Nome: Isamara dos Santos de França RA: 139855
Cano inicia o capítulo “Moedas, Bancos e sistema financeiro”, abordando a
forma como era realizada a trocas. Segundo o autor, no inicio a produção era voltada
pra o autoconsumo, em seguida a produção de bens em excesso era utilizada para trocar
por outros bens para satisfazer as necessidades, esses tipos de trocas era realizada de
forma direta sem qualquer intervenção monetária. Posteriormente com a expansão dos
comércios e com a divisão do trabalho no qual passou-se a produzi em grande escala
devido a existência de técnicas que facilitavam os meios de produção, logo em seguida
a troca passou a ser realizada de forma indireta em que os bens com durabilidade,
raridade, facilidade de transporte, dificuldade de fraude passaram a ser utilizados como
ferramenta de maneira facilitar os meios de pagamentos, obviamente que os metais
preciosos como ouro e prata continha em maior grau essas propriedades e por isso se
mantiveram a longo prazo como meio de pagamento mais aceito, com esses
instrumentos era possível comprar (meio de pagamento), guardar para uma futura
compra (reserva de valor) e por último podia-se utiliza-lo como padrão para preços,
custos, lucros, salários (unidade de conta). O crescimento do comércio entre as cidades
e as nações dificultou o transporte desses metais nobres pelos comerciantes e pelas
demais pessoas induzindo-os a criar um novo instrumento que fosse igualmente aceito
pela coletividade, tendo para isso a regulamentação e a responsabilidade de uma
entidade na qual a coletividade confiava: Os banqueiros e governantes.
Os banqueiros e os governantes eram responsáveis pelo poder de emissão de
moedas metálicas, cujo valor era garantido pelo ouro e pela prata contidos nas moedas.
Em seguidas a moedas passaram a ser feitas de metais raros, alumínio, níquel, cobre e
tendo, seu valor era expresso de acordo com o ouro e com a prata depositados junto a
seus emissores, ou seja, bancos e governos. Essas entidades emitiam também recibos de
depósito de ouro ou prata, papéis que circulavam como moeda, denominada moeda-
papel. A moeda-papel não são, de fato, conversíveis em ouro e prata, sua circulação é
forçada e garantida pelo poder público e pela confiança dos seus portadores, tratando-se
de emissão fundiária. Portanto, é dessa maneira que o governo pratica o poder de
emissão monetária. Com a escassez de metais preciosos e a necessidade de novas
emissões o poder público passou a emitir papel-moeda tal qual conhecemos hoje.
Após abordar os meios de pagamentos, o autor passar a explicar o surgimento e
o desenvolvimento dos bancos ou banqueiros. Na antiguidade os ourives guardavam
ouro ou prata e emitiam recibos aos proprietários, eles então passaram a perceber que
apenas uma parte do metal era reclamada pelos seus proprietários, passaram então a
emprestar para terceiros, surge então à origem do crédito e do financiamento.
Cano introduz a controvertida questão em teoria monetária, que discuti “qual a
quantidade de meios de pagamento (e também de crédito) que uma sociedade necessita
para realizar suas diferentes transações econômicas”? O autor supõe que todas as
transações se resumissem à aquisição de bens e serviços finais, a quantidade de moeda
necessária deveria ser superior, igual ou inferior à renda? Se a quantidade de moeda
fosse superior à renda nacional, haveria excesso de recursos monetários no sistema e se
fosse igual? Para responder, é preciso considerar que a renda nacional é um fluxo e os
meios de pagamento é um estoque. O montante monetário do sistema varia em função
do número de “giros” que a moeda faz para efetuar as transações de
pagamento/recebimento. Portanto, o estoque monetário não deverá ser maior ou igual
ao volume de renda ou do total de transições efetuadas durante o ano, pois o montante
monetário aumenta ou diminui de acordo com o numero de giro que a moeda teria que
fazer.
Uma série de fatores determina a necessidade de um maior ou menor grau de
liquidez em relação à quantidade de meios de pagamentos associados a volume e valor
total das transações econômicas, sendo eles: periodicidade de fluxos de
pagamentos/recebimentos, desenvolvimento do sistema bancário, grau de monetização
da economia, intensidade do financiamento e inflação de preços etc.
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