Colégio Estadual do Campo São Roque
Ensino Fundamental e Médio
PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
Santa Helena
2018
Ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem
aprender a fazer o caminho caminhando, refazendo e
retocando o sonho pelo qual se pôs a caminhar.
(Paulo Freire)
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SUMÁRIO
1 – Introdução ............................................................................................................................. 6 2 - Dados de identificação da Instituição de Ensino ................................................................. 10 3 - Histórico da instituição....................................................................................................... 11
4 - Oferta de Cursos .................................................................................................................. 14 4.1- Organização do tempo e uso do espaço escolar ............................................................ 15
5 – Organograma ...................................................................................................................... 15 6 - Realidade Educacional ........................................................................................................ 16
6.1 - Descrição da realidade social, econômica, cultural e educacional brasileira e do
município. ............................................................................................................................. 16 6.2 - Caracterização da comunidade escolar ........................................................................ 19 6.3 - Contradições e Conflitos Presentes na Realidade Escolar ........................................... 23
6.4 - Quadro de pessoal ........................................................................................................ 26 6.4.1 - Corpo Docente ...................................................................................................... 26 6.4.2 - Equipe Auxiliar Operacional – Agente Educacional I .......................................... 27 6.4.3 - Equipe Técnico-Administrativa: Agente Educacional II ...................................... 28
6.4.4 - Da Equipe de Direção ........................................................................................... 29 6.4.5 - Da Equipe Pedagógica .......................................................................................... 29 6.4.6 - Quadro de Pessoal da instituição ........................................................................... 30
7 - Resultados Educacionais ..................................................................................................... 31
7.1 - Dados referentes as avaliações externas....................................................................... 32 7.1.1 – ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio ........................................................ 32
7.1.2 – Prova Brasil .......................................................................................................... 34 7.1.3 – SAEP (Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná) ............................ 36
7.2 - Distorção Idade-série.................................................................................................... 38 8 - Organização do aspecto físico do colégio ........................................................................... 39
8.1 - Relação de livros da biblioteca..................................................................................... 40 8.2 - Laboratório de Ciências, Biologia, Física e Química................................................... 42
9 - Objetivos, Fundamentos, Princípios e Concepções Orientadoras das Ações Educacionais42
9.1 - Objetivos Gerais ........................................................................................................... 42 9.2 - Objetivos Específicos ................................................................................................... 44 9.3 - Filosofia da escola ........................................................................................................ 45
9.4 - Concepções .................................................................................................................. 48 9.4.1 - Concepção de Sociedade ....................................................................................... 48
9.4.2 - Concepção de Homem .......................................................................................... 48 9.4.3 - Concepção de Infância e de Adolescência ............................................................ 49 9.4.4 - Concepção de Escola ............................................................................................ 50
9.4.5 - Concepção de Educação ........................................................................................ 51 9.4.6 - Concepção de Conhecimento ................................................................................ 52
9.4.7 - Concepção de Ensino ............................................................................................ 52 9.4.8 - Concepção de Aprendizagem ................................................................................ 53
9.4.9 - Concepção de Alfabetização e Letramento ........................................................... 53 9.4.10 - Concepção de Avaliação ..................................................................................... 55 9.4.11 - Concepção de Recuperação de Estudos .............................................................. 56
9.4.12 - Concepção de Gestão Democrática e Mecanismos de Gestão ............................ 57 9.4.12 .1 - Princípios Norteadores da Escola Democrática ....................................................... 57
9.4.12.1.1 - Igualdade ............................................................................................................ 57
9.4.12.1.2 - Qualidade ........................................................................................................... 57
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9.4.12.1.3 - Liberdade / Autonomia ...................................................................................... 58
9.4.12.1.4 - Mecanismos de gestão democrática: Instâncias colegiadas .............................. 60
10- Currículo ............................................................................................................................ 67 10.1- Ensino Fundamental de 9 anos .................................................................................... 69 10.2- Currículo para Ensino Médio ...................................................................................... 71 10.3 - Currículo da Escola do Campo................................................................................... 73 10.4 - Flexibilização curricular ............................................................................................. 74
10.5 - Metodologia ............................................................................................................... 75 10.6 - Matriz Curricular ........................................................................................................ 76
11- Desafios Socioeducacionais .............................................................................................. 79 11.1- História do Paraná (lei nº 13381/01) .......................................................................... 79
11.2 - Música (lei nº 11.769/08) ........................................................................................... 79 11.3 - Prevenção ao uso indevido de drogas ........................................................................ 80 11.4 - Sexualidade Humana .................................................................................................. 80 11.5 - Educação Ambiental (L.F. nº 9795/99, Dec. 4201/02) .............................................. 81
11.6 - Educação Fiscal e Tributária (Dec. nº 1143/99 e Portaria nº 413/02) ........................ 81 11.7- Enfrentamento a violência contra criança e o adolescente .......................................... 82 11.8 - Direito das Crianças e Adolescente (L.F. N 11525/07) ............................................. 82 11.9 - Estatuto do Idoso (LF 10.741/2003) e Política de Proteção ao Idoso (LE
17.858/201311 ...................................................................................................................... 83 11.10 – Programa de Combate ao Bullyng (LE 17.335/2012) ............................................. 84
11.11 - Semana Estadual Maria da Penha nas escolas (LE 18.447/2015) ............................ 85 11.12 - Direitos Humanos – PNEDH3 (Decreto 7037/2009) ............................................... 85 11.13 - Educação Alimentar e Nutricional (LF 11.947/2009). ............................................. 86
11.14 - Código do Trânsito Brasileiro - Educação para o Trânsito (LF 9.503/97) .............. 87
11.15 - História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena (Lei nº 11.645/08) .............. 87 12 - Avaliação – Sistema de Avaliação adotado ..................................................................... 91
12.1 – Promoção ................................................................................................................... 93
12.2 – Classificação .............................................................................................................. 94 12.3 – Reclassificação .......................................................................................................... 95
12.4 - Aproveitamento de Estudos ....................................................................................... 95 12.5 - Adaptação de Estudos de Disciplinas......................................................................... 95
12.6 – Regime de Progressão Parcial ................................................................................... 96 13 – Proposta Pedagógica de Inclusão Educacional ................................................................. 96
13.1 – Professor de Apoio Educacional Especializado – PAEE .......................................... 98 13.2 – Auxiliar-Operacional ............................................................................................... 100 13.3 - Sala de Recursos Multifuncional ............................................................................. 100
14 - Proposta Pedagógica de articulação entre os níveis de ensino ........................................ 102 14.1- Articulação entre os Anos Iniciais e Anos Finais do Ensino Fundamental .............. 102
14.2- Articulação entre os Anos Finais do Ensino Fundamental com o Ensino Médio ..... 104 15 - Proposta Pedagógica de formação continuada e valorização profissional ...................... 104 16 - Proposta de articulação da família e a comunidade ........................................................ 105
16.1- Programa de combate a evasão escolar ..................................................................... 105 16.2 - Equipe Multidisciplinar ............................................................................................ 106
17 - Estágio não obrigatório ................................................................................................... 106 18 - Proposta de Avaliação Institucional ................................................................................ 108 19 - Proposta de Avaliação do Projeto Político Pedagógico .................................................. 108
20 - Proposta de Complementação de Carga Horária ............................................................. 109 21 - Programas adotados pela instituição ............................................................................... 109
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21.1 - Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo ..................................................... 109
21.2 - Programa Ensino Médio Inovador ........................................................................... 110 21.3 – JAA (Jovem Agricultor Aprendiz) .......................................................................... 112 21.4 - CELEM (Centro de Língua Estrangeira Moderna) .................................................. 114 21.5 – Programa Brigada Escolar: defesa civil na escola ................................................... 114 21.6 – Viagens e Visitas Técnicas ...................................................................................... 115
22 - Plano de Ação da Instituição ........................................................................................... 116 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 132 ANEXO 1 ............................................................................................................................... 134
Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar ......................................................................... 134 ANEXO 2 ............................................................................................................................... 144
Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo: Voleibol ............................................... 144
ANEXO 3 ............................................................................................................................... 146 Viagens e Visitas Técnicas ..................................................................................................... 146
Pontos históricos e turísticos da Capital e do litoral paranaense ........................................ 146 Pontos turísticos de Foz do Iguaçu (Paraná) ...................................................................... 148 Universidades e Faculdades da região ................................................................................ 150 UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) .................................................... 152
ANEXO 4 ............................................................................................................................... 153 Programa Brigadas Escolares - Defesa Civil Na Escola .................................................... 153
ANEXO 5 ............................................................................................................................... 157 Plano de Ação da Instituição .............................................................................................. 157
ANEXO 6 ............................................................................................................................... 169
Plano de Ação da Instituição .............................................................................................. 169 ANEXO 7 ............................................................................................................................... 172
Calendário Escolar – 2018 .................................................................................................. 172 ANEXO 8 ............................................................................................................................... 173
Ata de aprovação do PPP ................................................................................................... 173
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1 – Introdução
É consenso entre os estudiosos e profissionais da educação o valor inestimável
do Projeto Político Pedagógico no cotidiano de uma instituição escolar, pois dele
emanam as concepções e finalidades que norteiam os mais variados programas de
aprendizagem. Congrega o passado o presente e o futuro. Confere o mais importante,
a identidade institucional.
Portanto o que se pretende realizar com este trabalho de reelaboração do PPP
é uma análise da real situação educacional dos alunos do Colégio Estadual do Campo
São Roque – Ensino Fundamental e Médio confrontando-a com a necessidade de
eliminar as falhas existentes em nosso contexto educacional possibilitando desta
forma disponibilizar uma educação de qualidade para toda a comunidade escolar.
A edição da Lei n.º 9.394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
elaborada em consonância com os princípios da Constituição Federal, trouxe
profundas mudanças para o Sistema Educacional Brasileiro, tanto em relação à
gestão e à organização, quanto à ação educativa, ao consagrar como princípios: a
liberdade, a autonomia, a flexibilidade e a democracia.
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual do Campo São Roque -
Ensino Fundamental e Médio, do município de Santa Helena, Núcleo Regional de
Educação de Toledo, Paraná, foi elaborado pela comunidade escolar local (direção,
equipe pedagógica, professores, funcionários, pais e alunos), tendo como finalidade
a organização do trabalho pedagógico escolar como um todo e o direcionamento da
ação pedagógica da escola, com o objetivo de fazer dela um local privilegiado para
aprender a viver e a conviver com êxito.
Assim, buscamos reelaborar o Projeto Político-Pedagógico, que é a própria
organização do trabalho pedagógico escolar como um todo, em suas especificidades,
níveis e modalidades. É um documento que não se reduz à dimensão pedagógica,
nem ao conjunto de documentos e planos isolados de cada professor em sala de aula.
É um documento específico que reflete a realidade da escola, situada num contexto
mais amplo que a influência e que pode ser por ela influenciado.
O PPP possui nas entrelinhas uma intencionalidade política, que reflete a
concepção de escola, de aluno, de sociedade que se almeja construir, que pode tanto
influenciar na sociedade ou receber influências dela. Assim, pode-se dizer que o PPP
é inconcluso, está sempre se construindo, isso se realmente o quisermos como um
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projeto histórico e não como uma simples exigência burocrática da Secretaria de
Educação. Para este momento ele pode até estar concluído, mas para amanhã ou
depois, vão surgindo outros desafios, novas mudanças e concepções de escola, de
sociedade e de sujeito.
No sentido etimológico, o termo projeto vem do latim, projectu, particípio
passado do verbo projicere, que significa lançar para adiante, utopia, construção
coletiva na perspectiva da construção e realização de um sonho.
O projeto busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um
sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto
pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado
ao compromisso sociopolítico, com os interesses reais e coletivos da população
majoritária. É político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para
um tipo de sociedade. Porém, a dimensão política só irá se cumprir na medida em que
ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica. Na dimensão
pedagógica reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é
a formação do cidadão crítico, responsável, criativo e participativo. Pedagógico, no
sentido de definir as ações e a identificação dos elementos naturais e culturais
necessários à constituição da humanidade em cada ser humano e à descoberta das
formas adequadas ao atendimento desse objetivo; forma de organização dos
elementos necessários à assimilação do saber, fazendo a distinção entre o essencial
e o acidental, o principal e o secundário, o fundamental e o acessório.
Político e pedagógico tem assim uma significação indissociável, porque
propicia a vivência democrática necessária à participação de todos os membros da
comunidade escolar e ao exercício da cidadania. Neste sentido, é que se deve
considerar o Projeto Político-Pedagógico, como um processo permanente de reflexão
e discussão dos problemas da escola, na busca de alternativas viáveis à efetivação
de sua intencionalidade, que “não é descritiva ou constatativa, mas é constitutiva”.
O Projeto Político-Pedagógico, ao se constituir em um processo democrático
de decisões, preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho
pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas,
corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando impessoal e
racionalizado da burocracia, que permeia as relações no interior da escola, diminuindo
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os efeitos fragmentários da divisão do trabalho, que reforça as diferenças e
hierarquiza os poderes de decisão.
Desse modo, o Projeto Político-Pedagógico tem a ver com a organização do
trabalho pedagógico em dois níveis: como organização da escola em um todo e como
a organização da sala de aula, incluindo sua relação com o contexto social imediato,
procurando preservar a visão de totalidade. Assim, o Projeto Político-Pedagógico não
visa simplesmente a um rearranjo formal da escola, mas a uma qualidade em todo o
processo vivido.
Sabemos, no entanto, que ele nunca ficará pronto, pois a educação é um
processo em contínua evolução e, portanto, a metodologia adotada, bem como a
maneira de desenvolver as atividades, devem atender as necessidades e expectativas
do momento.
Vários encontros foram feitos, para a reelaboração deste projeto, que
acreditamos, venha atender a nossa comunidade escolar. Procuramos fazer da escola
um lugar agradável, onde os experimentos antigos, juntamente com os novos, farão
surgir novas ideias, que serão úteis para o desenvolvimento integral do educando,
preparando-o para ser um agente transformador da sociedade da qual faz parte,
tornando-o assim, um cidadão consciente, ativo e crítico.
Este projeto não tem a pretensão de ser uma proposta acabada e sim,
proporcionar contribuições para uma caminhada rumo as transformações e evoluções
que vem ocorrendo no cenário mundial.
É preciso melhorar a qualidade de ensino, dando oportunidade aos educandos
para que possam expor suas ideias, criações e inventos em todas as áreas do
currículo, juntamente com seus educadores e toda a comunidade escolar.
Em seu art. 12, inciso I, a LDB prevê que os estabelecimentos de ensino,
respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência
de elaborar e executar sua proposta pedagógica. Portanto, fica clara a necessidade
de que a ação educativa:
1)Constitua-se em um ato intencional e diversificado;
2)Atenda às políticas de apoio, à implementação de inovações e especificidades de
cada modalidade de ensino;
3)Considere as diferenças culturais regionais e locais que assegurem a formação do
cidadão.
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A reestruturação do PPP é fruto de uma reflexão da realidade da escola e está
sendo reelaborado segundo as suas necessidades, por todas as pessoas que fazem
parte da vida escolar. Ou seja, partindo do pressuposto de que a educação não é algo
estanque e acabado, mas sim um processo em constante mudança e evolução, no
início de cada ano letivo, em Reuniões Pedagógicas e em momentos de Formações
Continuadas, conforme previsto em Calendário Escolar, discutimos e reelaborarmos
o Projeto Político Pedagógico em conjunto com direção, equipe pedagógica,
professores, funcionários, pais, alunos, APMF (Associação de Pais, Mestres e
Funcionários), Conselho Escolar e Grêmio Estudantil. Após, o mesmo passa por
aprovação pelo Conselho Escolar.
O PPP exige reflexão sobre as finalidades da escola, assim como a explicitação
de seu papel social e a clara definição de caminhos, formas operacionais e ações a
serem desenvolvidas por todos os envolvidos no processo educativo. Seu processo
de construção aglutinará crenças, convicções, conhecimentos da comunidade
escolar, do contexto social e científico, constituindo-se em compromisso político-
pedagógico coletivo. Ele precisa ser concebido com base nas diferenças existentes
entre seus autores, sejam eles professores, equipe técnico-administrativa, pais,
alunos e representantes da comunidade local. É, portanto, fruto de reflexão e
investigação.
É consenso entre a comunidade escolar do Colégio Estadual do Campo São
Roque – Ensino Fundamental e Médio que o principal objetivo do PPP é a importância
do comprometimento de gestores e professores na construção de uma proposta
educativa que torne a aprendizagem mais significativa e crítica, com base em, uma
identidade política e pedagógica para a educação escolar norteada pelos novos
paradigmas. O desafio de reelaborar o PPP passa por criar e permitir uma nova ação
docente na qual professores, alunos e comunidade escolar participem de um processo
para construção e reconstrução de forma criativa, dinâmica, encorajadora que tenha
como base o diálogo.
Este processo deve resultar no aprender coletivo para a produção do
conhecimento, colocando como foco o aprendiz, em um sistema aberto, que permita
a percepção e integração de um currículo vivo, no qual o ensino – aprendizagem se
dê nas relações interdisciplinares. Onde o conhecimento seja tomado como um bem
renovável em que educadores estejam comprometidos com a produção do mesmo
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dentro de um contexto que vá além da escola. Contemplando as demandas
mercadológicas, a sociedade de comunicação e a importância dos saberes docentes
na configuração do que vem a ser um plano de ações conjuntas e coletivas, que possa
determinar a construção da noção política de escola, currículo e conhecimento
juntamente a noção pedagógica, frente à percepção dos saberes dos
professores/profissionais e suas representações do currículo e da práxis educativa
dentro de um ambiente escolar gerido pelo diálogo, em uma visão democrática e
colaborativa.
2 - Dados de identificação da Instituição de Ensino
Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e Médio
Código: 417 CEP: 85892 – 000
Rua: Érico Veríssimo S/N Distrito: São Roque
Município: Santa Helena Código: 2371
NRE: Toledo Código: 27
Distância do Colégio ao NRE: 110 km
Localização do colégio: Urbana
FONE – FAX: (0xx45) 3276 - 1195
Modalidade: Ensino Fundamental e Ensino Médio
Turnos de funcionamento: manhã e tarde
Resolução de autorização: - Ensino Fundamental: Resolução nº 1.976/85
- Ensino Médio: Resolução nº 577/92, publicada no Diário
Oficial nº 3.720 de 12/03/1992.
Renovação de Funcionamento: - Ensino Fundamental: Resolução 383/14, de
22/01/2014.
- Ensino Médio: Resolução nº 6.055/2017 – SEED,
de 22/11/2017 e Pareceres 849/2017 – CEF/SEED e 469/2017 – CEE/CEMEP
Credenciamento da Educação Básica: Resolução nº 4908/17 - SEED e Parecer nº
2998/2017 – CEF/SEED, ambos de 26 de setembro de 2017.
Email: [email protected] e [email protected]
Site: www.shasantahelena.seed.pr.gov.br
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Entidade mantenedora: SEED
Dependência Administrativa: Estadual
3 - Histórico da instituição
A comunidade de São Roque começou a ser formada a partir de novembro de
1965, por imigrantes vindos de outros Estados, principalmente do Rio Grande do Sul
e de Santa Catarina.
Com o passar dos anos a comunidade foi crescendo cada vez mais e hoje é
um dos maiores e principais distritos de Santa Helena, tendo a sua economia bastante
diversificada, baseada na agricultura, pecuária, avicultura, suinocultura e no comércio.
Atualmente, o distrito de São Roque tem aproximadamente 4 mil habitantes e situa-
se a 25 km de distância da cidade de Santa Helena.
Logo que os primeiros moradores para cá vieram, a primeira preocupação foi
com os estudos e com a formação dos seus filhos. Para atender então a esta
necessidade fundaram uma pequena escola para ensinar as primeiras letras as
crianças. Só na década 70, mais especificamente no ano de 1978, é que surgiu uma
escola para atender os alunos a partir a 5ª série. Esta era particular, funcionava sob o
regime CNEC (Campanha Nacional de Escolas da Comunidade) e se chamava Escola
Érico Veríssimo.
A criação do Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e
Médio, deu-se aos 15 dias de dezembro de 1983 sob a Resolução Nº 4.192/83 da
Secretaria de Estado da Educação, e na época, passou-se a chamar Escola Estadual
Santa Helena – Ensino de 1º grau. E através da resolução nº 1.976/85 deu-se o
reconhecimento do curso de 1º grau, deste estabelecimento de ensino.
O funcionamento ficou autorizado a partir do início do ano letivo de 1984, com
uma implantação gradativa das séries, isto é, começando em 1984 com a 5ª série; em
1985, 5ª e 6ª séries; em 1986, 5ª, 6ª e 7ª séries e em 1987 com as quatro últimas
séries de 1º grau.
A Resolução nº 577/92, publicada no Diário Oficial nº 3.720 de 12/03/1992,
autorizou o funcionamento do 2º grau regular da Escola Estadual Santa Helena e
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mudou a nomenclatura, fazendo com que o estabelecimento passasse a ser
denominado Colégio Estadual Santa Helena – Ensino de 1º e 2º graus.
Através da resolução nº 1.449/99 publicada no Diário Oficial nº 5482, página nº
15, de 27/04/99, ocorreu o reconhecimento do Ensino Médio do Colégio Estadual
Santa Helena, que passou-se a se chamar: Colégio Estadual Santa Helena – Ensino
Fundamental e Médio.
No ano de 2010, através de consulta a comunidade escolar, o Colégio Estadual
Santa Helena – Ensino Fundamental e Médio, passou a ofertar o Ensino Médio
organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais. Este é organizado em dois blocos
de disciplinas, iguais para as três séries do Ensino Médio e divido em dois semestres.
No Bloco 1, constam as disciplinas de Biologia, Educação Física, Filosofia, História,
LEM – Espanhol e Língua Portuguesa. E no Bloco 2, as disciplinas de Arte, Física,
Geografia, Matemática, Sociologia e Química. Neste tipo de organização, o aluno
cursa num semestre letivo um bloco de disciplinas e no outro semestre o outro bloco
de disciplinas, sendo que só poderá ser promovido a série seguinte, quando tiver
concluído com êxito os dois blocos de disciplinas.
No ano de 2011, com a nova proposta do governo estadual de tornar as escolas
localizadas na zona rural, em escolas do campo, valorizando a comunidade e
permanência do jovem neste meio, a comunidade escolar (direção, equipe
pedagógica, professores, funcionários, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil e APMF
– Associação de Pais, Mestres e Funcionários) se reuniu e decidiu acatar a mudança.
O colégio passaria a se chamar Colégio Estadual do Campo Santa Helena – Ensino
Fundamental e Médio. Porém, como o objetivo da proposta era valorizar as
comunidades rurais e identificar as escolas da zona rural, como sendo escolas do
campo, decidiu-se mudar também a nomenclatura do colégio, de Santa Helena, para
São Roque, visando identificar o distrito no qual o colégio está inserido. Através da
Resolução 5103 de 17/11/2011 – D.O.U. 06/01/2012, o Colégio Estadual Santa
Helena passa a se chamar Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino
Fundamental e Médio.
No final do ano de 2013, após consultar a comunidade escolar, alunos,
professores e Conselho Escolar, decidiu-se que para o ano letivo de 2014, o colégio
não ofertaria o Ensino Médio organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais e
retornaria para o Ensino Médio Regular anual.
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Através da Resolução nº 4908/17 - SEED e do Parecer nº 2998/2017 –
CEF/SEED, ambos de 26 de setembro de 2017, deu-se a renovação do
credenciamento da Educação Básica deste estabelecimento de ensino.
Através da Resolução nº 383/14, de 22/01/2014, deu-se a renovação do
Reconhecimento do Ensino Fundamental e através da Resolução nº 6.055/2017 –
SEED, de 22 de novembro de 2017 e dos Pareceres 849/2017 – CEF/SEED e 469-
2017 – CEE/CEMEP, ocorreu a renovação do reconhecimento do Ensino Médio.
E o Regimento do Colégio Estadual Santa Helena foi aprovado através do Ato
Administrativo nº 023/2014 e do Parecer 038/2014, ambos de 31 de janeiro de 2014.
O Colégio Estadual do Campo São Roque funciona em dualidade administrativa
com a Escola Municipal Pedro Álvares Cabral, desde o período CNEC.
Como apresentado anteriormente este colégio foi estadualizado no ano de 1985.
A partir deste ano, os diretores foram os seguintes:
DIRETOR GESTÃO DIRETOR GESTÃO
Darcísio A. Pauli 1984 e 1985 Ricardo J. Finger 2004 e 2005
Domingos Pavan 1986 a 1988 Ricardo J. Finger 2006 a 2008
Zilá Pavan 1989 e 1990 Ricardo J. Finger 2009 a 2011
Irineu F. da Rosa 1991 e 1992 Ricardo J. Finger 2012
Darcísio A. Pauli 1993 a 1995 Loreni F. Toigo 2013 e 2014
Irineu F. da Rosa 1996 a 1998 Loreni F. Toigo 2015
Domingos Pavan 1999 a 2002 Ricardo J. Finger 2016 a 2019
Irineu F. da Rosa 2003
E os seguintes diretores-auxiliares:
DIRETOR-AUXILIAR ANO
Ademar Britzke 2006 e 2007
Loreni Foleto Toigo 2008 a fevereiro de 2010
Nadir Teresinha Gatelli Fevereiro a agosto de 2010
Loreni F. Toigo Agosto de 2010 a 2011
Loreni F. Toigo 2012
Ricardo J. Finger 2013 e 2014
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4 - Oferta de Cursos
O Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e Médio de
São Roque, Santa Helena, Paraná, atua em regime regular, presencial, sendo um
colégio de porte médio. Os níveis de ensino que o colégio oferta são: Ensino
Fundamental anos finais – 6º ao 9º ano e Ensino Médio regular anual.
A estrutura funcional é de dois turnos: matutino e vespertino.
O turno matutino funciona das 7:15 hs às 11:40 hs e possui 04 turmas sendo o
9º ano do Ensino Fundamental e 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio.
O turno vespertino funciona das 13:15 hs às 17:40 hs e possui 04 turmas, sendo
uma turma de cada ano do Ensino Fundamental, ou seja, 6º, 7º, 8º e 9º ano.
O critério de formação das turmas ocorre de acordo com o número de alunos
matriculados, cabendo à secretaria fazer a distribuição em turmas por período e série,
no Ensino Fundamental e Ensino Médio.
A direção e equipe pedagógica, analisa como a turma apresentou-se quanto à
aprendizagem, aproveitamento, interação, disciplina, faixa etária e números de
alunos. Havendo a necessidade, faz-se alguns remanejamentos entre as turmas.
A seguir tabela com os dados completos do total de turnos, turmas e alunos
regularmente matriculados no Colégio Estadual do Campo São Roque, no ano letivo
de 2018.
Nº T* - número de turmas Nº A** - número de alunos
Além dessas turmas do ensino regular, o Colégio Estadual do Campo São
Roque, oferta no período matutino uma turma de Sala de Recursos Multifuncional –
Tipo I, na Educação Básica e no turno intermediário 4, oferta uma Atividade Periódica
de Complementação Curricular de contra turno, AETE (Aula Especializada de
Treinamento Esportivo) na modalidade de voleibol.
TURNOS 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano 1ª série 2ª série 3ª série TOTAL DE
ALUNOS Nº
T* Nº A**
Nº T*
Nº A**
Nº T*
Nº A**
Nº T*
Nº A**
Nº T*
Nº A**
Nº T*
Nº A**
Nº T*
Nº A**
MATUTINO 00 00 00 00 00 00 01 25 01 29 01 20 01 28 102
VESPERTINO 01 33 01 23 01 27 01 13 00 00 00 00 00 00 96
TOTAL 01 33 01 23 01 27 02 38 01 29 01 20 01 28 198
15
4.1- Organização do tempo e uso do espaço escolar
A carga horária do Ensino Fundamental e do Ensino Médio é de 800 horas,
distribuídos em 192 dias letivos, com efetivo trabalho com os discentes, sendo cinco
aulas por dia, com 50 minutos cada uma.
As aulas de Educação Física são ministradas na quadra poliesportiva coberta,
na Sala de Jogos, nas próprias dependências do colégio ou salas de aulas.
As aulas de Física, Química e Biologia têm o auxílio do laboratório para as aulas
práticas.
As aulas de Arte são ministradas na própria sala de aula do aluno e em algumas
ocasiões, conforme o conteúdo trabalhado, no auditório da escola e na Sala de Arte.
5 – Organograma
COMUNIDADE
ESCOLAR
DIREÇÃO , EQUIPE
PEDAGÓGICA
CORPO
DISCENTE
AGENTES EDUCACIONAIS I e II GRÊMIO
ESTUDANTIL
CONSELHO ESCOLAR e
APMF
CORPO
DOCENTE
SEED, NRE CONSELHO DE
CLASSE
16
6 - Realidade Educacional
6.1 - Descrição da realidade social, econômica, cultural e
educacional brasileira e do município.
Somos negros, brancos, índios e mulatos também somos ricos e pobres, sábios
e ingênuos. A rica e bela diversidade cultural contrasta com a forte e massacrante
diferença sócio-cultural. Somos uma nação sofrida na sua maioria, angustiada por
uma condição de “neo-colônia”. Se outrora sofreu com o colonialismo direto e oficial
português, hoje se muda apenas a oficialidade e a nação metrópole. Somos ainda
forçados a ouvir a célebre frase que “brasileiro é um povo sem história”, quando o
correto talvez fosse “desconhecedor desta”, por várias razões alheias à sua própria
vontade. Ninguém é capaz de reconhecer algo sem ter condições para isto.
É desta brava gente que se constitui o Brasil. Um povo que luta para se manter
alegre (ao menos) na sua condição de vivente. Uma nação rica em recursos naturais
e humanos, mas pobre de condições de vida. Que não esquece ou desconhece a sua
história, mas, do contrário, se não a conhece é por consequência desta. Para piorar a
situação de pobreza do povo brasileiro, o país seguindo os interesses internacionais
na década de 90 (EUA e Inglaterra), adotou o modelo Neoliberal, privatizando as
empresas estatais, realizando uma liberalização radical das importações, cortando os
tributos que controlavam a importação do Brasil, de produtos do exterior. O resultado
foi a falência de parte das nossas indústrias, que geraram cortes nos empregos,
gerando um déficit comercial, fazendo com que fosse obrigado a recorrer a
empréstimos de dinheiro estrangeiro, elevando ainda mais nossa dívida externa,
sacrificando mais o povo brasileiro, pois foi necessário cortar gastos nos investimentos
sociais.
No início deste século o povo brasileiro elegeu um presidente, mais do partido
da esquerda, com a esperança de mudanças radicais no modelo neoliberal e
implantação de um modelo que atendesse os seus anseios, o que devagar está
ocorrendo, com o aumento de empregos, melhoria da condição social e econômica,
porém, ainda se vê muitas denúncias de corrupção, vindas de pessoas de alto escalão
tanto do Governo Federal quanto do Governo Estadual, tirando milhões/bilhões de
17
reais dos cofres públicos que serviriam para melhorar a infra-estrutura e ao
atendimento social do povo mais necessitados.
Já, o Estado do Paraná, está situado na Região Sul do Brasil e faz divisa com
os estados de São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul e fronteira com
Argentina e Paraguai, tendo como limite a leste o oceano Atlântico. Ocupa uma área
de 199.307.922 km². A população é formada por descendentes de povos europeus,
africanos, ameríndios e indígenas e por imigrantes procedentes, principalmente, dos
estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais.
Em decorrência dessas múltiplas relações, a cultura paranaense é muito rica e
engloba costumes e tradições dos diversos grupos étnicos que a compõe, com relação
a língua, a culinária, o artesanato, a música, a dança, as festas, a religião, a
arquitetura, as vestimentas, as formas de trabalho e as relações comerciais, entre
outras expressões da cultura e costumes.
Em 2014, segundo dados do IBGE, o Paraná apresentava uma população de
mais de 11 milhões de habitantes, distribuídos nos seus 399 (trezentos e noventa e
nove) municípios.
Segundo dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e
Social (Ipardes, 2012), a economia paranaense é a quinta maior do país. Destaca-se
a nível de Brasil, principalmente na agricultura (produção de soja, milho e trigo) e na
pecuária, com o segmento de bovinos, suínos e avicultura (27% do total de abates do
país).
No litoral, o Porto de Paranaguá destaca-se por ser o maior porto exportador
de produtos agrícolas do Brasil, o maior graneleiro da América Latina e o terceiro
maior em movimentação de contêineres do país.
Com relação ao município de Santa Helena, este localiza-se na região Oeste
do Paraná, às margens do Lago de Itaipu. Tem uma área total de 754,7 km² e conta
com uma população estimada em 25 mil habitantes.
O Município de Santa Helena originou-se a partir de um projeto da Colonizadora
Madalosso de Erechim-RS, que em 1959 iniciou a venda de lotes, principalmente,
para famílias oriundas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Sua origem histórica, no entanto, decorre de meados de 1920, quando as
primeiras famílias de pioneiros chegaram à região do antigo Porto de Santa Helena,
18
nas margens do Rio Paraná, onde realizavam a exploração da madeira e da erva
mate.
Atualmente tem a sua economia baseada principalmente nas atividades ligadas
a agricultura, comércio e turismo.
Para falar do município, temos também que nos reportar quando da formação
do Lago de Itaipu em 1982, Santa Helena perdeu uma extensa área agricultável (33%)
e grande parte de sua gente acabou sendo obrigada a deslocar-se para outros
municípios, estados e até para o exterior. Essa situação fez com que a geração de
recursos financeiros no município decaísse. A partir de 1.988 com a aprovação da
nova Constituição Brasileira, foi aprovado que o município que perdesse terras em
razão da formação de hidrelétrica seria ressarcido em indenização, os chamados
Royaltes.
Após o início do recebimento deste dinheiro, Santa Helena desenvolveu-se,
destacando-se na infra-estrutura e bem estar social do povo. O dinheiro facilitou a
implantação de estradas rurais com pedras irregulares, abastecedores de água
comunitários, reformas, ampliações e construções de escolas municipais, etc.
No campo educacional, a educação vem passando por diversas
transformações que procuram fazer frente às demandas que se representa na atual
conjuntura mundial, no entanto, não recebe ainda os recursos necessários. Apesar de
um momento de grandes mudanças e transformações políticas e sociais no país, a
educação não tem recebido a devida importância, uma vez que os investimentos feitos
bem como as verbas destinadas representam um pequeno montante.
O Colégio Estadual do Campo São Roque - Ensino Fundamental e Médio,
conta com o espírito de luta dos seus professores, equipe pedagógica, funcionários e
comunidade (pais, APMF, Conselho Escolar) para que a Escola continue se
“mantendo em pé”, ofertando um ensino de qualidade e auxiliando na formação dos
jovens, ou seja, uma escola de qualidade não se faz sozinha, necessita da integração
com a comunidade escolar e que o governo cumpra o seu papel, custeando e
mantendo pedagógica, financeira e estruturalmente, com pessoal qualificado e
capacitado para assumirem as suas funções.
19
6.2 - Caracterização da comunidade escolar
O Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e Médio, de
São Roque/ Santa Helena, está composto pôr: direção, equipe pedagógica,
professores das diversas áreas, funcionários, Conselho Escolar, APMF, Grêmio
Estudantil, pais e alunos, sendo a preocupação de todos a socialização de
conhecimentos, preparando os alunos para serem cidadãos críticos, conscientes e
atuantes, com capacidade de intervir no seu meio social.
Até bem pouco tempo atrás, os professores, na sua maioria possuíam uma
concepção de ensino tradicional humanística, ou seja, acreditavam que para atingir
os objetivos educacionais era preciso ter uma tendência pedagógica rígida, onde o
aluno era educado para atingir, pelo próprio esforço, sua plena realização como
pessoa e os conteúdos não tinham nenhuma relação com o seu cotidiano, nem com
a sua realidade social. Porém, atualmente esta visão dos educadores tem se
modificado bastante, graças às capacitações e formações continuadas, praticamente
todos os professores estão mais cientes do seu novo papel na sociedade e
principalmente na educação e vêem esta com outros olhos.
Em pesquisa realizada com os funcionários do colégio, 90% dos mesmos
responderam que pretendem continuar estudando e se aperfeiçoando, e isto acaba
refletindo na boa qualidade de ensino ofertada pela escola.
Com relação ao uso das novas tecnologias, 95% dos professores utilizam as
tvs multimídias e/ou lousa digital e 75% utilizam o laboratório de informática como
apoio pedagógico as suas aulas. Através destes dados podemos perceber que ainda
existe um certo número de professores que não estão utilizando estas novas
tecnologias, mas através de capacitações e trocas de experiências com seus colegas,
vão se conscientizando e procurando aprender, para posteriormente poderem
também eles utilizarem nas suas aulas.
Em relação aos secretários, vigia, merendeiras e zeladoras, verifica-se que
apresentam um grau de instrução satisfatória, sendo que todos possuem o Ensino
Médio concluído, prestando desta forma, serviços de qualidade para a comunidade
escolar.
Todos estão muito preocupados em continuamente se aperfeiçoar participando
de todas as capacitações e seminários que lhes são propostos, pois estão conscientes
20
que também desenvolvem um papel importante na educação e na formação integral
dos alunos.
O Conselho Escolar e a APMF do Colégio, são entidades atuantes e
diretamente envolvidas nas decisões que visam melhorar o andamento do trabalho
escolar, desenvolvendo um trabalho democrático, através do diálogo e da participação
de todos.
Em pesquisa realizada com os alunos e com os pais, podemos perceber que
41% dos alunos utilizam transporte escolar, ou seja, um pouco menos da metade do
alunado do Colégio Estadual do Campo São Roque, residem na zona rural do distrito
de São Roque.
Com relação a escolaridade dos pais, a grande maioria, 42%, possuem apenas
as séries iniciais do Ensino Fundamental; 33% dos pais concluíram o Ensino
Fundamental; 17% possuem o Ensino Médio; 2% possuem faculdade e 2% possuem
pós-graduação.
Com relação a renda familiar mensal, observa-se que mais da metade das
famílias, 52%, sobrevivem com apenas 1 salário mínimo; 33% ganham de 1 a 3
salários mensais; 10% de 3 a 5 salários e 5% sobrevivem com mais de 5 salários.
anal fabet os 1ª a 4ª sér ie 5ª a 8ª sér ie ensino m édio fac uldade pós-graduaç ao
4%
42%
33%
17%
2% 2%
ESCOLARIDADE DOS PAIS
21
Observando o número de pessoas que residem compõe a família, ou que
residem na mesma casa, temos as seguintes porcentagens: 3% dos alunos residem
com 2 pessoas; 25%, com 3 pessoas; 40% com 4 pessoas; 26% com 5 pessoas e 6%
com mais de 6 pessoas.
Porém, por outro lado, podemos perceber que a grande maioria, 81% dos
educandos do Colégio Estadual do Campo São Roque, residem com os seus pais;
7% residem só com a mãe; 1% só com o pai; 5% com os avós e 6% outras pessoas,
como padrasto, irmãos, tios e até mesmo sozinhos.
MORA COM:
5% 1%6%7%
81%
pai/mae só com a
mae
outros avós só com o
pai
até 1 sa lário mín imode 1 à 3 sa lários
de 3 à 5 sa láriosmais de 5 sa lários
52%
33%
10%5%
RENDA FAMILIAR MENSAL
2 pessoas3 pessoas
4 pessoas5 pessoas
m ais de 6 pessoas
3%
25%
40%
26%
6%
QUANTAS PESSOAS RESIDEM NA SUA CASA?
22
Esta boa estruturação familiar acaba refletindo de forma positiva no
aprendizado dos alunos e na participação dos pais sempre que convocados para
alguma atividade ou evento na escola.
Quando questionados se costumam fazer as tarefas escolares ou estudar em
casa todos os dias, 56% dos alunos responderam as vezes; 40% que sim e 4% não
fazem e nem estudam.
Com relação aos eventos e projetos desenvolvidos pelo colégio (Projeto Terra Limpa,
Fescultil, Festa Junina, Festa do Peão de Boiadeiro – Rodeio, Desfile Cívico,...), tanto
os pais, 98%, quanto os alunos, 97%, foram quase que unânimes em afirmar que são
atividades ótimas e que devem continuar, pois incentivam os alunos a uma vida mais
saudável, traz a comunidade para dentro da escola, melhorando o relacionamento,
além de obter recursos financeiros que são investidos em benefício aos próprios
alunos e comunidade escolar.
Quando questionados quais eram os seus planos para o futuro, a grande
maioria dos alunos, já tinham em mente as suas metas, sonhos e projetos para o
futuro. A maioria pensa em continuar os seus estudos, fazer uma faculdade, ter uma
profissão e um trabalho digno. As profissões ou áreas que pensam em se formar são
as mais variadas possíveis, não tendo uma que se destaca, estas vão desde médico,
veterinário, professor, advogado, motorista, agrônomo, agricultor, enfermeiro, músico,
cantor, biólogo, policial, jogador de futebol...
Apesar da condição econômica das famílias de nossos alunos serem baixa e
dos pais apresentarem um nível de escolaridade inferior, com grande parte
trabalhando no meio rural, verifica-se que há um grande incentivo por parte deles para
que seus filhos concluam os estudos. Observa-se que a maioria dos pais de nossa
as vezes s im nao
56%
40%
4%
COSTUM A FAZ ER AS ATIVIDADES ESCOLARES E ESTUDAR EM CASA TODOS OS DIAS?
23
comunidade, são participativos e atuantes, comparecendo nas atividades e eventos
escolares, sempre que solicitados.
A comunidade escolar atendida, ou seja, os alunos, são essencialmente filhos
de agricultores, que buscam melhorar sua condição cultural e econômica através da
educação oferecida pelo colégio. Há também uma minoria de filhos de profissionais
liberais que da mesma forma, veem na escola o meio de melhorar o futuro de seus
filhos.
6.3 - Contradições e Conflitos Presentes na Realidade Escolar
O questionamento que todo o professor do Colégio Estadual do Campo São
Roque faz diante de seu planejamento é “Que pessoa quero formar? E a resposta
mais frequente é “um aluno que esteja preparado para a vida, ou seja, uma pessoa
em contínuo exercício de aprendizagem, autonomia, colaboração, cuidado,
sensibilidade, crítica, cidadã, que lute pelos seus direitos...”
Porém formar este aluno para a vida, não tem se mostrado nada fácil. Atentos
a realidade da nossa sociedade, os profissionais da educação precisam estar
constantemente se atualizando e se capacitando para dar conta das necessidades
que lhes são postas pela sociedade.
Sociedade:
O que temos?
- Uma sociedade injusta, cada vez mais individualista e capitalista;
O que queremos?
- Uma sociedade justa, igualitária, onde os recursos nela existente gerem emprego e
oportunidades para todos;
- Uma educação de qualidade, capaz de preparar o cidadão para ser um agente
transformador da sociedade.
Como fazer para conseguir?
- Começando com simples ações e trocas de ideias em sala de aula com os próprios
alunos, retomando conceitos básicos de comportamento, hábitos, atitudes e valores,
em seguida, envolvendo as famílias nos projetos escolares e posteriormente a
comunidade escolar como um todo.
24
Escola:
O que temos? - Escola com uma boa estrutura física, graças ao empenho e dedicação da APMF,
professores e funcionários;
- Falta de salas de aula;
- Falta de um local adequado para as aulas de Educação Física;
- Preocupada e atenta para atender com qualidade a todos que nela frequentarem.
O que queremos?
- A construção de mais salas de aula;
- Uma infraestrutura tecnológica ideal na realidade dos dias de hoje;
- Quadra poliesportiva;
- Escola cidadã, para formar o indivíduo crítico e atuante na sociedade.
Como fazer para conseguir?
- Começando com simples ações e trocas de ideias em sala de aula, com nossos
alunos, retomando conceitos básicos de comportamento, hábitos e atitudes em
seguida, envolvendo as famílias nos projetos escolares e posteriormente a
comunidade escolar como um todo. Além de buscar parcerias com entidades e
empresas da região, e cobrar do governo estadual a melhoria da infraestrutura escolar
e a construção de novos espaços para atender a demanda existente.
Alunos:
O que temos?
- Alunos na grande maioria preocupados com uma boa formação e atentos aos
estudos;
- Alunos com dificuldades na aprendizagem, que necessitam de atenção / atendimento
especial;
- Alguns alunos advindos de famílias desestruturadas no setor econômico e social.
O que queremos?
- Alunos investigadores, críticos, responsáveis, participativos;
- Alunos comprometidos com as atividades e tarefas escolares;
- Alunos compromissados, éticos, capazes de conviver em uma sociedade conturbada
como esta de hoje.
Como fazer para conseguir?
25
- Equipe escolar motivada e compromissada para que consiga motivar nos alunos a
autoestima, garra e determinação de vencer enquanto alunos, enquanto pessoas e
futuramente como profissionais.
Professores:
O que temos?
- Professores na grande maioria compromissados e motivados com a educação;
- Participativos;
- Muitos professores deixam o conteúdo de lado para ser pai e mãe, psicólogo, devido
a desestruturação das famílias.
O que queremos?
- Que continuam motivados e realmente assumam os seus compromissos;
- Participativos e solidários;
- Atuantes e sempre em busca de conhecimentos e de formação continuada.
Como fazer para conseguir?
- Envolver estes professores sempre que possível em ações, projetos e capacitações
motivacionais para que eles percebam que suas atitudes podem ser melhoradas
sempre mais;
- Elevar a auto-estima, através do reconhecimento e da valorização do trabalho
realizado por cada professor;
- Continuar com o trabalho coletivo, melhorando cada vez mais o relacionamento
escola/comunidade.
Funcionários:
O que temos?
- Funcionários na grande maioria comprometidos e responsáveis;
- Participativos.
O que queremos?
- Funcionários (vigias, zeladoras, merendeiras, secretários...), que também estejam
compromissados com a educação das crianças e adolescentes;
- Funcionários que buscam mais conhecimento e formação continuada, para que
possam melhor atender o sistema educacional;
- Salários mais dignos para a categoria.
Como fazer para conseguir?
26
- Envolver estes profissionais em projetos, capacitações, formações continuadas e
acima de tudo valorizando o seu trabalho no cotidiano escolar, para que eles se sintam
cada vez integrantes do sistema educacional.
6.4 - Quadro de pessoal
A equipe do Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e
Médio, é composta por 36 profissionais da educação.
O corpo docente é formado por 27 professores, habilitados nas diferentes
licenciaturas, com especialização na área da educação. Destacamos ainda que
destes, 19 são efetivos e 08 são contratados por teste seletivo.
A equipe dos agentes educacionais é composta por 05 Agentes Educacionais
I e por 02 Agentes Educacionais II.
Atualmente possui 01 diretor com 40 horas semanais e 01 pedagoga, também
com 40 horas/aulas semanais.
Toda a equipe escolar é muito participativa e empenhada, buscando sempre o
melhor para os educandos e para a escola.
6.4.1 - Corpo Docente
A equipe docente é constituída de professores regentes de turma, devidamente
capacitados e habilitados em suas respectivas áreas de formação.
Compete aos docentes: participar da elaboração, implementação e avaliação
do Projeto Político Pedagógico da instituição de ensino, construído de forma coletiva
e aprovado pelo Conselho Escolar; elaborar, com a equipe pedagógica, a Proposta
Pedagógica Curricular da instituição de ensino, e o seu Plano de Trabalho Docente,
em consonância com o Projeto Político Pedagógico e as Diretrizes Curriculares
Nacionais e Estaduais; desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista
a apreensão crítica do conhecimento, pelo aluno; participar de reuniões, Conselhos
de Classe e outras atividades e/ou projetos promovidos pela escola, sempre que
convocado pela direção; cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-
27
aula e horas-atividade; manter atualizados os Registros de Classe, dentre outras
funções que estão regimentadas no Regimento Escolar deste estabelecimento de
ensino.
6.4.2 - Equipe Auxiliar Operacional – Agente Educacional I
O auxiliar operacional tem a seu encargo os serviços de conservação,
manutenção, preservação, segurança e alimentação escolar, no âmbito escolar,
sendo coordenado e supervisionado pela direção deste estabelecimento de ensino.
Dentre as diversas atribuições dos agentes educacionais I, que atuam na
limpeza, cozinha e vigilância dos alunos, podemos destacar as seguintes: zelar pelo
ambiente escolar; executar atividades de manutenção e limpeza dos espaços
utilizados pelos estudantes, profissionais docentes e não docentes da educação,
conforme a necessidade de cada espaço; lavar, passar e realizar pequenos consertos
em roupas e materiais; limpeza e conservação do mobiliário escolar; efetuar a limpeza
periódica dos equipamentos existentes na escola; disponibilizar lixeiras em todos os
espaços da escola; coletar o lixo diariamente, dando ao mesmo o destino correto;
executar serviços internos e externos; comunicar com antecedência à direção da
escola sobre a falta de material de limpeza; abrir, fechar portas e janelas nos horários
estabelecidos para tal, garantindo o bom andamento do estabelecimento de ensino e
o cumprimento do horário de aulas ou outras atividades da escola; zelar pela
segurança das pessoas e do patrimônio, realizando rondas nas dependências da
instituição, atentando para eventuais anormalidades; controlar o movimento de
pessoas nas dependências do estabelecimento de ensino, cooperando com a
organização das atividades desenvolvidas na unidade escolar; encaminhar ou
acompanhar o público aos diversos setores da escola, conforme necessidade;
acompanhar os alunos em atividades extra classe quando solicitado; agir como
educador na construção de hábitos de preservação e manutenção do ambiente físico,
do meio-ambiente e do patrimônio escolar; preparar a alimentação escolar sólida e
líquida observando os princípios de higiene; responsabilizar-se pelo
acondicionamento e conservação dos insumos recebidos para a preparação da
alimentação escolar; verificar a data de validade dos alimentos estocados; atuar como
28
educador junto à comunidade escolar, mediando e dialogando sobre as questões de
higiene, lixo e poluição, do uso da água como recurso natural esgotável, de forma a
contribuir na construção de bons hábitos alimentares e ambientais.
Além de todas estas atribuições citadas, o Agente Educacional I, poderá estar
verificando outras atribuições e cargos relativos a sua função no Regimento Escolar e
no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos do Quadro dos Funcionários da
Educação Básica da Rede Pública Estadual do Paraná, conforme Lei Complementar
nº 123/2008.
6.4.3 - Equipe Técnico-Administrativa: Agente Educacional II
A função de técnicos administrativos é exercida por profissionais que atuam nas
áreas da secretaria, biblioteca e laboratório de Informática, sendo que a formação
mínima exigida para o seu ingresso é Ensino Médio completo.
O técnico administrativo que atua na secretaria como secretário(a) escolar é
indicado pela direção deste estabelecimento de ensino e designado por Ato Oficial,
conforme normas da SEED.
Dentre as várias atribuições dos Agentes Educacionais II, podemos destacar as
seguintes: realizar atividades administrativas e de secretaria da instituição escolar
onde trabalha; auxiliar na administração do estabelecimento de ensino, atuando como
educador e gestor dos espaços e ambientes de comunicação e tecnologia; manter em
dia a escrituração escolar; redigir e digitar documentos em geral e redigir e assinar
atas; prestar atendimento ao público, de forma pronta e cordial; atender ao telefone;
lavrar termos de abertura e encerramento de livros de escrituração; manter
atualizados dados funcionais de profissionais docentes e não docentes do
estabelecimento de ensino; comunicar à direção fatos relevantes no dia-a-dia da
escola; acompanhar os alunos, quando solicitado, em atividades extraclasse ou
extracurriculares; manter organizado o material de expediente da escola; comunicar
antecipadamente à direção sobre a falta de material de expediente para que os
procedimentos de aquisição dos mesmos sejam realizados; catalogar e registrar
livros, fitas, DVD, fotos, textos, CD; registrar todo material didático existente na
biblioteca, nos laboratórios de ciências e de informática; manter a organização da
29
biblioteca, laboratório de ciências e informática; restaurar e conservar livros e outros
materiais de leitura; conservar, conforme orientação do fabricante, materiais
existentes nos laboratórios de informática; reproduzir material didático através de
cópias reprográficas ou arquivos de imagem e som em vídeos; zelar pelas boas
condições de uso de televisores e outros aparelhos disponíveis nas salas de aula; agir
como educador, buscando a ampliação do conhecimento do educando, facilitada pelo
uso dos recursos disponíveis na escola, dentre outras.
Além de todas estas atribuições citadas, o Agente Educacional II, poderá estar
verificando outras atribuições e cargos relativos a sua função no Regimento Escolar e
no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos do Quadro dos Funcionários da
Educação Básica da Rede Pública Estadual do Paraná, conforme Lei Complementar
nº 123/2008.
6.4.4 - Da Equipe de Direção
A direção escolar é composta pelo diretor, escolhidos democraticamente entre
os componentes da comunidade escolar, conforme legislação em vigor. No final de
2015, ocorreu a eleição para a escolha de novos diretores, para o período de 2016 a
2019. Para este ano letivo de 2017, o colégio conta somente com 40 horas de direção,
já que a demanda para a direção-auxiliar foi cancelada.
A função de diretor(a), como responsável pela efetivação da gestão
democrática, é a de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos no
Projeto Político Pedagógico da instituição de ensino, conciliando o trabalho
pedagógico com o administrativo.
6.4.5 - Da Equipe Pedagógica
A Equipe Pedagógica é composta por professores graduados em Pedagogia, e
é responsável pela coordenação, implantação e implementação, na instituição de
ensino, das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político Pedagógico e no
30
Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e orientações
emanadas da Secretaria de Estado da Educação.
O professor pedagogo é o articulador do processo pedagógico no interior da
escola. Deve ter como princípio do seu trabalho a gestão democrática, o trabalho
coletivo, ética profissional e comprometimento político pedagógico.
6.4.6 - Quadro de Pessoal da instituição
NOME FORMAÇÃO FUNÇÃO VÍNCULO
Ademar Britzke Geografia Professor QPM
Ademir Sloboda Toigo Educação Física Agente I PSS
Anelise M. Borges Macedo Sociologia Professora PSS
Camila Angonese Filosofia Professora PSS
Cinthia Nayara de Lima Rafagnin Língua Portuguesa Professora QPM
Claudete Scheurmann LEM – Espanhol /
Sociologia
Professora QPM
Claudete Terezinha Kuffel Ensino Médio Agente I QUP
Dioli Maria Pilotto Ensino
Fundamental
Agente I QFEB
Ederson Luis Machado Física Professor PSS
Eliane Terezinha Bedin Tech Geografia Professora QPM
Elisangela Mendonça Ciências Professora QPM
Elton José Schaeffer Matemática Professor QPM
Eroni Simonelli História Professora PSS
Gislayne de Mello Toledo Ciências Professor PSS
Graciele Graef Bazanella Arte Professora QPM
Ivete Maria Holdefer Foletto Ciências/Biologia Professora QPM
Jaci Germano Pedroso Pedagogia Agente II QFEB
Lindomar Assi Biologia Professor PSS
Loreni Foletto Toigo Matemática Professora QPM
Magno Marcelo Britzke Geografia Professor QPM
Manuella C. Ferreira Campos Historia Agente II QFEB
31
Marcelo Bazanella Matemática Professor QPM
Marcia A. Martins Lucas L.E.M - Inglês Professora QPM
Marinês Maria Penso Foletto Pedagogia Professora Sala
de Recursos /
PAEE
QPM
Marinice Benck Sotoriva Educação Física Professora QPM
Mauri Jorge Mai Química Professor QPM
Mirtes Kipper Educação Física Professora QPM
Nadir T. Gatelli Gasparotto Pedagogia Professora
Pedagoga
QPM
Onilde Primmaz Ensino Médio Agente I QFEB
Pedrolino Martins de Oliveira História Professor QPM
Ricardo João Finger Química Diretor QPM
Rita Regina Schnorr Biologia Professora PSS
Rosilei Ferreira Bottega Língua Portuguesa Professora PSS
Sergio Machado De Souza L.E.M - Inglês Professor QPM
Sônia Regina Radaelli História Professora QPM
Veronica M. H. de Souza Ensino Médio Agente I QFEB
7 - Resultados Educacionais
RENDIMENTO ESCOLAR – ANO DE 2013
ENSINO TAXA DE APROVAÇÃO
TAXA DE REPROVAÇÃO
TAXA DE ABANDONO
FUNDAMENTAL 96,1 % 2,3 % 1,6 %
MÉDIO 87,1 % 3,2 % 9,7 %
RENDIMENTO ESCOLAR – ANO DE 2014
ENSINO TAXA DE APROVAÇÃO
TAXA DE REPROVAÇÃO
TAXA DE ABANDONO
FUNDAMENTAL 87,59% 11,68% 0,73%
MÉDIO 87,50% 3,13% 9,37%
32
RENDIMENTO ESCOLAR – ANO DE 2015
ENSINO TAXA DE APROVAÇÃO
TAXA DE REPROVAÇÃO
TAXA DE ABANDONO
FUNDAMENTAL 96,48% 0,70% 2,82%
MÉDIO 86,75% 7,23% 6,02%
RENDIMENTO ESCOLAR – ANO DE 2016
ENSINO TAXA DE APROVAÇÃO
TAXA DE REPROVAÇÃO
TAXA DE ABANDONO
FUNDAMENTAL 86,36 % 12,88 % 0,76 %
MÉDIO 89,36 % 5,32 % 5,32 %
RENDIMENTO ESCOLAR – ANO DE 2017
ENSINO TAXA DE APROVAÇÃO
TAXA DE REPROVAÇÃO
TAXA DE ABANDONO
FUNDAMENTAL 90,76 % 9,24 % 0,0 %
MÉDIO 84,21 % 5,26 % 10,53%
7.1 - Dados referentes as avaliações externas
7.1.1 – ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio
O Exame Nacional do Ensino Médio, Enem, é hoje o principal método de
ingresso nas instituições públicas de nível superior. Tendo, em muitos casos,
substituído o vestibular.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) é o órgão
responsável por organizar as provas do ENEM. As questões que irão compor a prova,
são elaboras por professores de universidades públicas e privadas de todo o país.
Após serem elaboradas, essas questões passam por uma revisão do INEP.
A prova do ENEM possui 180 questões, divididas nas quatro áreas do
conhecimento: Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas
Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias e Linguagem, Códigos e suas
33
Tecnologias. São 45 questões referentes a cada área. A prova do ENEM, é composta
também por uma produção escrita, do tipo do gênero dissertativo argumentativo.
Confira a seguir a tabela com as notas e médias obtidas no Enem de 2014,
pelos nossos alunos.
Escola
MÉDIAS Média: provas
objetivas
Linguagens, Códigos
Matemática Ciências
da Natureza
Ciências Humanas
Redação
Santo Antonio 524,67 515,80 502,60 523,93 556,34 515,00 CE Humberto de AC Branco
503,30 510,06 468,31 481,82 553,02 466,34
CE São Roque 497,04 496,30 473,17 471,88 546,80 477,39 CE Santos Dumont
490,36 468,75 454,09 490,48 548,11 507,14
CE Verônica Zimmermann
-- -- -- -- --
E no ano de 2015, os resultados foram os seguintes:
Escola
MÉDIAS
Média:
provas
objetivas
Linguagens,
Códigos Matemática
Ciências
da
Natureza
Ciências
Humanas Redação
C.E. São
Roque
496,60 490,48 464,95 482,04 548,96 528,00
34
7.1.2 – Prova Brasil
Outra avaliação externa que os alunos do colégio são submetidos é a Prova
Brasil. Esta é uma avaliação aplicada a cada dois anos em todas as turmas de quinto
e nonos anos do Ensino Fundamental e na terceira série do Ensino Médio com mais
de 20 alunos nas turmas avaliadas. Esta tem por objetivo avaliar a qualidade do ensino
oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e
questionários socioeconômicos.
Nos testes aplicados, os estudantes respondem a questões de Língua
Portuguesa, com foco em leitura, e Matemática, com foco na resolução de problemas.
No questionário socioeconômico, os estudantes fornecem informações sobre fatores
de contexto que podem estar associados ao desempenho.
Professores das turmas e diretores das escolas avaliadas também respondem
a um questionário que coletam dados demográficos, perfil profissional e de condições
de trabalho.
35
Implantado em 2005, o exame é organizado pelo Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Inep, em parceria com as redes estaduais
e municipais de educação. As médias de desempenho nessas avaliações subsidiam
o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), ao lado das taxas
de aprovação, reprovação e desistência, ou seja, o Ideb é um indicador geral da
educação nas redes privada e pública, que leva em conta dois fatores: o rendimento
escolar (taxas de aprovação) e a média do desempenho nos exames padronizados
no Saeb/Prova Brasil.
O Colégio Estadual do Campo São Roque, participou pela primeira vez na
Prova Brasil no ano de 2009 e conseguimos obter um resultado consideravelmente
bom, sendo a melhor nota do município de Santa Helena (5,0).
Já no ano de 2011, o resultado obtido acabou sendo abaixo da meta,
conseguindo atingir apenas 4,6. Apesar de termos melhorado a média da Prova Brasil
no ano de 2011, obtivemos um maior número de reprovações, o que acabou
diminuindo o IDEB do colégio.
Taxa de Aprovação - 2009 Taxa de Aprovação - 2011
5ª a 8ª 5ª 6ª 7ª 8ª 5ª a 8ª 5ª 6ª 7ª 8ª
92,0 88,4 93,5 87,9 100 81,0 77,4 75,7 80,6 90,9
Nota Prova Brasil - 2009 Nota Prova Brasil - 2011
Matemática Língua Portuguesa
Matemática Língua Portuguesa
264,68 258,43 273,52 269,33
Para o IDEB de 2013, a meta projetada para o nosso colégio era 5,4, sendo
que neste ano conseguimos passar a meta estabelecida pelo MEC, e atingimos a
média 5,7, elevando em 1,1 se comparado a última nota obtida no ano de 2011.
E no IDEB de 2015, o colégio manteve a média 5,7.
Taxa de Aprovação - 2013 Taxa de Aprovação - 2015
6º a 9º 6º 7º 8º 9º 6º a 9º 6º 7º 8º 9º
96,1 97,0 95,5 92,0 100 96,48 97,3 93,75 96,77 97,62
Nota Prova Brasil - 2013 Nota Prova Brasil - 2015
Matemática Língua Portuguesa
Matemática Língua Portuguesa
286,27 269,15 284,12 270,89
36
Confira a seguir a tabela com as metas projetadas e notas obtidas pelos
estabelecimentos da rede estadual de ensino do município de Santa Helena, no IDEB.
* Número de participantes na Prova Brasil insuficiente para que os resultados sejam divulgados.
** Sem média na Prova Brasil 2015: Não participou ou não atendeu os requisitos necessários para ter o
desempenho calculado.
7.1.3 – SAEP (Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná)
O SAEP (Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná), é um sistema
próprio de avaliação do Estado do Paraná e tem como objetivo disponibilizar
informações relevantes quanto ao desenvolvimento cognitivo dos estudantes, bem
como analisar a evolução do desempenho de cada aluno avaliado, possibilitando a
definição de ações prioritárias de intervenções voltadas para o processo de melhoria
da educação.
Esta avaliação externa fornece informações para que gestores da escola e
professores possam realizar um diagnóstico nas áreas em que atuam e planejar ações
educativas mais eficientes. Os alunos realizam provas nas áreas de Língua
Portuguesa e de Matemática Em Língua Portuguesa é avaliada a leitura, prática que
perpassa todas as disciplinas da escola. Na disciplina de Matemática, os conceitos
são avaliados por meio da metodologia de resolução de problemas.
Em 2012, a SEED (Secretaria de Estado e Educação) realizou a primeira
edição do Saep, onde os alunos regularmente matriculados nos 9° anos e 3ª séries
do Ensino Médio das escolas públicas paranaenses foram avaliados. Tal avaliação se
repetiu novamente nos anos de 2013 e 2017.
Confira a seguir a média final obtida pelos alunos do 9º ano e 3ª série do Ensino
Médio, deste estabelecimento de ensino, nas edições de 2012, 2013 e 2017.
37
MÉDIA DOS 9º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
LINGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA
2012 2013 2017 2012 2013 2017
PARANÁ 241,4 242,9 250,4 PARANÁ 248,9 249,0 257,6
NRE DE TOLEDO 253,9 255,0 260,8 NRE DE TOLEDO 262,5 262,5 271,7
MUNICÍPIO 244,8 255,4 264,7 MUNICÍPIO 254,8 261,8 278,0
ESCOLA 258,6 266,1 287,2 ESCOLA 295,1 291,3 304,5
MÉDIA DAS 3ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO
LINGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA
2012 2013 2017 2012 2013 2017
PARANÁ 261,7 264,5 262,1 PARANÁ 271,3 270,6 260,9
NRE DE TOLEDO 280,9 277,6 274,4 NRE DE TOLEDO 291,8 288,1 275,3
MUNICÍPIO 277,3 277,6 291,4 MUNICÍPIO 283,3 282,1 283,8
ESCOLA 269,5 283,8 293,3 ESCOLA 275,3 283,7 290,2
E no início do ano letivo de 2013, os alunos matriculados nos 6º anos e nas 1ª
séries do Ensino Médio, realizaram a avaliação do SAEP. A seguir resultado / média
geral obtida pelas turmas.
MÉDIAS DO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
LINGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA
PARANÁ 197,1 PARANÁ 212,2
NRE DE TOLEDO 210,7 NRE DE TOLEDO 228,2
MUNICÍPIO 209,3 MUNICÍPIO 229,6
ESCOLA 203,8 ESCOLA 232,2
38
MÉDIAS DAS 1ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO
LINGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA
PARANÁ 234,2 PARANÁ 243,6
NRE DE TOLEDO 247,2 NRE DE TOLEDO 259,1
MUNICÍPIO 237,1 MUNICÍPIO 248,9
ESCOLA 253,3 ESCOLA 276,5
7.2 - Distorção Idade-série
Pela legislação brasileira, que organiza a oferta de ensino no país, a criança
deve ingressar aos 6 anos no 1º ano do Ensino Fundamental e concluir a etapa aos
14. Na faixa etária dos 15 aos 17 anos, o jovem deve estar matriculado no Ensino
Médio.
O valor da distorção é calculado em anos e representa a defasagem entre a
idade do aluno e a idade recomendada para a série que ele está cursando. O aluno
é considerado em situação de distorção ou defasagem idade-série quando a
diferença entre a idade do aluno e a idade prevista para a série é de dois anos ou
mais.
Segue abaixo a tabela com a taxa de distorção idade/série do Colégio Estadual
do Campo São Roque, no ano de 2016.
39
8 - Organização do aspecto físico do colégio
O Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e Médio,
trabalha em dualidade administrativa com a Escola Municipal Pedro Álvares Cabral –
Educação Infantil e Ensino Fundamental, sendo que ao todo o prédio possui:
12 (doze) salas de aula;
02 (duas) Salas de Secretarias – uma estadual e uma municipal;
02 (duas) Salas de Direção - uma estadual e uma municipal;
02 (duas) Salas de Equipe Pedagógica – uma estadual e uma municipal;
01 (uma) Sala de Professores;
01 (uma) Sala de Hora-Atividade;
01 (um) Saguão;
01 (uma) Cozinha;
01 (um) Refeitório;
01 (um) Laboratório de Ciências;
01 (um) Laboratório de Informática – Proinfo;
02 (dois) Banheiros de Funcionários (masculino e feminino);
01 (um) Banheiro Masculino - alunos;
01 (um) Banheiro Feminino - alunas;
01 (uma) Torre do Conhecimento;
01 (uma) Biblioteca;
01 (um) Almoxarifado;
01 (uma) Sala de Materiais e de Xérox;
01 (uma) Sala de materiais de Educação Física;
01 (uma) Sala de Recuperação de Estudos - município;
02 (duas) Salas de Recursos – uma municipal e uma estadual;
01 (uma) Quadra poliesportiva coberta;
01 (um) Auditório Comunitário, com lugar para 350 pessoas sentadas.
01 (um) Bloco com 03 (três) salas: Salas de jogos, Sala de Balé e Sala de
Arte.
40
8.1 - Relação de livros da biblioteca
O Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e Médio,
possui uma biblioteca própria, com aproximadamente 9000 títulos de obras,
envolvendo livros de literatura infanto-juvenil, infantil, literatura brasileira, educação,
enciclopédias, periódicos, revistas, gibis, paradidáticos, dicionários. Possui também
um acervo da Biblioteca do Professor implementada pela SEED no ano de 2007, com
livros direcionados para uso dos professores a fim de auxiliar na formação continuada
dos mesmos, e consequentemente na melhoria da qualidade de ensino.
A biblioteca é um espaço frequentado pelos estudantes, professores e
comunidade escolar, que buscam no seu acervo bibliográfico novas formas e meios
de conhecimento.
A mesma possui um regulamento próprio, o qual objetiva disciplinar as
atividades que nela são desenvolvidas, assegurando ao seu usuário, as condições
para que possa realizar a sua pesquisa, leitura e estudo.
O técnico administrativo (bibliotecário) que atua na biblioteca escolar, é indicado
pela direção do estabelecimento de ensino e possui como função: cumprir e fazer
cumprir o Regulamento de uso da biblioteca; atender a comunidade escolar,
disponibilizando e controlando o empréstimo de livros; zelar pela preservação,
conservação e restauro do acervo; registrar o acervo bibliográfico e dar baixa, sempre
que necessário; responsabilizar-se pelo registro de materiais emprestados; organizar
e manter atualizados os fichários, dentre outras. Estas são algumas das funções do
Bibliotecário as quais se complementam com as atribuições presentes no Regimento
Escolar.
A biblioteca do Colégio Estadual do Campo São Roque é compartilhada com a
escola municipal e é composta por diferentes gêneros literários, tais como:
DESCRIÇÃO UNIDADES
Livros de Química 72
Livros de Física 58
Livros de Biologia 146
Livros de História Geral 230
41
Livros de História do Paraná 197
Livros de História de Santa Helena 08
Livros de História das Cooperativas 28
Livros de Geografia 159
Livros de Educação Física 64
Livros de Arte 63
Livros de Matemática 89
Livros de Ciências 230
Livros de Ensino Religioso 20
Livros de Português 100
Livros de Psicologia 61
Livros de Sociologia 17
Livros de Filosofia 26
Livros de Espanhol 60
Livros de Inglês 32
Livros de Literatura Geral 160
Livros de Literatura Juvenil 1.800
Livro de Literatura de Infanto juvenil 1.000
Livro de Literatura Infantil 2.000
Livro de Enciclopédias 246
Gibis 150
Biblioteca do Professor 240
Dicionário de Português 144
Dicionário de Inglês 55
Dicionário de Espanhol 52
Revistas 989
Drogas e Gravidez 16
Outros ou paradidáticos 440
As escolas acima citadas possuem também uma videoteca, que é composta
pelos seguintes materiais:
Cds de música 63 CD-ROM 180 DVDs 365 DVDs da TV Escola 400 Fitas de vídeo cassete 410
42
8.2 - Laboratório de Ciências, Biologia, Física e Química
O Colégio Estadual do Campo São Roque dispõe de um laboratório de
Ciências, Biologia, Física e Química aparelhado com diversos materiais para o
desenvolvimento de aulas práticas e experimentais.
Estas disciplinas compõem a Base Nacional Comum da matriz curricular dos
estabelecimentos que ofertam o Ensino Fundamental e Ensino Médio, nível de ensino
da Educação Básica, no Brasil. Tal laboratório é utilizado pelos professores para o
ensino dos conceitos presentes em diferentes campos do conhecimento científico,
sendo considerados espaços importantes no processo de ensino e aprendizagem.
As aulas práticas são uma maneira eficiente de ensinar e melhorar o
entendimento dos conteúdos, facilitando desta forma a aprendizagem. Os
experimentos facilitam a compreensão da natureza da ciência e dos seus conceitos,
auxiliam no desenvolvimento de atitudes científicas e no diagnóstico de concepções
não-científicas, além de contribuir para despertar o interesse pela ciência.
9 - Objetivos, Fundamentos, Princípios e Concepções Orientadoras
das Ações Educacionais
9.1 - Objetivos Gerais
Conforme diz a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB Nº. 9394/96, a
educação não é uma mera transmissão de conhecimentos e informações. A educação
abrange vários modos de formação do ser humano: o trabalho, as manifestações
culturais, o aprendizado na escola e na faculdade, entre outros. A educação escolar
deve estar relacionada ao mundo do trabalho e à vida em sociedade, é um dever da
família e do estado (SEED/PR).
Segundo a LDB, a pessoa é educada para o exercício da cidadania e para o
trabalho. Os significados dessas palavras precisam ser compreendidos na maior
amplitude possível. A palavra trabalho, por exemplo, não pode ser limitado à ideia de
emprego, serviço, uma atividade que as pessoas desenvolvem somente para garantir
43
a sobrevivência. Acima de tudo, o trabalho deve ser destinado ao desenvolvimento
das potencialidades do ser humano, para proporcionar-lhe prazer, melhorar sua vida
e a vida de toda sociedade.
As ações da escola estão diretamente relacionadas/ligadas as diretrizes e
decretos estabelecidos pela União e às normas do sistema de ensino (Federal,
Estadual e Municipal): Nesse contexto a escola deve:
Elaborar e executar sua proposta pedagógica;
Administrar seus recursos humanos, materiais e financeiros;
Assegurar o cumprimento do ano letivo e das horas-aula;
Supervisionar o trabalho docente;
Estabelecer meios de recuperação dos alunos com menor rendimento;
Promover a integração da sociedade com a escola e informar os pais e responsáveis
sobre o desempenho do aluno e as propostas pedagógicas da escola.
O ensino proposto pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei
9.394/96) está em função do objetivo maior do ensino fundamental, que é o de
propiciar a todos, formação básica para a cidadania, a partir da criação na escola de
condições de aprendizagem para:
I - O desenvolvimento da capacidade de aprender, através do domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II - A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, econômico da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III - O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV - O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. (LDB, art. 32)
Verifica-se, pois, como os atuais dispositivos relativos à organização curricular
da educação escolar caminham no sentido de conferir ao aluno, dentro da estrutura
federativa, a efetivação dos objetivos da educação democrática. Vê-se isso, também,
no artigo 3º do Regimento Escolar desta escola, onde o objetivo maior é proporcionar
um ensino mais objetivo e condizente com as necessidades do nosso meio,
respeitando o princípio democrático:
Este estabelecimento de ensino garante o princípio democrático de igualdade de condições de acesso e de permanência na escola, de gratuidade para a rede pública, de uma Educação Básica com qualidade em seus diferentes
44
níveis e modalidades de ensino, vedada qualquer forma de discriminação e segregação.
Desta forma, o Colégio Estadual do Campo São Roque, tem como objetivo criar
e sustentar um ambiente propício à participação plena no processo social e escolar
dos seus profissionais, dos alunos e dos pais, obtendo a sua integração e
comprometimento para o desenvolvimento da consciência social, crítica e sentimento
de cidadania. Engajando todos os atores educacionais num processo de
transformação da realidade que os cerca, com compromisso, comprometimento,
motivação, paixão pelo trabalho, visando incrementar ações de qualidade e a
concretização do Projeto Político Pedagógico da escola.
Assim, buscamos efetivar o processo de apropriação do conhecimento,
respeitando os dispositivos constitucionais Federal e Estadual, a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional - LDBEN nº 9.394/96, o Estatuto da Criança e do
Adolescente – ECA, Lei nº 8.069/90 e a Legislação do Sistema Estadual de Ensino.
9.2 - Objetivos Específicos
Os docentes, membros da APMF e Conselho Escolar do Colégio Estadual do
Campo São Roque, verificam a necessidade de contemplar os seguintes objetivos
diante dos problemas existentes em nossa realidade global:
Ministrar com qualidade o Ensino Fundamental e o Ensino Médio;
Instrumentalizar os discentes para o exercício pleno da cidadania, relacionando a
teoria com as práticas sociais;
Preparar o educando para tornar – se agente de sua história, capaz de relacionar –
se consigo mesmo, com os outros e com o mundo;
Contribuir na formação da pessoa, desenvolvendo valores, respeito, cooperação,
participação, responsabilidade, justiça e espiritualidade;
Oportunizar reflexões sobre a realidade social, econômica e cultural existente,
projetando a desejada utopia da sociedade.
Desta forma não deixam de ser menos importantes os objetivos encontrados
frente as necessidades de nossa realidade escolar:
45
Oportunizar aos alunos e professores computadores para que possam digitar seus
trabalhos e atividades escolares;
Ofertar projetos curriculares de contra turno;
Desenvolver projetos de brincadeiras e jogos na hora do intervalo com auxílio dos
alunos do Grêmio Estudantil;
Programar e desenvolver atividades esportivas e culturais que envolvam a
comunidade escolar (gincana terra limpa, FESCULTIL, Inter sala, intercâmbio cultural,
etc..);
Incentivar e facilitar a presença dos professores nos cursos de capacitação e
projetos desenvolvidos pelo colégio;
Incentivar o trabalho em equipe e a formação continuada;
Valorizar os professores frente à comunidade e alunos;
Acompanhar o rendimento escolar dos alunos e fazer intervenções quando
necessário;
Oferecer condições adequadas das salas de aula;
Apoiar e incentivar as ações do Grêmio Estudantil;
Fortalecer as Instâncias Colegiadas;
Oportunizar visitas e viagens de conhecimento.
Para cumprirmos os objetivos e metas estabelecidas neste projeto e termos a
compreensão sobre a prática educativa, precisamos ter clareza das concepções de
ensino, avaliação, aprendizagem, conhecimento, educação, homem, sociedade e
escola, para a construção de uma educação de qualidade para a nossa comunidade.
A partir do momento que temos conhecimento do que queremos - uma
educação pública de qualidade, será possível intervirmos conscientemente nas
práticas sociais a fim de torná-la justa, democrática e igualitária.
9.3 - Filosofia da escola
Compreende-se a estrutura da escola a partir de relações sociais, portanto,
como um centro dinâmico onde ocorre o processo de construção de conhecimento e
produção de saber.
46
Hoje a unidade entre ensinar e aprender tem novo significado, pois só se tem
sentido ensinar a partir do momento em que há aprendizagem. Essa técnica é oposta
à pedagogia no decorrer dos anos passados.
A perspectiva construtivista na educação é configurada por uma série de
princípios explicativos do desenvolvimento e da aprendizagem humana que se
complementam, integrando um conjunto orientado a analisar, compreender e explicar
os processos escolares de ensino e aprendizagem.
Tem assim como pressuposto fundamental possibilitar ao cidadão as condições de compreensão e interpretação de mundo em seu momento histórico vivido, bem como sua participação na sociedade atuando na cultura, na política e nos meios de produção, através do desenvolvimento de competências adquiridas pela assimilação e aquisição do saber científico sistematizado. (Neidson Rodrigues)
Nesse processo de interação com o objeto a ser conhecido, o sujeito constrói
representações, que funcionam como verdadeiras explicações e se orientam por uma
lógica interna que, por mais que possa parecer incoerente aos olhos de um outro, faz
sentido para o sujeito. As ideias “equivocadas”, ou seja, construídas e transformadas
ao longo do desenvolvimento, fruto de aproximações sucessivas, são a expressão de
uma construção inteligente por parte do sujeito e, portanto, interpretadas como erros
construtivos.
A educação não está isolada, veicula uma visão de estrutura de sociedade,
de mundo e de homem em sua totalidade, logo, faz parte de um processo dinâmico,
ou seja, a visão de homem como a de mundo também é dinâmica e sofre alterações
no curso da história. É neste contexto que a educação está inserida e, como tal, é
criativa, determinada pelas circunstâncias e, ao mesmo tempo, transformadora da
realidade, tem capacidade de ação, avaliação e julgamento.
O principal objetivo da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, e não simplesmente repetir o que as outras gerações fizeram - homens que sejam criadores, inventivos e descobridores. É formar mentes que tenham capacidade de crítica e de verificação, e que não aceitem tudo que lhes é oferecido como coisa pronta, verdadeira e única. Devemos ser capazes de resistir individualmente, de criticar, de distinguir entre o que é provocado e o que não é. (PIAGET apud RODRIGUES 2006).
O processo de atribuição de sentido aos conteúdos escolares é, portanto,
individual; porém, é também cultural na medida em que os significados construídos
47
remetem a formas e saberes socialmente estruturados. O que buscamos com estas
propostas de educação, é proporcionar ao aluno a capacidade de conhecer os
elementos de sua situação para intervir nela, transformando-a, no sentido de uma
ampliação de liberdade, da comunicação e colaboração entre os homens.
Cabe ao educador, por meio da intervenção pedagógica, promover a
realização de aprendizagens com o maior grau de significado possível, uma vez que
esta nunca é absoluta - sempre é possível estabelecer alguma relação entre o que se
pretende conhecer e as possibilidades de observação, reflexão e informação que o
sujeito já possui.
Para que esta forma de educação seja possível, leva-se em conta que o bom
educador deve ser um profundo conhecedor do homem nesta dimensão do agir sobre
a realidade com sua capacidade consciente, reflexiva e crítica, ultrapassando o que
está posto e construindo o novo, sempre num contexto coletivo visando uma educação
integral.
Existem ainda, dentro do contexto escolar, outros mecanismos de influência
educativa, cuja natureza e funcionamento em grande medida são desconhecidos, mas
que têm incidência considerável sobre a aprendizagem dos alunos. Dentre eles
destacam-se a organização e o funcionamento da instituição escolar e os valores
implícitos e explícitos que permeiam as relações entre os membros da escola; são
fatores determinantes da qualidade de ensino e podem chegar a influir de maneira
significativa sobre o que e como os alunos aprendem.
As crianças precisam crescer no exercício desta capacidade de pensar, indagar-se e de indagar, de duvidar, de experimentar hipóteses de ação, de programar e de não apenas seguir os programas a elas, mais do que propostos, impostos. As crianças precisam ter assegurado o direito de aprender a decidir, o que se faz decidindo. Se as liberdades não se constituem entregues a si mesmas, mas na sua assunção ética de necessários limites, não se faz sem riscos a serem corridos por elas e pela autoridade ou autoridades com que dialeticamente se relacionam. (FREIRE, 2000a, p. 58-59).
Pretende-se, dessa forma, proporcionar ao aluno condições indispensáveis
para o exercício da cidadania, que deve ser compreendida não apenas como um
direito legal, mas como participação efetiva na sociedade.
48
9.4 - Concepções
9.4.1 - Concepção de Sociedade
Entende-se por sociedade um conjunto relativamente complexo de indivíduos,
num determinado período histórico, associados e com padrões culturais comuns,
próprios para garantir a continuidade do todo e a realização de seus ideais, avanços
científicos e tecnológicos, bem como o desenvolvimento integral do ser humano e dos
valores da cidadania consciente.
Atualmente a sociedade encontra-se, heterogênea e fragmentada, marcada por
profundas desigualdades de todo o tipo – classe, etnia, gênero, religião, etc. – que
foram exacerbadas com a aplicação das políticas neoliberais. Uma sociedade dos
“dois terços” ou uma sociedade “com duas velocidades”, como costuma ser
denominada na Europa, porque há um amplo setor social, um terço excluído e
fatalmente condenado a marginalidade e que não pode ser “reconvertido” em termos
laborais, nem inserir-se nos mercados de trabalho formais dos capitais desenvolvidos.
Essa crescente fragmentação do social que potencializaram as políticas
conservadoras foi por sua vez reforçada pelo excepcional avanço tecnológico e
científico e seu impacto sobre o paradigma produtivo contemporâneo.
Entretanto, apesar de vivermos nessa sociedade desigual, queremos pensá-la
e reconstruí-la de forma diferente, por meio de ações que contribuam para o pleno
desenvolvimento dos cidadãos.
Como educadores, nossa concepção de sociedade ideal é aquela em que o
homem, seja responsável, valorizado, humano e comprometido com a vida plena, com
direitos e deveres iguais. Aquela onde o cidadão tenha acesso as condições básicas
que promovam a sua qualidade de vida e o exercício da cidadania, onde todos tenham
acesso a cultura e tenham condições de ações ideais. Porém sabe-se que, na
realidade a sociedade atual está um pouco distante da sonhada e idealizada por todos.
9.4.2 - Concepção de Homem
49
De acordo com a comunidade escolar do Colégio Estadual do Campo São
Roque - Ensino Fundamental e Médio, a concepção de homem ideal é aquela capaz
de interagir e crescer democraticamente dentro da sociedade, aquele que age de
modo a construir a sociedade idealizada por todos, aquele que seja consciente e
responsável pela humanidade e pelo lugar onde habita, aquele ser humano
competente, compreensivo e compromissado com os valores humanos, aquele que
se prepare e esteja preparado para conviver integralmente na sociedade.
Considerando o homem um ser social, ele atua e interfere na sociedade, se
encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na
organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas
esferas da sociedade. O homem, como sujeito de sua história, segundo Santoro “... é
aquele que na sua convivência coletiva compreende suas condições existenciais
transcende-as e reorganiza-as superando a condição de objeto caminhando na
direção de sua emancipação participante da história coletiva.”
Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser histórico, faz-se
necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O homem
é, antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a realidade.
9.4.3 - Concepção de Infância e de Adolescência
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), criança é considerada
a pessoa até os doze anos incompletos, enquanto entre os doze e dezoito anos, idade
da maioridade civil, encontra-se a adolescência.
Philippe Ariès (1978), famoso historiador francês, afirmou que a infância foi uma
invenção da modernidade, constituindo-se numa categoria social construída
recentemente na história da humanidade. A infância que conhecemos hoje foi uma
criação de um tempo histórico e de condições socioculturais determinadas. A partir
disso, podemos considerar que a infância muda com o tempo e com os diferentes
contextos sociais, econômicos, geográficos, e até mesmo com as peculiaridades
individuais. Portanto, as crianças de hoje não são exatamente iguais às do século
passado, nem serão idênticas às que virão nos próximos séculos. A infância é uma
construção social.
50
Numa perspectiva sócio histórica, a criança é fruto das interações sociais e a
escola é um espaço de mediação e apropriação do conhecimento historicamente
acumulado e que representa um importante papel no seu desenvolvimento. A criança
é um sujeito de direito em pleno desenvolvimento desde o seu nascimento. O tempo
da infância é um tempo de aprender e de brincar. Sendo que a brincadeira é
fundamental para o desenvolvimento da aprendizagem.
Assim como a infância, a adolescência também é compreendida como uma
categoria histórica. Esta é uma fase do desenvolvimento humano que faz uma ponte
entre a infância e a idade adulta.
Compreendemos a adolescência como um período de transformações físicas
e emocionais que são próprios da condição transitória deste período, onde a escola
como instituição formadora, representa um papel importante, cabendo a ela ser um
lugar democrático onde o aluno aprenda, exercite sua autonomia, amadureça suas
escolhas, compreenda os limites sociais e desenvolva o respeito das regras. Com esta
visão entendemos que os adolescentes devem ser percebidos como seres históricos,
cidadãos plenos de seus direitos e deveres e capazes de intervir de maneira
significativa no meio em que vivem.
9.4.4 - Concepção de Escola
A escola é uma das instâncias, que tem por função a elevação cultural dos seus
educandos. Tem uma função importante e significativa dentro da sociedade, pois é
um lugar privilegiado onde ocorre a troca de experiências entre seus componentes:
alunos, professores, funcionários, direção e comunidade escolar. É um ambiente
pedagógico que tem um de seus objetivos favorecer o processo de ensino e
aprendizagem, através da ação pedagógica intencional e planejada por todos os
integrantes que dele fazem parte.
"A atuação da escola consiste na preparação do aluno para o mundo e suas contradições, fornecendo-lhe instrumentos; por meio da apropriação dos conteúdos e da socialização, para uma participação organizada e efetiva na democracia da sociedade " (Luckesi, 1999, pg 70)
51
Partindo desses pressupostos vemos a escola, como uma instância de ação,
surgida das necessidades históricas da humanidade, uma instância social que tem
como finalidade educativa garantir ao educando à apropriação dos conhecimentos
científicos, artísticos, políticos e filosóficos, o acesso a permanência e sucesso dos
alunos, a formação continuada dos trabalhadores e trabalhadoras da educação, o
trabalho coletivo e a gestão educacional democrática.
9.4.5 - Concepção de Educação
A concepção de educação, que norteia o trabalho da comunidade escolar do
Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e Médio, é aquela que
proporcione igualdade para todo o cidadão e possibilite crescimento e aquisição de
conhecimentos, é aquela que proporcione qualidade (recursos, incentivo) para todos,
é aquela que atenda os anseios da maioria, é aquela que construa o homem e
consequentemente a sociedade ideal, educação ideal é aquela que forme o cidadão
para a vida em sociedade.
Todos sabem que a educação é uma prática social, uma atividade específica
dos homens situando – os dentro da história, ela não muda o mundo mas o mundo
pode ser mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.
Nesse sentido, a educação visa atingir três objetivos que forma o ser humano
para gestar a democracia:
- A apropriação pelo cidadão e pela comunidade dos instrumentos adequados
para pensar a sua prática individual e social e para ganhar uma visão globalizante da
realidade que o possa orientar em sua vida.
- A apropriação pelo cidadão e pela comunidade do conhecimento científico,
político, cultural acumulado pela humanidade ao longo da história para garantir-lhe a
satisfação de suas necessidades e realizar suas aspirações;
- A apropriação por parte dos cidadãos e da comunidade, dos instrumentos de
avaliação crítica, do conhecimento acumulado, reciclá-lo e acrescentar-lhe novos
conhecimentos através de todas as faculdades cognitivas humanas...
52
Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação
tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que necessita para
constituir-se e transformar a realidade.
9.4.6 - Concepção de Conhecimento
Em relação à concepção de conhecimento, a comunidade escolar do Colégio
Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e Médio, o define em linhas
gerais, como sendo noções adquiridas através de experiências que o homem tem
sobre si, sobre o mundo e sobre o próprio conhecimento.
O conhecimento, portanto, pressupõe as concepções de homem, de mundo e
das condições sociais que o geram, configurando as dinâmicas históricas que
representam as necessidades do homem a cada momento, implicando
necessariamente numa nova forma de ver a realidade, novo modo de atuação para
obtenção do conhecimento, mudando, portanto a forma de interferir na realidade. Essa
interferência traz consequências para a escola, cabendo a ela garantir a socialização
do conhecimento que foi expropriado do trabalho nas suas relações.
Conforme Freire, “O conhecimento é sempre conhecimento de alguma coisa, é
sempre “intencionado”, isto é, está sempre dirigido para alguma coisa”. A educação é
uma prática social, uma atividade específica dos homens situando-os na história, ela
não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado também pela sua ação na
sociedade e nas relações de trabalho.
9.4.7 - Concepção de Ensino
Quanto ao item ensino, os docentes do estabelecimento assim definiram o
processo de transmissão de conteúdos com o objetivo de desenvolver as inteligências
múltiplas do aluno: “através do trabalho dinâmico, explorando os vários aspectos,
corporal, atitudinal, procedimental e conceitual ou ainda troca de conhecimentos e
53
experiências que contribui na formação de um cidadão crítico e responsável com
vistas ao aprimoramento de seus conhecimentos.”
9.4.8 - Concepção de Aprendizagem
A aprendizagem é entendida como uma construção constante, que se dá a
partir de interações que os sujeitos estabelecem entre si e com o meio em que vivem.
O conhecimento que se constrói a partir dessas relações mobiliza, no indivíduo, a
criação, a significação e a ressignificação de conceitos anteriormente construídos,
levando-o a novas investigações.
A aprendizagem é a aquisição de capacidade de explicar, de aprender e
compreender, de enfrentar criticamente situações novas. Não sendo o mero domínio
de técnicas, habilidades e muito menos a memorização de algumas explicações e
teorias.
A partir do momento que se entende melhor o processo de aprendizagem
humana, aprende-se e aplica-se este conhecimento nos objetivos, acredita-se que a
educação poderá ser quantitativa e qualitativamente melhor do que tem sido.
Crianças e adolescentes são protagonistas dessa aprendizagem, sujeitos
históricos e sociais que exercem papel ativo, com características próprias da sua
idade e do contexto onde se inserem, portanto pessoas singulares e em
desenvolvimento, agentes e produtores da vida social.
9.4.9 - Concepção de Alfabetização e Letramento
A alfabetização está envolvida em várias discussões na área da educação nos
últimos anos, é uma tarefa delegada restritamente a escola, e ao longo do tempo, as
dificuldades vem mostrando-se cada vez mais evidentes.
As discussões acerca da alfabetização e do letramento devem ser
continuamente levantadas, principalmente pelos professores dos anos iniciais,
período em que desenvolve-se na criança a aquisição da linguagem escrita e a
decodificação dos símbolos gráficos. Esta deve ser continuamente trabalhada por
54
todos os professores, durante toda a vida escolar do aluno, promovendo-o na
socialização da gramática, suas variações, codificação e decodificação.
Não basta apropriar-se da tecnologia - saber ler e escrever apenas como um
processo de codificação e decodificação (...), é necessário também saber usar a
tecnologia – apropriar-se das habilidades que possibilitem ler e escrever de forma
adequada e eficiente, sabendo aplicá-las nas diversas situações do dia-a-dia, em que
precisamos ou queremos ler e escrever: ler e escrever diferentes gêneros e tipos de
textos, em diferentes suportes, para diferentes objetivos. Saber utilizar a leitura e a
escrita na interação com diferentes interlocutores, para diferentes funções: “para
informar ou informar-se, para interagir, para imergir no imaginário, no estético, para
ampliar conhecimento, para seduzir ou induzir, para divertir-se, para orientar-se, para
o apoio à memória, para a catarse...” (SEED, 2010, p.22).
O processo de alfabetização não deve resumir-se apenas em ensinar o aluno
a ler e a escrever.
A Alfabetização é a aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico de escrita
e das técnicas para seu uso. É a aquisição de uma tecnologia – a aprendizagem de
um processo de representação: codificação de sons em letras ou grafemas e
decodificação de letras ou grafemas em sons.
É o processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das habilidades
de utilizá-lo para ler e escrever, ou seja: o domínio de técnicas para exercer a arte e
ciência da escrita.
A Alfabetização é um processo no qual o indivíduo assimila o aprendizado do
alfabeto e a sua utilização como código de comunicação, tornando-o capaz de ler e
escrever.
O Letramento, por sua vez, é uma palavra recente, introduzida na linguagem
da educação e das ciências linguísticas há pouco mais de duas décadas. Seu
surgimento pode ser interpretado como decorrência da necessidade de configurar e
nomear comportamentos e práticas sociais na área da leitura e da escrita que
ultrapassem o domínio do sistema alfabético e ortográfico, atendendo desta forma as
novas demandas da sociedade. Esses comportamentos e práticas sociais de leitura e
de escrita foram adquirindo visibilidade e importância à medida que a vida social e as
atividades profissionais foram-se tornando cada vez mais centradas e dependentes
55
da língua escrita, revelando a insuficiência de apenas alfabetizar– no sentido
tradicional – a criança ou o adulto.
Letramento é o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um
indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita. Compreender o que se
lê. E é neste ponto que encontra-se o desafio dos educadores em face do ensino da
língua escrita: o alfabetizar letrado. Desenvolvendo a necessidade de associar a teoria
e prática.
9.4.10 - Concepção de Avaliação
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento
pelo aluno.
A avaliação é entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o docente
estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as
finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos
estudantes, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor/conceito.
Desta forma, é consenso entre os docentes deste estabelecimento de ensino
que a forma de avaliação mais coerente é a avaliação contínua, permanente,
cumulativa e diagnóstica, pois possibilita ao professor a observar, mediar e interagir
mais metodicamente com os alunos e compreender melhor suas necessidades de
modo a ajustar de maneira mais sistemática e individualizada, suas intervenções
pedagógicas.
Os professores através desse método de avaliação sentem-se mais
comprometidos com os alunos ao longo do processo, num movimento de ajuda, a fim
de dimensionar os avanços e as dificuldades, onde ambos estão em constante
interação. Sendo assim, o professor não irá descobrir somente no final do bimestre ou
semestre que o aluno não aprendeu, podendo dessa forma, estar sanando as
dificuldades e deficiências no decorrer do processo de aprendizagem, possibilitando
desta forma, ao professor, reformular seu planejando sempre que necessário,
comprometendo-se com a busca de soluções dos problemas e dificuldades do
processo ensino-aprendizagem.
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9.4.11 - Concepção de Recuperação de Estudos
A recuperação de estudos é entendida como um dos aspectos do processo
ensino-aprendizagem pelo qual o docente reorganizará sua metodologia em função
dos resultados de aprendizagem apresentados pelos estudantes.
A recuperação de estudos ocorrerá de forma permanente e
concomitantemente ao processo ensino-aprendizagem, e será realizada ao longo
do período avaliativo (bimestre), assegurando a todos os estudantes a
oportunidade de aprendizagem. A sua oferta é obrigatória e visa garantir a efetiva
apropriação dos conteúdos básicos, portanto deve ser oportunizada a todos os
estudantes, independente de estarem ou não com o rendimento acima da média.
O parecer nº 12/97 do CNE-CEB, e a Deliberação 007/99 do CEE – PR, afirma
que:
Art. 11- A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos. Art. 12 - [...] Art. 13 – A recuperação de estudos deverá constituir um conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos.
É preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que o aluno
aprenda. Para isso a recuperação somará o esforço de retomar, de voltar o conteúdo,
de reorganizar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade
de aprendizagem.
A recuperação de estudos deverá contemplar os conteúdos da
disciplina/componente curricular a serem retomados, utilizando-se de procedimentos
didáticos-metodológicos diversificados e de novos instrumentos avaliativos, com a
finalidade de atender aos critérios de aprendizagem de cada conteúdo.
Para tanto é proposto pesquisas, provas, estudos complementares, seminários,
vídeo-aulas específicas do conteúdo a ser recuperado, forma essa, a ser combinada
entre educandos e educadores, sendo obrigatória a sua inserção no Registro de
Classe Online (RCO) ou Livro Registro de Classe (LRC).
57
9.4.12 - Concepção de Gestão Democrática e Mecanismos de Gestão
9.4.12 .1 - Princípios Norteadores da Escola Democrática
A abordagem do projeto político-pedagógico do Colégio Estadual do Campo
São Roque, está fundada nos princípios que deverão nortear a escola democrática,
pública e gratuita:
9.4.12.1.1 - Igualdade
De condições para acesso e permanência na escola. Saviani alerta-nos para o
fato de que há uma desigualdade no ponto de partida, mas a igualdade no ponto de
chegada deve ser garantida pela mediação da escola. O autor destaca: “só é possível
considerar o processo educativo em seu conjunto sob a condição de se distinguir a
democracia como possibilidade no ponto de partida e democracia como realidade no
ponto de chegada. “(1982, p.63).
Igualdade de oportunidades requer, portanto, mais que a expansão quantitativa
de ofertas; requer ampliação do atendimento com simultânea manutenção de
qualidade.
Desta forma, a meta da comunidade escolar do Colégio Estadual do Campo
São Roque - Ensino Fundamental e Médio é garantir a todos os alunos as mesmas
oportunidades de acesso, frequência e permanência nas aulas, proporcionar
condições a todos de se sentirem valorizados em sua individualidade, respeitar e
valorizar as diferentes culturas e credos, criar oportunidades para os alunos com
necessidades especiais, respeitar e valorizar as etnias.
9.4.12.1.2 - Qualidade
Que não pode ser privilégio de minorias econômicas e sociais. O desafio que
se coloca ao projeto político-pedagógico da escola é o de propiciar uma qualidade
para todos.
58
A qualidade proposta pela comunidade escolar é a de evitar de todas as
maneiras possíveis repetências e a evasão, garantindo a permanência dos que nela
ingressam, assegurando-os o direito ao domínio dos conhecimentos formais.
9.4.12.1.3 - Liberdade / Autonomia
O princípio da liberdade está sempre associado à ideia de autonomia. Heller
afirma que:
A liberdade é sempre liberdade para algo e não apenas liberdade de algo. Se interpretarmos a liberdade apenas como o fato de sermos livres de alguma coisa, encontramo-nos no estado de arbítrio, definimo-nos de modo negativo. A liberdade é uma relação e, como tal, deve ser continuamente ampliada. O próprio conceito de liberdade contém o conceito de regra, de reconhecimento, de intervenção recíproca. Com efeito, ninguém pode ser livre se, em volta dele, há outros que não são! (1982, p. 155)
Por isso, a liberdade deve ser considerada, também, como liberdade para
aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a arte e o saber direcionados para uma
intencionalidade definida coletivamente.
Com relação a autonomia, esta não é um valor absoluto, fechado em si mesmo,
mas um valor que se determina numa relação de interação social. Nesse sentido, a
escola deve alicerçar o conceito de autonomia, enfatizando a responsabilidade de
todos, sem deixar de lado os outros níveis da esfera administrativa educacional. A
autonomia não é, afinal, uma política, mas a substância de uma nova organização do
trabalho pedagógico na escola.
Para ser autônoma, a escola não pode depender somente dos órgãos centrais
e intermediários que definem a política da qual ela não passa de mera executora. Ela
concebe seu PPP e tem autonomia para executá-lo e avaliá-lo ao assumir uma nova
atitude de liderança, no sentido de refletir sobre as finalidades sócio-políticos e
culturais da escola.
A autonomia é, pois, questão fundamental numa instituição educativa
envolvendo quatro dimensões básica, relacionadas e articuladas entre si:
administrativa, jurídica, financeira e pedagógica. Essas dimensões implicam direitos e
deveres e, principalmente, um auto grau de compromisso e responsabilidade de todos
os segmentos da comunidade escolar.
59
A autonomia administrativa consiste na possibilidade de elaborar e gerir seus
planos, programas e projetos. Envolve, inclusive, a possibilidade de adequar sua
estrutura organizacional à realidade e ao momento histórico vivido. Refere-se à
organização da escola e nela destaca-se o estilo de gestão, a direção como
coordenadora de um processo que envolve relações internas e externas, ou seja, com
o sistema educativo e com a comunidade na qual a escola está inserida.
A autonomia administrativa traduz a possibilidade de a escola garantir a
indicação dos dirigentes por meio de processo eleitoral que realmente verifique a
competência profissional e a liderança dos candidatos; a constituição dos conselhos
escolares com funções deliberativa, consultiva e fiscalizadora; a formulação, a
aprovação e a implementação do plano de gestão da escola.
A autonomia administrativa representa um espaço de negociação permanente
por parte dos atores mais diretamente envolvidos. É pela participação, pela
intervenção e pelo diálogo que a autonomia se constrói e internaliza.
A autonomia jurídica diz respeito à possibilidade de elaborar suas próprias
normas e orientações escolares, como, por exemplo, matrícula, transferência dos
alunos, admissão de professores, concessão de graus, etc. mesmo estando vinculada
à legislação dos órgãos centrais, a instituição escolar deve policiar-se, também, no
sentido de não se transformar numa instância burocrática, por meio de estatutos,
regimentos, portarias, resoluções, avisos, memorandos, os quais acabam por
descaracterizar seu papel de proporcionar aos educandos, mediante um ensino
efetivo, os instrumentos que lhe permitam conquistar melhores condições de
participação cultural, profissional e sociopolítica.
A autonomia financeira refere-se à existência de recursos financeiros capazes
de dar à instituição educativa condições de funcionamento efetivo. A LDB (Lei nº
9.394/96), além de explicitar a incumbência da escola de “elaborar e executar sua
proposta pedagógica” (art. 12, I), define também sua responsabilidade em “administrar
seu pessoal e seus recursos financeiros” (art. 12, II).
A autonomia financeira compreende as competências para elaborar e executar
seu orçamento, com fluxo regular do Poder Público, permitindo a escola planejar e
executar as suas atividades, independentemente de outras fontes de receita com fins
específicos, bem como aplicar e remanejar diferentes rubricas de elementos ou
60
categorias de despesas, sem prejuízo de fiscalização dos órgãos externos
competentes.
A autonomia pedagógica consiste na liberdade de ensino e pesquisa. Está
estreitamente ligada a identidade, a função social, a comunidade escolar, a
organização curricular, a avaliação, bem como aos resultados e, portanto, à essência
do projeto político-pedagógico da escola, ou seja, a autonomia pedagógica diz
respeito às medidas essencialmente pedagógicas, necessárias ao trabalho de
elaboração, desenvolvimento e avaliação do PPP, em consonância com as políticas
públicas vigentes e as orientações dos sistemas de ensino.
9.4.12.1.4 - Mecanismos de gestão democrática: Instâncias
colegiadas
A gestão democrática implica principalmente o repensar da estrutura de poder
da escola, tendo em vista sua socialização. A socialização do poder propicia a prática
da participação coletiva, que atenua o individualismo; da reciprocidade, que elimina a
exploração; da solidariedade, que supera a opressão; da autonomia, que anula a
dependência de órgãos intermediários que elaboram políticas educacionais das quais
a escola é mera executora.
A busca da gestão democrática inclui, necessariamente, a participação dos
representantes dos diferentes segmentos da escola nas decisões/ações
administrativo-pedagógicas ali desenvolvidas. Nas palavras de Marques:
A participação ampla assegura a transparência das decisões, fortalece as pressões para que sejam elas legítimas, garante o controle sobre os acordos estabelecidos e, sobretudo, contribui para que sejam contempladas questões que de outra forma não entrariam em cogitação. (1990, p. 21).
Neste sentido, fica claro entender que a gestão democrática, no interior da
escola, não é um princípio fácil de ser consolidado, pois trata-se da participação crítica
na construção do projeto político-pedagógico e na sua gestão.
Dentro do princípio de gestão democrática encontra-se as instâncias
colegiadas da escola, que são: Conselho Escolar, Conselho de Classe, Grêmio
Estudantil e APMF.
61
Conselho Escolar: órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de
natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e
realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar. Local de
debate e tomada de decisões. Como espaço de debates e discussões, permite que
professores, funcionários, pais e alunos explicitem seus interesses e suas
reivindicações.
É a instância de caráter mais deliberativo, de tomada de decisões sobre os
assuntos substanciais da escola, proporciona momentos em que os interesses
contraditórios vêm à tona. Favorece a aproximação do centro de decisões dos
autores, rompendo com as relações burocráticas e formais, permitindo a comunicação
tanto vertical quanto horizontal.
O Conselho Escolar terá como membro nato o diretor do estabelecimento de
ensino, e é concebido, enquanto um instrumento de gestão colegiada e de
participação da comunidade escolar, numa perspectiva de democratização da escola
pública, constituindo-se como órgão máximo de direção do Estabelecimento de
Ensino. Ele abrange toda a comunidade escolar e tem como principal atribuição,
aprovar e acompanhar a efetivação do Projeto Político-Pedagógico da escola, eixo
de toda e qualquer ação a ser desenvolvida no estabelecimento de ensino.
O Conselho Escolar é um fórum permanente de debates, de articulação entre
os vários setores da escola, tendo em vista o atendimento das necessidades
educacionais e os encaminhamentos necessários à solução de questões
pedagógicas, administrativas e financeiras, que possam interferir no funcionamento
da mesma.
O que é? Envolvidos Como são escolhidos Função
Órgão colegiado
de natureza
deliberativa,
consultiva,
avaliativa e
fiscalizadora sobre
a organização e a
realização do
Representantes da comunidade escolar e de movimentos sociais organizados, comprometidos com a educação pública, presentes na comunidade, sendo presidido
Em assembleia de pais,
através de eleição por
aclamação.
Tem como principal
atribuição, aprovar e
acompanhar a
efetivação do Projeto
Político-Pedagógico
do estabelecimento
de ensino.
62
trabalho
pedagógico e
administrativo da
escola.
por seu membro nato, o diretor escolar.
Conselho de Classe: quando instituído na escola, tem o sentido de acompanhar
todo o processo da avaliação, analisando e debatendo sobre todos os componentes
da aprendizagem dos alunos. Como instrumento democrático na instituição escolar, o
Conselho de Classe garante o aperfeiçoamento do processo da avaliação, tanto em
seus resultados sociais como pedagógicos.
É um dos poucos organismos na escola, talvez o único, que permite a
discussão do trabalho pedagógico em sua especificidade, de forma espontânea e
natural, já que discute o próprio resultado do aluno, a própria relação que tem sido
estabelecida entre aluno, professor e conteúdo, num momento de análise e decisão
para a tomada de novos rumos desse mesmo processo. É uma relação imediata,
direta, que orienta novas relações próximas e futuras, ou seja, é uma instância de
cunho favorável a redefinição das práticas pedagógicas na escola. É um órgão
colegiado que pode propiciar o debate permanente e a geração de ideias numa
produção social, levando assim ao estabelecimento de uma relação social
transformadora.
O Conselho de Classe guarda em si a possibilidade de articular os diversos
segmentos da escola e tem por objeto de estudo o processo de ensino e suas relações
com a avaliação da aprendizagem, que é o eixo central em torno do qual desenvolve-
se o processo de trabalho escolar.
Essas afirmações enfatizam dois pontos básicos: o primeiro relaciona-se ao
seu caráter articulador dos diversos segmentos da escola – nessa perceptiva,
preocupa-se com a redução do individualismo e da fragmentação –, e o segundo é
direcionado para o processo de ensino em sua relação com a aprendizagem.
Cabe assim, ao Conselho de Classe, dar conta de importantes questões
didático-pedagógicas, aproveitando seu potencial de gerador de ideias, como um
espaço educativo e transformador.
Assim sendo, o objetivo fundamental desta instância, é o de propiciar a
articulação coletiva dos profissionais num processo de análise compartilhada,
63
considerando a globalidade de óticas dos professores. Só assim, o Conselho de
Classe conseguirá desempenhar o seu papel, de mobilizar a avaliação escolar, no
intuito de desenvolver um maior conhecimento sobre o aluno, a aprendizagem, o
ensino e a escola, e, especialmente, de congregar esforços no sentido de alterar o
rumo dos acontecimentos, por meio do projeto político pedagógico que visa o sucesso
de todos.
O que é? Envolvidos Como é realizado Função
Reunião para
análise individual
dos alunos
buscando sanar
os problemas
existentes.
É constituído pelo
diretor, diretora
auxiliar, equipe
pedagógica e por
todos os docentes;
poderá contar
também com a
presença
facultativa dos
alunos
representantes da
turma. Em
algumas ocasiões
poderá ser
realizado
juntamente com os
pais e todos os
alunos da turma.
I. Pré-Conselho de
Classe com toda a turma
em sala de aula, sob a
coordenação do
professor representante
de turma e/ou pelo(s)
pedagogo(s);
II. Conselho de Classe
Integrado, com a
participação da equipe
de direção, da equipe
pedagógica, da equipe
docente, da
representação facultativa
de alunos e pais de
alunos por turma.
Verificar e sanar
problemas ou
dificuldades de
aprendizagem ou
conduta.
Quando os pais ou alunos não participam do Conselho de Classe, o(a)
pedagogo(a) ou o professor regente da turma se responsabilizam em repassar em
sala, para os alunos o que foi discutido e quais decisões foram tomadas.
O Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e Médio, vem
já há algum tempo, realizando o Conselho de Classe participativo com a presença da
direção, equipe pedagógica, professores, pais/responsáveis e alunos. Buscamos
64
através desta iniciativa, buscar a parceria dos pais na vida escolar dos alunos, além
de trazê-los para o dia-a-dia da escola. Através desta interação, a escola passou a
conhecer melhor os seus alunos e a trabalhar as dificuldades individuais de cada um.
O conselho é realizado no período de aula do aluno. Os professores passam
atividades, exercícios para as turmas e os Agentes Educacionais I e II, ficam em sala,
cuidando dos alunos, e auxiliando no que for possível.
E, em data determinada pelo Calendário Escolar, a equipe da escola, se reúne
e realiza o Conselho de Classe geral, refletindo, trocando experiências, ressaltando
os avanços obtidos e o que precisa estar melhorando.
Apesar do curto espaço de tempo que estamos realizando este “conselho
participativo”, pudemos observar uma melhora no rendimento em sala de aula e na
disciplina dos alunos, já que os pais ficam sabendo como o seu filho está e se precisa
estar melhorando em alguns quesitos. Desta forma, quando o rendimento do aluno
não está muito bom, os pais já ficam sabendo, são informados e orientados sobre a
situação e o que deve ser feito para melhorar o quadro.
Grêmio Estudantil: é a organização e representação do corpo discente da escola.
Deve ser visto como uma expressão da vontade coletiva dos estudantes, sendo que
é de fundamental importância essa representação escolar no debate da escola para
a sua democratização e evolução.
A organização estudantil é a instância onde se cultiva gradativamente o
interesse do aluno para além da sala de aula. A consciência dos direitos individuais
vem acoplada a ideia de que estes se conquistam numa participação social e solidária.
Numa escola onde a auto-organização dos alunos não seja uma prática, as
oportunidades de êxito ficam minimizadas.
O trabalho do Grêmio é definido e executado pelo conjunto dos estudantes. O
que assegura esta organização são as leis:
Lei Federal nº 7.398, de 4 de novembro de 1985
Lei Estadual nº 11.057, de 17 de janeiro de 1995.
Em 1985, foi sancionada a lei 7.398/85, explicitando que a organização do
Grêmio Estudantil é um direito dos alunos. Essa legislação que instituiu o Grêmio
Estudantil, de caráter facultativo, elimina a obrigatoriedade do centro cívico, instância
de caráter tutelar. A lei federal conferiu autonomia aos estudantes ao do então ensino
65
de 1º e de 2º grau, hoje educação básica, para organizarem os seus grêmios como
entidades representativas de seus interesses, com finalidades educacionais, culturais,
cívicas e sociais.
O Grêmio é caracterizado pelo documento legal como órgão independente da
organização da escola ou de qualquer outra instância de controle e de tutela que
possa ser reivindicada pela instituição. O seu estatuto define que compete aos
educandos organizar o grêmio estudantil, estabelecendo o seu estatuto que será
aprovado ou rejeitado por uma Assembleia geral convocada para esse fim específico.
Estabelece também, que os representantes do Grêmio Estudantil serão
escolhidos pelo voto direto e secreto. O processo de eleição deve ser precedido de
discursos, debates, confronto de ideias e explanação de programas, gerando um
saudável hábito de reflexão e participação política, visando o amadurecimento dos
estudantes frente a sua própria problemática.
O Grêmio não é um instrumento de luta contra a direção da escola, mas uma
organização onde se cultiva o interesse dos estudantes, onde eles têm possibilidades
de democratizar decisões e formar o sentimento de responsabilidade.
O Grêmio é uma organização sem fins lucrativos que representa o interesse
dos estudantes e que tem fins cívicos, culturais, educacionais, desportivos e sociais.
Segundo o Estatuto do Grêmio Estudantil do Colégio Estadual do Campo São Roque,
em seu artigo 2º, os objetivos deste são:
I-Congregar o corpo discente da referida escola; II-Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos; III-Incentivar a Cultura Literária, Artística, Desportiva e de Lazer, bem como bailes e excursões de seus membros; IV-Promover a cooperação entre administradores, professores, funcionários e alunos no trabalho escolar, buscando o seu aprimoramento; V-Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural, educacional, político, desportivo e social com entidades congêneres; VI-Pugnar pela adequação do ensino às reais necessidades da juventude e do povo, bem como pelo ensino público e gratuito; VII-Pugnar pela democracia, pela independência e respeito às liberdades fundamentais do homem, sem distinção de raça, cor, sexo, nacionalidade, convicção política ou religiosa; VIII-Lutar pela Democracia permanente dentro e fora da escola, através do direito de participação em fóruns deliberativos adequados.
66
O que é? Envolvidos Como são escolhidos Função
Agremiação
estudantil
Corpo discente Eleição/votação Assessorar o
Colégio,
desenvolver
lideranças.
APMF: (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) - Instituição auxiliar que tem
como finalidade colaborar no aprimoramento da educação e na integração família-
escola-comunidade. Ela deverá exercer a função de sustentadora jurídica das verbas
públicas recebidas e aplicadas pela escola, com a participação dos pais no seu
cotidiano em cumplicidade com a administração.
Os objetivos da APMF são:
1. Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de
aprimoramento do ensino e integração família – escola – comunidade, enviando
sugestões, em consonância com a proposta pedagógica para apreciação do
Conselho Escolar e equipe pedagógica–administrativa;
2. Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-lhes
melhores condições de eficiência escolar em consonância com a proposta
pedagógica do estabelecimento de ensino;
3. Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto escolar,
discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa comunidade;
4. Proporcionar condições ao educando, para participar de todo o processo escolar,
estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da APMF e o
Conselho Escolar;
5. Representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo dessa forma,
para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola pública, gratuita e
universal;
6. Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e toda a
comunidade, através de atividades sócio-educativa-cultural-desportivas, ouvido o
Conselho Escolar;
7. Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem
repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em
reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata;
67
8. Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas instalações,
conscientizando sempre a comunidade para a importância desta ação.
A participação de pais, professores, alunos e funcionários por meio da APMF
dá autonomia à escola, favorecendo a participação de todos na tomada de decisões,
no que concerne às atividades curriculares, culturais e sociais, a definição da política
global da escola, ou seja, na construção do seu projeto político-pedagógico.
A APMF do Colégio Estadual do Campo São Roque é uma instância colegiada
que realmente assume a sua função, pois é formada por uma equipe muito unida,
atuante e realmente envolvida com os projetos e atividades da escola.
O que é? Envolvidos Como são escolhidos Função
Associação de
pais, mestres e
funcionários.
Pais, docentes e
funcionários.
Assembleia/eleição Participar de todas as
atividades inerentes da
escola, representando toda
a comunidade escolar.
10- Currículo
Esta instituição tem como proposta um currículo que retome a totalidade e a
práxis como elementos constitutivos da formação humana. A compreensão de
currículo para uma escola transformadora deve ser de que este não é neutro nem
deve se encontrar para além das discussões dos profissionais da educação e da
sociedade. O currículo é uma prática social e marca de forma definitiva o percurso
formativo dos educandos na nossa sociedade, sendo também um terreno de disputas
pela hegemonia, pois é desta discussão que se encaminham os projetos educativos
de uma sociedade.
Segundo documento da SEED (2008), o currículo é “[…] um produto histórico,
resultado de um conjunto de forças políticas e pedagógicas que expressam e
organizam os saberes que circunstanciam as práticas escolares na formação dos
sujeitos que por sua vez, são também históricos e sociais.” Sendo assim, ao optarmos
por um currículo para a formação humana compreendemos que este precisa ser
situado historicamente onde se possa introduzir sempre novos conhecimentos não se
limitando apenas aos conhecimentos relacionados às vivências do aluno, mas que
68
entende que o conhecimento formal traz outras dimensões ao desenvolvimento
humano que vão além do uso prático; um currículo orientado para a inclusão de todos
ao acesso dos bens culturais e ao conhecimento e que está, assim a serviço da
diversidade.
Segundo Sacristan, apud SEED (2000) o currículo pode ser definido como
“conjunto de conhecimentos ou matérias a serem, superadas pelo aluno dentro de um
ciclo – nível educativo ou modalidade de ensino é a acepção mais clássica e
desenvolvida”.
A rede estadual de ensino do Paraná após ampla discussão entre os sujeitos
da educação, elaborou suas Diretrizes Curriculares buscando manter o vínculo com o
campo das teorias críticas da educação e com as metodologias que priorizem
diferentes formas de ensinar, de aprender e de avaliar; além de adotar uma concepção
de conhecimento que considera suas dimensões científica, filosófica e artística,
enfatizando-se a importância de todas as disciplinas. Para a seleção do
conhecimento, que é tratado, na escola, por meio dos conteúdos das disciplinas
concorrem tanto os fatores ditos externos, com aqueles determinados pelo regime
sócio-político, religião, família, trabalho quanto as características sociais e culturais do
público escolar, além dos fatores específicos do sistema como os níveis de ensino,
entre outros. Além desses fatores, estão saberes acadêmicos, trazidos para os
currículos escolares e neles tomando diferentes formas e abordagens em função de
suas permanências e transformações.
Ainda com referência nas DCEs (2008), é importante destacar que embora se
compreendam as disciplinas escolares como indispensáveis no processo de
socialização e sistematização dos conhecimentos não se pode conceber esses
conhecimentos restritos aos limites disciplinares. A valorização e o aprofundamento
dos conhecimentos organizados nas diferentes disciplinas escolares são condição
para se estabelecerem as relações interdisciplinares, entendidas como necessárias
para a compreensão da totalidade. Assim, o fato de se identificarem condicionamentos
históricos e culturais, presentes no formato disciplinar de nosso sistema educativo,
não impede a perspectiva interdisciplinar. Tal perspectiva se constitui, também, como
concepção crítica de educação e, portanto, está necessariamente condicionada ao
formato disciplinar, ou seja, à forma como o conhecimento é produzido, selecionado,
69
difundido e apropriado em áreas que dialogam, mas que se constituem em suas
especificidades.
As diretrizes objetivam apontar direções para o desenvolvimento do currículo
que se efetivara na escola. As diretrizes têm o propósito de explicitar uma concepção
de educação, de currículo e de cada um de seus componentes curriculares, mas não
objetivam impedir escolhas e decisões do coletivo dos professores e equipes
pedagógicas de cada escola quanto à sua proposta curricular, ou seja, legitimam-se
como documento orientador para o conjunto de escolas que compõe a rede pública
estadual, apontando indicativos teórico-metodológicos para que cada escola organize
a proposta curricular a ser construída em seu Projeto Político Pedagógico.
As Diretrizes de cada uma das disciplinas de tradição curricular apresentam os
fundamentos teórico-metodológicos, a partir dos quais definem-se os rumos da
disciplina, seja no que se refere ao tratamento dado aos conteúdos por meio dos
procedimentos metodológicos e avaliativos, seja na orientação para a seleção dos
conteúdos e de referencial teórico.
Assim, o conjunto proposto pela dimensão histórica da disciplina, os
fundamentos teórico-metodológico, os conteúdos estruturantes, o encaminhamento
metodológico, a avaliação e a bibliografia constituem o que chamamos de Diretrizes
Curriculares para a Educação Básica.
Com essas Diretrizes e uma formação continuada focada nos aspectos
fundamentais do trabalho educativo pretendemos recuperar a função da escola
pública paranaense que é ensinar, dar acesso ao conhecimento, para que todos,
especialmente os alunos das classes menos favorecidas, possam ter um projeto de
futuro que vislumbre trabalho, cidadania e uma vida digna.
10.1- Ensino Fundamental de 9 anos
A Educação Brasileira passa por transformações no desenho estrutural da
organização da Educação Básica. Desde 2005, o país vem administrando a ampliação
do ensino fundamental, com 09 anos de duração, para crianças a partir de 06 anos de
idade. Esse movimento, mais do que a adição de um ano, inserido no início do 1º
segmento do Ensino Fundamental, implica em rever o processo de formação dos
70
educandos com uma nova organização curricular que permita a permanência
qualificada dos alunos num sistema que se propõe inclusivo.
Nesse processo, se faz prioridade, a efetivação de um Regime de Colaboração
que traga como fruto, a superação da ruptura entre as séries iniciais e finais do Ensino
Fundamental, nas suas diferentes formas de organização das pessoas, dos saberes,
das práticas, dos tempos e dos espaços que necessitam de articulação e integração.
Mais que uma determinação legal, o Ensino Fundamental de nove anos
configura-se como a efetivação de um direito, especialmente às crianças que não
tiveram acesso anterior às instituições educacionais. Considerando que o
cumprimento da determinação legal, isoladamente, não garante a aprendizagem das
crianças, é fundamental um trabalho de qualidade no interior da escola, que propicie
a aquisição do conhecimento, respeitando a especificidade da infância nos aspectos
físico, psicológico, intelectual, social e cognitivo. Este trabalho exige compartilhamento
de ações por parte dos órgãos que subsidiam a escola na sua manutenção de
estrutura física, pedagógica e financeira. É necessário que os professores que
trabalham nas séries finais, tenham um contato maior com os professores das séries
iniciais, buscando articular e compreender esta nova forma de organização posta e
este novo perfil de alunos.
Segundo documento elaborado pelo MEC (2007)
o ingresso dessas crianças no ensino fundamental não pode constituir-se numa medida meramente administrativa. É preciso atenção ao processo de desenvolvimento e aprendizagem delas, o que implica conhecimento e respeito às suas características etárias, sociais, psicológicas e cognitivas.
Ao cumprir a especificidade própria desta faixa etária com a educação,
reafirma-se o compromisso político-pedagógico necessário ao desenvolvimento de
um trabalho qualitativo na escola, com todos os alunos. É papel do professor o
domínio acerca dos conteúdos a serem ensinados e da metodologia mais adequada
à sua assimilação pelos alunos, o conhecimento sobre as características de
desenvolvimento das crianças, a construção de vínculo afetivo fundamentado em
teorias do desenvolvimento infantil e na relação de autoridade do professor, a
adequada utilização do tempo no planejamento das atividades (visando a assimilação
71
do conhecimento por parte das crianças), o incentivo à expressão dos alunos em sala
de aula e em outras instâncias de participação da escola.
Com esta nova forma de organização e ampliação do ensino fundamental para
nove anos, busca-se contribuir para reflexões acerca do real papel da escola na
construção de uma educação igualitária. Uma educação que, embora situada num
contexto de desigualdades, busca formar sujeitos conscientes de seu papel para a
construção de uma sociedade mais justa, humana e igualitária. A formação destes
sujeitos críticos requer, a superação do conhecimento cotidiano ou de senso comum,
pela assimilação do conhecimento sistematizado e cientifico.
As instituições do Sistema Estadual de Ensino do Estado do Paraná, com oferta
do Ensino Fundamental anos finais, deverão a partir do ano letivo de 2012, implantar
de forma simultânea o 6º ao 9° ano do Ensino Fundamental em todas as séries/anos.
Nos anos finais, que compreendem do 6º ao 9º ano, a Base Nacional Comum
das Matrizes Curriculares deverá ser composta, obrigatoriamente, pelas disciplinas de
Arte, Ciências, Educação Física, Geografia, História, Língua Portuguesa e
Matemática. Na Parte Diversificada das Matrizes Curriculares deverá estar
especificada uma Língua Estrangeira Moderna como disciplina obrigatória, definida
pela comunidade escolar.
A elaboração das diretrizes curriculares, para as disciplinas que compõe a Base
Nacional Comum no Ensino Fundamental, buscou discutir as especificidades desta
etapa da escolarização básica na escola pública, tendo como referência central o
compromisso da escola com o conhecimento, com a aprendizagem de todos os alunos
e a valorização da experiência profissional dos professores da rede pública estadual.
10.2- Currículo para Ensino Médio
O trabalho pedagógico é orientado pela Proposta Curricular organizada pela
SEED, conforme Kramer esta pode ser implementada nas práticas:
[...] uma proposta não se implanta de fora no outro (nos professores!), mas se planta com, junto, na prática cotidiana e em meio a seus embates, confrontos e divergências. O conhecimento disponível, o estudo teórico e o reconhecimento das histórias anteriormente vividas por professores e alunos, adultos e crianças e do saber consolidado na e para a prática são, assim, fundamentais (KRAMER, 2001).
72
Há de se destacar que a SEED estabeleceu como linha de ação prioritária a
retomada da discussão coletiva do currículo, como produção social do que está sendo
vivido, pensado e realizado nas e pelas escolas, constituindo–se na sistematização
das propostas curriculares por disciplina, níveis e modalidades de ensino.
As DCEs do Ensino Médio foram organizadas no período de 2003 a 2005, pelos
professores da rede estadual de ensino. Cumpre destacar que, ao optar pelo
envolvimento do coletivo dos professores das diferentes áreas do conhecimento e da
organização deste trabalho de forma disciplinar, os textos de cada um dos
componentes curriculares têm características próprias. Porém todos apresentam uma
concepção da área, explicitam o valor educativo da disciplina, apresentam princípios,
pressupostos e/ou eixos norteadores/conteúdos estruturante a serem observados no
tratamento dos conteúdos escolares.
A proposta curricular do Estado do Paraná terá, a partir desta discussão, a base
disciplinar, ou seja, a ênfase nos conteúdos científicos, nos saberes escolares das
disciplinas que compõem a matriz curricular. Destacamos que currículo é um campo
de produção e de criação de significado no qual se produz sentido e significado sobre
os vários campos e atividades sociais, no currículo se trabalha sobre sentidos e
significados recebidos, sobre materiais culturais existentes considerando-se a cultura
e o currículo como relações sociais (SILVA, T.T., 1999).
Uma proposta educativa coerente fundamenta-se na compreensão da escola,
de cultura, dos códigos e modos de organização, sem perder de vista a articulação de
trabalho ao contexto sócio cultural mais amplo, particularmente no que se refere à
diversidade cultural. Assim a reorganização da escola deve redimensionar seus
tempos e espaços, tornando-a capaz de acolher as diversidades no sentido de
construir uma sociedade em que os indivíduos tenham acesso aos frutos do progresso
material e aos bens simbólicos da cultura, constituidores da subjetividade.
Sendo assim, é importante destacar que as diretrizes curriculares discutidas e
elaboradas, no coletivo dos professores do estado do Paraná, representam um
documento base que é passível de mudanças sempre que necessário.
Educar alguém é introduzi-lo e iniciá-lo numa certa categoria de atividades que
se considera como dotadas de valor, não no sentido de um valor instrumental, de um
valor enquanto meio de alcançar uma outra coisa, tal como o êxito social, mas de um
73
valor intrínseco, de um valor que se liga ao próprio fato de praticá-las; ou ainda é
favorecer o desenvolvimento de capacidades e de atitudes que se consideram como
desejáveis por si mesmas (FORQUIM, 1993).
10.3 - Currículo da Escola do Campo
A construção das Diretrizes Curriculares da Educação do Campo é um passo
importante na afirmação da educação como um direito universal, pois vem auxiliar o
professor a reorganizar a sua prática educativa, tornando-a cada vez mais próxima da
realidade dos sujeitos do campo, criando assim um sentimento de pertencimento das
crianças e adolescentes, que vão ter na escola um trabalho educativo com sentido em
suas vidas. A intenção é motivar os professores na observação e apropriação da
riqueza que o campo brasileiro oferece à ampliação dos conhecimentos escolares.
De acordo com o Caderno Temático da Educação do Campo (2005, pag. 61),
“a educação do campo é uma concepção política e pedagógica voltada para dinamizar
a ligação dos seres humanos com a produção das condições de existência social, na
relação com a terra e o meio ambiente...”
Segundo o artigo 26 da LDB 9394/96,
Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.
Os temas a serem trabalhados na escola devem ser ligados ao mundo do
trabalho, ao desenvolvimento do campo. Assim, teremos conteúdos gerais
(Matemática, Língua Portuguesa, História, Geografia, Ciências etc.), que preparam
estudantes em habilidades humanas comuns a todas as escolas e conteúdos
específicos, de acordo com as características regionais, locais, econômicas e culturais
da comunidade onde a escola esteja inserida.
Os sujeitos do campo têm direito a uma educação pensada, desde o seu lugar e
com a sua participação, vinculada à sua cultura e as suas necessidades humanas e
sociais. Sendo assim, as Diretrizes Curriculares da Educação do Campo denotam um
importante instrumento para a construção de uma educação pública e gratuita de
74
qualidade, presente e que respeite e valorize a diversidade humana, contribuindo
assim com a construção de uma sociedade cada vez mais justa e solidária.
10.4 - Flexibilização curricular
Para falar sobre as flexibilizações/ adaptações/ adequações necessárias e
possíveis, lanço mão dos escritos de Beyer:
“O desafio é construir e pôr em prática no ambiente escolar uma pedagogia que consiga ser comum e válida para todos os alunos da classe escolar, porém capaz de atender os alunos cujas situações pessoais e características de aprendizagem requeiram uma pedagogia diferenciada. Tudo isto sem demarcações, preconceitos ou atitudes nutridoras dos indesejados estigmas. (2006, p. 76).
Para se desenvolver as referidas adaptações o professor precisa ter clareza e
domínio do que está posto nas Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, para
que as ações estabelecidas no processo de flexibilização favoreçam a aprendizagem
do aluno sem, no entanto, configurar desvio na caminhada da escola.
Com relação à legalidade das flexibilizações/ adequações no currículo,
encontramos respaldo no Art. 5º, Inciso III, da Resolução CNE/CEB Nº 2, onde
podemos ler:
“Flexibilizações e adaptações curriculares que considerem o significado prático e instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados e processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, em consonância com o projeto pedagógico da escola respeitado a frequência obrigatória. (MEC, 2001)”.
Ainda, podemos recorrer à LDBEN nº 9394/96, destacando o que reza o caput
do Artigo 59 e seu Inciso I: “Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com
necessidades especiais: currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e
organização específica, para atender às suas necessidades”.
A flexibilização curricular também é realizada para os estudantes público-alvo da
educação especial, os estudantes atendidos pelo Serviço de Apoio à Rede
Escolarização Hospitalar/SAREH, estudantes afastados pelo Decreto-Lei nº 1044/69
e pela Lei nº 6202/75, atendimento aos estudantes em cumprimento de medida
75
socioeducativa, estudantes do Programa de Aceleração de Estudos (PAE) e outras
situações que requeiram a flexibilização curricular.
A organização da Proposta Pedagógica Curricular toma como base as normas e
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, observando o princípio da flexibilização
e garantindo o atendimento pedagógico especializado para atender às necessidades
educacionais especiais de seus alunos.
A instituição oferta a flexibilização/adequação curricular aos alunos que os
professores detectam algum tipo de dificuldade de aprendizagem e aos alunos com
laudos médicos, os quais na maioria frequentam a Sala de Recursos Multifuncional e
atividades de contra turnos. Para detectar tais dificuldades o professor deve buscar
conhecer cada aluno e suas peculiaridades e consequentemente as suas
necessidades especiais.
Para obter êxito o professor precisa adequar sua intervenção à maneira
peculiar de aprender de cada um de seus alunos, em respeito às diferenças individuais
(...), como afirma Carvalho (s.d., p.3).
As flexibilizações possíveis no nível de sala de aula estão basicamente
relacionados à: Adaptação/flexibilização de objetivos de aprendizagem, priorizando os
que são considerados fundamentais para a aquisição de aprendizagens posteriores;
introdução de objetivos ou conteúdos que não estão no currículo, mas que podem
complementá-lo; seleção e eliminação de conteúdos, cuidando para que não sejam
aqueles considerados básicos; adaptação de conteúdos; adaptação/flexibilização de
metodologia, de materiais pedagógicos que propicia a interação, a convivência, a
autonomia e independência nas ações; adaptação no processo de avaliações; no
espaço físico e organização do tempo.
É valido ressaltar que numa mesma escola e, até mesmo, sala de aula pode
haver alunos com necessidades educacionais especiais decorrentes de deficiência de
diferentes áreas e que os professores ao realizar flexibilizações devem considerar tais
especificidades.
10.5 - Metodologia
76
A simples relação criteriosa dos conteúdos a serem ensinados não representa
uma garantia por si mesma para a formação plena do aluno. Cada pessoa representa
um mundo de experiências vividas diferente. Isso significa dizer que, na leitura e
compreensão desse conteúdo cada um interagirá de forma diferente. Assim, os
professores do Colégio Estadual do Campo São Roque - Ensino Fundamental e Médio
têm consciência que muitos deverão ser os critérios utilizados no processo de
aprendizagem para contemplar essa diversidade que caracteriza o espaço da sala de
aula.
Quando os professores entram em sala de aula, muitos são os desafios que se
apresentam a ele. É com este espírito que deverá assumir o seu cotidiano profissional.
Cada aula é sempre um novo desafio, pois a dinâmica desse cotidiano é
enriquecedora.
Portanto, uma sala de aula cada dia será diferente do dia anterior.
Desta forma, há a necessidade de mudança constante na metodologia do
ensino, envolvendo professor e aluno. O professor está consciente, com maturidade
suficiente para desapropriar-se dos conteúdos ultrapassados e adotar outros
métodos, que facilite a aprendizagem vinculada à realidade do aluno.
Para que estes novos métodos tenham um bom resultado é necessário um
trabalho coletivo, fundamentado no Projeto Político Pedagógico da escola. Onde todos
os professores num trabalho coletivo, tentem mudar ou reorganizar seus métodos,
atualizando os conteúdos e adaptando-os a realidade do aluno.
Diante destas mudanças, o aluno, deverá ser conscientizado do seu verdadeiro
papel, e que sua participação ativa e compreensão irão facilitar no processo educativo
10.6 - Matriz Curricular
A matriz curricular adotada pelo Colégio Estadual do Campo São Roque em
nível Fundamental e Médio é a seguinte:
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NRE: 27 – TOLEDO MUNICÍPIO:2371–SANTA HELENA
ESTABELECIMENTO: 00417 – SÃO ROQUE, C E C – E FUND MEDIO ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ.
CURSO: 4039 – ENS. FUND. 6/9 A-S TURNO: MANHÃ ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2013 – SIMULTÂNEA
DISCIPLINAS 6º ANO 8º ANO 9º ANO
BASE NACIONAL COMUM
Arte 2 2 2
Ciências 3 3 3
Educação Física
2 2 2
Ensino Religioso*
1 0 0
Geografia 3 3 3
História 2 3 3
Língua Portuguesa
5 5 5
Matemática 5 5 5
SUB-TOTAL 23 23 23
PARTE DIVERSIFICADA
L.E. – Inglês** 2 2 2
SUB-TOTAL 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25 Nota: matriz curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. * não computado na carga horária da matriz por ser facultativa para o aluno. ** o idioma será definido pelo Estabelecimento de Ensino.
NRE: 27 – TOLEDO MUNICÍPIO:2371–SANTA HELENA
ESTABELECIMENTO: 00417 – SÃO ROQUE, C E C – E FUND MEDIO ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ.
CURSO: 4039 – ENS. FUND. 6/9 A-S TURNO: TARDE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2013 – SIMULTÂNEA
DISCIPLINAS 7º ANO 8º ANO 9º ANO
BASE NACIONAL COMUM
Arte 2 2 2
Ciências 3 3 3
Educação Física 2 2 2
Ensino Religioso* 1 0 0
Geografia 3 3 3
História 2 3 3
Língua Portuguesa 5 5 5
Matemática 5 5 5
SUB-TOTAL 23 23 23
PARTE DIVERSIFICADA
L.E. – Inglês** 2 2 2
SUB-TOTAL 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25 Nota: matriz curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. * não computado na carga horária da matriz por ser facultativa para o aluno. ** o idioma será definido pelo Estabelecimento de Ensino.
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MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: (27) – TOLEDO MUNICÍPIO: (2371) Santa Helena
ESTABELECIMENTO: (00417) Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e Médio
ENDEREÇO: Rua Érico Veríssimo s/n – São Roque – Santa Helena – Paraná
FONE: (45) 3276 1195
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO
TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2014
FORMA: SIMULTÂNEA
DISCIPLINAS SÉRIES
1ª 2ª 3ª
ARTE 2 - -
BIOLOGIA 2 3 2
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2
FILOSOFIA 2 2 2
FÍSICA 2 2 3
GEOGRAFIA 2 2 2
HISTÓRIA 2 2 2
LÍNGUA PORTUGUESA 3 3 3
MATEMÁTICA 3 3 3
QUÍMICA 3 2 2
SOCIOLOGIA 2 2 2
SUB-TOTAL 25 23 23
PARTE DIVERSIFICADA
LEM - Espanhol - 2 2
LEM – CELEM - Inglês 4* 4* 4*
SUB-TOTAL 4 6 6
TOTAL GERAL 29 29 29
Observações: Matriz Curricular de acordo com a LDB n.º 9.394/96 * Disciplinas de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM
79
11- Desafios Socioeducacionais
Os desafios socioeducacionais são Legislações obrigatórias, demandas que
possuem uma historicidade, por vezes fruto das contradições da sociedade capitalista,
outra vezes oriundas dos anseios dos movimentos sociais e, por isso, prementes na
sociedade contemporânea. São de relevância para a comunidade escolar, pois estão
presentes nas experiências, práticas, representações e identidades de educadores e
de educandos.
O Colégio Estadual do Campo São Roque desenvolve as seguintes atividades
buscando atender ao exposto acima:
11.1- História do Paraná (lei nº 13381/01)
A Lei Nº 13.381 (19/12/2001) orienta a obrigatoriedade dos conteúdos da
disciplina de História do Paraná no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública
Estadual de Ensino, conforme prevê o Art. 1º.
Torna obrigatório um novo tratamento, na Rede Pública Estadual de Ensino, dos conteúdos da disciplina História do Paraná, no Ensino Fundamental e Médio, objetivando a formação dos cidadãos conscientes da identidade, potencial e valorização do nosso Estado. § 1º. A disciplina História do Paraná deverá permanecer, como parte diversificada, no currículo, em mais de uma série ou distribuídos os seus conteúdos em outras matérias, baseada em bibliografia especializada. § 2º. A aprendizagem dos conteúdos curriculares deverão oferecer abordagens e atividades, promovendo a incorporação dos elementos formadores da cidadania paranaense, partindo do estudo das comunidades, municípios e microrregiões do Estado.
Desta forma o trabalho pedagógico ampliará os horizontes dos alunos tendo
em vista o estudo e o conhecimento sobre a História do Paraná.
11.2 - Música (lei nº 11.769/08)
A Lei de Nº. 11.769/08 trata da obrigatoriedade do ensino de música na
Educação Básica cujo objetivo é despertar nos alunos a disciplina, a atenção e
concentração. É através da socialização e o desenvolvimento do educando via teatro,
80
dança e musicalização que também preparamos os alunos para o exercício dos
direitos e o cumprimento dos deveres, os quais são sinônimo de cidadania.
Atualmente este eixo é abordado de forma sutil, em algumas ações nas
disciplinas de Arte e Educação Física e também de forma mais aprofundada no
Programa Mais Educação.
11.3 - Prevenção ao uso indevido de drogas
A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas é um trabalho desafiador e urgente,
o qual requer tratamento adequado e cuidadoso, com base em pesquisa, desprovido
de valores e crenças pessoais. Educadores e educandos são estimulados a conhecer
a legislação que aborda esse desafio educacional contemporâneo, bem como a
debater assuntos presentes no cotidiano como: drogadição, vulnerabilidade,
preconceito e discriminação ao usuário de drogas, narcotráfico, violência, influência
da mídia, entre outros.
Ações pedagógicas que esclareçam os efeitos dos entorpecentes no
desenvolvimento humano contribuem para o enfrentamento e combate às drogas no
espaço escolar. São ações como palestras, vídeos, orientações coletivas e
individuais, leituras, debates que são propostas ao longo do ano letivo. Tal assunto é
abordado com mais avinco nas disciplinas de Ciências e Biologia.
11.4 - Sexualidade Humana
A Sexualidade, entendida como uma construção social, histórica e cultural,
deve ser debatida no espaço escolar com alunos, responsáveis e comunidade no
geral. O trabalho educativo com a Sexualidade, por meio dos conteúdos elencados
nas Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do
Paraná, deve considerar os referenciais de gênero, diversidade sexual, classe e
raça/etnia.
Assim, cabe à escola discutir tais temas na perspectiva do respeito às
diferenças, à diversidade, à promoção de ações voltadas para o exercício da
81
cidadania plena, ao fortalecimento da solidariedade e a uma cultura de paz.
Este tema é trabalhado de modo geral por todos os professores no decorrer
das suas aulas, porém com um enfoque maior nas disciplinas de Arte, Língua
Portuguesa, Ciências e Biologia.
11.5 - Educação Ambiental (L.F. nº 9795/99, Dec. 4201/02)
A Educação Ambiental é tratada como um processo que propicia a
compreensão crítica das questões socioambientais. Os estudantes são orientados a
adotar uma posição consciente e participativa frente as questões relacionadas à
conservação e utilização adequada dos recursos naturais, para a diminuição contínua
das disparidades social e do consumo desenfreado.
Tal assunto é trabalhado pelo coletivo da escola, através do Projeto Terra
Limpa, que busca enfatizar a construção de uma sociedade que garanta a
preservação da vida. Este projeto tem início todo ano, no dia do solo (dia 15 de abril)
e conta com a participação de todas as turmas da escola. No decorrer do ano são
desenvolvidas várias atividades, como: concurso de desenho, frases, produção de
texto, poesia, paródia (todos estes referentes a temas relacionados ao meio
ambiente), limpeza de rios, plantio de mudas de árvores, pedágio ecológico, recolha
de material reciclável, óleo, pilha e bateria de celular, campanha do agasalho e do
uniforme escolar, recolha de notas fiscais, e no encerramento no Projeto (lá pelo mês
de novembro) é realizado um passeio ciclístico e uma gincana esportiva.
11.6 - Educação Fiscal e Tributária (Dec. nº 1143/99 e Portaria nº
413/02)
O Colégio Estadual do Campo São Roque, buscando despertar a consciência
dos estudantes sobre os direitos e deveres em relação ao valor social dos tributos e
do controle social do estado democrático trabalha de forma interdisciplinar em todas
as disciplinas da matriz curricular, a dinâmica de arrecadação de recursos pelo estado
82
e o papel dos cidadãos no acompanhamento da arrecadação e da sua aplicação em
benefício da sociedade são debatidos.
Tal assunto é trabalhado também como uma das atividades do Projeto Terra
Limpa, onde todas as turmas fazem a recolha de notas fiscais, que são revertidas em
pontuação e contará na Gincana final do projeto.
11.7- Enfrentamento a violência contra criança e o adolescente
Ao trabalhar esse desafio objetivamos formar uma consciência crítica sobre a
violência e, assim, transformar a escola em espaço onde o conhecimento toma o lugar
da força. O enfrentamento à Violência na Escola requer formação continuada dos
profissionais da educação sobre as causas da violência e suas manifestações, bem
como a produção de material de apoio didático-pedagógico. Além disso, um trabalho
de discussão, esclarecimento e informação acerca desta temática é importante para
que, os alunos possam modificar sua concepção bem como suas atitudes diárias
tendo em vista o respeito ao ser humano.
Entender mais amplamente a violência, compreender as diversas faces com
que ela pode se apresentar, somar a vivencia escolar alicerces teóricos, que
sustentam uma ação pedagógica baseada no conhecimento.
Estes temas são trabalhados de modo geral por todos os professores no
decorrer das suas aulas, porém com um enfoque maior nas disciplinas de Ensino
Religioso, Sociologia e Filosofia e na atividade de Direitos Humanos, contemplada no
Programa Mais Educação.
11.8 - Direito das Crianças e Adolescente (L.F. N 11525/07)
Esta lei acrescenta na LDB 9.394/96, conteúdo que trata dos direitos das
crianças e dos adolescentes no currículo do ensino fundamental.
O currículo do ensino fundamental incluirá, obrigatoriamente, conteúdo que
trata dos direitos das crianças e dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei
nº 8.069/90, que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
83
Questões econômicas e sociais num país de proporções continentais fazem
com que as crianças e os adolescentes, vítimas indefesas da desigualdade social, da
miséria e exploração conquistassem mais um amparo aos direitos já assegurados pela
Constituição Brasileira, o ECA trata do direito à Educação, a Cultura, ao Esporte e ao
Lazer. Conforme o art. nº 53:
A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-lhes: I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II. direito de ser respeitado por seus educadores; III. direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores; IV. direito a organização e participação em entidades estudantis; V. acesso a escola pública e gratuita próxima de sua residência. Parágrafo único - É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.
Tendo em vista que atendemos a adolescentes e jovens, desenvolvemos um
trabalho no sentido de esclarecer sobre os direitos, deveres, compromissos,
responsabilidades de alunos, pais e de todos os envolvidos no processo educativo,
cujo objetivo é a formação de cidadãos conscientes e responsáveis pelos próprios
atos.
Este assunto é abordado de modo geral por todos os professores no decorrer
das suas aulas, porém com um enfoque maior nas disciplinas de Ensino Religioso,
Sociologia e Filosofia e na atividade de Direitos Humanos, contemplada no Programa
Mais Educação.
11.9 - Estatuto do Idoso (LF 10.741/2003) e Política de Proteção ao
Idoso (LE 17.858/201311
Segundo a Lei n. 10.741 de 2003 (Estatuto do Idoso), em seu Artigo 22 "Nos
currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseridos conteúdos
voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de
forma a eliminar preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria."
Esta lei assegura os direitos das pessoas com idade igual ou superior a 60
(sessenta) anos, e atribuí à família, à comunidade, à sociedade e ao Poder Público, o
dever de efetivar, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à
84
educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à
dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária (art. 3º).
11.10 – Programa de Combate ao Bullyng (LE 17.335/2012)
Segundo a Lei nº 17.335 de 10 de outubro de 2012, que Institui o Programa de
Combate ao Bullying, de ação interdisciplinar e de participação comunitária, nas
Escolas Públicas e Privadas do Estado do Paraná, entende-se por bullying, as
[...] atitudes de violência física ou psicológica, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente, praticadas por um indivíduo (bully) ou grupos de indivíduos, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
Esta violência física ou psicológica pode ser evidenciada através de atos de
intimidação, humilhação e discriminação.
Desta forma, o estabelecimento de ensino, deverá envolver todos os
profissionais da educação, pais, alunos e comunidade escolar em atividades didáticas,
informativas, de orientação e prevenção, visando prevenir e combater a prática de
bullying no interior da escola.
E a nível de país, temos a Lei nº 13.185 de 06 de novembro de 2015, que
institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) em todo o
território nacional.
Esta lei determina que será considerada intimidação sistemática (bullying) todo
ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem
motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas,
com o objetivo de intimidá-lo ou agredi-la, causando dor, angustia à vítima, em uma
relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
A classificação sistemática ou bullying, classifica-se em:
* verbal: apelar, xingar insultar, zoar;
* moral: difamar, disseminar rumores, caluniar;
* física: empurrar, socar, chutar, beliscar, bater;
* sexual: assediar, induzir e/ou abusar;
* material: estragar, furtar, roubar;
85
* psicológica: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, chantagear,
manipular, ameaçar, discriminar, ridicularizar;
* virtual: divulgar imagens, criar comunidades, enviar mensagens, invadir a
privacidade (cyberbullying – bullying praticado por meio da internet e de celulares,
geralmente de forma anônima).
11.11 - Semana Estadual Maria da Penha nas escolas (LE
18.447/2015)
Desde o ano de 2015 está em vigor no Paraná a Lei nº 18.447/15, que
estabelece a Semana Maria da Penha nas Escolas. O objetivo é estimular nos jovens
e adolescentes, estudantes dos colégios estaduais, reflexões sobre o combate à
violência contra a mulher e com isso, contribuir para a redução os índices deste crime.
Esta lei determina que no mês de março de cada ano sejam realizadas ações
para a instrução dos alunos sobre o conteúdo da Lei nº 11.340/2006, conhecida como
Lei Maria da Penha, que pune atos de violência contra a mulher. Desta forma, busca-
se conscientizar a comunidade escolar sobre a importância e o respeito aos direitos
humanos e, quando houver o conhecimento de algum ato de violência contra a mulher,
a necessidade de denunciar os casos aos órgãos competentes.
11.12 - Direitos Humanos – PNEDH3 (Decreto 7037/2009)
O Programa Nacional de Direitos Humanos, instituído pelo Decreto nº 7.037,
de 21 de dezembro de 2009, e atualizado pelo Decreto nº 7.177, de 12 de maio de
2010, concebe a efetivação dos direitos humanos como uma política de Estado,
centrada na dignidade da pessoa humana e na criação de oportunidades para que
todos e todas possam desenvolver seu potencial de forma livre, autônoma e plena.
O PNEDH-3 estrutura-se em torno dos seguintes eixos orientadores:
I. Interação Democrática entre Estado e Sociedade Civil;
II. Desenvolvimento e Direitos Humanos;
III. Universalizar Direitos em um Contexto de Desigualdades;
86
IV. Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência;
V. Educação e Cultura em Direitos Humanos;
VI. Direito à Memória e à Verdade.
Os direitos humanos se originam de muitos embates históricos, sendo assim
estão sempre sendo modificados de acordo com tempo, o espaço e a cultura. É
necessário que esses direitos sejam discutidos, divulgados e vivenciados a cada dia,
para que eles se efetivem na sociedade.
A Educação em Direitos Humanos no âmbito da Secretaria de Estado da
Educação nasce com o desafio de implementar as Diretrizes Nacionais de Educação
em Direitos Humanos e o Plano Estadual de Educação em Direitos Humanos nas
escolas da rede.
Os princípios que norteiam Educação em Direitos Humanos anunciados nas
Diretrizes Nacionais no 3º Art. da referida resolução são:
I - Dignidade da Pessoa Humana;
II - Igualdade de direitos;
III - Reconhecimento e valorização das diferenças e diversidades;
IV - Laicidade do Estado;
V - Democracia na Educação;
VI - Transversalidade, Vivência e Globalidade;
VII - Sustentabilidade socioambiental.
11.13 - Educação Alimentar e Nutricional (LF 11.947/2009).
A Lei n° 11.947/2009, institui o Programa Nacional de Alimentação Escolar
(PNAE) e dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar aos alunos da
educação básica pública brasileira.
Este programa tem por objetivo contribuir para o crescimento e o
desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação
de hábitos alimentares saudáveis dos alunos, por meio de ações de educação
alimentar e nutricional e da oferta de refeições que cubram as suas necessidades
nutricionais durante o período letivo.
87
O emprego de uma alimentação saudável e adequada, compreende o uso de
alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos
alimentares saudáveis, contribuindo desta forma, para o crescimento e o
desenvolvimento dos alunos e consequentemente, para a melhoria do rendimento
escolar.
11.14 - Código do Trânsito Brasileiro - Educação para o Trânsito (LF
9.503/97)
A Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, institui o Código de Transito
Brasileiro e em seu Capítulo VI, do Artigo 74 ao 79, temos a regulamentação da
Educação para o Trânsito.
A Semana Nacional de Trânsito será comemorada anualmente no período
compreendido entre 18 e 25 de setembro, com campanhas de âmbito nacional,
envolvendo alunos da pré-escola ao Ensino Superior, com a finalidade de termos um
trânsito seguro e responsável, com o objetivo maior de que é a preservação da vida e
o respeito pelo próximo.
11.15 - História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena (Lei nº
11.645/08)
Atualmente, a visão que norteia os debates dos inúmeros segmentos sociais, é
que são as diferenças que constituem os seres humanos. Os sujeitos têm suas
identidades determinadas pelo contexto social e histórico em que sua existência é
produzida. A vida em sociedade pressupõe o reconhecimento das multiculturas,
advindas da acelerada tecnologização e das complexas transformações nos modos
de produção social que fazem surgir novas formas de acúmulo do capital e distribuição
de renda na contemporaneidade.
As pessoas são diferentes de fato, em relação à cor da pele e dos olhos, quanto
ao gênero e a sua orientação sexual, com referência as origens familiares e regionais,
nos hábitos e costumes, no tocante ao estilo. Em resumo os seres humanos são
88
diferentes, pertencem a grupos variados, convivem e desenvolvem-se em culturas
distintas.
As políticas da SEED do Paraná, têm como alvo, todos os grupos que sofreram
exclusão física ou simbólica, ao longo da história, reconhecendo seus direitos sociais
como é o caso dos moradores do campo, das populações indígenas, dos grupos
afrodescendentes, dos jovens e adultos impedidos de frequentar a escola, das
crianças que se evadem da escola, das pessoas que apresentam necessidades
especiais, oriundas ou não de deficiências.
É a preocupação da escola com o atendimento a diversidade cultural, social e econômica existente que lhe garante ser reconhecida como instituição voltada, indistintamente, para a inclusão de todos os indivíduos. O grande desafio dos educadores é estabelecer uma proposta de ensino que reconheça e valorize práticas as culturais de tais sujeitos sem perder de vista o conhecimento historicamente produzido, que constitui patrimônio de todos. (SEED, 2005)
Cabe assim, ao estado democrático, por meio da implementação de políticas
públicas, enfrentar as desigualdades sociais e promover o reconhecimento público e
a valorização dos traços e especificidades culturais que caracterizam a diferença das
minorias sem visibilidade social, historicamente silenciadas.
Nos últimos anos se evidencia uma preocupação crescente por um conjunto de
elementos relativos à diversidade cultural, preocupação que se estende desde a
própria conceitualização - e dos efeitos que a globalização produz sobre ela - até os
fatores vinculados a sua gestão. Nos cenários de concerto internacional, a questão da
diversidade cultural influi de maneira determinante nas agendas políticas, sociais e
econômicas. No marco deste processo de mundialização acelerado é indispensável
promover espaços para o diálogo das culturas, recuperando as características
singulares de sua diversidade, assentando, assim, as bases de uma ética global, ou
seja, a verdadeira contribuição das culturas não consiste numa lista das suas
invenções particulares, mas na maneira diferenciada com que elas se apresentam.
Não há e nem pode haver uma civilização mundial no seu sentido absoluto,
porque civilização implica na coexistência de culturas que oferecem o máximo de
diversidades entre si. A civilização mundial é uma coalizão de culturas em escala
mundial, preservando cada uma delas a sua originalidade.
89
O folclore e a cultura popular sempre estiveram presentes nos programas e
conteúdos escolares. De um jeito formal ou de forma transversal, sempre houve um
espaço na educação para se tratar desse assunto.
Cultura, diz respeito ao modo de ser e de viver dos grupos sociais: a língua, as
regras de convívio, o gosto, o que comem, o que bebem, o que vestem, tudo, vai
formando aquilo que é próprio de um povo.
Em um país como o Brasil, tão diverso, tão grande, com tantas expressões
diferentes, com tantos jeitos de ser, de brincar, de conviver e rezar, que vão se
modificando de lugar para lugar, e a toda hora, não podemos falar de uma única
cultura, mas das muitas culturas que o formam.
Na verdade, foram muitos os povos europeus e africanos, cada um com suas
tradições, línguas, expressões, jeito de ser e crer, que vieram para cá e, misturados
aos diferentes povos indígenas, ajudaram a formar o Brasil, um país plural e de muitas
culturas.
A cultura popular é tudo isso bem misturado e refletido nos muitos jeitos de ser
do brasileiro.
A cultura é o fermento que alimenta, dá forma e conteúdo à educação. Em sala
de aula, experiências, vivências e singularidades estão reunidas. Alunos e professores
trazem suas bagagens e histórias. Confrontos, trocas, negações e reafirmações de
culturas pulsam o tempo todo nesse convívio.
O atendimento à diversidade cultural é realidade nas escolas públicas da Rede
Estadual de Educação do estado do Paraná, onde povos do campo, indígenas e
afrodescendentes, possuem os seus saberes reconhecidos e as suas especificidades
respeitadas no cotidiano da cultura escolar.
A SEED busca articular-se com os movimentos organizados da sociedade civil,
desenvolvendo ações que atendem as necessidades educacionais das diversas
populações do campo, respeitando as suas especificidades políticas, econômicas,
culturais e socioambientais.
O Colégio Estadual do Campo São Roque, por se localizar na zona rural do
município de Santa Helena e por possuir a grande maioria dos seus alunos residindo
ou dependendo da economia agrícola para sobreviver, é considerada uma escola do
campo. Desta forma, a equipe escolar, busca respeitar esta especificidade e elabora
a sua Proposta Pedagógica buscando atender a esta realidade.
90
A SEED, em cooperação com o MEC, busca também, implementar a Lei
10.639/03 e 11.645/08, que torna obrigatório o estudo da história e cultura afro-
brasileira e indígena nos currículos da rede de ensino, promovendo o reconhecimento
e a valorização da identidade, da história e da cultura da população negra e indígena,
assegurando dessa forma a igualdade de condições, ao lado das europeias e
asiáticas.
Com relação a educação escolar indígena, esta é ofertada pelo estado, em
colaboração com alguns municípios paranaenses. Ao todo, o estado do Paraná,
possui 34 escolas indígenas e oferece uma educação laica, intercultural e bilíngue a
2.792 estudantes indígenas (Censo/07). Todas estas escolas foram estadualizadas
em 2008, com a oferta de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Buscando atender ao dispostos na lei maior, o colégio aborda com o seu corpo
discente, o estudo da história da África, dos africanos, a luta dos negros e dos povos
indígenas no Brasil e em especial, a contribuição destes povos na área cultural,
artística e literária da sociedade brasileira. Tais assuntos são trabalhados de forma
interdisciplinar por todas as disciplinas da Matriz Curricular, ao longo de todo ano
letivo, na perspectiva de proporcionar aos alunos uma educação compatível com uma
sociedade democrática, multicultural e pluriétnica.
O Colégio Estadual do Campo São Roque, possui uma equipe formada por
representantes da equipe pedagógica, agentes educacionais, instâncias colegiadas,
e professores da área das exatas, humanas e biológicas. Tal equipe é denominada
de Equipe Multidisciplinar, e tem por objetivo desenvolver ações e tratar da Educação
das Relações Étnico-Raciais e o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana
e Indígena no interior da escola.
Ao tratar da História da África e da presença do negro (pretos e pardos) no
Brasil, os professores devem fazer abordagens positivas, sempre na perspectiva de
contribuir para que o aluno negro-descendente mire-se positivamente, quer pela
valorização da história de seu povo, da cultura de matriz africana, da contribuição para
o país e para a humanidade.
É importante que o aluno adquira além dos conhecimentos científicos voltados
para a formação humana, esta formação mais cidadã, tendo em vista a construção de
uma sociedade mais justa, igualitária e solidaria.
91
12 - Avaliação – Sistema de Avaliação adotado
A avaliação para os docentes do Colégio Estadual do Campo São Roque –
Ensino Fundamental e Médio é entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual
o professor estuda e interpreta dados da aprendizagem do aluno e de seu próprio
trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.
A avaliação utilizada pelos professores deste estabelecimento de ensino é a
contínua, permanente, cumulativa e diagnóstica, refletindo assim o desenvolvimento
global do aluno e levando em consideração as suas características individuais, no
conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
A avaliação do aproveitamento escolar incide sobre o desempenho do aluno
em diferentes situações de aprendizagem.
A avaliação utilizará técnicas e instrumentos diversificados, sendo vetado
submeter o(a) estudante a uma única oportunidade e a um único instrumento de
avaliação. Entende-se por instrumento de avaliação a ferramenta (produção escrita,
gráfica, cênica ou oral, prova objetiva ou descritiva, relatório, mapa conceitual,
seminário, trabalhos em grupo, portfólio, exposição, atividades experimentais, entre
outras produções variadas) pela qual se obtém dados e informações,
intencionalmente selecionadas, relativas ao processo de ensino-aprendizagem.
Com relação a avaliação dos estudantes da Educação Especial ou que
possuem laudos médicos, esta deve ser flexibilizada, adotando diferentes critérios,
instrumentos, procedimentos e temporalidade, de forma a atender as suas
especificidades. Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar deverão ser
explicitados no Plano de Trabalho Docente – PTD e elaborados em consonância com
a organização curricular descrita na Proposta Pedagógica Curricular – PPC.
Entende-se por critério de avaliação cada um dos princípios que servem de
base para análise e julgamento do nível de aprendizagem dos(as) estudantes e do
ensino do(a) docente. Os critérios de avaliação deverão estar diretamente ligados à
intencionalidade do ensino de um determinado conteúdo, ou seja, consistem naquilo
92
que é imprescindível para a compreensão do conhecimento na sua totalidade. Os
critérios delimitam o que dentro de cada conteúdo, se pretende efetivamente que o(a)
estudante aprenda.
A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de aprovação e
reprovação dos(as) estudantes, uma vez que não terão aferição de notas, no entanto,
suas frequências deverão ser consideradas no cômputo geral mínimo de 75% para a
aprovação.
O sistema de avaliação adotado por este estabelecimento de ensino, é
bimestral, sendo utilizada a Média Somatória e cada docente aplicará no mínimo 02
(zero dois) instrumentos diferentes de avaliação em cada bimestre, distribuídos entre
avaliações e instrumentos diversificados. Sendo no mínimo duas avaliações (prova
escrita, oral e prática), que terá valor 7,0 (sete vírgula zero) pontos.
a) Fica a critério de cada docente distribuir os 7,0 (sete vírgula zero) pontos em duas
ou mais avaliações por bimestre.
No mínimo um instrumento de avaliação diversificado (pesquisas, seminários,
apresentações etc), o qual terá valor de 3,0 (três vírgula zero) pontos.
a) Fica a critério de cada docente distribuir os 3,0 (três vírgula zero) pontos em mais
de um instrumento avaliativo.
Ou seja, o sistema de avaliação será composto pela somatória da nota 3,0 (três
vírgula zero) referente as atividades diversificadas; mais a nota 7,0 (sete vírgula zero)
resultante de no mínimo 02 (duas) avaliações, totalizando nota final 10,0 (dez vírgula
zero), não sendo permitido submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único
instrumento de avaliação.
Ao final de cada bimestre, o aluno realizará um simulado de múltipla escolha
(avaliação escrita), envolvendo todas as disciplinas da matriz curricular e uma
produção textual de variados gêneros.
A prova do Ensino Fundamental - Anos Finais é composto por 40 (quarenta)
questões e para o Ensino Médio é composta por 55 (cinquenta e cinco) questões,
sendo essas, elaboradas pelo(a) próprio(a) professor(a) de cada disciplina, que
posteriormente repassa para o(a) pedagogo(a) que monta o simulado.
O simulado terá peso total de 4,0 (quatro vírgula zero) pontos, sendo a prova
com valor 2,5 (dois vírgula cinco) e a produção textual com valor 1,5 (um vírgula cinco).
93
A nota que o aluno obtiver no simulado será utilizada por todos os professores,
como uma das avaliações para fechar a média bimestral do mesmo.
Os resultados obtidos pelo estudante no decorrer do ano letivo serão
devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de
documentação escolar.
Com relação a recuperação de estudos, esta é um direito do aluno,
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos, que o
mesmo adquiriu no decorrer do bimestre, sendo a sua oferta obrigatória. Como a
recuperação visa garantir a efetiva apropriação dos conteúdos básicos, deve ser
oportunizada a todos(as) os(as) estudantes, independente de estarem ou não com o
rendimento acima da média.
Compreende-se que a recuperação de estudos é composta de dois momentos
obrigatórios: a retomada de conteúdos e a reavaliação, ficando vetada a aplicação de
novo instrumento de reavaliação sem a retomada dos conteúdos.
Considerando que o processo de ensino-aprendizagem aponta para o pleno
desenvolvimento do estudante e que o processo de recuperação de estudos visa
recuperar 100% (cem por cento) dos conteúdos trabalhados, é vetado oportunizar um
único momento de recuperação de estudos ao longo do bimestre, bem como realizar
apenas a recuperação das provas escritas.
A recuperação de estudos deverá contemplar os conteúdos da
disciplina/componente curricular a serem retomados, utilizando-se de procedimentos
didáticos - metodológicos diversificados e de novos instrumentos avaliativos, com a
finalidade de atender aos critérios de aprendizagem de cada conteúdo.
Ela acontecerá de forma permanente e concomitante ao processo de ensino-
aprendizagem, ao longo de cada bimestre letivo.
A recuperação de estudos adotada por este estabelecimento de ensino é
substitutiva, sendo aplicado no mínimo 02 (zero dois) instrumentos de recuperação
por bimestre, prevalecendo sempre a maior nota, sendo obrigatória sua
anotação/inserção no Livro Registro de Classe e/ou Registro de Classe Online.
12.1 – Promoção
94
O aluno é considerado aprovado quando tiver frequência igual ou superior a
75% (setenta e cinco por cento) no cômputo geral do total de horas letivas, e a média
igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero), em cada disciplina, caso contrário o aluno
será considerado reprovado. Conforme previsto no Regimento Escolar
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental, e Ensino Médio, que apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados ao final do ano letivo.
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,
1ºB + 2ºB + 3ºB +4ºB = 6,0 ou mais, aliada à apuração da frequência.
4
Poderão ser promovidos por Conselho de Classe os(as) estudantes que
demonstrarem apropriação dos conteúdos mínimos essenciais e que apresentarem
condições de dar continuidade aos estudos nos anos/séries seguintes, desde que
tenham frequência superior à 75% (setenta e cinco por cento) do cômputo geral do
total de horas letivas.
A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de aprovação e
reprovação dos(as) estudantes, no entanto, suas frequências deverão ser
consideradas no computo geral mínimo de 75% para a aprovação.
Após cada bimestre acontece Assembleia geral e nesta é entregue o boletim,
com as notas bimestrais dos alunos, para os seus pais ou responsáveis
12.2 – Classificação
É um procedimento que a instituição de ensino adota, mediante avaliação, para
posicionar o aluno, independente da escolarização anterior, na etapa de estudos
compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquirido por meios formais
ou informais. Este processo tem caráter pedagógico e é centrado na aprendizagem
do aluno. Todos os trabalhos, provas, atas de reuniões bem como outros instrumentos
utilizados são arquivados na pasta individual do aluno, e os resultados obtidos são
registrados no Histórico Escolar do aluno.
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12.3 – Reclassificação
Destina-se ao aluno com matrícula e frequência no estabelecimento de
ensino, onde será avaliado o seu grau de desenvolvimento e experiência, levando em
conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos
compatíveis com sua experiência e desempenho, independentemente do que registre
o seu histórico escolar.
O processo de reclassificação poderá ser aplicado como verificação da
possibilidade de avanço em qualquer série/ano/bloco/carga horária da(s) disciplina(s)
do nível da Educação Básica, quando devidamente demonstrado pelo aluno, sendo
vedada a reclassificação para conclusão do Ensino Médio ou para etapas inferiores à
anteriormente cursada.
O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e juntamente
com as provas, deverão integrar a Pasta Individual do aluno. O resultado final do
processo de reclassificação realizado pela instituição de ensino será registrado no
Relatório Final, a ser encaminhado à Secretaria de Estado da Educação.
12.4 - Aproveitamento de Estudos
É um processo realizado com os alunos que concluíram com êxito os seus
estudos. A carga horária efetivamente cumprida pelo aluno, na instituição de ensino
de origem, será transcrita no Histórico Escolar, para fins de cálculo da carga horária
total do curso.
12.5 - Adaptação de Estudos de Disciplinas
É uma atividade didático-pedagógica desenvolvida sem prejuízo das atividades
previstas na Proposta Pedagógica Curricular, para que o aluno possa seguir o novo
currículo.
96
Para efetivação do processo de adaptação, o setor Responsável (secretaria
e equipe pedagógica) do estabelecimento de ensino deverá comparar o currículo,
especificar as adaptações a que o aluno estará sujeito, e elaborar junto ao docente
responsável pela disciplina, um plano próprio, flexível e adequado a cada caso. A
adaptação de estudos poderá ser realizada durante todo o período letivo e baseia-se
na Base Nacional Comum, levando em consideração que até a conclusão do curso, o
aluno deverá ter cursado, pelo menos, uma Língua Estrangeira Moderna.
Ao final do processo, a equipe escolar deverá elaborar a ata com os
resultados finais e registrá-los no Histórico Escolar do aluno e no Relatório Final
encaminhado à SEED.
12.6 – Regime de Progressão Parcial
A partir do ano letivo de 2008, este estabelecimento de ensino passou a não
mais contar com a Progressão Parcial, ou seja, o aluno que até então era reprovado
em até três disciplinas da série da qual estava cursando, poderia cursar nos períodos
subsequentes, as disciplinas nas quais havia reprovado. A partir daquele ano (2008),
o Colégio passou a ofertar a dependência somente aos alunos oriundos de
transferências de outras escolas que ofertam a progressão parcial, sendo cumpridas
mediante plano especial de estudos.
Quando houver impossibilidade da disciplina ser cursada em horário compatível
com o da série que o aluno estiver cursando, o professor deve estabelecer plano
especial de estudos, o qual constará na pasta individual do aluno.
13 – Proposta Pedagógica de Inclusão Educacional
Nas últimas décadas, uma questão desafiadora tem ocupado o centro dos
debates no processo educacional: a inclusão de alunos com necessidades
educacionais especiais.
O movimento mundial pela inclusão é uma ação política, cultural, social e
pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem
97
juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A educação
inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos
humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que
avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias
históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola.
Na atualidade, a escola regular é apontada como o local preferencial para a
escolarização formal de crianças e jovens com necessidades educacionais especiais.
Em contrapartida, serão oferecidos, sob a forma de complementação curricular, os
apoios e serviços especializados necessários a sua aprendizagem e desenvolvimento.
As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, de
2001, em seu artigo 2º, reafirmam o direito de todos à educação, inclusive das
crianças e dos jovens que não se encontram no sistema de ensino em função de suas
necessidades educacionais especiais, o que os diferencia da maioria dos alunos.
Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos. (MEC/SEESP, 2001).
A Declaração de Salamanca, de 1994, também estabelece que todas as
crianças devem aprender juntas, independente de quaisquer dificuldades ou
diferenças que possam ter.
Porém, a política de inclusão não deve ser realizada apenas pela
permanência física de crianças e jovens com necessidades educacionais especiais
na rede regular de ensino, compartilhando a mesma sala de aula com os demais
alunos.
O importante é que os alunos permaneçam na escola, disponham de tempo e de espaço para que possam desfrutar o que ela possa lhes oferecer, inclusive a oportunidade de adquirir conhecimentos, mas não apenas isso ou não fundamentalmente isso: que eles possam viver ali e agora uma experiência de cidadania, de convivência, de formação de valores sociais (MIRANDA, 2005, p. 642, citado por Sueli Fernandes).
A partir das contribuições da teoria sócio histórica temos como pressuposto
que todo e qualquer sujeito pode aprender, independente de sua condição, de sua
classe social ou de sua deficiência, e que esse aprendizado se dará nas diferentes
relações do sujeito com seu grupo social, mediadas pela ação de colegas e adultos
98
mais experientes. Caberá à escola, neste sentido, ser o espaço privilegiado para a
ampliação das experiências culturais da criança, abrindo-lhes novas possibilidades de
aprendizagem que não lhe são oferecidas, cotidianamente, em seu grupo social mais
imediato.
Visando a universalização do acesso às escolas, a inclusão, diz respeito à
melhoria da qualidade das nossas instituições de ensino aprendizagem, buscando um
novo olhar sobre a Educação Especial. O compromisso com a formação de nossos
alunos, a crença em seu potencial, a certeza de pertencer à comunidade escolar, onde
o respeito à diferença se constrói na experiência de relacionamentos e enriquece a
todos.
A inclusão educacional, porém, é mais que a presença física, é muito mais que
a acessibilidade arquitetônica, é muito mais que matricular alunos com deficiência nas
salas de aula do ensino regular, é bem mais que um movimento da educação especial,
pois se impõe como movimento responsável que não pode abrir mão de uma rede de
ajuda e apoio aos educadores, aluno e familiares. O fenômeno da inclusão não sendo
esclarecido pode ser uma inclusão precária, instável e marginal.
A inclusão educacional é um processo gradativo, dinâmico e em transformação,
que exige do Poder Público o absoluto respeito e reconhecimento das diferenças
individuais dos alunos e a responsabilidade quanto a oferta e manutenção dos
serviços mais apropriados ao seu atendimento, tais como, espaço físico adequado,
salas de apoio, interpretes, professores capacitados, etc.
13.1 – Professor de Apoio Educacional Especializado – PAEE
O Professor de Apoio Educacional Especializado – PAEE, é um profissional
com habilitação comprovada, para atuar junto as instituições de ensino da Educação
Básica e na Educação de Jovens e Adultos, da Rede Pública de Ensino do Estado do
Paraná, para atender os estudantes com diagnóstico médico de Transtorno do
Espectro Autista, com comprovada necessidade relacionada à sua condição de
funcionalidade para a escolarização e não relacionada à condição de deficiência.
A necessidade do PAEE se efetivará após comprovação, por estudo de caso,
conforme a situação escolar do estudante. Este profissional atuará como um agente
de mediação do aprendizado e escolarização, em caráter (intra) itinerante, ou seja,
99
dentro da própria escola, podendo atender a mais de um estudante, ou em diferentes
escolas, possibilidade esta analisada e avaliada pelo Departamento de Educação
Especial – DEE na Secretaria de Estadual da Educação – SEED.
A nível nacional, temos a seguinte legislação que ampara e regulamenta a vida
escolar dos alunos com Transtorno do Espectro Autista.
* Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, institui a Política Nacional de Proteção
dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. A referida lei no
Parágrafo único destaca:
“Em casos de comprovada necessidade, a pessoa com transtorno do espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular, nos termos do inciso IV do art.2º, terá direito a acompanhamento especializado”.
E no inciso IV do art.2º foi vetado e nas manifestações do veto orienta que
IV – a inclusão dos estudantes com transtorno do espectro autista nas classes comuns do ensino regular e a garantia de atendimento educacional especializado gratuito a esses educandos, quando apresentarem necessidades especiais e sempre que, em função das condições específicas, não for possível a sua inserção nas classes comuns de ensino regular, observado o disposto no Capítulo V (Da Educação especial) do Título V da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional).
* Decreto Federal nº 8.368, de 02 de dezembro de 2014, que regulamenta a Lei nº
12.764, de 27 de dezembro de 2012, artigo 4º, § 2º:
Caso seja comprovada a necessidade de apoio às atividades de comunicação, interação social, locomoção, alimentação e cuidados pessoais, a instituição de ensino em que a pessoa com transtorno do espectro autista ou com outra deficiência estiver matriculada disponibilizará acompanhante especializado no contexto escolar, nos termos do parágrafo único do art. 3º da Lei nº 12.764, de 2012.
E a nível de estado do Paraná, temos a Instrução Normativa nº 001/2016 –
SEED/SUED, que estabelece os critérios para a solicitação de Professor de Apoio
Educacional Especializado aos estudantes com Transtorno do Espectro Autista.
O PAEE, atuará de forma colaborativa com os professores das diferentes
disciplinas, para a definição de estratégias pedagógicas que favoreçam o acesso do
estudante ao currículo e sua interação com os colegas, desde a promoção de
condições de acessibilidade no contexto escolar até as modificações mais
significativas na organização da sala de aula, dos materiais e recursos pedagógicos
utilizados pelo estudante e pelo professor.
100
É vedado ao Professor de Apoio Educacional Especializado “construir” currículo
paralelo em sala de aula, ou seja, trabalhar conteúdos não previstos para o ano ao
qual o estudante está matriculado.
A frequência do estudante com Transtorno do Espectro Autista na instituição
escolar de ensino não está vinculada à presença do PAEE, sendo que, esse
atendimento não é substitutivo à escolarização ou ainda a frequências na Sala de
Recursos Multifuncionais. Ou seja, ressalta-se desta forma, a impossibilidade do
atendimento/PAEE acontecer em outros espaços da instituição escolar que não seja
a sala de aula de sua matrícula e da obrigatoriedade destes alunos participarem em
período de contra turno escolar da Sala de Recursos Multifuncional.
13.2 – Auxiliar-Operacional
A função de Auxiliar-operacional, é exercida por um profissional Agente
Educacional I, que realiza o acompanhamento dentro e fora da sala de aula de um
aluno que necessita de apoio e supervisão constante, devido aos seus problemas de
saúde e de comportamento, conforme encaminhamentos médicos e neurológicos.
São algumas das atribuições deste Auxiliar Operacional: zelar pela segurança
e bem-estar do estudante, atentando para eventuais sinais de alerta, tais como:
agressões físicas, acessos de raiva, desobediência em relação as figuras de
autoridade, não seguimento das normas e regras do estabelecimento, condutas
desafiantes; organizar uma agenda escolar com a rotina diária; acompanhar o
estudante em atividades extracurriculares e extraclasse quando solicitado; preencher
relatórios referentes a sua rotina de trabalho; participar de cursos, eventos, reuniões,
capacitações; agir como educador na construção de hábitos de preservação e
manutenção do ambiente físico, do meio ambiente e do patrimônio escolar; efetuar
outras tarefas necessárias ao estabelecimento de ensino, conforme função do Agente
Educacional I.
13.3 - Sala de Recursos Multifuncional
101
Através da Resolução nº 4952/06, o Colégio Estadual do Campo São Roque,
passou a contar a partir de 2006 com uma Sala de Recursos. Esta é uma sala de aula
destinada para o atendimento especializado, individualizado e de natureza
pedagógica aos alunos das Séries Finais, na área de Deficiência Intelectual e
Transtornos Funcionais Específicos.
A mesma, funcionava no período matutino, com 20 horas semanais, possuía
uma professora formada e especializada na área. Os alunos recebiam atendimento
individual de duas a quatro vezes por semana, com uma hora diária, em período de
contra turno.
O aluno deve frequentar a Sala de Recursos até que consiga superar as
dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem da Classe Comum.
A partir do ano de 2012, a Sala de Recursos passou a funcionar sob a nova
normativa da Secretaria de Estado da Educação / Superintendência da Educação,
através da Instrução nº 016/2011, que passou a estabelecer novos critérios para o
atendimento educacional especializado na Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, na
Educação Básica – que passou agora a abranger as áreas da deficiência intelectual,
deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos
funcionais específicos.
A Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação Básica é um
atendimento educacional especializado, de natureza pedagógica que complementa a
escolarização de alunos matriculados na Rede Pública de Ensino (Ensino
Fundamental e Médio), que apresentam dificuldades ou deficiências nas áreas
anteriormente citadas. Este atendimento especializado objetiva acompanhar o
desenvolvimento do aluno e traçar novas possibilidades de intervenção pedagógica.
A ação pedagógica da SRM deve respeitar todas as particularidades do aluno,
pois cada um é único em suas características, que dependem de uma série de fatores
dos aspectos de desenvolvimento físico e socioemocional. Apesar de suas
necessidades de aprendizagem acadêmica, os alunos nas diferentes áreas de
abrangência da Educação Especial trazem conhecimentos de vida bastante valiosos,
que precisam ser respeitados e valorizados. Assim, os professores, tanto da SRM,
quanto da classe comum, devem acreditar na potencialidade deste aluno, estimulando
a busca pelo conhecimento acadêmico, e intervindo positivamente no
102
desenvolvimento de suas habilidades cognitivas e adaptativas, propondo um plano de
intervenção pedagógica individualizado.
14 - Proposta Pedagógica de articulação entre os níveis de ensino
O Colégio Estadual do Campo São Roque, vem desenvolvendo junto aos
alunos um trabalho para facilitar a adaptação destes, para quando ingressarem nas
Séries Finais do Ensino Fundamental, bem como na primeira série do Ensino Médio.
14.1- Articulação entre os Anos Iniciais e Anos Finais do Ensino
Fundamental
Sabemos que os alunos passam nesta etapa de suas vidas por mudanças na
sua fase de desenvolvimento, portanto devemos estar levando em consideração este
início da adolescência, já que os mesmos estão passando por várias mudanças, tanto
biológicas quanto psicológicas.
Devemos desta forma, estar observando o perfil do professor que estará
trabalhando com estes alunos. O professor deverá estar se adaptando a esta faixa
etária, já que ainda são bastante dependentes e necessitam da presença e orientação
do educador para realizarem as atividades propostas.
Esta também é uma fase de adaptação e transição, onde os alunos estão
entrando em uma nova fase de suas vidas, e necessitam do apoio de toda a equipe
escolar para que possam ter sucesso nesta nova etapa que se inicia.
A grande maioria dos alunos que chegam no 6º ano do Colégio Estadual do
Campo São Roque, são alunos egressos da Escola Municipal Pedro Álvares Cabral.
Como estas duas escolas trabalham em dualidade administrativa, os alunos já
conhecem o espaço físico, a realidade da escola, os projetos, atividades extraclasse,
alguns colegas e professores, não estranhando tanto esta transição.
Este trabalho é desenvolvido seguindo as seguintes etapas/estágios:
* Ajuste de expectativas: Reunião com a direção, equipe pedagógica e professores
das duas redes de ensino para trabalhar a temática da passagem e fazer ajustes de
expectativas de aprendizagem. Os professores do 5º Ensino Fundamental comentam
103
sobre como os alunos deixarão o segmento, e os do 6º ano Ensino Fundamental,
sobre como esperam receber os estudantes. Apresentados os resultados, a equipe
escolar discute os ajustes e ações que serão necessários.
* Troca de informações: Nas horas atividades e nos dias de planejamento previstos
no Calendário Escolar, os professores do 5º e do 6º ano Ensino Fundamental
socializam experiências sobre as turmas, trocando informações dos alunos referentes
as suas dificuldades.
* Esclarecimento de dúvidas: No fim do ano, é promovido rodas de conversa entre os
alunos do 5º ano Ensino Fundamental e a equipe gestora da segunda etapa do Ensino
Fundamental para que eles tirem dúvidas.
* Acesso a relatórios e encaminhamentos: A equipe do colégio estadual tem acesso
as informações, encaminhamentos e relatórios individuais dos alunos do 5º ano do
Ensino Fundamental, para desta forma estarem conhecendo melhor os seus
educandos, e darem segmento aos trabalhados realizados em anos anteriores.
* Orientação aos pais: Na primeira semana de aula, os pais dos alunos do 6º ano, são
convidados para uma reunião a fim de que conheçam os professores e recebam
orientações sobre a nova rotina que os filhos terão. Desta forma estaremos
aproximando e envolvendo a família na educação e na vida escolar dos seus filhos.
* Recepção dos alunos: Nos primeiros dias de aula, toda a equipe deve ajudar na
adaptação. Já os professores auxiliam a classe a se organizar quanto às lições
previstas e aos materiais necessários.
* Formação Continuada: Realizar as Semanas Pedagógicas, Reuniões Pedagógicas,
e demais cursos de capacitação, juntamente com os professores do Estado e do
Município.
* Estímulo a leitura: as duas redes de ensino incentivarão durante todo o ano letivo, o
gosto pela leitura e trabalharão em todas as disciplinas, questões referentes a
interpretação, de forma lúdica.
* Horários de aulas: a rede municipal está determinando o horário das aulas, a partir
do 3º ano, para os alunos irem se habituando. Já a rede estadual, está priorizando
aulas germinadas, para evitar a fragmentação dos conteúdos.
104
14.2- Articulação entre os Anos Finais do Ensino Fundamental com
o Ensino Médio
Trabalho similar, também é realizado junto aos alunos do 9º ano. Como o
colégio oferta o Ensino Médio, a grande maioria dos alunos ingressos na 1ª série do
Ensino Médio, já são alunos do Colégio Estadual do Campo São Roque.
A direção e equipe pedagógica, juntamente com os professores, realizam um
acompanhamento e orientações a estes alunos, buscando prepará-los para esta nova
etapa de suas vidas.
15 - Proposta Pedagógica de formação continuada e valorização
profissional
É um princípio central na discussão do projeto político-pedagógico.
A qualidade do ensino ministrado na escola e seu sucesso na tarefa de formar
cidadãos capazes de participar da vida socioeconômica, política e cultural do país
relaciona-se estreitamente à formação (inicial e continuada), condições de trabalho
(recursos didáticos, recursos físicos materiais, dedicação integral à escola, redução
do número de alunos na sala de aula, etc), remuneração, elementos esses
indispensáveis à profissionalização do magistério.
Com relação a qualidade do ensino ministrado no Colégio Estadual do Campo
São Roque - Ensino Fundamental e Médio, é consenso entre todos da comunidade
escolar que, é de qualidade pois, todos são muito comprometidos com a escola e
principalmente com o ensino.
Podemos perceber isto, em um questionário recente realizado com os pais dos
nossos educandos, onde 98% dos mesmos, responderam que a escola está
cumprindo o seu papel de formar cidadãos críticos, conscientes, responsáveis e
atuantes na sociedade da qual vivem. E mostram-se satisfeitos com o nível e com a
qualidade do ensino ofertado aos seus filhos. Isto, deve-se principalmente ao
empenho e dedicação de toda a equipe escolar, que sempre tem se esforçado ao
máximo para atender a todas as necessidades que lhes são postas no dia a dia.
Para isto, buscam estar constantemente se aperfeiçoando, participando de
cursos, oficinas, grupos de estudos disponibilizados pela Seed, Nre e escola. Na
105
própria escola, trocam informações e experiências com os colegas de trabalhos,
buscando manter-se atualizados e em consonância com as mudanças e
transformações da sociedade. Daí a importância de os professores terem uma boa
formação inicial e continuada, para o sucesso escolar e a melhoria cada vez mais do
processo de ensino aprendizagem e da qualidade do ensino ministrada para os
nossos alunos.
16 - Proposta de articulação da família e a comunidade
16.1- Programa de combate a evasão escolar
O programa visa, por meio de ações integradas entre a escola e a rede de
proteção à criança e ao adolescente local, promover um trabalho conjunto em
combate ao abandono escolar.
Todo aluno que se ausentar da escola sem justificativa, num período de 5 dias
consecutivos ou, no período de dois meses/60 dias, 7 (sete) dias alternados, a escola
deverá entrar em contato com o aluno ou seus responsáveis para saber o motivo das
faltas.
A escola realizará a busca ativa deste aluno e esgotadas todas as formas e
tentativas de fazer com que o aluno faltoso retorne a escola, sem obtenção de êxito,
o responsável pelo Programa de Combate a Evasão Escolar no Núcleo Regional de
Educação – NRE - de Toledo deverá ser comunicado. Tal comunicado deverá ser
acompanhado da documentação e relatório de todas as ações realizadas pela
instituição de ensino na tentativa de garantir a permanência do aluno na escola. Com
estas informações a situação será verificada “in loco” pelo NRE, tomando
providências, junto ao Conselho Tutelar e demais órgãos de proteção do município,
em relação aos pais e/ou alunos, orientando-os, inserindo-os em programas sociais,
ou atendendo-os em outras situações que favoreçam o retorno do aluno às aulas.
Constata qualquer situação, este programa ficará encarregado de atender e
fazer os encaminhamentos necessários, com máxima urgência.
106
Será efetuado um Termo de Cooperação Técnica, envolvendo escola, NRE,
Conselho Tutelar e Ministério Público, na tentativa de garantir a permanência do aluno
na escola.
16.2 - Equipe Multidisciplinar
As Equipes Multidisciplinares são instâncias de organização do trabalho
escolar, preferencialmente coordenadas pela equipe pedagógica, e instituídas por
Instrução da SUED/SEED, de acordo com o disposto no art. 8º da Deliberação nº
04/06 – CEE/PR, com a finalidade de orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações
relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura
Afro-Brasileira, Africana e Indígena. Na perspectiva de contribuir para que o aluno
negro e indígena mire-se positivamente, pela valorização da história de seu povo, da
cultura, da contribuição para o país e para a humanidade.
A Equipe Multidisciplinar será composta a cada dois anos, até um mês após o
início do ano letivo. O trabalho da mesma tem como objetivo discutir a Educação das
Relações Étnico Raciais através dos grupos de estudos, debates, desenvolvendo
atitudes, posturas e valores que preparem os cidadãos para uma vida em sociedade,
frente às barreiras estabelecidas por séculos de preconceitos, estereótipos e
discriminações que fecundaram o terreno para a dominação de um grupo racial sobre
outro, de um povo sobre outro.
A tarefa é proporcionar aos alunos uma educação compatível com uma
sociedade democrática, multicultural e pluriétnica. Assim, durante o período letivo, a
equipe multidisciplinar promove cursos, seminários, oficinas, exposições,
apresentações artísticas e culturais, garantindo a participação da comunidade escolar.
Em anexo segue Plano da Equipe Multidisciplinar deste colégio.
17 - Estágio não obrigatório
Segundo o Item 1 da Instrução Nº 006/2009 – SUED/SEED “o Estágio, é um
ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas
atividades devem ser adequadas às exigências pedagógicas relativas ao
107
desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do educando, de modo a prevalecer sobre
o aspecto produtivo”.
O estágio não-obrigatório tem como objetivo contribuir para a formação do
aluno no desenvolvimento das atividades relacionadas ao mundo do trabalho,
oportunizando uma experiência profissional diversificada no que diz respeito a sua
formação integral, garantindo-lhes a contextualização entre os saberes e os
fenômenos comuns, objeto de estudo de cada ciência ou área de conhecimento
específico.
O Estágio se distingue das demais atividades educativas por ser o momento
de inserção do aluno no mundo do trabalho, tem como objetivo contribuir para a
formação do aluno na articulação entre a teoria e a prática.
Podem ser estagiários os estudantes devidamente matriculados e que estejam
frequentando o ensino nas instituições de ensino que ofertem Cursos da Educação
Profissional, do Ensino Médio, inclusive a modalidade de Educação de Jovens e
Adultos, da educação Especial e dos anos finais do ensino Fundamental
exclusivamente na modalidade Profissional da Educação de Jovens e Adultos.
Para a prática do estágio não-obrigatório é exigida a idade mínima de 16
(dezesseis) anos.
O Estágio Profissional Supervisionado, de caráter não-obrigatório, previsto na
legislação vigente, deve ser planejado, executado e avaliado de acordo com as
atividades educativas previstas, considerando os dispositivos da legislação
específica:
- Lei nº 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
- Lei N° 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;
- Lei Nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, em
especial os artigos, 63, 67 e 69 entre outros, que estabelece os princípios de proteção
ao educando;
- O Art. 405 do Decreto Lei que aprova a Consolidação das Leis do Trabalho- CLT,
que estabelece que as partes envolvidas devem tomar os cuidados necessários para
a promoção da saúde e prevenção de doenças e acidentes, considerando
principalmente, os riscos decorrentes de fatos relacionados aos ambientes, condições
e formas de organização do trabalho;
- Deliberação N° 02/2009 – do Conselho Estadual de Educação e
108
- Instrução Nº 006/2009 – SUED/SEED.
18 - Proposta de Avaliação Institucional
Avaliação Institucional abrange toda a Educação Básica do Paraná e tem como
objetivo identificar fatores que facilitam e que dificultam a qualificação das instituições
estaduais de educação e da rede estadual de ensino. Passam por essa avaliação a
Secretaria de Estado da Educação, os Núcleos Regionais de Educação e as
instituições de ensino.
Avaliação Institucional tem como objetivo sinalizar os fatores que facilitam e/ou
dificultam o processo democrático.
Este sistema potencializou no interior da escola e da comunidade escolar, a
necessidade de se construir mecanismos próprios de avaliações institucionais, mas,
além disto, de se construir um consenso sobre a importância de sua manutenção e da
sua continuidade como premissa de qualidade de uma escola que busque garantir a
todos não apenas o acesso e permanência, mas também a aprendizagem com
qualidade.
A Avaliação Institucional busca envolver todos os profissionais da educação da
rede pública do estado do Paraná, num movimento de autoavaliação institucional da
escola. Sendo possível avaliar a escola na sua totalidade em razão da participação
de todos os segmentos no processo: direção, equipe pedagógica, professores,
agentes educacionais I e I, alunos e comunidade.
19 - Proposta de Avaliação do Projeto Político Pedagógico
A avaliação do Projeto Político Pedagógico deve ser contínua para ajustar as
ações propostas pela comunidade escolar e sua adequação aos dispositivos legais.
O PPP do referido colégio será avaliado anualmente pelo grupo de professores, pais,
alunos, funcionários, APMF, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, Direção e Equipe
Pedagógica revendo os resultados obtidos pela escola em sua função de propiciar a
109
formação integral dos alunos e assegurar o acesso, a permanência e o sucesso
escolar na aprendizagem.
Cabe a escola adotar mecanismo de acompanhamento via discussões e
reflexões das práticas pedagógicas educacionais, na gestão participativa de pessoas
e na gestão de apoio, recursos físicos e financeiros, propondo planos de melhoria,
visando reorganizar e articular as ações de trabalho escolar.
Através do princípio da gestão participativa, é importante fazer com que a
escola, seus educadores, funcionários, alunos, pais, comunidade e instâncias
colegiadas, repensem as práticas cotidianas, revendo ideias, concepções e atuando
de forma consciente, revendo ações e rompendo paradigmas que interferem na
escola.
20 - Proposta de Complementação de Carga Horária
Conforme a legislação Estadual vigente sobre a complementação de carga
horária a Instrução nº 05/2014 SEED/SUED esclarece sobre as atividades de cunho
pedagógico incluídas no PPP da instituição de ensino. Estas exigem frequência dos
alunos, sob a efetiva orientação dos professores, podendo ser realizadas em sala de
aula ou outros locais pedagogicamente adequados ao processo de ensino
aprendizagem.
Já a Deliberação nº 02/2000 CEE/PR e o Parecer nº 631/97 CEE/PR tratam
sobre o trabalho escolar dos docentes que não pode ser contado como horas letivas
pela exigência da presença física dos alunos. Portanto para garantir a carga horaria
mínima exigida que é de 800 horas, segue em anexo o calendário próprio previsto
com devidas atividades e datas a serem cumpridas por esta instituição de ensino.
21 - Programas adotados pela instituição
21.1 - Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo
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As Aulas de Especializadas de Treinamento Esportivo (AETEs), visam
possibilitar aos alunos da rede pública do estado do Paraná, o acesso à prática
esportiva nas diversas modalidades, visando o pleno desenvolvimento de suas
habilidades específicas. Além de, promover a descoberta e desenvolvimento de
talentos esportivos, possibilitando desta forma a formação de equipes competitivas
para a participação nos Jogos Escolares do Paraná e outros eventos similares.
Estas aulas possuem uma carga horária semanal de 4 horas/aulas, distribuídas
em, no mínimo, 2 dias por semana e são ofertadas exclusivamente para os alunos
regularmente matriculados neste estabelecimento de ensino e que queiram e mostram
interesse em participar. Somente poderão participar alunos que estudam em período
de contraturno a realização do projeto.
Neste ano, o Colégio Estadual do Campo São Roque, está ofertando uma
turma de AETE, na modalidade do voleibol.
21.2 - Programa Ensino Médio Inovador
O Ministério da Educação com o objetivo de garantir o acesso à educação de
qualidade aos jovens do ensino médio vem ampliando suas ações, por meio de
políticas/programas que atendam de maneira efetiva este público. Para isto, tem
desenvolvido ações conjuntas com Estados e Distrito Federal, de forma a criar as
condições necessárias para a melhoria da qualidade dessa etapa da Educação
Básica.
O Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI), instituído pela Portaria nº. 971,
de 09/10/2009, foi criado para provocar o debate sobre o Ensino Médio junto aos
Sistemas de Ensino Estaduais e do Distrito Federal, fomentando propostas
curriculares inovadoras nas escolas do ensino médio, disponibilizando apoio técnico
e financeiro, consoante à disseminação da cultura de um currículo dinâmico, flexível
e compatível com as exigências da sociedade contemporânea.
O ProEMI, integra as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE),
como estratégia do Governo Federal para induzir a reestruturação dos currículos do
Ensino Médio, compreendendo que as ações propostas inicialmente vão sendo
incorporadas ao currículo das escolas, ampliando o tempo na escola e a diversidade
de práticas pedagógicas, atendendo às necessidades e expectativas dos estudantes
do ensino médio.
O ProEMI possui oito macrocampos, a saber:
111
- Acompanhamento Pedagógico (Linguagens, Matemática, Ciências Humanas e
Ciências da Natureza)*;
- Iniciação Científica e Pesquisa*;
- Leitura e Letramento*;
- Línguas Estrangeiras;
- Cultura Corporal;
- Produção e Fruição das Artes;
- Comunicação, Cultura Digital e uso de Mídias;
- Participação Estudantil**.
* macrocampo obrigatório pelo Documento Orientador do Programa Ensino Médio Inovador pelo MEC. ** macrocampo obrigatório pela proposta da Secretaria de Estado da Educação.
É importante ressaltar, que os macrocampos não se configuram como
conteúdos ou disciplinas. Eles são apenas componentes de organização de ações
conforme interesse e precisam estar articulados às disciplinas e aos conteúdos
disciplinares.
A proposta do ProEMI, não deve desvalorizar os conhecimentos específicos de
cada disciplina, mas sim, pela via da integração devem superar a fragmentação
excessiva dos “saberes escolares” de forma que estes colaborem para a formação
multidimensional dos estudantes.
O movimento de integração curricular parte necessariamente do conhecimento
específico (disciplinar) para, então, dialogar com outros conhecimentos, expandindo
as possibilidades de conexões com outras áreas, de acordo com as Diretrizes
Curriculares Estaduais de cada disciplina. Em suma, o ProEMI não se sustenta sobre
saberes e projetos vagos mas, ao contrário, presume planos bem elaborados e com
ações planejadas a partir de um ou mais conteúdos relacionados a uma ou mais
disciplinas escolares.
Nos anos letivos de 2014 e 2015, o colégio desenvolveu as seguintes
atividades dentro do ProEMI:
* Acompanhamento Pedagógico – disciplina principal: sociologia; Formação
educacional e mercado de trabalho: aprofundando o conhecimento dos estudantes de
ensino médio para a transição Ensino Médio/Ensino Superior/Mercado de Trabalho.
* Comunicação, Cultura Digital e uso de Mídias – disciplina principal: Arte; Cinema,
cenário, enquadramento, fotografia, Stop Motion e Pixilation.
112
* Iniciação científica e pesquisa – disciplina principal: Química; trabalhar a teoria
através de aulas práticas, com experimentos, para que o aluno consiga compreender
a Química com mais facilidade.
* Leitura e Letramento – disciplina principal: História e Língua Portuguesa; Contexto
histórico da mineração no Brasil; Arcadismo brasileiro: principais autores e obras do
período; Projeto literário do período.
* Participação Estudantil – disciplina principal: Educação Física; Trabalhar conceitos
elementares sobre a dança (Dança Folclórica, Dança de Salão, Dança Criativa),
possibilitando ao aluno o estudo sobre a mesma relacionando à expressão corporal e
a diversidade de culturas, além de compreender a dança como mais uma
possibilidade de dramatização e expressão corporal.
21.3 – JAA (Jovem Agricultor Aprendiz)
O Programa Jovem Agricultor Aprendiz - JAA foi elaborado pelo Senar-PR
diante da necessidade de proporcionar aos jovens do meio rural conhecimento e
qualificação de aprendizagem profissional rural.
O JAA oferece a adolescentes e jovens com idade de 14 a 18 anos,
filhos/família de produtores ou trabalhadores rurais, formação necessária para que
desenvolvam criatividade, habilidades práticas a serem aplicadas em seus lares,
propriedades e no seu desenvolvimento pessoal.
O programa tem por objetivo informar aos jovens rurais sobre suas
oportunidades no campo, qualificando-os profissionalmente, despertando uma visão
empresarial e capacidade empreendedora.
O Programa compreende primeiramente um módulo geral “Mundo do trabalho
e geração de rendas: Gestão Rural”, com carga horária de 144 horas dividido em
conteúdos básicos (gestão pessoal) e conteúdos específicos (agrossilvipastoril). As
aulas são em período de contraturno, distribuídas em encontros de 04 horas semanais
e o número de participantes pode variar entre 15 a 25 alunos por turma. Os
participantes que atingem o total de 80% de frequência, recebem, ao término,
certificado de aprendizagem.
Após concluírem esta primeira fase, os alunos interessados poderão inscrever-
se para a próxima etapa e estar cursando módulos específicos, que são:
- Pecuária Leiteira - 80 horas
113
- Agroecologia Agricultura Orgânica - 80 horas
- Olericultura Geral - 80 horas
- Mecanização - 96 horas
- Fruticultura - 80 horas
- Cana-de-açúcar - 80 horas
Estas aulas também são distribuídas em encontros de 04 horas semanais,
sendo que o número de participantes agora varia entre 10 a 15 alunos por turma. E
para receber o certificado de aprendizagem, ao término do curso, o aluno deverá ter
no mínimo 80% de frequência.
O Programa está estruturado em módulos, e além dos conteúdos teóricos
ministrados, são criadas situações concretas ou simuladas para o desenvolvimento
das competências requeridas e para a formação do educando.
As técnicas de ensino utilizadas são pensadas para atender a heterogeneidade
da turma, visto que cada um tem uma necessidade e uma forma própria de aprender.
A reflexão, a análise e os estudos na família, na comunidade e na escola, sobre
questões de cada propriedade, são estimulados. O aluno é convidado a experimentar
em casa o apreendido em sala de aula. Desta forma realiza constantemente um
movimento de articulação entre teoria e prática, refletindo sobre a ação e na ação.
As aulas são ministradas por um instrutor, geralmente agrônomo, contrato pelo Senar.
O JAA, nasceu para tentar suprir alguns problemas identificados nas
propriedades rurais, tais como:
- Ausência de conhecimento das famílias rurais para corrigir ineficiências na execução
das atividades agropecuárias;
- Necessidade de melhorar o desempenho no trabalho e incrementar a sua
produtividade;
- Ausência de oportunidades para jovens no meio rural, levando ao êxodo rural;
- Ausência de qualificação profissional no meio rural;
- Necessidade de valorização do agropecuário junto ao público jovem.
O colégio, por localizar-se numa região essencialmente agrícola e por ter a
grande maioria dos seus alunos advindos de famílias que encontram no campo o seu
meio de sobrevivência, buscou uma parceria com o Senar e deu a oportunidade aos
alunos a participarem deste programa
114
21.4 - CELEM (Centro de Língua Estrangeira Moderna)
O CELEM, possui duração de dois anos, com carga horária anual de 160 (cento
e sessenta) horas/aulas, perfazendo um total de 320 (trezentos e vinte) horas/aula ao
final do curso.
No CELEM, como no ensino regular, para o aluno ser considerado aprovado e
receber a certificação de conclusão, deverá apresentar uma frequência mínima de
75% do total de horas letivas e ter uma média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula
zero).
A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno. É realizada em função dos conteúdos, utilizando
métodos e instrumentos diversificados.
A recuperação de estudos também é um direito dos alunos matriculados
no CELEM, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos e
dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e
aprendizagem.
A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio
de procedimentos didático-metodológicos diversificados e registrados no Livro
Registro de Classe da turma.
O Colégio Estadual do Campo São Roque, oferta o CELEM de Língua
Espanhola e de Língua Inglesa, para os alunos regularmente matriculados tanto no
Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio.
A comunidade também poderá usufruir dos cursos, num total de até 30%
das vagas sobre o número máximo de alunos por turma, desde que
comprovada a conclusão dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
21.5 – Programa Brigada Escolar: defesa civil na escola
A SEED, juntamente com a Defesa Civil Estadual e o Corpo de Bombeiros
Militar, implementam a Brigada Escolar, como medida preventiva, visando a
115
segurança da comunidade escolar, em conformidade com a instrução 24/2012 –
Seed/Sued.
Este programa está sendo implantado ano nas escolas da rede, com o objetivo
de capacitar os servidores públicos para situações de emergência, tais como:
incêndio, desastres naturais, artefatos explosivos, sequestros, primeiros socorros,
bem como para a sua prevenção.
Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após
terem vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, daí
a importância de o Programa optar em iniciar este trabalho de conscientização e
prevenção de toda a espécie de riscos, sejam eles de cunho natural ou de outra
espécie como acidentes pessoais e incêndios, entre outros, dentro do ambiente
escolar. É aí, na escola, onde se espera atenuar os impactos, promovendo mudanças
de comportamento, visto que crianças e adolescentes são mais receptíveis, menos
resistentes a uma transformação cultural e potencialmente capazes de influenciar
pessoas, atuando como multiplicadores das medidas preventivas.
Se toda a comunidade estiver preparada saberá enfrentar as adversidades e riscos
tanto naturais quanto humanos, com mais tranquilidade e de forma mais organizada,
além de prevenir possíveis situações danosas do dia a dia.
A brigada escolar é formada por um grupo de 5 pessoas que atuam neste
estabelecimento de ensino e atuará em situações emergenciais. Os componentes
desta brigada passaram por cursos de formação e de noções de primeiros socorros e
estarão repassando aos demais profissionais da educação que atuam no colégio.
Segue em anexo, documento e plano de ação da Brigada Escolar.
21.6 – Viagens e Visitas Técnicas
Ao longo do ano letivo os professores e equipe escolar, realizam vários
passeios e visitas técnicas com a finalidade de aprofundar os conhecimentos e
conteúdos trabalhados em sala de aula. A realização destas viagens, são de extrema
relevância, pois os alunos possuem a oportunidade de observar e de conhecer na
prática/realidade a teoria estudada em sala.
A seguir algumas viagens e visitas técnicas realizadas ao longo do ano:
* pontos turísticos capital e do litoral paranaense;
116
* pontos turísticos de Foz do Iguaçu (Paraná);
* Universidades e Faculdades da região;
* UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná);
A Proposta Pedagógica destas visitas, encontra-se em anexo a este PPP.
22 - Plano de Ação da Instituição
O Plano de Ação da escola consiste em um instrumento de trabalho dinâmico
com o intuito de propiciar ações, ressaltando seus principais problemas e os objetivos
dentro de metas a serem alcançadas, com critérios de acompanhamento e avaliação
pelo trabalho desenvolvido. A elaboração do Plano de Ação da escola também é o
momento de planejar para rever a prática educativa por todo o coletivo escolar. Nesse
sentido, o planejamento dos objetivos, metas, ações e resultados esperados devem
ser seguidos pela equipe de gestão, no início do ano letivo, prevendo os desafios a
serem enfrentados no decorrer do ano, em conformidade com o diagnóstico dos
indicadores da qualidade da educação.
As grandes transformações pelas quais vem passando a sociedade neste início
de século têm se refletido com intensidade na vida das pessoas, desafiando as
organizações e as instituições para a necessidade de mudanças radicais em seus
propósitos, em suas políticas, em suas estruturas e em seus procedimentos.
Na verdade, estamos vivendo a pós-modernidade, marcada pela incerteza e
pela provisoriedade, na qual a mudança na concepção do conhecimento traz como
conseqüência novos significados na economia, na produção e nas inúmeras outras
áreas que compõem o social. Todos esses fatos concorrem para a mudança dos
quadros de referência em que as pessoas e a sociedade em geral estavam apoiadas.
A própria ciência, que sempre trabalhou com certezas e definições, tem de enfrentar
agora uma difícil realidade: a relatividade do conhecimento e o seu caráter provisório
e contestável.
Certamente, respostas prontas não existem para desencadear um processo de
mudança nos termos em que ela deve ser concebida. Mesmo porque a mudança
somente ocorre como produto das consciências que foram despertadas e da vontade
das pessoas em encontrar melhores caminhos para o que estão realizando, sabendo
117
ainda que esse envolvimento será conflituoso e repleto de tensões. Além
disso, não se efetivam mudanças sem que haja rupturas e elas terão de ser
produzidas no contexto real em que se dá o processo. São produtos de uma realidade
concreta, portanto, não existem manuais que mostrem como proceder.
Em todas as áreas, mas sobretudo na educação, o caminho se faz ao andar. A
grande descoberta é que não há exemplos prontos e fechados para seguir, mas um
horizonte social que inclui um conjunto de princípios que servem de rumo em dada
realidade e uma proposta metodológica que torne possível a aproximação desse
horizonte.
Abaixo segue o Plano de Ação desta instituição.
Linha de ação da Gestão Democrática
1 - Conselho Escolar
AÇÃO
- Apresentação do P.P.P. e do Plano de Ação da escola aos membros do Conselho
Escolar, bem como esclarecer sobre a finalidade e especificidade do Conselho.
OBJETIVOS
- Instrumentalizar o Conselho Escolar afim de que exerça sua função pedagógica e
possa deliberar de acordo com a realidade da comunidade escolar.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
- Participação na Semana Pedagógica;
- Reuniões ordinárias;
- Reunião bimestral, com APMF e Grêmio Estudantil;
- Ajudar a gerenciar os recursos financeiros da escola;
- Ajudar nos encaminhamentos pedagógicos e disciplinares dos alunos;
- Participar na elaboração do planejamento anual da escola.
Sugestões:
- Estudo, análise e reflexão (capacitação) do papel do Conselho de Escolar;
- Reuniões ordinárias;
- Conhecer a concepção teórica que fundamentam as funções do Conselho Escolar;
- Dinamizar ações para que o Conselho de Escolar possa atuar como instrumento de
gestão democrática colegiada.
CONDIÇÕES/RECURSOS
118
-Estatuto do Conselho Escolar, P.P.P., Plano de Ação da Escola;
- Sala para reuniões;
- Cópias dos documentos.
RESPONSÁVEIS
- Direção; Eq. Pedagógica; Membros do Cons. escolar.
CRONOGRAMA
- Fevereiro e durante o ano letivo, datas em cada mês.
2 - Conselho de Classe
AÇÃO
- Processo do Conselho de Classe
OBJETIVOS
- Coordenar e organizar os encaminhamentos das etapas do processo do Conselho
de Classe em vista da qualidade do ensino-aprendizagem de todos os alunos;
- Estudo coletivo de textos que fundamentam novas formas de organização do
Conselho de Classe.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
- Organização do Conselho de Classe: estudos, agenda, instrumentos de registros;
- Pré-conselho, feito em sala de aula com os alunos, coordenado pelo professor
regente e/ou pedagogo;
- Levantamento dos problemas de cada turma e alunos identificando-os e respectivos
registros das informações;
- Realização dos Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de
direção, da equipe pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa de
alunos e pais de alunos por turma;
- Análise dos problemas e tomada de decisões;
- Planejar as ações a serem encaminhadas após o Conselho de Classe;
- Organizar a comunicação dos resultados aos alunos e famílias;
- Temos também a possibilidade de realizarmos o conselho juntamente com a direção,
equipe pedagógica, professores, alunos e pais ou responsáveis. Desta forma os
professores possuem a possibilidade de estar conversando diretamente com os
alunos e pais e vendo, junto com os mesmos, o que pode ser feito para melhor ainda
mais o processo de ensino-aprendizagem e formação de novos conhecimentos;
119
- Seleção e estudo de textos que propõe experiências e formas de encaminhamentos
contemplando a busca de soluções coletivas de encaminhamentos com ênfase a
melhoria do processo de ensino-aprendizagem.
CONDIÇÕES/RECURSOS
- Disponibilidade do horário no calendário;
- Textos e relatos de experiências de pesquisas publicadas, regulamento interno,
papel, regimento, legislações.
RESPONSÁVEIS
- Diretor, equipe pedagógica e docentes.
CRONOGRAMA
- Nos bimestres do ano letivo;
- Datas do Conselho de Classe previstas no calendário escolar.
3 – APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários
AÇÃO
- Mobilização dos membros da APMF a fim de estudar os estatutos da APMF;
- conhecer a Projeto Político Pedagógico da escola bem como ajudar na sua
reelaboração.
OBJETIVOS
- Fazer a integração comunidade/escola/pais, com o intuito de efetivar as ações
propostas no P.P.P. e no plano de ação da escola.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
- Reuniões (Assembléias) Debates; Leituras; Grupo de estudos; Explanações,
promoções e eventos;
- Realizar eventos, a fim de estar arrecadando fundos, para melhorar as condições
materiais e pedagógicas da escola, melhorando assim as condições de trabalho dos
docentes;
- Participar na elaboração do plano de ação da escola.
CONDIÇÕES/RECURSOS
- Estatuto da APMF; Palestrante; Salas; transparências; cópias de documentos.
RESPONSÁVEIS
- Diretor, equipe pedagógica e diretoria da APMF.
CRONOGRAMA
120
- No decorrer do ano letivo.
4 - Representante de Turma
AÇÃO
- Formação de liderança – perfil de um líder;
- Escolha dos representantes de turma;
- Preparo dos alunos para o exercício de liderança;
- Trabalho com todos os alunos, nas diversas disciplinas, sobre os conceitos de
representação, democracia, cidadania, liderança e outros que contemplam gestão
democrática;
- Envolvimento e participação direta com os integrantes do Grêmio estudantil
OBJETIVO
- Estudar, preparar e oportunizar o exercício da liderança;
- Vivenciar a prática da democracia através de seu exercício através de representante
de turma, visando desenvolver a participação, iniciativa, representatividade,
mobilização, criatividade e outros componentes da prática da gestão democrática;
estabelecer metas e objetivos, juntamente com a turma
DETALHAMENTO DA AÇÃO
- Além do conselheiro e vice-líder sugere-se a contribuição de dois conselheiros que
discutirão com o(a) líder as ações a serem desenvolvidas pela turma.
CONDIÇÕES/RECURSOS
- Previsão de horário e dias para realização das atividades;
- Preparo do professor pedagogo;
- Uso de recursos visuais para facilitar a explicitação.
RESPONSÁVEIS
- Equipe pedagógica e professor regente de classe e outros professores das
disciplinas.
CRONOGRAMA
Escolha do líder e vice-lider de cada turma no início do ano letivo;
Acompanhamento das atividades e ações ao longo de todo o ano.
5 - Grêmio Estudantil
AÇÃO
121
- Mobilização do Grêmio estudantil para pequenas reformas na escola.
- Formação continuada sobre Liderança e processo da instituição;
- Elaboração da proposta de trabalho do Grêmio Estudantil Gestão 2016 - 2017;
- Mobilização para elaboração do Jornal da Escola com produções dos alunos;
- Organização e participação em eventos e atividades esportivas e culturais (Fescutil,
Projeto Terra Limpa, Jogos de integração, Gincana Cultural,...)
OBJETIVOS
- Melhorar a estrutura física da escola, visando um ambiente acolhedor e propício à
aprendizagem;
- Desenvolver o senso de responsabilidade nos alunos, fazendo com que percebem a
importância de suas ações para a escola.
- Mobilizar a comunidade escolar para a elaboração do Jornal da Escola visando
divulgar produções dos alunos;
- Orientar os alunos integrantes do Grêmio estudantil para que realizem um
diagnóstico sobre as necessidades de formação continuada dos estudantes, entre
outras;
DETALHAMENTO DA AÇÃO
- Divulgação da proposta pelos integrantes do grêmio juntamente com a comunidade
escolar;
- Arrecadação de recursos junto a comunidade e os diferentes segmentos da
sociedade;
- Envolvimento dos discentes da escola: divulgação nas salas de aula, trabalho de
conscientização, fiscalização e conservação;
- Envolvimento dos pais, APMF e CE para efetivação dos trabalhos.
CONDIÇÕES/RECURSOS
- Arrecadação de materiais junto a comunidade escolar e demais segmentos da
sociedade;
- Promoções.
RESPONSÁVEIS
- Integrantes do Grêmio estudantil (diretoria);
- Direção e equipe pedagógica
CRONOGRAMA
122
- Durante todo o ano letivo, no horário de contra-turno e em alguns horário de aulas
pré-agendados.
6 - Participação dos Pais
AÇÃO
- Mobilização e participação dos pais no cotidiano escolar e no processo educativo;
OBJETIVOS
- Assegurar melhorias no processo ensino-aprendizagem, na conservação do prédio
e do espaço físico e na viabilização de eventos culturais complementares ao processo
educativo.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
- Fevereiro – Análise do regimento interno e comprometimento das partes, (pais,
alunos, professores e funcionários).
- Março – Definir com o grupo os encontros periódicos para debates, estudos,
atividades esportivas, confraternização, etc.
CONDIÇÕES/RECURSOS
- Pesquisar e propor horário para encontros e estabelecer parcerias;
- Espaço físico, espaços da comunidade.
RESPONSÁVEIS
- Direção e eq. pedagógica; Conselho Escolar; APMF;
- Representantes de pais e dos alunos.
CRONOGRAMA
- Ao longo de todo o ano letivo, conforme datas estabelecidas previamente.
Linha de ação da Proposta Pedagógica
7 - Organização e implantação da proposta das disciplinas – Ensino
Fundamental
AÇÃO
- Tomar conhecimento das DCEs do estado do Paraná, através de leitura, discussões,
proposição e reelaboração da proposta pedagógica, junto ao corpo docente;
- reelaboração e análise da proposta pedagógica das disciplinas do Ensino
Fundamental.
OBJETIVO
123
- Ouvir o corpo docente sobre a proposição dos conteúdos curriculares contidos na
proposta;
- Selecionar os conteúdos de acordo com o diagnóstico existente para o atendimento
das necessidades dos discentes;
- Elaborar a proposta pedagógica das disciplinas que compõem a matriz curricular do
Ensino Fundamental a partir das orientações curriculares do Estado do Paraná,
considerando os aspectos estruturantes: objeto de estudo, pressupostos teóricos,
critérios de seleção dos conteúdos e práticas avaliativas;
- Implantar a proposta pedagógica considerando a especificidade de cada disciplina,
série e turmas.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
- Utilização da hora-atividade e espaços a serem disponibilizados diante das
necessidades de estudo, análise e reflexão para a proposição de uma ação voltada
para a realidade;
- Estudo e análise das orientações curriculares das disciplinas;
- Sistematização da proposta a partir da apresentação de um roteiro organizador.
RECURSOS
- PTD – Plano de Trabalho Docente;
- PPC – Proposta Pedagógica Curricular;
- PPP – Projeto Político Pedagógico;
- DCE - Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná
RESPONSÁVEIS
- Direção, equipe pedagógica e professores.
CRONOGRAMA
- Datas do calendário letivo onde estão previstas as Capacitações e Reuniões
Pedagógicas.
8 - Organização e implantação da proposta das disciplinas – Ensino
Médio
AÇÃO
- Organização e implantação da proposta das disciplinas do Ensino Médio.
OBJETIVOS
124
- reelaborar a proposta pedagógica a partir das diretrizes curriculares da SEED,
adequado-as a realidade do estabelecimento de ensino.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
- Leitura e análise do P.P.P, diretrizes curriculares e planejamento do ano anterior;
- Adequar, selecionar e priorizar os conteúdos considerados significativos para a
realidade do estabelecimento de ensino e série.
CONDIÇÕES/RECURSOS
- PTD – Plano de Trabalho Docente;
- PPC – Proposta Pedagógica Curricular;
- PPP – Projeto Político Pedagógico;
- DCE - Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná
RESPONSÁVEIS
- Direção e equipe pedagógica e professores.
CRONOGRAMA
- Capacitações e Reuniões Pedagógicas previstas no calendário.
9 - Práticas avaliativas
AÇÃO
- Estudo, análise e reflexão do processo (sistema) de avaliação.
- Estudo de textos que fundamentam a proposta de avaliação previstas no PPP e
Regimento Escolar;
- Relato de experiências bem sucedidas entre os professores nas diferentes
disciplinas.
OBJETIVOS
- Repensar o processo avaliativo inserido na prática pedagógica;
- Estudar a proposta de avaliação do PPP e textos teóricos que auxiliam a
compreensão da concepção de avaliação e possíveis alternativas para a prática;
- Oportunizar momentos para relato de experiências de práticas avaliativas entre os
professores e as respectivas disciplinas.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
- Leitura e reflexão do sistema de avaliação;
- Estudo do texto de avaliação presente no PPP
125
- Intervenção se necessária para buscar soluções ao processo de ensino-
aprendizagem.
CONDIÇÕES/RECURSOS
- Textos do PPP e sobre avaliação;
- Dados expressos em gráficos a partir dos dados do SERE.
RESPONSÁVEIS
- Direção e equipe pedagógica.
CRONOGRAMA
- Reunião Pedagógica inicial, a cada Conselho de Classe e prever outras datas no
decorrer do ano conforme necessidade.
10 - Recuperação de estudos: de forma permanente e concomitante
AÇÃO
- Leitura do PPP e do Regimento Escolar, no início do ano letivo, referente a
recuperação de estudos, após a leitura combinar coletivamente a sistematização.
OBJETIVOS
- Desenvolver o plano de recuperação;
- Proporcionar uma aprendizagem significativa aos alunos que apresentam
dificuldades de aprendizagem, em vista da melhoria de seu rendimento escolar.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
- Retomada de conteúdos utilizando metodologias diferenciadas, contando com ajuda
do Pedagogo se necessário.
CONDIÇÕES RECURSOS
- Sala de aula;
- notebook, projetor.
RESPONSÁVEIS
- Professores de cada disciplina conforme necessidade.
CRONOGRAMA
- Durante todo o ano letivo.
11 - Reuniões Pedagógicas
AÇÃO
- Socialização de conhecimentos e informações.
126
OBJETIVOS
- Ler, estudar e analisar textos relacionados a educação, promovendo aos professores
novas possibilidades de adquirir conhecimentos e compartilhar experiências afim de
melhorar suas ações educativas.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
- Leitura de texto, análise e discussão dos mesmos;
- Relatos e depoimentos;
- Registro das informações.
CONDIÇÕES / RECURSOS
- Textos, papel, caneta, retroprojetor, giz, quadro(lousa), projetor.
RESPONSÁVEIS
- Direção e equipe pedagógica;
CRONOGRAMA
- Conforme datas previstas no calendário.
12 - Horário Atividade
AÇÃO
- Socialização de conhecimentos e informações;
OBJETIVO
- Promover possibilidades de adquirir conhecimentos e compartilhar experiências a
fim de melhorar as ações pedagógicas.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
- Relatos e depoimentos;
- Registros das informações;
- Trocas de experiência;
- Paradas com professores de outras disciplinas para discutir sobre problemas
relacionados a turmas com problemas de disciplina e relacionamento.
CONDIÇÕES / RECURSOS
- Papel, caneta, textos, dados estatísticos;
RESPONSÁVEIS
- Direção, equipe pedagógica e professores das diversas disciplinas.
CRONOGRAMA
- nas horas atividades concentradas de cada disciplina.
127
Formação Continuada
13 - Participação em cursos /eventos e grupos de estudos
AÇÃO
- Grupo de Estudos, eventos, simpósios, cursos, capacitações.
OBJETIVO
- Oportunizar aos docentes o aperfeiçoamento e atualização dos seus
conhecimentos, levando a uma reflexão da prática educativa, buscando mais
qualidade.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
- Levantamento de dados da escola quanto ao rendimento escolar e resultados finais;
- Selecionar material de estudos, relacionados ao processo de avaliação da
aprendizagem na escola;
- Formação de grupo de estudos;
- Organização do período estudo.
CONDIÇÕES/RECURSOS
- Salas do Colégio e reprodução do material.
RESPONSÁVEIS
- Direção e equipe pedagógica.
CRONOGRAMA
- conforme cronograma de cursos e capacitações;
- na própria escola nos dias das horas atividades concentradas e nos dias de
Formação Continuada.
14 - Formação de grupos de estudo: pais, alunos, funcionários
AÇÃO
- Viabilizar o processo ensino-aprendizagem de qualidade envolvendo cada
comunidade escolar;
- Escolha dos temas a serem discutidos/estudados segundo as necessidades da
realidade escolar e do grupo a se reunir.
OBJETIVOS
- Buscar soluções para problemas do cotidiano escolar;
- Proporcionar formação pessoal e profissional dos participantes;
128
- Trocar experiências entre os segmentos reunidos (pais, alunos, funcionários).
DETALHAMENTO DA AÇÃO
- Formação de grupos para estudo por segmento;
- Escolha de temas segundo a necessidade da escola;
- Discussão, troca de experiências e busca de soluções para os mesmos;
- Motivação pessoal para melhor resultado, visando a auto-estima dos participantes.
CONDIÇÕES/RECURSOS
- Textos diversificados para leituras e estudos;
- Recursos audio-visuais;
- Profissionais especializados na área de interesse.
RESPONSÁVEIS
- Direção, Equipe Pedagógica e profissionais convidados.
CRONOGRAMA
- Durante o ano letivo ou em datas pré-determinadas pelo Calendário Escolar.
LINHA DE AÇÃO: QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E
ESPAÇOS
15 - Identificação dos recursos já existentes: qualificação
AÇÃO
- Levantamento dos equipamentos e espaços verificando suas condições de uso.
OBJETIVOS
- Verificar e analisar os equipamentos e espaços disponíveis no estabelecimento para
enriquecer as aulas.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
- Levantamento dos equipamentos e espaços disponíveis, analisando suas reais
condições de uso;
- Viabilizar o uso ou adquirir equipamentos;
- Adequar os espaços;
- Incentivar o uso dos equipamentos disponíveis.
CONDIÇÕES/RECURSOS
- Verificar a planilha dos recursos e equipamentos existentes visitando os espaços e
avaliando os recursos, verificar as possibilidades de consertos e novas aquisições.
RESPONSÁVEIS
129
- Direção, equipe pedagógica, professores das áreas afins, APMF e Conselho Escolar
CRONOGRAMA
- No mês de Março (levantamento);
- Durante o ano todo fazer o uso dos materiais.
16 - Uso de espaços educativos; materiais didáticos; outros espaços
e ambientes...
AÇÃO
- Disponibilizar materiais de pesquisa para professores.
OBJETIVOS
- Estimular o professor a trabalhar de maneira diferenciada;
- Desenvolver o senso de leitura e pesquisa do corpo docente e discente da escola;
- Oferecer subsídios teóricos para a realização da prática pedagógica.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
- Pesquisa com o corpo docente para saber quais as áreas do conhecimento que
precisam de materiais didáticos pedagógicos;
- Análise e seleção do acervo bibliográfico;
- Melhoria do acervo bibliográfico da biblioteca e videoteca com busca de parcerias;
- Amostra dos materiais coletados para análise coletiva e escolha dos mesmos.
CONDIÇÕES/RECURSOS
- Levantamento sobre os recursos reais disponibilizados pela escola;
- Análise desses recursos;
- Solicitação de novos recursos ao departamento financeiro da instituição e outros
departamentos como a Secretaria Estadual de Educação e aos órgãos competentes
a esta função.
RESPONSÁVEL
- Equipe Pedagógica e Direção.
CRONOGRAMA
- As atividades citadas serão realizadas durante o ano letivo, com enfoque maior nos
inícios dos semestres.
LINHA DE AÇÃO – OUTRAS ESPECIFICIDADES 17 - Participação em Feiras, Exposições AÇÃO
130
- Exposição: Amostra de Trabalhos OBJETIVO
- Demonstrar na prática os conhecimentos adquiridos nas diferentes áreas do
conhecimento
DETALHAMENTO DA AÇÃO
- Envolvimento do professor e aluno desde a pesquisa, elaboração, apresentação e
na avaliação dos resultados
CONDIÇÕES/RECURSOS
- Possibilita o uso dos materiais disponíveis como: espaço físico, biblioteca, materiais
didáticos, pedagógicos e de expediente, buscar parcerias na comunidade e entidades
RESPONSÁVEL
- Toda a comunidade escolar
CRONOGRAMA
- no final de cada bimestre, no dia da entrega de boletins, os professores de cada
disciplina, juntamente com os seus alunos, estarão realizando uma amostra das
atividades e trabalhos desenvolvidos em sala.
18 - Atividades esportivas/culturais, articulação da escola com
outros eventos estaduais e locais
AÇÃO
- Gincana Cultural Esportiva.
OBJETIVO
- Promover atividades esportivas, recreativas e culturais, para propiciar a integração
entre os discentes, docentes e comunidade escolar.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
- envolver a comunidade escolar em atividades esportivas e culturais, gincana,...
- no final de cada bimestre promover um dia de jogos, privilegiando uma modalidade
esportiva de cada vez (1º bimestre: voleibol; 2º bimestre: basquetebol; 3º bimestre:
futsal e 4º bimestre: handebol)
CONDIÇÕES/RECURSOS
- Espaço físico (quadra esportiva);
- Materiais didático-pedagógicos e esportivos;
- Materiais recicláveis.
RESPONSÁVEIS
131
- Direção, Equipe pedagógica, grêmio, professores de Educação Física.
CRONOGRAMA
- no final de cada bimestre e/ou em outras datas previamente agendadas.
19 – Participação do colégio em eventos e projetos, tais como:
Agenda 2l, Jogos Escolares, Fórum do Meio Ambiente, Projeto Terra
Limpa, Plantas Medicinais, Cooperjovem, FESCULTIL, Agrinho,
viagens de conhecimento,
AÇÃO
- Reunir a comunidade escolar e alunos e apresentar as atividades e projetos que o
colégio estará participando durante o ano letivo.
OBJETIVOS
- Mobilizar a comunidade escolar para participar das atividades previstas.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
- Reunião por segmentos da escola: pais, professores, alunos, APMF, funcionários,
Conselho Escolar;
CONDIÇÕES/RECURSOS
- Papel, textos, vídeos, computador com multimídia...
RESPONSÁVEIS
- Equipe Pedagógica, Direção, Professores das várias disciplinas.
CRONOGRAMA:
- No decorrer do ano letivo.
132
BIBLIOGRAFIA
ARANTES, Antonio Augusto. O que é cultura popular. São Paulo, Brasiliense, 1981. BOECHT, IVONE. Pensando a educação na perspectiva de um mundo possível. BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria da Educação Especial na Educação Básica. Secretaria de Educação Básica – MEC/SEEP, 2001. ------, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB 9394/96. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. De Angicos e ausentes: 40 anos de educação popular.Porto Alegre: Mova-RS; Corag, 2001. CANDAU, Vera Maria. Rumo à uma nova didática. Editora Vozes. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná FERNANDES, Sueli. A educação especial nas Diretrizes Curriculares. 2008. FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação – Cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Editora UNESP, 2000a. HELLER, Agnes (1982). Para mudar a vida: felicidade, liberdade e democracia. São Paulo, Brasiliense. KRAMER, Sonia. O que é básico na escola básica? Contribuições para o debate sobre o papel da escola na vida social e na cultura. In: Infância e produção cultural. MAGALHÃES, Aloísio. E triunfo? A questão dos bens culturais no Brasil. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1985 Paraná: Construindo a escola cidadã. 1.991, Secretaria da educação Superintendência de Educação. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Ensino Fundamental de nove anos: orientações pedagógicas para os anos iniciais. Curitiba, 2010. LUCKESI, Verificação ou avaliação “ O que é prática na escola?” – 15 ed. –SP: Cortez, p. 85 – 101, 2003. MARQUES, Mário Osório (1990). "Projeto pedagógico: A marca da escola". Revista Educação e Contexto. Projeto pedagógico e identidade da escola, n2 18. Ijuí: Unijuí, abr./jun. PAN, Mirian. O direito à diferença: uma reflexão sobre deficiência intelectual e educação inclusiva. Curitiba:Ibpex, 2008
133
PIMENTA, SELMA GARRIDO. A organização do trabalho na escola. In: Revista da Ande, nº 11, p. 29-36, 1.986. Regimento Escolar do Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e Médio. RODRIGUES, Neidson. Inclusão e educação: doze olhares sobre a educação inclusiva. São Paulo: Summus, 2006. SAVIANI, Dermeval. Para além da curvatura da vara. Revista Ande, n. 3. São Paulo, 1992. VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Construção do conhecimento em sala de aula. Editora Libertad, 1.993. São Paulo. VEIGA, Ilma Passos. Escola: Espaço do Projeto Político Pedagógico. Papirus, 1.998, 2º Edição.
134
ANEXO 1
Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar
1. IDENTIFICAÇÃO
Instituição de Ensino: Colégio
Estadual do Campo São Roque
Município:Santa Helena
NRE: Toledo
Coordenadora da Equipe Multidisciplinar: Jaci Germano Pedroso
Componentes da Equipe Multidisciplinar: Jaci Germano Pedroso, Nadir
Teresinha Gatelli Gasparotto, Onilde Primmaz, Mirtes Kipper, Rita Regina Schnorr,
Ivete Maria Holdefer Foletto, Cinthia Nayara de Lima, Graciele Graeff Bazanela,
Loreni Foletto Toigo, Marcelo Bazanela, Daniel Arend, Denice Kelm Alves,
Manuela Cristina Ferreira Campos, Giovani Jair Gasparotto.
2. JUSTIFICATIVA
Após vários debates e discussões no que diz respeito as organizações e
movimentos sociais pela igualdade de direitos algumas políticas públicas estão
sendo implementadas, dentre elas, aquelas que estão relacionadas à educação.
Uma das ações nesse intuito foi a alteração da Lei 9.394/96 que institui as
Diretrizes e Bases da Educação Nacional incluindo no currículo escolar das redes
pública e privada, no âmbito de toda a Educação Básica, com a lei 10.639/2003, a
obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira, modificada
posteriormente pela lei 11.645/08 que acrescenta à temática também a cultura dos
povos indígenas. Entretanto nesta pesquisa, o enfoque será dado somente ao
ensino de História e Cultura Afro-brasileira e africana.
135
A diversidade cultural, ao contrário, apresenta-se como referência e
possibilidade de reconhecimento, respeito e encontro de diferentes sujeitos que
foram (e ainda são) social e historicamente, excluídos, oprimidos e desprovidos de
vários direitos, uma vez que pertencem a uma classe social que não detém os
meios de produção social e econômica. Esses sujeitos, dialética e teimosamente,
protagonizam cotidianamente sua história, por serem sujeitos políticos,
epistêmicos e de cultura, individuais e coletivos.
Tendo como referência toda a legislação que ampara a educação para as
relações étnico-raciais, a Equipe Multidisciplinar terá por objetivo a divulgação e
produção de conhecimentos, assim como de atitudes, posturas e valores que
preparem os cidadãos para uma vida de fraternidade e partilha entre todos, sem
as barreiras estabelecidas por séculos de preconceitos, estereótipos e
discriminações que fecundaram o terreno para a dominação de um grupo racial
sobre outro, de um povo sobre outro, sabe-se que a identidade constrói-se
constantemente no interior das relações sociais.
A Lei 10.639, que estabelece o ensino da História da África e da Cultura afro-
brasileira nos sistemas de ensino, foi uma das primeiras leis assinadas pelo
Presidente Luis Inácio Lula da Silva. Isto significa o reconhecimento da importância
da questão do combate ao preconceito, ao racismo e à discriminação na agenda
brasileira de redução das desigualdades.
Todas as ações a serem desenvolvidas pela Equipe Multidisciplinar estarão
regulamentadas no Projeto Político Pedagógico deste Estabelecimento de Ensino
onde, far-se-á abordagens positivas, sempre na perspectiva de contribuir para que
o aluno afrodescendente mire-se positivamente, quer pela valorização da história
de seu povo, da cultura de matriz africana, da contribuição para o país e para a
humanidade, através de estudos, seminários, aulas, produções, painéis, vídeos,
oficinas prática, e reflexões neste sentido.
A Equipe Multidisciplinar procurará supervisionar e desenvolver de ações que
de conta da aplicação efetiva das diretrizes estabelecidas pela Deliberação
04/2006, o dia 20 de novembro como Dia Nacional da Consciência Negra, será um
momento de Mostra das atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo e um
momento em que a comunidade escolar, estará sendo convidada para prestigiar e
136
participar de atividades. Todas as ações serão registradas e arquivadas no
Estabelecimento de Ensino.
A temática que será discutida nesse ano “Currículo, mídia e relações étnico-
raciais: desnaturalizar representações naturalizadas”, tem por objetivo
compreender as manifestações racistas, preconceituosas e discriminatórias,
dirigidas à população negra e indígena pelos vários recursos midiáticos, bem como
o uso destes recursos na busca pela positivação destes povos, sempre de maneira
articulada com o currículo escolar.
3. OBJETIVO GERAL
O objetivo principal será o reconhecimento e valorização da identidade, história
e cultura dos afro-brasileiros, bem como a garantia de reconhecimento e igualdade
de valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas,
europeias, asiáticas na prática, no interior das salas de aula e nas ações fora dela.
Sendo assim, nossos objetivos específicos são:
- Diagnosticar os conhecimentos da comunidade escolar acerca dos diferentes
povos;
- Desenvolver estratégias de conscientização da comunidade escolar para com a
temática, problematizando as relações entre as culturas africana, indígena e
ocidental;
- Socializar os conteúdos e dinâmicas trabalhadas nos Estabelecimentos de
Ensino;
- Divulgar da importância e dos objetivos da Equipe Multidisciplinar e do Ensino de
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena;
- Constituir acervo bibliográfico;
- Promover ações de enfrentamento ao preconceito e discriminação;
- Mobilizar e sensibilizar os profissionais da educação para a reeducação do olhar
sobre as contribuições próprias da História e Cultura Africana, Afro-brasileira e
indígena as quais contribuem para o desenvolvimento de uma sociedade
democrática, multicultural e pluriétnica.
137
4. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES
Ações Práticas didático-pedagógicas para efetivar o ensino de História e
Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena nas disciplinas curriculares. (Plano
de Trabalho Docente)
- Reproduzir imagens em tamanho ampliado de figuras negras e indígenas,
descrevendo a sua biografia;
- Artesanato indígena no estilo arte marajoara;
- Esculturas de negros e indígenas;
- Tecelagem em papel: tramas e trançados baseados nos grafismos indígenas;
- Tapeçaria: tecelagem com linhas, baseados nos grafismos indígenas e
afrodescendente;
- Artesanato em vagonite: baseados nos grafismos indígenas e afrodescendente;
- Seminários sobre a temática;
- Culinárias.
Ação Mobilizadora de Reconhecimento e Valorização Afro-Brasileira,
Quilombola e Indígena. (Extra Classe)
- Divulgar as Diretrizes emanadas da SEED, bem como, implementá-las;
- Realizar pesquisas e atividades que permitam fazer um diagnóstico mais
detalhado sobre os conhecimentos dos temas propostos nas disciplinas.
Ação de incentivo à autodeclaração: Atividades que possibilitam dar voz e
escutar a voz de crianças e adolescentes sobre seu pertencimento étnico-
racial (negros e não negros)
Rodas de conversas e seminários com os alunos, visando a valorização da cultura
africana e indígena;
Pesquisar rituais e confeccionar acessórios da cultura indígena e afrodescendente
mostrando a importância desses povos para a formação histórica e cultural.
138
Ações que garantam a participação e atuação multiplicadora dos Agentes
Educacionais e Estudantes integrantes da EM
Realizar debates, palestras, discussões, passeios, assistir filmes entre outros;
Proporcionar momentos de socialização das atividades realizadas entre as
turmas de Colégio (Ensino Fundamental e Médio).
Ações referente ao mês da Consciência Negra: Atividades Culturais e
Seminário
- Cada turma irá pesquisar sobre um prato típico da culinária africana e apresentar
para os demais colegas. Este prato pesquisado será também, compartilhado na
hora do intervalo com todos os alunos do colégio.
- Construção de murais, esculturas afro e indígena;
- Apresentar à comunidade escolar o resultado dos trabalhos realizados em sala
de aula por meio de murais, fotos, site, Watsapp.
Ações pedagógicas o assessoramento e monitoramento das EM das
instituições de ensino.
5. ESTRUTURAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DAS AÇÕES
139
Ações a
serem
desenvolvi
das
durante o
ano letivo
Encaminh
amentos
das ações
Respon
sáveis
Atores
Envolvi
dos
Estratégi
as
utilizada
s
Material
de apoio
Duração Resultados
esperados
Encaminha
mento das
orientações
sobre o
Grupo de
Estudos da
Equipe
Multidiscipli
nar.
Repasse
das
orientaçõe
s referente
a
organizaçã
o da
equipe
disciplinar
para o
desenvolvi
mento das
ações
Coorden
ador da
equipe
multidisc
iplinar
Integran
tes da
equipe
multidisc
iplinar
Grupo de
estudos,
roda de
conversa
e debate
Textos e
orientaçõ
es da
organizaç
ão da
equipe
multidisci
plinar
Maio
2018
Participação
e
envolviment
o de todos
os
integrantes
da Equipe
Multidiscipli
nar
Palestra/
conversa
Os
professore
s estarão
encaminha
ndo está
ação com
suas
respectivas
turma
conforme o
seu PTD
Profess
ores e
equipe
Multidisc
iplinar
Equipe
multidisc
iplinar e
professo
res e
alunos.
Grupo de
estudos,
roda de
conversa
e debate
Textos,
livros e
computad
ores com
acesso a
internet.
Durante o
mês de
junho/
julho
Conhecer e
valorizar a
importância
desses
povos para
a formação
do povo
brasileiro.
140
Artesanatos
e Folclore
indígena e
africano
Arte,
história,
português
e
educação
física
professo
res
Equipe
disciplin
ar
professo
res e
alunos
Apresent
ação ao
pais e
alunos
Textos ,li
vros e
computad
ores com
acesso a
internet e
matérias
pedagógi
co, argila,
linhas,
tecidos e
madeira
Durante o
mês de
agosto
Conhecer a
arte, cultura,
costumes e
folclores dos
povos
indígenas e
africanos
Apresentaçã
o e
exposição
dos
artesanatos
confecciona
dos por os
alunos do
colégio
Apresentaç
ão e
exposição
dos
trabalhos
realizados
Equipe
multidisc
iplinar
Profess
ores
Alunos Exposiçã
o
realizada
pelos
alunos e
professor
es de arte
Mural,
mesas e
auditório.
Durante o
mês de
setembro
Expor o
resultado do
trabalho
realizado
pelo coletivo
escolar.
Levantamen
to de
materiais,
estudos e
organização
exposição.
Pesquisa,
textos,
livros
Equipe
multidisc
iplinar
Profess
ores
Equipe
Multidisc
iplinar
professo
res e
alunos
Grupo de
estudos
Textos,
livros e
computad
ores com
acesso a
internet
Durante o
mês de
outubro
Conhecer e
valorizar a
importância
desses
povos para
a formação
do povo
brasileiro.
141
Seminário
da
Consciência
Negra
(apresentaç
ão e
exposição
dos
trabalhos
realizados
ao longo do
ano letivo;
seção
cinema,
com temas
relacionado
s a cultura
africana
e/ou
indígena;
lanche com
pratos
típicos da
culinária
africana
Organizaç
ão do
seminário,
com a
divisão dos
grupo e
tarefas.
Equipe
multidisc
iplinar
Profess
ores
Equipe
Multidisc
iplinar
professo
res e
alunos
Pesquisa
e
organizaç
ão de
grupos de
trabalhos.
Mural,
mesas,
auditório
e
refeitório.
Durante o
mês de
novembro
Encerramen
to das
atividades.
6. AVALIAÇÃO
A avaliação deste plano de ação será realizada na medida em que avançarmos no
desenvolvimento de cada ação prevista em direção aos resultados, corrigindo rumos,
adequando ações, corrigindo processos e procedimentos, definindo claramente o que
deve ser desenvolvido com esforço e empenho da equipe multidisciplinar.
142
Todas as atividades realizadas pela Equipe Multidisciplinar estarão previstas e serão
avaliadas pela comunidade escolar através de participação nas ações a serem
desenvolvidas e análise dos registros feitos pela Equipe e, posteriormente registrada
em atas e arquivadas.
7. REFERÊNCIAS
Constituição Federal.
Convenção 169 OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Declaração das Nações Unidas sobre os Povos Indígenas.
Decreto nº 65810/69, que promulga a convenção internacional sobre a eliminação de
todas as formas de discriminação racial.
Deliberação 04/06, do Conselho Estadual de Educação, que trata das Normas
Complementares às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações
Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
Estatuto da Igualdade Racial - Lei 2288/010
Instrução 017/2006 da SUED, que especifica que a Educação das Relações Étnico-
raciais e o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana passa a ser obrigatória
em todos os níveis e modalidades dos estabelecimentos de ensino da rede pública
estadual de Educação Básica.
Lei 10.639/03 e Lei 11.645/08 – que tratam a obrigatoriedade de incluir no Currículo
escolar as discussões referentes à História e Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena.
Lei 7616/89, que define crimes de preconceito de raça ou cor.
Lei 8072/1990 – Lei de crimes hediondos, que inclui crimes relacionados às questões
de gênero.
Lei Federal 8069/1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente.
Lei Federal nº 11.340/2006 – Lei Maria da Penha.
Lei nº 7437/85, que inclui as contravenções penais à prática de atos resultantes de
preconceito de raça, cor, sexo ou estado civil.
Orientação 05/2017 - DPTE/CFC - Orientações para registro oficial do evento das
Equipes Multidisciplinares 2017.
143
PARANÁ. Cadernos Temáticos: Educando para as Relações Étnico-raciais II. SEED.
Curitiba. PR. 2008.
PARANÁ. Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-brasileira e Africana. SEED.
Curitiba. PR. 2008.
PARANÁ. Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual do Campo São Roque –
Ensino Fundamental e Médio de Santa Helena – PR – 2017.
Parecer 03/04 das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação das Relações Étnico-
raciais, do Conselho Nacional de Educação.
Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação das Relações Étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-
brasileira e Africana.
Resolução 01/04, do Conselho Nacional de Educação, que Institui as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino
de História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
Resolução 3399/2010, relacionada à composição das Equipes Multidisciplinares.
Data:
144
ANEXO 2
Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo: Voleibol
CONTEÚDOS
- noção básica das regras da modalidade;
- noção básica dos fundamentos da modalidade;
- posicionamento;
- rodízio;
- recepção, passe, levantamento e ataque;
- saque.
OBJETIVOS
- Influenciar na formação do cidadão de maneira positiva
buscando a inclusão social através de iniciativas e ações didáticas
pedagógicas voltadas para a interação social cooperativa e
competitiva de forma consciente e reflexiva, utilizando o voleibol
como elo deste;
- Utilizar o esporte como mecanismo maior para desenvolvimento
psico-físico-social do aluno, de maneira saudável, orientado com
acompanhamento técnico de profissional habilitado;
- Realizar o intercâmbio social e a solidariedade através do
voleibol;
- Promover a aprendizagem (convivência) em grupos;
- Proporcionar oportunidade à participação em Jogos, amistosos,
te campeonatos, a todos na medida do possível e de acordo com
a interpretação do docente;
- Incentivar a prática do voleibol, como atividade alternativa para
combate ás drogas, evasão escolar, aproveitamento do tempo
ocioso;
- Desenvolver a prática regular de atividades físicas, gerando mais
saúde, equilíbrio psicológico, físico e motor;
- Trabalhar os aspectos técnico/táticos da modalidade;
- Valorizar a modalidade de voleibol;
- Aprimorar as habilidades necessárias para a prática da
modalidade de voleibol.
ENCAMINHAMEN
TOS
METODOLÓGICO
S
Dentre os recursos metodológicos dispostos utilizaremos aqueles que
melhor permitam ao educando a exploração e o controle motor, além
de dar condições a descoberta de novos caminhos, usa-se de
metodologias diferenciadas e dinâmicas que motivem o aluno.
Faremos reflexão sobre os valores: integração, inclusão, socialização
e cooperação. Aulas teóricas com estudo de regras e táticas de jogos,
aulas práticas, vídeos e participações em eventos da modalidade de
treinamento e troca de experiências com atletas de outras escolas.
LOCAL DE
REALIZAÇÃO
As aulas serão realizadas na quadra coberta do colégio.
145
RESULTADOS
ESPERADOS
PARA O ALUNO – Pretende-se que os alunos aprendam a jogar
obedecendo as regas básicas do jogo. Executando os
fundamentos com eficiência, possibilitando a participação em
jogos escolares e outras competições locais.
PARA A ESCOLA – Espera-se a diminuição na evasão e
desinteresse escolar e que os alunos participantes adquiram com
o desenrolar das atividades um maior compromisso em zelar pela
infra-estrutura escolar e consequentemente uma maior
responsabilidade e participação nas ações por eles realizadas
tanto nas atividades curriculares desenvolvidas em sala de aula
como também nas atividades realizadas em contra turno.
PARA A COMUNIDADE – Através deste esporte envolver pais de
alunos no acompanhamento e incentivo a modalidade.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BRACHT. Esporte na escola e esporte de rendimento.
Movimento – Ano VI – Nº 12 – 2000/1.
Manual de Orientações das Atividades em Contra turno
(SEED/2011),
Manual Operacional de Educação Integral (MEC/2014),
Orientação nº 022/2015 – DEB/SEED, Diretrizes Curriculares
Orientadoras da Educação Básica,
http://www.efdeportes.com/efd194/a-importancia-do-voleibol-
enquanto-conteudo.htm
http://www.efdeportes.com/efd194/a-importancia-do-voleibol-
enquanto-conteudo.htm
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes
Curriculares Estaduais da Educação Básica – Educação Física.
2008.
AVALIAÇÃO
A avaliação deverá acontecer pela prática e o desenvolvimento
individual nos fundamentos básicos da modalidade.
Considerando-se que a avaliação deve ser contínua, diagnóstica
e processual. Para que a partir deste resultado saberemos onde
deveremos retomar. Uma das formas que servirá como base para
avalição será o resultado dos alunos em um amistoso, ou jogos
escolares.
146
ANEXO 3
Viagens e Visitas Técnicas
Pontos históricos e turísticos da Capital e do litoral paranaense
JUSTIFICATIVA:
O Estado do Paraná é uma das 27 unidades federativas do Brasil, localizado
na região sul do Brasil, faz divisa com Mato Grosso do Sul a noroeste, São Paulo ao
norte, Santa Catarina ao sul, Argentina a sudoeste, Paraguai a oeste e oceano
Atlântico a leste. Sua área total é de 199.307,922 km² e está dividido em 399
municípios. Sua capital é o município de Curitiba.
O estado é historicamente conhecido por sua grande quantidade de pinheirais
espalhados pela porção do planalto sul, onde o clima é subtropical úmido, como nos
estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul enquanto o resto do Brasil é
tropical. A espécie predominante na vegetação é a Araucaria angustifolia. Os ramos
dessa árvore aparecem na bandeira e no brasão, símbolos adotados em 1947. Com
100 km de extensão, o litoral do Paraná está inserido no maior remanescente contínuo
de Mata Atlântica do Brasil.
Buscando a formação de cidadãos críticos e conscientes de seus papeis na
sociedade, buscar-se-á através primeiramente das aulas mais teóricas em sala de
aula e posteriormente das visitas técnicas a campo, levar os educandos a
compreenderem as suas raízes históricas, para poderem agirem conscientemente e
mudarem a sua realidade.
OBJETIVO:
Conhecer os principais pontos históricos e turísticos da capital e do litoral paranaense.
ENCAMINHAMENTOS:
Durante as aulas de Geografia e História, os alunos terão a oportunidade de
estudar e conhecer um pouco dos dados histórico e geográficos de nosso estado,
através de aulas expositivas, pesquisas, seminários,...
Após estes estudos e explanação inicial e teórica, buscar-se-á levar os alunos
a conhecerem estes lugares, levando-os a entenderem um pouco mais da sua própria
história.
147
LOCAIS A SEREM VISITADOS:
- Ópera do Arame;
- Zoológico;
- Jardim Botânico;
- Parque Barigui;
- Museu Oscar Niemeyer;
- Museu do Holocausto de Curitiba;
- Teatro Guaíra;
- O Pelourinho;
- Praça Tiradentes;
- Estrada da Graciosa;
- Cidade de Antonina;
- Cidade de Morretes;
- Porto de Paranaguá;
- Ilha do Mel;
- Praias de Guaratuba e Matinhos.
148
Pontos turísticos de Foz do Iguaçu (Paraná)
JUSTIFICATIVA:
Foz do Iguaçu está localizado no extremo oeste paranaense e conta com uma
população de 264.044 habitantes, conforme estimativa do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), de agosto de 2017.
Foz do Iguaçu é considerada um dos municípios mais multiculturais do Brasil,
onde estão presentes mais de 72 grupos étnicos, provenientes de diversas partes do
mundo. Dentre dos principais estão os italianos, alemães, hispânicos (argentinos e
paraguaios), chineses, ucranianos, japoneses. Destaca-se ainda a presença da
segunda maior comunidade libanesa do Brasil e em termos proporcionais, possui a
maior comunidade islâmica do Brasil.
As principais fontes de renda de Foz do Iguaçu são o turismo, que alavanca
também o comércio e a prestação de serviços na região, e a geração de energia
elétrica. É o segundo destino de turistas estrangeiros no país e o primeiro da região
sul.
Foz do Iguaçu é conhecida internacionalmente por suas atrações turísticas, que
trazem visitantes do Brasil e do mundo. As mais famosas são o conjunto de quedas
denominadas Cataratas do Iguaçu, no Parque Nacional do Iguaçu e a Hidrelétrica
Binacional de Itaipu (maior hidrelétrica do mundo em produção anual de energia).
OBJETIVO:
Conhecer a história e os pontos turísticos de Foz do Iguaçu.
ENCAMINHAMENTOS:
Após a explanação, aulas teóricas, pesquisas, seminários, trabalhos em grupos,
dentre outros instrumentos avaliativos realizados nas disciplinas de História,
Geografia, Ciências, Física, Biologia, os alunos terão a oportunidade de conhecer os
principais pontos turísticos da cidade de Foz do Iguaçu.
LOCAIS A SEREM VISITADOS:
- Cataratas do Iguaçu;
- Parque Nacional do Iguaçu;
149
- Itaipu Binacional;
- Furnas;
- Pólo Astronômico;
- Ecomuseu;
- Porto Katamaran;
- Parque das Aves;
- Marco das Três Fronteiras;
- Museu de Cera;
- Parque dos Dinossauros;
- Templo Budista;
- Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu.
150
Universidades e Faculdades da região
JUSTIFICATIVA:
Atualmente as exigências do mercado de trabalho estão crescendo
continuamente, o que pode ser explicado dentre outros fatores, pela inserção de
novas tecnologias que exigem uma formação profissional com conhecimentos cada
vez mais abrangentes e sólidos. A competitividade requer maior preparo do
profissional que terá de demonstrar todas as suas competências e habilidades.
O ensino médio já não é tido como suficiente para a qualificação do trabalhador,
logo o ensino médio vem a ser apenas um passo inicial. A busca por uma total
qualificação do indivíduo que almeja as melhores colocações no mercado de trabalho
passa obrigatoriamente pelo ensino superior.
OBJETIVO:
Oportunizar aos educandos da 2ª e 3ª série do Ensino Médio o contato mais direto
com as universidades e faculdades da região, auxiliando-os na escolha profissional
futura.
ENCAMINHAMENTOS:
Durante, principalmente as aulas de sociologia, os professores vêm debatendo
e discutindo sobre as diversas profissões, visando preparar os educandos para as
escolhas futuras e para o mercado de trabalho.
Após esta parte inicial, trabalhada e discutida em sala de aula, os alunos da 2ª
e 3ª série do Ensino Médio, realizarão visitas as universidades e faculdades da região
a fim de conhecerem o funcionamento organizacional destas instituições e a terem
contato com a vida acadêmica.
Nestas ocasiões, os alunos terão também a oportunidade de conversar com os
professores coordenadores dos diversos cursos, tanto os de licenciatura, quanto os
de bacharelado, para conhecerem os cursos, os projetos de pesquisa científica, áreas
de atuação,...
Desta forma, os alunos terão a oportunidade de conhecerem um pouco mais
sobre alguns cursos, mercado de trabalho e sobre a importância do estudo para uma
ascensão profissional, socioeconômica e consequentemente, melhor qualidade de
151
vida. Além de estar auxiliando os alunos que ainda não escolheram a área que
gostariam de continuar os seus estudos a realizaram as suas escolhas futuras.
LOCAIS A SEREM VISITADOS:
- Uniguaçu Faesi – Faculdade de Ensino Superior de São Miguel do Iguaçu;
- UDC - Medianeira
- Unipar – Toledo
- Centro Universitário FAG – Fundação Assis Gurgacz – Toledo e Cascavel
- Univel – Cascavel
- Unioeste – Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Cascavel
- UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Santa Helena
152
UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)
JUSTIFICATIVA:
As aulas práticas, principalmente na área das Ciências da Natureza (Física,
Química, Biologia e Ciências), geram uma aprendizagem mais dinâmica e
investigativa. A partir do manuseio de equipamentos e instrumentos, sempre com
orientação e supervisão do professor, os alunos colocam em prática as informações
vistas na sala de aula, o que facilita e estimula o aprendizado. O resultado é uma
melhor compreensão e assimilação dos conteúdos curriculares.
Para favorecer a participação dos alunos nas atividades realizadas no
laboratório, as mediações do professor são fundamentais para uma melhor
apropriação dos conhecimentos, devendo instigá-los a pensarem sobre os fenômenos
observados, orientá-los nas observações, análises e conclusões.
A realização de experimentos e atividades práticas é um fator determinante,
pois ajuda a tornar a aprendizagem mais eficiente na medida em que torna o
aprendizado mais significativo.
OBJETIVO:
Aprofundar os conteúdos e conhecimentos produzidos em sala de aula.
ENCAMINHAMENTOS:
Através do Projeto de Extensão da UTFPR “Práticas interdisciplinares: uma
possibilidade para a aproximação universidade – escola”, os alunos do 6º ano do
Ensino Fundamental a 3ª série do Ensino Médio terão a oportunidade de estudarem
na prática (visitas ao Refúgio Biológico, aulas no Laboratório de Ciências e Biologia
da UTFPR) os conteúdos estudados em sala de aula. Ou seja, os alunos terão a
oportunidade de revisarem e aprofundarem ainda mais os conhecimentos produzidos
em sala de aula, nas disciplinas de Física, Química, Biologia e Ciências.
LOCAL A SER VISITADO:
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus de Santa Helena.
153
ANEXO 4
Programa Brigadas Escolares - Defesa Civil Na Escola
JUSTIFICATIVA DO PROGRAMA
Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após
terem vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, o
Programa opta em trabalhar no ambiente escolar, onde se espera mitigar os impactos,
promovendo mudanças de comportamento, visto que crianças e adolescentes são
mais receptíveis, menos resistentes a uma transformação cultural e potencialmente
capazes de influenciar pessoas, atuando como multiplicadores das medidas
preventivas. Ainda mais, a opção de se trabalhar com as escolas da rede estadual de
educação tem a ver com a necessidade de adequá-las internamente para atender as
disposições legais de prevenção de toda a espécie de riscos, sejam eles de cunho
natural ou de outra espécie como acidentes pessoais e incêndios, entre outros.
OBJETIVO GERAL
Promover a conscientização e capacitação da Comunidade Escolar do Estado
do Paraná para ações mitigadoras e de enfrentamento de eventos danosos, naturais
ou humanos, bem como o enfrentamento de situações emergenciais no interior das
escolas para garantir a segurança dessa população e possibilitar, em um segundo
momento, que tais temas cheguem a um grande contingente da população civil do
Estado do Paraná. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• levar os Estabelecimentos de Ensino Estadual do Paraná a construírem uma
cultura de prevenção a partir do ambiente escolar;
• proporcionar aos alunos da Rede Estadual de Ensino condições mínimas para
enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas, assim como
conhecimentos para se conduzirem frente a desastres;
• promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente escolar,
com vistas a atender às recomendações legais consubstanciadas nas vistorias do
Corpo de Bombeiros;
• preparar os profissionais da rede estadual de ensino para a execução de ações de
Defesa Civil, a fim de promover ações concretas no ambiente escolar com vistas
154
a prevenção de riscos de desastres e preparação para o socorro, destacando-se
ações voltadas ao suporte básico de vida e combate a princípios de incêndio;
• articular os trabalhos entre os integrantes da Defesa Civil Estadual, do Corpo de
Bombeiros, da Polícia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e dos Núcleos de
Educação;
• adequar as edificações escolares estaduais às normas mais recentes de
prevenção contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do
Paraná, acompanhando os avanços legais e tecnológicos para preservação da
vida dos ocupantes desses locais.
ESTRATÉGIAS O Coordenador Local do Programa é o Diretor do estabelecimento de ensino.
Ao diretor do estabelecimento escolar cabe a responsabilidade de criar
formalmente a Brigada Escolar, que é composta por um grupo de cinco servidores
efetivos do estabelecimento e que atuarão em situações emergenciais, além de
desenvolverem ações no sentido de:
• identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade
escolar;
• garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada, de
forma segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares,
por meio da execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser
registrado em calendário escolar;
• promover revisões periódicas do Plano de Abandono;
• apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na
conduta da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de
Abandono;
• promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para
discussão de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de ensino, com
registro em livro ata específico ao Programa;
• verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca de
situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para as providências
necessárias.
155
A composição da brigada escolar deve ser aprovada pelo Conselho Escolar do
estabelecimento de ensino, e ter o seu registro em ata. Os brigadistas participam de
um curso de capacitação e de formação na modalidade de ensino a distância – EaD,
com carga horária de 60 (sessenta) horas e também de um curso presencial, com
carga horária de 08 (oito) horas. Ambos os cursos – EaD e presencial - serão
ofertados pelo Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. ATIVIDADES PERMANENTES:
A direção do Colégio Estadual do Campo São Roque – Ensino Fundamental e
Médio, terá como responsabilidade, coordenar o trabalho de implantação e
implementação do Plano de Abandono.
Esse Plano de Abandono consiste na retirada de forma segura de alunos,
professores e funcionários das edificações escolares, por meio da execução de
exercícios simulados e em tempo razoável.
Esses exercícios simulados serão realizados uma vez por semestre, com datas
já previstas em Calendário Escolar.
Ao longo de todo o ano a Brigada Escolar do Colégio Estadual do Campo São
Roque, estará buscando e participando de cursos de aperfeiçoamento e
desenvolvendo ações que visam prevenir situações de riscos e de como agir em caso
de sinistros e emergência. Desenvolverá ações, tais como:
Sinalização de saídas de emergências;
Instalação da iluminação de emergência;
Sistema de proteção por extintores de incêndio;
Instalação de hidrantes nas dependências do colégio;
Organizar o plano de abandono e prever revisões periódicas;
Promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar, para a
discussão de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de ensino;
Acompanhar o trabalho de identificação de riscos na edificação e de condutas
rotineiras da comunidade escolar.
156
157
ANEXO 5
Plano de Ação da Instituição
DIMENSÃO: ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO NA ESCOLA
REFLEXÃO DESAFIOS PÚBLICO ALVO AÇÕES A SEREM REALIZADAS CRONOGRAMA RESPONSÁVEL
Há abandono da
escola pelos alunos?
O documento
Caderno do
Programa Combate
ao Abandono Escolar
é conhecido e suas
orientações são
efetivadas?
Desinteresse;
Estrutura familiar;
Falta de perspectiva;
Promover o retorno
no menor tempo
possível;
Alunos que trabalham
não conseguem
estudar durante o dia;
Falta de ensino
noturno.
Aluno e família - Visitas à família para conversar e
estimular o aluno;
- Atividades diferenciadas e
individuais;
- Identificar e buscar junto aos pais
a causa das frequências
irregulares as aulas e buscar
solução para saná-las;
- Envolvimento da família nas
ações propostas pela escola.
Durante o ano
todo.
Profissionais da
educação.
Há formas de
acolhimento e de
recuperação de
conteúdos para os
alunos que retornam
do abandono?
Fazer o retorno e a
permanência do
aluno na escola;
Participação dos
alunos nos
programas de contra-
turno, para promover
a recuperação de
conteúdos;
Alunos.
- Conversas com os pais e alunos,
envolvendo a família nas ações
propostas pela escola.
- Registrar em ata o modo como
será ofertada recuperação de
conteúdos, após conversa com o
aluno e pais.
Durante o ano
todo.
Profissionais da
educação e pais.
158
Atendimento mais
individualizado em
sala de aula.
A escola tem formas
de atender aos
alunos com
defasagem de
aprendizagem?
Superar as
dificuldades de
aprendizagem.
Alunos.
Realização de atendimento
individualizado, buscando sanar as
dificuldades específicas;
Buscar na Hora Atividade atender
a estes alunos com dificuldade na
aprendizagem.
Durante o ano
todo.
Profissionais da
educação.
A escola com
educação profissional
possui parcerias para
estágios?
Não ofertamos essa
modalidade de
ensino.
A escola propõe
formas de melhorar a
qualidade de ensino
e a taxa de
aprovação?
Superar as
dificuldades
individuais de
aprendizagem dos
alunos com
defasagem ou
necessidades mais
específicas.
Alunos com
dificuldades de
aprendizagem.
Atividades diferenciadas e
conversas, buscando amenizar as
necessidades e inclusão em Sala
de Recurso, quando necessário.
Durante o ano
todo.
Profissionais da
educação.
159
DIMENSÃO: AVALIAÇÃO
REFLEXÃO DESAFIOS PÚBLICO ALVO AÇÕES A SEREM REALIZADAS CRONOGRAMA RESPONSÁVEL
É realizado o
acompanhamento
periódico e contínuo
do processo de
aprendizagem dos
alunos e promovida a
recuperação paralela,
se necessária, pelos
docentes ?
Atingir 100% dos
professores.
Professores
- Orientar individualmente os
professores;
- Apresentar documentos que se
referem as recuperações (PPP,
Regimento Escolar)
Início do ano
letivo e durante
todo o período
escolar
Equipe
Pedagógica,
Direção e
Professores
Há diversificação dos
instrumentos de
avaliação dos alunos,
considerando as
especificidades e
metodologias
utilizadas pelos
docentes?
Aumentar as
orientações
referentes aos
diferentes tipos de
necessidades
apresentados pelos
alunos;
Atingir 100% dos
professores
Professores
- Utilizar os diferentes meios e
modos de avaliar;
- Buscar auxílio para um
diferencial em sala de aula.
Durante todo o
ano letivo.
Professores,
Equipe
Pedagógica e
Direção
São utilizados os
indicadores oficiais de
avaliação das escolas
e redes de ensino
para (re)planejamento
da prática
pedagógica?
Atingir as metas
estabelecidas para
melhoria nos índices
educacionais
Comunidade
Escolar
Simulados; Avaliações internas;
divulgação dos índices para a
comunidade.
Bimestral
Professores,
Equipe
Pedagógica,
Direção e
alunos.
160
Há formas de
avaliação da atuação
dos profissionais da
escola?
Parar para fazer a
conscientização dos
alunos, para que
entendam o que se
quer fazer.
Comunidade
Escolar
Formulário de avaliação, onde os
alunos poderiam criticar e sugerir
soluções.
Bimestral
Professores,
Equipe
Pedagógica,
Direção, alunos
e comunidade
escolar
Há inserção dos
alunos no mundo do
trabalho? (para os
colégios com
Educação
profissional)
Outros
161
DIMENSÃO: AMBIENTE EDUCATIVO
REFLEXÃO DESAFIOS PÚBLICO
ALVO
AÇÕES A SEREM REALIZADAS CRONOGRAMA RESPONSÁVEL
O ambiente da escola
é cooperativo e
solidário?
Conscientizar todos da importância do trabalho cooperativo; - Atingir 100 %.
Comunidade
Escolar
Conversas de conscientização.
Há comprometimento entre professores, alunos e pais?
- Conscientizar os pais sobre a importância da participação e comprometimento na vida escolar e na comunidade escolar; - Conscientizar os alunos sobre a importância dos estudos (mais responsabilidade e comprometimento com os estudos)
Pais Alunos Professores
Conversar individualmente com os pais mais resistentes e evidenciar os deveres dos responsáveis.
Durante o ano todo.
Profissionais da educação.
Há respeito entre todos na escola?
- Há falta de respeito de alguns alunos com colegas, professores e funcionários da escola; - Mais respeito dos professores para com os colegas;
Alunos, professores e funcionários.
- Promover palestras, agir e cobrar conforme estabelecido no Regimento Escolar; - Atividades práticas; valores; gentileza gera gentileza.
Durante o ano todo.
- Profissionais da educação - Grêmio Estudantil
162
- Mais respeito entre os professores (falar mal do colega de trabalho).
Há discriminação ou
preconceito
evidenciado na
escola?
Enxergar as diferenças, apenas como diferenças e não tratar os outros como inferiores; Respeitar as diferenças e crescer com suas experiências.
Comunidade escolar.
- Palestras evidenciando os direitos e deveres; - Trabalhar em sala de aula, nos próprios conteúdos disciplinares.
Durante o ano todo.
Profissionais da educação.
A disciplina existente
no espaço escolar
permite a atenção
necessária ao
processo de ensino e
aprendizagem?
Conscientizar sobre a importância de aproveitar a oportunidade de estarem estudando.
Alunos.
Dialogar; Palestras sobre profissões.
Ano todo.
Profissionais da educação.
Outros
163
DIMENSÃO: FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA (PROFESSORES E AGENTES I E II)
REFLEXÃO DESAFIOS PÚBLICO
ALVO
AÇÕES A SEREM REALIZADAS CRONOGRAMA RESPONSÁVEL
Todos os profissionais
da escola participam
da Semana
Pedagógica?
Buscar o
comprometimento de
todos;
Antecipação da
contratação dos
funcionários (PSS).
Todos os
funcionários da
comunidade
escolar.
Definir a contratação de todos os
funcionários antes da semana
pedagógica.
Início do ano
letivo
Direção.
Todos os profissionais
da escola participam
do Formação em
Ação?
Buscar o
comprometimento de
todos.
Todos os
funcionários da
escola.
Fornecer incentivos aos
participantes.
Durante o ano
todo.
SEED.
A hora atividade é
utilizada para cumprir
seus objetivos,
segundo a legislação?
Sempre que possível,
concentrar as horas
atividades.
Professores.
Disponibilizar recursos mais
avançados e ágeis.
Durante o ano todo.
SEED, direção e
Equipe
Pedagógica.
Há equipe
multidisciplinar atuante
na escola?
Concentrar todos os
participantes em um
mesmo horário.
Professores e
funcionários da
escola.
Atribuir incentivos financeiros.
Encontros
mensais aos
sábados.
SEED e Equipe
Pedagógica.
Os estudos de
Formação do
professor PDE
revertem em ações
relevantes para a
escola?
Tornar as ações
contínuas na escola e
não apenas durante
o PDE.
Professores da
escola e alunos.
Ampliar os projetos PDE para
todos os professores e turmas.
Semestre.
Equipe
Pedagógica e
professores.
164
Os materiais
disponíveis no portal
da SEED são
utilizados na formação
dos professores?
- Apresentar
materiais de
qualidade e com
conteúdos mais
relevantes à
realidade da escola;
- Pesquisar e utilizar
na sua prática em
sala de aula.
Comunidade
escolar.
Trabalhar com os materiais
durante a Semana Pedagógica e
Formações.
Todos os anos.
Direção e Equipe
Pedagógica.
A formação do
professor especialista
em Educação Especial
ocorre de forma
colaborativa com os
professores das
disciplinas?
- A SEED
disponibilizar
formação aos
professores de
Educação Especial;
- Troca dos
profissionais a cada
ano.
Professores e
funcionários da
escola.
Ter um profissional do Núcleo
para efetivar o trabalho de
formação, em cada uma das
áreas de estudo, com sugestões
de trabalho e troca de
experiências.
Semestralmente.
SEED.
Cursos e Formação. Liberar os
profissionais para
participarem de
formação.
Professores e
funcionários da
escola.
Fazer parceiras com
universidades.
Semestralmente.
SEED.
Outros
165
DIMENSÃO: GESTÃO DEMOCRÁTICA
REFLEXÃO DESAFIOS PÚBLICO
ALVO
AÇÕES A SEREM REALIZADAS CRONOGRAMA RESPONSÁVEL
As informações
pertinentes à escola
são disponibilizadas a
toda comunidade
escolar?
Como tem
professores que
trabalham em várias
escolas, por vezes
acabam não tendo
acesso as
informações e
orientações
repassadas.
Professores e
funcionários.
- Manter um quadro próprio para
avisos;
- Sempre que possível conversar
com o funcionário que não estava
presente na hora do repasse dos
recados;
- Criar o grupo do whatsApp para
o repasse das informações;
- Mandar as informações por e-
mail.
O ano todo.
Equipe Gestora e
Secretários.
Há participação
atuante das Instâncias
Colegiadas na escola?
Envolver essas
instâncias em horário
comercial.
Comunidade
escolar.
Procurar reuni-los no período
noturno, pois assim terá maior
disponibilidade de participação.
O ano todo
Equipe Gestora
Estudantes, pais,
mães ou responsáveis
legais participam
ativamente da escola?
Conseguir um maior
envolvimento na
aprendizagem dos
filhos.
Comunidade
escolar.
- Solicitar aos pais que
acompanhem seus filhos em casa,
em relação as atividades
escolares;
- Proporcionar palestras aos pais,
sobre a importância da presença
da família na vida escolar dos
filhos e que contribuição esse
envolvimento traz;
- Envolver os pais nas atividades e
projetos escolares;
O ano todo Equipe Gestora,
professores,
funcionários e
pais
166
- Roda de conversa com os pais,
por turma (chamar um psicólogo).
A comunidade escolar
participa da definição
da utilização dos
recursos financeiros
destinados à escola?
Maior autonomia para
aquisição de
materiais, de acordo
com as necessidades
da escola (PDDE e
Fundo Rotativo)
Comunidade
escolar.
Solicitar mudanças nas leis.
O ano todo.
Equipe Gestora.
Outros
167
DIMENSÃO: PRÁTICA PEDAGÓGICA
REFLEXÃO DESAFIOS PÚBLICO
ALVO
AÇÕES A SEREM
REALIZADAS
CRONOGRAMA RESPONSÁVEL
A Proposta
Pedagógica Curricular
(PPC) é definida e
conhecida por todos?
Não, cada um
conhece na sua
disciplina; Todos
terem conhecimento
de todas as
disciplinas.
Funcionários da
escola.
Momentos de estudo sobre a
PPC, durante a Semana
Pedagógica ou (re) Planejamento
Início do ano
letivo.
Equipe
pedagógica.
Os docentes elaboram
e cumprem o que está
previsto no PTD?
- Redução da carga
horária;
- Inclusão dos
conteúdos
obrigatórios.
Professores.
Adequar o planejamento do
conteúdo de acordo com a carga
horária;
Momentos de estudos
interdisciplinares.
Durante o
período letivo.
Equipe gestora e
professores.
Há contextualização
dos conteúdos
disciplinares?
Maior aproveitamento
da hora atividade;
Montar a Hora
Atividade
concentrada.
Professores.
Melhorar as tecnologias
disponíveis;
Momento de planejamento em
conjunto / áreas afins.
Durante o
período letivo.
Professores.
Há variedades de
estratégias e recursos
de ensino-
aprendizagem
utilizados pelos
docentes?
Diversificar ainda
mais as
metodologias.
Professores e
alunos.
- Maior aproveitamento da hora
atividade; - Melhorar as
tecnologias disponíveis.
Durante o
período letivo.
Professores e
Equipe
Pedagógica.
168
Há atendimento
Educacional
Especializado/
AEE
Maior interação entre
o professor do AEE e
de sala de aula, troca
de experiências.
Professores.
Organizar um momento para a
troca de informações.
Durante o
período letivo.
Equipe
Pedagógica e
professores.
As questões sócio
educacionais são
consideradas nas
práticas pedagógicas?
Conhecer a realidade
das famílias.
Comunidade
escolar.
Conversas em particular com
pais e alunos;
Roda de conversa com os pais,
por turma.
Durante o
período letivo.
Professores e
Equipe
Pedagógica.
Há um planejamento
da equipe pedagógica
acerca da conclusão
do nível de ensino
para o estudante da
EJA?
Não ofertamos essa
modalidade de
ensino.
Outros
169
ANEXO 6
Plano de Ação da Instituição
(Este planejamento foi elaborado no início do ano letivo, juntamente com a escola municipal e Instâncias Colegiadas)
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO SÃO ROQUE – ENS. FUND. E MÉDIO
ESCOLA MUN. PEDRO ÁLVARES CABRAL – ED. INF. E ENS. FUNDAMENTAL
“Grandes realizações são possíveis quando se dá importância aos pequenos começos. ”
PLANEJAMENTO PARA O ANO LETIVO DE 2018
MARÇO
* 16, 17 e 18: 22ª Festa do Peão de Boiadeiro
SUGESTÕES:
- pontualidade;
- no sábado a noite, fazer dois turnos de trabalho.
RESPONSÁVEIS: APMF, Conselho Escolar e direções.
* Páscoa - Quinta–feira santa – (quarta-feira - 28/03/2018)
SUGESTÕES:
- Escola municipal: gincana;
- Escola estadual: filme (sugestão: Deus não está morto II);
- doces/lembrancinhas para todos os alunos.
RESPONSÁVEIS: APMF, direções, equipes pedagógicas, professores e funcionários.
ABRIL
* Projeto Terra Limpa (15/04 - Dia do Solo)
SUGESTÕES:
- cada professor organiza a atividade que deseja realizar com determinada turma e passa
para a equipe pedagógica ou direção.
RESPONSÁVEIS: direções, equipes pedagógicas e professores.
170
JULHO
* Dia 13 – Festa Julina
SUGESTÕES:
- fazer mais espetinhos;
- espaço separado para as crianças se organizarem/concentrarem para as apresentações;
- após a apresentação das danças dos alunos, fazer uma apresentação dos funcionários;
RESPONSÁVEIS: APMF, Grêmio Estudantil, direções, equipes pedagógicas, professores
e funcionários.
AGOSTO
* Dia ________ - Atividades referentes a Semana da Família
SUGESTÕES:
- atividades esportivas, recreativas e bingo, envolvendo as famílias;
- sugestão de lanche: cachorro-quente.
RESPONSÁVEIS: direções, equipes pedagógicas, professores, funcionários e grêmio
estudantil.
SETEMBRO
* Dia 09 – Desfile Cívico e Porco no tacho
DESFILE: Uniforme
SUGESTÕES:
- realizar na parte da tarde, torneio de canastra e bolãozinho;
- fazer as inscrições antecipadas.
RESPONSÁVEIS: APMF, direções, equipes pedagógicas, professores e funcionários.
OUTUBRO
* Dia ______ – Dia do Professor/Funcionário
SUGESTÕES:
- Jantar em um Pesque e Pague;
- ver da possibilidade de realizar um amigo secreto.
RESPONSÁVEIS: Direções.
NOVEMBRO
171
* Dia 20 – Dia da Consciência Negra
SUGESTÕES:
- realizar o Dia do Diferente (valorização de todas as culturas);
- exposição dos trabalhos realizados em sala de aula.
RESPONSÁVEIS: Direções, equipes pedagógicas, professores e funcionários.
DEZEMBRO
* Dia 08 – Formatura
SUGESTÕES:
- Mais participação dos funcionários.
RESPONSÁVEIS: APMF, direção, coordenação pedagógica, professores, funcionários e
formandos.
* Dia 18 – Assembleia de encerramento do ano letivo, com apresentações natalinas
SUGESTÕES:
- mais no início de dezembro, realizar as apresentações natalinas e no último dia de aula
(19/12/18) realizar assembleia, entrega de boletins e assinatura de relatórios.
RESPONSÁVEIS: APMF, direções, equipes pedagógicas, professores e funcionários.
* SUGESTÕES GERAIS PARA O BOM ANDAMENTO DO ANO LETIVO:
- continuar realizando as atividades referentes ao “Dia da Criança”, aqui nas dependências
das escolas.
“O futuro não é o resultado de um jogo de sorte ou de azar. É, sim, o resultado lógico de decisões
tomadas no presente.”
172
ANEXO 7
Calendário Escolar – 2018
173
ANEXO 8
Ata de aprovação do PPP
174
Recommended