RELATÓRIO DE AUDITORIA
MANEJO FLORESTAL – PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E
INDICADORES PARA PLANTAÇÕES FLORESTAIS.
PADRÃO NORMATIVO: NBR 14.789: 2007 - CERFLOR
EMPRESA AUDITADA: CMPC CELULOSE RIOGRANDENSE LTDA.
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ESCOPO DE CERTIFICAÇÃO:
“MANEJO DE FLORESTAS PLANTADAS DE EUCALIPTO NOS SEGUINTES
MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO SUL: Guaíba, Barra do Ribeiro, Butiá,
Arroio dos Ratos, Mariana Pimentel, Eldorado do Sul, Minas do Leão, Pântano
Grande, São Jerônimo, Tapes, Charqueadas, Dom Feliciano, Barão do Triunfo,
General Câmara, Triunfo, Sentinela do Sul, Cerro Grande do Sul, Cachoeira do
Sul, Sertão Santana, Rio Pardo, Encruzilhada do Sul, Camaquã, Viamão, Porto
Alegre, Amaral Ferrador, Bagé, Caçapava do Sul, Candelária, Cristal, São
Lourenço, Santana da Boa Vista, São Sepé e Vila Nova do Sul.
Agosto de 2010
Alexander Vervuurt
Auditor Líder
Bureau Veritas Certification
Praça Pio X, 17 – 8o andar
RIO DE JANEIRO/RJ – BRASIL
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SUMÁRIO
1. INFORMAÇÕES GERAIS
1.1 Histórico da organização
1.2 IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E DAS UNIDADES DE MANEJO FLORESTAL OBJETO DA CERTIFICAÇÃO
1.3 Contatos na organização para o processo de certificação
1.4 Localização e Distribuição de Terras de Florestas Plantadas
1.5 Histórico dos Plantios e Espécies Utilizadas no RS
2. MANEJO FLORESTAL
2.1 Descrição das áreas manejadas
2.2 Recursos florestais
2.3 Situação fundiária
2.4 Vegetação
2.5 Sistema de malha viária
2.6 Relevo
2.7 Solos
2.8 Clima
2.9 Recursos hídricos disponíveis
2.10 Unidades de Conservação e Locais de Interesse Comunitário
2.11 Programas sócio-ambientais e de relacionamento
3. PROCESSO DE AVALIAÇÃO
3.1 Norma ou Padrão Normativo utilizado para avaliação
3.2 Identificação do OCF – Organismo de Certificação
3.3 Responsável pelo OCF
3.4 Descrição do processo de Auditoria
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3.5 Relatório detalhado de Auditoria
3.6 Não conformidades registradas
3.7 Oportunidades de Melhoria
4. REUNIÕES PÚBLICAS
4.1 Objetivos e realização
4.2 Entidades e pessoas contactadas
4.3 Relação de participantes das Reuniões Públicas
4.4 Consulta a órgãos públicos
4.5 Respostas aos Questionamentos de Partes Interessadas por parte da
Empresa e parecer Bureau Veritas Certification.
5. CONCLUSÃO
ANEXO 1: Convite Para participação nas reuniões públicas e Questionário de consulta pública
6 PLANO DE AUDITORIA DE MANUTENÇÃO
7 EQUIPE DE AUDITORIA
8 LISTA DE PESSOAL AUDITADO DURANTE TODA A AUDITORIA
9 ALTERAÇÕES NO ESCOPO DO CERTIFICADO
10 RELATÓRIO DETALHADO – EVIDÊNCIAS DA EQUIPE DE AUDITORIA E PROCESSOS AUDITADOS
11 NÃO CONFORMIDADES REGISTRADAS
12 OPORTUNIDADES DE MELHORIA E OBSERVAÇÕES REGISTRADAS
13 CONCLUSÃO DA 1ª AUDITORIA DE MANUTENÇÃO
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1. INFORMAÇÕES GERAIS
1.1 Histórico da organização
A CMPC Celulose Riograndense (doravante denominada CMPC) é a maior fabricante
gaúcha de celulose branqueada a partir de fibra curta de eucalipto. Sua Unidade
Industrial está localizada em Guaíba, região metropolitana de Porto Alegre. A fábrica,
cuja operação incorpora recursos e práticas de proteção ambiental, tem capacidade
instalada para 450 mil toneladas anuais de celulose de mercado, destinadas à
fabricação de papéis de higiene pessoal e papéis especiais de alto valor agregado.
Parte deste volume é destinado à produção própria de 60 mil toneladas anuais de
papéis de impressão e escrita, basicamente voltadas ao mercado doméstico.
As operações florestais objeto da certificação atingem 36 municípios do Rio Grande do
Sul, com uma base de 169 mil hectares, entre áreas próprias (149 mil hectares) e de
terceiros (20 mil hectares em parcerias e arrendamentos). São plantios florestais
renováveis de eucalipto intercalados com 62 mil hectares de reservas nativas, que
englobam áreas de reserva legal e de preservação permanente (APP’s).
O compromisso com o desenvolvimento sustentável da CMPC Celulose
Riograndense orienta as práticas de manejo dos seus plantios de eucalipto e a
preservação do ecossistema. As práticas ambientais adotadas na unidade industrial
incluem – entre outros processos de aprimoramento – a reciclagem de cerca de 99%
dos resíduos sólidos gerados pelo processo industrial.
O controle acionário da CMPC é atualmente exercido pelo grupo chileno CMPC, em
sucessão à Aracuz Celulose S.A., que adquiriu as instalações fabris e plantios
florestais da antiga Riocell em 2003.
Teve início, em 2005, o processo de planejamento e discussão com órgãos ambientais
competentes para a ampliação da produção da fábrica de Guaíba, o que envolveu um
processo de licenciamento para a expansão da base florestal, com a realização de
EIA/RIMA, audiências públicas e emissão, em 2007, de Licenças Prévias e de
Instalação para um total de 100 mil hectares de efetivo plantio em quatro bacias
hidrográficas do Estado – Bacia do Baixo Jacuí, Bacia do Camaquã,
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Bacia do Vacacaí-Vacacaí-Mirim e Bacia do Santa Maria. A partir destas licenças tem
sido encaminhadas as Licenças de Operação de cada fazenda onde estão ocorrendo
os novos plantios de eucalipto sob responsabilidade da empresa.
O projeto de expansão da base florestal foi interrompido no final de 2008 e somente foi
retomado no início de 2010, após aquisição pela CMPC.
1.2 IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E DAS UNIDADES DE MANEJO FLORESTAL OBJETO DA CERTIFICAÇÃO
Fundada no ano de 1920, a CMPC é pioneira no Chile na fabricação de celulose e
papel. Trata-se de uma das principais empresas na área florestal na América Latina e
está presente em mais de 50 países nos 5 continentes.
Com mais de 25 fábricas, conta com aproximadamente 8 mil colaboradores operando
em 5 áreas de negócios, através das seguintes empresas: CMPC Florestal, CMPC
Celulose, CMPC Papéis, CMPC Tissue e CMPC Produtos de Papel.
A Companhia possui fortes laços com seus clientes ao redor do mundo e tem uma
rede de comercialização de exportação diversificada que atinge mais de 200 clientes
em 30 países.
A CMPC tem como premissa desenvolver um trabalho de maneira comprometida e
responsável, através da geração de empregos, proporcionando rentabilidade aos seus
acionistas, fabricando produtos de qualidade, educando e capacitando seus
colaboradores e parceiros, sem nunca descuidar do meio ambiente.
Todos estes aspectos fazem da CMPC uma empresa desejada e muito respeitada em
todos os países onde atua.
No Rio Grande do Sul, a CMPC adquiriu, em 2009, a fábrica e operações florestais da
antiga Aracruz (atual Fibria), criando a CMPC Celulose Riograndense e retomou o
programa de expansão da base florestal que havia sido interrompido no final de 2008
em função da crise econômica mundial.
Os plantios objeto da Certificação estão localizados em terras próprias e em
propriedades arrendadas ou sob regime de parceria – condições em que a CMPC
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Celulose Riograndense é integralmente responsável pelas Operações de Manejo
Florestal. O projeto da nova planta, cujo licenciamento já havia sido conduzido pela
empresa antecessora passa agora por um processo de revisão.
O Manejo Florestal na CMPC busca a otimização dos recursos florestais, através da
racionalização dos custos de produção (silvicultura, colheita, transporte e gerencial) e
atendimento da demanda fabril, considerando as premissas previstas nos
direcionadores florestais da empresa.
A unidade de manejo florestal objeto da certificação encontra-se distribuída em 33
municípios do Rio Grande do Sul conforme a Tabela 1.
Tabela 1. Distribuição das áreas da empresa por Município
Área Total Área Útil
Município há %
Município ha %
Município MARIANA PIMENTEL 4.771,76 14,1 2.841,39 8,4 SERTAO SANTANA 368,00 1,5 261,07 1,0 BARAO DO TRIUNFO 944,78 2,2 503,38 1,2 MINAS DO LEAO 4.428,25 10,4 3.251,02 7,7 SENTINELA DO SUL 400,10 1,4 253,18 0,9 VILA NOVA DO SUL 1.294,72 2,5 820,79 1,6 GUAIBA 4.919,51 13,1 3.025,41 8,0 PANTANO GRANDE 15.103,15 17,8 9.598,80 11,3 ELDORADO DO SUL 8.192,71 16,1 5.399,53 10,6 CRISTAL 3.486,73 5,1 1.876,10 2,8 CERRO GRANDE DO SUL 163,57 0,5 82,10 0,3 AMARAL FERRADOR 1.617,88 3,2 814,09 1,6 ARROIO DOS RATOS 8.726,01 20,5 4.927,89 11,6 BARRA DO RIBEIRO 12.739,51 17,4 9.015,53 12,3 BUTIA 15.365,22 20,0 10.805,63 14,1 CACAPAVA DO SUL 2.905,34 1,0 1.667,05 0,5 CACHOEIRA DO SUL 12.927,29 3,5 5.929,05 1,6 CAMAQUA 3.089,17 1,8 1.477,63 0,9 CANDELARIA 1.066,96 1,1 576,72 0,6 CANGUCU 5.166,73 1,5 2.687,47 0,8
9
DOM FELICIANO 7.696,45 6,1 3.695,71 2,9 ENCRUZILHADA DO SUL 24.290,54 7,1 12.229,66 3,6 GENERAL CAMARA 1.657,98 3,4 1.079,06 2,2 CHARQUEADAS 932,77 4,3 677,25 3,1 PORTO ALEGRE 61,08 0,1 23,44 0,0 RIO PARDO 8.033,33 3,9 4.777,83 2,3 SANTANA DA BOA VISTA 1.614,84 1,1 771,08 0,5 SAO JERONIMO 6.073,39 6,5 4.138,56 4,4 SAO LOURENCO DO SUL 1.861,85 0,9 888,79 0,4 SAO SEPE 3.921,96 1,8 2.082,93 1,0 TAPES 2.827,27 3,5 2.079,10 2,6 TRIUNFO 2.195,70 2,7 1.339,75 1,6 VIAMAO 213,53 0,1 132,98 0,1
Total 169.058 4,4 99.730 2,6
Base cadastral: 25/08/2010 - áreas próprias e arrendadas. OBS: as áreas cadastrais da CMPC Celulose Riograndense passam por uma revisão de atualização mensal, podendo sofrer alterações devido a novas incorporações, permutas de áreas, vendas, doações, alteração de uso, reavaliações de medições e outras.
1.3 CONTATOS NA ORGANIZAÇÃO PARA O PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO
Para o Processo de Certificação Florestal a CMPC Celulose Riograndense está
disponível para contatos nos seguintes endereços:
Clóvis Zimmer - Gerente da Qualidade e Meio Ambiente E-mail: [email protected] Rua: São Geraldo, 1680 CEP: 92500-000 GUAÍBA/RS Fones: (51) 2139-7131 Maurem Kayna Lima Alves – Coordenadora Ambiental E-mail: [email protected] Rua: São Geraldo, 1800 CEP: 92500-000 GUAÍBA/RS
FONE: (51) 2139-7444
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1.4 LOCALIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE TERRAS DE FLORESTAS
PLANTADAS
As áreas de Manejo Florestal da CMPC CELULOSE RIOGRANDENSE objeto desta
certificação estão localizadas em sete bacias hidrográficas do Estado, conforme ilustra
a mapa da Figura 1, identificando a base pré-existente e as áreas que compõem a
expansão.
Figura 1. Localização das áreas da CELULOSE RIOGRANDENSE por Bacia Hidrográfica
1.5 HISTÓRICO DOS PLANTIOS E ESPÉCIES UTILIZADAS NO RS
A opção da empresa pelo gênero Eucalyptus, gênero originário da Austrália decorreu
do grande potencial de uso da sua madeira para produção de celulose, aliado à
compatibilidade entre as nossas condições ambientais (clima, solo, relevo) e aquelas
observadas nas regiões de ocorrência natural de muitas das mais de 600 espécies de
eucalipto.
Na CMPC (antiga Aracruz) a primeira espécie plantada foi o Eucalyptus saligna. Os
primeiros plantios foram realizados com sementes compradas do Horto Florestal de
Rio Claro, posteriormente, foram adquiridas sementes melhoradas de companhias
paulistas. Paralelamente, foram estabelecidos áreas de produção de sementes
11
visando suprir a demanda da empresa. No início da década de 80 foi introduzida a
espécie E. grandis, que apresenta excelente crescimento volumétrico na região. Em
meados da década de 80 foi estabelecido oficialmente em programa de melhoramento
genético. O primeiro passo deste programa foi estabelecer pomares clonais de
sementes e área de produção de sementes, tornando a empresa auto-suficiente na
produção de sementes melhoradas dessas espécies. Nesta mesma década, foi
introduzida a espécie E. dunnii que apresenta bom crescimento volumétrico e
qualidade da madeira superior ao do E. grandis. Além disso, o E. dunnii apresenta
maior resistência às baixas temperaturas (geadas), quando comparado ao E. grandis e
o E. saligna.
Em 1990 foram realizadas coletas na Austrália das espécies E. grandis, E. saligna, E.
dunnii e E. globulus, visando ampliar a base genética da empresa. A partir de 1991, foi
iniciada a hibridação interespecífica com objetivo de combinar em um mesmo genótipo
características de diferentes genitores. A partir de então foram desenvolvidas e
adaptadas diversas metodologias facilitando substancialmente o processo de
hibridação artificial. Associado ao processo de clonagem, iniciado experimentalmente
em 1977, hoje a empresa utiliza clones de alta produtividade, adaptados as áreas de
atuação e resistentes as principais doenças de ocorrência na região. Atualmente a
empresa está focada na produção de clones híbridos interespecíficos adaptados às
condições edafo-climáticas nas áreas de atuação da CMPC e com qualidade de
madeira que atendam as necessidades de nossos clientes.
Com o advento da clonagem em escala comercial, ocorrido na mesma época, grande
ênfase foi dada à seleção e propagação das árvores superiores resultantes do
programa de melhoramento, e também dos plantios comerciais já estabelecidos, a
maioria, neste caso, híbridos naturais derivados de E. grandis.
As florestas clonais obtidas a partir de então apresentaram ganhos significativos em
produtividade, uniformidade e qualidade da madeira.
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Figura 02 Produção de mudas de eucalipto por microestaquia.
Recentemente, a empresa tem expandido seus plantios para a região sudoeste do
estado, onde ocorrem formações de geadas mais severas, em comparação à região
de Guaíba. Com isso, os trabalhos com o E. dunnii tem se intensificado e também foi
introduzido o Eucalyptus benthamii, que em áreas de baixada e forte formação de
geadas, apresenta-se mais resistente que o E. dunnii.
Resumindo, pode-se dizer que a introdução de espécies mais adaptadas às condições
climáticas de cada região, o estabelecimento de programas de melhoramento genético
contínuo das espécies puras e em hibridação, e a aplicação de fortes intensidades de
seleção na identificação de indivíduos superiores para formação de florestas clonais,
foram e continuam sendo os principais responsáveis pelo sucesso do eucalipto na
CMPC. Evidentemente, a melhoria contínua dos sistemas de cultivo e manejo das
florestas plantadas também assume um papel fundamental em todo este contexto.
Além disso, buscando especialmente melhorias quanto à qualidade da madeira, outras
espécies, com excelentes propriedades de polpação, estão sendo testadas em
hibridação com nossos principais materiais genéticos.
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2.0 MANEJO FLORESTAL
2.1 DESCRIÇÃO DAS ÁREAS MANEJADAS
As áreas manejadas diretamente pela CMPC são as propriedades rurais próprias ou
arrendadas pela empresa, com suas diferentes classes de uso do solo.
Todas as áreas são mapeadas na escala de 1:10.000 e classificadas como (a) Áreas
de Produção de Madeira, (b) Áreas de Vegetação e Ecossistemas Associados, (c)
Recursos Hídricos, (d) Áreas de Estradas ou (e) Outras Finalidades.
A Unidade de Manejo Florestal é dividida hierarquicamente, seguindo as divisões
detalhadas abaixo:
• Áreas de Identificação (AI´s): são as fazendas ou hortos florestais onde as
operações se realizam;
• Talhões: subdivisão das AI´s em blocos contíguos envolvendo vários usos
diferentes;
• Plantios: menor subdivisão operacional, agrupando polígonos de uso do solo que
possuem uma mesma classificação.
Os plantios de parceiros do fomento florestal não são contemplados pelo Plano de
Manejo da CMPC, apesar de ser considerado como fonte alternativa para suprimento
de madeira, pois a responsabilidade pelo manejo florestal nesta modalidade é do
produtor rural. No Programa de Fomento Florestal, são estabelecidos contratos com
produtores florestais da região onde a empresa fornece as mudas, presta assistência
técnica e garante a compra da madeira, podendo também financiar o plantio de acordo
com a modalidade de contrato.
2.2 RECURSOS FLORESTAIS
Os recursos florestais manejados são as Áreas de Produção de Madeira e Áreas de
Vegetação e Ecossistemas Associados existentes na Unidade de Manejo Florestal.
Nas áreas de produção de madeira são realizadas operações de plantio e manejo do
eucalipto. Nas áreas de vegetação, são realizadas operações de recuperação
ambiental e conservação.
Os recursos florestais da CMPC contribuem com a estabilidade ambiental (clima,
solos, água e biodiversidade) das regiões onde se insere a Unidade de Manejo
Florestal, além de prestarem serviços como: o seqüestro de carbono, valor
paisagístico, educação ambiental, abrigo e proteção à fauna e flora nativas,
fluxo gênico de fauna e flora, proteção do solo, produção de água, bem-estar das
populações humanas e uso sustentável dos recursos naturais.
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2.3 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA
As áreas manejadas pela empresa podem ser próprias ou arrendadas. Todas as áreas
próprias foram adquiridas de seus legítimos proprietários e possuem registro em
cartório. Os primeiros plantios da empresa datam de 1967. A averbação de Reserva
Legal (RL) das áreas está sendo tratada de acordo com premissas acordadas com o
órgão estadual competente (DEFAP / SEMA – Departamento de Florestas e Áreas
Protegidas / Secretaria Estadual de Meio Ambiente) com base em um cronograma
anual de encaminhamento de áreas para aprovação da localização da RL.
As áreas arrendadas também possuem registro e contém áreas de plantio, respeitadas
as áreas de preservação permanente e outras áreas de conservação, sendo
arrendadas via contrato registrado em cartório.
O Setor de Terras da empresa é responsável por garantir a dominialidade da base
fundiária da empresa e controles adequados para gestões internas operacionais e
sustentáveis.
2.4 VEGETAÇÃO
As áreas da CMPC Celulose Riograndense ocupam uma área na qual se pode
distinguir quatro Regiões Fitoecológicas (IBGE, 1986): Savana, Floresta Estacional
Semidecidual, Floresta Estacional Decidual e Área de Formações Pioneiras.
Área de Formações Pioneiras de Influência Fluvial correspondem a ambientes
geologicamente jovens, ocupando terrenos do quaternário com deposição recente e
terreno não consolidado, onde as condições nutricionais e de drenagem do substrato
supõem adaptações especiais da flora para seu estabelecimento. As espécies
ocorrentes nas restingas representam a vanguarda na colonização das faixas
arenosas junto à laguna dos Patos, caracterizando desde coberturas herbáceas ralas,
com predominância de gramíneas e compostas até matas bem desenvolvidas. Entre
esses dois extremos, ocorrem diversas formações intermediárias, constituindo muitas
vezes, conjuntos de grande beleza paisagística. Nas baixadas, originalmente brejosas,
houve intensas alterações da paisagem em função da drenagem para o cultivo de
arroz em período anterior ao plantio do eucalipto.
Quanto à Floresta Estacional Semi-decidual e a Floresta Estacional Decidual, a
diferença entre elas reside na proporção das espécies arbóreas que apresentam o
comportamento de queda das folhas no período frio. Enquanto que na primeira um
contingente entre 20 e 50% das espécies portam-se dessa maneira, na segundo esse
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contingente supera os 70%. Essa diferença deve-se basicamente à ausência de
Apuleia leiocarpa (grápia), que estando presente no estrato emergente da Floresta
Estacional Decidual, é uma das principais responsáveis pelo caráter decíduo dessa
floresta.
A Região Fitoecológica da Savana ou Estepe corresponde à região onde está
concentrada a maior parte das áreas próprias de cultivo de eucalipto. Esta formação
ocupa áreas de relevo aplainado e dissecado, em altitudes até pouco superiores a 400
m, caracterizadas por solos litólicos, distróficos e eutróficos, rasos, bem como solos
podzólicos, onde predominam granitos e gnaisses do Pré-Cambriano. Sua
fitofisionomia é consideravelmente variável, sendo as formas biológicas predominantes
representadas, na sua maioria, por espécies das famílias das gramíneas, ciperáceas,
compostas, leguminosas e verbenáceas. As espécies lenhosas podem estar presentes
em maior ou menor quantidade, constituindo elemento de caracterização das
formações. As espécies arbóreas apresentam dispersão, distribuição e freqüência
irregulares. A vegetação herbácea hoje em dia é constituída por gramíneas cespitosas
e rizomatosas.
A CMPC não realiza plantios florestais em áreas ocupadas com vegetação nativa, seja
em estágio primário e secundário avançado ou médio. No caso da região de savana, o
plantio só é realizado em áreas previamente antropizadas pela pecuária e/ou
agricultura, destinando à Reserva Legal áreas de campo natural representativas da
riqueza biológica local.
2.5 SISTEMA DE MALHA VIÁRIA
A malha viária utilizada pela empresa para a realização das operações florestais é
composta por estradas federais, estaduais, municipais e próprias. Estas últimas são
mantidas como registros no Cadastro Florestal, classificadas como Áreas de Estradas,
compondo o uso do solo nas áreas da CMPC.
O traçado de estradas e aceiros nas áreas da CMPC é feito de acordo com a norma
PO/PSM-002 - Planejamento de Uso do Solo. A norma MT/PSM-008 - Manual de
Estradas fixa os padrões básicos necessários à execução das atividades de abertura,
construção e conservação de estradas permitindo que a trafegabilidade de máquinas e
veículos seja contínua, ágil e segura e que sejam observados os cuidados ambientais
necessários.
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2.6 RELEVO
Em geral, as áreas da empresa encontram-se em relevo variando de plano, suave
ondulado (com declividade geral menor que 3o), ondulado e fortemente ondulado. O
aproveitamento para o plantio florestal respeita o limite de declividade previsto pela
legislação (45o). Nas áreas onde predomina o relevo plano, os plantios são efetivados
preferencialmente em terrenos onde as operações são mecanizáveis (declividade <
25o).
2.7 SOLOS
Predominam solos profundos a muito profundos e excessivamente bem drenados ou
bem drenados, textura variando de arenosa a muito argilosa, com gradiente textural
(diferença de texturas entre os horizontes A e B), caráter distrófico, teores médios de
matéria orgânica e saturação por bases e baixos a médios teores de fósforo. São
propensos à compactação quando muito argilosos e à erosão em áreas onduladas.
Ocorrem também solos rasos (cambissolos e neossolos litólicos) e solos mal drenados
em áreas mais baixas (Planossolos e Gleissolos).
Os solos existentes nas áreas manejadas pela CMPC foram agrupados em Unidades
de Solo, considerando o conceito de “fatores limitantes da produtividade”, ou seja, os
principais fatores do solo que sintetizam os desvios de produtividade do eucalipto nas
condições da CMPC: disponibilidade de água, disponibilidade de nutrientes minerais,
disponibilidade de oxigênio e grau de coesão do solo. Estas diferenças observadas
entre as diversas Unidades de Solo existentes são determinadas principalmente pela
granulometria, pelo grau de manifestação da coesão, pela drenagem e pelo relevo.
Os critérios de seleção de áreas para plantio e das recomendações de algumas
práticas silviculturais, como preparo de solo e adubação são feitas para as Unidades
de Solo.
Classes de solos ocorrentes nas áreas da CMPC Celulose Riograndense:
Cambissolo - Os Cambissolos são solos pouco profundos que apresentam horizonte B
não definido (B incipiente), ocorrendo normalmente em relevo que varia de suave
ondulado a ondulado. Apresentam textura média a argilosa, presença de cascalhos e
maior fertilidade natural, sendo alguns deles húmicos (maiores valores de matéria
orgânica).
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Gleissolo - Ocupa as partes depressionais da paisagem e está normalmente sujeito à
inundação sazonal sendo a falta de arejamento altamente limitante ao crescimento das
raízes do eucalipto.
Neossolo Quartzarênico - Solo arenosos ocorrente em áreas planas, sendo profundos,
porosos, dominantemente álicos com saturação de alumínio elevada e saturação de
bases baixas.
Planossolo - Ocorre em áreas muito restritas, baixas e abaciadas. São solos
relativamente pouco profundos com drenagem imperfeita e risco de alagamento, o que
limita o crescimento do sistema radicular de plantas mais sensíveis.
Argissolo Vermelho Amarelo - Diferencia-se dos outros argissolos pela cor de matiz
5YR na maior parte dos primeiros 100cm do horizonte B. Possui textura arenosa/média
ou arenosa /média argilosa e via de regra não exige preparo de solo profundo por não
possuir caráter coeso como os Argissolos Amarelos do ES.
Argissolo Vermelho latossólico - Diferencia-se dos outros argissolos pelo menor
gradiente textural e estrutura próxima a dos Latossolos. Sua fertilidade varia de média
a alta e quando muito argiloso é susceptível à compactação , não devendo ser
preparado em condições de alta umidade.
Neossolo Litólico - São solos rasos, apresentando no perfil uma seqüência de
horizontes AR ou AC, ou seja, o horizonte A assentado sobre a rocha parcialmente
alterada (horizonte C) ou a rocha inalterada (camada R). Então, são solos pouco
evoluídos e sem horizonte B diagnóstico. São altamente susceptíveis à erosão e ao
déficit hídrico se ocorrer.
2.8 CLIMA
O clima predominante nas áreas da CMPC é da variedade específica “Cfa” - Clima
Subtropical (Virginiano), úmido, sem estiagem. A temperatura do mês mais quente é
superior a 22 ºC e a do mês menos quente é de 3 a 18 ºC (sistema de Köppen).
Esta variedade específica está dividida em sub-tipos individualizados pela isoterma
anual de 18ºC em função de diferenças topográficas e continentabilidade.
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2.9 RECURSOS HÍDRICOS DISPONÍVEIS
Assim como a malha viária, esta informação é mantida em dois níveis de dados.
Inicialmente todos os polígonos que representem a classe de uso do solo de Recursos
Hídricos são mantidos como registros no Cadastro Florestal. São eles:
• Alagado
• Lago natural
• Canal
• Rio
• Lago artificial
Estes registros fazem parte do controle do uso e ocupação do solo e são
contabilizados nas áreas da CMPC.
A empresa ainda mantém um nível de dados que representa os eixos de rios e
córregos existentes nas áreas da empresa para fins de planejamento ambiental,
definição de áreas de preservação e estudos hidrológicos.
Os polígonos das bacias hidrográficas definidas por legislação e das microbacias
hidrográficas construídas a partir das informações sobre rede de drenagem e
topografia são também mantidos e utilizados como unidades espaciais de
planejamento e monitoramento ambiental.
2.10 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E LOCAIS DE INTERESSE COMUNITÁRIO
As unidades de conservação com respectivas zonas de amortecimento e áreas de
interesse comunitário nas áreas de influência direta e entorno imediato dos plantios da
empresa são reconhecidas de acordo com a norma PO/PSM-008 - Atualização
Cadastral das Bases de Apoio Socioambientais.
As Unidades de Conservação são os espaços territoriais e recursos ambientais
legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites
definidos. As áreas de interesse comunitário são as áreas de interesse da comunidade
local ou da sociedade em geral, como por exemplo: sítios histórico/ arqueológico,
áreas de convivência social e lazer das comunidades, sítios religiosos, áreas de
serviços públicos e locais de realização de atividade não-predatórias de subsistência
das comunidades.
Estas áreas são respeitadas e consideradas no manejo florestal da CMPC.
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IDENTIFICAÇÃO DE VESTÍGIOS ARQUEOLÓGICOS E PALEONTOLÓGICOS No intuito de proteger sítios arqueológicos nas suas áreas de atuação e conhecer os
sítios existentes na região, a CMP realizou levantamentos com objetivo de diagnosticar
a presença de vestígios em suas áreas e nos municípios de atuação, além de treinar e
produzir materiais orientativos para que os trabalhadores estejam aptos a atuar de
acordo com o procedimento PO/PGN-006-UG - Procedimento para Tratamento de
Ocorrência Arqueológica e Paleontológica.
- UNIDADES DE PAISAGEM NATURAL O Estado do Rio Grande do Sul elaborou um zoneamento ambiental de seu território
focado na identificação de regiões homogêneas em termos de paisagem, aspectos
geomorfológicos e de biodiversidade para estabelecimento de objetivos de
conservação, diretrizes e restrições à atividade de silvicultura. Os plantios da CMPC
estão distribuídos nas unidades de paisagem natural nominadas na figura a seguir.
20
PERFIL E CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS DAS ÁREAS ADJACENTES Em geral, as áreas adjacentes aos hortos florestais manejados pela empresa são
propriedades rurais que desenvolvem atividades como criação de gado, fruticultura,
lavouras anuais ou plantios florestais de outras empresas ou mesmo de produtores
contratados pelo Programa de Florestal.
Algumas comunidades rurais encontram-se próximas às áreas manejadas pela CMPC,
sendo que moradores de algumas destas comunidades participam das atividades da
empresa trabalhando em empresas prestadoras de serviço. A CMPC mantém
programas de comunicação e apoio a iniciativas locais na área da educação e saúde
em boa parte das comunidades vizinhas / municípios onde atua, conforme os
procedimentos da Área de Comunicação e Relações Institucionais.
Vale destacar que no processo de expansão da base florestal está sendo realizado o
diagnóstico sócio-econômico das propriedades adquiridas, de modo a aprofundar o
conhecimento das realidades regionais e obter subsídios para o planejamento de
ações que contemplem os aspectos sociais, ambientais e econômicos envolvidos.
Além disso, o EIA/RIMA aprovado pelo órgão ambiental no âmbito do processo de
licenciamento, contemplou a análise dos aspectos sócio-econômicos e definiu a
criação de um Plano de Monitoramento e Avaliação Socio-econômica dos Plantios de
Eucalipto da Aracruz - Unidade Guaíba - RS nas Bacias Hidrográficas do Baixo Jacuí,
Camaquã, Santa Maria e Vacacaí-Vacacaí Mirim.
2.11 Programas Sócio-ambientais e de Relacionamento
A seguir estão relacionados todos os programas de natureza sócio-ambiental
desenvolvidos com foco nas operações florestais da empresa.
MEL PARA AS APAE’S
Este programa consiste na distribuição de mel (embalados em potes de 1kg) para as
APAE’s nos municípios de abrangência das operações florestais e duas escolas de
Guaíba que atendem crianças com dificuldades auditivas e visuais. Este mel é
proveniente das parcerias com apicultores (8% da produção) autorizados a explorar
essa atividade nos hortos florestais da empresa.
Além da geração de renda para os apicultores, a distribuição do mel promove a
melhora nutricional dos alunos das APAE’s e lhes permite geração de caixa, pois o
produto que não é consumido, é comercializado pelas próprias APAE´s.
21
No ano de 2009, foram contempladas dezessete APAE’s nos municípios onde a
CMPC possui atividades e duas escolas no município de Guaíba que atendem
deficientes visuais e auditivos.
PALESTRAS DE SAÚDE NA COMUNIDADE
Trata-se de ações preventivas e de informações sobre saúde pública nos municípios
de atuação florestal da CMPC, que envolve palestras, esclarecimentos e
demonstrações de atividades práticas sobre qualidade de vida. O objetivo é envolver
a comunidade, disponibilizando informações e atitudes de forma a prevenir doenças,
promover o bem-estar social, assim como reduzir a incidência de acidentes
domésticos.
São envolvidos os Prestadores de serviços da Celulose Riograndense, estudantes do
ensino médio e fundamental e a comunidade em geral.
De 2006 a 2009, foram envolvidos 34 municípios e um público total de 4.932 pessoas.
O assunto de maior demanda, com 33,3% de frequência, é o que trata sobre
dependência química (álcool, drogas e tabagismo).
TRILHAS VOLANTES
Esta atividade justifica-se pela necessidade de divulgar os aspectos relacionados ao
manejo florestal realizado pela Empresa, especialmente as práticas de controle
ambiental e responsabilidade social, para as partes interessadas potencialmente
afetadas por suas operações, utilizando estes eventos como canal de diálogo e
aproximação com as comunidades locais.
Através da realização de trilhas guiadas nos hortos florestais, são discutidos temas
como a biodiversidade dos hortos florestais, as técnicas de cultivo adotadas, os
cuidados para a manutenção de recursos hídricos, o controle sobre o correto descarte
dos resíduos, o mapeamento das áreas de preservação permanente e reserva legal e
os diversos programas de monitoramento adotados pela empresa. Preferencialmente,
as trilhas serão feitas em hortos florestais em atividade, para a observação de
operações florestais em andamento (atividades de implantação, manutenção, colheita
ou transporte florestal), dando ênfase aos cuidados ambientais de cada etapa.
O público alvo é composto por formadores de opinião das diversas instituições
constituídas nos municípios abrangidos pelo Programa Anual de Implantação e
Colheita florestal da empresa, principalmente os representantes dos Conselhos
22
Municipais de Meio Ambiente, Agricultura, Saúde e Educação, as diversas secretarias
municipais e de Sindicatos Locais.
BOM VIZINHO
O objetivo desta atividade é promover a integração das comunidades vizinhas das
áreas florestais à empresa Celulose Riograndense, abordando temas relacionados às
necessidades das mesmas e divulgando as práticas da empresa principalmente no
que tange à área ambiental e social.
Nas reuniões promovidas pela empresa nas comunidades vizinhas aos hortos
florestais, contando com a mobilização de lideranças locais, são abordados temas
como a disposição adequada de resíduos domésticos, procedimentos em caso
incêndios, educação para a saúde, prevenção de zoonoses, atendimento de acidentes
com animais peçonhentos, noções de primeiros socorros, legislação ambiental ou
outros assuntos propostos pela própria comunidade.
As reuniões podem gerar outras atividades, conforme a ênfase dada a determinado
assunto, tais como: oficinas temáticas, palestras ou o sub-programa Trilhas Volantes.
Ainda, as reuniões também podem servir como meio de comunicação à comunidade
sobre as operações a serem realizadas ou em realização nas imediações.
O público alvo são comunidades vizinhas às áreas florestais da Empresa nos
municípios abrangidos pelo Programa Anual de Implantação e Colheita florestal que
podem ter sua rotina alterada durante a realização das atividades, em função do
trânsito de máquinas e equipamentos, geração de ruídos e poeira, ou qualquer outro
tipo de interação entre as atividades da empresa e a comunidade vizinha.
PROGRAMA DE VISITAS NA FÁBRICA Através de visitas guiadas por técnicos especializados, oferecer a oportunidade para
que estudantes tenham a possibilidade de conhecer as instalações e os processos
industriais da planta de Guaíba, assim como as atividades relacionadas à área
florestal e a central de tratamento de resíduos. Também são informados sobre os
programas sócio ambientais e de educação ambiental desenvolvidos pela Celulose
Riograndense.
O objetivo é possibilitar o acesso de estudantes e professores de nível técnico e
universitário (do RS e SC) a uma planta industrial e esclarecer questões relacionadas
à fabricação de celulose, cultivo de florestas e preservação ambiental.
Anualmente, são recebidos 1.500 visitantes.
23
TRILHA CAMINHOS DA MADEIRA O objetivo da atividade é demonstrar e divulgar o processo de fabricação da celulose,
desde a produção de mudas até o enfardamento, provocando questionamentos e
mudança de hábitos no que se refere às questões ambientais como: destinação de
resíduos, uso racional do papel e de recursos naturais. Este sub-programa justifica-se
pela necessidade de informar à comunidade escolar as práticas gerais adotadas pela
empresa nos aspectos ambientais, sociais e econômicos.
Através de trilhas interpretativas, realizadas na área florestal e/ou industrial, os
visitantes presenciam “in loco” as atividades inerentes ao processo produtivo. Nestas
trilhas, o foco principal é informar sobre o manejo florestal adotado, os sistemas de
gestão implementados, as pesquisas e cuidados ambientais relacionados às
atividades.
Público alvo são alunos do ensino fundamental (a partir da 5ª série) e ensino médio,
por adesão voluntária das entidades públicas e privadas.
CAMPANHA FLORESTA É VIDA O objetivo da campanha é promover a integração entre as comunidades escolares dos
municípios de atuação florestal e destas com a Empresa, através do incentivo à
realização de projetos que desenvolvam a responsabilidade ambiental diante de
problemas ambientais locais, além de incentivar as escolas a olharem criticamente
seus pátios e desenvolverem ações de melhoria.
A proposta é apresentada em encontros com coordenadores municipais de educação
e de outras instituições afins como secretarias municipais de agricultura, meio
ambiente e obras, escritórios municipais da EMATER que indicam a escola ou
instituição participante. Em geral, estas instituições juntamente com a empresa são as
principais parceiras para a implementação dos projetos.
A contribuição da Celulose Riograndense se dá através da orientação técnica e da
aquisição de materiais para a execução dos projetos.
A Campanha Floresta é Vida está direcionada às escolas ou entidades de educação
públicas dos municípios que compõem a região de atuação florestal da empresa.
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMPARTILHADA (PEAC) Este programa iniciou em 2005 e objetiva contribuir para a execução de projetos
socioambientais, com vistas ao desenvolvimento e à difusão de uma cultura
prevencionista e ao implemento de ações que conduzam às mudanças
24
comportamentais, ao desenvolvimento sustentável e à melhoria da qualidade de vida
das populações
Trata-se de uma parceria Público-Privada com o objetivo de cooperação técnica,
científica e financeira entre as 26 instituições executoras, co-executoras e apoiadoras
do Programa. Participam o Governo do Estado através de diversas Secretarias
Estaduais e das empresas Brasken, Borrachas Vipal, CELULOSE RIOGRANDENSE,
Gerdau, GM e Fibria.
É coordenado pela Secretaria Estadual de Educação e Secretaria Estadual de Meio
Ambiente. A administração dos recursos do Programa é feita através da Federação
das Associações de Pais e Mestres do RS. Cada empresa participante indica escolas
de sua área de abrangência que desenvolvem projetos ambientais.
A estrutura do Programa conta com a realização de encontros de capacitação para a
formação dos agentes prevencionistas, realização de seminários regionais para
apresentação dos resultados dos projetos desenvolvidos e por fim a realização do
Congresso Estadual de Agentes Prevencionistas.
O objetivo final é incentivar a implantação de diversos projetos ambientais no Estado,
contribuindo para a formação de uma cultura prevencionista em relação às questões
ambientais e sociais.
PARCERIA COM ASSOCIAÇÕES DE CANOAGEM (GUAHYBA E BIGUÁ) Desde 2004 a empresa atua em parceria com as Associações de Canoagem Biguá de
Barra do Ribeiro e Guahyba de Guaíba através do aporte de recursos financeiros e da
realização de atividades acordadas com o Programa de Educação Ambiental como
oficinas temáticas, coletas de lixo no Horto Florestal Barba Negra e no Lago Guaíba,
trilhas guiadas, auxílio na implantação da Agenda 21 e apoio à diversas outras
atividades desenvolvidas pelas associações.
O público alvo é constituído por aproximadamente 40 alunos que freqüentam as
associações de canoagem Biguá e Guahyba, com idades que variam entre 12 e 18
anos.
25
3. PROCESSO DE AVALIAÇÃO
3.1 Norma ou Padrão Normativo utilizado para avaliação
O processo de avaliação foi efetuado com base no Escopo de Certificação descrito
acima, conforme o Padrão Normativo NBR 14.789:2007 – Manejo Florestal –
Princípios, critérios e indicadores para plantações florestais conhecido como
CERFLOR, elaborado pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.
A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é uma entidade não-
governamental, sem fins lucrativos, reconhecida pelo Conmetro como Fórum Nacional
de Normalização. A ABNT é o organismo responsável pelo processo de elaboração e
revisão das normas do Programa Cerflor.
As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros
(ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS), são elaboradas
por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,
delas fazendo parte: produtores, consumidores e partes interessadas (universidades,
laboratórios, organizações não governamentais e outros). Os Projetos de Norma
Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/NOS, circulam para Consulta
Pública entre os associados da ABNT e demais interessados.
A Norma NBR 14.789:2007 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial
Temporária (CEET) de Manejo Florestal, formada por especialistas brasileiros
representantes dos setores envolvidos. A revisão de 2007 da norma circulou em
consulta nacional conforme Edital Nº 08, de 21/07/2007 a 20/08/2008 com o número
do projeto ABNT NBR 14789. Esta segunda edição cancela e substitui a edição
anterior de 2001.
O Padrão Normativo aqui utilizado faz parte do Sistema Brasileiro de Certificação, em
que o INMETRO estabelece as regras para o processo de Certificação.
Em 19 de outubro de 2005 o CERFLOR passou a ser reconhecido pelo Programme for
the Endorsement of Forest Certification (PEFC). O PEFC é um conselho sem fins
lucrativos, que atua de forma independente, tendo sido fundado em 1999 com o
objetivo de promover o manejo florestal sustentável em todo o mundo.
26
Atualmente conta com 25 sistemas de certificação florestal reconhecidos que
passaram por avaliações técnicas. No Brasil o reconhecimento se deu por intermédio
do INMETRO, que atua como organismo acreditador, estabelecendo regras
específicas para o sistema de certificação do CERFLOR. Maiores informações podem
ser obtidas pelo website www.pefc.org.
O CERFLOR contempla um conjunto de princípios, critérios e indicadores, incluindo
requisitos ambientais e sociais, a serem atendidos pela organização auditada. No
processo de avaliação todos os requisitos normativos são verificados nas unidades de
manejo, objeto da certificação.
São ao todo 05 (cinco) Princípios, relacionados às atividades de manejo florestal,
como indicado a seguir:
Princípio 1: Cumprimento da Legislação;
Princípio 2: Racionalidade no uso dos recursos florestais a curto, médio e longo
prazos, em busca da sua sustentabilidade;
Princípio 3: Zelo pela diversidade biológica;
Princípio 4: Respeito às águas, ao solo e ao ar;
Princípio 5: Desenvolvimento ambiental, econômico e social das regiões em que se
insere a atividade florestal.
Os princípios estabelecidos nesta norma constituem a referência para o manejo
florestal.
De acordo com o estabelecido no próprio padrão normativo NBR 14789:07,
destacamos que:
“Os princípios são desdobrados em critérios, que são a expressão dos requisitos que
descrevem os estados ou dinâmicas de um ecossistema florestal e do sistema social a
ele associado”.
“A verificação do cumprimento de cada critério é estabelecida mediante a avaliação do
atendimento de um conjunto de indicadores específicos, que podem ser quantitativos
ou qualitativos”.
27
“Dependendo da localização e da finalidade da unidade de manejo florestal, nem todos
os indicadores serão aplicáveis. Contudo será sempre necessário avaliar todos
aqueles pertinentes à situação local”.
3.2 Identificação do OCF – Organismo de Certificação
O BUREAU VERITAS CERTIFICATION (BVC) está credenciado pelo INMETRO para
realização de certificações de manejo de florestas plantadas com base na norma NBR
14789:2007, podendo emitir certificados com a logomarca deste organismo
credenciador.
O objetivo do BVC é realizar serviços de certificação com alta credibilidade, sendo
este o motivo pelo qual optou em realizar tais certificações de acordo com os
requisitos do Sistema Brasileiro de Certificação
Dados para Contato
Escritório São Paulo:
BUREAU VERITAS CERTIFICATION (BVC)
Sr. José Antônio Ferreira da Cunha: Certification Technical Manager
Av. do Café 277 – Torre B – 5o andar
04311-000 SÃO PAULO/SP
Fone: (0**11) 5070-9800
Fax: (0**11) 5070-9000
E-mail: [email protected]
28
3.3 Responsável pelo OCF
BUREAU VERITAS CERTIFICATION (BVC)
Sr Luiz Roberto Duarte Pinho (Diretor de Certificação)
Av. do Café 277 – Torre B – 5o andar
04311-000 SÃO PAULO/SP
Fone: (0**11) 5070-9800
Fax: (0**11) 5070-9000
E-mail: [email protected]
3.4 Descrição do Processo de Auditoria
Em 2005 a Aracuz Celulose S.A. recebeu seu primeiro certificado pelo CERFLOR,
para suas plantações florestais no estado do Rio Grande do Sul.
Ao longo dos cinco anos de vigência do certificado inicial foram conduzidas auditorias
anuais de manutenção, seguindo os critérios estabelecidos pelo CERFLOR. A CMPC
optou voluntariamente em buscar a certificação para suas atividades florestais,
adquiridas da Aracruz, em 2010. Durante esta auditoria foram realizadas reuniões
públicas no sentido de se ouvir as partes interessadas com relação ao desempenho da
empresa, frente aos princípios do CERFLOR.
O processo de auditoria de certificação do CERFLOR compreende:
Planejamento inicial da auditoria;
Planejamento e realização das reuniões públicas;
Definição da equipe de auditoria;
Avaliação documental quanto ao atendimento do CERFLOR;
Avaliações de campo quanto ao atendimento do CERFLOR;
Emissão e publicação do relatório de auditoria;
29
Planejamento de auditoria complementar e/ou de Follow-up (caso pertinente);
Apreciação do processo de auditoria por parte da Comissão de Certificação;
Emissão de relatório final após avaliação de ações corretivas (caso pertinente) e
demais questões pertinentes.
Adicionalmente em uma auditoria de certificação deve ser realizada uma auditoria
inicial (de 1ª fase), com o objetivo de avaliar o plano de manejo, a legalização das
unidades de manejo e demais documentações requeridas pela NBR 14789. Em função
da certificação mantida ao longo de 5 anos pela Aracruz Celulose para as áreas
auditadas (mesmo escopo de certificação), consideramos não aplicável a realização
desta auditoria inicial.
3.4.1 DEFINIÇÃO DE EQUIPE DE AUDITORIA
A seguinte equipe foi designada para a realização desta auditoria:
Nome Função na Equipe Formação Acadêmica
Alexander Vervuurt Auditor Líder Engº Agrônomo
Antônio de Oliveira Auditor Engº Florestal
Nelson Bastos Auditor Engº Florestal
Pedro Silveira Junior Auditor Engº Florestal
Maria Augusta Godoy Observadora Engº Florestal
3.4.2 REUNIÕES PÚBLICAS
As reuniões públicas têm como objetivo identificar recomendações, questionamentos,
denúncias e demais demandas das partes interessadas, referentes aos princípios do
CERFLOR, permitindo ao Bureau Veritas Certification avaliar, durante o processo de
auditoria, as questões relevantes registradas.
30
É importante esclarecer que a empresa auditada não participa ativamente das
reuniões em função do objetivo destas.
Foram realizadas quatro reuniões públicas conduzidas pelos membros da equipe de
auditoria.
A escolha dos municípios foi feita em função da representatividade regional destes,
considerando ainda as atividades da CMPC, facilidade de acesso e existência de
instalações adequadas para a realização das reuniões.
Os municípios escolhidos foram: Rio Pardo, Butiá, Eldorado do Sul e Barra do Ribeiro.
A documentação gerada no planejamento e realização das reuniões públicas
compreende: convites emitidos, questionários de consulta pública preenchidos por
partes interessadas, listas de presença nas reuniões públicas e Questionamento de
partes interessadas. Todos estes registros estão mantidos pelo Bureau Veritas
Certification como parte do processo de auditoria da CMPC.
Os questionamentos pertinentes, gerados nas reuniões públicas, foram inseridos neste
relatório em seu capítulo 4, contemplando as respostas da CMPC, assim como
avaliação por parte do Bureau Veritas Certification. É importante ressaltar que apenas
questões relacionadas aos Princípios do CERFLOR foram contempladas neste
relatório.
3.4.3 PLANEJAMENTO E REALIZAÇÃO DA AUDITORIA
Período da avaliação “on-site”: 09/08/2010 a 13/08/2010
De acordo com e Escopo de Certificação pretendida, foram executadas as seguintes
atividades: análise de documentação, verificações em campo, entrevistas com
colaboradores da empresa, prestadores de serviços e partes interessadas.
Foi também avaliado o parecer da empresa sobre os questionamentos,
recomendações e comentários das partes interessadas, enviados através de
questionários específicos do CERFLOR e identificados nas Reuniões Públicas,
referentes ao manejo florestal da empresa frente os critérios do CERFLOR.
31
Como todo o processo de Auditoria, as avaliações ocorreram conforme plano de
auditoria estabelecido previamente, considerando o tamanho e complexidade das
atividades da empresa e caráter amostral de um processo de auditoria.
Ao longo das avaliações nas instalações e propriedades da empresa, foram realizadas
consultas formais aos seguintes órgãos públicos responsáveis por licenciamento,
autorizações e/ou fiscalização do manejo florestal e questões trabalhistas da CMPC:
Departamento de Recursos Hídricos do Estado do Rio Grande do Sul e
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego.
A próxima seção traz o relatório detalhado da auditoria realizada na empresa.
32
3.5 Relatório Detalhado
Esta seção demonstra as evidências coletadas pela equipe de auditoria durante o
processo de avaliação. A abordagem de auditoria se deu a partir dos processos da
organização, de acordo com um plano de trabalho previamente elaborado. Em cada
processo auditado foi dada ênfase aos princípios e critérios do CERFLOR pertinentes,
conforme demonstrado abaixo.
Deve ser esclarecido que em todas as visitas realizadas nas atividades silviculturais,
foram verificados os respectivos mapas com detalhes dos talhões, hortos, reservas
legais, áreas de preservação permanente e recursos hídricos, em consonância com o
critério 3.5 da NBR 14789:2007.
A respeito do critério 3.1 entendemos que as atividades realizadas pela CMPC
sucedem aquelas realizadas pela Aracruz Celulose e outras anteriores, onde se pode
afirmar que existe experiência prévia suficiente para comprovação do potencial de
produção dos materiais genéticos utilizados em larga escala.
Quanto ao critério 4.1 esclarecemos que evidenciamos no sistema de informação
geográfico da empresa o mapeamento dos recursos hídricos em nível de microbacia.
Durante as visitas em campo as informações dos mapas foram validadas por nossa
equipe de auditoria.
PRINCÍPIO 1
Critérios 1.3
Evidenciados:
PROGRAMA DE GESTÃO DE SAÚDE E SEGURANÇA
VERIFICADOS:
- Programa de gestão de saúde e segurança do trabalho da área florestal da CMPC,
revisado em 13/03/2010 contendo os 15 tópicos (atividades) que serão trabalhados em
segurança do trabalho: Investigação e análise de acidentes/incidentes; programa
Intercipas; mapeamento de riscos ambientais; análise da aplicabilidade da legislação;
33
avaliação e acompanhamento do PPRA e PCMSO dos prestadores de serviços;
coordenação dos programas de prevenção contra incêndio e atendimento a
emergências.
- Ata de reunião da análise crítica do “Sistema de Gestão de Segurança e Saúde do
Trabalho da Área Florestal” realizada em 13/03/2010. Comentário sobre os 15 tópicos
do sistema de gestão; descrição de todas as atividades implementadas durante o ano
de 2009; resultados de objetivos e metas de 2009; propostas de metas e plano de
ação para 2010; recomendações.
- Planilhas de controle do status dos PPRA e PCMSO das empresas contratadas.
- Programas de: Ergonomia; tabagismo; re-educação alimentar; apoio a atividade
física (mexa-se);
- Ações de saúde junto aos municípios de atuação florestal da Aracruz no RS; relatório
de agosto de 2009.
- Ações preventivas de saúde junto aos municípios de atuação florestal da Aracruz no
RS (2006/2007/2008/2009) com projeção para 2010.
ACORDO COLETIVO
VERIFICADOS:
- Convenção Coletiva Trabalho 2009/2010 assinada pelo Sindicato dos Trabalhadores
da Indústria de Papel, Papelão e Cortiça de Guaíba, RS. Contendo: Piso salarial,
correções, horas extras, adicional noturno, auxílio refeição, auxílio transporte, auxilio
creche, férias, admissão, desligamento, representação e contribuição sindical.
- Programa anual de auditorias nas empresas contratadas (aproximadamente 17
empresas)
- Relatório de auditoria trabalhista da empresa contratada Ponto a Ponto Transporte
Direto de Cargas Ltda realizada em 18/11/2009 contendo verificação do acordo
trabalhista sobre “hora intinere”.
34
- Relatório de auditoria trabalhista da empresa contratada Bretschneider de
22/07/2010 informando que todas as cláusulas do acordo coletivo desta empresa
estão sendo cumpridas.
PRINCÍPIO 4
Critérios 4.2
MONITORAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS E EDÁFICOS
VERIFICADOS:
- O monitoramento de recursos hídricos é realizado em 03 vertedouros instalados em
cursos de água localizados em plantios de eucalipto (02) e em pastagem (01).
- Horto Terra Dura: Barragem de alvenaria com vertedouro onde se realizam as
medições de vazão e análise da qualidade de um curso de água sem nome que corta
um plantio de eucalipto da empresa. Instalado no local um linígrafo que mede a altura
da régua na barragem de 10 em 10 minutos.
- Projeto conservação de solos da CMPC (2006) em convênio com UFLA
(compactação e erosão) e UFV (conservação de matéria orgânica): conclui que as
técnicas até então utilizadas (cultivo mínimo e plantio em nível) não comprometem a
sustentabilidade do solo.
- Avaliação dos impactos da colheita na compactação do solo (2006) em convênio com
a UFLA: Define o número critico de passadas de máquinas (harvester; forwarder) na
qual ocorre compactação.
- Impacto do Manejo de Resíduos Florestais: convênio com a UFV.
- Baseado nas análises de solo e experimentos de fertilização obtêm-se tabelas de
recomendação de adubação (por talhão) para NPK e Ca. Micronutrientes são
avaliados via análise foliar.
- Plano para monitoramento de águas superficiais e subterrâneas na Celulose
Riograndense, julho 2010.
- Relatório de monitoramento da vazão e qualidade de água, ano 2009. Conclui que as
vazões apresentam distribuição regular ao longo do ano; presença de ferro, alumínio,
mercúrio e chumbo em valores acima dos parâmetros para classe 2.
35
PRINCÍPIOS 1, 2, 3 e 4
Critérios 1.3, 2.1, 2.3, 3.3 4.2, 4.3, 4.4
COLHEITA E BALDEIO FLORESTAL
Verificado no Horto Boa Vista, talhão 41 A:
- Trailer usado como área de vivência contendo banheiro, água potável, caixa de
primeiros socorros, mesa e cadeiras; refeições em cuba térmica;
- Desenvolvimento da atividade: 06 harvester; 05 forwarder; 01 caminhão comboio de
abastecimento; 01 caminhão oficina e 01 trator de apoio;
- Manual de colheita florestal, MT/PSM007, revisão 11;
- Registro diário de checagem do harvester;
- Oficina mecânica móvel contendo: tanque de água pressurizada, gerador,
compressor, contenedores para resíduos perigosos (contaminados com óleo, lixo
seco);
- manutenção do harvester sob bacia de contenção;
- caminhão oficina placa ILG1269: RENAVAM 2010 80635872-6; registro ANTT válido
até 27/11/2014; laudo de inspeção (CSV); CNH 01991697193 do motorista Marcus
Salatti válida até 19/06/2014;
- Guias de recolhimento do IBAMA para o registro de motosserras;
- Uso de EPIs regulamentados;
- Controle de inspeção de extintores de incêndio de 03/08/2010;
- Extintores de incêndio do fowarder e conscientização do operador;
- Registro de treinamento da operadora do harvester (Mirian) realizado entre 01-
10/07/2010 (80 horas).
36
CAPINA QUÍMICA
Verificada a atividade de aplicação manual de herbicida (Scout) com pulverizador
costal no horto Guajuvira II:
- Ônibus placa IGV8425; RENAVAM 2010 8571441578; licença de viagens especiais
do DAER STF 1099/10 válida até 13/11/2010; relação de passageiros; CNH do
motorista Vilmar Santos número 01800875393, válida até 09/03/2014; ASO anual do
motorista de 16/03/2010: apto;
- IT/PSM 025: Trato cultural, revisão 02;
- IT/PSM 026: Implantar floresta, revisão 04;
- Registros de avaliação da operação: dosagem aplicada, cobertura, plantas atingidas.
PRINCÍPIO 3
Critérios 3.2 e 3.5
RECUPERAÇÃO DE APP
Visitada no horto Colorado, talhão 074, área de recuperação de APP onde após o
último corte efetuado em 2006, aliado à regeneração natural, foi realizado o plantio de
espécies nativas. O desenvolvimento destas é lento, porém é o esperado para a
região.
PRINCÍPIO 1
Critério 1.3
Realizada entrevista com o presidente do Sindifloresta de Butiá, Sr. Celestino Murani,
sobre o acordo coletivo com os trabalhadores florestais.
PRINCÍPIO 4
Critério 4.4
GESTÃO DE RESÍDUOS
- LO FEPAM número 748/2010 do transportador de resíduos perigosos (resíduos
contaminados com óleo e embalagens de agrotóxicos) FLORESUL válida até
22/04/2010;
37
- LO FEPAM número 5886/2009 do receptor de embalagens de agrotóxicos
AREDESUL válida até 23/08/2013;
- LO INEA/RJ número IN001192 da empresa HAZTEC que realiza a incineração de
resíduos perigosos válida até 16/12/2014;
- LO FEPAM número 1289/2008 DL da empresa Indústria Petroquímica do Sul que
realiza o re-refino de óleo usado, com validade até 12/03/2012;
- LO FEPAM número 1530/2009 DL da empresa Indústria Petroquímica do Sul que
realiza transporte de óleo usado, com validade até 12/01/2013;
- planilha de controle de resíduos perigoso armazenados;
- Manifesto de transporte de resíduos número 112 de 14/07/2010 referente ao envio de
embalagens de agrotóxicos para a Associação dos Revendedores de Defensivos
Agrícolas do RS (AREDESUL). O transporte foi realizado pela empresa AGR Sul
Cargas, LO FEPAM número 3378/2010, válida até 22/06/2014. Comprovante de
recebimento deste resíduo número 2579 de 17/07/2010 emitido pela AREDESUL;
- Planilha trimestral (26003) enviada via eletrônica à FEPAM em 07/07/2010 referente
aos resíduos sólidos enviados para destinação final no segundo trimestre de 2010;
- Depósito de armazenamento temporário de resíduos perigosos em local fechado,
com piso impermeabilizado e ventilado.
MONITORAMENTO DE FUMAÇA PRETA
- Procedimento MT/PSM 006, revisão 10: Manual de transporte e movimentação de
madeira: remete ao contratado a responsabilidade de fazer a medição anual de
fumaça preta de seus veículos e manter esses dados disponíveis;
- Registro de Inspeção mensal no transportador de madeira Florestal Barra de
26/05/2010 validando o item emissões de equipamentos.
38
Critério 4.3
ARMAZENAMENTO DE AGROTÓXICOS E RESÍDUOS CONTAMINADOS
- Verificado depósito de resíduos contaminados com óleo localizado em galpão
fechado, piso impermeabilizado, ventilado, sistema de combate a incêndio. Os
principais resíduos armazenados são: óleo usado, embalagens de óleo, EPIs, outros
materiais contaminados com óleo. Os defensivos agrícolas estão neste depósito em
local separado, sob paletes, identificados e com FISPQ disponível.
- Verificado depósito de insumos onde se armazena defensivos agrícolas (Tamanduá
e Scout) em local isolado, acesso restrito, ventilação forçada, material para contenção
e piso impermeabilizado.
PRINCÍPIO 2
Critério 2.3
TRANSPORTE DE MADEIRA
Verificados os procedimentos:
- MT/PSM 027: Controle da qualidade das atividades de colheita; revisão 08. Cita a
limpeza de resíduos no baldeio da madeira
- MT/PSM 006: Manual de transporte e movimentação de madeira; revisão 10. Cita
cuidados a serem observados no transporte da madeira
- Resultado das análises de carga de julho/2010: geral e por empresa; realizada em
10% dos caminhões que chegam com madeira.
PRINCÍPIO 1
Critério 1.2
Evidenciado que pelo canal de comunicação ARTPUP, são atendidos e respeitados os
direitos das comunidades locais pelos registros:
a- Gilberto Zago reclamando para o recuo do plantio na estrada que vai para o Horto
Cochilha Grande, Município de Rio Pardo , na data de 18.07.2010
b- Vitalir Guerindo Didomênico
39
Solicitando passagem para retirada de sua madeira em uma área lindeira
Horto São Francisco
Município de Eldorado do Sul
Data de 14.05.2010
Atendido em 02.08.2010
Evidenciado que as áreas vizinhas ou limítrofes são respeitadas e estão devidamente
identificadas localizadas e respeitadas, através das ações em que a organização anui
para os requisitantes:
A- Ação de usocapião requerido por Feliciano de Oliveira e outros cf processo
04010900025-26-2, no Horto Sta. Helena
B-Solicitação de servidão de passagem, requerida pelo Sr.Ferracini
C-Declaração de Reconhecimento de Limites
Requerente Neila Schucch , no Horto São Lourenço no município de São Lourenço do
Sul.
Constatada a existência de documentos de posse e de domínio comprovando a
demarcação da unidade. Examinada a documentação de propriedades, constantes na
planilha de controle de patrimônio imobiliário, cuja documentação arquivada pode
chegar a fase vintenária, que entre as quais destacamos: terras próprias, terras
arrendadas, terras em parceria, terras em comodato.
Áreas próprias
Horto Abranjo
Município de Encruzilhada do Sul
Matrícula 9768 e 13879 do Cartório de registro de Imóveis de Encruzilhada do Sul
Área total 228,3141 ha
ITR 2259884-7
40
CCIR 863025053074-1 950084192929-8
Áreas de arrendamento
Proprietário:Luiz Paulo Mabilde Ramos
Horto: Paineiras
Município:São Jerônimo
Registro de Imóveis da Comarca de São Jerônimo, com matrícula 1106 assinado no
dia 9 de abril de 2008, não averbada as margens do registro.
Mapas georreferenciados com CCIR e ITR.
Áreas de Parceria
Terra Dura.
Horto Cauã Município de Guaíba
Matriculado sob n◦23448 da Comarca de registro de imóveis de Guaíba
Parceiro: Ediles Francisca da Silva, num percentual de 50% para cada parceiro, com
corte previsto entre 4 e 5 anos.
Propriedade com uma área de 241,68 ha e um plantio de 181,78 ha.
CCIR 851.191.003.107-8 e 869.147.016.209-2 e NIRF 0516134-7 e 4104377-4
Para definir o aproveitamento da propriedade a empresa estabelece um estudo prévio
quanto ao potencial da propriedade, conforme segue:
Horto Abranjo
Área de plantio 126,88 ha , com uma reserva legal 54,41 há e APP definida de 39,26
há.
Sua cobertura vegetal está assim distribuída:
41
Estágio inicial ( 7,75 ha) Estágio médio (0,58 ha) Estágio avançado (47,54 ha)
Campo natural (5,60 ha) Campo úmido (32,20 ha) Recurso hídrico (0,31 ha) Outras
(0,01 ha)
Horto Paineiras
Área de plantio 39,55 ha
APP 20,21 ha
RL 3,24 ha
Estradas 0,25 ha
Sua cobertura vegetal ,representada pela reserva legal e áreas de preservação
permanente compõe-se de florestas em estágio avançado(14,21 ha) campo
natural(7,95 ha) e campo úmido(1,29 ha)
Horto Cauã
Área de plantio 123,48 ha
Área de APP 34,32 ha
Área RL 16,06 ha
Estradas 0,97 ha
Sua cobertura vegetal compõe-se de florestas em estágio médio (0,18 ha), estágio
avançado (40,98 ha) campo natural (0,30 ha) campo úmido (8,91 ha) recurso hídrico
(0,04 ha) outras (049 ha).
Foram evidenciados os termos de declaração para averbação de reserva legal22/2010
para o Horto Florestal Ema, 23/2010 para o Horto Norvethal (Butiá) e 24/2010 Horto
Florestal Taquari.
42
PRINCÍPIO 3
Critério 3.1.
Ampliação da base genética
Evidenciado o Contrato de Cooperação Técnica – C2010, entre a CMPC e Fíbria para
realizar experiências com materiais genéticos e testes conjuntos de campo.
Evidenciado que o uso de materiais genéticos utilizados previamente e em fase de
testes pela Fíbia podem ser utilizados pela CMPC, a qual possui Direito de Uso destes
materiais. Os clones novos que venham a ser desenvolvidos pela empresa auditada
são de uso exclusivo da mesma, mas poderão ser solicitados para uso em suas
atividades de pesquisa pela Fíbria, através de acordos e contratos.
Como ampliação da base genética, foi evidenciado o requerimento para importação de
materiais genéticos provenientes do Chile, a ser protocolado no órgão federal, a qual é
parte de uma política de cooperação com as áreas de reflorestamento entre Brasil e
Chile. A proposta da CMPC é importar pólen de materiais genéticos, aguardando
quarentena pelo Instituto Agronômico de Campinas,
Experiência Prévia
A CMPC já possui um programa de melhoramento, herdado da Fíbria, com clones
híbridos das espécies de E. saligna, E. dunni, E.urophlylla, E. glóbulos.
Atualmente, a organização possui 7 (sete) clones plantados comercialmente e 2
materiais genéticos provenientes de sementes (E. dunni). Em 2001, a CMPC
Foi evidenciado, em mapa, o Horto 638 – Vista Alegre, município de Cachoeira do Sul-
RS, onde são plantados 3 materiais genéticos – clones 2864 e 4039, e material
proveniente de sementes (E. dunni), onde o E. dunni é implantado em áreas de
baixadas por ser mais resistente à geadas.
Avaliação contínua de material genético alternativo
Os materiais genéticos em utilização são anualmente monitorados em conjunto com a
Fíbria, onde são elaborados relatórios anuais de desenvolvimento dos trabalhos e
43
reuniões trimestrais e anuais para discutir a estratégia de melhoramento florestal da
organização.
Organismos geneticamente modificados
A CMPC não faz uso comercial ou pesquisa com Organismos Geneticamente
Modificados.
CRITÉRIO 3.2
Existência de mapeamento, demarcação e proteção dos sítios históricos,
arqueológicos, de valor cultural ou social:
Os ecossistemas com importância ambiental, arqueológica, histórica, cultural ou social
foram mapeados pela empresa conforme pode ser evidenciado no programa
analisado. Em sítios arqueológicos inicialmente se localiza e identifica a área dos
sítios, que são numerados e protocolados junto ao IPHAN, na fase de diagnóstico.
O Horto do Roque III foi mapeado e nos talhões 034, 032, 042 e 044, no mês de
fevereiro de 2010, não sendo encontrado nenhum sítio de interesse.
Na região de Pântano Grande, no imóvel Sanga Funda foi encontrado um sítio no
talhão 004-01 com as coordenadas S 30◦ 17’68”e W 52◦ 20’3”, caracterizado pelos
vestígios 22j 370,187 e 6.647.779, no dia 23 de abril de 2010.
A organização define as paisagens levando em conta os ecossistemas, as unidades
de uso (florestas em estágio inicial, florestas em estágio avançado, campo , campos
úmidos).
Nas unidades onde se encontram plantios antigos foi evidenciada uma política para a
criação dos corredores ou stepping Stones, plantio para proteção dos fragmentos já
existentes, diminuição do efeito de borda, aumento da área nuclear, recuperação de
áreas legais: APP e reserva legal.
Os plantios florestais estão estabelecidos em áreas já antropizadas, tendo em vista
que o Órgão Ambiental Estadual, atualmente não concede autorização para ampliação
de implantação de florestas homogêneas, em áreas onde ainda existe vegetação
arbórea de qualquer tipo, ensejando assim a manutenção da floresta nativa.
44
O delineamento das plantações florestais é intercalado com a vegetação de ocorrência
natural, tendo em vista o alto grau de ocorrência de áreas de preservação permanente
contribuindo assim para a formação de corredores ecológicos, para a fauna residente
e migratória,inclusive com o estabelecimento de florestas naturais , em áreas de
plantio antigo de florestas de pinus,favorecendo a permeabilidade entre os
remanescentes florestais nativos.
A organização iniciou os estudos para delimitar o local de reprodução do papagaio –
charão na IBA Médio Rio Camaquã, cujo trabalho foi realizado pela Fundação Pró-
Natureza e Celulose Riograndense S/A ,na área de preservação permanente do Horto
Forninho.
Existe o estudo para a implantação da RPPN na Barra do Ribeiro, que atualmente está
aguardando seu reconhecimento pelo Órgão Ambiental.
Evidencia a ação de roçada de pinus em áreas de APP, resultante de plantios de pinus
antigos visando o favorecimento de regeneração de espécies nativas para
recuperação de áreas de preservação permanente que estejam degradadas
Critério 3.6
Em todos os hortos visitados evidenciamos cancelas nas entradas bem como placas
com indicativos de restrição de acesso a caça e pesca.
PRINCIPIO 2
Critério 2.2
Verificado o Plano de Manejo Florestal PL/PSM-001-UG, rev.08, de 02/08/2010.
- condições de manejo em função de peculiaridades regionais e locais, página 10 item
06; - esquema de manejo silvicultural, página 11, item 7.2;
- justificativa da viabilidade econômica do manejo, página 05, item 4;
- sistema de malha viária, página 06, item 5.5;
- idade de colheita, página 11, item 7.2;
- estimativa de crescimento e produção, página 12, item 7.3.1;
45
- mapas e croquis da área de manejo com ocupação e uso de solo, tipos de solo,
vegetação e recursos hídricos estão linkados ao geoprocessamento, exemplos
apresentados nas páginas 21 e 22;
- programa plurianual de plantio ou reforma, colheita e manutenção, página 12, item
7.4 e evidenciado no sistema de informações florestais, atualizado em Juho/2010;
- plano de contingência para sinistros (incêndios e outros eventos), página 12 e 13
ítem 08;
- inventário florestal contínuo, página 16 e 17 item 10.1;
- indicação de fontes alternativas ao plano de manejo, página 14 ítem 8.4;
- plano elaborado e monitorado por profissional legalmente habilitado, página 03, item
1.1.2;
- No sistema de documentação da Celulose Riograndense, existe o ícone histórico que
relata o monitoramento do plano de manejo florestal.
-Plano monitorado, revisado, com resultados do monitoramento incorporado ao plano.
- evidenciado o resumo do plano de manejo florestal (PMF) na internet
(http://celuloseriograndense.com.br) e plano na integra e resumo na intranet.
- evidenciada também cartilha de divulgação no campo, em fase final de edição;
- verificado folheto referente ao PMF;
- foi evidenciado na páginas 14 a 16 item 09, as referências que os resultados do
monitoramento do manejo da fauna, flora, recursos hídricos, edáficos e clima foram
incorporados ao plano de manejo;
- a implantação de programas de treinamento e capacitação dos trabalhadores é feito
pelas próprias prestadoras de serviços.
- Programas de diminuição dos acidentes do trabalho: curso de CIPA, PCE Florestal,
Direção defensiva, prevenção de acidentes com animais peçonhentos, SIPAT
Integrada, Dia de valorização da vida e Programa bom vizinho;
- Diminuição de ocorrências que coloquem em risco a integridade dos ecossistemas,
foram evidenciados na página 19, item 13: as empresas contratadas possuem planos
de treinamento específicos. A CMPC desenvolve iniciativas de educação ambiental
desenvolvendo consciência crítica ambiental, objetivando a prevenção de acidentes
ambientais no trabalho;
- Neste item foram verificados também ações que incentivem os programas de saúde
junto às populações locais, página 18, item 12.
46
Princípio 5.
critérios 5.1 e 5.2
Evidenciado em Guaíba
Mel de Eucalipto Solidário
A Celulose Riograndense estimula pequenos produtores de mel a colocar suas caixas
de abelhas junto aos plantios de eucalipto. A empresa só fornece o pasto apícola e
recebe 8% da produção que é encaminhada para as APAES das cidades onde a
CMPC tem atividades.
Evidenciando ações que incentivam empreendimentos locais.
A distribuição do mel é feita de forma rotativa entre as APAES de 17 municípios.
Envolve apenas pequenos produtores profissionais. Produção entre 40 a 60 ton de mel
por ano.
Evidenciado relatório "Programa de Doação de Mel - 2009". Programa com mais de 20
anos de tradição.
Entrevistado o Sr.Ademir Hermann, em Guaíba. Possui 400 colméias em parceria
firmada e consolidada a mais de 15 anos, retornando à CMPC, 2,5 kg de mel /caixa
produtiva /safra.
Atualmente está com as colméias na Fazenda Barba Negra, juntamente com mais dois
apicultores de Porto Alegre.
Sr Ademir sente-se honrado de poder participar desta parceria e por poder contribuir
indiretamente com os benefícios gerados pela sua atividade à APAE.
Fabrica de gaiteiros
A CMPC está iniciando projeto para a fabricação artesanal do acordeão diatônico
(gaita de 8 baixos), procurando aumentar a inclusão social e resgatar a tradição
cultural da região de atuação.
Entrevistado o Sr Marcos Borguetti na Escola Municipal Augusto Meyer em Guaíba. O
Sr. Renato Borguetti também atua no Projeto Música na Fábrica.
Evidenciados os locais da futura fabricação da gaita de 8 baixos. Projeto dará forte
repercussão às atividades sócias, junto a comunidade local.
47
Projeto Música na Fábrica
Artistas são convidados desde 2008 para tocar seus repertórios para a comunidade de
Guaíba. Em 2009 foi interrompido, devido a crise mundial. Em 2010 retomou em
16/03/10 e estão previstas apresentações mensais até dezembro. Evidenciadas a
documentação das apresentações de 2010.
Projeto Educação
Existe a 28 anos. Mais de 6,5 milhões de cadernos distribuídos, produzidos
internamente.
Cada aluno recebe em média 3 cadernos, com mensagens alusivas a biodiversidade.
A CMPC distribui no início de todo o ano letivo, 550 mil cadernos para todos os 37
municípios da área de abrangência.
Junto com os cadernos, a CMPC distribui também caixas de papel sulfite para as
escolas.
Programa Preventivo de Saúde
São conduzidas palestras nos municípios, conjuntamente com parcerias locais sobre:
doenças em geral, doenças sexualmente transmissíveis, dependência química
acidentes com animais peçonhentos, acidentes domésticos e de trânsito.
Evidenciando programas de saúde aos trabalhadores e seus dependentes.
Analisado documento: "Ações de saúde junto aos municípios de atuação florestal da
Aracruz no RS"- Relatório por município - Novembro / 2009.
Parceria com Associação de Canoagem / Guaíba Limpo
Programa de educação ambiental, existente a 6 anos, com duas associações de
canoagem: Guahyba e Biguá.
Campanha para recolhimento do lixo no Lago Guaíba. A empresa atua também na
conscientização ecológica via publicidade na mídia. Os alunos recebem orientações
gerais sobre a empresa, além de coletas orientadas e oficinas de atividades práticas.
Evidenciado relatórios das atividades de 2009.
48
Formação de Agentes Prevencionistas Ambientais
Programa de educação ambiental compartilhado. Tem o objetivo de preparar agentes
para trabalhar questões ambientais em suas comunidades. Treinamento conduzido
nas unidades em relação a uso de agrotóxicos, fogo e lixo.
Programa em parceria com a FEPAM..
Atualmente também participam: Secretaria Estadual de Educação, Federação das
Indústrias do estado do Rio Grande do Sul e as empresas Gerdau e Vipal.
Campanha Floresta e Vida
Tem como objetivo integrar comunidades escolares dos municípios de atuação
florestal da CMPC. Anualmente 6 mil alunos participam deste programa.
São projetos ambientais de revegetação desenvolvidos nas escolas e em áreas
degradadas, envolvendo a comunidade. Programa já implantado desde 2001.
Anualmente são selecionados projetos ambientais em cada municíoio com temas
ligados a sustentabilidade ambiental.
A escola vencedora recebe um projeto de melhoria do pátio escolar que envolve um
processo de conscientização de toda a comunidade escolar e a implantação das
melhorias definidas durante esse processo.
Evidenciado na Escola Municipal Sotero Frantz (Pântano Grande) início dos trabalhos
de desenvolvimento dos projetos ambientais.
Visitada também a Escola Municipal Capitão Garcia em Sertão Santana, onde os
trabalhos de recuperação já foram implantados e estão em fase de manutenção.
Trilha Caminhos da Madeira
Demonstra e divulga o processo de fabricação da celulose, desde a produção de
mudas até o enfardamento do produto. Programa voltado para estudantes.
No último ano ocorreu uma redução de 18 para 5 municípios visitados e de 1200 para
336 participantes.
49
Gaya Jovem
Visita ao Rincão Gaia e Escola Municipal Sotero Frantz (Pantano Grande).
Evidenciados registros fotográficos de 2009.
CMPC iniciou patrocínio a partir de abril / 2010.
Propicia a participação de jovens num programa pedagógico vivencial, estimulando à
adoção de uma postura eco-cidadã empreendedora.
São realizadas oficinas com abordagem teórico-práticas: trilhas, expressão corporal e
empreendedorismo criativo.
Princípio 3
Critério 3.2
Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas
Visitada a EMATER em Barra do Ribeiro, entrevistado o técnico responsável pelo
escritório local. Atividades relativas a recuperação ambiental da microbacia do Arroio
Salgado, no município de Serrinha, com área aproximada de 500 ha com 17
produtores. Projeto já sendo desenvolvido a 2 anos, em fase inicial de implantação.
Previstas ações de educação ambiental, cercamento das áreas ciliares a recuperar,
restauração da mata ciliar e implementação de estrutura mínima para destinação
adequada de resíduos.
PRINCÍPIOS 1, 2 e 4
Critérios 1.3, 2.1, 2.3, 4.3, 4.4
Colheita
Horto Monte Castelo - Talhão 62-A Município de Pantano Grande
Colheita terceirizada, empresa: Ponto a Ponto.
Corte mensal de 14000 m3, venda da madeira para Fibraplac.
Retirada é feita diretamente pelo comprador.
Observado o corte, descascamento e toragem com harvester, simultâneamente para
serraria (1,50 - 1,70m) e madeira para processo (celulose), 1,80 – 3,20m.
Observado o carregamento com forwarder 6 X 6 autocarregável.
50
Entrevistados 2 operadores de harvester, devidamente, treinado, habilitado e com
EPI´s.
Neste módulo existem 2 Harvesters e 2 Forwarders.
Evidenciado Harvester PAP-102, em manutenção no talhão, uso correto de bandejas
de contenção. Verificado na máquina presença de formulário de controle operacional,
n. 8754.
Evidenciado também a existência de check lists da qualidade da colheita florestal
(corte mecanizado, baldeio, carregamento, transporte, construção e manutenção de
estradas).
Retratando a avaliação da performance do fornecedor. Avaliações mensais e
trimestrais, realizada pela CMPC.
Sinalização de alerta de derrubada. Evidenciados 11 procedimentos operacionais na
frente de corte, dentre eles: Manual de colheita florestal MT/PSM-007 revisão 11 e Uso
de EPI´s na área florestal PO/GSS-002-VG revisão 04.
A verificação de primeiro nível é realizada diariamente (Avaliação da atividade de corte
de madeira), a CMPC faz avaliações mensais. (Verificação mensal –Colheita florestal-
Operação baldeio).
Evidenciado no harvester PAP 104 (formulário de controle operacional-harvester n.
9086).
Evidenciada coleta seletiva no campo.
Silvicultura
Horto Aldo Sani talhão 26B, município Butiá, empreiteira Florestadora Nativa.
Operação: eliminação química da cepa .
Evidenciado ordem de serviço IT/PSM-023 – Preparo de Solo operação 9105
Módulo composto de trator com tanque (3300 l) abastecido de herbicida Scout
(glifosato).
24 operadores, atuando em duplas (1 pulverizador costal, outro com motoroçadeira),
realizando a eliminação da brotação.
Dosagem de aplicação do herbicida: 2,5 kg/ha, concentração 8%.
Macacões dos operadores lavados diariamente.
Rendimento 12 ha/dia.
51
Horto Aldo Sani, município Butiá, empreiteira Edinho Terraplenagem Ltda.
Operação: subsolagem com fosfatagem.
Evidenciado ordem de serviço IT/PSM-022 – Preparo de Solo operação 9121, OS n
032197.
5 tratores de esteira D50A Komatsu realizando a subsolagem e a fosfatagem.
Evidenciado em campo caminhão abastecendo com fosfato os tratores.
Horto Aldo Sani, talhão 312 B, município Butiá, empresa prestadora de serviços
Florestadora Nativa.
Operação: aplicação de calcário
Evidenciado ordem de serviço IT/PSM-023 – Preparo de Solo operação 9127
2 máquinas aplicando e 1 abastecendo.
Rendimento da operação: 1,07 ha/maquina.
Evidenciada OS n. 032196.
Uso correto de EPI´s e banheiro em campo.
Aplicação de 1,5 ton/ha de calcáreo.
Evidenciado IT/PSM-017 Implantação Florestal.
PRINCIPIOS 1 e 3
Critérios 1.1 1.2, 1.3 e 3.5
Jurídico
Evidenciado uso de Sistema eletrônico denominado Espaider, contendo um banco
com as ações abertas contra a Aracruz Celulose e CMPC. O departamento jurídico
acompanha o andamento dos processos que são conduzidos por advogados
contratados.
Evidenciado no sistema Spaider 7 ações de reintegração de posse: em andamento
com prazos atendidos.
Evdenciados 18 relatórios sobre questões ambientais, não havendo situações
relevantes: Em andamento com prazos atendidos.
Evidenciados 24 relatórios sobre questões tributárias, desde a época da Klabin. Não
foram evidenciadas situações de relevância: Em andamento com prazos atendidos
52
Evidenciados 3 relatórios sobre questões administrativas, sendo um a respeito de
valor definido sobre a ITR e outro sobre energia elétrica, envolvendo o Operador do
Sistema Nacional e concessionária de energia elétrica.
PROCESSOS TRABALHISTAS
Evidenciado uso do sistema Espaider para gerenciamento dos processos trabalhistas.
Contratualmente foi definido que os processos que dizem respeito ao período anterior
a 15 de dezembro de 2009 são de responsabilidade da Fibria (antiga Aracruz
Celulose)
As etapas dos processos encontravam-se registradas no Espaider.
Em relação ao atendimento dos quesitos listados abaixo, foi evidenciado programa de
avaliação realizado em 100% das empresas contratadas (70 empresas). A realização
das avaliações é feita pelo perito Luiz J.F. Saldanha
Prontuários individuais, Pagamento de salários, Registro de freqüência, Guias
FGTS/IRRF/INSS, folha de pagamento, férias, 13º salário, rescisões, contribuição
sindical, Convenção coletiva, Tributos, SESMT, Reclamatórias trabalhistas, Benefícios,
Sindicato (contr. Patronal) e Livro de inspeção do trabalho.
Horas in itinere: Todos os acordos coletivos prevêem critérios de adicional para estas
horas.
Como exemplo de evidência de registro de processo foi verificada notificação Nr
processo 00042-2009-861-04-00-0 após demissão de um funcionário
Reclamada: Carpelo
AMBIENTAL
AUTOS DE INFRAÇÃO
14/2007 FEPAM:
Evidenciada defesa protocolada em 02 de janeiro de 2008 a respeito das situações
descritas no auto de infração, a saber: implantação de atividade de silvicultura em APP
(4 situações). Em 3 casos a defesa recai sobre erros de medição com GPS e e um
caso sobre uma vala aberta por um antigo produtor de arroz. Até o momento não
houve resposta por parte da FEPAM.
397/2009 FEPAM:
Este auto de infração diz respeito a fábrica.
53
Sistema de controle e avaliação de requisitos legais
SISTEMA CAL
Constatada listagem atualizada de requisitos legais a serem atendidos pelo
empreendimento florestal.
Evidenciada verificação quanto ao atendimento dos requisitos legais, realizada em
abril de 2009.
Requisitos pendentes de análise: 131 perguntas
Res Federal ANATEL 303/2002 – Anatel: Limitação da exposição a Campos elétricos
e eletromagnéticos.
Evidenciadas licenças para funcionamento de estações ANATEL de 02/12/2009.
Evidenciado Relatório de conformidade elaborado para as estações de
radiocomunicação, realizado em 2007.
Res ANP 15/2005
ReS 157/2004 Contram
Res 168/2004 Contram
Lei 8212/1991: Seguridade social
NR 01
NR 02
NR 06
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
A CMPC tem suas atividades regularizadas a partir de duas sistemáticas de
licenciamento aplicadas pela FEPAM, conforme segue:
3 Licenças para novas áreas das seguintes bacias:
Baixo Jacuí (40.000 ha), LI 740/2008-DL
Camaquã (20.000 ha), LI 1184/2008-DL
Vacacaí-Mirim (30.000 ha), LI 1190/2008-DL
Com relação às áreas antigas, foi firmado um TAC com o Ministério Público Estadual a
respeito da obrigação de buscar e envidas esforços nos sentido de obter junto a
FEPAM até 12 de maio de 2011 o licenciamento ambiental (EIA-RIMA) previsto na
legislação pertinente. TAC firmado em 28 de novembro de 2006.
54
A CMPC realizou o cadastro de todas as áreas antigas objeto do TAC e está enviando
informações complementares de acordo com os critérios da FEPAM. O total de área
cadastrada é de aproximadamente 66.190 hectares.
Condicionante 6.4: Evidenciados os seguintes Programas, protocolados em julho de
2010 junto à FEPAM:
Controle do uso de agrotóxicos na silvicultura, junho de 2010
Relatório Pesquisa e monitoramento de avifauna nas reservas de vegetação nativa e
plantios no estado do Rio Grande do Sul, IBA médio Rio Camaquã.
Relatório Pesquisa e monitoramento de avifauna nas reservas de vegetação nativa e
plantios no estado do Rio Grande do Sul.
Relatório de acompanhamento Programa de educação ambiental Celulose
Riograndense.
Relatório do programa de recuperação de áreas de empréstimo na CMPC
Relatório de programa de conservação e manutenção de estradas na CMPC
Relatório Projeto Bases ecológicas para o manejo e a conservação In-situ de
remanescentes florestais e campestres em áreas de monocultura arbórea no extremo
sul da Brasil
Plano de monitoramento e avaliação SOCIOECONÔMICA do programa de expansão
da base florestal da Celulose Riograndense – Relatório parcial
Relatório de acompanhamento do Programa de PROTEÇÃO FLORESTAL plano de
controle de emergências
Condicionante 7.8: estabelece para as 3 licenças valores em reais para compensação
nos termos do disposto no Art 14 da Res. Conama 371/2006. A proposta de aplicação
deste recurso será devidamente encaminhada para decisão final sobre sua aplicação.
Foi protocolado em 18 de junho de 2010 estudo denominado Avaliação de áreas de
interesse ambiental para aplicação da compensação ambiental do programa de
expansão da base florestal (empresa Ideal Meio Ambiente).
OUTORGAS PARA USO DE ÁGUA
Evidenciadas as seguintes outorgas válidas (portarias DRH):
Viveiro: 1636, 1637, 1638 e 1639 (poços artesianos);
55
Evidenciados 4 relatório trimestrais protocolados junto ao DRH em julho de 2010,
apresentando conformidade com os critérios técnicos estabelecidos nas portarias
relacionadas acima.
Com relação ao uso e barramento de água foi evidenciado Plano de Regularização de
Outorga para Reservação de água em açudes nos hortos florestais da Celulose
Riograndense – Guaíba, junho de 2010. Foi elaborado um cronograma que prevê a
regularização em fases de 2010 até 2014 de 1270 açudes.
Princípio 2
Critério 2.4
Evidenciado sistema de informação florestal, contendo informações atualizadas das
áreas de manejo florestal. Este sistema já era utilizado pela empresa Aracruz
Celulose.
Princípio 3
Critério 3.3
Evidenciado programa de proteção florestal para controle integrado de pragas e
doenças, abrangendo o monitoramento de pragas e doenças ocasionais, no viveiro,
monitoramento e controle de pragas exóticas, assim como diagnóstico e resistência a
doenças.
O objetivo do monitoramento é a detecção de insetos e doenças causadores de
injúrias às plantas e o nível de dano da população, detectando de maneira rápida a
ocorrência de danos causados por agentes bióticos. O sistema de monitoramento
agiliza o processo de avaliação, tomada de decisão e eficiência das medidas de
controle, reduzindo o consumo de produtos agrotóxicos e o risco de danos
econômicos.
Com as informações levantadas pelas equipes evidenciamos um banco de dados
sobre as vistorias e ocorrências.
O procedimento analisado traz a metodologia completa em relação ao objetivo do
programa.
56
Princípios 2 e 4
Critério 2.3 e 4.1
MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DE ESTRADAS
Evidenciado Relatório de programa de conservação e manutenção de estradas na
CMPC.
Evidenciado controle em planilha Excel demonstrando pontos da malha viária que
necessitam de intervenção.
Gestão rede viária, adequação ambiental: Sistemática para classificação quanto à
criticidade de estradas por horto florestal. Atualmente a empresa conta com uma
equipe para realização de conservação e manutenção de estradas.
MT/PSM-008, Manual de estradas, ver. 06
3.6 NÃO CONFORMIDADES REGISTRADAS
Durante a auditoria foram registradas quatro não conformidades, as quais estão
descritas abaixo:
PSJ/01
Critério 1.1
Área: Colheita florestal
Evidenciado na área de colheita florestal no horto Boa Vista, talhão 41 A, a indisponibilidade de banheiro feminino, conforme solicitado pela NR 31, visto um dos harvester ser operado por mulher.
Classificação: Menor.
Análise de causa:
O prestador admitiu a funcionária em 05/07/2010 e estava adquirindo uma segunda opção de banheiro para separar por sexo.
Ação corretiva:
Instalado o banheiro químico feminino exclusivo no trailer de vivência; o banheiro móvel masculino foi instalado na área de trabalho dia 12/08/2010, conforme fotos apresentadas.
Status: encerrada
57
Avaliação de eficácia durante auditoria de manutenção? Não
PSJ/02
Critério 1.3
Área: Depósito de embalagens de agrotóxicos
Evidenciado no depósito de embalagens de agrotóxicos e resíduos perigosos chuveiro de segurança (água) para situações de emergência danificado; não saía água na parte superior.
Classificação: Menor.
Análise de causa:
Este chuveiro não estava incluído no mapeamento do procedimento de manutenção.
Ação corretiva:
Executado o reparo do chuveiro em 13/07/2010 encontrando-se o mesmo em plena condição de funcionamento. Incluir este chuveiro no mapeamento dos chuveiros da fábrica no procedimento de manutenção.
Status: encerrada
Avaliação de eficácia durante auditoria de manutenção? Não
ARV/01
Critério: 1.1
Área: Jurídico
No sistema CAL (avaliação da conformidade legal) foram Evidenciadas 131 perguntas
relacionadas ao atendimento de requisitos legais não respondidas.
Classificação: menor
Análise de causa:
Pendências de análise de algumas normas no Sistema CAL pelos processos
responsáveis e emissão incompleta do relatório de normas pendentes de análise,
devido a interpretação do Sistema CAL.
Ações corretivas:
Jurídico solicitou aos processos responsáveis a conclusão das análises das normas
58
pendentes até o dia 12 de agosto de 2010, o que ocorreu e realizou treinamento por
telefone com a Iusnatura, empresa responsável pelo Sistema CAL, de interpretação do
Sistema, para a emissão de relatórios completos de normas pendentes de análise.
Status: Encerrada
Avaliação de eficácia durante auditoria de manutenção? Sim
ARV/02
Critério: 3.2
Área: Silvicultura
Evidenciada presença de gado causando degradação em áreas de preservação
permanente, em estágio inicial de recuperação nos hortos Candelária e Pederneiras
(AI 174 e AI 262)
Classificação: Maior
Análise de causa:
A presença de gado nas propriedades da empresa pode se enquadrar em duas
situações bastante distintas:
1) De um lado, existem situações em que foram firmados contratos de comodato e/ou
de parceria para pastoreio em terras da empresa no período em que as operações de
silvicultura estiveram suspensas e com a retomada das atividades florestais estes
contratos estão sendo finalizados de acordo com seu prazo de vigência (vencimento
da maioria dos contratos se dará, no máximo, até novembro de 2010).
Em função da relevância cultural da atividade pecuária no Estado e diante das
demandas para parcerias desta natureza, a empresa já havia solicitado manifestação
do órgão ambiental (DEFAP) quanto a viabilidade de tal prática, recebendo parecer
favorável daquele órgão, desde que tomadas medidas preventivas quanto aos
impactos do pastoreio. Diante disso e conforme já mencionado acima a empresa tem
procurado adequar os contratos, mas várias parcerias ainda estão sendo
renegociadas (Ofício009/05/DEFAP/DLF, em 14/01/2005) .
59
2) Porém, há outro tipo de situação em que se verifica a presença de gado alheio,
provavelmente de proprietários vizinhos, sem autorização por parte da empresa e
estes casos são identificados a partir do trabalho da vigilância patrimonial e pela
atuação dos analistas responsáveis pelas áreas.
Ações corretivas:
1) Como ação imediata, no caso específico do HF. Candelária, o termo de
encerramento já definiu a data para a retirada dos animais, o que se dará em 22 de
agosto de 2010.
2) No caso das áreas com gado não autorizado, como no H.F. Pederneiras, onde o
problema já havia sido identificado, houve contato e solicitação ao proprietário dos
animais para retirada dos mesmos. Como a solicitação não foi atendida, foi lavrado um
Boletim de Ocorrência Policial denunciando avarias na cerca e invasão do gado em
01/04/2010. A empresa tem feito manutenção destas cercas, entretanto, novas avarias
tem sido verificadas.
3) Para estruturar um plano capaz de reduzir a presença de animais nas áreas de
preservação permanente em processo de recuperação serão realizadas as seguintes
ações específicas:
• Revisar todos os contratos vigentes e renegociar com os parceiros o seu
encerramento ou adequação à definição já adotada pela empresa, em
dezembro de 2009, de somente renovar e/ou celebrar contratos de locação de
pastagem naqueles casos em que o proprietário do gado assume o
compromisso de cercar à APP, evitando o impacto do pisoteio e pastoreio à
regeneração natural.
• Retomar a campanha de educação ambiental com material didático que já
havia sido editado anteriormente, de modo a conscientizar os proprietários dos
gados da relevância da proteção das APP’s.
60
• Estabelecer procedimento documento estabelecendo os critérios para tomada
de decisão quanto à viabilidade de alocação para pastoreio tendo em vista as
condições de cada AI quanto à regeneração natural e contexto local (tradição /
pressão da pecuária).
Status: Encerrada
Avaliação de eficácia durante auditoria de manutenção? Sim
AVALIAÇÃO DAS AÇÕES CORRETIVAS DECORRENTES DA NÃO
CONFORMIDADE REGISTRADA
As ações corretivas foram verificadas nos locais onde foram registradas, tendo sido
consideradas satisfatórias do ponto de vista técnico. Em relação a não conformidade
ARV/02 estabelecemos a necessidade de realização de uma auditoria especial em
prazo máximo de 90 dias. A verificação será específica a respeito da retirada do gado
do horto Candelária, prevista para 22 de agosto de 2010.
3.7 OPORTUNIDADES DE MELHORIA E OBSERVAÇÕES REGISTRADAS
Durante a auditoria de re-certificação foram registradas oportunidades de melhoria
(OM) que deverão ser analisadas criticamente pela empresa quanto à tomada de
ações pertinentes. Estas OM´s devem ser analisadas com foco em melhoria contínua
dos processos realizados pela empresa no âmbito do CERFLOR. Abaixo seguem as
OM´s registradas:
OM 01: A organização poderia Incluir na avaliação realizada em prestadores de serviços o resultado das auditorias trabalhistas.
OM 02: Considerar a elaboração de um cronograma de realização dos treinamentos em saúde e segurança.
OM 03: Com base no Relatório denominado “Pesquisa e monitoramento de avifauna nas reservas de vegetação nativa e plantios no estado do Rio Grande do Sul, IBA médio Rio Camaquã”, a CMPC poderia avaliar o estabelecimento de atributos para a área estudada em relação à avifauna encontrada, utilizando conceitos de Florestas de Alto Valor de Conservação (FAVC).
OM 04: Considerar uma melhor redação de justificativa econômica no plano de manejo, utilizando mais elementos técnicos que demonstrem a viabilidade econômica do empreendimento florestal.
61
OBS 01: Retomar em curto prazo as atividades envolvendo comunicação e relacionamento comunitário, já que alguns contratos com empresas que prestavam estes serviços foram reduzidos.
OBS 02: Considerar a realização de eventos de conscientização sobre coleta seletiva de resíduos nas atividades de campo.
OBS 03: Considerar a verificação das causas da presença de mercúrio e chumbo
encontrados no córrego do horto Terra Dura, conforme demonstrado nas análises de
qualidade de água realizadas em 2009.
4 REUNIÕES PÚBLICAS
4.1 Planejamento, Objetivo e Realização
Durante o processo de divulgação das reuniões públicas o Bureau Veritas Certification
distribuiu um questionário de Consulta Pública que tem como objetivo levantar dados e
informações oriundas de pessoas e organizações da sociedade civil para o processo
de certificação do CERFLOR. Este questionário permite a pessoas físicas e jurídicas
se pronunciarem a respeito da empresa de forma anônima. Por este motivo não
estaremos divulgando a procedência dos formulários recebidos.
De um total de aproximadamente 420 convites enviados por correio e 28 correios
eletrônicos enviados, o Bureau Veritas Certification recebeu oito formulários
preenchidos. Observamos que o envio destes formulários é uma das formas de se
expressar em relação ao desempenho da empresa, não sendo a única fonte de
informações para a equipe auditora. Dos formulários preenchidos cinco tecem elogios
sobre as atividades da empresa no tocante a geração de empregos, conservação do
solo, manutenção da biodiversidade e benefícios econômicos para a região de
atuação da CMPC. Três formulários não trazem informações e um faz comentários
sobre a falta de divulgação das atividades da CMPC através das associações de
bairros, sugerindo a participação da empresa na criação de cursos profissionalizantes
para melhorar a qualificação de mão de obra, aumentando as chances de emprego na
região de influência do empreendimento florestal.
O objetivo das reuniões públicas foi identificar questionamentos, recomendações,
denúncias e comentários das partes interessadas, referentes aos princípios do
CERFLOR que foram objeto de avaliação no processo de certificação. As demandas
62
pertinentes a respeito da CMPC foram registradas, tendo a empresa apresentado uma
resposta para cada questão. As respostas foram avaliadas quanto ao seu conteúdo e
verificadas durante a auditoria pela Equipe Auditora.
As perguntas que foram feitas sobre o processo de certificação ou sobre as atividades
do Bureau Veritas Certification foram respondidas ao longo das reuniões.
É importante deixar claro que as reuniões públicas não contaram com a participação
ativa de funcionários da CMPC. Ao contrário de uma Audiência Pública, no âmbito de
um Estudo de Impacto Ambiental (EIA), não é objetivo de uma reunião pública do
CERFLOR apresentar as atividades da empresa, nem tão pouco seus aspectos e
impactos ambientais e sociais. As reuniões públicas são conduzidas pela equipe de
auditoria do BVC e buscam evidenciar, sob o ponto de vista das partes interessadas,
os aspectos positivos e negativos do manejo florestal da empresa frente ao
CERFLOR.
As Reuniões Públicas foram divididas em duas partes sendo na primeira apresentados
os Princípios, Critérios e Indicadores da norma NBR 14789 e o processo de
certificação CERFLOR, segundo as regras estabelecidas pelo INMETRO. A segunda
parte das reuniões teve como objetivo o levantamento de críticas, comentários,
preocupações, sugestões, etc referentes aos princípios abrangidos pelo CERFLOR.
Foram organizadas quatro Reuniões Públicas nos municípios descritos abaixo:
Município Data Horário
No.
Pessoas
Rio Pardo 10/08/2010 19:00 h 35
Butiá 11/08/2010 19:00 h 100
Eldorado do Sul 12/08/2010 19:00 h 5
Barra do Ribeiro 13/08/2010 14:00 h 50
TOTAL DE PARTICIPANTES 190
De forma geral observamos uma distribuição regular de representantes do poder
público e sociedade organizada, na forma de associações e ONGs. Também houve
63
em Butiá um grande interesse por parte de estudantes da rede pública em conhecer
os Princípios do CERFLOR e os mecanismos de certificação.
Observamos que as partes interessadas esperam uma atuação responsável por parte
da empresa, no tocante às questões sociais, ambientais e de saúde. A qualificação de
mão de obra para poder atender a demandas da CMPC e seus prestadores de
serviços foi um tema presente em várias reuniões. Houve muito interesse em se
conhecer as formas possíveis de se estabelecer parcerias com a empresa.
Possibilidade de utilização da RPPN de Barra do Ribeiro em eventos de educação
ambiental, consórcio do eucalipto com outras culturas, parcerias na área de educação
ambiental foram exemplos citados ao longo das reuniões.
No que diz respeito a reclamações entendemos que a maior parte se concentra na
área da comunicação da empresa com as partes interessadas. Os participantes
tinham muitas dúvidas sobre expansão das atividades da empresa nos municípios,
possibilidade de geração de novos empregos, consumo de água dos plantios
comerciais e existência de projetos nas áreas social, ambiental e educacional.
As reuniões realizadas não demonstraram haver conflitos instalados na região. As
colocações das partes interessadas foram de ordem informativa e participativa.
Tivemos um caso de denúncia e uma reclamação relatados a seguir.
A denúncia foi feita em relação a presença de gado em áreas de Preservação
Permanente da CMPC em locais indicados como distrito de Albardão, município de
Rio Pardo e Barragem do rio Jacuí, também no município de Rio Pardo. O responsável
pela denúncia nos prestou maiores informações verbais de como chegar aos hortos da
empresa. No dia 11 de agosto de 2010 identificamos os hortos Candelária e
Pederneiras como sendo os locais indicados, onde constatamos a presença de gado
nas áreas de Preservação Permanente da empresa. Foi registrada uma não
conformidade sobre esta situação, relatada no capítulo 3.6 deste relatório.
Recebemos uma reclamação durante a reunião de Eldorado do Sul sobre estradas
municipais que teriam sido utilizadas para transporte de madeira da CMPC, e que
estariam em mau estado de conservação após o intenso tráfego dos caminhões de
transporte. Os locais foram indicados como Estradas 3 e 4 na sub-prefeitura de
Parque Eldorado do Sul. Os reclamantes também se pronunciaram a respeito de
64
restos de madeira e cascas caídas dos caminhões de transporte ao longo destas
estradas e das BRs 290 e 116.
Estes resíduos da empresa estariam aumentando o risco de acidentes, além de
representa disposição inadequada de resíduos da CMPC ao longo de vias públicas.
No dia 13 de agosto de 2010 buscamos as seguintes evidências a respeito das
colocações feitas:
Houve colheita no período de janeiro e fevereiro de 2010 no horto Terra Dura (próximo
as estradas 3 e 4).
O transporte foi realizado no período de 30/03 a 17/05/2010.
Em 24/11/2009 foi realizada reunião em Parque Eldorado do Sul, município de
Eldorado do Sul com a participação de 33 pessoas (incl. sub-prefeito e vice-prefeito de
Eldorado do Sul), no sentido de se esclarecer as operações a serem realizadas no
período do transporte de madeira.
Através de entrevista com os responsáveis por manutenção de estradas e verificação
de registro físico denominado “Orçamento empresa Transalves (com detalhamento
dos serviços e materiais utilizados)” evidenciamos realização de conserto de estrada
no período de 20 a 27 de abril de 2010.
Em visita ao local (Estrada 3 – Av. Olavo Ch Oliveira e Estrada 4) apontado pelos
reclamantes no mesmo dia 13 de agosto, constatamos vias em estado razoável de
conservação, não tendo sido encontrados pontos de difícil passagem para veículos
leves. Observamos ainda que durante a semana houve ocorrência de chuvas, o que
não inviabilizou a passagem de forma segura dos veículos ao longo das duas
estradas. Percorremos todo o trecho das estradas 3 e 4 a partir da BR 290 até a
entrada do horto Terra Dura. Durante o trajeto da fábrica da CMPC, percorremos um
trecho das rodovias BR 116 e BR 290 até a entrada do referido horto, constatando que
não havia restos de madeira ou cascas ao longo destas rodovias e estradas.
As reuniões geraram um total de 17 questões a serem respondidas pela CMPC e
apresentadas no capítulo a seguir. Sobre o processo de certificação as poucas
perguntas formuladas foram respondidas prontamente,
65
4.2 Entidades e pessoas contatadas
A divulgação do processo de auditoria CERFLOR da CMPC e a convocação de partes
interessadas para as Reuniões Públicas foi realizada pelo BUREAU VERITAS
CERTIFICATION, de acordo com um procedimento interno que estabelece os critérios
de divulgação.
Por ser muito extensa, a lista completa das partes interessadas contatadas durante o
processo de certificação está mantida como registro interno do BVC e não foi inserida
neste relatório.
4.3 Relação dos Participantes nas Reuniões Públicas
Como já descrito anteriormente as reuniões Públicas totalizaram 190 participantes de
diferentes entidades governamentais e não-governamentais.
Durante as reuniões foram registrados os nomes e assinaturas dos participantes,
gerando listas de presença que se encontram arquivadas sob responsabilidade do
Bureau Veritas Certification. Todas as reuniões públicas foram gravadas (apenas
áudio) de forma a permitir a rastreabilidade das mesmas. Estas gravações serão
mantidas em mídia digital pelo BVC, que tem a responsabilidade de garantir seu sigilo
e proteção.
4.4 Consulta a órgãos públicos
Como parte do processo de auditoria do CERFLOR na empresa CMPC, realizamos
consultas a dois órgãos públicos do estado do Rio Grande do Sul, como parte da
verificação de atendimento a requisitos legais no âmbito trabalhista e ambiental.
Observamos ainda que as prefeituras dos municípios onde ocorreram as reuniões
públicas, foram convidadas e participaram ativamente destes eventos.
DEPARTAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO
SUL
Realizada no dia 12 de agosto de 2010 entrevista com o chefe da divisão de
Planejamento do Departamento de Recursos Hídricos do Estado do Rio Grande do
Sul, Sr. João M. T. Silva.
Durante esta entrevista foi declarado que no caso da CMPC não há irregularidades
conhecidas, sendo que a regularização das outorgas em curso (para reservação de
66
água em açudes) está sendo considerada normal pelo DRH, já que a sistemática de
outorga é relativamente nova.
A Regularização de uso da água pode ser feita a partir de um cadastramento on-line,
com a concessão de outorgas precárias com validade de um ano. Num primeiro
momento não são solicitadas informações detalhadas sobre o uso da água, o que será
requerido ao longo do tempo pelo DRH.
No relatório detalhado, capítulo 3.5, apresentamos o planejamento de regularização da
CMPC para os açudes, que será acompanhado pelo BVC ao longo das auditorias de
manutenção.
SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO TRABALHO E EMPREGO
Realizada visita à SRTE em Porto Alegre no dia 10 de agosto de 2010, onde houve
entrevista com a técnica Eloisa Rubenich. Foi relatado haver um bom relacionamento
entre a empresa e esta Superintendência, no tocante ao cumprimento de exigências
técnicas. Em relação à fiscalização das atividades florestais foi explicado que a SRTE
tem poucos profissionais em atividade nesta área, e que por isto as inspeções
regulares na CMPC e suas prestadoras de serviço ocorrem apenas em situações
especiais.
A SRTE informou que a CMPC está participando de um projeto na área de ergonomia,
porém com enfoque na atividade industrial, onde há, no momento, visitas freqüentes
dos técnicos desta superintendência.
67
4.5 Respostas aos Questionamentos de Partes Interessadas por parte da
Empresa e parecer Bureau Veritas Certification.
Os questionamentos levantados durante as Reuniões Públicas foram relacionados
abaixo, com as devidas respostas emitidas pela empresa. Durante a auditoria as
respostas foram verificadas no contexto do CERFLOR e consideradas satisfatórias do
ponto de vista técnico pela equipe de auditoria. Ao final das respostas emitimos um
parecer a respeito de questões específicas que mereceram uma tratativa especial,
como visita a campo ou avaliação documental detalhada.
Considerando a complexidade de alguns questionamentos, deve ser entendido que
muitos dos temas abordados nas reuniões públicas deverão ser tratados pela empresa
em seu processo de melhoria contínua, especialmente aquelas questões relacionadas
ao desempenho sócio-ambiental.
QUESTÃO 01:
Qual será o desdobramento dos contratos com serrarias após o vencimento? E se há
disposição de rever estes contratos, tendo em vista o impacto na economia e na
região. Há também possibilidade de fazer parceria com a empresa para disponibilizar
material para conservação de estradas?
R: Os contratos de fornecimento de madeira serão cumpridos e renovados, mantendo
um fornecimento total de 12.000 m³/mês enquanto houver disponibilidade de madeira
com dimensões adequadas. A empresa tem o compromisso de dar preferência às
serrarias locais em áreas onde possui plantios florestais.
Com relação ao material para estradas, existem restrições legais para que a empresa
possa fornecê-lo para manutenções de vias fora de suas áreas. A Portaria Minter Nº
441, de 11 de dezembro 2009 esclarece que a abertura de vias de transporte, obras
gerais de terraplenagem em que se faz necessária a execução de trabalhos de
movimentação de terra e de desmonte de materiais in natura quando não objetivarem
a comercialização dos materiais envolvidos, não são considerados atividade de lavra,
ficando, portanto dispensados do processo junto ao DNPM.
Entretanto, esta Portaria também menciona que somente é permitida a utilização dos
materiais in natura e das terras resultantes desses trabalhos, na própria obra
68
licenciada, ou seja, o transporte para outras áreas, não está coberto por este
dispositivo legal.
Por outro lado, a FEPAM, no processo de licenciamento da silvicultura, reforça a
restrição ao transporte de material para além dos limites do horto florestal, frisando
que as áreas de empréstimo sejam utilizadas única e exclusivamente para
manutenção das estradas e aceiros internos.
QUESTÃO 2:
Há projeto da empresa de fixação destes pequenos agricultores? Como ficam estas
propriedades que se localizam no meio de grandes hortos de reflorestamento com
relação ao consumo de água?
A floresta não consome tanta água hoje, isto é realmente verdade? Ou elas
consomem água suficiente para árvores de grande porte?
R: A empresa tem como diretriz não adquirir propriedades pequenas, onde vivem
pequenos produtores e se desenvolve a agricultura familiar. Das aquisições já
realizadas 93% se deram em propriedades com área superior a 50 hectares. Por outro
lado, o Programa de Fomento Florestal é também um esforço na direção de contribuir
com a diversificação das atividades rurais de modo a favorecer a permanência do
homem no campo.
Com relação ao uso da água, a quantidade consumida pelos plantios não é
significativamente diferente de outras vegetações de porte florestal. O plantios são
planejados para ocupar proporções das bacias hidrográficas que não interfiram na
disponibilidade de água e em locais com chuvas suficientes. Com as dispersões de
plantios até hoje praticadas no RS não há registro de seca de nascentes. Vale
ressaltar que a empresa procura utilizar técnicas de conservação de solo no seu
manejo para evitar assoreamento de cursos de água e compactação do solo.
69
Cabe ainda esclarecer que o Zoneamento Ambiental da Silvicultura estabeleceu
percentuais de ocupação para a atividade, com base em levantamentos oficiais da
disponibilidade hídrica em cada bacia hidrográfica e novas licenças para plantio são
emitidas pela FEPAM somente em acordo com estes parâmetros de disponibilidade
hídrica.
QUESTÃO 3:
Existem programas regulares da CMPC na área da saúde, geração de renda e
educação aos municípios?
R: As atividades do Programa de Educação Ambiental da CMPC (PEA) vinculadas à
visão de Sustentabilidade da empresa, estão inseridas nas estratégias de
relacionamento com as partes interessadas potencialmente afetadas pelas operações,
e são desenvolvidas pela equipe de educação ambiental da empresa Vida Produtos e
Serviços em Desenvolvimento Ecológico Ltda. Somam-se a estas atividades, ações
voltadas à Educação para a Saúde e apoio a projetos sócio-ambientais de iniciativa
das comunidades nas quais a empresa se insere. A seguir uma breve descrição de
projetos e ações relacionadas à Educação, Saúde e Geração de Renda.
Campanha Floresta é Vida
O objetivo da campanha é promover a integração entre as comunidades escolares dos
municípios de atuação florestal e destas com a Empresa, através do incentivo à
realização de projetos que desenvolvam a responsabilidade ambiental diante de
problemas ambientais locais.
Em 2009 a proposta de trabalho foi remodelada para atender a capacidade de
atendimento da equipe de educação ambiental e a disponibilidade de recursos
orçados, que sofreu ajustes em função da crise econômica e conseqüente suspensão
do projeto de expansão da base florestal.
Desta forma, ao invés de estabelecer etapas classificatórias e aplicar um maior volume
de recursos em um só projeto, o recurso disponível foi dividido de acordo com a
demanda dos projetos. Também se optou por incentivar as escolas a olharem
criticamente seus pátios e desenvolverem ações de melhoria.
70
Esta proposta foi apresentada em encontros com coordenadores municipais de
educação e de outras secretarias e instituições afins como agricultura, meio ambiente
e escritórios municipais da EMATER que indicaram a escola ou instituição participante
da campanha em 2009.
Geralmente, estas instituições juntamente com a empresa são as principais parceiras
para a implementação dos projetos, que segue um cronograma acordado entre as
partes.
A contribuição da Celulose Riograndense se deu através da orientação técnica e da
aquisição de materiais para a execução dos 12 projetos, atendendo a meta estipulada
de manter a média do número de municípios participantes nos últimos três anos.
Cronograma para 2010
ETAPAS ENTIDADES PARTICIPANTES DATA
PREVISTA
Reunião Municipal
Secretarias Municipais de Educação,
Agricultura e Meio Ambiente, EMATER e
Educação Ambiental CMPC.
Janeiro/Fevereiro
Criação do Grupo de
Trabalho Escola/ Entidade indicada Março/Abril
Orientação e/ou
Elaboração Projeto
escrito
Secretarias Municipais de Educação,
Agricultura e Meio Ambiente, EMATER e/ou
Educação Ambiental CMPC.
Março/Abril
Conscientização /
Sensibilização
Secretarias Municipais de Educação,
Agricultura e Meio Ambiente, EMATER,
Educação Ambiental, Silvicultura e/ou
Fomento CMPC.
Maio/Junho
Execução e
Acompanhamento
dos projetos
Secretarias Municipais de Educação,
Agricultura e Meio Ambiente, EMATER e
Educação Ambiental CMPC, Silvicultura e/ou
Fomento CMPC.
Junho - Outubro
71
Seminário
Secretarias Municipais de Educação,
Agricultura e Meio Ambiente, EMATER,
Educação Ambiental, Silvicultura e Fomento
CMPC.
09/Novembro
(Fábrica/Guaíba)
Para 2010 estão orçados os recursos necessários para apoiar a implantação e/ou
monitoramento de 12 projetos, incluindo a implantação do projeto vencedor da etapa
2005 da Campanha na EMEF Sotero Hermínio Frantz de Pantano Grande que foi
adiada em função de obras de ampliação e melhoria de infraestrutura da escola que
somente agora foram concluídas.
Projeto Educação
O projeto consiste na confecção e distribuição de cadernos escolares nos municípios
onde a empresa atua. Os objetivos incluem o beneficio a estudantes do ensino
fundamental de escolas públicas, a integração de funcionários da empresa com as
comunidades e, ao mesmo tempo, a comunicação de que os plantios florestais tem
potencial de geração de benefícios a estas comunidades.
Os cadernos são entregues para as secretaria municipais de educação,
preferencialmente em uma das escolas beneficiadas, com a presença dos diretores
das demais escolas e autoridades locais. Esta entrega é feita com a participação
voluntária dos funcionários da área florestal da Celulose Riograndense.
No ano de 2009 foram distribuídos 250 mil cadernos em 37 municípios da área de
atuação da empresa. A meta de 2010 é 550 mil cadernos para os mesmos municípios.
PEAC – Programa de Educação Ambiental Compartilhado
O programa envolve uma parceria Público-Privada, Desde maio de 2008 até junho de
2010 está em execução a segunda fase deste programa.
O convênio SEMA- Instituições Parceiras no Programa de Educação Compartilhado -
PEAC nº 10/2008 estabelece como objeto a cooperação técnica, científica e financeira
72
entre as vinte e seis instituições parceiras visando á implementação do programa
através da formação e capacitação de agentes prevencionistas e da execução de
projetos socioambientais.
A contrapartida da empresa nesta segunda fase do programa diz respeito ao aporte de
recursos da ordem de R$100.000,00.
Em 2009, foram realizados quatro encontros regionais que contaram com a
participação de 477 agentes prevencionistas que representaram 170 projetos
socioambientais.de 128 municípios do Estado, sendo que três municípios da área de
atuação da empresa foram contemplados. A meta para 2010 é realizar o II Congresso
Estadual de Agentes Prevencionistas e encaminhar o processo de criação do Decreto
Estadual do programa.
Educação para a Saúde
Anualmente, a empresa busca identificar nos municípios de atuação florestal quais os
temas relacionados à saúde a Secretaria Municipal tem interesse em desenvolver e
apóia a realização de eventos voltados à conscientização da população.
No ano de 2009 foram realizados 18 encontros em 15 municípios, que contou com a
participação de 1.275 pessoas, abordando os temas como febre amarela,
dependência química, higiene e saúde bucal, doenças sexualmente transmissíveis
(AIDS) e métodos contraceptivos.
Para 2010, estão sendo discutidas adequações metodológicas na condução deste
programa.
Parceria com Associações de Canoagem
Desde 2004 a empresa atua em parceria com as Associações de Canoagem Biguá de
Barra do Ribeiro e Guahyba de Guaíba através do aporte de recursos financeiros e da
realização de atividades acordadas com o Programa de Educação Ambiental como
oficinas temáticas, coletas de lixo no Horto Florestal Barba Negra e no Lago Guaíba,
trilhas guiadas, auxílio na implantação da Agenda 21 e apoio a diversas outras
atividades desenvolvidas pelas associações.
QUESTÃO 4:
73
O que a empresa pode fazer para desenvolver cursos profissionalizantes?
R: O Projeto de Expansão da empresa dependerá das condições do mercado, do
aumento de consumo de celulose. Este aumento poderá acontecer nos próximos
anos. Quando iniciar o projeto de expansão, a empresa irá atrair parcerias com o
governo Federal e Estadual, trazendo cursos profissionalizantes para o
desenvolvimento das operações, tanto florestais como industriais.
QUESTÃO 5:
A empresa está pensando em investir em madeira para serraria?
R: Nas áreas plantadas para uso na fábrica não há previsão de manejo direcionado
para produção de madeira para serrarias. A posição da empresa será a de incentivar
os fomentados para fornecimento deste tipo de produto, possibilitando inclusive
aumentar o valor agregado da sua madeira.
QUESTÃO 6:
R: Há oportunidade de trabalhar (estagiar) na planta do empreendimento (fábrica) e
na área florestal?
Quando o projeto de expansão acontecer, haverá oportunidades de estágios e
também empregos. Nesse momento, a Celulose Riograndense deverá incentivar as
empresas terceiras para que a contratação da mão de obra seja local. Esta premissa
será tanto para a área florestal quanto para a industrial. As vagas disponíveis sempre
são divulgadas no website da empresa (HTTP://www.celuloseriograndense.com.br),
onde é possível cadastrar o currículo a qualquer tempo.
74
REUNIÃO PÚBLICA CERFLOR RIO PARDO
QUESTÃO 7:
Processo de comunicação da CMPC não atende às necessidades locais
R: Durante o ano de 2009, com o projeto de expansão da base florestal suspenso,
muitas atividades foram reduzidas ou mesmo interrompidas, isso inclui alguns dos
canais de comunicação com a comunidade.
Com relação à realização de atividades em cada município, será estabelecida uma
sistemática de divulgação utilizando os meios de comunicação locais mais acessíveis
e abrangentes. Além disso, o Plano de Manejo Florestal da empresa, que inclui
informações sobre área plantada e percentual de ocupação em cada município está
disponível no website da empresa (http://www.celuloseriograndense.com.br).
QUESTÃO 8:
R: Falta de vigilância incentiva a prática de caça e pesca e falta de cercas facilita a
entrada de gado na propriedade dos vizinhos.
A empresa conta com uma equipe de vigilância patrimonial que monitora todas as
suas áreas respeitando uma programação semanal. Não é economicamente viável
manter postos de vigilância em cada propriedade, pois a empresa possui mais de 495
fazendas espalhadas entre Guaíba e São Gabriel. Além disso mantemos 6 equipes
que trabalham constantemente em reforma e construção de cercas.
QUESTÃO 9:
Empregabilidade na região. Como a CMPC pode melhorar a geração de empregos?
R: A Celulose Riograndense pode melhorar a geração de empregos na região
incentivando para que as empresas terceiras contratem mão de obra local quando o
projeto de expansão tiver início nos próximos anos.
QUESTÃO 10:
R: A CMPC tem intenção de ampliar a base florestal em Rio Pardo?
Não existe uma definição prévia quanto ao montante de área a ser adquirida em cada
município, existe sim uma delimitação estipulada pelas licenças prévias para a
75
atividade que contemplam um determinado montante de área em cada bacia
hidrográfica:
• Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí – LI 740/2008-DL – 40 mil ha de efetivo
plantio;
• Bacia Hidrográfica do Vacacaí-Vacacaí Mirim – LI 1190/2008-DL – 30 mil ha de
efetivo plantio;
• Bacia Hidrográfica do Camaquã – LI 11840/2008-DL – 20 mil ha de efetivo
plantio;
Com a aprovação das revisões ao Zoneamento Ambiental da Silvicultura, em 2009,
também foram estabelecidas limitações de ocupação para as frações de Unidade
Natural de Paisagem (UNP) em cada Bacia Hidrográfica, que consideram o total de
plantios já existentes de todos os empreendedores de cada unidade.
REUNIÃO PÚBLICA CERFLOR - ELDORADO DO SUL
QUESTÃO 11:
Conservação das avenidas 3 e 4 após colheita não foi realizada a contento.
R: Antes de iniciar as operações de colheita e transporte no horto florestal Terra Dura
foi realizada reunião com o Prefeito e Sec. de Obras de Eldorado do Sul e um
encontro do Programa Bom Vizinho, com o objetivo de comunicar o início das
atividades, alterar os moradores sobre os possíveis distúrbios da operação e ouvir as
principais preocupações dos mesmos. Uma das medidas adotadas a partir da reunião
foi a alteração da rota de transporte de modo a evitar o trânsito próximo à Escola
Municipal de Ensino Fundamental Otávio Gomes Duarte.
Dias antes do início do carregamento foi feito contato com o Sub-Prefeito, informando
sobre o transporte e que seriam efetuados consertos na rua da Escola. Durante o
transporte realizamos outros consertos na rua da Escola e no acesso localizado em
frente ao Posto da Polícia Rodoviária Federal.
Em abril/2010, houve reclamação de um dos moradores que utiliza o local como sítio
de lazer aos finais de semana em relação ao ruído provocado pelos caminhões.
Conversando com o reclamante e apresentada a justificativa para adoção da rota foi
76
negociado que durante a semana se manteria a rota que previne o risco junto à escola
e nos finais de semana se alteraria o trajeto para reduzir os ruídos ao sítio de lazer.
Essa tratativa foi informada ao sub-prefeito.
Nos últimos dias de transporte fizemos uma arrumação (manutenção) nas duas vias
municipais (3 e 4), foram trabalhados os dias 20, 23, 26 e 27 de abril com duas retro
escavadeira em média 8h/dia cada máquina. Nestes dias também foram transportados
300m³ de material para consertar irregularidades da estrada municipal.
Também ficou acordado que seria realizada manutenção das vias após encerramento
das atividades mediante agendamento, que ainda não foi realizado em virtude das
condições climáticas.
QUESTÃO 12:
As partes interessadas (comunidades) desconhecem programas de educação
ambiental, cobram contratação de mão de obra local.
Além dos programas descritos na questão 3, frisamos que a equipe está disponível
para esclarecimento de dúvidas nos seguintes contatos:
Equipe de Educação Ambiental – (51) 2139 – 7397 / 2139 -7405
Reponsável: Maurem Kayna Lima Alves – [email protected]
REUNIÃO PÚBLICA CERFLOR – BARRA DO RIBEIRO
QUESTÃO 13:
Empresa não terá problemas em atender requisitos do Cerflor. Em março, Barra foi
presenteada com uma reserva e comunidade recebeu com grande satisfação. Sabe
que CMPC mantém flora e fauna, mas gostaria que na reserva fosse disponibilizada
acesso à população de forma organizada para ter ações de educação ambiental.
Sugere trilhas dirigidas, pesquisas na área de preservação. CMPC é muito importante
pro município.
R: Ainda estão em curso procedimentos documentais para a consolidação da RPPN.
Paralelamente a empresa está estruturando o trabalho para elaboração do Plano de
77
Manejo da Reserva, onde serão criteriosamente estabelecidos os locais passíveis de
visitação, a capacidade de carga destes locais e o público alvo ao qual se destinam.
Assim que isso seja definido e aprovado pelo órgão Estadual competente, haverá
ampla divulgação nas comunidades, especialmente no município de Barra do Ribeiro.
QUESTÃO 14:
Como comunidade pode se inscrever para participar da certificação?
R: Conforme esclarecido nas reuniões públicas, o relatório da auditoria estará
disponível a partir de 30 de agosto no site do organismo certificador. Além disso a
Celulose Riograndense também divulgará o relatório em seu website, indicando os
contatos para encaminhamento de manifestações a respeito.
QUESTÃO 15:
Possibilidades de parceria para poder atender demanda maior de crianças carentes.
R: Todas as demandas de apoio a projetos sócio-ambientais devem ser formalizadas e
encaminhadas à área de Comunicação e Relacionamento Institucional da Celulose
Riograndense. A Equipe de Educação Ambiental também pode ser contactada, pois
está orientada para o adequado encaminhamento das solicitações.
QUESTÃO 16:
Qual o espaçamento utilizado pela CMPC nos plantios de eucalipto. O eucalipto
convive com outras culturas (possibilidade de consórcio)?
R: O manejo florestal da Celulose Riograndense preconiza espaçamentos otimizados
para a produção de madeira voltada à produção de celulose, mantendo em torno de 9
m² por planta (espaçamento 3 x 3 m). Outros espaçamentos são viáveis, dependendo
de planejamento específico podendo inclusive possibilitar consórcio com outras
culturas. Tal alternativa é mais viável em parcerias como as do Programa de Fomento
Florestal, sendo possível estabelecer consórcios com outras culturas, como melancia,
batata doce, abóbora e mandioca.
PARECER DO BUREAU VERITAS CERTIFICATION A RESPEITO DAS QUESTÕES
RESPONDIDAS
78
De acordo com as respostas pela CMPC, tecemos as considerações abaixo, a
respeito de questões específicas que, no nosso entender, merecem um parecer
detalhado.
QUESTÃO 7
De acordo com nossa avaliação, os processos de comunicação da CMPC em direção
às comunidades devem ser melhorados. Registramos uma Observação a este respeito
e estaremos avaliando o desempenho da empresa neste quesito durante as auditorias
de manutenção do CERFLOR.
QUESTÃO 8
Durante nossa avaliação, constatamos que a CMPC mantém um programa de reforma
e conserto de cercas, assim como de vigilância patrimonial. Todavia entendemos não
ser necessária a presença de vigilância em todos os hortos da empresa para coibir
caça e pesca. A respeito da entrada de gado em propriedades foi registrada uma não
conformidade em função da presença destes animais em áreas de preservação
permanente da CMPC. A eficácia das ações tomadas será monitorada por nossa
equipe de avaliação ao longo das auditorias de manutenção.
QUESTÃO 11
No capítulo 4 deste relatório relatamos detalhadamente nossa análise a respeito da
reclamação feita sobre as estradas 3 e 4.
79
5. CONCLUSÃO
Considerando:
• A finalização do processo de auditoria, onde o BUREAU VERITAS CERTIFICATION
avaliou de forma consistente o atendimento aos critérios e indicadores estabelecidos
na norma NBR 14.789/07 – Manejo Florestal – Princípios, Critérios e Indicadores para
Plantações Florestais, nas unidades de manejo da CMPC;
• A normalidade das operações da CMPC durante o período de auditoria, inclusive do
viveiro que produz as mudas de eucalipto, o que permitiu a realização de uma
amostragem representativa dos processos da empresa;
• O estabelecimento de um escopo claro de atividades em busca de certificação;
• As áreas definidas no capítulo 1.2, tabela 1 deste relatório, como sendo aquelas em
busca da certificação;
• A realização integral da auditoria conforme plano de auditoria elaborado pelo auditor-
líder do evento;
• A existência de um Plano de Manejo documentado com objetivos definidos e
compatíveis com a escala do empreendimento avaliado;
• A existência de uma política da CMPC que incentiva e implementa programas de
interesse comunitário;
• As respostas apresentadas pela CMPC, que trazem informações apropriadas em
relação às perguntas realizadas;
• O registro de 04 (quatro) não conformidades encerradas ao longo da auditoria.
• o registro de 04 (quatro) oportunidades de melhoria e 03 (três) observações que
devem ser analisadas e tratadas pela empresa;
• A consulta realizada a dois órgãos públicos onde não obtivemos informações sobre
o não cumprimento de requisitos legais aplicáveis às atividades florestais da CMPC e
suas contratadas; os entrevistados declararam que a empresa é pró-ativa no sentido
de buscar melhorias em seus processos;
80
• O atendimento a todos os prazos legalmente estabelecidos, quanto a ações judiciais
em andamento contra a Aracruz Celulose, empresa que detinha os títulos de
propriedade das áreas e contratos de arrendamento, que são objeto desta
certificação;
• O pagamento de tributos municipais, estaduais e federais, demonstrados através de
certidões negativas de débitos ou positivas com efeito de negativa, da CMPC e seus
prestadores de serviço;
• A necessidade de incremento das ações de comunicação e relacionamento com
partes interessadas inseridas nas áreas de influência do empreendimento florestal;
• A verificação de eficácia da não conformidade ARV/02, através de auditoria especial
a ser realizada num prazo máximo de 90 dias, a contar da data de encerramento da
auditoria (13 de agosto de 2010), implicando na verificação da retirada do gado do
horto Candelária (AI 174), município de Rio Pardo;
• O caráter amostral do processo de auditoria, conforme normas estabelecidas pelo
INMETRO e PEFC.
O BUREAU VERITAS CERTIFICATION, seguindo os procedimentos de auditoria
do CERFLOR, é favorável a recomendação para certificação da CMPC Celulose
Riograndense, de acordo com o padrão normativo NBR 14789:2007.
A continuidade do processo de auditoria consiste na disponibilização deste Relatório
de Auditoria para apreciação pública por 30 (trinta) dias.
81
ANEXO I:
Certificação CERFLOR (Manejo Florestal)
NBR14789:2007
Consulta e reuniões públicas
Ref.: CMPC 2010
Assunto: Consulta a Partes Interessadas e Convite para Reuniões Públicas –
Padrão Normativo NBR14789:2007 – CMPC
São Paulo, 25 de julho de 2010
Caro(a) Sr(a).
Bureau Veritas Certification, um organismo de certificação acreditado pelo INMETRO, foi
contratado pela empresa CMPC Celulose do Brasil LTDA (doravante denominada CMPC) a fim
de realizar uma auditoria para busca de certificação do manejo florestal de seus plantios com
base no padrão normativo NBR14789 (CERFLOR), nos municípios de Eldorado do Sul,
Guaíba, São Jerônimo, Triunfo, Butiá, Encruzilhada do Sul, Minas do Leão, Pantano Grande,
Cachoeira do Sul, Rio Pardo, São Sepé, Vila Nova do Sul, Barra do Ribeiro, Canguçu, Dom
Feliciano e São Lourenço, no estado do Rio Grande do Sul.
Você já pode ter sido contatado por esta companhia, no entanto, informamos que estaremos
realizando uma auditoria pelo CERFLOR, para avaliar o relacionamento da empresa com os
trabalhadores florestais e comunidades locais, aspectos legais, ambientais e uso racional de
recursos florestais, relacionados ao manejo florestal praticado pela empresa. Durante o
processo de auditoria estaremos avaliando, entre outros, o impacto das atividades do
manejo florestal da empresa e sua relação com as comunidades locais e demais partes
interessadas que possam ser afetadas pelo manejo da floresta.
Caso necessite de informações adicionais sobre o CERFLOR ou seu sistema de certificação,
você poderá obter toda a descrição do processo junto ao site do INMETRO
(www.inmetro.gov.br), ou nos contatar diretamente para esclarecimentos.
Você (sua organização) foi identificada como uma parte interessada neste processo de
avaliação e suas colocações sobre o desempenho da CMPC serão consideradas por nossa
equipe de auditores. Assim, apreciaríamos qualquer comentário ou observação que
considerar relevante sobre os seguintes pontos:
• O desempenho da CMPC no manejo de plantações, especialmente questões sobre o
relacionamento com comunidades, meio ambiente e impacto das atividades florestais nas
regiões onde a empresa atua. Solicitamos que nos envie informações específicas, e tão
precisas quanto possível, nos respaldando com elementos factuais.
Contamos com sua contribuição, e não hesite em informar-nos se você gostaria que o
contatássemos durante a auditoria para lhe dar retorno de informações.
Também gostaríamos de convidá-lo para participar de uma das reuniões públicas que o
Bureau Veritas Certification realizará nos municípios e horários descritos abaixo:
82
RIO PARDO: Dia 10 de agosto, terça-feira, 19 horas Centro Regional de Cultura Rio Pardo
Rua Andrade Neves, 679
BUTIÁ: Dia 11 de agosto, quarta-feira, 19 horas CTG Saudades do Pago
Rua Leandro de Almeida, 143
ELDORADO DO SUL: Dia 12 de agosto, quinta-feira, 19 horas Sede Social do Guaíba Country Club
Rua João Ricardo Juliano, 972 - Guaíba Country Club
BARRA DO RIBEIRO: Dia 13 de agosto, sexta-feira, 14 horas Rua Coronel Araújo Ribeiro, 239
Nossos auditores estarão presentes para responder perguntas sobre o CERFLOR que você
possa ter e discutir questões específicas a respeito do processo de certificação.
Por gentileza, transmita esta carta-consulta para partes interessadas que não a receberam e
que possam estar interessadas neste processo de auditoria. Também gostaríamos de
informá-lo sobre o seguinte:
• Este processo de consulta às partes interessadas estará aberto até a data da auditoria. O
Bureau Veritas Certification levará em consideração todos os comentários pertinentes
recebidos durante este período.
• Suas observações serão incluídas de forma anônima em nosso relatório de auditoria e
serão mantidas em nossos arquivos, a menos que você se manifeste em contrário.
• Somos obrigados, como um organismo de certificação, a garantir a rígida confidencialidade
das informações e, por isso, caso queira, as informações serão mantidas de forma
estritamente confidenciais. Nesse caso, sua demanda só será conhecida pelo organismo
de certificação Bureau Veritas Certification e pela equipe de auditoria desta avaliação.
• Os formulários (veja abaixo) com as respostas da consulta poderão ser encaminhadas
para o Bureau Veritas Certification, pelo correio no endereço: Av. do Café, 277 – Torre B,
5º Andar - São Paulo – CEP 04311-000, por fax no número (xx11)5070-9810 e por
correio eletrônico no e-mail: [email protected].
Observe que o Bureau Veritas Certification desenvolveu e implementou procedimentos para
a resolução de conflitos da certificação com o máximo de independência e o disponibiliza
para o público de forma transparente. Não hesite em nos contatar, caso queira receber uma
cópia destes processos de resolução de conflitos.
Agradecemos as observações, comentários e cooperação com o processo de auditoria.
Com os melhores cumprimentos
José Cunha,
Gerente técnico - Brasil
83
QUESTIONÁRIO DE CONSULTA PÚBLICA
AUDITORIA DE MANEJO FLORESTAL DA EMPRESA CMPC.
NOME
ORGANIZAÇÃO
RUA/AV:
CIDADE: ESTADO:
ENDEREÇO
CEP:
SIM ( )
1. O (a) sr (a) conhece a empresa CMPC? NÃO ( )
SIM ( )
2. Há algum comentário a fazer a respeito da empresa CMPC?
NÃO ( )
3. Que comentários o (a) sr (a) teria em relação à empresa CMPC nos municípios acima mencionados?
SIM ( ) 4. Existe(m) algum (uns) impacto(s) ambiental (ais) provocado(s) pela Empresa CMPC nos municípios citados na questão 3 acima que deva(m) ser verificado(s)
na auditoria? NÃO ( )
5. Qual (ais) é (são) este (s) impacto (s)?
SIM ( ) 6. Existe(m) algum (uns) impacto(s) social (ais) provocado pela empresa CMPC nos municípios citados na questão 3 acima que deva(m) ser verificado(s) na auditoria?
NÃO ( )
7. Qual (ais) é (são) este (s) impacto (s)?
Este questionário tem por objetivo levantar dados e informações oriundas de pessoas e organizações da sociedade civil para o processo de
certificação de florestas pela regra CERFLOR. Os nomes das pessoas que responderem ao questionário não serão citados nos documentos que
irão compor o processo de certificação da empresa CMPC , bem como estas pessoas não terão qualquer responsabilidade na certificação.
Encaminhar a resposta para o e-mail: [email protected] ou fax: 011 50709010
Ou para o endereço Avenida do café 277, Torre B, 5° andar, CEP 04311-000, São Paulo, SP.
84
6. PRIMEIRA AUDITORIA DE MANUTENÇÃO PLANEJAMENTO E REALIZAÇÃO DA 1ª AUDITORIA DE MANUTENÇÃO
PLANO DE AUDITORIA CMPC 2011 - Recert 9k14k; Recert NBR 14790; 1A NBR 14789
DIA/AUDITOR Alex Vervuurt -
auditor- líder Rafaela
Guimarães Juliana Colpas Pedro
Silveira Roberto
Mendonça
01/08 segunda manhã
Abertura + planejamento florestal Definir locais para evidenciar projetos de recuperação florística, monitoramento faunístico, monitoramento rec. Hídricos.
Abertura + planejamento florestal Análise das atividades de silvicultura, colheita e transporte. Solicitação dos mapas detalhados (ocupação de solo, ambiental, rec hídricos, social, histórico)
Abertura + planejamento florestal
Abertura NBR 14789: Análise plano de manejo
Abertura Planejamento 9k e 14k
01/08 segunda
tarde
NBR14789: Gerir sustentabilidade (P5) Definir visitas a projetos P5 + desempenho dos projetos de incentivo ao empreendimentos locais.
NBR 14789: Planejar suprimento de madeira NBR14789: Gerir meio ambiente operacional florestal (incl licenças)
Gestão da CoC CoC + 9k14k: Produzir papel
9k14k: Análise crítica dos sistemas de gestão 14k: Objetivos e metas 9k14k: Estrutura e responsabilidade
02/08 terça manhã
9k14k: Desenvolver pessoas NBR 14789 + 9k14k: Auditoria interna + Ações corretivas e preventivas.
NBR 14789 : Implantar floresta NBR14789: : Tributos nacionais: CND´s municipais, receita federal, estadual e previdência para CMPC e 3 prestadores de serviços
CoC - Recebimento de madeira CoC + 9k14k Produzir cavaco
CoC + 9k14k: Produzir celulose branqueada
14k: Gerir meio ambiente operacional industrial (incl. Licenças)
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02/08 terça tarde
14k: Tratar efluentes líquidos (indústrial) 16:00 Seg patrimonial proc PO/GSS035 UG Gestão de ocorrências de seg patrimonial
NBR14789: Programa de gestão de saúde e segurança Acordos coletivos Avaliação de prestadores de serviços.
CoC + 9k14k: Vender celulose e vender papel Gerir logística e administração de vendas
9k14k: Secar e enfardar celulose
9k14k: Produzir químicos para branqueamento
03/08 quarta manhã
NBR14789 + 14k: Gerir questões jurídicas e procedimentos legais Verificar tratamento de eventuais conflitos ou demandas relacionadas a posse de terra.
NBR 14789: Colher floresta e transportar madeira Visita a projeto social (P5)
NBR 14789 + 14k: Tratar resíduos sólidos
9k14k: Produzir licor branco
9K14k: Verificar e ajustar dispositivos de medição e monitoramento (DDM) 9k14k: Contratar serviços
03/08 quarta tarde
NBR 14789 + 14k: Armazenamento de insumos agrícolas e agrotóxicos e monitoramento quanto ao uso. NBR 14789 + 9k + 14k: Viveiro
NBR 14789: Monitoramento de recursos hídricos - florestal NBR 14789: Manutenção de estradas
NBR14789: Gerir sustentabilidade (P3): Inventários periódicos de fauna silvestre e incorporação no plano de manejo, Verificação das listas (P3.4), manejo de áreas de refúgio ou reprodução de fauna silvestre.
9k: Satisfação de clientes - papel - mercado interno.
9k14k: Analisar e informar parâmetros de controle
04/08 quinta manhã
NBR 14789 + 14k: Sistema de vigilância patrimonial florestal - Entrevistas com vigilantes. 11 hs: Signi NBR 14789 + 14k: Recuperação de áreas degradadas (APP + RL), Estudos de estrutura dos vegetais nativos remanescentes
NBR 14789: Implantar floresta
NBR 14789 + 14k: Programa de comunicação com partes interessadas externas (florestal)
14k: Plano de atendimento a emergências - Análise documental Avaliar análise de treinamentos EAD e de brigada RNC 21171/11
9k: Atender o cliente - celulose
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04/08 quinta tarde
NBR 14789: Programas de educação ambientais junto a comunidades – visitas
NBR 14789: Plano integrado de manejo de pragas e doenças (incl minimização de uso de prod. Químicos e uso de agentes de controle biológicos) NBR 14789: Sistema de prevenção, vigilância e controle de incêndios florestais.
NBR 14789: Desenvolver tecnologia florestal - Programas de ampliação da base genética e avaliação de material alternativo. NBR 14789: Uso de OGM
14k: Plano de atendimento a emergências - Verificação dos equipamentos e realização de testes.
9k14k: Recuperar químicos e gerar energia
05/08 sexta manhã Pendências Pendências Pendências Pendências Pendências
05/08 sexta tarde
Relatório + encerramento
Relatório + encerramento
Relatório + encerramento
Relatório + encerramento
Relatório + encerramento
7. EQUIPE DE AUDITORIA
Auditor Líder: - Alexander Vervuurt ARV Engº Agrônomo
Auditores: - Rafaela Guimarães RPG Engª Florestal
- Juliana Colpas JBC Bióloga
- Roberto Mendonça ROM Engº Florestal
- Pedro Silveira PSJ Engº Florestal 8. LISTA DE PESSOAL AUDITADO DURANTE TODA A AUDITORIA:
• Norton Borges – Pesquisador • Rosana Silveira – Analista de Licenciamento Ambiental • Francisco Bueno – Gerente de Comunicação e Relações Instituicionais • Cristina Olsson – Analista de Comunicação • Luciana Esber – Analista de Operações Florestais - Ambiental • Maurem Kayna – Coordenadora Ambiental • Morgana C. Webber – Analista Jurídico • Sergio Favero – Coordenador de Silvicultura • Evandro Silva – Coordenação SGI
87
• Clovis Zimmer – Gerente geral • Alexandra Ferraz – Recursos humanos • Julio Fuhr – Coordenação SGI • Cristiane Ostermann - Direção empresa Signi • Luciana Masera - coordenação empresa SIGNI • Eduardo Perrot – Jurídico • Roger Borges – Assistente de almoxarifado • Alison J. Silva – Assistente de almoxarifado • Luiz Carlos Slavutzki – coordenador de segurança • Ângelo Menezes –assistente técnico • Elias Frank de Araújo - Pesquisador. • Renata Maltz - Prestadora de Serviço: VIDA (Gerenciador de Resíduos). • Flávio Roberto Klain - Prestadora de Serviço: VIDA (Gerenciador de Resíduos). • Francisco Bueno - Gerente de Relações Internacionais e Comunicação. • Glêison Augusto dos Santos – Pesquisador de Melhoramento Florestal • Joselito Junqueira – Analista de Planejamento Florestal • Rosana Silva – Analista de Licenciamento Ambiental • Eduardo Stumpf – Especilista de Licenciamento Ambiental • Zenaide Weinhemer Schwalm – Diretora de Escola • Luís Carlos Slavutzki – Coordenador de Segurança • Elizângela Allama – Técnica em qualidade • Adiney Lucas Barreto – operador de máquina • Adilson de Souza – Mecânico • Felipe Bitencurt – Auxiliar de Manutenção • Giorge Taffarel - Mecânico • Cristiano Frozza – Gerente de Colheita • Márcio Sousa Ribeiro – Supervisor Florestal • Ademir José Hermam – Apicultor • Vagner Pereira Alves – Motorista • Gilberto Selback – Especialista em Transporte • Elias Araújo – Pesquisador na área de solos • Leonardo Giacomolli – Analista Florestal • Fabio Canuti – Ajudante Florestal • Clóvis Ferraz – Ajudante Florestal • Marco Aurélio Alves Pires – Encarregado de Turma
88
Consulta à Partes Interessadas
Não houve consulta a partes interessadas que tenha gerado demandas ou análise por parte do Bureau Veritas Certification. Nossa equipe de auditoria visitou alguns projetos sociais com o objetivo de coletar evidências quanto ao andamento e desempenho destes projetos. As evidências obtidas encontram-se no capítulo 4 - Relatório Detalhado. 9. ALTERAÇÕES NO ESCOPO DO CERTIFICADO.
O escopo de auditoria não foi alterado.
10. RELATÓRIO DETALHADO – EVIDÊNCIAS DA EQUIPE DE AUDITORIA E
PROCESSOS AUDITADOS
PRINCÍPIO 5, CRITÉRIO 5.2
Processo Gerir Sustentabilidade
Programa de Educação para saúde na comunidade PO/GS-003-UG (00)
Este programa determina uma metodologia para análise da situação de cada município e
definição dos projetos.
Para o ano de 2011 foram escolhidos 6 novos projetos na área de saúde na comunidade.
No momento já foram definidos 2 termos de cooperação entre a CMPC e Central Única das
Favelas do Rio Grande do Sul (14/06/2011) e Prefeitura de minas do Leão (28/06/2011)
Evidenciado Relatório Ações Preventivas de saúde junto aos municípios de atuação da CMPC –
2010
A CMPC estruturou um trabalho, através da empresa Signi Consultoria, de engajamento e
comunicação com comunidades locais. Foi criado um jornal informativo denominado Folha
Riograndense. A empresa Signi mantém 4 agentes de relacionamento que fazem uma “ponte”
entre as comunidades e a empresa para as questões ambientais relevantes. No sistema de
comunicação para partes interessadas, denominado Sispat, foram evidenciados registros de
comunicação a respeito de questões ambientais. Durante esta auditoria foi registrada uma NC
a respeito da sistemática de comunicação.
Verificado relatório da situação dos municípios levantada pela empresa contratada Signi
Consultoria. Foram identificados 8 municípios considerados críticos. A atuação da SIGNI segue
a estratégia de criticidade estabelecida em modelo conceitual evidenciado.
89
Foi evidenciado Relatório de Prestação de serviços em relacionamento comunitário CMPC de
junho de 2011. Trata-se de um mapa das atividades da Signi, demonstrando o status das ações
desenvolvidas por esta empresa.
Foi analisado o plano de ação anual da SIGNI, que contempla toda a descrição do projeto de
engajamento e implantação de um sistema de gestão de sustentabilidade. O contrato da Signi
não prevê implantação deste sistema de gestão. A ênfase atual está no processo de
engajamento com as partes interessadas.
Avaliação do projeto de apicultura (recebimento de mel)
A distribuição de mel é feita pela área de Sustentabilidade e foi evidenciado recebimento de
4.932 kg de mel, sendo que no momento foram entregues 300 kg. O restante já está no
depósito da CMPC e será distribuído nos próximos meses.
Fábrica de gaiteiros
Projeto Educação: Doação de cadernos monitorado através de relatório específico 2011,
denominado Projeto Educação.
Evidenciado plano de ação social e ambiental 2011, que norteia todas as ações da CMPC.
Parceria com ONGs: Apoio a 5 ONGs. Evidenciado repasse de recursos para as ONGs AMA
Guaíba e Instituto Venturi.
O valor total apresentado de investimentos sociais para o ano de 2011 foi de 2.514.500.
PRINCÍPIO 1, CRITÉRIO 1.1
Monitoramento de req legais
Evidenciada atualização do Sistema CAL para identificação e atualização de req legais
Estatística apresentada:
349 perguntas pendentes de análise, sendo todas sobre a NR-12, com exceção de uma que se
refere a NR-25
8 perguntas respondidas para as atividades industriais
36 respondidas para as atividades florestais
82024 da NR-12: sobre verificação de trabalho infantil
82029: Registro da função de manutenção de máquinas registrado na Carteira de trabalho e
CTPS (previdência social)
90
Evidenciado relatório da empresa IUSNATURA de outubro de 2010 sobre o monitoramento
quanto ao atendimento de req. Legais. NCs registradas foram lançadas no sistema de NC da
CMPC.
Analisado atendimento da NR-12
Analisado atendimento da lei 12305/10: Todas as cláusulas aplicáveis foram respondidas.
Foi evidenciado o Plano de Gerenciamento de Resíduos sólidos.
Conflitos por posse de áreas
Sistema Espaider mantém os registros de processos de casos de conflitos
Evidenciado livro de protocolo de registro de processos
Foram analisados os seguintes processos:
Casos 31 e 33: CMPC Citação como confinantes (lindeiro): CMPC concordou com nada a opor
Caso 34: CMPC solicita retificação da inicial, com novo mapa e nova notificação para
averiguação. CMPC citada como confinante
Não foram evidenciadas disputas por uso ou posse te terra relativo à CMPC
PRINCÍPIO 4, CRITÉRIO 4.3
Depósito de agrotóxicos
Evidenciado atendimento aos critérios da NBR 9843 capítulo 5 – Armazenamento básico para
pequenos depósitos, quanto a edificação (materiais usados, ventilação, iluminação, controle
de acesso, identificação)
PRINCÍPIO 2, CRITÉRIO 2.3
Viveiro
MT/PSM-002 (12): Manual do viveiro
Evidencias coletadas:
Programação de estaqueamento viveiro:
4 clones operacionais
7 clones semi-operacionais (entram em junho)
91
5 clones sub semi-operacionais (espera-se entrar em operação em 2 anos)
6 clones em fase de pesquisa
Acompanhamento da produção semanal (julho 2011)
Na etapa de Manejo do Jardim Clonal foram evidenciadas as seguintes atividades com critérios
definidos:
Parâmetro por processo-controle de eletrocondutividade (nível ótimo 1,8 na saída)
Recomendação técnica de adubação no jardim clonal para cada clone operacional (32864,
35878, 34039 e 37423)
Preparos feitos em tanques de 1000 litros e definição de pressão da injetora.
Análises realizadas no laboratório para eventual alteração de recomendação de adubação
Etapa de Condução das cepas: Parâmetro por processo Mortalidade de cepas no minijardim
clonal – julho 2011
Evidenciado indicador número de brotos por/ cepa/mês
Está em andamento um projeto de controle de qualidade e mapeamento do processo
produção de mudas
Foi visitado jardim clonal onde foi evidenciado processo de corte dos brotos, afiação de
tesouras e registros dos parâmetros descritos acima.
PRINCÍPIO 3, CRITÉRIO 3.2
Recuperação de áreas degradadas
As licenças de operação emitidas até 2010 de operação não definem prazos para recuperação
das áreas degradadas.
Ex. Aldo Sani AI 077, LO 2174/2007-DL
As licenças de operação de 2007 a 2010 trazem a seguinte condicionante:
“Com vistas a renovação da LO: Relatório de recuperação das áreas de preservação
permanente e estágio sucessional da vegetação. Para o processo de renovação da AI077 (Aldo
Sani) foi evidenciado atendimento a esta condicionante através de relatório integrante do
processo de renovação da LO.
As primeiras licenças de operação emitidas pela FEPAM datam do ano de 2007 com validade
de 4 anos, portanto entraram no período de renovação em 2011.
Não foram emitidas renovações de licenças até o momento pela FEPAM.
92
As novas licenças de operação emitidas a partir de 2010/2011 contém a seguinte
condicionante:
A licença autoriza a execução do PRAD, devendo o empreendedor monitorá-lo durante todo o
período de vigência da licença através do envio de relatórios descritivos e fotográficos
semestrais no primeiro ano de execução do projeto e posteriormente, relatórios anuais. O
prazo para recuperação é de 4 anos (validade da licença).
Exemplo de licença recentemente emitida: LO 02654/2010-DL (Horto Florestal Jacaré)
Foi evidenciado para este processo de licenciamento o mapa com as áreas a serem
recuperadas (parte integrante do processo de requerimento de licença)
Evidencias analisadas:
Sistema de informação florestal (SIF) demonstrando o estágio de recuperação de cada horto
Foi evidenciado um extrato de áreas obtido do SIF demonstrando os seguintes dados:
Área total de APPs a recuperar: 9.871,28 ha (atualizado em agosto de 2011 para as
recuperações realizadas). Desta área, a CPMP classifica 5.507,88 ha como APPs em estágio
inicial (são áreas que ainda entrarão em fase de caracterização). Os demais 4.987,27 ha estão
classificados como áreas já caracterizadas e que necessitam de recuperação.
A CMPC demonstrou um planejamento de recuperação de áreas até o ano de 2025.
O método oficial de recuperação de áreas degradas está definido no procedimento IT/PSM-
028(3) (espécies, espaçamento, preparo de área, tratos culturais etc)
A CMPC está estudando novas alternativas de recuperação através de enriquecimento e
regeneração natural.
Total de APPs não degradadas(SIF): 31.939,34 ha
PRINCÍPIO 4, CRITÉRIO 4.2
Recursos hídricos
A respeito de uma possível contaminação de recursos hídricos por chumbo e mercúrio,
evidenciada durante a auditoria principal, através de laudo de análise de água, evidenciamos e
consideramos aceitável o parecer descrito abaixo, elaborado pela área de Pesquisa e
Desenvolvimento da CMPC. Os laudos de 2010 citados no parecer (Laborquímica e ALAC)
foram evidenciados durante a auditoria.
HIPÓTESES TESTADAS:
Chumbo: A presença deste elemento em níveis acima do estabelecido para as classes
1 e 2 segundo a Resolução CONAMA 357/2005, foi observada em todas as áreas
monitoradas na avaliação de agosto de 2009, indicando um possível problema nas
93
análises em função da dificuldade de determinação deste elemento. Esta hipótese é
reforçada considerando que no final do ano de 2008 e durante o ano de 2009 as
operações florestais foram drasticamente reduzidas na empresa, e não foram
realizadas atividades silviculturais nestas áreas, com exceção de uma área que foi
colhida parcialmente. Portanto, a possibilidade de impacto sobre a qualidade da água
neste período era reduzida.
Mercúrio: A presença deste elemento acima do limite estabelecido para as classes 1 e
2 segundo a Resolução CONAMA 357/2005 de fato não ocorreu. Houve um erro de
interpretação das análises onde o valor encontrado para mercúrio foi <0,0005 mg/L de
Hg que era o limite de detecção da análise para o elemento. Porém, este limite de
detecção é superior ao limite estabelecido para as classes 1 e 2: 0,0002 mg/L de Hg e,
portanto, as análises de mercúrio poderiam estar fora dos padrões para as classes 1 e
2, se as análises considerassem o limite de detecção de 0,0002.
Pelas razões descritas acima, a hipótese testada para a identificação do problema foi
realizar novas análises para os dois elementos em dois laboratórios distintos,
considerando todas as áreas monitoradas.
RESULTADOS OBTIDOS:
Em setembro de 2010 foi realizada uma nova análise para verificar a presença de
chumbo e mercúrio nas áreas monitoradas. A análise no Laboratório Laborquímica não
evidenciou a presença destes elementos acima do limite estabelecido para as classes
1 e 2 segundo a Resolução CONAMA 357/2005, de acordo com a planilha em anexo
"Resultados Qualidade Set_2010.xls".
As análises realizadas pelo Laboratório ALAC também não detectaram a presença dos
elementos acima dos limites estabelecidos para as classes 1 e 2, de acordo com os
resultados em anexo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Através dos resultados obtidos podemos concluir que a presença de "mercúrio" e
chumbo, verificada nas análises de qualidade de água realizadas em agosto de 2009,
não possuem relação com o manejo florestal das áreas e, provavelmente, possuem
relação com a metodologia de análise laboratorial.
Cabe ainda relatar que os insumos e defensivos utilizados pela empresa não possuem
estes elementos na sua constituição.
O monitoramento da qualidade de água superficial e subterrânea nas áreas da
empresa prevê uma análise anual para os elementos chumbo e mercúrio, sendo que a
próxima análise será realizada em dezembro deste ano.
Os novos laudos laboratoriais são emitidos com o parecer segundo a Resolução
CONAMA 357/2005, o que permite a identificação imediata de algum problema nas
análises realizadas.
94
PRINCÍPIO 3, CRITÉRIO 3.3
Monitoramento de pragas e doenças
A CMPC utiliza uma norma interna PO/PSM(01) – Monitoramento e gestão de pragas e
doenças
No capítulo 5.1 são definidos os critérios de monitoramento das pragas e doenças no viveiro e
nas áreas de plantio.
Plantios até 2 anos de idade: Monitoramento semestral das áreas. Após 2 anos o
monitoramento passa a ser anual
Existem 3 equipes da empresa Bretchneider de monitoramento. A empresa foi dividida em 3
áreas a título de planejamento e execução dos monitoramentos.
Evidenciado o banco de dados contendo as informações de monitoramento de pragas e
doenças. As informações apresentadas são: Data, Horto, talhão, seção, material genético,
problema observado, causador do dano, padrão espacial, intensidade, severidade, região
afetada, encaminhamento, ações.
Atualmente o percevejo bronzeado merece destaque, pois está atacando principalmente o
Eucalipto Dunni, apesar de outras espécies também estarem sofrendo, porém com menos
intensidade.
A CMPC está monitorando as áreas, e em parceria com o IPEF está sendo estudado o controle
natural do percejevo.
As ações e estratégias são definidas pela área de Pesquisa e Desenvolvimento.
PRINCÍPIO 2, CRITÉRIO 2.2
Analise do plano de manejo
Verificados:
- PL/PSM-001-UG: Plano de Manejo Florestal da CMPC Celulose Riograndense, revisão 09 de
21/01/2011. Evidenciados: Responsável pela elaboração e monitoramento do PM; histórico
das revisões; resultados de monitoramento incorporados ao plano referentes a fauna e flora e
projetos sociais; divulgação do plano para trabalhadores e comunidades; programas
implementados de segurança do trabalho e conservação ambiental; programas de saúde junto
a comunidades. Evidenciado no site da empresa WWW.celuloseriograndense.com.br a relação
dos projetos sociais desenvolvidos e o resumo do plano de manejo.
95
PRINCÍPIO 1, CRITÉRIO 1.3
Plano de atendimento a emergências
- PO/GSS-027-UG, revisão 05: Plano de atendimento a emergências. Evidenciado as situações
de emergência, equipamentos de combate, recursos de primeiros socorros, central de
atendimento a emergências (CAE), telefone de emergência (divulgado interna e
externamente), níveis de emergências, procedimentos específicos para cada tipo de
emergência, treinamentos e simulações.
- Simulados de emergência são realizado duas vezes ao ano internamente; externamente a
cada 03 anos.
- Cronograma de simulados de 2010/2011.
- Relatórios de avaliação de simulados: avaliação no tempo real do evento; reunião de
avaliação do simulado; fotos. Simulado de incêndio (29/04/2010), Explosão do tanque de
dissolução da caldeira de recuperação (30/03/2011), Evacuação de caldeira de recuperação
(29/07/2011).
- Registros mensais de teste de hidrantes; extintores de incêndio recebem inpecao mensal por
empresa terceirizada (LUMA)
- Desfribilador BO7C00243 com bateria trocada em 27/10/10
- Listagem das equipes de apoio a emergências (brigadistas) por turno; numero do telefone de
emergência no crachá dos funcionários.
PRINCÍPIO 3, CRITÉRIO 3.4
Gerir Sustentabilidade
Foram analisados os mais recentes trabalhos realizados nos últimos 12 meses, visando a
sustentabilidade da fauna silvestre, nas áreas da CMPC.
Foi evidenciado o Relatório dos Monitoramentos de Avifauna e Ações Efetuadas no Período de
2006 a 2010, entregue ao órgão ambiental: FEPAM em junho de 2011.
O objetivo deste relatório foi a apresentação de um resumo dos monitoramentos de avifauna
nas regiões Oeste – Savanas, Leste – Savanas e Formações Pioneiras – Planície Costeira, bem
como as ações da Celulose Riograndense com a finalidade de assegurar a manutenção de
ambientes propícios para a conservação das espécies.
96
Evidenciado também, o Relatório de Monitoramento de Herpeto, realizado pela empresa
Ideal-Meio Ambiente, em julho de 2011.
O objetivo geral deste estudo foi o da identificação e avaliação das interferências ambientais
geradas com a implantação das atividades silviculturais sobre as comunidades de anfíbios e
répteis monitoradas nas áreas da CMPC Celulose Riograndense. Complementarmente, foram
analisadas as medidas já implementadas para melhoria ambiental e/ou sugeridas medidas
adicionais visando à manutenção das espécies e o equilíbrio com os demais componentes
ambientais do ponto de vista temporal e espacial.
Evidenciado a incorporação dos resultados dos levantamentos e inventários ao Plano de
Manejo Florestal da CMPC Celulose Riograndense - PL/PSM-001-UG, revisão 09.
Neste processo foi apontada uma Não Conformidade, cujo plano de ação, foi apresentado:
PRINCÍPIO 5, CRITÉRIO 5.2
Gerir sustentabilidade
Foi verificada a sistemática do canal de entrada e tratativas às demandas e comunicação com
as partes interessadas, de acordo com o PO/GS 005 - Gerir Comunicação com Partes
Interessadas, Revisão 07.
As demandas são inseridas no SISPAT (Sistema de Partes Interessadas) Sistema de
Recebimento e Registros de Comunicação.
As entradas podem ocorrer via os técnicos florestais que sempre estão no campo, ou através
do telefone ou ainda diretamente no web site: www.celuloseriograndense.com.br
<http://www.celuloseriograndense.com.br.
PRINCÍPIO 4, CRITÉRIO 4.4
Foi evidenciada a infra-estrutura da Central de Resíduos Sólidos Industriais - Classe II, a qual
consiste em uma área total de 99,57 ha, para um volume máximo anual de resíduos de 11.200t
de casca de eucalípto; 78.120t de lodo da ETE; 16.000t de dregs e grits; 26.400t de lama de cal
e 2.400t para o aterro de resíduos ClasseII, conforme verificado na Licença de Operação do
Aterro: LO 5120/2007, cujo processo foi renovado em 31/07/2008 e evidenciado a Declaração
do órgão ambiental FEPAM, concedendo a prorrogação da validade, conforme ofício Nº
565/2008-DL.
97
As lagoas de tratamento, valas de compostagem e os poços de monitoramento apresentavam-
se adequados.
Evidenciado o último Inventário de Resíduos entregue à FEPAM em 06/07/2011, compatível à
referida LO.
Verificado também o registro do fertilizante (produto final da compostagem deste aterro),
junto ao Ministério da Agricultura: Nº RS-10970/10.004-1.
Na fábrica, foi checada a infra-estrutura de armazenagem de resíduos, bem como a
rastreabilidade da origem à disposição final do resíduo oleoso - Classe 1, de acordo com o MTR
(Manifesto de Transporte de Resíduos): Nº089 e de Embalagem de agrotóxico Nº103,
respaldados pelas Licenças de Operação Nºs 777.22010 e 777.21210, respectivamente.
PRINCÍPIO 3, CRITÉRIO 3.1
Evidenciada a Política de Organismos Geneticamente Modificados - OGM: FO/TEC-001, Revisão
01.
Muito embora a CMPC não desenvolva OGM até o momento, a organização possui esta
política visando que, caso venha a se envolver, ela se comprometa a cumprir com os
procedimentos técnico-científicos necessários à eliminação dos potenciais riscos associados e
legislações aplicáveis.
Este item deve continuamente ser monitorado em todas as auditorias de manutenção,
inclusive na Cadeia de Custódia, visando o cumprimento dos requisitos das Fontes
Controversas.
Em vista ao Viveiro, foi possível verificar o programa de melhoramento genético, verificando a
diversidade genética, sendo esta representada, pelas seguintes espécies:
E. saligna (clone A);
E. saligna (clone B);
E. dunnii (sementes);
E. benthamii (sementes);
E. urograndis (clone E);
Híbrido de E. dunni (clone F);
Híbrido de E. globulus (clone G);
Híbrido de E. globulus (clone H);
Híbrido de E. globulus (clone I);
Híbrido de E. globulus (clone J).
A sistemática deste programa está prevista no procedimento PP/TEC-001, Revisão 04:
Desenvolver Tecnologias Florestais.
Evidenciado o Certificado de Inscrição no Registro Nacional de Sementes e Mudas – RENASEM,
98
junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Processo Nº
21042.006968/2009-70, válida até 14/12/2012. Responsável Técnico, CREA Nº.135061.
PRINCÍPIO 2, CRITÉRIO 2.1
Planejamento de suprimento de madeira
O planejamento é realizado através do SIF (Sistema de Informações Florestais), o qual iniciou
seu funcionamento da CMPC Riograndense em 2004. Esse sistema contempla os talhões, sub-
divisões de talhões, área, volume, IMA, arv/ha, vol/ano, volume total e demais atividades
inerentes.
Foi evidenciado o plano de corte do Horto Terra Dura realizado no mês de julho/2011 e sua
conclusão.
PRINCÍPIO 1, CRITÉRIO 1.1
Gerenciamento de Meio Ambiente – Licenças e atendimento de condicionantes
Entre os anos de 2005 a 2008 a CMPC realizou seu EIA/RIMA e o protocolou junto ao órgão
ambiental, separando as áreas de plantio da CMPC em 4 Bacias Hidrográficas (Camaquã – LI
1184/2008, Baixo Jacuí – LI 740/2008, Santa Maria – LI 1185/2008, Vacacaí – LI 1190/2008).
Após a obtenção das licenças de instalação das bacias hidrográficas, foram solicitadas as
licenças de operação, as quais atualmente estão em torno de 200.
Evidência de LO:
Fazendas Areias Brancas – LO Nº 8526/2008 – DL
Todas as licenças estão alocadas em planilhas de acompanhamento e seguindo o prazo para
renovação, evidenciado através de protocolos de entrega.
Para atendimento de condicionantes são realizados monitoramentos, os quais geram
relatórios e são enviados anualmente a FEPAM. O último protocolado foi em 12/05/2011.
Esses relatórios contemplam a flora, fauna, micro-fauna, análise de micro-bacias, controle de
agrotóxicos, dentre outros. Seguem alguns exemplos que foram anexados na FEPAM em
12/05/2011:
Relatório anual de controle do uso de agrotóxicos na silvicultura & Bases ecológicas para o
manejo e a conservação in-situ de remanescentes florestais e campestres em áreas de
monocultura arbóreas no extremo sul do Brasil.
99
PRINCÍPIO 5, CRITÉRIO 5.1
Projeto Social Floresta é Vida: Ambiente Escolar Arborizado sem Erosão
O projeto se iniciou na escola EMEF Antônio José Pereira em 2008. O projeto consiste em
arborizar e tratar a erosão existente em frente a escola.
Foi evidenciado em entrevista e fotos que o mesmo trouxe mudanças sociais e ambientais,
Existindo assim a inter-relação entre sociedade, escola e CMPC.
Foram plantadas 240 mudas de espécies nativas e a parte técnica para plantio, adequação do
terreno e demais informações foram realizadas pelo município e EMATER.
O projeto ganhou uma projeção no município tendo avançado para o ESTADO, que agora
também é parceiro do mesmo.
Esse projeto atualmente está em fase de manutenção, entretanto a escola visitada tem como
meta revitalizar o barranco atrás da escola, pois o mesmo já está sofrendo erosão e, portanto,
buscando novos parceiros e novos financiamentos.
No “Jornal Regional” (jornal do município), em 27/07/2011 foi publicada uma reportagem de
como a escola era antes da revitalização do barranco e como está atualmente, enaltecendo as
qualidades e como tudo foi realizado.
Um ponto positivo a ser mencionado é que o projeto não apresenta características
assistencialistas entre CMPC e escola, pois foi esclarecido pela própria escola que existem
necessidades, prioridades e recursos que podem vir de vários setores além da própria CMPC.
Projeto Social: Apicultura
O projeto consiste em a CMPC ceder a floresta de eucalipto para inserção das caixas de abelha
dos apicultores e os mesmos cedem a CMPC 2 ¹/² Kg de mel para doação á instituições
beneficiadas, tais elas: 17 APAE’s, 2 escolas para deficientes auditivos e visuais e 1 para
recuperação de dependentes químicos.
Nesse ano de 2011, cerca de 8% da produção anual foram doadas às instituições acima
relacionadas.
A cooperativa CoopSul ainda produz e atende o mercado local, entretanto, tem planos para
expandir para o Brasil e para o mundo, através de exportação.
Contudo, precisam ainda de uma estrutura própria que contemple as regras mínimas para
recebimento do SIF do Ministério da Agricultura para beneficiamento do mel, o qual está
sendo beneficiado atualmente na AGA (Associação Gaúcha de Agricultores) quando o SIF se faz
necessário.
PRINCÍPIO 1, CRITÉRIO 1.3
100
Gestão de Saúde e Segurança
Essa gestão é separada entre dois itens: Florestal e Industrial.
Existe o plano de controle de emergência: PO/GSS-001-UG, o qual contempla todas as
possíveis emergências que possam ocorrer na florestal (campo).
Atualmente a CMPC possui 18 terceirizadas que são controladas através de auditorias, pelo
menos uma vez ao ano.
Ocorreram mudanças no calendário 2011 para essas auditorias, portanto, todas serão
auditadas até o final do mês de agosto/2011, pois a CMPC deseja traçar o perfil e necessidades
de cada uma dessas e assim fazer um plano de gestão globalizado, o qual cada uma dessas
terceirizadas terá que cumprir.
A cada ano é realizada uma análise crítica, a última foi feita em 15/03/2011, analisando todos
indicadores de qualidade das empresas terceirizadas que prestam serviço para CMPC e
precisam atender as normas de segurança.
O PCE é atualizado de 2 em 2 anos. Última atualização realizada em 2010.
Foi realizado um simulado para atendimento a incêndio no dia 06/05/2011.
Evento: Simulado de incêndio do Horto Florestal Terra Dura
RQ – 04/04 – Seg – 001 Verso
Análise: 09/05/2011
Avaliação de prestadores de serviço
Os prestadores de serviço são avaliados através PO/SMS -002-UG – Avaliação de Desempenho.
São avaliados os itens de segurança (máximo de pontos 25), qualidade/meio ambiente
(máximo de pontos 50), competitividade (máximo de pontos 25). As terceirizadas precisam
alcançar o valor mínimo de 80 pontos para fazerem parte do quadro de prestadoras de
serviços da CMPC.
Evidência da avaliação de fornecedores:
Empresa: GAYA Serviços Florestais LTDA, em 13/06/2011. Nota final alcançada: 90,30.
Empresa: Florestal Barra LTDA, em 13/06/2011. Nota final alcançada: 89,50.
Empresa: Florestadora Nativa LTDA, em 13/06/2011. Nota final alcançada: 87,35.
101
PRINCÍPIO 1, CRITÉRIO 1.3
Certidões Negativas da CMPC Celulose Riograndense
Certidão Negativa da CMPC Celulose Riograndense LTDA de débitos relativos as contribuições
previdenciários e as de terceiros, de Nº 050802011-19001100, CNPJ: 11.234.954/0001-85.
Emitida em 04/07/2011 e válida até 31/12/2011.
Certidão Conjunta Negativa de débitos relativos aos tributos federais e a dívida ativa da união
da CMPC Celulose Riograndense LTDA, emitida em 06/05/2011, válida até 02/11/2011.
Certidão Negativa Municipal. Inscrição 25598, emitida em 17/05/2011 e com validade de 90
dias a partir da data de emissão. A certidão negativa comprova que não existem débitos
municipais.
Certidão positiva com efeito de negativa para Situação Fiscal, de Nº 04005851. Emitida em
04/07/2011 e válida até 01/09/2011.
Certidões Negativas da Tecnoflorest – Agroflorestal LTDA.
Certidão Negativa da Tecnoflorest – Agroflorestal LTDA de débitos relativos as contribuições
previdenciários e as de terceiros, de Nº 048142011-19001100, CNPJ: 10.422.537/0001-01.
Emitida em 18/06/2011 e válida até 15/12/2011.
Certificado de Regularidade do FGTS – CRF. Nº de certificação: 2011071409495692670290,
com validade entre: 14/07/2011 a 12/08/2011.
Certidão municipal positiva com efeito de negativa, de Nº 534/2011, emitida em 01/08/2011 e
válida até 01/09/2011.
Certidão negativa para Situação Fiscal, de Nº 04090549. Emitida em 01/08/2011 e válida até
29/09/2011.
Certidões Negativas da Florestadora Nativa S/A
Certidão Negativa da Florestadora Nativa S/A de débitos relativos as contribuições
previdenciários e as de terceiros, de Nº 046262011-19001200, CNPJ: 03.968.755/0001-72,
emitida em 25/07/2011 e válida até 21/01/2012.
Certificado de Regularidade do FGTS – CRF. Nº de certificação: 2011070608540092310593,
com validade entre: 06/07/2011 a 04/08/2011.
Certidão negativa para Situação Fiscal, de Nº 04090541. Emitida em 01/08/2011 e válida até
29/09/2011.
102
PRINCÍPIO 1, CRITÉRIO 1.3
PRINCÍPIO 2, CRITÉRIO 2.1
PRINCÍPIO 4, CRITÉRIO 4.4
Implantar Floresta – Silvicultura
Mecânica
Durante entrevista em campo, foi relatado que em caso de contaminação do solo, os
funcionários envolvidos precisam conter e recolher o solo. O entrevistado relata que recebeu
treinamento para essa atividade. As manutenções são preventivas e no momento da quebra
de algum maquinário em campo é realizada a manutenção corretiva. Em campo foi
evidenciado durante essa auditoria materiais de contenção em caso de vazamento.
Em entrevista com um auxiliar de manutenção o mesmo comentou que caso ocorra um
vazamento, o procedimento é ligar para o 0800 da CMPC, conter o vazamento e aguardar o
atendimento. Existem 8 plantões para atendimento de emergência e no máximo em 1h os
responsáveis por essa emergência chegam e tomam as demais providências.
Oficina mecânica móvel
Ficam as peças de reposição do maquinário, além dos resíduos contaminados, os quais são
separados por lixo seco, úmido e posteriormente recolhidos e destinados aos locais
competentes.
Colheita
O operador possui um diário, o qual é preenchido com qualquer problema existente no
maquinário, produção, paradas e demais informações de turno. Foi evidenciado em campo
esse diário, onde somente o do dia fica em campo e após a finalização do turno é entregue ao
próximo funcionário, para que o mesmo acompanhe a produção do operador anterior.
Silvicultura (plantio, roçagem)
Durante essa auditoria foi verificado que tanto na terceirizada Florestal Barra e Tecnoflorest a
alimentação dos colaboradores é trazida com eles no início do turno, ou seja, se o turno
começa as 06:00h, a mesma chega com eles no transporte. O almoço ocorre em torno de
11:00h até 12:00h. Sendo assim, foi solicitado a empresa CMPC um controle maior na
temperatura dessas marmitas, pois a temperatura mínima de 60° C não está sendo respeitada,
podendo causar presença de patógenos e proliferação de bactérias.
Roçagem
Foi evidenciado, através de entrevista, que os trabalhadores tem conhecimento de suas
atividades e foram treinados para exercê-las.
103
A função “ajudante florestal” é responsável por quase todas as atividades silviculturais
realizadas em campo. Portanto, foi solicitado o treinamento deste colaborador acima citado
sobre aplicação de herbicidas.
Evidência de treinamento:
Assunto: Segurança e uso de EPI’s, toxicologia e primeiros socorros, transporte,
armazenamento e emergência, descarte de embalagem vazia, tecnologia de aplicação e
aplicação de agrotóxicos.
Data: 25/01/2011 a 27/01/2011
Carga horária: 20h
PRINCÍPIO 1, CRITÉRIO 1.1
Ônibus de transporte de colaboradores ao campo
Foi evidenciado nessa auditoria, conforme entrevista com o colaborador Sidnei Duar Ferreira,
motorista do ônibus, após verificação de licenças de transporte e itens obrigatórios que
precisam estar junto com a licença, que a lista de passageiros obrigatória estava desatualizada,
sendo que tinham 29 passageiros na lista, desses, 13 já haviam sido desligados e em campo só
existiam 25 colaboradores.
Também foi evidenciado nessa auditoria a conformidade de documentação do motorista para
transporte de pessoas:
Evidência:
CNH N°: 03154318350
Validade: 02/07/2016
PRINCÍPIO 2, CRITÉRIO 2.1
PRINCÍPIO 1, CRITÉRIOS 1.1 e 1.3
Carregamento de madeira
Foi evidenciado em campo o carregamento de madeira.
A operação de transporte é planejada a partir da necessidade da fábrica e portanto são
reabilitadas estradas para prover o carregamento e transporte da madeira.
A empresa terceirizada que estava prestando serviço para essa atividade era Rio do Sul e o
colaborador entrevistado foi o Vagner Pereira Alves – Motorista, o qual possui 5 anos na
função nessa empresa.
104
Também foi entrevistado o colaborador João Aloísio Orth - Operador de Gruma, o qual está a 7
anos na função. Foram verificados os EPI’s para contenção em caso de vazamento de insumos
contaminantes.
Evidência de reciclagem para operar Harvester:
Data: 22/02/2005.
Evidência de conformidade do colaborador Vagner:
CNH N°: 02062184984
Validade: 10/04/2012
Categoria: AE
Último ASO realizado: 29/10/2010
PRINCÍPIO 4, CRITÉRIO 4.2
Estradas – Redes Viárias
Em 2007 foi feito um 1° diagnóstico para controlar erosão das estradas.
Com os dados do monitoramento realizado pelas equipes de campo é feito o planejamento de
recuperação de estradas, caixas que recebem a água acumulada da chuva, contenção e
recuperação da erosão.
Foram evidenciadas nas estradas lombadas e caixas que recebem a água acumulada.
O planejamento para essas lombadas e caixas é feito pelo Software “Hidros” do professor
Fernando Pruski da UFV, lançado em 2008.
As equipes de monitoramento verificam em campo alguns itens, dentre eles: erodibilidade,
criticidade da erosão, pluviometria, dentre outros e esses dados, além de alimentar o sistema
“Hidros”, também preenche um check-list que avalia quais áreas devem ser recuperadas
prioritariamente.
Esses dados também serão utilizados como parâmetro para aumento das equipes de
monitoramento para 2012.
Foram evidenciadas fotos do Horto Passo Adão, as quais apresentaram antes uma erosão
acentuada e elevada, atualmente (um ano depois) a erosão regrediu com as ações tomadas
pelas CMPC e visualmente essa regressão fica em torno de 95%.
105
PRINCÍPIO 4, CRITÉRIO 4.2
Monitoramento de recursos hídricos
No Horto Terra Dura existe uma micro bacia construída em 2008 e finalizada em 2010. Esse
vertedouro tem como finalidade monitoramento do impacto do plantio no recurso hídrico. São
analisadas vazão, turbidez, altura de régua, DBO, dentre outros. Os dados de vazão, turbidez e
pluviográficos são coletados de 10 em 10 minutos e ao final do mês retiradas do equipamento.
Todos esses dados são analisados e geram um relatório anual para atendimento de
condicionantes de licenças ambientais.
PRINCÍPIO 1, CRITÉRIO 1.3
PRINCÍPIO 2, CRITÉRIO 2.1
PRINCÍPIO 4, CRITÉRIO 4.2
Plantio
Foi evidenciado o plantio de mudas do clone 4039, no talhão 25B. O plantio é manual, assim
como a adubação (100 g/planta), a qual é realizada posteriormente.
Foi entrevistado o colaborador Fábio Canuti e Clóvis Ferraz – Ajudantes Florestais, da empresa
Tecnoflorest, onde o mesmo comentou sobre sua atividade, como coveamento, distâncias
entre mudas, ergonomia para plantio, procedimentos e treinamentos obrigatórios para
realização da mesma. Os mesmos também comentaram que a refeição disponibilizada aos
colaboradores vem no início do turno.
O colaborador da Tecnoflorest Marco Aurélio Alves Pires – Encarregado de Turma é
responsável pela equipe, dando apoio aos trabalhos, contabilizando perdas de mudas,
verificação da qualidade, relatórios diários e treinamentos a equipe.
Evidência de treinamentos:
Integração e Noções básicas de primeiros socorros:
Data: 18/04/2011
PRINCÍPIO 3, CRITÉRIO 3.2
Área de Preservação Permanente
Existem APP’s que possuem plantio avançado de Eucaliptos, entretanto o órgão ambiental
FEPAM é ciente e autorizou a retirada dos mesmos a medida que o planejamento da colheita
fosse no mesmo horto e região.
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Evidência:
Autorização Florestal, N° 14/2011 DIFAP/SEMA. Horto Florestal Francisquinho. Validade:
05/01/2012.
PRINCÍPIO 1, CRITÉRIO 1.3
Acordos coletivos:
Basicamente os acordos coletivos tratam de horas it ineri, salários, horas trabalhadas,
transporte do colaborador, dentre outros.
Tecnoflorest Agroflorestal LTDA, em 20/04/2010.
Nº de registro no TEM: RS 000478/2010
Nº do processo: 46218.004009/2010-25
Sind. Emp. Em Transp. Rodov. de Carga, em 08/07/2010
Nº da solicitação: MR 030225/2010
Nº do processo: 46218.008941/2010-27
Data do Protocolo: 22/06/2010
107
11. NÃO CONFORMIDADES REGISTRADAS
Durante a auditoria foram registradas 06 não conformidades menores, as quais
estão descritas abaixo:
NC N° Processo
Critério Tipo de Não Conformidade Prazo para execução das ações corretivas
Auditor
ARV01 Depósito
agrotóxicos 1.3 Menor 1 ano ARV
Descrição da Não Conformidade
Não foram identificadas as exposições a riscos químicos de agentes agrotóxicos
(ex. Herbicida grupo químico Difenileter) no PPRA da empresa Supriserv
Administração de Estoques e Suprimentos LTDA de 27 de maio de 2010, para a
função de auxiliar de almoxarifado nos setores de Parque de óleos e Depósito de
insumos.
Análise de Causa
Data:
Ação Corretiva
Data:
Status Em aberto Data:05/08/11 Eficácia?: Sim/Não
NC N° Processo
Critério Tipo de Não Conformidade Prazo para execução das ações corretivas
Auditor
ARV02 Implantar floresta
1.3 Maior/Menor 1 ano ARV
Descrição da Não Conformidade
Não foi evidenciado atendimento ao programa de ergonomia no viveiro, de acordo com o programa de ergonomia Tecnoplanta 2008, que prevê ações, de acordo com um cronograma que encontrava-se vencido. No viveiro não foram evidenciadas ações, como rodízio de função e ginástica laboral
Análise de Causa
Data:
Ação Corretiva
Data:
Status Em aberto Data:05/08/11 Eficácia?: Sim/Não
108
NC N° Processo
Critério Tipo de Não Conformidade Prazo para execução das ações corretivas
Auditor
JBV01 Gerir
sustentabilidade
3.4 Menor 1 ano JBC
Descrição da Não Conformidade
Evidenciado que a lista existente de espécies endêmicas, raras e ameaçadas
se encontra desatualizada no sistema SIF.
Além disto, a empresa contratada BioConserv, não utiliza a terminologia técnica
deste critério da norma (endêmicas, raras e ameaçadas), afetando os planos para
proteção da fauna.
Análise de Causa
O Módulo de Bidiversidade do SIF não foi devidamente atualizado quando
da transição da Aracruz/fibria para a CMPC , trabalho anteriormente
realizado no ES. Algumas espécies ficaram sem o devido registro e o
módulo ficou temporariamente indisponível (2009 a junho de 2010).
Quanto a terminologia , o termo de referência para os monitoramentos
não contemplou a classificação das espécies quanto a raridade e
endemismo e por isso, apesar de constarem anotações em relatórios
sobre estes aspectos , não foi organizada uma lista que contemplasse
esses aspectos para as espécies. O foco foi dirigido para as espécies em
risco de extinção.
Data: 05/08/11
Ação Corretiva
Atualizar o módulo de Biodiversidade do SIF e lista com inclusão das
espécies endêmicas e/ou raras, além das ameaçadas.
Resp. Elias de Araujo
Data:05/08/11
Status Fechada Data:05/08/11 Verificar Eficácia?: Sim
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NC N° Processo
Critério Tipo de Não Conformidade Prazo para execução das ações corretivas
Auditor
JBC02 Gerir
sustentabilidade
5.2 Menor 1 ano JBC
Descrição da Não Conformidade
Evidenciado no sistema de gestão das demandas de partes interessadas, as seguintes
demandas desatualizadas e/ou atrasadas.
- No sistema, consta desatualizado.
Demanda 196, data de ocorrência 27/06/2011. Invasão dos cabritos.
Demanda 203, data de ocorrência 06/07/2011. Invasão dos javalis.
Demanda 178, data de ocorrência 28/04/2011. Solicitação de passagem nas estradas internas
do HF Sanga da cascata para transporte de três cargas.
- Em atraso:
Demanda 148, data da ocorrência 10/03/2011. Erosão
Análise de Causa
Não havia definição formal de responsabilidade para o
acompanhamento e monitoramento da ferramenta
implementada neste ano, para o registro e acompanhamento das
demandas das partes interessadas.
Data: 05/8/11
Ação Corretiva
Ação Corretiva: definido como responsável o analista de
comunicação pela geração mensal do relatório de
acompanhamento do status das demandas inseridas no
sistema e repassar esta informação para a ação gerencial do
Gerente da área responsável por este processo.
Prazo: Agosto de 2011
Responsável: Francisco Borges Alves Bueno
Data:05/8/11
Status Fechada Data:05/8/11 Verificar Eficácia?: Sim
110
NC N° Processo
Critério Tipo de Não Conformidade Prazo para execução das ações corretivas
Auditor
RPG01 Implantar floresta
2.3 Menor 1 ano RPG
Descrição da Não Conformidade
A empresa terceirizada Tecnoflorest recebe suas marmitas para almoço com o
início do turno, ou seja, 06:30h. O almoço costuma acontecer entre 11:00h e
12:00h o que não garante os aspectos legais conforme RDC 216, ANVISA de 2004,
quanto a temperatura dos alimentos
Análise de Causa
A empresa prestadora de serviços não tem sistemática de
monitoramento e controle do atendimento da
Resolução 216/2004 da ANVISA
Data: 05/8/11
Ação Corretiva
O Médico do Trabalho da CMPC elaborará Instrução de
Trabalho para monitoramento e controle do atendimento da
Resolução 216/2004 da Anvisa e a PSM tornará obrigatória a
sua implantação por todos seus fornecedores. A segurança
auditará o cumprimento da Instrução de Trabalho e verificará
em campo amostralmente.
PRAZO: 45 dias
Data:05/8/11
Status Fechada Data: 05/08/11 Verificação de Eficácia?: Sim
111
NC N° Processo
Critério Tipo de Não Conformidade Prazo para execução das ações corretivas
Auditor
RPG02 Silvicultura 1.1 Menor 1 ano RPG
Descrição da Não Conformidade
Não foi evidenciado em campo a lista atualizada dos passageiros, conforme item
obrigatório da licença de fretamento de funcionários da Tecnoflorest.
Análise de Causa
As equipes tem sofrido rotatividade acima da média e a
revisão mensal da lista eventualmente não é suficiente para
mantê-la atualizada.
Data:05/08/11
Ação Corretiva
PSM emitirá determinação aos prestadores de serviços para que façam atualização semanal da lista de passageiros do transporte coletivo. Segurança auditará o cumprimento e verificará em campo amostralmente.
Data: 05/8/11
Status Em aberto Data:05/08/11 Eficácia?: Sim
12. OPORTUNIDADES DE MELHORIA E OBSERVAÇÕES REGISTRADAS
Durante a primeira auditoria de manutenção foram registradas oportunidades de
melhoria (OM) e Observações (OBS) que deverão ser analisadas criticamente pela
empresa quanto à tomada de ações pertinentes. Estas OMs e OBSs devem ser
analisadas com foco em melhoria contínua dos processos realizados pela empresa no
âmbito do CERFLOR. Abaixo seguem as OMs e OBSs registradas:
OM01: Recomenda-se avaliar o uso de lava-olhos portátil para os trabalhadores que realizam e
acompanham o processo de carga e descarga de agrotóxicos.
OM02: Avaliar uma alteração na responsabilidade pelos kits de emergência mantidos pelas
áreas nos depósitos de agrotóxicos (passando a responsabilidade para a área de segurança)
OM03: Considerar a descrição mais detalhada no Plano de Manejo da sua viabilidade
econômica e a indicação de fontes alternativas para obtenção de madeira.
112
OBS01: Apesar de haver identificação clara sobre o armazenamento de produtos inflamáveis, é
recomendável que se afixe no local uma placa informando que há veneno no local.
OBS02: Dentro do sistema CAL (Identificação e atualização de req. Legais) deve ser dada
atenção especial a rastreabilidade das informações registradas, para demonstrar atendimento
aos requisitos legais considerados aplicáveis às operações florestais (ex. NR-12)
13. CONCLUSÃO DA 1ª MANUTENÇÃO
O BUREAU VERITAS CERTIFICATION, seguindo os procedimentos de auditoria
do CERFLOR, é favorável à continuidade da certificação da CMPC Celulose
Riograndense LTDA, de acordo com o padrão normativo NBR 14789:2007.