frequência com 53,33 % (tabela
53). Para a espessura foi observada a ocorrência também na terceira classe com a maioria dos
registros na classe II com 74,00 % (tabela 54). Da avaliação quantitativa do sobosque, vinte e
uma famílias botânicas foram identificadas com vinte e um gêneros e trinta espécies/táxons.
Na investigação do senso populacional do subosque a densidade absoluta variou de 0,50 até
7,67 ind.m-2
, esse último registrado para Plântula, ou seja, o táxon com maior número de
indivíduos por unidade de área para o remanescente (tabela 55).
Tabela 53 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Pedreira Carangi da Mata Atlântica de Salvador.
Fevereiro – julho, 2011.
Intervalo de classe
(Kg.m-2
) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 16 53,33 16 53,3
[0,955 - 1,673[ 1,314 14 46,67 30 100,0
[1,673 - 2,390[ 2,031 - - - -
[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -
[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -
Total - 30 100 - -
200
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 54 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Pedreira Carangi da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,30 8 16,00 8 16,0
[2,6 - 5,2[ 3,90 37 74,00 45 90,0
[5,2 - 7,8[ 6,50 5 10,00 50 100,0
[7,8 - 10,4[ 9,10 - - - -
[10,4 - 13,0] 11,70 - - - -
Total - 50 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 55 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Pedreira Carangi da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Família Espécie DA DR FA FR
Anacardiaceae Tapirira guianensis 1,67 5,03 66,67 6,56
Annonaceae Xylopia sericea 0,33 1,01 16,67 1,64
Apocynaceae Himatanthus
bracteatus 2,83 8,54 83,33 8,20
Araceae Philodendron sp 0,33 1,01 33,33 3,28
Arecaceae Attalea burretiana 0,17 0,50 16,67 1,64
Bignoniaceae 0,17 0,50 16,67 1,64
Burceraceae Protium heptaphyllum 0,17 0,50 16,67 1,64
Clusiaceae Tovomita choisyana 0,17 0,50 16,67 1,64
Cyperaceae Rhynchospora
cephalotes 1,83 5,53 50,00 4,92
201
Família Espécie DA DR FA FR
Dilleniaceae 0,83 2,51 50,00 4,92
Dilleniaceae Doliocarpus sp 0,33 1,01 16,67 1,64
Fabaceae -
Mimosoideae
Abarema
cochliocarpos 1,00 3,02 33,33 3,28
Fabaceae -
Mimosoideae Inga spp 0,50 1,51 33,33 3,28
Fabaceae -
Caesalpinioideae Bauhinia sp 0,17 0,50 16,67 1,64
Melastomataceae Clidemia spp 1,17 3,52 50,00 4,92
Melastomataceae Miconia spp 0,67 2,01 33,33 3,28
Mirtaceae 3,83 11,56 16,67 1,64
Passifloraceae Passiflora sp 0,17 0,50 16,67 1,64
Piperaceae Piper divaricatum 0,33 1,01 16,67 1,64
Piperaceae Piper sp 0,67 2,01 33,33 3,28
Poaceae Parodiolyra sp 0,50 1,51 16,67 1,64
Rubiaceae 1,83 5,53 50,00 4,92
Rubiaceae Psychotria spp 3,17 9,55 83,33 8,20
Sapindaceae Allophyllus laevigatus 0,17 0,50 16,67 1,64
Simaroubaceae Simarouba amara 0,50 1,51 33,33 3,28
Solanaceae Solanum sp 0,17 0,50 16,67 1,64
Inderteminada 2 0,83 2,51 33,33 3,28
Indeterminada 3 0,83 2,51 66,67 6,56
Monilophyta 0,17 0,50 16,67 1,64
Plântula 7,67 23,12 50,00 4,92
Total 33,17 100,00 1016,67 100,00
202
3.3.12 Remanescente Pedreira Valéria
Foram registrados para esse remanescente, em valores médios, 1,005 ± 0,422 Kg.m-2
e 3,350
± 1,648 cm, respectivamente, para biomassa e espessura vertical da serrapilheira. A classe I
foi a mais freqüente com 56,00 % para a biomassa (tabela 56) e para a espessura a classe II
com 58,00 % (tabela 57). Na avaliação populacional do subosque levantaram-se vinte e três
famílias botânicas, vinte e seis gêneros e trinta e quatro espécies/táxons. A densidade absoluta
nesse remanescente variou de 0,90 a 4,40 ind.m-2
com Rhynchospora cephalotes Clidemia spp
e Tapirira guianensis regiatrando os maiores valores (tabela 58).
Tabela 56 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Valéria da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro –
julho, 2011.
Intervalo de classe
(Kg.m-2
) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 28 56,00 28 56,0
[0,955 - 1,673[ 1,314 16 32,00 44 88,0
[1,673 - 2,390[ 2,031 6 12,00 50 100,0
[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -
[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -
Total - 50 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
203
Tabela 57 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Valéria da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Intervalo de
classe xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,00 - 2,60[ 1,30 32 32,00 32 32,0
[2,60 - 5,20[ 3,90 58 58,00 90 90,0
[5,20 - 7,80[ 6,50 9 9,00 99 99,0
[7,80 - 10,40[ 9,10 1 1,00 100 100,0
[10,40 - 13,00] 11,70 - - - -
Total - 100 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 58 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Valéria da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Família Espécie DA DR FA FR
Anacardiaceae Tapirira guianensis 4,00 9,71 80,00 8,00
Annonaceae Xylopia sericea 0,60 1,46 60,00 6,00
Apocynaceae Himatanthus
bracteatus 1,40 3,40 50,00 5,00
Araceae Philodendron
acutatum 1,40 3,40 10,00 1,00
Arecaceae Attalea burretiana 0,90 2,18 60,00 6,00
Arecaceae Elaeis gineensis 0,10 0,24 10,00 1,00
Boraginaceae Cordia sp 0,40 0,97 10,00 1,00
Burceraceae Protium heptaphyllum 0,50 1,21 20,00 2,00
Clusiaceae Tovomita choisyana 0,20 0,49 10,00 1,00
Cyperaceae Rhynchospora
cephalotes 4,40 10,68 60,00 6,00
204
Família Espécie DA DR FA FR
Dilleniaceae 0,80 1,94 50,00 5,00
Erytrhoxylaceae Erythroxylum spp 0,20 0,49 10,00 1,00
Fabaceae -
Mimosoideae Inga cililata 0,30 0,73 10,00 1,00
Fabaceae -
Mimosoideae Inga spp 4,60 11,17 20,00 2,00
Heliconiaceae Heliconia sp 1,60 3,88 30,00 3,00
Lecythidaceae Eschweilera ovata 0,10 0,24 10,00 1,00
Melastomataceae Clidemia spp 4,40 10,68 40,00 4,00
Melastomataceae Henriettea sp 0,10 0,24 10,00 1,00
Melastomataceae Miconia spp 0,10 0,24 10,00 1,00
Orchidaceae Vanilla sp 0,10 0,24 10,00 1,00
Piperaceae Piper divaricatum 0,20 0,49 10,00 1,00
Piperaceae Piper sp 1,40 3,40 50,00 5,00
Poaceae Olyra latifolia 0,90 2,18 10,00 1,00
Poaceae Parodiolyra sp 1,80 4,37 30,00 3,00
Primulaceae Myrsine umbellata 0,10 0,24 10,00 1,00
Rubiaceae 0,40 0,97 30,00 3,00
Rubiaceae Psychotria spp 0,90 2,18 60,00 6,00
Sapindaceae Cardiospermum sp 0,40 0,97 30,00 3,00
Simaroubaceae Simarouba amara 0,30 0,73 20,00 2,00
Siparunaceae Siparuna guianensis 0,10 0,24 10,00 1,00
Indeterminada 1 0,50 1,21 20,00 2,00
Indeterminada 2 0,10 0,24 10,00 1,00
Indeterminada 3 1,20 2,91 60,00 6,00
Plântula 6,70 16,26 80,00 8,00
Total 41,20 100,00 1000,00 100,00
205
3.3.13 Remanescente Posto TIC
Para o remanescente Posto TIC, a biomassa espacial apresentou média de 1,472 ± 0,612
Kg.m-2
e a espessura vertical 6,950 ± 2,253 cm. O intervalo de classe III concentrou 42,11 %
(tabela 59) da distribuição de frequência da biomassa espacial, enquanto que para a espessura
a distribuição se mostrou uniforme nas classes II, III, IV com 30,00, 32,50 e 30,00 %,
respectivamente, e menor registro na última classe (tabela 60).
Tabela 59 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Posto TIC da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro –
julho, 2011.
Intervalo de classe
(Kg.m-2
) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 7 36,84 7 36,8
[0,955 - 1,673[ 1,314 4 21,05 11 57,9
[1,673 - 2,390[ 2,031 8 42,11 19 100,0
[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -
[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -
Total - 19 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 60 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Posto TIC da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,00 - 2,60[ 1,30 - - - -
[2,60 - 5,20[ 3,90 12 30,00 12 30,0
[5,20 - 7,80[ 6,50 13 32,50 25 62,5
206
[7,80 - 10,40[ 9,10 12 30,00 37 92,5
[10,40 - 13,00] 11,70 3 7,50 40 100,0
Total - 40 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
3.3.14 Remanescente Trobogy
Nesse remanescente os valores médios de biomassa e espessura vertical da serrapilheira foram
1,112 ± 0,501 Kg.m-2
e 3,738 ± 1,994 cm, respectivamente. Verificou-se a distribuição de
frequência em todas as classes para as duas variáveis com a biomassa mais representada na
classe I (45,19 %) e II (43,70 %) e a espessura na classe II com 56,15 % (tabelas 61 e 62). No
subosque foram identificadas trinta famílias botânicas, trinta e cinco gêneros e quarenta e sete
espécies/táxons. A densidade absoluta variou de 0,04 a 10,44 ind.m-2
com Protium
heptaphyllum, Himatanthus bracteatus e Rhynchospora cephalotes constituindo as espécies
de maior densidade (tabela 63).
Tabela 61 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente Trobogy da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro –
julho, 2011.
Intervalo de classe
(Kg.m-2
) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 61 45,19 61 45,2
[0,955 - 1,673[ 1,314 59 43,70 120 88,9
[1,673 - 2,390[ 2,031 13 9,63 133 98,5
[2,390 - 3,108[ 2,749 1 0,74 134 99,3
[3,108 - 3,826] 3,467 1 0,74 135 100,0
Total - 135 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
207
Tabela 62 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente Trobogy da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,00 - 2,60[ 1,30 71 27,31 71 27,3
[2,60 - 5,20[ 3,90 146 56,15 217 83,5
[5,20 - 7,80[ 6,50 32 12,31 249 95,8
[7,80 - 10,40[ 9,10 10 3,85 259 99,6
[10,40 - 13,00] 11,70 1 0,38 260 100,0
Total - 260 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 63 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente
Trobogy da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Família Espécie DA DR FA FR
Anacardiaceae Tapirira guianensis 0,59 1,11 22,22 2,29
Annonaceae Xylopia sericea 0,37 0,69 22,22 2,29
Apocynaceae Himatanthus bracteatus 7,67 14,34 81,48 8,40
Araceae Philodendron acutatum 0,30 0,55 14,81 1,53
Araliaceae Schefflera morototoni 0,33 0,62 7,41 0,76
Arecaceae Attalea burretiana 0,04 0,07 3,70 0,38
Arecaceae Elaeis gineensis 0,04 0,07 3,70 0,38
Arecaceae Syagrus coronata 0,15 0,28 3,70 0,38
Boraginaceae Cordia sp 0,19 0,35 18,52 1,91
Burceraceae Protium heptaphyllum 10,44 19,53 70,37 7,25
Cyperaceae Rhynchospora cephalotes 7,33 13,71 96,30 9,92
Cyperaceae Scleria bracteata 4,15 7,76 62,96 6,49
Dilleniaceae 0,52 0,97 22,22 2,29
208
Família Espécie DA DR FA FR
Erytrhoxylaceae Erythroxylum spp 0,78 1,45 18,52 1,91
Euphorbiaceae Pera glabrata 0,04 0,07 3,70 0,38
Fabaceae -
Mimosoideae Inga cililata 0,15 0,28 11,11 1,15
Fabaceae -
Mimosoideae Inga spp 0,44 0,83 25,93 2,67
Fabaceae -
Mimosoideae
Stryphnodendron
pulcherrimum 0,07 0,14 7,41 0,76
Flacourtiaceae Casearia sp 0,04 0,07 3,70 0,38
Heliconiaceae Heliconia sp 0,48 0,90 25,93 2,67
Lecythidaceae Eschweilera ovata 0,30 0,55 14,81 1,53
Malvaceae 0,48 0,90 7,41 0,76
Melastomataceae Clidemia spp 2,00 3,74 51,85 5,34
Melastomataceae Henriettea sp 0,48 0,90 18,52 1,91
Melastomataceae Miconia spp 0,26 0,48 14,81 1,53
Mirtaceae 0,78 1,45 25,93 2,67
Moraceae Artocarpus heterophyllus 0,04 0,07 3,70 0,38
Orchidaceae Catasetum sp 0,04 0,07 3,70 0,38
Orchidaceae Vanilla sp 0,07 0,14 7,41 0,76
Piperaceae Piper divaricatum 0,04 0,07 3,70 0,38
Piperaceae Piper sp 1,78 3,32 37,04 3,82
Poaceae Guadua cf sp 0,11 0,21 11,11 1,15
Poaceae Olyra latifolia 1,96 3,67 22,22 2,29
Poaceae Parodiolyra sp 2,07 3,88 7,41 0,76
Polygonaceae Coccoloba sp 0,11 0,21 7,41 0,76
Primulaceae Myrsine umbellata 1,04 1,94 25,93 2,67
Rubiaceae 0,48 0,90 18,52 1,91
Rubiaceae Psychotria spp 0,59 1,11 29,63 3,05
Sapindaceae 0,96 1,80 29,63 3,05
Sapindaceae Allophyllus laevigatus 0,56 1,04 22,22 2,29
209
Família Espécie DA DR FA FR
Simaroubaceae Simarouba amara 0,04 0,07 3,70 0,38
Siparunaceae Siparuna guianensis 0,04 0,07 3,70 0,38
Vochysiaceae Vochysia lucida 0,11 0,21 3,70 0,38
Indeterminada 2 0,11 0,21 11,11 1,15
Indeterminada 3 0,30 0,55 7,41 0,76
Monilophyta 0,15 0,28 3,70 0,38
Plântula 4,48 8,38 48,15 4,96
Total 53,48 100,00 970,37 100,00
3.3.15 Remanescente 19º BC
No remanescente 19º BC a biomassa espacial e espessura vertical apresentaram médias
respectivas 1,602 ± 0,483 Kg.m-2
e 5,140 ± 1,638 cm. A distribuição de frequência ocorreu
em todos os intervalos de classe para as duas variáveis com os valores máximos registrados na
classe II de 56,67 % para a biomassa e 57,50 % para a espessura vertical (tabelas 64 e 65).
Tabela 64 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira do remanescente 19º BC da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro –
julho, 2011.
Intervalo de classe
(Kg.m-2
) xi ƒi ƒri% Fi
[0,237 – 0,955[ 0,596 4 6,67 4
[0,955 – 1,673[ 1,314 34 56,67 38
[1,673 – 2,390[ 2,031 19 31,67 57
[2,390 – 3,108[ 2,749 2 3,33 59
[3,108 – 3,826] 3,467 1 1,67 60
Total - 60 100 -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
210
Tabela 65 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do
remanescente 19º BC da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,3 4 3,33 4 3,3
[2,6 - 5,2[ 3,9 69 57,50 73 60,8
[5,2 - 7,8[ 6,5 38 31,67 111 92,5
[7,8 - 10,4[ 9,1 8 6,67 119 99,2
[10,4 - 13,0] 11,7 1 0,83 120 100,0
Total - 120 100 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
3.3.16 Salvador
Para a Mata Atlântica de Salvador, considerando os remanescentes analisados como um todo,
foram registrados valores médios de biomassa de 1,252 ± 0,549 Kg.m-2
e espessura vertical da
serrapilheira de 4,6 ± 2,1 cm, num universo de 621 e 2287 amostras, respectivamente. A
distribuição de frequência nos intervalos de classe foi mais representativa na classe II para as
duas variáveis, sendo a biomassa com 48,3% e a espessura com 57,3% (tabelas 66 e 67). Na
avaliação da composição e abundância do compartimento subosque registraram-se setenta e
seis táxons onde se incluem quarenta e três famílias botânicas, cinquenta e nove gêneros e
trinta e três espécies. A densidade absoluta média das espécies variou de < 0,01 a 5,23 ind.m-2
perfazendo uma densidade absoluta média total de 41,79 ind.m-2
(tabela 68). Protium
heptaphylum, Piper sp, Himatanthus bracteatus, Rhynchospora cephalotes, Plâtula, Tapirira
guianensis, Scleria bracteata, Olyra latifólia, Clidemia spp, Parodiolyra sp, compreenderam
as dez espécies/táxons de maior densidade absoluta (tabela 68).
211
Tabela 66 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da
serrapilheira da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Intervalo de classe
(kg.m-2) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,237 - 0,955[ 0,596 207 33,3 207 33,3
[0,955 - 1,673[ 1,314 300 48,3 507 81,6
[1,673 - 2,390[ 2,031 92 14,8 599 96,5
[2,390 - 3,108[ 2,749 17 2,7 616 99,2
[3,108 - 3,826] 3,467 5 0,8 621 100,0
Total - 621 100,0 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
Tabela 67 – Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira da Mata
Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Intervalo de classe
(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%
[0,0 - 2,6[ 1,3 188 14,6 188 14,6
[2,6 - 5,2[ 3,9 738 57,3 926 72,0
[5,2 - 7,8[ 6,5 244 19,0 1170 90,9
[7,8 - 10,4[ 9,1 102 7,9 1272 98,8
[10,4 - 13,0] 11,7 15 1,2 1287 100,0
Total - 1287 100,0 - -
xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência
acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.
212
Tabela 68 – Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)
dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque dos
remanescentes da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.
Família Espécie DA DR FA FR
Anacardiaceae Tapirira guianensis 1,78 4,27 1,04 4,37
Annonaceae Xylopia sericea 0,64 1,54 0,85 3,58
Apocynaceae Himatanthus bracteatus 4,13 9,88 1,73 7,26
Araceae Philodendron acutatum 0,50 1,21 0,43 1,79
Araceae Philodendron sp 0,03 0,07 0,07 0,30
Araliaceae Schefflera morototoni 0,14 0,34 0,17 0,70
Arecaceae Attalea burretiana 0,19 0,45 0,28 1,19
Arecaceae Bactris sp 0,18 0,44 0,21 0,89
Arecaceae Elaeis gineensis 0,10 0,24 0,17 0,70
Arecaceae Syagrus coronata 0,06 0,14 0,05 0,20
Bignoniaceae 0,04 0,09 0,07 0,30
Boraginaceae Cordia sp 0,24 0,57 0,38 1,59
Burceraceae Protium heptaphyllum 5,23 12,52 1,40 5,86
Celastraceae Goupia sp 0,02 0,05 0,05 0,20
Clusiaceae Platonia cf sp 0,01 0,02 0,05 0,20
Clusiaceae Kielmeyera sp 0,02 0,05 0,05 0,20
Clusiaceae Tovomita choisyana 0,03 0,07 0,05 0,20
Costaceae Costus spiralis 0,01 0,02 0,02 0,10
Cyperaceae Rhynchospora cephalotes 4,01 9,59 1,54 6,46
Cyperaceae Rhynchospora sp 0,11 0,26 0,07 0,30
Cyperaceae Scleria bracteata 1,77 4,24 0,76 3,18
Dilleniaceae Curatella americana 0,03 0,07 0,05 0,20
Dilleniaceae Doliocarpus sp 0,02 0,05 0,02 0,10
Dilleniaceae 0,81 1,93 0,85 3,58
Dioscoreaceae Dioscorea discolor 0,02 0,05 0,02 0,10
Erytrhoxylaceae Erythroxylum spp 0,45 1,07 0,45 1,89
Euphorbiaceae Pera glabrata 0,01 0,02 0,02 0,10
213
Família Espécie DA DR FA FR
Euphorbiaceae Pogonophora
schomburgkiana < 0,01 0,01 0,05 0,20
Fabaceae -
Caesalpinioideae Bauhinia sp 0,01 0,02 0,02 0,10
Fabaceae -
Mimosoideae Abarema cochliocarpos 0,11 0,26 0,14 0,60
Fabaceae -
Mimosoideae Inga cililata 0,57 1,37 0,36 1,49
Fabaceae -
Mimosoideae Inga spp 0,84 2,00 0,40 1,69
Fabaceae -
Mimosoideae
Stryphnodendron
pulcherrimum 0,07 0,16 0,14 0,60
Fabaceae -
Papilionoideae 0,04 0,09 0,07 0,30
Fabaceae -
Papilionoideae Andira sp 0,01 0,02 0,02 0,10
Fabaceae -
Papilionoideae Dalbergia nigra 0,01 0,02 0,02 0,10
Flacourtiaceae Casearia sp 0,03 0,07 0,07 0,30
Heliconiaceae Heliconia sp 0,69 1,66 0,71 2,98
Lauraceae Ocotea sp 0,03 0,07 0,07 0,30
Lecythidaceae Eschweilera ovata 0,53 1,27 0,64 2,68
Malvaceae 0,13 0,31 0,05 0,20
Malpighiaceae Byrsonima sericea 0,01 0,02 0,02 0,10
Marantaceae Stromanthe porteana 0,21 0,50 0,19 0,80
Melastomataceae Clidemia spp 1,43 3,41 0,81 3,38
Melastomataceae Henriettea sp 0,21 0,50 0,24 0,99
Melastomataceae Miconia spp 0,13 0,31 0,19 0,80
Menispermaceae 0,09 0,21 0,02 0,10
Myrtaceae 0,68 1,62 0,59 2,49
214
Família Espécie DA DR FA FR
Moraceae Artocarpus heterophyllus 0,02 0,05 0,05 0,20
Orchidaceae Catasetum sp 0,01 0,02 0,02 0,10
Orchidaceae Oeceoclades maculata 0,07 0,17 0,07 0,30
Orchidaceae Vanilla sp 0,03 0,07 0,07 0,30
Passifloraceae Passiflora sp 0,01 0,02 0,02 0,10
Piperaceae Piper divaricatum 0,11 0,26 0,17 0,70
Piperaceae Piper sp 4,48 10,73 1,07 4,47
Poaceae Brachiaria sp 0,03 0,06 0,05 0,20
Poaceae Guadua cf sp 0,07 0,17 0,14 0,60
Poaceae Olyra latifolia 1,47 3,52 0,57 2,39
Poaceae Parodiolyra sp 1,09 2,61 0,24 0,99
Poaceae 0,58 1,40 0,21 0,89
Polygonaceae Coccoloba sp 0,09 0,22 0,19 0,80
Primulaceae Myrsine umbellata 0,36 0,86 0,33 1,39
Rubiaceae Psychotria spp 0,85 2,05 0,81 3,38
Rubiaceae 0,37 0,89 0,43 1,79
Sapindaceae Allophyllus laevigatus 0,46 1,09 0,33 1,39
Sapindaceae Cupania sp 0,04 0,09 0,02 0,10
Sapindaceae Cardiospermum sp 0,70 1,68 0,64 2,68
Simaroubaceae Simarouba amara 0,20 0,48 0,38 1,59
Siparunaceae Siparuna guianensis 0,15 0,36 0,21 0,89
Solanaceae Solanum sp 0,01 0,02 0,02 0,10
Vochysiaceae Vochysia lucida 0,03 0,07 0,02 0,10
Indeterminada 1 0,07 0,17 0,09 0,40
Indeterminada 2 0,14 0,32 0,26 1,09
Indeterminada 3 0,49 1,16 0,59 2,49
Monilophyta 0,07 0,17 0,09 0,40
Plâtula 3,41 8,15 1,04 4,37
Total 41,79 100,00 23,83 100,00
215
3. 4 DISCUSSÃO
As múltiplas causas para o crescente aumento da densidade populacional humana do
município de Salvador, atualmente de 2.675.656 habitantes segundo Censo Demográfico de
2010 (IBGE, 2011), determinou ao longo do tempo a alteração da sua vegetação de Mata
Atlântica, reduzindo-a a fisionomia de mosaico de remanescentes. Alguns destes estão
localizados dentro de áreas relativamente protegidas como parques estaduais municipais e
ainda sítios federais.
Devido ao fato de serem inseridos no domínio da Mata Atlântica, esses remanescentes além
de sua conservação estabelecida pela legislação específica, encontram-se em situação de
proteção da comunidade científica internacional, pelo fato de estarem enquadrados como um
todo na Mata Atlântica Brasileira na categoria de “hot spots”, ou seja, regiões mais
biologicamente ricas e ameaçadas do planeta (MITTERMEIER et.al., 1999).
Nesse sentido, o abate seletivo e/ou parcial das populações de plantas ao longo do tempo
gerou para Salvador, a condição de manchas remanescentes – ainda assim protegidas por lei e
resolução – reduzindo na maioria dos casos as formas de vida para duas camadas florestais: o
estrato vertical arbóreo, superior e o estrato vertical subosque, inferior.
Com relação à biomassa – fitomassa da serrapilheira – esse aspecto compreende certa quantia
de energia armazenada presente no componente biótico num dado tempo (BREWER, 1994) e
a sua avaliação espacial tem sido usada em todo o mundo como melhor forma comparativa de
conhecer a produção (standing crop) dos diferentes biomas (ODUM, 1988). Para Duvigneaud
(1980), a produção de todos os componentes florestais incluindo os estratos arbóreo,
arbustivo, herbáceo (e aí a serrapilheira) de uma formação tropical úmida de folhas grandes,
representa, em peso seco, 180 ton/ha. No caso da serrapilheira, a sua avaliação, também em
massa seca, reflete o grau de riqueza do conjunto de plantas, a produção orgânica e o estado
de conservação da floresta.
Na ausência da especificação de valores de abundância da serrapilheira na legislação
pertinente, bem como, nos estudos dessa natureza para Salvador, resolveu-se levantar e obter
216
na literatura científica um banco de dados consistentes, aqui assumidos como paradigma ou
antecedente para diagnóstico dos estágios de sucessão. Nesse sentido, os resultados obtidos
por pesquisadores para formações florestais úmidas no globo apontam valores de biomassa
seca da serrapilheira dentro do intervalo de 7840 a 10200 Kg/ha na floresta ombrófila da
Colômbia, América do Sul (JENNY et. al. 1948). Em floresta tropical úmida secundária de
idade de dezoito anos do Zaire, na África Laudelout e Meyer (1954) registraram massa seca
de 12300 Kg/ha. Nye (1961) encontrou na serrapilheira acumulada de doze meses 10500
Kg/ha em floresta densa equatorial sempre verde de Gana, também na África. Na floresta
tropical úmida do parque El Verde de Porto Rico, na América Central, foi assinalada massa
seca de 598 g.m-2
(WIEGERT, 1970). Considerando os valores acima em Kg.m-2
, unidade
empregada no presente estudo, se obtém um valor médio de 0,936 ± 0,247 Kg.m-2
de peso
seco da serrapilheira para as florestas úmidas do globo.
Para as formações vegetacionais ombrófilas densas brasileiras, como a Floresta Amazônica e
a Mata Atlântica, são apresentados valores de biomassa seca da serrapilheira como estes a
seguir. Na Floresta Amazônica Salomão et. al. (1998) observaram para a fitomassa morta
(liter + troncos mortos em pé e caídos) 5,3 Kg.m-2
e ainda, Rodrigues et. al. (2001) listaram
7,9 t/ha/ano em floresta primária e 9,9 t/ha/ano em floresta secundária. Na Mata Atlântica das
regiões, principalmente, sudeste e sul, em formação ombrófila e de restinga a esta associada
Melo et. al. (1994) mostraram a variação de 548,5 a 900,4 g/m²/ano na Mata Atlântica do Rio
Grande do Sul. Reissman et. al. (1994) apontaram, para a queda de serrapilheira de uma
restinga no Paraná, a variação de 5533 a 7739 Kg/ha/ano. Oliveira et. al. (1995) encontrou
para cinco estágios sucessionais da Mata Atlântica do Rio de Janeiro em kg/ha/ano no estágio
I o valor de 5040, estágio II 8030, III 5160, IV 5140 e V 5160. Em Mata Atlântica
semidecídua de São Paulo, Guimarães e Pagano, 1998) obtiveram 11394 Kg/ha/ano. Pires et.
al. (1998) estudando a mata de restinga no Paraná obtiveram a massa de 5064 ± 216 Kg/ha.
Na Mata Atlântica Montana, Portes et. al. (1998) encontraram 4,5 t/ha/ano. Em Santa
Catarina, na análise de biomassa em remanescente de Mata Atlântica, Santos (1998) observou
a massa de 10554 ± 398 Kg/ha/ano e finalmente, Torres e Fonseca (1998) em sua avaliação de
serrapilheira em remanescentes de Mata Atlânticado Rio de Janeiro, mostraram variação de
2,78 a 3,75 t/ha, sendo que o remanescente de maior valor foi aquele de categoria
intermediária de alteração.
217
Procedendo-se a igual maneira, ou seja, convertendo os valores acima para a unidade Kg.m-2
,
registrou-se com a amalgação dos dados, a biomassa seca média de 0,640 ± 0,243 Kg.m-2
para
a serrapilheira das formações vegetacionais florestais úmidas brasileiras de forma geral contra
1,250 ± 0,549 Kg.m-2
, média geral para o presente trabalho de Salvador. A biomassa menor
observada pelos autores acima, é resultante de emprego de metodologia diversa, já que, na
maioria dos casos, procedeu-se somente a coleta mensal da “chuva” do material orgânico dos
estratos superiores (folhas, flores, frutos, sementes e ramos) durante um ano, não
considerando a fração em decomposição. No caso de Salvador, adotou-se avaliar o standing
crop, ou seja, a fitomassa espacial cumulativa que inclui a “chuva” do material orgânico e a
massa em decomposição, portanto, melhor opção comparativa.
Retomando os resultados dos remanescentes de Mata Atlântica de Salvador, os maiores
registros de fitomassa da serrapilheira ocorreram nos remanescentes Aterro Canabrava,
Colégio Anglo Brasileiro e 19º BC com 1,660, 1,607 e 1,602 Kg.m-2
, respectivamente. Dos
demais remanescentes – dez deles – apresentaram valores acima de 1,0 Kg.m-2
e os
remanescentes Pedreira Carangi, Alphaville II e Alphaville I registraram os menores valores
com 0,927, 0,851 e 0,798, respectivamente.
Á luz dos resultados obtidos e frente a sua comparação com bibliografia referida,
principalmente para aquelas baseadas em resultados similares para standing crop, infere-se
que coexiste a condição de abundância da serrapilheira para todos os remanescentes avaliados
da Mata Atlântica de Salvador, isso em consonância com a legislação específica vigente.
Outro aspecto investigado no presente trabalho foi a avaliação da abundância das populações
de plantas do estrato subosque ao longo dos remanescentes da Mata Atlântica de Salvador. A
nomenclatura botânica referente aos estratos (sinúsias) é controvertida, pelo fato de ser
baseada em vários atributos como: porte do indivíduo (altura vertical a partir do solo),
botânica estrutural, fisionomia, heterogeneidade espacial e tipologia vegetacional (DU
RIETZ, 1930; WEAVER e CLEMENTS, 1950; WHITTAKER, 1962; MUELLER-
DOMBOIS e ELLEMBERG, 1974; RIZZINI, 1997 e CARVALHO et. al., 2009).
218
Rizzini citado acima, maior autoridade botânica sobre Fitogeografia do Brasil, adota para as
florestas pluviais (úmidas) do mundo, como é o caso da Mata Atlântica, cinco estratos: 1-
árvores emergentes, 2- árvores do andar superior (dossel), 3- árvores da submata, 4- arbustos
e ervas altas e 5- ervas baixas. O autor assume os estratos arbóreos a partir de seis metros de
altura e, os dois últimos, próximo ao solo. O arranjo vertical acima é próprio da formação
vegetacional primária. De outra forma, para as formações secundárias ou remanescentes, o
processo de fragmentação reduz, de forma geral, o arranjo vertical para apenas dois estratos: o
arbóreo (superior) e o subosque (inferior).
De maneira geral, o estrato subosque tem sido pouco estudado nos trabalhos de
Fitossociologia no Brasil, o que dificulta o seu conhecimento (MANTOVANI, 1987). As
pesquisas existentes aparecem na bibliografia, relatadas, principalmente, às regiões sul e
sudeste do Brasil, na maioria das vezes abordando conjuntamente os estratos arbustivos e
herbáceo (subosque).
Citam-se nas regiões acima os trabalhos de Citadini-Zanette (1984) e Citadini-Zanette e
Baptista (1989), Cestaro et. al., (1986), Diesel e Siqueira (1991) e Muller (1999) sobre
estrutura fitossociológica, principalmente, para os estratos herbáceo-arbustivo da Mata
Atlântica, floresta mista de araucária, mata ripária e floresta costeira, respectivamente. No Rio
Rrande do Sul Negrelle (1995), Dorneles (1996) e Kozera et. al. (2005) estudaram a
dinâmica, estrutura do componente inferior e o estrato herbáceo-arbustivo, respectivamente,
da Mata Atlântica de Santa Catarina. No Paraná, Cervi et. al. (1988) e Kozera (2001)
apresentaram a contribuição de plantas herbáceas para a floresta mista de araucária e
avaliação da composição florística e fitossociológica do estrato herbáceo- arbustivo da
floresta ombrófila densa, respectivamente. Ainda, Andrade (1992) e Meira-Neto (1997)
estudaram em Minas Gerais o estrato herbáceo em floresta da Reserva Biológica Mata do
Jambreiro e florística e fitossociologia dos estratos arbóreo e herbáceo-arbustivo da Mata
Atlântica, também respectivamente.
Dos resultados apresentados para o estudo do subosque da Mata Atlântica de Salvador,
baseados na análise florística das espécies/táxons, unidade taxionômica adotada, obteve-se, de
forma comparativa para os remanescentes a ordenação sequencial de Trobogy > Greenville >
219
Valéria > Aterro Metropolitano Central > Pedreira Aratu, isso para os cinco de maior número
de unidades taxionômicas. Para a frequência relativa, que infere a proporção de repetição de
ocorrência de uma espécie sobre o conjunto das demais de um sítio, as dez espécies/táxons
mais freqüentes para os remanescentes de Salvador como um todo foram, em ordem
seqüencial: Himatanthus bracteatus, Rhynchospora cephalotes, Protium heptaphyllum, Piper
sp, Tapirira guianensis, Plâtula, Xylopia sericea, Dilleniaceae, Clidemia spp e Psychotria
spp. Nessa sequência, como aliás para as demais espécies do sobosque, incluem-se: as
espécies exclusivas do subosque (≤ 2,0 m de altura) e os indivíduos da unidade plântula (≤ 0,2
m) mais os indivíduos jovens do estrato arbóreo com altuta igual ou menor que 2 m.
Da comparação de remanescente da floresta ombrófila densa do Paraná (KOZERA, 2001)
com a listagem qualitativa do presente estudo, se observa, de modo geral, uma aproximação
para os dois trabalhos. Contudo, vale ressaltar que no caso do subosque da Mata Atlântica de
Salvador, a lista de espécies ainda não é definitiva, haja vista a ocorrência de unidades
taxionômicas indeterminadas das Magnoliophyta (plantas fanerogâmicas, com flor) a das
Monilophyta (plantas pteridófitas, sem flor).
Estudos comparativos de fitossociologia abrangendo o arranjo vertical revelaram que o
número de espécies do estrato herbáceo é menor do que o dos estratos arbóreos e isso pode
estar relacionado a vários fatores de competição, maior no subosque (COUTINHO, 1962) e à
redução, de cima para baixo, da luminosidade (WALTER, 1971). Essa condição também deve
prevalecer para Salvador.
Para a abundância do subosque, expressa em densidade de organismos/m², os resultados
médios para a Mata Atlântica de Salvador revelaram que as dez espécies/táxons de maior
densidade foram em ordem sequencial: Protium heptaphyllum, Piper sp, Himatanthus
bracteatus, Rhynchospora cephalotes, Plâtula, Tapirira guianensis, Scleria bracteata,
Clidemia spp, Psychotria spp e Dilleniaceae. De maneira comparativa, os resultados
apontaram para os cinco remanescentes de maior densidade média total a sequência:
Alphaville II > Trobogy > Alphaville I > Ipitanga II > Biribeira, sendo que para o universo
dos remanescentes estudados a diferença entre o maior e o menor valor foi de 2,7 vezes.
220
O estudo da composição e abundância dos segmentos biomassa da serrapilheira e da
associação de plantas do subosque representam uma contribuição para o diagnóstico do estado
atual em que se encontram as manchas remanescentes de Salvador. Nesse sentido, ainda que a
resolução CONAMA nº 5 de 1994 não especifique classes de abundância da serrapilheira,
pode-se inferir que este componente encontra-se abundante ao longo de todos os
remanescentes analisados quando confrontados com os resultados do presente diagnóstico e
os reportados na literatura. Da mesma forma, ainda que heterogêneos, os resultados indicam a
condição de estágio secundário mantendo a dinâmica de recrutamento e regeneração da
vegetação de Salvador, porém, demandam uma avaliação mais aprofundada desta dinâmica.
3.5 CONCLUSÃO
A biomassa seca e a espessura vertical da serrapilheira são atributos de adoção recomendável
para estudo de diagnóstico de remanescente florestal. Dos quinze remanescentes estudados na
Mata Atlântica de Salvador, os maiores valores de biomassa seca (Kg.m-2
) da serrapilheira
foram registrados para o Aterro Canabrava (1,660), Colégio Anglo Brasileiro (1,607) e 19º
BC (1,602), sendo o menor valor encontrado no remanescente Alphaville I (0,798).
A produção (standing crop) da serrapilheira da Mata Atlântica de Salvador, de forma geral, é
compatível com estágios avançados de regeneração.
A serrapilheira esteve em grau de intensidade abundante, para todos os remanescentes de
Salvador, maior grau conforme legislação específica em vigor.
A composição florística da associação subosque da Mata Atlântica de Salvador esteve
representada por setenta e seis famílias botânicas, quarenta e nove gêneros e trinta e três
espécies.
As dez famílias botânicas mais frequentes de todo o estudo foram: Cyperaceae, Apocynaceae,
Burceraceae, Melastomataceae, Piperaceae, Rubiaceae, Poaceae, Fabaceae-Mimosoideae,
Anacardiaceae e Sapindaceae.
221
Protium heptaphylum, Piper sp, Himatanthus bracteatus, Rhynchospora cephalotes, Plâtula,
Tapirira guianensis, Scleria bracteata, Olyra latifólia, Clidemia spp, Parodiolyra sp,,
compreenderam as dez espécies/táxons de maior densidade do subosque, incluindo
principalmente as espécies nativas das formas vegetais herbácea, lenhosa, invasora e
secundária.
Os remanescentes com registro de maior densidade média total foram: Alphaville II, Trobogy,
Alphaville I, Ipitanga II e Biribeira.
Da avaliação da composição e abundância do subosque foram diagnosticados o estado
vegetação secundária, havendo a manutenção da função recrutamento florestal para os
remanescentes da Mata Atlântica de Salvador.
3.6 REFERÊNCIAS
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226
APÊNDICES
227
Apêndice A - Representação Cartográfica do estágios sucessionais da vegetação do bioma Mata Atlântica.
228
229
230
231
232
233
234
235
236
237
238
239
240
241
Apêndice B- Lista de espécies amostradas nos remanescentes de Mata Atlântica da cidade de Salvador. Fevereiro a julho 2011. Alphaville I =
A1, Alphaville II = A2, Aterro Canabrava = C, Aterro Metropolitano Centro = AMC, Barragem de Ipitanga I = I1, Barragem de Ipitanga II = I2,
Greenville = G, Loteamento Biribeira = LB, Loteamento Patamares = LP, Pedreira Aratu = PA, Pedreira Carangi = PC, Pedreira Valéria = PV,
Posto TIC = TIC, Trobogy = T e 19 BC = BC. Árvore = ar, arbusto = arb, subarbusto = subarb, epífita = ep, herbáceo = he, trepadeira = trep.
Família Espécie Localidades Hábito
Anacardiaceae Anacardium occidentale L. T ar
Mangifera indica L. BC ar
Annonaceae Schinus terebinthifolius Raddi BC,G arb/ar
Spondias mombin L. BC,TIC ar
Tapirira guianensis Aubl. A1,C,G,LB,AMC,I1,PA,PC,PV, TIC,LP,T,BC,A2,I2 ar
Thyrsodium spruceanum Benth. A1,C,G,LB,AMC,I1,PA,PC,PV,LP,T,BC ar
Anaxagorea sp PC ar
Annona dolichophylla R.E.Fr. T ar
Annona sp PC, T ar
Guatteria pogonopus Mart. A1,PV ar
Guatteria sp A1,AMC,T ar
Xylopia sericea A.St.Hil. C,G,PA,TIC,LP,BC ar
Indet.01 AMC ar
Apocynaceae Blepharodon pictum (Vahl) W.D.Stevens A1,LB,BC trep
Himatanthus bracteatus (A.DC.) Woodson A1,C,G,LB,AMC,I1,PA,PC,PV,TIC,LP,T,BC,A2,I2 ar
Mandevilla scabra (Hoffmanns. Ex Roem. &
Schult.)K.Schum.
BC trep
Tabernaemontana salzmannii A.DC. G,T ar
Araceae Monstera adansonii Schott C,G ep
Philodendron acutatum Schott G trep
242
Família Espécie Localidades Hábito
Araceae Philodendron bipinnatifidum Schott C he
Araliaceae Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire et. al A1,C,G,LB,AMC,I1,PA,PV,TIC,LP,T,BC,A2,I2 ar
Schefflera vinosa (Cham. & Schltdl. AMC,PC arb
Arecaceae Attalea burretiana Bondar A1,LB,AMC,I1,PA,PC,PV,T,A2 ar
Attalea salvadorensis Glassman A1,PA, PV,T ar
Attalea sp. C ar
Bactris ferruginea Burret C,G,PC,PV,T ar
Cocos nucifera L. BC ar
Desmoncus polyacanthos Mart.var polyacanthos LP subarb
Desmoncus polyacanthosMart. A1,LB subarb
Elaeis guineensis Jacq. A1,G,PV,LP,T,BC ar
Polyandrococos caudescens Barb.Rodr. A1,AMC,PC ar
Syagrus botryophora Mart. G,LB,I2 ar
Syagrus coronata (Mart.) Becc A1,C,G,LP,T,BC ar
Syagrus schizophylla (Mart.) Glassman G,LP,T ar
Asteraceae Acanthospermum hispidum DC. AMC he
Centratherum punctatum Cass. BC he
Chromolaena odorata (L.) R.M.King.& H.Rob. PC he
Conocliniopsis prasiifolia (DC.)R.M.King & H.Rob. AMC he
Elephantopus hirtiflorus DC. AMC he
Eremanthus capitatus (Spreng.)MacLeish AMC arb
Gochnatia oligocephala (Gardner) Cabrera C,G,LB,PC,T,BC,I2 arb/ar
Gochnatia paniculata (Less.)Cabrera AMC ar
Mikania obovata DC A1 trep
Sphagneticola trilobata (Baker) Pruski BC he
243
Família Espécie Localidades Hábito
Vernonanthura discolor (Spreng.) H.Rob T,PC,PV ar
Bignoniaceae Bignonia corymbosa (Vent.)L.G.Lohmann PC trep
Jacaranda ovata Cham. AMC,T ar
Bonnetiaceae Bonnetia stricta (Nees)Nees & Mart. AMC arb
Boraginaceae Cordia nodosa Lam. BC arb
Cordia pilosa M.Stapf & Taroda C,PC, PV,T ar
Cordia sagotii I. M.Johnst. A1,AMC,I1,T,BC ar
Cordia sp T,BC ar
Varronia cf. polycephala Lam. A1 subarb
Bromeliaceae Aechmea aquilega (Salisb.) Griseb. PC, he
Hohenbergia blanchetii (Baker)E.Morren ex Mez T he
Burseraceae Protium heptaphyllum (Aubl.)Marchand A1,C,G,LB,AMC,I1,PA,PC,TIC,T,BC,A2,I2 ar
Celastraceae Maytenus distichophylla Mart. ex Reissek A1,G,TIC,T ar
Chrysobalanaceae Hirtella ciliata Mart. & Zucc. BC arb
Hirtella glandulosa Spreng. G,BC ar
Hirtella sp A1 ar
Licania sp PC ar
Clusiaceae Clusia nemorosa G.Mey. C,G,PC,T,BC ar
Kielmeyera neglecta Saddi C,AMC,PC,I2 ar
Symphonia globulifera L.f C ar
Tovoita choisyana Planch & Triana PC, PV ar
Combretaceae Buchenavia sp PC ar
Convolvulaceae Ipomoea asarifolia (Desr.) Roem.& Schult. C,AMC he
Ipomoea sp. A1,G trep
Merremia cissoides (Lam.) Hallier f. AMC ar
244
Família Espécie Localidades Hábito
Costaceae Costus spiralis (Jacq.) Roscoe PV he
Cucurbitaceae Cayaponia tayuya (Vell.) Cogn. AMC trep
Gouania sp. AMC trep
Cyatheaceae Cyathea microdonta (Desv.)Domin C ar
Cyperaceae Cyperus sp A1 ar
Hypolytrum bullatum C.B.Clarke PC he
Rhynchospora cephalotes (L.) Vahl. PV he
Rhynchospora exaltata Kunth AMC,A1 he
Dilleniaceae Curatella americana L. C,G,LB,AMC,I1,PC,TIC,T,BC ar
Davilla sp A1,AMC,I1,I2,LB,G,PC,T trep
Tetracera breyniana Schltdl. PV,AMC trep
Tetracera sp LB,BC trep
Elaeocarpaceae Sloanea guianensis (Aubl.)Benth. PC ar
Erythroxylaceae Erythroxylum citrifolium A.St.Hil C,G,TIC ar
Erythroxylum mucronatum Benth. G,PC,PV,T, BC ar
Erythroxylum nobile O.E.Schulz G arb
Erythroxylum squamatum Sw. A1,PV,T,BC ar
Erythroxylum sp T arb
Euphorbiaceae Chaetocarpus echinocarpus (Baill.)Ducke A1,G, LB,PC ar
Croton astreatus Baill. PC he
Pera glabrata (Schott) Poepp. Ex Baill. A1, C,AMC ,PC,T,I2 ar
Pogonophora schomburgkiana Miers ex Benth. C,PC,PV,T ar
Ricinus communis L. BC arb
Sapium glandulatum (Vell.) Pax LB,T ar
Fabaceae Abarema cochliocarpos (Gomes) Barneby & J.W.Grimes C,G,PC,I2 ar
245
Família Espécie Localidades Hábito
Abarema filamentosa (Benth.) Pitter G,AMC,I1,T,BC ar
Albizia pedicellaris (DC.) L.Rico A1,PV,BC ar
Albizia polycephala (Benth.)Killip ex Record PV ar
Albizia sp PC ar
Andira fraxinifolia Benth. G,T,BC ar
Bauhinia sp PC trep
Bowdichia virgilioides Kunth G,LB,AMC,I1,PA,PC,PV,TIC,T,BC,I2 ar
Centrosema sp AMC trep
Chamaecrista desvauxii (Collad.)Killip G,AMC subarb
Chamaecrista sp G,PC ar
Clitoria fairchildiana R. A. Howard G ar
Clitoria laurifolia Poir G arb
Crotalaria stipularia Desv. A1 he
Crotalaria sp T subarb
Desmodium adscendens (Sw.) DC. BC subarb
Dioclea lasiophylla Mart. ex Benth. G trep
Inga capitata Desv. G, AMC ar
Inga ciliata C. Presl A1, AMC,I2 ar
Inga edulis Mart. PC,PV ar
Inga laurina Willd A1,C,G,PC,PV,T ar
Inga pleiogyna T.D.Penn. AMC ar
Inga thibaudiana DC A1,C,G,LB,PA,PC,PV,T,BC,A2 ar
Inga sp PC,A2,I2 ar
Leucaena leucocephala (Lam.) R. de Wit BC ar
Mimosa caesalpiniifolia Benth. G ar
246
Família Espécie Localidades Hábito
Mimosa pigra L. A1 arb
Mimosa polydactyla Humb.& Bonpl.ex Willd. A1 arb
Mimosa pudica L A1 arb
Moldenhawera blanchetiana Tul. C ar
Parkia pendula (Willd.) Benth. T ar
Senna siamea (Lam.) H.S.Irwin & Barneby BC ar
Senna splendida (Vogel) H.S.Irwin & Barneby var splendida T ar
Stylosanthes sp BC subarb
Stryphnodendron pulcherrimum (Willd.) Hochr. C,G,AMC,PC,LP,T ar
Swartzia apetala Raddi A1,G, T ar
Swartzia sp G ar
Tamarindus indica L BC ar
Indet.01 G,LB,PC ar
Gentianaceae Centropogon cornutus Druce PC he
Chelonanthus purpurascens (Aubl.)L.Struwe A1 he
Heliconiaceae Heliconia psittacorum L. T,PV he
Hernandiaceae Sparattanthelium botocudorum Mart. AMC arb
Hypericaceae Vismia guianensis(Aubl.) Choisy G,AMC,T,BC,I2 ar
Lamiaceae Aegiphila integrifolia (Jacq.) Moldenke C arb
Hyptis fruticosa Salzm. ex Benth. AMC arb
Lacistemataceae Lacistema robustum Schnizl. PC ar
Lauraceae Ocotea glomerata (Nees)Mez C,G,PA ar
Ocotea puberula (Rich.) Nees A1 ar
Ocotea sp AMC,I1,TIC,BC ar
Persea americana Mill BC ar
247
Família Espécie Localidades Hábito
Lecythidaceae Eschweilera ovata (Cambess.) Mart. ex Miers A1,C,G,LB,AMC,PC,PV,TIC,LP,T,BC,A2,I2 ar
Lecythis sp PA ar
Lomariopsidaceae Nephrolepis cf. pendula (Raddi) J. Sm. C,G ep
Lycopodiaceae Lycopodiella cernua (L.)Pic.Serm. AT,PC he
Lygodium volubile Sw T trep
Lythraceae Cuphea racemosa (L.f.)Spring. AMC he
Malpighiaceae Byrsonima coccolobifolia Kunth AMC arb
Byrsonima sericea DC. A1,C,G,LB,AMC,I1,PA,PC,PV,TIC,LP,T,BC,A2,I2 arb/ar
Heteropterys sp BC trep
Stigmaphyllom ciliatum (Lam.)A.Juss. A1 trep
Marantaceae Stromanthe porteana Gris T he
Malvaceae Apeiba tibourbou Aubl. PV ar
Eriotheca sp BC ar
Guazuma ulmifolia Lam. A1,LP,T ar
Luehea divaricata Mart. PC,PV,A2 ar
Pavonia malacophylla(Link & Otto) Garcke G he
Pachira glabra Pasq. BC ar
Melastomataceae Clidemia capitellata (Bonpl.) D.Don T,AMC,LB ar
Henriettea succosa (Aubl.)DC. A1,C, G,LB, AMC,I1,PA,PC,T,BC,I2 ar
Marcetia taxifolia (A.St.Hil.)DC. AMC he
Miconia albicans (Sw.)Triana BC arb
Miconia alborufescens Naudin AMC,T arb/ar
Miconia chartacea Triana AMC arb
Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin B ar
Miconia ferruginata DC C arb
248
Família Espécie Localidades Hábito
Miconia holosericea (L.) DC. AMC,PV,PC,I2 ar
Miconia minutiflora (Bonpl.)DC. G, AMC,I1,PA,PV,TIC,LP,T,BC,A2 arb/ar
Miconia prasina (Sw.) DC C,G,AMC,I1,PV,T,BC,A2 ar
Miconia sp C,I1 ar
Pterolepis glomerata (Rottb.)Miq. AMC he
Tibouchina candolleana (Mart. ex DC.)Cogn. PC,T ar
Meliaceae Guarea guidonia (L.) Sleumer A1,C,TIC ar
Trichilia hirta L PV ar
Trchilia sp G ar
Menispermaceae Chondrodendron sp BC trep
Moraceae Artocarpus heterophyllus Lam. AMC,I1,PV,TIC,BC ar
Brosimum gaudichaudii Trécul LB,PC ar
Brosimum lactescens (S.Moore) C.C.Berg C ar
Ficus gomelleira Kunth & C.D.Bouché A1, LB,LP,T,BC ar
Ficus pulchella Schott A1, C,G,PV,TIC ar
Ficus sp01 AMC,PC,PV ar
Ficus sp02 A1 ar
Sorocea guilleminiana Gaudich. G,T arb
Myristicaceae Virola sp T ar
Myrsinaceae Myrsine umbellata Mart. A1,C,G,LB,AMC,I1,LP,T,BC ar
Myrtaceae Calyptranthes sp BC,T ar
Campomanesia dichotoma (O.Berg) Mattos G,LB,LP,T,BC ar
Eugenia bahiensis DC. PC ar
Eugenia cyclophylla O.Berg AMC ar
Eugenia punicifolia (Kunth.)DC. AMC ar
249
Família Espécie Localidades Hábito
Eugenia sp C,G,T,BC ar
Gomidesia blanchetiana O.Berg AMC ar
Myrcia guianensis (Aubl.) DC. A1,T,PC ar
Myrcia littoralis DC. A1,G,T ar
Myrcia silvatica (O.Berg)Kiaersk. A1,LB,AMC,I1,PC,PV,T ar
Myrcia splendens (Sw.)DC. A1,G,AMC,I1,PC,PV,T,I2 ar
Myrcia sp G,LB,AMC,PC,LP,T,I2 ar
Psidium guajava L. BC ar
Psidium guineensis Sw. T ar
Psidium oligospermum DC. PC ar
Psidium sartorianum(O.Berg)Nied. G, BC ar
Psidium sp A1,G,LB,T ar
Syzygium cumini (L.) Skeels BC ar
Myrtaceae ind.01 C,G,T,I2 ar
Myrtaceae ind.02 G,LB,T,BC ar
Myrtaceae ind.03 BC,T ar
Myrtaceae ind.04 T ar
Nyctaginaceae Guapira opposita (Vell.)Reitz G,PC,PC,PV,T ar
Guapira cf. tomentosa (Casar)Lundell PC ar
Orchidaceae Brassavola cf. flagellaris Barb.Rodr. BC he
Oeceoclades maculata (Lindl.)Lindl. G,T he
Vanilla bahiana Hoehne G trep
Vanilla palmarum Lindl. BC trep
Ochnaceae Ludwigia erecta (L.) H.Hara BC he
Passifloraceae Passiflora edmundoi Sacco A1,LB trep
250
Família Espécie Localidades Hábito
Passifloraceae Passiflora edulis Sims PV trep
Passiflora misera Kunth AMC,PC trep
Passiflora ovalis Vell. ex Roem G trep
Piperaceae Piper anisum (Spreng.) Angely A1,G,T he
Piper arboreum Aubl. BC, arb
Piper aduncum L. G arb
Piper divaricatum G.Mey. PV,PC arb
Phyllanthaceae Hieronyma alchorneoides Allemão A1,T ar
Margaritaria nobilis L.f. PC ar
Poaceae Bambusa vulgaris Schrad. Ex J.C. Wendl. BC ar
Ichnanthus pallens (Sw.)Munro ex Benth. A1 he
Olyra latifolia L. T he
Oplismenus hirtellus (L.) P.Beauv. AMC he
Panicum maximum Jacq. BC he
Pharus latifolius L. AMC he
Polygalaceae Polygala grandiflora A,St.Hil. & Moq. PC subarb
Polygala paniculata L. AMC he
Polygala trichosperma L. PC he
Polygala sp AMC he
Polygonaceae Coccoloba alnifolia Casar LB trep
Coccoloba laevis Casar G trep
Coccoloba mollis Casar C,G,AMC,T,A2,I2 trep
Polypodiaceae Serpocaulon triseriale (Sw.) A.R.Sm T he
Pteridaceae Acrostichum danaeifolium Langst.& Fisch. G he
Rhamnaceae Adiantum latifolium Lam. G he
251
Família Espécie Localidades Hábito
Rhamnaceae Adiantum terminatum Kunze & Miq. G he
Vittaria lineata (L.) Sm. T he
Gouania blanchetiana Miq AMC trep
Rubiaceae Chiococca alba (L) Hitche T,AMC he
Chomelia anisomeris Müll.Arg. G,AMC,T ar
Chomelia obtusa Cham.& Schltdl. LP ar
Emmeorhiza umbellatta (Spreng)K.Schum AMC trep
Genipa americana L. TIC ar
Guettarda viburnoides Cham.& Schltdl. G ar
Margaritopsis cephalantha (Müll.Arg.) M.Taylor PC ar
Palicourea blanchetiana Schltdl. PC arb
Psychotria bracteocardia (DC.) Müll.Arg. AMC arb
Psychotria carthagenensis Jacq. A1,C,G,LB,AMC,PC,LP,PV,T,BC ar
Psychotria hoffmannseggiana (Willd. Ex Schult.)Müll. Arg. G, PV arb
Psychotria sp PV ar
Richardia grandiflora (Cham.& Schltdl.)Steud. A1 he
Salzmannia nitida DC. G arb
Rutaceae Ertela trifolia (L.)Kuntze AMC subarb
Pilocarpus sp T ar
Zanthoxylum rhoifolium Lam. A1,BC ar
Salicaceae Casearia commersoniana Cambess. AMC,PC,T,BC, A2 ar
Sapindaceae Allophylus laevigatus (Turcz.) Radlk A1,C,G,TIC,LP,T,BC,A2,I2 ar
Cupania emarginata Cambess C ar
Cupania rugosa Radlk. C,G,AMC,I1,PC,PV,LP,T ar
Cupania sp. A1,T,I2 aR
252
Família Espécie Localidades Hábito
Sapindaceae Paullinia sp BC trep
Serjania sp AMC,I1,BC trep
Sapotaceae Chrysophyllum splendens Spreng PA,PC ar
Chrysophyllum rufum Mart. G ar
Manilkara salzmannii G ar
Pouteria grandiflora (A.DC.) Baehni G,PC ar
Pouteria ramiflora (Mart.)Radlk. A1,LP ar
Pouteria sp G,T ar
Simaroubaceae Simarouba amara Aubl. A1,C,G,LB,AMC,I1,PC,PV,T,BC,I2 ar
Simaba cedron Planch. AMC,I1,PC,I2 ar
Siparunaceae Siparuna guianensis Aubl. A1,C,PA,PV,LP,T,A2 ar
Solanaceae Cestrum laevigatum L. BC arb
Solanum auriculatum Ait. G arb
Solanum polytrichum Moric T arb
Solanum sp T arb
Thelypteridaceae Thelypteris sp TIC he
Turneraceae Turnera ulmifolia L. G,BC subarb
Ulmaceae Cecropia glaziovii Snethl. G,PC,PV,LP ar
Cecropia pachystachya Trécul C,AMC,PV,I2 ar
Cecropia sp. T ar
Trema micrantha (L.) Blume G ar
Verbenaceae Lantana camara L. G arb
Vitaceae Cissus erosa Rich. A1,LB,G,PC trep
Cissus verticillata (L.)Nicolson & C.E.Jarvis A1 trep
Vochysiaceae Vochysia lucida C.Presl A1,C,G,LB,T ar
253
Família Espécie Localidades Hábito
Desconhecidas Desc. 01 A1,C,G,PC,T,A2 ar
Desc. 02 C,P ar
Desc. 03 T ar
254