Monitoria de Bioquímica e Laboratório Clínico
Monitores:
Professor:Nilo César do Vale Baracho
Proteínas totais
Patologias em que suas concentrações estão
alteradas
Valor de referência no soro: 6,0 – 8,0g/dL
Proteínas totais e séricas
Proteínas totais Albumina Globulinas (alfa-1,alfa-2, beta e gama)
Proteínas totais
Existem mais de 300 proteínas diferentes já identificadas no plasma sanguíneo
Apenas algumas são avaliadas rotineiramente
Amostras mais usadas: sangue, urina, LCR, líquido amniótico, peritonial, pleural ou sinovial, saliva ou fezes
Proteínas totais
Funções:- transporte- manutenção da pressão coloidosmótica- tamponamento de ΔpH- imunidade humoral- atividade enzimática- coagulação- resposta da fase aguda
- reserva protéica
Proteínas totais
A concentração das proteínas plasmáticas é determinada por três fatores:- Velocidade de síntese: A maioria é produzida no fígado. Cerca de 25g/dia num indivíduo de 70kg. O restante é formado nos tecidos linfóides; principalmente as gama-globulinas
Proteínas totais
- Volume de líquido: Cerca de 250g de proteínas são encontradas no compartimento vascular de um homem de 70kg dando uma concentração ao redor de 7,0g/dl
- Velocidade do catabolismo: As proteínas totais são degradadas, liberando aminoácidos para a síntese de proteínas celulares
Proteínas totais A dosagem isolada da proteína total tem pouco
valor, porque a alteração em uma das frações pode ser compensada por alteração oposta de outra fração, como ocorre nas doenças crônicas em que há diminuição de albumina com aumento de gamaglobulina.
Ocorrência similar pode ser observada em respostas de fase aguda, tais como infecções ou traumas, ocasião em que muitas proteínas plasmáticas produzidas no fígado aumentam sua concentração, enquanto a albumina se reduz, mantendo a concentração protéica total praticamente inalterada.
Proteínas totais
Hiperproteinemia:1. Desidratação (vômito, diarréia ou acidose diabética)2. Mieloma múltiplo 3. Macroglobulinemia4. Hepatite autoimune crônica5. Lupus eritematoso sistêmico (LES) 6. Artrite reumatóide 7. Endocardite bacteriana subaguda8. Sarcoidose9. Leishmaniose visceral 10.Linfogranuloma
Proteínas totais
Hipoproteinemia:1. Gravidez2. Hemodiluição ou hiperhidratação3. Queimaduras severas4. Cirrose hépática e alcoolismo crônico5. Desnutrição grave (Kwashiorkor) 6. Hipertireoidismo7. Hemorragia grave8. Síndrome nefrótica 9. Distúrbios da síntese protéica10. Deficiência de cálcio e vitamina D 11. Síndrome de má absorção12. Imobilização prolongada
Proteínas totais
Interferências com resultados falsamente elevados: Esteróides Anabólicos Corticoesteróides Digitálicos Tiroxina
Interferências cm resultados falsamente reduzidos: Estrogênios Laxativos Contraceptivos
Albumina
Representa cerca de 60% das proteínas do plasma humano
É 100% produzida no fígado sob a forma de pro – albumina com produção de 15g/dia
Meia vida de 15-19 dias Velocidade de síntese depende da ingestão
protéica e regulada por feedback negativo pelo teor de albumina circulante
VR: 3,2 a 4,5g/dL
Albumina
Na dosagem é importante que o pte não tenha consumido dieta rica em gordura nas últimas 48hs
A amostra utilizada é o soro Achados de albuminúria são quase sempre
patológicos, exceto após exercícios físicos Nos pte hospitalizados o teor de albumina é
0,3g/dL menor que nos ambulatoriais As dosagens podem acusar resultados falsos
negativos em pte que fazem uso de ampicilina, paracetamol e aspirina
Albumina
Funções: Regulação osmótica Reservatório móvel de aminoácidos do fígado Transporte de:
Fármacos Cortisol Bilirrubina Estrogênios Ácidos graxos livres Cálcio e magnésio
Albumina
Hiperalbuminemia: É rara, mas encontrada nas desidratasses
com retração da fase aquosa plasmáticaHipoalbuminemia:1. Redução da síntese: má absorção, má
nutrição e disfunção hepática2. Perda protéica extravascular: nefropatias,
enteropatias, ICC e queimaduras extensas3. Analbuminemia
Albumina
Conseguências da hipoalbuminemia: Edema facial com macroglossia Ascite e anasarca Icterícia Bradicardia, hipotensão e hipotermia Cardio, espleno e hepatomegalia Encefalopatias Atrofia testicular Ginecomastia
Fracionamento eletroforético
A eletroforese de proteínas (EFP) no soro é uma técnica simples para separar as proteínas do soro. É o teste de triagem mais utilizado para investigação de anormalidades das proteínas séricas. Em condições normais, são separadas cinco bandas do soro: albumina, alfa-1, alfa-2, beta e gamaglobulinas. Eventualmente, pode ser observada a presença da pré-albumina.
Eletroforese
Globulinas
Fracionamento eletroforético
Bibliografia
1. Guyton, Arthur C.: Tratado de Fisiologia Médica, 11ªedição, Ed. Guanabara/Koogan, 2006.
2. Lehninger, Albert L.: Princípios de Bioquímica, Quinta edição, Ed. Sarvier, 2002.
3. Henry, John Bernard: Diagnósticos clínicos e tratamento por dados laboratoriais, 19ª edição, Ed. Monole Ltda, 1999.
4. http://www.geocities.com/Athens/Academy/2966/disciplinas/bioquimica/a1.htm
5. http://www.doles.com.br/prods/pdf/PROTEINAS_TOTAIS.pdf
Obrigada!