RESUMO CARGAS AXIAIS
Arion Monteiro Bach
Jonatan Jose Fernandes Dias
Rafael Almeida Celestino de Matos
Vinicius de Lima da Silva
Walison Junior Bezerra da Silva
1. PRINCPIO DE SAINT-VENANT
Este princpio explica o comportamento da distribuio de tenso e da
deformao num determinado material. Vejamos a Figura 1 como exemplo:
Figura 1 Comportamento do material quando uma fora axial aplicada
Pelo princpio, para as sees a-a, b-b e c-c, a distribuio de tenso e a
deformao sero diferentes em toda sua rea transversal. Mas, em uma distncia
suficientemente distante do ponto de aplicao da carga, sero uniformes. Assim, a
seo c-c, que est distante o bastante do ponto da carga, ter como tenso mdia:
= / e uma fora resultante de mesma amplitude da carga.
No caso de duas ou mais foras simtricas sendo aplicadas no material, a
distribuio resultante e a deformao tambm sero uniformes em uma regio distante
do ponto de aplicao da fora. Observamos isto na Figura 2.
Figura 2 Tenso mdia quando aplicada duas foras simpetricas
Portanto, o princpio de Saint-Venant afirma que as deformaes no material
causadas por uma fora axial sero atenuadas em uma regio suficientemente distante
do ponto de aplicao da carga, assim como a distribuio de tenso neste ponto ser
uniforme e igual qualquer outra carga estaticamente equivalente dentro desta mesma
rea.
2. DEFORMAO ELSTICA DE UM ELEMENTO SUBMETIDO
A CARGA AXIAL
Utilizando as definies da tenso e da deformao, podemos desenvolver uma
equao para determinar a deformao elstica de um elemento submetidos a cargas
axiais. Considerando a barra demonstrada na Figura 3, cuja rea da seo transversal
varia gradativamente ao longo de seu comprimento L. A barra est sueita a cargas
concentradas em suas extremidades. O objetivo ser determinar o deslocamento relativo
de uma das extremidades da barra em relao a outra.
Figura 3 Deformao elstica em material no uniforme
Sendo assim, podemos relacion-las usando a Lei de Hooke, ou seja:
=
Mas,
=()
()
E
=
Assim,
()
()=
Isolando ,
=()
()
Portando, integrando os dois lados, obtemos a expresso para determinar o
deslocamento da extremidade exigida:
= ()
()
Onde, o deslocamento de um ponto na barra relativo a um outro ponto, L a
distncia entre os pontos, P(x) a fora axial interna na seo localizada a uma distncia
x da extremidade, A(x) a rea da seo transversal da barra e E o mdulo da
elasticidade para o material.
2.1 CARGA CONSTANTE E REA DE SEO TRANSVERSAL
No caso de a rea do material ser constante, implica numa rea de seo
transversal e mdulo de elasticidade constantes. Ento, se uma fora externa aplicada
ao material for constante, a fora interna P tambm ser constante. Portanto, a
expressopara determinar o deslocamento do material resultante da integral ser:
=
Caso a barra seja submetida a outras foras axiais diferentes, a equao acima
poder ser aplicado a cada segmento da barra atravs da adio algbrica dos
deslocamentos das extremidades de cada segmento. Assim:
=
2.2 CONVENO DE SINAIS
Para a conveno de sinais da equao anterior, a fora e o deslocamento no
material so positivos se provocarem trao e alongamento ou, so negativos se
provocarem compresso e contrao, respectivamente. A Figura 4, demonstra um
exemplo desta conveno.
Figura 4 Conveno de sinais para os deslocamentos
3. PRINCPIO DA SUPERPOSIO
O princpio da superposio usado para determinar a tenso ou o deslocamento
em um ponto de um elemento quando este estiver sujeito a um carregamento
complicado. Subdividindo o carregamento em componentes, o princpio da
superposio afirma que a tenso ou o deslocamento resultante no ponto pode ser
determinado se antes se determinar a tenso ou o deslocamento causado por cada
componente da carga agindo separadamente sobre o elemento. Ento, a tenso ou
deslocamento resultante determinado pela soma algbrica das contribuies causadas
por cada uma das componentes das cargas. Para aplicar o princpio da superstio,
temos que ter vlido duas condies, sendo estas:
A carga deve estar relacionada linearmente com a tenso ou o
deslocamento a ser determinado. Por exemplo, as equaes = / e =
envolvem uma relao linear entre P e ou .
A carga no deve provocar mudanas significativas na geometria ou
configurao original do elemento. Se ocorrerem mudanas significativas, a
direo e a localizao das foras aplicadas e seus momentos mudaro e, por
consequncia, a aplicao das equaes de equilbrio daro resultados diferentes.
Como exemplo, considere a haste delgada mostrada na Figura 5, sujeita carga
P. A carga substituda por duas de suas componentes, = + . Se P
provocar uma grande deflexo na haste, como mostra a figura, o momento da
carga em torno de seu apoio, , no ser igual soma dos momentos das
componentes das cargas, + , pois .
Figura 5 Princpio da superposio
4. ELEMENTO COM CARGA AXIAL ESTATICAMENTE
INDETERMINADO
Um problema no qual as reaes podem ser determinadas atravs das equaes
de equilbrio, denominada estaticamente determinada. Em contrapartida, se o
problema tem reaes nas quais a equao de equilbrio no pode determin-las,
classificado como estaticamente indeterminado.
Para resolver estes problemas, utiliza-se o princpio da superposio e escreve-se
a equao da compatibilidade, que leva em conta a geometria de deformao do
material. Para isso, ao invs de seccionarmos o material, somamos os deslocamentos de
foras que atuam, independentemente, no membro (eliminamos momentaneamente a
reao de um apoio considerado redundante, depois consideramos ele apenas agindo).
Vamos exemplificar a condio de compatibilidade atravs da Figura 6:
Figura 6 Exemplo de condio de compatibilidade
A haste de ao tem dimetro de 5 mm e tem um apoio fixo em A. Antes de ser
carregada, existe uma folga de 1 mm entre os pontos B e B. A haste submetida a uma
carga axial P. Considerando = 200 Gpa. Para determinar as reaes em A e B
iremos utilizar a condio de equilbrio e compatibilidade.
Assim, considerando que a fora P suficientemente grande para fazer com que
a extremidade B entre em contato com B, temos:
= 0 ; + 20000 = 0
Determinamos a compatibilidade considerando que o nico deslocamento do
material seja a distncia que existe entre B e B. Portanto, a condio para a haste :
/ = 0,001
Utilizando da equao que relaciona carga e deslocamento, obtemos:
/ = 0,001 =
Substituindo os valores:
(0,4 ) (0,8 )= 3927
Atravs desta equao e da equao de equilbrio, exposta no comeo do
exemplo, chegamos aos valores:
= 16,6 = 3,4
Como positiva, podemos afirmar que o ponto B realmente entra em contato
com B. Caso fosse negativa, o problema seria estaticamente determinado, de modo que
= 20 e = 0.
5. MTODO DE ANLISE DE FORA PARA ELEMENTOS
CARREGADOS AXIALMENTE
Este procedimento tambm utilizado para resolver os problemas estaticamente
indeterminados. Utilizamos a equao de compatibilidade atravs da superposio dos
efeitos das foras atuantes no diagrama de corpo livre do elemento. Devemos escolher
um dos apoios como redundante, que neste contexto indica que o suporte no
necessrio par manter a barra em equilbrio esttico.
Na Figura 7, para no ocorrer um deslocamento em B quando os dois
carregamentos forem superpostos, devido a carga P que gera um deslocamento
reao Fb deve ser capaz de deslocar a extremidade B da barra para cima de um valor
B.
Figura 7 Mtodo de anlise de fora para elementos carregados axialmente
MTODO DE ANLISE DE FORA PARA ELEMENTOS
CARREGADOS AXIALMENTE
cedimento tambm utilizado para resolver os problemas estaticamente
indeterminados. Utilizamos a equao de compatibilidade atravs da superposio dos
efeitos das foras atuantes no diagrama de corpo livre do elemento. Devemos escolher
o redundante, que neste contexto indica que o suporte no
necessrio par manter a barra em equilbrio esttico.
ara no ocorrer um deslocamento em B quando os dois
carregamentos forem superpostos, devido a carga P que gera um deslocamento
capaz de deslocar a extremidade B da barra para cima de um valor
Mtodo de anlise de fora para elementos carregados axialmente
MTODO DE ANLISE DE FORA PARA ELEMENTOS
cedimento tambm utilizado para resolver os problemas estaticamente
indeterminados. Utilizamos a equao de compatibilidade atravs da superposio dos
efeitos das foras atuantes no diagrama de corpo livre do elemento. Devemos escolher
o redundante, que neste contexto indica que o suporte no
ara no ocorrer um deslocamento em B quando os dois
carregamentos forem superpostos, devido a carga P que gera um deslocamento p. A
capaz de deslocar a extremidade B da barra para cima de um valor
Mtodo de anlise de fora para elementos carregados axialmente
5.1 PROCEDIMENTOS DE ANLISE
Desenhar o diagrama de corpo livre e identificar todas as foas;
Verificar a compatibilidade: escolher qualquer um dos apoios como
redundante e excluir sua reao. Utilizar a relao carga-deformao =
/ para expressar os deslocamentos conhecidos do apoio redundante e do
deslocamento no apoio causado apenas pela reao redundante atuante no
elemento;
Equilbrio: escrever as equaes de equilbrio apropriadas para o
elemento e utilize o resultado calculado para a fora redundante. Resolver essas
equaes para as outras reaes.