DIRECO-GERAL DA SADE Direco de Servios de Prestao de Cuidados de Sade
REGIME REMUNERATRIO EXPERIMENTAL DOS
MDICOS DE CLNICA GERAL RRE
Comisso de Acompanhamento e Avaliao (Despacho n. 5077/04 de 13 de Maro)
Novembro 2004
I N D I C E
1. INTRODUO............................................................................................................... 2
2. OS CUIDADOS DE SADE PRIMRIOS EM PORTUGAL............................................... 4
3. REGIME REMUNERATRIO EXPERIMENTAL RRE.................................................. 7
4. METODOLOGIA DA AVALIAO .............................................................................. 12
5. DADOS QUANTITATIVOS........................................................................................... 15
5.1 Dimenses e Indicadores ....................................................................................... 15 5.2 Resultados............................................................................................................... 19 5.2.1 Disponibilidade....................................................................................................... 19
5.2.2 Acessibilidade ......................................................................................................... 32
5.2.3. Produtividade......................................................................................................... 45
5.2.4 Desempenho/Qualidade Tcnico-Cientfica ........................................................ 54
5.2.5 Eficcia/Ganhos em Sade.................................................................................... 68
5.2.6 Custos/despesas...................................................................................................... 77
5.2.7 Qualidade/satisfao.............................................................................................. 83
5.3 Discusso.................................................................................................................88
6. DADOS QUALITATIVOS ....... ......................................................................................95 6.1. Resultados............................................................................................................... 95
6.2 Discusso............................................................................................................... 103
7. DISCUSSO GERAL/CONCLUSES .......................................................................... 107
7.1. Discusso Geral.................................................................................................... 107
7.2. Concluses ............................................................................................................ 112
8. PROPOSTAS.............................................................................................................. 113 9. BIBLIOGRAFIA... ......................................................................................................119 ANEXOS I - Comisso de avaliao do RRE (C.V.)
II- Legislao
III - Instrumento
IV- Documentos de avaliaes anteriores
1
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
I- INTRODUO Pelo D.L. n. 209/03, de 15 de Setembro, foi prorrogada a durao do Regime
Remuneratrio Experimental (RRE) at finais de 2004, por duas ordens de razes:
- A avaliao relativa a 2002 conclua pela sua continuidade, com base nos aspectos
positivos da experincia;
- Reconhecia-se que era necessrio aprofundar a avaliao da mesma, de modo a melhor
fundamentar uma deciso sobre o seu futuro.
Para o efeito, foi previsto no seu artigo 2 a criao de uma Comisso de Acompanhamento
e Avaliao, que se efectivou atravs do Despacho n. 5077/2004 de 19 de Fevereiro do
Ministro da Sade, publicado no D.R. n. 62, II srie, de 13 de Maro.
Neste despacho determina-se a composio da Comisso e o quadro geral de avaliao do
RRE, traduzido na definio das dimenses a avaliar, cabendo Comisso definir e
adoptar a metodologia adequada a este processo.
A experincia inovadora organizacional RRE, centra-se na questo de testar novas formas
de organizar a prestao de cuidados de sade que se baseassem em solues para os
principais problemas do modelo vigente nos Centros de Sade.
Entre problemas que avaliaes sucessivas identificaram, salientam-se:
- Dificuldades na acessibilidade do utente ao seu mdico de famlia, traduzida em obter a
inscrio na lista de um clnico geral e ser atempadamente atendido por este ou por
quem o substitua, no Centro de Sade e no domicilio;
- Uma oferta de cuidados de sade desadequada em termos de horrios, de marcaes e
de tempos de espera no Centro de Sade;
- A prtica de uma medicina designada como defensiva, traduzida no recurso
excessivo prescrio de MCDT e medicamentos, bem como falta de evidncia na
adeso a orientaes tcnicas;
- A desmotivao e insatisfao dos profissionais, em particular dos clnicos gerais,
referidas ao regime remuneratrio e s condies de trabalho;
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Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
- A falta de instrumentos de gesto adequados, nomeadamente de um bom sistema de
informao que inclua um mdulo clnico;
- O mal-estar para utentes e Centros de Sade resultante da deficiente articulao com os
Hospitais;
- Dificuldade em assegurar a todos a continuidade dos cuidados, de forma integrada.
Esta problemtica e a sua anlise levou naturalmente emergncia de ideias com
progressiva expanso no sector da sade relativamente necessidade de autonomia dos
Centros de Sade (estatuto) com complexificao da sua estrutura interna (diferenciao
que respondesse a aspiraes dos profissionais, mas tambm s exigncias do contexto) de
desenvolvimento do sistema de informao (SINUS), entendido como condio sine qua
non de uma gesto eficiente dos Cuidados de Sade Primrios (CSP), da valorizao dos
profissionais, particularmente dos clnicos gerais, de integrao dos servios de sade
(Hospitais, Centros de Sade e outros prestadores de cuidados) e de associar a
remunerao produo.
Em 1999 este processo culminou com a publicao do D.L. n. 157/99, de 10 de Maio, que
criava um quadro flexvel para a mudana dos Cuidados de Sade Primrios.
No mbito deste processo complexo de mudana estratgica e poltico-normativo (v. Sade
em Portugal, uma Estratgia Para o Virar do Sculo 1998-2002), foram adoptadas
experincias inovadoras de organizao e gesto no sector da Sade a nvel Hospitalar e
dos Cuidados de Sade Primrios, de que se destacam as seguintes:
- A gesto privada e/ou empresarial dos Hospitais: Amadora-Sintra; S. Sebastio,
Portimo;
- A integrao a nvel local, com o avano de Sistemas Locais de Sade de que
exemplo a Unidade Local de Sade de Matosinhos e a Criao de uma Rede de
Cuidados Integrados (Cuidados Continuados) - Despacho Conjunto n. 7/98, de 11 de
Junho;
- A inovao organizacional em CSP com o Projecto Alfa e o RRE, orientados para,
atravs de um trabalho de equipa, dar uma resposta integrada aos utentes inscritos nas
respectivas listas.
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Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
De acordo com o primeiro relatrio da Equipa de Acompanhamento do RRE, de Maro de
2000, no caso do RRE a hiptese que se queria estudar era a de que atravs de um modelo
inovador de organizao da prestao de cuidados, em que se entrega nas mos de
profissionais a capacidade para se auto-organizarem, apresentando objectivos e metas
concretas e comprometendo-se com a sua execuo, possvel obter maior rigor no
desempenho, maior responsabilidade individual e da equipa pelo grau de eficincia obtido,
com ganhos evidentes em qualidade associados a uma racionalizao da utilizao de
recursos.
A experincia RRE, de acordo com o prembulo do DL 117/98, de 5 de Maio e as
Circulares Normativas da DGS que estabeleceram o quadro operativo para a sua
implementao, visava, antes de tudo, a satisfao das expectativas dos utentes, atravs de
uma nova forma de organizao e prestao dos cuidados, no quadro de uma orientao
para a melhoria contnua da qualidade, ou seja, que os resultados traduzissem ganhos em
sade e satisfao dos utentes.
De igual modo, a experincia RRE tinha por objectivo testar at que ponto este modelo
produzia mais satisfao nos profissionais, baseando-o num trabalho de equipa com
autonomia e num regime remuneratrio especfico.
Assim, de acordo com a misso atribuda Comisso de Acompanhamento e Avaliao, o
objectivo do presente estudo a avaliao global da experincia RRE, concluindo pela
verificao ou no da hiptese de base, para da tirar as ilaes relativas adopo deste
modelo de organizao e gesto de Cuidados de Sade Primrios, entre as mudanas a
introduzir na gesto dos Centros de Sade.
2- CUIDADOS DE SADE PRIMRIOS
Este sector de cuidados de sade teve a sua primeira grande modernizao com a chamada
reforma Gonalves Ferreira em 1971, grandemente orientada para a Sade Pblica e
Comunitria, o que permitiu uma melhoria significativa dos respectivos indicadores de
sade.
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Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
poca, a prestao de cuidados de sade estava a cargo dos SMS para os seus
beneficirios e a restante populao recorria aos Hospitais das Misericrdias, aos Hospitais
Civis de Lisboa e aos Hospitais Escolares.
Com a integrao dos ex Servios Mdico Sociais no SNS, a partir de 1977 e com a
criao da carreira de clnica geral em 1982, assiste-se a partir de 1983/84, com a
colocao generalizada de clnicos gerais, a uma mudana profunda no sentido do reforo
dos cuidados de sade personalizados e da medicina familiar. Adopta-se um novo
Regulamento para os Centros de Sade, que leva emergncia dos chamados Centros de
Sade de 2 Gerao.
Esta orientao encontra expresso na estrutura orgnica do Ministrio da Sade que passa
a dispor de uma Direco Geral dos Hospitais e de uma Direco Geral de Cuidados de
Sade Primrios, que integra os Servios da ex Direco-Geral da Sade e de alguns
Institutos como o Instituto Maternal e o SLAT.
o tempo de aplicao das doutrinas e orientaes de Alma-Alta, sob o grande desgnio de
Sade para todos no ano 2000.
Em 1986 estavam preenchidos os quadros dos Centros de Sade de todo o pas, com uma
dotao de 6500 Mdicos de Clnica Geral e a decorrer o processo de formao em regime
de internato complementar, bem como a elaborao da Directiva Comunitria que viria a
reconhecer a especialidade a nvel europeu, e o quadro da respectiva formao
complementar de 3 anos.
Em Portugal j se ia adiantado nesse caminho com a criao dos Institutos de Clnica Geral
em fins de 1982 e da aprovao do Regulamento dos Centros de Sade que, com
adaptaes, foi vigorando at hoje.
Entretanto, em 1994 tinha-se procedido a alteraes estruturais, integrando a DGH e a
DGCSP numa nica Direco-Geral da Sade e reorganizado as Administraes Regionais
de Sade.
No contexto das orientao estratgica de sade, em desenvolvimento desde 1997,
publica-se o DL n. 157/99, de 10 de Maio, instituindo os chamados Centros de Sade de
3 Gerao, em que se procura passar da prtica dominante de cariz individual para a
organizao dos cuidados por unidades, complexificando a estrutura e articulando-o com a
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integrao do sistema a nvel local (Sistemas Locais de Sade) quer pela articulao das
Instituies do Sistema de Sade, quer na base de Programas, como o caso dos Cuidados
Continuados.
Com efeito, o D.L. n. 157/99 de 10 de Maio no foi aplicado e tem-se assistido a
melhorias organizativas de tipo gestionrio, sem alterao do seu estatuto (autonomia e
personalidade jurdica patrimonial e financeira). O diploma postulava, alis, uma aplicao
flexvel e faseada, que foi ensaiada no contexto da criao dos sistemas locais de sade.
, pois, no contexto de reflexo e deciso poltica conducente ao modelo consagrado no
D.L. 157/99, de 10 de Maio e obedecendo orientao de introduzir experincias
organizacionais inovadoras, que surgem experincias como o projecto Alfa e em 1998 o
RRE.
Estas experincias antecipam formas de organizar os cuidados, nomeadamente o trabalho
de equipa multiprofissional com base em contratualizao interna e mecanismos de
acompanhamento e contratualizao externos, cujo pivot seriam as Agncias de
Acompanhamento que, altura, iniciaram a sua actividade de suporte contratualizao
com os Hospitais e Centros de Sade.
De acordo com o prembulo da Lei, reconhecia-se a necessidade de criar um nvel de
gesto local, dotado de autonomia, com personalidade jurdica e de uma hierarquia tcnico-
assistencial que influenciasse um desempenho baseado em equipas formadas pelos
prprios profissionais, numa base de autonomia e co-responsabilizao.
Vicissitudes vrias, nomeadamente questes relativas implementao do D.L 157/99, de
10 de Maio, que visava a criao dos chamados Centros de Sade de 3 gerao de par
com a criao dos Sistemas Locais de Sade, acabaram por limitar a sua execuo a uma
fase incipiente, de que restaram exemplos de mudanas organizativas e de gesto em
muitos Centros de Sade que ensaiaram o caminho para atingir os requisitos previstos
naquele diploma..
No que respeita aos Sistemas Locais de Sade, s se manteve em funcionamento a
Unidade Local de Sade de Matosinhos.
A baixa concretizao do modelo de Centro de Sade e de outras experincias inovadoras,
deveu-se orientao governamental (1999-2002) de reavaliar o seu impacto.
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O actual Governo adoptou, entretanto, uma nova orientao consagrada no D.L. n.60/2003
de 1 de Abril, descontinuando os conceitos e solues anteriores; excepo do RRE.
Esta orientao, de acordo com o prembulo do diploma, tem por base o conceito de rede
de cuidados de sade primrios uma nova rede integrada de servios de sade, onde
possam coexistir unidades de natureza privada e social em articulao com os cuidados de
sade hospitalares e cuidados de sade continuados.
Esta rede de cuidados norteada pelo princpio da diversidade na oferta e pela liberdade
de escolha dos cidados, mas tendo como principal referncia a aco dos Centros de
Sade e dos mdicos de famlia, sem prejuzo de incentivos a novos modelos de gesto e
de organizao.
Afirma-se como objectivo primeiro da nova rede o de garantir a todos os cidados o seu
mdico de famlia e a prestao de cuidados com base na constituio de equipas de sade
multiprofissionais que incluam mdicos, pessoal de enfermagem, psiclogos...
Esta prestao integrada de cuidados implica a correspondente responsabilizao de uma
liderana, o exerccio de tarefas e competncias profissionais de forma planeada e por
objectivos, ao qual se associam incentivos produtividade e qualidade assistencial.
A actual lei encontra-se em fase de regulamentao.
3. REGIME REMUNERATRIO EXPERIMENTAL
O Regime Remuneratrio Experimental dos Mdicos da Carreira de Clnica Geral RRE,
uma experincia inovadora organizacional cujo quadro normativo foi estabelecido pelo
D.L. n. 117/98, de 5 de Maio, tendo como suporte de implementao a Portaria 993-A/98
de 24 de Novembro e as Circulares Normativas n. 9/GAB/DG de 28 de Dezembro de
1998 e n. 6/GB/DG de 10 de Abril de 2002, da Direco-Geral da Sade.
O desenho da experincia feito a partir do estabelecimento de um regime remuneratrio
experimental a que os mdicos de clnica geral podem aderir nas seguintes condies (art.
3.) quando cumulativamente verificveis:
- Integrao num grupo de, pelo menos, trs mdicos;
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- Com acordo entre si de intersubsituio e complementaridade;
- Que garanta, atendimento no prprio dia aos utentes das respectivas listas;
- No horrio das 8 s 20 horas, com possibilidade de alargamento a todos os dias da
semana e at s 24 horas nos dias teis;
- Existncia de um plano de aco anual, aprovado pela Direco do Centro de
Sade, tendo em conta as orientaes das ARSs e os critrios definidos pela DGS;
- Existncia de uma base de dados das listas de utentes com elementos de
identificao, ano de inscrio e data da ltima consulta com o mesmo mdico;
- Existncia de um sistema de informao que permita avaliar a execuo do plano e
monitorizar as actividades especficas previstas de vigilncia em relao a grupos
vulnerveis e aos cuidados domicilirios.
Factor crtico da experincia , pois, o facto de a lei exigir a verificao cumulativa destes
requisitos e esta depender da interveno de diversas estruturas de sade a nvel local,
regional e central.
O nmero anual de aderentes por ano estabelecido por despacho conjunto dos Ministros
das Finanas e da Sade (Despacho Conjunto n. 140/99, de 18 de Dezembro de 1998).
O Plano de Aco o instrumento fundamental de contratualizao e gesto que deve
explicitar (art. 4):
- Os compromissos do RRE quanto prestao de cuidados, de desenvolvimento
profissional e de cooperao interdisciplinar dos profissionais;
- Os critrios e estratgias para a utilizao preferencial das capacidades instaladas a
nvel do sistema local de sade;
- Os critrios de garantia de qualidade e custo-efectividade dos cuidados a prestar,
nomeadamente atravs da utilizao de formulrios por patologias e de MCDTs;
- A orientao por princpios de racionalidade tcnico-cientfica,
O plano de aco constitui-se, assim, num factor crtico da adeso e do arranque da
experincia, pois exigia-se ao RRE um salto qualitativo em termos de planeamento e
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gesto corrente que iam muito para alm do habitual nos contextos em que podiam ocorrer
e por certos requisitos crticos, como o sistema de informao, dependerem de outros, bem
como a disponibilizao da informao pertinente. De igual modo a adopo de
formulrios para prescrio por patologia e de MCDTs referidos requeriam um trabalho
de diversos actores do sistema, cuja cooperao era preciso assegurar.
Para que esta fosse efectiva, no bastava a lei e a vontade, mas a criao de mecanismos de
coordenao do topo at base do sistema, ou seja para que a experincia RRE se
concretizasse no terreno, era necessrio o envolvimento e a coordenao das estrutura do
Ministrio da Sade aos diversos nveis
O 1 outorgante deste contrato, ou deste processo de contratualizao progressiva, definiu,
pois, partida um modelo de cuidados a prestar:
- Composio das listas de modo a que a populao abrangida privilegie a estrutura
familiar;
- Particular ateno s crianas dos 0-4 anos e dos maiores de 65 anos;
- Prioridade a actividades de vigilncia em relao aos grupos de risco
correspondentes s grvidas, crianas no 1 ano de vida e planeamento familiar;
- Cuidados mdicos domicilirios, como compromisso assistencial do mdico de
clnica geral.
- A actividade clnica, segundo critrios contidos nas Circulares Normativas, deveria
estar em conformidade pelo menos com trs normas tcnicas da DGS.
Para alm deste modelo e dos compromissos de intersubstituio e complementaridade,
como regra de organizao interna das equipas, mas tambm como compromisso face aos
utentes, previu-se, ainda, a eventual necessidade de prestao de servios fora do mbito
do RRE.
Em contrapartida e como corolrio lgico da hiptese-base e de diagnstico da situao
constantes do prembulo do DL 117/98, de 5 de Maio, assumiu a Administrao os
seguintes compromissos:
- Remunerar de forma diferenciada em funo da produtividade, do modelo de
cuidados adoptado, da respectiva qualidade e do regime de trabalho, bem como o
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trabalho extraordinrio por substituio de ausncia prolongada de colegas e de
trabalho fora do mbito do RRE;
- Disponibilizar recursos para a constituio de uma equipa multiprofissional, e de
espao e meios informticos;
- Desenvolver um sistema de informao que permitisse avaliar a execuo do plano
de aco e monitorizar as actividades especficas (art. 3 e 6), particularmente o
mdulo clnico;
- Assegurar a coordenao e apoio tcnico, com definio de critrios e construo
dos indicadores necessrios monitorizao e avaliao permanente do
desempenho;
- Criar uma estrutura de acompanhamento e apoio a nvel das ARSs/Sub-Regies;
- Apoiar, no tempo, a experincia at a avaliao conclusiva, embora no houvesse
um tempo pr-definido expresso para a sua durao (estaria em hiptese dois anos
prorrogveis por mais um).
A efectivao destes compromissos constitui, assim, desde o incio, tambm uma forma
inovadora de articulao e coordenao duradoura no tempo entre instituies do
Ministrio da Sade, e destas com instituies do Ministrio das Finanas, bem como com
outros actores no sistema de sade, nomeadamente Sindicatos Mdicos, Ordem dos
Mdicos e Associao Portuguesa dos Mdicos de Clnica Geral, e organizaes
profissionais de pertena de outros profissionais de sade.
A experincia inovadora organizacional alicera-se, em particular, no apenas num regime
remuneratrio diferenciado, que podia contratualizar-se com base num modelo de
desempenho individual, mas de uma forma clara no trabalho de grupo, ou de equipa:
- Quem contratualiza o grupo e respectiva coordenao;
- Estabelecem-se regras que assegurem a coeso e eficcia face aos compromissos:
inter-substituio e complementaridade;
- A avaliao do desempenho relativa ao grupo;
- Tem por base um plano de aco;
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Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
- Num espao prprio e para uma populao especfica;
- Est associada a um regime remuneratrio especfico composto:
Por uma base fixa do vencimento do clnico geral que alterada em funo
do regime de trabalho e da lista ponderada de utentes.
E uma componente varivel que funo da prestao de cuidados a grupos
vulnerveis da populao e da prestao de cuidados no domiclio.
Apesar do seu potencial, este factor de inovao foi limitado pelas diferentes condies de
remunerao para os outros profissionais e por no haver a vontade expressa ou critrios de
composio de equipa, de modo a alarg-la a outros profissionais, por ex. tcnicos de
servio social, psiclogos e terapeutas.
Com o RRE, enquanto experincia inovadora organizacional, pretendia-se experimentar
formas de organizar os cuidados de sade primrios que permitissem identificar ganhos
em sade, bem como aumentar a satisfao dos utilizadores e profissionais, no quadro da
concretizao de uma estratgia de melhoria contnua da qualidade dos cuidados de sade:
melhor acessibilidade e utilizao, racionalidade tcnico-cientfica, custo-eficincia e
conformidade com orientaes tcnicas.
A hiptese a testar a de que, associando um regime remuneratrio especfico a um
modelo inovador de organizao de prestao de cuidados em que se entrega nas mos de
profissionais a capacidade para se auto-organizarem, apresentando objectivos e metas
concretas e comprometendo-se com a sua execuo, possvel obter maior rigor no
desempenho, maior responsabilidade individual e da equipa, pelo grau de eficincia obtido,
com ganhos evidentes em qualidade associados a uma racionalizao da utilizao de
recursos (Relatrio da 1 Comisso de Acompanhamento, v. doc. anexo)
O pressuposto o de que um modelo inovador da organizao da prestao de cuidados de
sade como o pretendido, teria a adeso dos profissionais e produziria os
efeitos/resultados pretendidos.
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4. METODOLOGIA DA AVALIAO
O RRE uma experincia inovadora organizacional no mbito dos Cuidados de Sade
Primrios a nvel local, ou seja, no contexto da actividade e integrado no respectivo Centro
de Sade.
De acordo com o 1 Relatrio da Equipa de Acompanhamento da Reforma e Modernizao
dos Centros de Sade (Maro de 2000), o objectivo principal do RRE o de provar que
possvel melhorar a acessibilidade do cidado aos cuidados de sade, humanizar o contacto
deste com o sistema e melhorar as prticas assistenciais atravs do desenvolvimento de um
processo de qualidade. O prembulo do D.L. n. 117/98, de 5 de Maio, define, alis, a
natureza desta experincia como um esforo de melhoria contnua da qualidade.
Assim, o que objecto de avaliao evidenciar e concluir:
- Se esta experincia inovadora produziu os resultados esperados em matria de
melhoria da qualidade dos cuidados prestados: ganhos genricos em sade,
satisfao dos utentes e dos profissionais;
- Se se verificou a adeso esperada experincia por parte dos clnicos gerais e de
outros actores do sistema implicados na experincia;
- Se a diferena esperada em relao aos cuidados de sade prestados pelo restante
Centro de Sade explicada pela associao do modelo de cuidados pretendido
com o regime remuneratrio experimental;
- Se os resultados obtidos se explicam, tambm, pelas outras condies previstas para
a realizao da experincia: condies de trabalho, meios informticos, sistema de
informao, outros profissionais;
- Que outros factores, dos quais dependia a implementao da experincia,
influenciaram positiva ou negativamente os objectivos e os resultados:
nomeadamente a estrutura de acompanhamento e apoio;
- At que ponto foram cumpridos os compromissos contratuais entre as partes e de
que forma isso influenciou a experincia.
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Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Com a presente avaliao pretende-se criar condies para a concluso da experincia e a
formulao da hiptese de aplicao futura deste modelo com as adaptaes e melhorias
identificadas neste processo de avaliao.
Trata-se, pois, de um processo de avaliao aprofundado, no pontual, ou limitado
quantificao dos resultados obtidos em matria de prestao de cuidados e sua
comparao com dados das sub-regies e nacionais.
Tratando-se de avaliar uma experincia inovadora organizacional a presente avaliao tem
o desenho de um estudo de caso e estrutura-se pelos seguintes nveis:
1. Avaliao do ano de 2003 no sentido de evidenciar at que ponto os resultados e o
modelo de prestao de cuidados concretizam os objectivos e o normativo existente
para esta experincia inovadora, integrando o histrico de cada RRE;
2. Descrio/avaliao da forma como em cada ARS e Sub-Regies envolvidas decorreu
a implementao da experincia: estruturas de apoio, instrumentos de gesto deste
processo, candidaturas apresentadas e aprovadas, impacto da experincia no sistema de
sade, sobretudo em termos de melhoria contnua da qualidade;
3. Descrio/avaliao global da experincia, evidenciando os seus aspectos positivos e
negativos face ao desempenho dos grupos comparadores das sub-regies envolvidas e
do modelo geral de prestao de cuidados de sade primrios e s
oportunidades/constrangimentos que as mudanas anunciadas para os CSP representam
face hiptese de utilizao futura do modelo testado.
Os critrios relativos avaliao e monitorizao esto previstos no DL 117/98 de 5 de
Maio, operacionalizado atravs das normas da DGS nas Circulares Normativas n.
9/GAB/DG de 28/12/98, substituda pela Circular Normativa n. 06/GAB/DG de 10/04/02 e
no Despacho n. 5077/04 de 13 de Maro.
Dando continuidade s avaliaes anteriores e, em particular, auto-avaliao de 2001 e
avaliao de 2002, procurou manter-se a bateria de indicadores utilizada para medir os
resultados/cuidados prestados, reavaliando-a luz da experincia e enriquecendo-a e
estruturando-a em funo das dimenses previstas no Despacho n. 5077/04 de 13 de
Maro.
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Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Relativamente avaliao anterior e ao seu aprofundamento este estudo procura:
- Basear-se nas dimenses consideradas estruturantes do modelo de prestao de
cuidados, pertinentes na perspectiva da melhoria contnua da qualidade;
- Avaliar cada uma delas atravs de indicadores construdos com base na experincia
anterior, nas orientaes tcnicas da DGS e no sistema de informao disponvel;
- Uma maior aproximao realidade, utilizando grupos comparadores com a mesma
dimenso (n. de mdicos) a operar em C. de Sade com caractersticas demogrficas
semelhantes s do RRE, a escolher pelos representantes das ARS na Comisso, com
suporte nos recursos tcnicos locais e posterior adopo pela Comisso;
- Face a limitaes do SINUS, proceder a recolha manual de dados para a construo de
indicadores;
- Ter em conta outra informao relevante para a avaliao da experincia,
nomeadamente a que diz respeito s condies da sua criao e de apoio e
acompanhamento;
- Ter presente a literatura pertinente para a anlise dos dados e o debate relativo
confirmao ou infirmao da hiptese de trabalho e para identificao de questes a
pesquisar no futuro.
O exerccio de avaliao utiliza como principal instrumento uma bateria de
dimenses/indicadores, mas os relatrios por RRE, por ARS/Sub-Regies envolvidas e
nacional, integram outra informao qualitativa essencial ao processo de avaliao, de
acordo com os normativos existentes e a presente metodologia adoptada pela Comisso de
Avaliao.
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5 DADOS QUANTITATIVOS
5.1. Dimenses/Indicadores
A construo das dimenses e indicadores resulta da natureza da experincia a avaliar e
dos seus resultados, particularmente os que dizem respeito aos cuidados prestados.
Com efeito, a mudana que se quis testar com esta experincia tem a ver com:
- a identificao e resposta a problemas de sade sensveis;
- a forma como est a ser dada resposta a necessidades de sade de grupos vulnerveis;
- a qualidade dos cuidados medida pela conformidade com orientaes tcnicas;
- a acessibilidade ou as barreiras que a dificultam: horrios, programao, diferenciao
das consultas, comunicao;
- a organizao dos recursos e as boas prticas de Medicina Geral e Familiar:
individualistas vs trabalho de equipa;
- a abertura comunidade;
- a utilizao dos servios pelos utentes;
- a orientao para ganhos em sade;
- a capacidade para adoptar formas inovadoras de organizao dos cuidados e de
reconhecimento do trabalho dos profissionais;
- a gesto eficiente dos recursos;
- e se resulta faz-lo com base num processo de contratualizao.
A mudana organizacional ensaiada tem por fundo estes problemas/necessidades e passa
por mudanas na estratgia, por adequar a estrutura quela e por mudanas na gesto dos
recursos humanos e outros.
As dimenses do estudo resultam da escolha das variveis mais importantes para a
avaliao da experincia inovadora organizacional, na perspectiva da melhoria contnua da
15
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
qualidade e foi feita pela Direco-Geral da Sade e consta do despacho n. 5077/2004, de
13 de Maro, que define o quadro de avaliao do RRE e cria a Comisso.
A escolha dos indicadores que permitem medir/avaliar essas dimenses, foi feita a partir de
uma lista de indicadores conhecidos, usados no dia a dia e em avaliaes anteriores e que
constam dos normativos (Circular Normativa n. 9/GAB/DG de 28 de Dezembro de 1998),
dos relatrios de avaliao de 2001 e de 2002, bem como das orientaes tcnicas em
vigor.
A Comisso fez a sua reavaliao e escolha luz dos seguintes critrios:
- adequao/utilidade especfica para avaliao do RRE e das actividades mais
relevantes do modelo de prestao de cuidados;
- acessibilidade, existncia de dados disponveis e fiveis, em tempo til e qualidade
suficiente, face s limitaes do actual sistema de informao (SINUS);
- a comparabilidade, ou seja, o permitirem avaliar tanto o desempenho dos RRE como
dos grupos comparadores;
- representatividade, sempre que possvel trabalhar com os dados do total da populao
em estudo (RRE e Grupo Comparador ou de Controle);
- facilidade de compreenso;
- facilidade de recolha, com relao fonte e disponibilidade, neste caso, do SINUS e
nos outros casos s condies em que se far a recolha manual por no existncia do
mdulo clnico.
Teve-se em ateno, na escolha dos indicadores a necessidade de estes permitirem uma boa
descrio da forma como esto organizados os RRE, como funcionam, de evidenciar os
resultados da experincia no que toca aos cuidados prestados.
Para alm da sua escolha em funo das dimenses, procurou-se a coexistncia de
indicadores de estrutura (recursos envolvidos), de processo (uso dos servios,
produtividade, qualidade), de resultados (coberturas, eficcia) e de impacto, no sentido de
16
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
ganhos genricos em sade, conforme estabelecido na literatura de referncia em
avaliao da qualidade (Donabedian, 1984).
Os indicadores relativos a ganhos em sade, no puderam ser avaliados, pois no havia
metas definidas para tal, seno para o ano 2002 e para o horizonte de 2007 (v. Sade em
Portugal, Uma Estratgia para o Virar do Sculo - 1998-2002), nem havia dados
estatsticos disponveis para o fazer em sede de Planos de Aco dos RRE.
As referncias mais relevantes na seleco, escolha e ponderao dos indicadores, para
alm das j citadas so o Guia Orientador para Elaborao de Indicadores (DGS, 2003)
Characteristics of Clinical Indicators (ORB, Nov. 1989), The OECD Health Quality
Indicators Project (Report, Set. 2003), as orientaes tcnicas da DGS, em matria de
cancro da mulher, diabetes e outras, bem como: Relatrio do Director-Geral e Alto-
Comissrio da Sade Ganhos em Sade 2002.
A construo dos indicadores procurou respeitar e orientou-se pelas caractersticas dos
indicadores objectivamente verificveis: utilidade, acessibilidade, tica, robustez,
representatividade e facilidade de compreenso; teve-se em conta os indicadores usados no
dia a dia, os que constam da candidatura e planos de aco na linha das avaliaes
anteriores e que integram o SINUS.
Para cada dimenso escolheram-se alguns indicadores que permitam a sua medida e
avaliao, tendo em conta o objectivo desta. Nos casos em que o SINUS no disponibiliza
os respectivos dados optou-se pela recolha manual e nalguns, face dimenso do universo
a pesquisar, optou-se por faz-lo por amostragem sistemtica.
No se tratando de um estudo estatstico, mas sim de um estudo de caso, a quantificao
dos resultados relativos aos cuidados prestados, fez-se com base em mdias de modo a
evidenciar orientaes de tendncia e simplificar a sua leitura, quer na comparao dos
resultados dos RRE com os G.C., quer na evidenciaro da variabilidade existente entre
grupos RRE.
17
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
A apresentao dos resultados faz-se por dimenso e respectivos indicadores, utilizando
grficos de barras e sempre que possvel aos trs nveis de anlise: grupos, sub-regio e
global, incluindo neste dados nacionais de 2003 e 2003, desde que existam.
Esta apresentao completada com quadros globais em que se suporta a discusso e
concluses.
18
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
5.2. Resultados De seguida apresentam-se os resultados por dimenso e indicadores
5.2.1. Disponibilidade
Entendeu-se por Disponibilidade a possibilidade de desempenhar satisfatoriamente a
prestao de cuidados no perodo avaliado.
A disponibilidade de servios tem a ver com a forma e o grau at onde os problemas de
acesso so melhorados pelo lado da oferta, tendo por base as suas causas e a adopo de
formas diferenciadas de organizar os cuidados com clara orientao para o utente e reforo
da integrao interna.
O acesso aos cuidados de sade, um dos pressupostos de qualquer sistema de sade que
pretenda responder, organizada e efectivamente, aos problemas de sade da comunidade
que serve.
A forma como se disponibilizam os servios de sade um dos principais problemas do
Servio Nacional de Sade.
O RRE pressupe a adopo de um conjunto de novas aces orientadas para a melhoria
do acesso, com prestao de cuidados de qualidade, tais como:
1. Flexibilizar horrios de consulta, disponibilizando um horrio mais alargado
2. Assegurar consulta no prprio dia a todos os utentes, efectuando atendimentos com
hora marcada, melhorando o acesso em situaes agudas e a assistncia no domicilio
3. Facilitar a marcao de consultas atravs do telefone
4. Usar a complementaridade de competncias, potenciando as capacidades e aptides
individuais, efectuando uma intersubstituio personalizada, quebrando o isolamento
profissional, e orientada para uma dinmica permanente de qualidade e
desenvolvimento profissional.
De modo a avaliar esta dimenso foram escolhidos os seguintes indicadores cujos
resultados se apresentam.
Indicador 1 - Mdia de inscritos por mdico
19
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Como podemos verificar no grfico a mdia de inscritos por mdico no RRE superior ao
Grupo Comparador, atingindo um valor mdio no RRE de 1774 inscritos / mdico,
enquanto este valor de 1639 no grupo comparador, ou seja +8,3% no RRE.
Nos RRE os valores mximos encontram-se em S Flix (2025), Torres (1994) e Aguda
(1902) enquanto os mnimos so Beja, Serpa Pinto e Couo (respectivamente 1555, 1634
e1637). No Grupo Controle encontram-se valores mnimos de 1548 em Ramalde e um
mximo de 1814 em Aguda.
Os valores mdios encontrados esto de acordo com a dimenso prevista para a lista de
utentes em clnica geral que prev cerca de 1500 inscritos por mdico, e o decreto que
regula o RRE que prev como valor mnimo de inscritos 1583 utentes.
Indicador 1 - Mdia de Inscritos por Mdico em cada RRE e GC
1801,01634,0
1902,01757,0
2025,0
1750,0 1778,0 1706,01777,0 1840,8 1737,5
1637,0 1694,91806,9
1553,0
1845,3 1800,3
1994,4
1548,0 1555,0
1789,0 1852,0
1581,0 1586,0 1616,0 1638,0 1615,9 1615,9 1601,5 1570,6 1594,5 1592,01697,8 1685,2
1773,31814,0
0,0
500,0
1000,0
1500,0
2000,0
2500,0
Rama
lde
Serpa
Pint
oAg
uda
Cane
las
S.Fe
lix
Sete
Cami
nhos
Fanz
eres
Horiz
onte
Ocea
nus
Samo
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Coruc
heCo
uo
C.Pie
dade
Monte Be
ja
Benfi
ca
Sta I
riaTo
rres
RRE GC
20
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 1 - Mdia de Inscritos por Mdico nos RREs e GC das Sub-Regies
1775,0 1764,0 1757,01553,0
1874,0
1640,0 1614,0 1592,01717,0
1564,0
0,0
200,0
400,0
600,0
800,0
1000,0
1200,0
1400,0
1600,0
1800,0
2000,0
Porto Santarm Setbal Beja Lisboa
RRE GC
Em Beja verificam-se valores sensivelmente iguais.
Indicador 1 - Mdia de Inscritos por Mdico no TOTAL dos 18 RREs e GCs s
1774,01639,0
1273
0,0
200,0
400,0
600,0
800,0
1000,0
1200,0
1400,0
1600,0
1800,0
2000,0
Mdias Gerais dos 18 RREs/GCs
RRE GC Mdia Nacional
O valor mdio de inscritos por mdico no RRE superior ao verificado no GC (+8,3%) e
nos 2 casos claramente superiores mdia nacional que de 1273.
21
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 2 Visitas domicilirias por 1.000 inscritos
Os cuidados domicilirios devem fazer parte integrante dos cuidados oferecidos em
Medicina Geral e Familiar. Alm disso previsto no diploma que regulamenta o RRE que
estejam integrados nos compromissos assistenciais assumidos, fazendo igualmente parte
das componentes variveis da remunerao do regime, devendo ser avaliado mensalmente.
Nos RRE, este indicador influenciado directamente pela forma de remunerao que
discrimina positivamente quem os realiza, verificando-se que a inteno do legislador neste
item foi parcialmente cumprida.
Indicador 2 - Mdia de Visitas Domic. Mdicas por 1000 Inscritos nos em cada RRE e GC
39,5 38,8
106,4
37,5
52,8
27,0
36,443,8 43,1
23,4 22,6
83,7
12,5
54,7
20,615,8 18,1
10,2
20,2 21,915,0 16,2 14,8 16,0
41,2 40,2
22,8 22,8
7,5
27,8
7,8 6,7 4,1 1,66,6
13,8
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
Rama
lde
Serpa
Pint
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Cane
las
S.Fe
lix
Sete
Cami
nhos
Fanz
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Horiz
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Ocea
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ja
Benfi
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Sta I
riaTo
rres
RRE GC
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Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 2 - Mdia de Visitas Domici. Mdicas por 1000 inscritos nos RREs e GC das Sub-Regies
43,8
30,0
36,6
20,6
14,8
23,221,1
6,73,9
16,6
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0
50,0
Porto Santarm Setbal Beja Lisboa
RRE GC
Indicador 2 - Mdia de Visitas Domic. Mdicas por 1000 inscritos no TOTAL dos 18 RREs e GCs s
34,6
17,714,2
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
Mdias Gerais dos 18 RREs/GCs
RRE GC Nac.(2002)
Como podemos verificar, o nmero de domiclios varia muito, tanto dentro dos grupos
RRE como nos grupos Comparadores, verificando-se no entanto, um nmero muito mais
elevado de domiclios realizados no grupo RRE, sendo que a mdia de domiclios
superior ao dobro neste grupo (RRE-34,6%o e Controle 17,7%o).
23
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Verificamos um mximo de 106,4 domiclios por 1000 inscritos no RRE da Aguda e um
mnimo de 10,2 em Torres, enquanto nos grupos comparadores encontramos um mximo
de 41,2%o no Horizonte e um mnimo de 1,6/1000 inscritos no grupo comparador de Sta
Iria.
De acordo com a portaria n. 993-A/98, os RRE deveriam disponibilizar um mnimo de 4
domiclios mensais por mdico sua lista (44 /ano), o que leva a concluir que h RRE que
esto dentro dos valores recomendados, enquanto outros ficam muito aqum desse
objectivo, visto, a mdia ser 34,6%o por mdico e por ano.
Na avaliao de 2002, j mencionada atrs, obtiveram-se valores de 34 domiclios por
1000 habitantes no RRE, enquanto a mdia nacional nesse ano, calculada pela DGS, foi de
14,2.
24
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 3 -Tipo de consultas disponibilizadas-(consulta aberta/consulta programada em %)
Uma das aces com vista melhoria do acesso a facilitao de marcaes de consulta
com dia e hora marcados, sendo que este item deve estar contemplado e publicitado em
todos os RRE, constituindo uma das condies para a sua implementao, devendo
igualmente ser alvo de avaliaes ( Circular Normativa n. 9 / GAB /DG de 28/12/98).
Na verdade a existncia de uma percentagem razovel de consultas marcadas face ao total
de atendimentos um bom indicador de prtica organizativa.
Indicador 3 - % de Consultas Programadas (Agendadas) em cada RRE e GC
28,0%33,0%
72,0%
23,0%
39,0%47,0%
31,0%
52,0%
79,0%
20,0% 23,1% 17,1%
51,4%
30,0%
68,2%
79,7%
107,1%
77,3%
61,0%66,0%
33,0% 33,0%
24,0% 23,0%
38,0%42,0%
14,0% 14,0% 16,8%
55,4% 58,3%
95,0%
43,6%
106,6%
71,2%
30,0%
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
120,0%
Rama
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Serpa
Pint
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S.Fe
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Sete
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nhos
Fanz
eres
Horiz
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Ocea
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Torre
s
RRE GC
25
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 3 - % de Consultas Programadas (Agendadas) nos RREs e GC das Sub-Regies
45,5%
21,0%
39,1%
68,2%
80,3%
37,1%
14,4%
95,0%
67,0%57,0%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
Porto Santarm Setbal Beja Lisboa
RRE GC
Indicador 3 - % de Consultas Programadas (Agendadas) no TOTAL dos 18 RREs e GCs s
47,6%43,7%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
45,0%
50,0%
Mdias Gerais dos 18 RREs/GCs
RRE GC
Como podemos verificar pelo grfico apresentado, h grandes discrepncias tanto nos RRE
como nos Grupo Comparadores. Existem diferentes critrios para registo no SINUS, no
que respeita ao agendamento e programao de consultas, o que explicar, pelo menos, em
parte as discrepncias encontradas, por exemplo no RRE de St Iria.
Ao fazer a mdia dos Grupos Comparadores e dos RRE, encontramos valores idnticos nos
dois regimes, 47,6% no RRE e 43,7 nos Grupos Comparadores.
26
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
O entendimento da comisso de que este indicador no vlido, ou seja, no mede
efectivamente o que se pretendia, isto o peso da actividade programada versus a consulta
aberta. Alm disso, no conhecemos estudos que permitam dizer qual a percentagem ideal,
nem h valores anteriores calculados, nem evidncia sobre o assunto de modo a que
possamos efectuar comparaes.
Indicador 4 Horrio para atendimento telefnico publicitado
A Circular Normativa n 9 / GAB / DG de 28/12/98, preconiza que haja possibilidade de
obter informaes ou conselhos mdicos por telefone em situaes que no impliquem
consulta, como forma de melhorar a acessibilidade e responder aos problemas dos utentes.
Nesse sentido avaliou-se a existncia ou no de publicitao de horrio para esse fim junto
dos utentes (documentos ou placards).
Obtiveram-se valores mdios superiores de 76% no Grupo RRE e de 66% no Grupo
Comparador, e que se explicita no quadro seguinte em nmeros absolutos.
RRE G.C.
SIM 97 86
NO 32 45
% 76% 66%
Avaliando por Sub Regies verificamos que os nmeros so muito dspares, tanto no
Grupo RRE como no Grupo Comparador, como se pode ver no grfico seguinte.
27
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 4 - % de Mdicos com Atendimento Telefnico publicitado em cada RRE e GC
100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
0,0% 0,0%
100,0% 100,0%
0,0% 0,0%
100,0% 100,0%100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
88,0% 89,0%
0,0% 0,0% 0,0%
100,0% 100,0%
0,0%
100,0%
78,0%
100,0%100,0%
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
120,0%
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rres
RRE GC
Indicador 4 - % de Mdicos com Atendimento Telefnico publicitado nos RREs e GC das Sub-Regies
100,0%
38,0%
56,0%
0,0%
73,0%
97,0%
0,0% 0,0%
91,0%
6,0%
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
120,0%
Porto Santarm Setbal Beja Lisboa
RRE GC
28
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 4 - % de Mdicos com Atendimento Telefnico publicitado no TOTAL dos 18 RREs e GCs s
76,0%
66,0%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
Mdias Gerais dos 18 RREs/GCs
RRE GC
Esta comisso esperaria encontrar valores prximos de 100% nos RRE, o que no se
verificou.
29
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 5 Horrio diferenciado de consultas por programa e / ou ficheiro piloto por
programa
Este indicador encontra-se cumprido em praticamente todos os mdicos pertencentes aos
RRE quer aos do Grupo Comparador , explicitando-se no quadro seguinte em nmeros
absolutos.
RRE G.C.
SIM 126 131
NO 3 0
% 98 % 100%
Indicador 5 - Percentagem de Mdicos com Horrio Diferenciado de Consulta Programada em cada RRE e GC
100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
50,0%
100,0% 100,0%100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%100,0%
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
120,0%
Rama
lde
Serpa
Pint
oAg
uda
Cane
las
S.Fe
lix
Sete
Cami
nhos
Fanz
eres
Horiz
onte
Ocea
nus
Samo
ra
Coruc
heCo
uo
C.Pie
dade
Monte Be
ja
Benfi
ca
Sta I
ria
Torre
s
RRE GC
30
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 5 - Percentagem de Mdicos com Horrio Diferenciado de Consultas por Programa nos RREs e GC das Sub-Regies
100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
86,0%
100,0% 100,0% 100,0% 100,0%100,0%
75,0%
80,0%
85,0%
90,0%
95,0%
100,0%
105,0%
Porto Santarm Setbal Beja Lisboa
RRE GC
Indicador 5 - Percentagem de Mdicos com Horrio Diferenciado de Consultas por Programa no TOTAL dos 18 RREs e GCs s
98,0% 100,0%
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
120,0%
Mdias Gerais dos 18 RREs/GCs
RRE GC
Os valores de Benfica podem ser explicados pela presena de outros especialistas
mdicos, nomeadamente, pediatras.
31
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
5.2.2. Acessibilidade/Coberturas/Utilizao
Entendeu-se por Acessibilidade avalia o grau de facilidade com que se obtm os cuidados
de sade adequados em determinado local e tempo.
Do lado da procura a maior e mais diferenciada acessibilidade mede-se por taxas de
cobertura e utilizao dos servios de sade. Nesta dimenso, procura-se avaliar at que
ponto as alteraes introduzidas pelo RRE promoveram melhor acessibilidade e se o
fizeram com a diferenciao requerida: grupos vulnerveis e grupos com dificuldades
conhecidas de acesso como seja o caso dos adolescentes e da populao activa.
Neste sentido, a acessibilidade aos Servios de Sade, traduz o grau de ajuste entre as
caractersticas dos recursos de sade e as caractersticas da populao, no processo de
resposta procura de cuidados de sade, o que medido atravs de indicadores ou taxas de
cobertura de utilizao.
A cobertura mede a percentagem da populao inscrita que, no caso dos RRE e G.C.,
beneficiou da sua actividade concreta no ano em avaliao.
Assim a Utilizao, medida atravs de indicadores de produo, pode referir-se ao total
da populao e/ou a grupos, segundo o sexo e/ou o grupo etrio. Habitualmente usam-se
taxas (%) ou valores mdios de utilizao como medida.
A acessibilidade e utilizao dos Servios de Sade so factores que condicionam de forma
importante o nvel de sade das populaes, sendo certo que, entre outras vertentes, a
segunda tambm consequncia da primeira.
Idealmente, os Servios de Sade, devem ser acessveis a toda a populao, no entanto, na
prtica, observamos determinadas circunstncias nas quais surgem barreiras que dificultam
ou impedem o acesso dos indivduos a estes servios.
Da diferente disponibilidade, organizao e acessibilidade aos recursos/servios de sade
na comunidade, bem como de caractersticas vrias (bio-scio-culturais) dos prprios
indivduos, depender a utilizao que deles se faa. Esta poder ser medida atravs do
consumo de cada um dos recursos por habitante e por ano. A fonte de dados dos recursos
32
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
para a sade em geral constituda pelos prprios registos dos servios e por estudos de
investigao j implementados no terreno.
De acordo com os dados do Observatrio Europeu de Cuidados de Sade Primrios
(1999), o nmero de contactos mdicos por utente/ano na Europa de cerca de 6.1.
Constata-se que em Portugal o nmero de contacto por utentes/ano de 3.4 um dos mais
baixos da Europa, apenas com a Sucia e Turquia com menor nmero de contactos (2.8 e
2.0).
De acordo com o documento Sade dos Portugueses da Direco Geral da Sade (DGS) -
1997, em Cuidados de Sade Primrios o valor do nmero de consultas por habitante/ano
de 2,6 no ano 1994 e de 2 consultas por habitante/ano em 1995.
De acordo com o Plano Nacional de Sade 2004/2010 da DGS referido o valor de 2,7
consultas/ano, sendo a projeco para 2010 de 2,8 e meta para 2010 de 3 consultas
utente/ano.
Tendo em conta a oferta e organizao dos servios necessrio avaliar at que ponto se
altera o acesso ou a procura comparativamente ao que ocorre com o modelo tradicional de
prestao de Cuidados de Sade Primrios, tendo em conta as inovaes introduzidas pelos
RRE, tendo-se para o efeito construdo os seguintes indicadores:
33
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 6 - 1s consultas do ano por utentes inscritos (% de Utilizao)
Este indicador mede a percentagem de utilizao (primeiras consultas no ano) por utentes inscritos.
Indicador 6 - 1s consultas no ano por utentes inscritos em cada RRE e GC (% de Utilizao)
66,0%63,0%
78,0% 77,0%
83,0%
72,0%76,0%
79,0%76,0%
79,3% 77,3%
92,3%
86,3%89,7%
64,3% 63,7%
80,0%
70,0%
61,0% 62,0%
69,0% 68,0%
93,0% 93,0%
78,0% 77,0%73,7% 73,7%
78,5%
85,4%80,1%
57,7% 57,7%
84,0%
66,0%67,0%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
Rama
lde
Serpa
Pinto
Agud
a
Cane
las
S.Fe
lix
Sete
Cami
nhos
Fanz
eres
Horiz
onte
Ocea
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Samo
ra
Coruc
heCo
uo
C.Pie
dade
Monte Be
ja
Benfi
ca
Sta I
riaTo
rres
RRE GC
Indicador 6 - 1s consultas no ano nos RREs e GC das Sub-Regies (% de Utilizao)
73,7%79,8%
88,2%
64,3%72,2%74,9% 74,2%
57,7%
71,0%
82,4%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
Porto Santarm Setbal Beja Lisboa
RRE GC
34
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 6 - 1s consultas no ano no TOTAL dos 18 RREs e GCs s (% de Utilizao )
75,7% 74,1%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
Mdias Gerais dos 18 RREs/GCs
RRE GC
A diferena entre a mdia de utilizao global, em aproximadamente 2% superior para os
RRE (76% ) relativamente aos GC (74%).
Indicador 7 1s consultas no ano por Crianas inscritas dos 12 aos 23 meses (% de
Utilizao)
Este indicador mede a percentagem de crianas dos 12-23 meses que tiveram primeira consulta no ano, no total das crianas inscritas neste grupo etrio.
Indicador 7 - !s consultas no ano por Crianas inscritas dos 12 aos 23 meses em cada RRE e GC (% de Utilizao)
66,0%57,0%
80,0%
47,0%
72,0%67,0% 69,0%
44,0%36,0%
70,9% 73,7%
92,6%
73,7%
111,7%
60,6% 57,9%
94,0%89,0%
54,0% 55,0% 57,0% 58,0%
87,0% 85,0%
42,0% 41,0%
59,5% 59,5%
83,3%87,6% 88,0%
61,0%
11,8%
65,0%
11,0%
68,0%
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
120,0%
Rama
lde
Serpa
Pint
oAg
uda
Cane
las
S.Fe
lix
Sete
Cami
nhos
Fanz
eres
Horiz
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Ocea
nus
Samo
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heCo
uo
C.Pie
dade
Monte Be
ja
Benfi
ca
Sta I
riaTo
rres
RRE GC
35
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Os GCs de Benfica e Torres apresentam uma Tx.Ut. de 12 e 11% respectivamente, em
virtude da SI ser realizada por Pediatra. O RRE Monte apresenta uma Tx. Ut. de 112% em
virtude de estarem a realizar consultas a utentes sem mdico de famlia.
Indicador 7 - 1s consultas no ano por Crianas dos 12 aos 23 meses nos RREs e GC das Sub-Regies - (% de utilizao)
54,5%
74,1%
99,1%
60,6%
84,5%
55,6%61,7% 61,0%
26,1%
87,8%
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
120,0%
Porto Santarm Setbal Beja Lisboa
RRE GC
Indicador 7 - 1s consultas no ano por Crianas dos 12 aos 23 meses (%) no TOTAL dos 18 RREs e GCs s - (% de Utilizao)
66,4%
49,4%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
Mdias Gerais dos 18 RREs/GCs
RRE GC
A diferena entre as mdias de utilizao por crianas dos 12 aos 23 meses de 17%,
sendo evidente um valor superior para os RRE`s (66 %) relativamente aos GC (49%).
36
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 8 - Mdia de consultas a crianas dos 12 aos 23 meses (n).
Indicador 8 - Mdia de Consultas para Crianas dos 12 aos 23 meses (n) em cada RRE e GC
7,2
5,3
4,6
6,5
8,3
4,5
6,3
7,26,8
4,8
3,8
6,1 6,1
5,1
5,8
4,0
6,5
3,1
4,6
2,9
5,7 5,7
3,9 3,9
5,0 5,0
4,0 4,0 4,1
4,9
4,03,3
1,5
3,8 4,1
4,9
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
Rama
lde
Serpa
Pint
oAg
uda
Cane
las
S.Fe
lix
Sete
Cami
nhos
Fanz
eres
Horiz
onte
Ocea
nus
Samo
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heCo
uo
C.Pie
dade
Monte Be
ja
Benfi
ca
Sta I
riaTo
rres
RRE GC
Indicador 8 - Mdia de Consultas para Crianas dos 12 aos 23 meses (n) nos RREs e GC das Sub-Regies
6,3
4,5
5,45,8
4,64,54,0
3,33,8
4,3
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
Porto Santarm Setbal Beja Lisboa
RRE GC
37
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 8 - Mdia de Consultas para Crianas dos 12 aos 23 meses (n) no TOTAL dos 18 RREs e GCs s
5,6
4,34
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
Mdias Gerais dos 18 RREs/GCs
RRE GC Nacional(2002)
Analisando o nmero mdio de consultas realizadas a crianas dos 12 aos 23 meses,
observou-se nos RRE`s um valor de 5,6 e de 4,3 nos GC.
Embora os valores mdios contemplem vigilncia e doena, constata-se que quer o RRE
quer o GC, apresentam valores dentro das Normas de Referncia e orientaes tcnicas da
Direco Geral de Sade, merc de um longo trabalho realizado no mbito dos Grupos
Vulnerveis e de Risco.
38
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 9 1s consultas no ano em Planeamento Familiar - Grupo Etrio 15-49 ( % de Utilizao)
Taxa de utilizao (primeiras consultas do ano) pelas mulheres deste grupo etrio inscritas.
Indicador 9 - !s consultas no ano em Planeamento Familiar em cada RRE e GC- grupo etrio 15-49 (% Utilizao)
28,0%
23,0%
42,0%
27,0%
40,0%
30,0%32,0% 31,0%
26,0%
18,6%
25,0%
44,3%
22,5%
37,7%
13,9%11,5%
35,0%
23,0%
19,0% 19,0%
24,0% 23,0%25,0%
27,0%
42,0%40,0%
17,7% 17,7% 17,7%
33,5% 32,6%
12,5%
17,2%19,0%
14,0%
23,0%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
45,0%
50,0%
Rama
lde
Serpa
Pint
oAg
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S.Fe
lix
Sete
Cami
nhos
Fanz
eres
Horiz
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Samo
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uo
C.Pie
dade
Monte Be
ja
Benfi
ca
Sta I
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rres
RRE GC
Indicador 9 - 1s consultas em Planeamento Familiar nos RREs e GC das Sub-Regies - grupo etrio 15-49 (% de Utilizao)
30,3%
24,0%
31,6%
13,9%
25,6%27,6%
17,7%
12,5%
17,1%
33,0%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
Porto Santarm Setbal Beja Lisboa
RRE GC
39
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 9 - 1s consultas do ano em Planeamento Familiar no TOTAL dos 18 RREs e GCs s- grupo etrio 15-49 (% de Utilizao)
28,1%
24,4%
22,0%
23,0%
24,0%
25,0%
26,0%
27,0%
28,0%
29,0%
Mdias Gerais dos 18 RREs/GCs
RRE GC
Existe uma diferena de aproximadamente 4% entre as mdias de utilizao em
Planeamento Familiar, sendo evidente um valor superior para os RRE`s (28%)
relativamente aos GC (24%), com excepo para o Grupo Comparador da ULS de
Matosinhos que apresenta valores superiores. O facto de os Centros de Sade estarem
integrados na Unidade Local de Sade de Matosinhos poder explicar esta diferena, uma
vez que esta iniciou um processo de mudana anterior ao arranque dos RREs.
40
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 10 1s consultas no ano - Grupo Etrio 0-18 Anos (% de Utilizao) Taxa de utilizao (primeiras consultas no ano) pelos inscritos deste grupo etrio.
Indicador 10 - 1s consultas no ano - Grupo Etrio 0-18 anos em cada RRE e GC (% de Utilizao)
56,0% 58,0%65,0%
73,0%
98,0%
65,0%71,0%
76,0% 75,0% 74,4% 70,7% 74,8%
89,3% 89,5%
70,7%64,6%
79,0%71,0%
50,0% 50,0%60,0% 60,0%
78,0% 77,0%68,0% 68,0%
73,5% 73,5% 75,7%81,3%
72,0%
47,7%
31,1%
106,0%
63,0%58,0%
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
120,0%
Rama
lde
Serpa
Pint
oAg
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S.Fe
lix
Sete
Cami
nhos
Fanz
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Horiz
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heCo
uo
C.Pie
dade
Monte Be
ja
Benfi
ca
Sta I
riaTo
rres
RRE GC
Indicador 10 - 1s consultas no ano - Grupo Etrio 0-18 anos nos RREs e GC das Sub-Regies (% de Utilizao)
70,2% 72,8%
89,4%
70,7% 73,1%63,8%
73,7%
47,7%
74,7%75,9%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
Porto Santarm Setbal Beja Lisboa
RRE GC
41
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 10 - 1s consultas no ano - Grupo Etrio 0-18 anos no TOTAL dos 18 RREs e GCs s (% de Utilizao)
73,8%
67,4%
40,0%
45,0%
50,0%
55,0%
60,0%
65,0%
70,0%
75,0%
80,0%
Mdias Gerais dos 18 RREs/GCs
RRE GC
O GC de Sta Iria apresenta uma Tx. Ut. de 106% em virtude de existirem dois sistemas
Sinus com valores diferentes para os mesmos inscritos.
A utilizao no grupo etrio dos 0 aos 18 anos nos RRE`s de 74% e no GC de 67%,
sendo pois a diferena de aproximadamente 7 %.
42
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 11 1s consultas no ano - Grupo Etrio 19-44 Anos (% de Utilizao)
Taxa de utilizao (primeiras consultas no ano) pelos inscritos deste grupo etrio.
Indicador 11 - 1s consultas no ano - Grupo Etrio 19-44 anos em cada RRE e GC (% de Utilizao )
50,0% 48,0%57,0%
63,0% 65,0%56,0%
60,0% 59,0%52,0%
64,0%
52,8%
67,3%71,8% 70,9%
51,2% 53,7%
119,0%
54,0%46,0% 46,0%
53,0% 52,0%
78,0% 77,0%
58,0% 58,0% 55,0% 55,0% 58,7%67,0%
57,8%
41,2% 43,4%
77,0%
58,0%52,0%
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
120,0%
140,0%
Rama
lde
Serpa
Pint
oAg
uda
Cane
las
S.Fe
lix
Sete
Cami
nhos
Fanz
eres
Horiz
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Samo
ra
Coruc
heCo
uo
C.Pie
dade
Monte Be
ja
Benfi
ca
Sta I
ria
Torre
s
RRE GC
Indicador 11 - 1s consultas no ano - Grupo Etrio 19-44 anos nos RREs e GC das Sub-Regies (% de Utilizao)
56,2% 59,1%
71,3%
51,2%
81,3%
58,3% 55,4%
41,2%
62,9%61,8%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
Porto Santarm Setbal Beja Lisboa
RRE GC
43
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 11 - 1s consultas no ano - Grupo Etrio 19-44 anos no TOTAL dos 18 RREs e GCs s (% de Utilizao)
62,7%
58,0%
30,0%
35,0%
40,0%
45,0%
50,0%
55,0%
60,0%
65,0%
Mdias Gerais dos 18 RREs/GCs
RRE GC
O RRE de Sta Iria apresenta uma Tx. Ut. de 119% em virtude de existirem dois sistemas
Sinus com valores diferentes para os mesmos inscritos.
Relativamente ao acesso e utilizao pelo grupo etrio 19-44 anos constata-se um valor
mdio superior para os RRE em aproximadamente 5 %, sendo o valor encontrado para o
GC de 58,0% e para os RRE de 63 %.
44
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
5.2.3. Produtividade
A prestao de cuidados de sade nos CSP tradicionalmente medida/quantificada tendo
por unidade de medida a consulta. As consultas com efeito representam 70% de tempo
disponvel do mdico de clnica geral (30 horas semanais).
Esta dimenso , pois, avaliada atravs de indicadores construdos no pressuposto que
outras actividades tm impacto na quantidade e qualidade daquelas, nomeadamente as
tarefas de planeamento, gesto de informao, reunies clnicas, formao e investigao.
Os indicadores adoptados visam estabelecer mdias de consultas realizadas por utilizador,
por mdico e por hora. A actividade clnica inclui: S.A., S.I., S.M., P.F., D e A.C., bem
como horas extraordinrias gastas nestes tipos de consultas. Dados disponveis no SINUS.
45
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador n 12 - Mdia de Consultas por Utilizador
Nos totais das 5 Sub-Regies os RREs superaram os respectivos Grupos de Controle(G.C.)
variando os RREs (Sub-Regio) entre um mximo de 4,77 consultas por utilizador e um
mnimo de 4,21 enquanto os G.C. variaram entre 4,53 e 3,61.
Considerando os grupos RRE/G.C., 15 dos 18 grupos RRE fizeram uma mdia de
consultas por utilizador superior aos respectivos grupos G.C.. Isto , 83% dos RREs
fizeram uma mdia melhor que o seu G.C.
Indicador 12 - Mdia de Consultas por Utilizador em cada RRE e GC
5,3
4,54,7
5,0 4,9
4,0
4,5 4,4 4,54,8
4,5
5,5
4,3 4,2 4,2
3,6
5,4
3,93,93,5
4,4 4,4 4,54,6
3,8 3,8
4,5 4,5
5,1
3,84,0
3,6 3,5
4,1 4,14,3
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
Rama
lde
Serpa
Pint
oAg
uda
Cane
las
S.Fe
lix
Sete
Cami
nhos
Fanz
eres
Horiz
onte
Ocea
nus
Samo
ra
Coruc
heCo
uo
C.Pie
dade
Monte Be
ja
Benfi
ca
Sta I
riaTo
rres
RRE GC
46
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 12 - Mdia de Consultas por Utilizador nos RREs e GC das Sub-Regies
4,6 4,84,2 4,2
4,54,1
4,5
3,64,03,9
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
Porto Santarm Setbal Beja Lisboa
RRE GC
Indicador 12 - Mdia de Consultas por Utilizador no TOTAL dos 18 RREs e GCs s
4,5
4,1 4,1
2,8
3,0
3,2
3,4
3,6
3,8
4,0
4,2
4,4
4,6
4,8
Mdias Gerais dos 18 RREs/GCs
RRE GC Nacional(2002)
Na mdia total nacional dos 18 grupos os RREs atingem 4,53 consultas por utilizador
contra 4,11 dos G.C. isto , o score dos RREs superior em 10,35%
47
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 13 - Mdia de Consultas por Mdico
Nos totais das 5 Sub-Regies os RREs superaram os respectivos Grupos de Controle(G.C.)
variando os RREs(Sub-Regio) entre um mximo de 6715 consultas por mdico e um
mnimo de 4216 enquanto os G.C. variaram entre 5433 e 3318.
Considerando os grupos RRE/G.C., 16 dos 18 grupos RRE fizeram uma mdia de
consultas por mdico superior aos respectivos grupos G.C.. Isto , 89% dos RREs fizeram
uma mdia melhor que o seu G.C.
Indicador 13 - Mdia de Consultas por Mdico em cada RRE e GC
6230,0
4649,0
6904,0 6863,0
8218,0
5067,0
6171,0 5878,0 6034,0
7074,2
6056,9
8271,0
6237,16773,0
4216,3 4222,0
7734,0
5431,3
3683,03341,0
5459,0 5554,0
6634,0 6775,0
4771,0 4835,05315,9 5315,9
6373,0
5082,3 5142,9
3317,9 3380,2
5820,9
4875,65287,0
0,0
1000,0
2000,0
3000,0
4000,0
5000,0
6000,0
7000,0
8000,0
9000,0
Rama
lde
Serpa
Pinto
Agud
a
Cane
las
S.Fe
lix
Sete
Cami
nhos
Fanz
eres
Horiz
onte
Ocea
nus
Samo
ra
Coruc
heCo
uo
C.Pie
dade
Monte Be
ja
Benfi
ca
Sta I
riaTo
rres
RRE GC
48
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 13 - Mdia de Consultas por Mdico nos RREs e GC das Sub-Regies
6050,06715,0 6535,0
4216,0
6044,0
5082,05433,0
3318,0
4855,05116,0
0,0
1000,0
2000,0
3000,0
4000,0
5000,0
6000,0
7000,0
8000,0
Porto Santarm Setbal Beja Lisboa
RRE GC
Indicador 13 - Mdia de Consultas por Mdico no TOTAL dos 18 RREs e GCs s
6085,0
4989,0
3919
0,0
1000,0
2000,0
3000,0
4000,0
5000,0
6000,0
7000,0
Mdias Gerais dos 18 RREs/GCs
RRE GC Nacional(2002)
Na mdia total nacional dos 18 grupos os RREs atingem 6085 consultas por mdico
contra 4989 dos G.C. isto , o score dos RREs superior em 21,97%
49
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 14 - Mdia de Consultas Mdicas por Hora
Este indicador tambm favorvel aos RREs mas ele configura-se de uma fragilidade
extrema.
Os valores de horas expressas no so, do meu ponto de vista, credveis. De facto a
variabilidade de horas semanais expressas por mdico de tal maneira vria que no
parece merecer crdito: mdias semanais por mdico de 30, 24, 28, 16, 15, 25, 29, 32,33,
35 no parecem aconselhar comparaes comparveis....
De qualquer modo:
Em 4 das 5 Sub-Regies em presena os RREs superaram os respectivos Grupos de
Controle(G.C.) variando os RREs(Sub-Regio) entre um mximo de 8 consultas mdicas
por hora e um mnimo de 3,4 enquanto os G.C. variaram entre 7,6 e 3,3.
Considerando os grupos RRE/G.C., 15 dos 18 grupos RRE fizeram uma mdia de
consultas mdicas por hora superior aos respectivos grupos G.C.. Isto , 83% dos RREs
fizeram uma mdia melhor que o seu G.C.
Indicador 14 - Mdia de Consultas por Hora em cada RRE e GC
5,7
4,14,8
6,3 6,2
4,65,3
4,0 4,0
6,0
9,6
13,1
4,6 4,6
3,43,9
5,1 4,8
3,73,3
3,9 4,04,8 4,9
3,4 3,5
7,9 7,9
6,1
4,1 4,23,3
3,8 4,1
5,3
3,6
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
Rama
lde
Serpa
Pinto
Agud
a
Cane
las
S.Fe
lix
Sete
Cami
nhos
Fanz
eres
Horiz
onte
Ocea
nus
Samo
ra
Coruc
heCo
uo
C.Pie
dade
Monte Be
ja
Benfi
ca
Sta I
riaTo
rres
RRE GC
50
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 14 - Mdia de Consultas por Hora nos RREs e GC das Sub-Regies
4,8
8,0
4,6
3,44,13,9
7,6
3,3
4,44,2
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
Porto Santarm Setbal Beja Lisboa
RRE GC
Indicador 14 - Mdia de Consultas por Hora no TOTAL dos 18 RREs e GCs s
5,1
4,4
4,0
4,2
4,4
4,6
4,8
5,0
5,2
Mdias Gerais dos 18 RREs/GCs
RRE GC
Na mdia total nacional dos 18 grupos os RREs atingem 5,41 consultas por hora contra
4,67 dos G.C. isto , o score dos RREs superior em 15,85%
51
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador s/n - Mdia de Consultas por Inscrito
Como poderemos verificar no grfico que se segue o nmero mdio de consultas por
inscrito nos grupos RRE de 3,4, enquanto nos Grupos Comparadores de 3,0 consultas
por inscrito.
Estes valores so superiores aos referidos no Relatrio do RRE referente ao ano de 2002 e
j mencionado anteriormente que encontrou em mdia valores de 3,2 consultas por
inscritos nos RRE avaliados, enquanto os dados fornecidos pelas Sub Regies referem 2,6
consultas por inscritos, sendo que a nvel nacional este valor de 2,8.
Indicador s/n - Mdia de Consultas por Inscrito em cada RRE e GC
3,52,9
3,63,9 4,1
2,93,5 3,5 3,4
3,83,5
5,1
3,7 3,8
2,72,3
4,3
2,72,4 2,2
3,1 3,0
4,2 4,3
3,0 3,03,3 3,3
4,0
3,2 3,2
2,1 2,0
3,5
2,82,9
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
Rama
lde
Serpa
Pint
oAg
uda
Cane
las
S.Feli
x
Sete
Cami
nhos
Fanz
eres
Horiz
onte
Ocea
nus
Samo
ra
Coruc
heCo
uo
C.Pie
dade
Monte Be
ja
Benfi
ca
Sta Iri
aTo
rres
RRE GC
Indicador s/n - Mdia de Consultas por Inscrito nos RREs e GC das Sub-Regies
4,6 4,8
4,2 4,24,5
4,14,5
3,64,03,9
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
Porto Santarm Setbal Beja Lisboa
RRE GC
52
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador s/n - Mdia de Consultas porInscrito no TOTAL dos 18 RREs e GCs s
4,5
4,1 4,1
2,8
3,0
3,2
3,4
3,6
3,8
4,0
4,2
4,4
4,6
4,8
Mdias Gerais dos 18 RREs/GCs
RRE GC Nacional(2002)
Ao analisarmos o grfico verificamos que h grandes variaes entre os vrios grupos
verificando-se um valor mximo de 5,1 consultas por inscrito no RRE do Couo, enquanto
o valor mnimo de 2,3 consultas por inscrito, se verifica no RRE de Benfica.
Nos Grupos de Comparadores, encontramos o valor mximo de 4,3 consultas por inscrito
em Fanzeres e um valor mnimo de 2,0 consultas por inscrito no Grupo de Comparador de
Benfica.
53
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
5.2.4. Desempenho/Qualidade Tcnico Cientfica
Entendeu-se por Desempenho/Qualidade Tcnico Cientfica a conformidade com os
critrios e padres pr-estabelecidos, ou seja, o grau de aplicao das tecnologias de sade
por um profissional ou grupo.
A garantia da qualidade e a melhoria contnua da qualidade so objectivos claros
adoptados estratgica e normativamente para o SNS e expressamente referidos nos
normativos que enquadram o RRE.
De entre a multiplicidade de indicadores possveis fez-se uma escolha tendo em conta o
enfoque na qualidade dos cuidados prestados medido pela conformidade com as
orientaes tcnicas da DGS e prioridades estabelecidas para o RRE, nomeadamente as
que tm a ver com precocidade.
Esta dimenso avalia o desempenho do RRE baseada nas orientaes para a sade materna,
gravidez, crianas dos 0-4 anos, vacinao e cancro da mulher de acordo com o Plano
Oncolgico Nacional, ou seja, se foram adoptadas e o seu desempenho respeita as
recomendaes de trs ou mais dessas orientaes (Cir. Norm. n 9/GAB/DG, de 28.12.98 .
falta de um mdulo clnico do SINUS, alguns dos dados foram colhidos manualmente
pelos RRE e pelos Grupos Comparadores, com apoio do Grupo Sub-Regional de
Acompanhamento, recolha esta auditada por profissionais da ARS e outros a pedido da
Comisso de Avaliao.
Os dados relativos aos indicadores 18 e 19 foram colhidos por amostragem sistemtica a
dimenso de 5% (1 em cada 20) de listagens NOP (SINUS); no se trata de avaliar o
cumprimento do Plano Oncolgico Nacional, mas sim evidenciar o desempenho dos RRE
e dos Grupos Comparadores neste campo.
No indicador 21 incluem-se as consultas com reviso do puerprio; para a mdia no
contam as grvidas acompanhadas, mas referenciadas antes do fim do termo da gravidez.
54
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 15 - Precocidade da 1 Consulta na Vida at aos 28 dias (%)
Os grupos RRE apresentam um resultado substancialmente superior ao dos grupos GC
(65,5% - 51,8%). Nas Sub-Regies de Beja e Santarm h, no entanto, uma ligeira
desvantagem para os grupos RRE, neste indicador.
Indicador 15 - Precocidade da 1 Cons. na Vida at aos 28 dias (%) em cada RRE e GC
65,0%
88,0%
38,0%
77,0%
63,0%
81,0%
90,0%
65,0%
52,0%
39,9%
55,8% 56,5%64,5%
83,3%
54,0%
36,5%
69,0%
52,0%56,0%
60,0%64,0% 64,0%
31,0% 30,0%
54,0%50,0%
53,8% 53,8%58,3%
77,5%
56,0% 55,3%
0,0%
34,0%
52,0%
68,0%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
100,0%
Rama
lde
Serpa
Pinto
Agud
a
Cane
las
S.Fe
lix
Sete
Cami
nhos
Fanz
eres
Horiz
onte
Ocea
nus
Samo
ra
Coruc
heCo
uo
C.Pie
dade
Monte Be
ja
Benfi
ca
Sta I
riaTo
rres
RRE GC
Indicador 15 - Precicodade da 1 Cons. na Vida at aos 28 dias (%) nos RREs e GC das Sub-Regies
70,4%
48,0%
78,3%
54,0% 56,9%52,5% 54,2% 55,3%
38,6%
62,6%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
90,0%
Porto Santarm Setbal Beja Lisboa
RRE GC
55
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 15 - Precocidade da 1 Cons. na Vida at aos 28 dias (%) no TOTAL dos 18 RREs e GCs s
65,5%
51,8%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
Mdias Gerais dos 18 RREs/GCs
RRE GC
Indicador 16 - Mdia de Consultas no 1 ano de vida (n)
Os grupos RRE apresentam um resultado substancialmente superior ao dos grupos GC (7,2
5,5). Esta vantagem verifica-se nas 5 Sub-Regies, cumprindo as recomendaes da
DGS, ao contrrio dos grupos GC em que tal no se verifica, bem como para a mdia
nacional (dados de 2002)
Indicador 16 - Mdia de Cons. no 1 Ano de Vida (n) em cada RRE e GC
9,2
6,9 6,9
8,3
10,5
6,5
9,7
7,07,6
5,6 5,3
8,7
7,78,4
6,6
3,5
6,7
4,74,7 4,6
5,9 6,0 5,6 5,4
7,0 7,2
5,4 5,4
4,1
8,9
5,5 5,7
1,2
2,8
6,35,9
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
RRE GC
56
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 16 - Mdia de Cons. no 1 Ano de Vida (n) nos RREs e GC das Sub-Regies
8,0
5,8
8,2
6,6
5,45,9
5,35,7
3,9
6,5
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
Porto Santarm Setbal Beja Lisboa
RRE GC
Indicador 16 - Mdia de Cons. no 1 Ano de Vida (n) no TOTAL dos 18 RREs e GCs s
7,2
5,5 5,3
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
Mdias Gerais dos 18 RREs/GCs
RRE GC Nacional(2002)
57
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 17 - Crianas com VASPR actualizada aos 2 anos (%).
Neste indicador, verifica-se um resultado idntico nos grupos RRE e nos grupos GC com
ligeira desvantagem para os grupos RRE (93,4% - 94,1%). Os grupos RRE da Sub-Regio
de Santarm apresentam valores substancialmente inferiores aos respectivos grupos GC e
mdia dos grupos RRE.
Indicador 17 - Crianas com VASPR actualizada aos 2 anos (%) em cada RRE e GC
97,0% 96,0%
81,0%
99,0% 98,0% 98,0% 99,0%92,0% 93,0%
78,1%
94,8%
77,4%
95,7% 93,8% 92,0%
81,3%
96,0% 96,0%89,0% 89,0%
98,0% 98,0% 98,0% 99,0% 98,0% 98,0% 95,3% 95,3%
65,4%
96,2%92,3% 93,7%
78,1%
95,0% 92,0%99,0%
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
120,0%
Rama
lde
Serpa
Pint
oAg
uda
Cane
las
S.Fe
lix
Sete
Cami
nhos
Fanz
eres
Horiz
onte
Ocea
nus
Samo
ra
Coruc
heCo
uo
C.Pie
dade
Monte Be
ja
Benfi
ca
Sta I
riaTo
rres
RRE GC
58
Direco-Geral da Sade Relatrio de Avaliao do RRE Nov. 2004
Indicador 17 - Crianas com VASPR actualizada aos 2 anos (%) nos RREs e GC das Sub-Regies
95,3%84,8%
94,4% 92,0% 92,4%96,1% 92,5% 93,7% 89,6%93,8%
0,0%
20,0%