W W W. p o rta l B M a I S . C o M . B r 1Marcos silvestre: “enxugue o negócio e a as vacas gordas voltarão”entrevista
educaçãoEscolas do campo contra o êxodo rural
alternativaMicrofranquias são opção barata e lucrativa
exclusivo15 carreiras mais procuradas no estado
gestão no futebolBahia ou Vitória? Quem ganha esta disputa?
Com sede em Lauro de Freitas, maior
fábrica de pó colorido do país aumentou dez vezes
o faturamento no último ano
r$ 9,90
Tiragem auditada:15 mil exemplares
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Job: 21935-068 -- Empresa: africa -- Arquivo: AF-FER-21935-068-An-Rev-Pag-dupla-Ruivo-404X266_pag001.pdfRegistro: 168528 -- Data: 15:40:18 26/05/2015
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Job: 21935-068 -- Empresa: africa -- Arquivo: AF-FER-21935-068-An-Rev-Pag-dupla-Ruivo-404X266_pag001.pdfRegistro: 168528 -- Data: 15:40:18 26/05/2015
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sumário
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4648
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83848690949698
99100
102
a Bahia dos seus olhosonline e Mural[B+] 30 ediçõesFórum [B+]Bloco de NotasImóveis +Saúde +
NEGÓCIOSas estratégias de quem crescena criseentrevista: as vacas gordas voltarãoMicrofranquias são alternativa lucrativa[C] terceirizaçãoprocuram-se profissionais na BahiaBa x vi: rivalidade na gestão do futebol baiano a difícil tarefa de empreenderno Brasiltrabalhar em casa é opçãoo pôquer dos investidoresNegócios entre portugal e Bahia Uma nova cara para Salvador
EDUCAÇÃOo valor das escolas ruraisUma pergunta para: Georgia Gabrielaalternativas ao Fies
SUSTENTABILIDADEContrapartida das empresas
ESTILO DE VIDASaborGuia gastronômico no interiorDecoraçãoCinco itens indispensáveis autos&motosNotas de tec
ARTES&ENTRETENIMENTOBanda baiana trilha carreira internacionalComo transformar risadas em dinheiro
0800 570 0800 | SEBRAE
O P R Ê M I O M P E B R A S I L É U M A G R A N D E O P O R T U N I D A D E PA R A V O C Ê E PA R A S E U N EG Ó C I O .
A P Ó S R E S P O N D E R A O Q U E S T I O N Á R I O D E A U TO AVA L I A Ç Ã O, O S PA R T I C I PA N T E S R EC E B E M
C O M O R E TO R N O U M A A N Á L I S E D E G E S TÃ O, G R AT U I TA , Q U E A P O N TA A S O P O R T U N I D A D E S
D E M E L H O R I A E S U G E R E C A M I N H O S PA R A TO R N A R S U A E M P R E S A M A I S C O M P E T I T I VA .
A C E S S E P R E M I O M P E . S E B R A E . C O M . B R E PA R T I C I P E . 2015
RealizaçãoApoio TécnicoApoio Institucional
I N S C R I Ç Õ E S D E 0 1 / 0 4 A 3 1 / 0 7/ 2 0 1 5 .
Apoio Estadual
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8 r e v I Sta [ B + ] J U N H o / J U l H o D e 2 0 1 5
[conselho editorial] César Souza, Claudio Vinagre, Cristiane Olivieri, Geraldo Machado, Ines Carvalho, Jack London, Jorge Portugal, José Carlos Barcellos, José Roberto Mussnich, Luiz Marques de Andrade Filho, Maurício Magalhães, Marcos Dvoskin, Masuki Borges, Reginaldo Souza Santos, Renato Simões Filho, Rubem Passos Segundo e Sérgio Nogueira
[editor-chefe]Pedro Hijo ([email protected])
[repórteres]Luciana Silva, Renato Alban, Tede Sampaio e Thuanne Silva ([email protected])
[diretor de arte]Leandro Maia ([email protected])
[designers]Cacá Ponte, Gabriel Cayres e Rafaela Palma
[Projeto gráfico]Leandro Maia, Rafaela Palma e Gabriel Cayres
[fotografia] Studio Rômulo Portela e Luciano Oliveira
[revisão] Cristiane Sampaio
[colunistas]Armando Avena, Cândido Sá, Erica Rusch, Lelo Filho, Luiz Marques de Andrade Filho, Núbia Cristina, Roberto Nunes
tiragem auditada15 miL exempLares
revista [b+] edição 30Junho / Julho de 2015
[Periodicidade] Bimestral[impressão] grasb
Capa[foto] Luciano Oliveira[Produção] Cacá ponte, Leandro maia e pedro Hijo
A Revista [B+] pode ser lida no portalbmais.com.br, tablets, smartphones e encontrada nas principais livrarias e bancas de Salvador. Encontre a [B+] nos seguintes pontos de venda: Livraria Aeroporto; Livraria Cultura (Salvador Shopping); Livraria Leitura (Salvador Norte Shopping e Shopping Bela Vista); Livraria Rodoviária; Livraria Saraiva (Salvador Shopping, Shopping Barra, Shopping da Bahia e Shopping Paralela) e bancas selecionadas. A [B+] ainda é distribuída em 188 municípios do estado.
Pontos de venda
[conselho institucional] Antonio Coradinho (Câmara Portuguesa), Antoine Tawil (FCDL), Felipe Arcoverde (Abedesign-BA), João Pedro Bahiana, (AJE-BA), Jorge Cajazeira (Sindipacel), José Manoel Garrido Gambese Filho (Abih-BA), Laura Passos (Sinapro), Pedro Dourado (ABMP), Renato Tourinho (Abap), Roberto Ibrahim (CRA-BA), Rodrigo Paolilo (Júnior Achievement) e Wilson Andrade (Abaf)
[Presidente]Rubem Passos Segundo ([email protected] )
[diretor geral]Renato Simões Filho ([email protected])
[diretor de Publicações]Claudio Vinagre ([email protected])
[diretora de Marketing]Bianca Passos ([email protected])
[gerente de Planejamento]Rafael Abreu ([email protected])
[gerente comercial]Ana Beatriz Sampaio ([email protected])
reserva de anúncio [email protected] / 71 3012-7477
[representantes]brasília Karla Martins - Tel.: (61) 3226-2218 - [email protected] feira de santana Júlio Mendonça - Tel.: (75) 9955-5514 - [email protected] Ananias Gomes - Tel.: (85) 9987-1780 - [email protected] recife Ceci Barroso - Tel.: (81) 8791-3780 - [email protected] rio de Janeiro e são Paulo: Roberto Cathoud - Tel.: (11) 999089891 - [email protected]
realização Editora Sopa de Letras Ltda.
Av. ACM, 2.671, Ed. Bahia Center, sala 1101, Loteamento Cidadela, Brotas - CEP: 40.280-000 - Salvador - Bahia - Tel.: 71 3012-7477
cnPJ 13.805.573/0001-34
expediente
agradecemos à loja galeria container que gentilmente cedeu suas dependências para a foto da capa desta edição.
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10 r e v I Sta [ B + ] J U N H o / J U l H o D e 2 0 1 5
editorial
Muito além das teorias, da competição e do
suor, o que o empresário precisa é de inspi-
ração, especialmente em um ano em que é
difícil não cair na tentação de olhar para a
parte mais vazia do copo. Vivemos em tempos
em que talvez a maior sabedoria seja respirar
fundo e saber continuar. Missão para os cora-
josos. Se suas inspirações não forem maiores
do que seus recursos, você não é um empreen-
dedor, já diria o poeta.
Munido deste otimismo com pé no chão,
o time da [B+] correu atrás de histórias de
pequenas e médias empresas baianas de
diferentes setores econômicos que estão con-
seguindo aumentar o faturamento durante
a crise. Com inovação, flexibilidade e feeling,
os empreendedores que entrevistamos não
negam que cogitaram desistir nos momentos
mais críticos, mas, em vez disso, reajustaram
o produto, inventaram uma saída e criaram
uma solução lucrativa. Como ponderou o
economista Marcos Silvestre em entrevista
na página 46, em momentos de desaceleração
econômica, os menos resilientes desistem e
abrem espaço para os perseverantes.
Continuar atrás dos objetivos também é
a vontade da jovem Georgia Gabriela, natu-
ral de Feira de Santana, que aos 19 anos está
viajando para os Estados Unidos para con-
cluir um projeto científico que pode acelerar
o tratamento da endometriose. Batemos um
É preciso recuperar o fôlego
papo com a estudante sobre os obstáculos
que ela precisou encarar para conseguir ser
aprovada em nove universidades americanas
no começo deste ano. Ela nos dá lições de
como perseverar mesmo em situações não
tão favoráveis.
O que desejamos ao fazer a edição de
número 30 da [B+] é mostrar o lado bom
da economia, as estratégias para superar
as incertezas e sobreviver à maré ruim. Ao
longo de nossas páginas, algumas sugestões,
como, por exemplo, a adoção do home office,
que, apesar de ter crescido no país, ainda tem
muitos desafios para se tornar realidade nas
empresas, e os investimentos em micro-
franquias, alternativa lucrativa e barata em
tempos de aperto financeiro.
Compartilho do pensamento do econo-
mista Luiz Marques de Andrade Filho em sua
coluna nesta edição. No texto, ele explica o
porquê de as taxas de atividade empreende-
dora crescerem mesmo com um ambiente de
negócios tão ruim. Você confere a explicação
na página 58, mas adianto um comentário in-
teressante trazido por ele: “O empreendedor
brasileiro é um super-herói”. Estendo esta
afirmação para todos nós, trabalhadores,que
lutam por um estado mais desenvolvido. So-
mos heróis, sem capa, munidos de esforço, ca-
pacidade e, por que não, otimismo. Estamos
juntos neste desafio!
Pedro Hijoeditor-chefe da revista [B+]
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Estado dE graça
[01] @amandatropicana; [02] @bcayres; [03] @bruno_sa[04] @eu_fabioqueiroz; [05] @fraja8; [06] @freelipi;[07] @photobds [08] @sergiojezler [09] @vnc1us
Quer participar? tire uma foto da sua cidade e marque com a hashtag #revistabmais no Instagram! as melhores serão publicadas na próxima edição
Somos nós, baianos, que fazemos a Bahia ser Bahia, em suas mais diversas formas. através de precisas câmeras, os leitores da [B+] mostram como enxergam o nosso estado
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galeria
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COMENTáRIOS ED. 29
CAPA bind
“O Sebrae parece ter preguiça de conhecer o mercado ao dizer que há carência de mentores e que não há nenhuma grande empresa de sucesso para mostrar. Será que carecem tanto assim de informação ou não querem ir atrás por ser um mercado novo e por ainda encararem este como brincadeira de criança? #acordasebrae”, rodrigo luiz Genz, pelo site
“Gostei do artigo porque mostra a realidade emergente do mercado brasileiro de jogos. O Brasil está reunindo um grupo de profissionais que querem fazer jogos de qualidade e acredito que esta indústria tem um futuro muito promissor. Eu, que sou espanhol, vim para o Brasil e criei minha empresa aqui. Meu foco é a divulgação dos estúdios e seus jogos, o contato com a comunidade de jogadores”, Jesús Fabre, por e-mail
onlineemural
“Me sinto representada pela [B+]! É muito bom ler uma revista que fala a minha língua”, cristina Silva, pela fanpage
“Parabéns pelo trabalho da [B+] e pelo posicionamento ‘a revista da Bahia’, porque é aderente e verdadeiro”, claudio carvalho, presidente da Morya comunicação
“Que surpresa boa! Sinto muito orgulho desta galera. Desejo muito sucesso para todos do Bind”, paulo Brito, pelo site
“Parabéns aos editores da revista! Está cada vez melhor”, Marcelo Bahia Filho, pela fanpage
POLO dE inFORMÁTiCA “A matéria me fez constatar a necessidade de intervenções imediatas no Distrito Industrial de Ilhéus. Ela nos faz refletir sobre a revitalização do local e a retomada do crescimento”, Jairo pinto Vaz, Sudic, por e-mail
RECEiTA PARA CREsCERnA CRisE“Acompanhamos e participamos da trajetória de sucesso do Grupo [B+]. Compartilhamos da necessidade do desenvolvimento de marcas regionais capazes de servir de plataforma de transmissão às novas gerações, da nossa cultura, dos nossos valores e das nossas crenças, edificando assim a nossa história. Vamos em frente!”, Nilson Nóbrega de Freitas, presidente da lebens, por e-mail
UMA MãOzinHA PARA sEgUiR EM FREnTE“A matéria cita que o mercado internacional é mais aberto a inovações. Podemos reverter isso? Fico triste com este tipo de realidade. Nossas startups começam a sofrer a mesma síndrome dos nossos pesquisadores. São formados no Brasil mas não encontram uma infraestrutura mínima para continuar no país”, luiz carrera, pela fanpage
ARREgAçAndO As MAngAs“A estratégia de definir perfil de hóspedes, focar em atender a seus interesses e ainda buscar aporte financeiro através de eventos alavancou as finanças do hotel e empreendeu a marca hoteleira. Assim que deve ser resolvida uma crise, com criatividade e foco”, lorena Seal, por e-mail
Comentário da edição“A [B+] de abril/maio está show! Vocês estão se superando a cada número. Parabéns!” @agnaldogfilho, pelo Twitter
O jOgO dA sTARTUP“A matéria ficou muito bacana, assim como a revista inteira. Parabéns a todos pela qualidade do material”, Marcelo dultra, coordenador da incubadora de Negócios, por e-mail
“Meus sinceros agradecimentos a toda a equipe da Revista [B+] por esta linda matéria falando do movimento das startups no nosso estado, das dificuldades e percalços quase que inevitáveis da nossa trajetória empreendedora”, Tássio Noronha, pelo Facebook
Foto: luciano oliveira
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As MAis CURTidAs EM nOssA FAnPAgE
a revista [B+] abre espaço para que você, leitor, dê a sua opinião, faça sua crítica ou sugestão sobre as nossas matérias. o que lhe agradou? o que poderíamos melhorar? Qual a sua dúvida? Queremos saber o que você tem a dizer para que o conteúdo da [B+] esteja sempre alinhado com o que você quer ler.
site www.revistabmais.com.br e-mail [email protected] telefone 71 3012-7477
@revista_bmais /revistabmais @revistabmais
QUEREMOs TE OUviR
Edição publicada em dezembro de 2014 trouxe
40 casos baianos de empreendedorismo
“A revista e a equipe merecem muito! Parabéns”, Jane Fernandes, pelo Facebook
“Parabéns, as reportagens estavam muito boas!”, carmosina labbate, pelo Facebook
“Parabéns para toda a equipe da Revista [B+] pelo prêmio Sebrae 2015. Esta premiação só vem ratificar o excelente trabalho realizado por vocês”, Equipe caramelo Arquitetos Associados, por e-mail
Prêmio Sebrae de Jornalismo Impressoa edição 27 da revista [B+] foi vencedora do prêmio Sebrae na categoria Jornalismo Impresso. a honraria repercutiu na internet
sUgEsTõEs gAsTROnôMiCAsQuer dicas de lazer na capital? a blogueira Lali souza, do “pra falar de comer”, assina uma coluna todo domingo em nosso portal.
as obras que ilustram esta edição são de bárbara Tércia, premiada artista soteropolitana com exposições nacionais e internacionais. a artista, que trabalha com arte digital vetorial diz que o Centro antigo de Salvador, do barroco ao contemporâneo, é seu porto seguro inspirador. para saber mais acesse barbaratercia.com.br.
ERRATA MATéRiA: A gOTA d’ÁgUAPublicamos uma foto de André Barros, do Hotel Villa da Praia, e nos referimos a ele pelo nome de João Barroso. João é, na verdade, pai de André. Ficou tudo em casa. Desculpas!
[01] três empreendedores baianos dão dicas de como faturar com e-commerce[02] empresas baianas se unem para disputar mercado de games[03] Startup baiana cria rede social que reúne denúncias de violência em Salvador[04] polo de Informática de Ilhéus corre risco de acabar por falta de infraestrutura e logística[05] Baianos se casam com trilha sonora de Harry potter
PARA bAixARas edições de todas as publicações do Grupo [B+] estão disponíveis na versão digital (para ioS e android). Baixe as revistas no seu tablet e mantenha-se informado.
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A RevistA dA BAhiA
especial
2011 PRiMEiRíssiMAEm agosto de 2011, chega às bancas e tablets a primeira [B+]. Com projeto ousado e voltada para o setor produtivo, a edição trazia os anseios de jovens baianos que discutiam os papéis que queriam desempenhar no cenário social e empresarial.
2012 sUsTEnTÁvELCom capa especial em papel reciclado, a [B+] 13 tratou sobre a reinvenção da economia baiana. A aposta: economias verde e criativa.
2013 MARCANo fim de 2013, a [B+] lançava a sua edição especial com 40 casos de empreendedorismo na Bahia. Aquela revista marcava o começo de uma tradição de fim de ano, quando nós listamos histórias de empreendedores de destaque no estado. A [B+] agora se posiciona como a revista de negócios da Bahia. 2014 MAdE in bAHiA
Como podemos aproveitar os potenciais do nosso estado e revigorar a marca Bahia? Este foi o questionamento que permeou a edição 22 da [B+]. Na capa, o publicitário baiano Nizan Guanaes em entrevista exclusiva.
a [B+] chega à 30ª edição convidando a Bahia a se enxergar. Desde o lançamento, a revista provoca o mercado, incentiva a inovação e apresenta ideias para o desenvolvimento do estado. e é só o começo! veja dez capas que marcaram nossa história. por PEDRO HIJO
2013 PROjEçãOA [B+] mergulha no universo da inovação e conversa com Jack London sobre o futuro da rede social mais usada no mundo. A entrevista foi pauta em diversos meios de comunicação. Na mesma época, o Fórum [B+] firma-se como plataforma de debate de ideias na capital.
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2014 RECOnHECiMEnTONo fim de 2014, uma agradável surpresa: a [B+] levou o Prêmio Colunistas N/NE de veículo impresso daquele ano. A capa de outubro e novembro trazia um emblema que marcava a vitória.
2014 MAis UM PRêMiO A segunda edição dos 40 casos de empreendedorismo na Bahia, publicada no fim de 2014, ganhou o Prêmio Sebrae de jornalismo impresso. Na capa, o caso da empresa de alimentos de Vitória da Conquista Tia Sônia. Na mesma época, o Fórum [B+] fazia a sua primeira edição no interior do estado.
2015 nOvACARA Em janeiro de 2015 a revista passou por uma grande mudança e ganhou novo formato e novo projeto editorial. Na capa, o múltiplo Carlinhos Brown.
2015 dE TOdOs nósA [B+] amplia seu público e assume a posição de revista da Bahia. A edição de abril e maio tratou sobre inovações tecnológicas no estado.
2014 HOMEnAgEMA morte do empresário Norberto Odebrecht pegou a todos de surpresa, inclusive a nossa redação, que derrubou todo o planejamento previsto para naquela edição contar a trajetória do pernambucano que fez história na Bahia.
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fóruns
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[01]
insPiração Para desenvolver a bahia
Conversamos com José Augusto de Castro, presidente da Asso-
ciação de Comércio Exterior e palestrante do 23º Fórum [B+]. O
evento também contou com palestra do diretor-geral e finan-
ceiro da incorporadora Imbassaí Participações, José Macedo.
a crise econômica e a alta do dólar impactam diretamente no campo do comércio exterior. você é otimista nas previsões do setor para este ano?Este ano será de suor e lágrimas. Em exportações, por exemplo,
iremos de estimados 1,22%, em 2014, para projetado 1,14%, em
2015. Caímos da 22ª posição no ranking de países exportadores
(2014) para a 25ª colocação este ano. As expectativas para o
comércio exterior brasileiro em 2015 são de queda de 7% das
exportações e de 12% das importações.
como fazer o dever de casa para conseguir superar o mo-mento ruim?O Brasil tem algumas opções, como, por exemplo, as reformas
estruturais nas áreas tributária e trabalhista, um investimento
forte e contínuo em infraestrutura, a redução da asfixiante
burocracia e dos custos financeiros, além da viabilização das
exportações de produtos manufaturados.
Confira a palestra de José Augusto de Castro na íntegra em
portalbmais.com.br.
[23º] COMéRCiO ExTERiOR Salvador
reunir nomes de peso para aquecer o setor produtivo baiano. esta é a missão do Fórum [B+], que, nas últimas quatro edições, discutiu sobre comércio exterior, gestão na saúde, gerenciamento
feminino e sustentabilidade
“Este será um ano de suor e lágrimas”José augusto de Castro
[01] renato Simões Filho, José augusto de Castro, José Macedo, Ângelo Calmon de Sá Jr e rubem passos; [02] adriana Mira (Sebrae) e antonio Coradinho (Câmara portuguesa); [03] ayeska azevedo e laís Campos (Grupo Boticário); [04] Carmen lúcia Machado (SDe), [05] eduardo Morais de Castro (Morais de Castro) e luiz Fernando Queiroz (associação Comercial da Bahia); [06] Giana Costa e roberval luania (Central de outdoor); [07] patricia orrico (Fieb).
Foto
S: p
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Sou
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[10]
[24º] gEsTãO dA sAúdE Feira de Santana
[01] leandro Sanches (eY) [02] Claudio vinagre (Grupo [B+]), Gileno portugal, José antonio Barbosa (Meddi), Bianca passos (Grupo [B+]) e leandro Sanches (eY); [03] Gustavo Mota (Unacon); [04] Denise lima Mascarenhas (Sec Saúde); [05] Julio Barbosa (vitalmed); [06] Marco antonio Freitas (ICp); [07] raine Barbosa e andrea velloso (IHeF); [08] Sandra peggy (Santa Casa de Misericórdia); [09] Bianca rios (Meddi) e Zênia araujo (Conamed); [10] vagner oliveira Bonfim (Clinica Ginecologica Bonfim)
o debate sobre gestão no setor de saúde permeou o 24º Fórum [B+], realizado em Feira de Santana. leandro Sanches, economista e sócio-líder em prática de saúde da ernst & Young e Gileno portugal, médico e diretor- executivo do Grupo Meddi, palestraram sobre o tema. para Sanches, o maior desafio para os gestores de saúde é driblar a crise econômica que o país enfrenta.
“Percebemos que no interior do estado o paciente não é
apenas um cliente, existe uma maior aproximação na re-
lação com os serviços de saúde. O maior desafio para os
gestores de saúde é driblar a crise econômica que o país
enfrenta sem diminuir a qualidade do serviço prestado.
E este é um assunto muito complexo. Cabe a cada enti-
dade decidir qual a melhor prática de gestão, de forma
que elas se integrem em uma visão holística do tema.
Hoje temos uma cadeia fragmentada, o que prejudica o
serviço. A saúde é uma área carente em termos de ges-
tão e governança, mas os empreendedores devem estar
atentos ao fato de que ela não deve ser tratada de forma
isolada, mas sim verticalizada, investindo em medicina
de prevenção e inovação, por exemplo, através de tec-
nologias como o celular, que permite o acesso ao cliente
de forma mais rápida”, leandro Sanches, economista e sócio-líder em prática de saúde da Ernst & Young.
Foto
S: H
umbe
rto
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[08] [10]
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[09] [11]
[07]
[02][02]
[05]
[03]
[25º] gEsTãO FEMininA Salvador
“Não adianta inserir as mulheres no mercado de trabalho e não permitir que elas cresçam, não lhes dar direito à voz”ana Malvestio, sócia e líder de diversidadee inclusão da pWC-Brasil
Durante o 25º Fórum [B+], Ana Malvestio e Olívia Santana
debateram, entre outros temas, a desigualdade de gênero nos
cargos de liderança de pequenas, médias e grandes empresas.
“Incorporar a mulher no mercado de trabalho é um processo civilizatório, pois cria um sociedade mais justa”olívia Santana, secretária de políticaspara as Mulheres do estado da Bahia
[01] ana Malvestio; [02] olívia Santana; [03] renato Simões, ana Malvestio, olívia Santana e Bianca passos (Grupo [B+]); [04] Fabiana rodrigues, ana Malvestio e Carlos pedral (pwC); [05] ana laura pedreira (tribuna da Bahia), ana Beatriz Sampaio (Grupo [B+]) e Silvana Sarmento (Fruvele); [06] ana paula Magalhães; [07] Cátia Bacellar; [08] luiz Fernando Queiroz (vice-presidente da aCB); [09] Marina rezende (Dendê Brands); [10] paola Correia (Braskem); [11] vera rocha (rocha Comunicação)
fóruns
FotoS: paulo Souza
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[26º] sUsTEnTAbiLidAdE Salvador
“Temos 2.226 hectares de plantação de coco que representam 30% da nossa área. Os outros 70% estão preservados”roberto lessa, vice-presidente da Água de Coco
Um modelo de gestão empresarial que minimize os impactos provocados no meio
ambiente. Este foi o assunto abordado na 26ª edição do Fórum [B+]. Com o tema
“Dossiê Verde: Responsabilidade Ambiental nas Empresas”, as palestras ficaram
a cargo do engenheiro agrônomo e vice-presidente da Aurantiaca, Roberto Lessa,
que apresentou o case “Água de coco Obrigado” e de Erica Rusch, que chamou a
atenção para a importância do papel social das empresas com o meio ambiente.
“Quando falamos sobre responsabilidade social das empresas, não basta cumprir a
lei, é preciso ir além”, disse.
[01] roberto lessa (Grupo aurantiaca); [02] Helio tourinho (Braskem); [03] Marcelo Gentil (enseada); [04] Marcos pimenta (pimenta advogados) erica rusch (rusch advogados); [05] Nilson Nóbrega e luciano lopes (prima)
[04]
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22 r e v I Sta [ B + ] J U N H o / J U l H o D e 2 0 1 5
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Dinheiro
Salário mínimo é reajuStado e terá nova alta em 2016
CiDADe
“empresários e poder público são cúmplices do desmoronamento das casas, da história, pois toda a região do Comércio de Salvador é tombada como patrimônio histórico”Eduardo Moraes de castro, presidente do
Instituto Geográfico e Histórico da Bahia,
sobre a demolição das casas na Ladeira da
Montanha, em Salvador, em maio.
Confira a entrevista completa em
portalbmais.com.br
Foto: Marcos Santos / USp Imagens
O secretário da Saúde do estado da Bahia, Fábio Villas-Boas, revelou
em entrevista à [B+] a necessidade de aumentar os investimentos com
a saúde pública no interior do estado. Segundo ele, nos últimos 50 anos
houve um processo de concentração da assistência de saúde na região
metropolitana de Salvador, o que obriga os pacientes do interior a se
deslocar para a capital baiana em busca de atendimento médico especia-
lizado. “Estamos implantando um modelo inovador de consórcio entre
os municípios do interior do estado. Serão criados 28 consórcios, um
para cada região de saúde do estado, e nesses consórcios serão constru-
ídas policlínicas especializadas”. Villas-Boas, entretanto, ressalta que a
necessidade de expansão da cobertura da saúde pública esbarra na falta
de financiamento para o setor. “Precisamos reduzir os gastos com as ati-
vidades meio, reduzir o custo de manejo, para que esses recursos possam
ser transferidos para as atividades fim”, completa.
SAÚDe
governo pretende interiorizar a saúde pública da bahia ainda este ano
apesar da redução de 0,3% na previsão de crescimento do produto Interno Bruto (pIB) do Brasil, o salário mínimo do trabalhador brasileiro foi reajusta-do para r$ 855, a vigorar em 2016, r$1 a mais que a última previsão, segundo dados divulgados pelo Ministério do planejamento, orçamento e Gestão. De acordo com o ministro Nelson Barbosa, titular da pasta, a nova estimativa do governo federal em relação ao mínimo para 2017 e 2018 também sofreu alte-ração e passou a ser de r$ 901,06 e r$ 961,00, respectivamente. atualmente o valor do salário mínimo no país é de r$ 788,00.
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A premiação tem como propósito reconhecer as melhores iniciativas das
brasileiras empreendedoras. A gerente de atendimento individual do
Sebrae Bahia, Fernanda Gretz, afirma que a competição deseja inserir a
mulher no mundo do empreendedorismo incentivada pela premiação de
suas ações. Na edição 2014, a baiana Luena Maria dos Santos foi bronze
na categoria Produtora Rural. As inscrições para a premiação 2015 vão
até o dia 31 de julho e podem ser feitas pelo site sebrae.com.br.
empreenDeDoriSmo
inScriçõeS para o prêmio mulher de negócioS 2015 eStão abertaS
SuperComputADor
“É como se fossem 10 bilhões de pessoas no planeta e cada uma delas estivesse fazendo 40 mil multiplicações por segundo”Fernando Martins, presidente da
Intel Brasil, sobre a capacidade do
supercomputador Yemoja, inaugurado na
sede do Senai Cimatec. O equipamento é
considerado o mais rápido da América Latina
e sua capacidade de processamento equivale
a aproximadamente 40 mil computadores
convencionais. Essa tecnologia será utilizada
no mapeamento do fundo marinho para a
extração de petróleo e gás.
Maria de Lourdes Acedo, Luena Maria Ferreira dos Santos e Flavia da Silva Oliveira, vencedoras do prêmio em 2014
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SN B
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O turismo em Salvador não tem gera-
do bons frutos para o setor hoteleiro.
Segundo Manolo Garrido, presidente
da seccional baiana da Associação
Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih
-BA), a capital baiana registrou em maio
de 2015 um índice de ocupação de apenas
38%. “Acho que foi a pior marca que já atingi-
mos. Temos este levantamento desde 2001”.
Garrido explica que, por causa da realização da Copa do Mundo no Brasil,
hotéis foram construídos e agora encontram dificuldade de se manter. Salvador
conta atualmente com 40 mil leitos.
hotÉiS
TEMOs vAgAs! sALvAdOR AMARgA PiOR OCUPAçãO HOTELEiRA dO séCULO
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26 r e v I Sta [ B + ] J U N H o / J U l H o D e 2 0 1 5
dos empregadores de micro e pequenas empresas no Brasil pretendem demitir funcionários nos próximos três meses, de acordo com pesquisa divulgada pelo Serviço de proteção ao Crédito (SpC). apenas 9% dos pequenos e microempre-endedores pretendem contratar neste mesmo período.
blocodenotas
Governo e representantes do setor de turismo de Salvador se reu-
niram em junho para debater o futuro do Centro de Convenções da
Bahia. A proposta do governador Rui Costa é que um novo espaço
para eventos seja construído no bairro do Comércio, na Cidade
Baixa. Manolo Garrido, presidente da seccional baiana da Associação
Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih-BA), afirma ser importante
um diálogo esclarecedor e providencial, já que o setor hoteleiro vem
sofrendo com a reduzida ocupação na baixa estação. Em 2014, quase
60% dos eventos recebidos pelo Centro de Convenções foram forma-
turas. “Perdeu o sentido. Este espaço não pode ser voltado apenas
para festas”, disse José Alves, presidente da Associação Baiana das
Agências de Viagem (Abav), para a [B+].
turiSmo
Futuro do Centro de Convenções continua incerto15 %
DeSenvolvimento
Governo anuncia nova política de incentivos fiscaiso governo baiano anunciou mudanças na política de incentivos fiscais para a instalação de novos empreendimentos no estado. Segundo o secretário da Fazenda, Manoel vitório, serão revistos tanto os critérios de concessão quanto a periodicidade dos incentivos. as mudanças também vão permitir a oferta de vantagens em áreas de interesse do estado, representadas por novos vetores de expansão das potencialidades locais, a exemplo da cadeia eólica. o intuito dessa mudança, de acordo com o secretário, não é acabar com a política de incentivos fiscais, mas calibrá-la para esse novo momento.
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Mais de 300 empresários juniores de todo o Brasil se reuniram nos dias 28,29
e 30 em Salvador para o 12º Encontro de Empresários Juniores da Bahia. O
evento traz a proposta de integração entre os jovens do Movimento Empresa
Júnior, com ênfase nos empreendedores baianos, que hoje somam mais de mil
universitários em todo o estado.
empreenDeDoriSmo
EVENTO REúNE EMPRESáRIOS JUNIORES EM SALVADOR
A mesa contou com Rodrigo Salles, presidente da Federação das Empresas
Juniores da Bahia (Unijr) entre outros representantes de diversas entidades
empresariais como Sebrae e Fieb
W W W. p o rta l B M a I S . C o M . B r 27
liÇÕeS
“É na adversidade que as pessoas aceitam mudar com mais facilidade. a crise é uma coisa terrível para ser desperdiçada”Jorge Vasconcellos e Sá, professor e autor de 16 obras sobre
gestão e economia, em entrevista ao portal [B+]. Jorge já
ensinou em programas de executivos de multinacionais, como
Coca-Cola, Shell, Microsoft e McDonald’s. Confira a entrevista
completa em portalbmais.com.br.
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O governo federal bateu o martelo e o Aeroporto Inter-
nacional Luís Eduardo Magalhães será, de fato, conce-
dido à iniciativa privada. Entre as principais mudanças
estão a ampliação do terminal de passageiros e a cons-
trução da segunda pista. A previsão de investimentos
para o local é de R$ 3 bilhões. Além do aeroporto, o Porto
de Aratu deverá ser licitado por outorga, com processo
licitatório previsto para o primeiro semestre de 2016,
com investimento no valor de R$326,4 milhões.
CiDADe
aeroporto de salvador será privatizado
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28 r e v I Sta [ B + ] J U N H o / J U l H o D e 2 0 1 5
blocodenotasArte
Música erudita ao alcancede todosO projeto Sextas Instrumentais realiza entre
os meses de julho e dezembro de 2015 uma
série de apresentações em cinco espaços
culturais de Salvador e região metropolita-
na (Cine Teatro Lauro de Freitas, Solar Boa
Vista, Centro Cultural de Plataforma, Espaço
Cultural Alagados e Casa da Música). Fruto
de uma parceria entre a Orquestra Sinfônica
da Bahia (Osba) e a Secretaria de Cultura
do Estado da Bahia (Secult-BA), o Sextas
Instrumentais tem o intuito de democratizar
o acesso à música erudita.
A média de preço no e-commerce registrou uma queda de
0,35% em maio na comparação com o mês de abril, é o que
revela o índice Fipe/Buscapé. O mesmo estudo registrou
ainda que no acumulado de 12 meses a alta média foi de
1,21%. No acumulado de 2015 a alta nos preços já somam
5,08%. Entre os produtos que apresentaram queda estão os
eletrodomésticos (-1,27%), casa e decoração (-1,19%) e eletrô-
nicos (-0,75%). Por outro lado, alguns produtos apresenta-
ram aumento de preço, é o caso dos cosméticos e perfuma-
ria (+2,42%) e moda e acessórios (+0,80%).
teCnologiA
Média de preços do e-commerce recua no mês de maio
o edital Senai Sesi de Inovação – 2015 tem como propósito contemplar projetos tecnológicos ou de melhoria da qualidade de vida do trabalhador. Neste ano, o edital disponibiliza r$ 40 milhões para o desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços elaborados em redes (multidisciplinares), com empresas industriais brasileiras, startups e empresas de base tecnológica. as inscrições vão até 7 de dezembro e podem ser feitas pela inter-net na página do portal da indústria.
foi a queda da produção industrial do Brasil no mês de abril em re-lação a março, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGe). o recuo foi impulsionado pelo baixo consumo das famílias, que acarretou no desempenho negativo do pIB. No mesmo período, a produção dos chamados bens semi e não durá-veis, a exemplo dos alimentos e vestuários, encolheu 2,2%, pior resultado desde julho de 2013.
StArtup
senai e sesi disponibilizam r$ 40 milhões em edital destinado a empresas
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Foto: adenor Gondim
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30 r e v I Sta [ B + ] J U N H o / J U l H o D e 2 0 1 5
acontecenordeste
região
CRISE AfETA fESTAS JUNINAS
Levantamento mostra que o setor de cerveja representa
31% das indústrias no Rio Grande do Norte, segundo um
cruzamento de dados do IBGE e da Fundação Getúlio
Vargas. O total de postos de trabalho diretos, indiretos
e induzidos gerados pelo setor cervejeiro no Rio Gran-
de do Norte passa de 32 mil, o que representa uma
massa salarial de mais de R$ 223 milhões.
rio grAnDe Do norte
setor cervejeiro representa 31% das indústrias no
rio Grande do norte
AlAgoAS
ENdiVidAMENTocrEScE EM MAcEió
Os cearenses do setor
varejista já estão progra-
mando a missão China 2016,
promovida pela Câmara de
Dirigentes Lojistas (CDL) de
Fortaleza e pela Federação
das Câmaras de Dirigentes
Lojistas (FCDL) do Ceará. A
viagem tem como propósito
abrir espaço para que os
pequenos negociantes des-
cubram novos mercados nos
países asiáticos.
CeArá
Empresários do Ceará buscam mercado asiático
os tradicionais festejos juninos espalhados por toda a região Nor-deste serão menos animados em 2015. Com a economia estagnada e a crise na petrobras, principal patrocinadora dos festejos, o capi-tal foi reduzido, provocando o cancelamento da festa em algumas cidades do Nordeste. Na Bahia, os municípios de Cardeal da Silva, amélia rodrigues e Candeias ficarão sem pular a fogueira este ano.
O índice de endividamento do consumidor (IEC) de Maceió
registrou alta de 1,8% na passagem de abril para maio,
segundo dados do Instituto Fecomércio de Estudos,
Pesquisas e Desenvolvimento (IFEDP). A pes-
quisa revelou que as dívidas com cartão de
crédito continuam liderando o ranking de
endividamento do consumidor (87,7%),
seguidas dos carnês de lojas (7,4%)
financiamento de casas (3,0%),
crédito pessoal (2,9%) e
financiamento de
veículos (2,5%).
FotoS: Divulgação
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32 r e v I Sta [ B + ] J U N H o / J U l H o D e 2 0 1 5
agro+
a cidade de Ilhéus, na região sul da Bahia, sediou a sétima edição do Festival Internacional de Chocolate e Cacau (Ficc). o evento, realizado no início de junho, contou com a presença de especialistas que discutiram sobre as tendências do mundo do chocolate, além de soluções para o empreendedor do setor. De acordo com o empresário Marco lessa, idealizador e organizador do evento, o Ficc tem o propósito de fomentar e debater a industrialização, verticalização da produção e, consequentemente, a melhoria da qualidade do produto.
o programa de Incentivo à Cultura do algodão da Bahia (proalba) foi renovado pelo governador rui Costa. o decreto desonera em até 50% as operações sobre o ICMS. De acordo com Celesti-no Zanella, presidente da associação Baiana dos produtores de algodão (abapa), serão cerca de r$ 6 milhões revertidos para o monitoramento e combate de pragas e doenças, além de pesqui-sas que aumentarão a produtividade e expansão do mercado baiano. a Bahia é o segundo maior produtor de algodão no Brasil.
AlgoDão
produtores de algodão têm incentivos fiscais renovados
EM vOLUME dE nEgóCiOs.Foi o que movimentou a Bahia Farm Show, maior feira de tecnologia agrícola e negó-cios do Norte-Nordeste do Brasil. Mais de 75 mil pessoas passaram pelo complexo instalado em luís eduardo Magalhães.1,019 bi
Este é o valor dos recursos disponibiliza-
dos pelo Plano Safra 2015/2016 para o setor
agrícola. Deste montante, R$ 149,5 bilhões são
destinados para financiamento de custeio e
comercialização, enquanto R$ 38,2 bilhões,
para os programas de investimento. O valor,
20% maior que o da safra anterior, prevê a
retomada de crédito junto aos agricultores e o
incremento das vendas de máquinas agríco-
las. O presidente da Agência de Fomento do
Estado da Bahia (Desenbahia), Otto Alencar
Filho, informou que a intenção é apostar no
financiamento de máquinas e equipamentos
da linha agroindustrial.
r$ 187,7bilhões
plAno SAfrA
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Evento discuteo papel do chocolate na
economia do sul da bahia
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Foto: Divulgação
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34 r e v I Sta [ B + ] J U N H o / J U l H o D e 2 0 1 5
para manter o crescimento em cenário de retração econômica, Mrv vai elevar o número de lançamentos
por NúBIA CRISTINA
Na coNtramão da crIsE
Líder em vendas e lançamentos na Bahia há três anos, a
MRV projeta crescimento entre 10% e 15% em 2015. Com
forte atuação na capital baiana, Lauro de Freitas, Camaçari e
Feira de Santana, a empresa tem a meta de elevar em 20% o
volume de lançamentos este ano, em relação a 2014.
“Temos um cenário desafiador, em decorrência da retra-
ção econômica, por isso nossa meta é conservadora”, explica
o diretor regional Yuri Chain. Ele pondera que, apesar da
crise, o Brasil e a Bahia têm déficit habitacional grande, fator
decisivo para o bom desempenho do segmento econômico,
no qual atua a MRV. No país, esse déficit é algo em torno de
cinco milhões de moradias e, na Bahia, de aproximadamen-
te 524,9 mil domicílios. Com alta expectativa em torno do
lançamento do programa Minha Casa, Minha Vida 3, Chain
destaca a importância do programa que oferece condições
Foto: Divulgação
diferenciadas para a população de menor poder aquisitivo e
taxas de juros menores que a inflação. Graças ao programa,
o segmento econômico tornou-se a bola da vez do mercado
imobiliário brasileiro. E na Bahia não foi diferente.
A MRV planeja lançar quatro condomínios no estado da
Bahia este ano, totalizando 2.500 unidades. A meta é vender
70% dos lançamentos nos primeiros seis meses. A empresa
pretende lançar um projeto em Vitória da Conquista em 2015,
mas o cronograma desse novo produto pode sofrer alterações
em função do cenário econômico.
Em sete anos de atuação, a mineira MRV lançou 6.500
unidades no estado e vendeu seis mil, quase mil unidades por
ano. No Brasil, em 2014, a MRV elevou os lançamentos em 23%,
totalizando R$ 4,34 bilhões. As vendas brutas cresceram 18%,
para o valor recorde de R$ 6 bilhões.
imóveis+
Yuri Chain, da MRV: meta conservadora em tempos de economia ruim
W W W. p o rta l B M a I S . C o M . B r 35
Na coNtramão da crIsE EniC EM sALvAdOR nO Mês dE sETEMbRO
Estão abertas as inscrições
para o 87º Encontro Nacional
da Indústria da Construção
(Enic), maior evento anual do
setor, que será realizado de 23
a 25 de setembro em Salvador.
O evento, promoção da CBIC
e realização do Sinduscon-BA
e da Ademi-BA, terá como
tema central “Brasil mais
eficiente, país mais justo”. A
expectativa é que participem
do evento 1,8 mil pessoas. As
inscrições podem ser feitas
no site enic.org.br.
NúBiA criSTiNA
produtora e apresentadora do CBn imóveis
Dilma Rousseff durante abertura do Encontro Nacional da Indústria da Construção 2014
Foto: roberto Stuckert Filho
36 r e v I Sta [ B + ] J U N H o / J U l H o D e 2 0 1 5
Durante a crise, o setor privado de saúde
é um dos mais afetados. O acesso a planos
de saúde depende diretamente do ritmo
de geração de empregos formais, uma vez
que a maior parte dos planos contratados
atualmente são coletivos e empresariais.
“Qualquer retração econômica afeta o acesso
a serviços privados. A atividade empresarial
no setor fica comprometida, os investimen-
tos desaceleram e a possibilidade de expan-
são dos serviços fica restrita, especialmente
se consideramos a grande carga tributária
envolvida e ampliada neste momento de
ajuste fiscal”, explica o especialista e profes-
sor do curso MBA em Gestão de Saúde da
Unifacs Nelson Pestana.
Na marcha aré da crise, o segundo
semestre de 2015 promete ser de expansão
para o Grupo Meddi. Serão R$ 24 milhões
investidos na inauguração de cinco unidades
no interior da Bahia. Itaberaba, Serrinha,
Luís Eduardo Magalhães e Simões Filho
receberão novos empreendimentos. Também
será instalado um centro multi-imagem em
Petrolina, sendo este o primeiro projeto fora
do estado. Os planos são ousados: com a ex-
pansão, o grupo pretende atender entre 70%
e 80% da população baiana.
Mas, com o setor em crise, o que faz o
Meddi crescer tanto? A estratégia utilizada
pelos empresários foi se preparar para poder
investir nos municípios do interior baiano
quando a crise chegasse. Dados da Agência
Nacional de Saúde Suplementar mostram
que na Bahia apenas 11,08% da população
conta com planos de saúde e 63% dos planos
a saída está no interior do estado
Como o grupo meddi conseguiu crescer dentro e fora do estado em plena crise da saúde
por THUANNE SILVA
José Antônio Barbosa e Gileno Portugal, do Grupo Meddi: a meta é atender 80% da população baiana
existentes são concentrados na região metropolitana de Salvador. A alta con-
centração de serviços médico-hospitalares na capital gera uma distribuição
desproporcional da oferta de serviços pelo território baiano.
“Esse projeto de ampliação começou há dois anos, quando nós fizemos
pesquisa de mercado e uma análise interna para ver em qual dos nossos
serviços poderíamos investir”, explica o diretor-executivo do Grupo Meddi
Gileno Portugal. “Com os riscos dimensionados e baixo endividamento nos
preparamos para enfrentar qualquer crise”, afirma Jose Antônio Barbosa,
diretor-presidente do Grupo Meddi.
O secretário de Saúde do estado da Bahia, Fábio Villas-Boas, reconhece
que há uma lacuna na assistência de saúde do interior da Bahia no que diz
respeito à atenção intermediária, com a consulta de especialistas e realização
de exames complementares. Gileno Portugal, concorda: “Existe um espaço
para a iniciativa privada fazer o papel de descentralizar esse atendimento
que o governo do estado deveria fazer. Vimos nisso uma oportunidade para
atuar nas cidades do interior”
Foto: Divulgação
saúde+
W W W. p o rta l B M a I S . C o M . B r 37
crescer na crise é possível 38Entrevista: as vacas gordas voltarão 46
microfranquias são alternativa 48[c] terceirização 52
15 carreiras procuradas no mercado baiano 54gestão no futebol baiano56
a difícil tarefa de empreender no Brasil 58as vantagens do home office 60
o pôquer dos investidores62Portugal e Bahia: uma nova rota comercial 64
Novos projetos para salvador 68
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a [B+] encontrou quatro PmEs baianas que conseguiram ampliar
faturamento, fazer parcerias e montar projetos inovadores em anos
de desaceleração da economiapor PEDRO HIJO, RENATO ALBAN
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EcoNoMiA
W W W. p o rta l B M a I S . C o M . B r 39
o pão não é santo, o pó não é mágico, a tinta não é encantada e a casa não é amaldiçoada. Não há nada fora do
comum nas quatro empresas baianas que a [B+] traz nesta edição para ilustrar a corrente contra a crise. Uma
padaria, uma fábrica, uma empresa de pintura e um albergue. Em comum, têm três características: são empre-
sas de pequeno a médio porte, apostam em inovação e crescem na crise. Elas planejam multiplicar em até dez
vezes o faturamento nos próximos anos e seguem contratando novos funcionários. Para as principais enti-
dades empresariais da Bahia, são elas, as PMEs, que podem amenizar a desaceleração econômica. Com flexibilidade para se
adaptar às adversidades, criar novos produtos e serviços e distribuir renda, as PMEs mapeadas pela [B+] são algumas das que
movimentam o mercado e compõem o lado otimista da economia.
Abrir um albergue de luxo em uma cidade que não costuma
consumir este tipo de equipamento em plena crise do setor hote-
leiro. Foi essa a ideia do empresário Adriano Medeiros e do ator
Luiz Fernando Guimarães, que inauguraram há três anos o Fdesign
Hostel em Salvador. A empreitada que tinha tudo para dar errado
cresceu 24% desde o ano passado e irá ganhar mais três filiais fora
da capital até o fim do ano que vem.
Instalado no bairro do Rio Vermelho, o hostel começou como
uma experiência voltada para o turista brasileiro que gosta de um
ambiente não tão formal como um hotel cinco estrelas, mas não
dispensa um luxo. O chamado “albergue-conceito” oferece camas
padrão hotelaria e diárias que podem ser parceladas em várias
vezes no cartão.
O primeiro ano de negócio foi de puro aprendizado para os
sócios, que investiram quase R$ 5 milhões na construção do imóvel
e na empresa. “Em 2013, 90% do valor investido veio do nosso
bolso e a gente não via o retorno, quase fechamos as portas”, conta
Adriano. O jeito foi enxugar alguns mimos para conseguir reverter
o quadro negativo. Os quartos temáticos que antes tinham aromas
específicos ganharam um cheiro-padrão, os kits de cuidados pes-
soais que antes levavam a marca do hostel agora são patrocinados
Para mochileiros Louis Vuitton por uma empresa parceira. O
cliente nem notou a diferença,
pelo contrário, aprovou. Em
2014, o hostel foi escolhido
como o melhor albergue do
Brasil pelo Guia Quatro Rodas.
A crise no país apertou e,
para a surpresa dos sócios, o
lado mais cheio do copo come-
çou a aparecer. Os empresários
notaram que, apesar de a verba
destinada à hospedagem estar
no topo da lista de cortes dos
clientes, o conforto vem em
primeiro lugar quando um
hóspede está procurando
por um hotel. “E é aí que eles
descobrem o nosso hostel, que
oferece preços menores sem
diminuir a quantidade de fios
do lençol”, comenta Adriano.
Para a baixa temporada, o
Os empresários Luiz Fernando Guimarães e Adriano Medeiros viram em Salvador um bom lugar para instalar um albergue conceito
>>
albergue já está com 59% dos
leitos ocupados, a maioria por
brasileiros. “Nossa intenção
é focar no público doméstico,
especialmente nesta época em
que os brasileiros estão conhe-
cendo mais o país por causa da
alta do dólar”.
Os números crescentes em
2014 e 2015 impulsionaram os
sócios a abrir três hostels da
marca fora da capital. Até o fim
do ano, planejam inaugurar
uma unidade no Rio de Janeiro,
aproveitar a alta temporada
em janeiro para abrir um hostel
em Morro de São Paulo e ainda
incluir São Paulo na rota até o
fim do ano que vem.
FDESIGN HOSTELFaturamento líquido em 2014: R$ 530 milCrescimento: 24% em dois anosNúmero de funcionários: 19 Meta: crescer 60% em 2015Desafios: abrir filiais em plena crise do setor hotelei-ro e concorrer com hostels instalados em mercados já consolidados, como Rio de Janeiro e Morro de São PauloDicas: use a criatividade para diversificar seu produto e atender a novos mercados
Foto: Divulgação
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Da feira à arena augusto alagia, da Capitão pintura, quer multiplicar o faturamento em dez vezes a cada dois anos
Uma máquina de lixar parede e outra de
pintar. Em troca de R$ 10 mil, qualquer pes-
soa receberia os dois aparelhos e se tornaria
microfranqueado da Capitão Pintura, empre-
sa especializada em pintura da construção
civil. Essa era a proposta do dono da marca,
Augusto Alagia, na Feira do Empreendedor
do Sebrae de 2011.
Depois de quatro anos, uma crise no setor
da construção civil e uma estagnação geral
da economia do país, Alagia aumentou em 30
vezes o preço do contrato mínimo para ser
franqueado da Capitão Pintura. Nos planos
do empresário, uma franquia média da com-
panhia (que perdeu o prefixo “micro”) terá 30
funcionários e atenderá a grandes obras.
Foram os grandes projetos, inclusive, que
permitiram a Alagia sonhar alto. Com o desen-
volvimento do modelo de negócio com consul-
toria do Sebrae, eles receberam uma proposta
que mudou o direcionamento da empresa,
até então voltada para o mercado residencial.
“Fomos chamados para fazer a Arena Fonte
Nova e vimos que o nicho era esse, os grandes
projetos”, conta o empresário.
Para cumprir o prazo das obras, a arena
precisava de uma empresa que pintasse o
estádio em pouco tempo. Com
a tecnologia das máquinas de
lixamento e pintura que desco-
briu na Europa, onde estudou
comércio internacional, Alagia
topou fazer o serviço. “Criei
dívidas para comprar mais
aparelhos, mas ganhei visibi-
lidade”. Até então, ele só tinha
dez máquinas. Hoje, tem 40.
Depois da arena, ele
atendeu a projetos como os
shoppings Barra e Bela Vista,
o Hospital Geral do Estado e
o Mercado do Rio Vermelho.
Agora, está trabalhando no
condomínio Green Ville e no
Teatro Castro Alves (TCA).
E tudo começou com uma
máquina importada que ele
comprou em 2011 e parcelou
em dez vezes. “Não fiz plane-
jamento, comecei com tudo
desorganizado. Errei”, reconhe-
ce Alagia. Antes de buscar o
Sebrae e fazer o projeto da are-
na, ele chegou a atender a uma
demanda das lojas Renner, em
>>CAPITãO PINTURAFaturamento em 2014: R$ 2 milhões Crescimento: 1.000% em dois anosNúmero de funcionários: 120, em mé-dia (varia de acordo com o projeto)Meta: multiplicar em dez vezes o fatu-ramento a cada dois anosDesafios: conseguir franqueados em plena retração da economia, entrar com força no mercado do Sudeste, que tem margens de lucro maiores, mas é mais competitivo, e competir com empresas menores, que oferecem serviços de me-nor qualidade, mas preços mais baixos Dicas: procurar instituições parceiras que te ajudem a se estruturar e a cres-cer, buscar qualificação sempre e não ter medo de mudar o plano de negócio
Foto: luciano oliveira
W W W. p o rta l B M a I S . C o M . B r 41
São Paulo. “Tive muita dificuldade. Voltei ar-
rasado, falido e com as máquinas”. Ele gastou
mais do que ganhou. Lição aprendida, Alagia
voltou para Salvador, montou um plano de
negócio e seguiu crescendo desde então.
Saiu de um faturamento de R$ 200 mil em
2011 e 2012 para R$ 2 milhões no ano passado.
“Podemos chegar em R$ 3 milhões neste ano”.
A meta agora é ter dez unidades franqueadas
até 2017 e 100 até 2019. Com isso, Alagia estima
faturar R$ 20 milhões em dois anos e R$ 200
milhões em quatro. Em
resumo, ele quer multiplicar
o faturamento em dez vezes
a cada dois anos. E a crise?
“Com as crises econômica e
imobiliária, os concorrentes
estão desaparecendo e o
espaço do mercado que ocu-
pamos cresce”, afirma Alagia.
Para se consolidar em tempos
pessimistas, o empresário
tem buscado parceiros. “No início, não tinha
rede de contatos. Era o meu maior problema”.
A Capitão está incubada no Senai Cima-
tec, tem consultoria do Grupo Cherto para o
plano das franquias e possui um projeto de
tecnologia dentro da MRV. Por intermédio
da construtora, Alagia quer se aproximar do
programa federal de construção de casas po-
pulares Minha Casa Minha Vida e ainda sobra
fôlego para mirar nos projetos das Olimpíadas
de 2016, no Rio de Janeiro.
A padaria do milhãoMarca consolidada, clientes fiéis e domínio de
mercado. O que mais um comércio tradi-
cional pode almejar? Dobrar o faturamento
enquanto a economia do país desacelera foi a
resposta da Panille Delicatessen, antes chama-
da de Pão de Mel. O caminho para aumentar o
faturamento em 47% no ano
passado, triplicar o número
de funcionários em três anos
e lançar uma nova marca em
plena crise foi a inovação.
Com nove anos, a padaria
“Não adianta tentar andar sozinho. temos que procurar árvores em que possamos nos escorar”
Foto: luciano oliveira
42 r e v I Sta [ B + ] J U N H o / J U l H o D e 2 0 1 5
PANILLE DELICATESSENFaturamento em 2014: R$ 1 milhãoCrescimento: 47% em um anoNúmero de funcionários: 30Meta: dobrar o faturamento entre 2013 e 2015Desafios: encontrar mão de obra qua-lificada para novos projetos, melhorar a qualidade dos produtos mantendo os preços antigos, mesmo com a inflação alta, e concorrer com delicatessens de outras regiões ( já que planeja abrir microfranquias em bairros como Pituba e Cabula)Dicas: investir em inovação, fazer parcerias, analisar tendências em outras regiões e acompanhar de perto o cresci-mento da empresa
se beneficia de sua posição “estratégica”, no
Largo Dois de Julho, onde capta clientes de
empresas e instituições ao redor, como Procon,
Sebrae, Banco do Brasil e Câmara dos Diligen-
tes Lojistas (CDL), além de moradores. Há dois
anos, o dono da empresa, José William Júnior,
montou um projeto para a padaria conseguir
novos clientes e alcançar outros bairros.
“O primeiro desafio foi escolher um novo
nome. Só assim poderíamos expandir a marca”,
diz José William. No Brasil, nenhum negócio
pode ser registrado como “pão de mel”. Com
a mudança para Panille, eles planejam abrir
uma rede de microfranquias, que funcionem
como pontos da padaria no modelo drive thru
por toda a cidade. Ele se baseou em modelos já
existentes em São Paulo e Brasília.
Além disso, José William está montando
uma pizzaria e uma lanchonete natural no esti-
lo da Subway dentro da padaria. Antes mesmo
de elas começarem a funcionar, o empresário
já conseguiu aumentar o faturamento com
uma reestruturação física, o lançamento de
produtos da nova marca, o fortalecimento do
atendimento delivery e o acerto de parcerias
com fornecedores.
O empresário fechou contrato de exclusi-
vidade com Nestlé, Coca-Cola, Betânia, Alimba
e Tampico. Com isso, ele conseguiu baixar
os custos de compra de produtos e manter
os preços no mesmo padrão, mesmo com os
aumentos da conta de energia e da gasolina.
Para José William, a manutenção de preços foi
fundamental para crescer durante a crise.
“Diminuí o percentual de lucrativida-
de, mas mantive o preço para não ter
queda de venda”, diz o empresário, que
enxugou os custos internos e intensi-
ficou a presença no estabelecimento.
“Estamos todo dia dando batidinha
nas costas dos clientes, ouvindo
eles. Estamos presentes”. Com isso,
José William pretende reforçar a
imagem familiar da empresa,
mas também mostrar as
mudanças. Há um ano, ele
fez o lançamento da nova
marca, com presença da
imprensa e de parceiros.
Além dos fornecedores,
a padaria tem como parcei-
ros o Sebrae e o Senai, que
ajudaram na reformulação da
empresa. E José William quer
mais “aliados”. Pouco antes de
conversar com a [B+], o empre-
sário estava em reunião com
uma representante da CDL.
Ele propôs à instituição uma
troca: a CDL indica a padaria
para coffe breaks de empresas
associadas e ganha descon-
tos em bufês para eventos.
“Não adianta tentar andar
sozinho. Temos que procurar
árvores em que possamos nos
escorar”.
A cor dá dinheiroTodos vão de branco, o show começa e, ao si-
nal do cantor, o público joga pó colorido para
cima e a festa ganha cores – e sefies, muitas
selfies. As fotos e vídeos dos “eventos de
cores” circulam pelo mundo e popularizaram
um produto que era desconhecido no Brasil
até dois anos atrás. Impressionado com um
vídeo que assistiu de um desses eventos,
o filósofo Pablo Arruti decidiu trazer o pó
colorido para o país e fundou, em Lauro de
Freitas, a primeira fábrica brasileira do pro-
duto, a Zim Color.
Em um ano, saltou de um faturamento de
R$ 110 mil para R$ 1,2 milhão. Em 2015, pode
chegar a receber até R$ 4 milhões. A Zim já
vendeu o pó colorido para todos os estados
brasileiros, à exceção do Acre, e tem pedidos
de Portugal, Cabo Verde e países da América
Latina. “Há uma logística de
preço que impede a gente
sair do país hoje, mais vamos
chegar lá”, diz Arruti, um dos
oito sócios da fábrica.
Além da descoberta de
um produto inédito no mer-
cado brasileiro, a empresa
explica seu sucesso pelo
CApA | pme
W W W. p o rta l B M a I S . C o M . B r 43
Em um ano, a Zim Color saltou de um faturamento de R$ 110 mil para R$ 1,2 milhão
Foto: luciano oliveira
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CApA | pme
marketing. Inicialmente, Arruti se inte-
ressou pelo produto como uma ferramenta
para apresentações artísticas, mas logo per-
cebeu o potencial comercial do pó colorido e
fez performances para divulgar o produto no
Brasil durante cinco meses.
Continuou se apresentando e postando
imagens na internet até que, em maio de
2013, o Holi Festival de São Paulo, o primeiro
grande evento de cores do país, fez o pedido
de cinco toneladas de pó colorido. “Gastei R$
50 mil para fazer. Com o dinheiro que ganhei,
investi em marketing. E, a partir daí, fomos
só para cima”, diz o empresário.
O estouro no país não veio, no entanto,
de um investimento em marketing de Arruti,
mas sim da Caixa Econômica Federal, que
usou o pó colorido, em 2013, em uma propa-
ganda. A partir de então, os Holi Festivals e
as corridas de cor passaram a acontecer com
mais frequência no Brasil. “Tem semana que
tem dois Holi”, conta Lorena Caliman, direto-
ra de comunicação da empresa.
Os grandes eventos de cores corres-
pondem a 70% do faturamento da Zim. E,
diferentemente do início da empresa, ela já
ZIM COLORFaturamento em 2014: R$ 1,2 milhãoCrescimento: 990% em um anoNúmero de funcionários: 14Meta: aumentar em até 230% o faturamen-to em 2015Desafios: disputar mercado com empresas que surgiram no Sul e Sudeste neste ano, melhorar a estrutura para diminuir os custos de produção e superar o modismo, tornando o pó colorido um produto de uso constante, como um brinquedo para crianças, por exemploDicas: encontrar nicho de mercado, an-tecipar-se às tendências, pensar em longo prazo e investir em infraestrutura, inova-ção e marketing
não tem dificuldade de suprir essa demanda
constante. A fábrica tem capacidade produti-
va de 12 toneladas por mês. Para se ter ideia,
um Holi de Salvador gasta, em média, duas
toneladas.
O restante do faturamento vem de
venda pela internet, eventos LGBT, lojas que
revendem o produto no país e igrejas, que
fazem brincadeiras com o pó colorido em
acampamentos de jovens
e adolescentes. O público
infantojuvenil é, inclusive, o
que mais consome o produto
e, por isso, está na mira dos
sócios da Zim.
O medo de Arruti, Ca-
liman e dos outros sócios
é que os Holi Festivals e as
corridas se provem apenas
um modismo e o produto caia
em desuso. O plano deles é
trabalhar a comunicação do
produto para atribuir a ele
um significado mais profun-
do, como tem na Índia, onde
os eventos de cores são uma
tradição milenar.
Ao mesmo tempo em que
trabalham nessa divulga-
ção, eles investem em mais
máquinas para melhorar a
produção, desenvolvem um
projeto com o Senai no valor
de R$ 750 mil, sendo R$ 300
mil financiados pela institui-
ção, para elaborar um pó com
corante natural e planejam
produtos infantis que usem
o pó colorido. “Já existem no
mercado internacional produ-
tos derivados”, diz Arruti.
Os investimentos e inova-
ções são também uma fuga
da recessão estimada para
2015. Eles sofrem com a alta
do dólar e da gasolina, já que
importam alguns insumos e
têm que fazer o transporte do
produto para outros estados.
“Se a crise for muito severa,
nos damos mal, porque não
vendemos produto essencial.
Mas como temos um produto
diferente, a gente acredita
que vai continuar a crescer na
crise”, afirma o empresário.
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10
06
02
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0907
01
03 04
01 - Marcos Pasquim e Alexandre Bacelar (Presidente -Ápice Bahia) , 02 - Brasil Summer Golf 2015, 03 - Maíra Charken e Mari Antunes - (Banda Babado Novo), 04 - Vina Calmon ( Banda Cheiro de Amor) e Windson Silva (Empresario do Cheiro de Amor), 05 - Rafael Silva (Diretor Resort Iberostar) e David Dalmau (Artista Plástico), 06 - Enrique Ambrosio (Diretor da Air Europa) e Tiago Coelho -( Presidente - TV Aratu - Sbt ), 07- Marcelo Barros ( Audi-Brasil), Diogo Medrado ( Presidente da Bahiatursa), Jorge Cirne ( Presidente da Helicia), Alexandre Bacelar, 08 - Ângelo Derenze (Presidente do D&D), Carole Hilton e Mado Guilguer (Diretores do WTC - São Paulo), 09- André Blumberg ( Presidente do Grupo A Tarde), Adilson Ramos
( Diretor da Xerox do Brasil), 10 - Nilson Nobrega (Presidente da Prima Empreendimentos e Ana Celia - Presidente da Lebens Alimentos)
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Media Partners RealizaçãoRevista tecnica o�cial
ALEXANDRE BACELAR
Revista tecnica o�cial
O maior evento de golfee relacionamento do Brasil!Veja os bastidores do Brasil Summer Golf 2015, que aconteceu entre os dias 29 a 31 de Maio, no Hotel Iberostar - Praia do Forte, Bahia. Empresários, celebridades e gente bonita marcaram presença no evento.
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NeGóCIoS | crise
AS VACAS GORDAS
voltarãoeducador financeiro aponta caminhos para empresários sobreviverem à crise e garante: “enxugue o negócio e a crise passará”por RENATO ALBAN
Crescem a inflação, os juros e as dúvidas. Caem as vendas, os lucros e o
otimismo. A repetição mensal desta lógica faz o empresário duvidar do
futuro de suas empresas, mas, para vencer a crise, é necessário ser resi-
liente. É o que diz o educador financeiro de famílias e empresas Marcos
Silvestre. O economista esteve em Salvador em maio para a divulgação
de seu novo livro, Os 10 Mandamentos da Prosperidade.
Quais os melhores caminhos para sobreviver à crise?O empreendedor pode até duvidar dos rumos da economia, porém jamais
deve duvidar do seu negócio, como infelizmente muitos farão na crise.
Estes deixarão de acreditar em seu potencial e deixarão de empenhar
sua energia e, muitas vezes, seus últimos recursos no esforço de reter
seus clientes e até mesmo de captar novos em meio ao natural aumento
da competitividade. O processo depurador das crises é antigo: os menos
resilientes desistem, abrindo espaço para os perseverantes.
A crise é um bom momento para revisar o negócio e até para mudar de rumo ou é melhor permanecer no plano estabelecido?Mudar aquilo que deixa de ser bom para o seu cliente é algo que todo
empreendedor deve fazer, haja crise ou bonança econômica. A inovação
rumo à excelência deve ser um processo contínuo. O que a crise normal-
mente faz é expor as fraquezas do negócio de forma mais nua. Nestas
horas, alguns empreendedores mais derrotistas não vão segurar a onda,
e, depois de algum tempo de desgaste, jogarão a toalha. Durante a crise,
o empreendedor deve agir de forma cirúrgica para acertar os rumos do
seu business. Mas não adianta mudar simplesmente por mudar. Muitas
vezes, nesta mudança desesperada, joga-se o bebê junto com a água do
banho, o negócio perde também seus pontos fortes e as características
que lhe dão personalidade e o diferenciam frente à concorrência.
Qual a melhor estratégia para cortar gastos?Todo corte que não afeta diretamente o cliente deve ser feito. Aliás, este
gasto já não deveria existir. Mas alerto: se um gasto afeta o moral, a capaci-
tação e a produtividade dos colaboradores, isto terá impacto negativo direto
sobre os clientes, sim, e tais cortes devem ser evitados. Costumo dizer que o
empreendedor deve começar cortando tudo o que
é possível relativo a ele próprio, para não sangrar
ainda mais seu negócio no período de crise. Afinal,
ninguém tem maior apego e interesse no negócio
do que os próprios donos. São eles os que devem
estar dispostos aos maiores sacrifícios para a sobre-
vivência da empresa em tempos de vacas magras.
A economia é cíclica e as vacas gordas voltarão.
Quais os principais equívocos cometidos por empreendedores na tentativa de vencer a crise?Uma coisa é utilizar os próprios recursos à
exaustão. Outra, bem diferente, é afundar-se em
crédito bancário mal planejado, caro e com pouca
perspectiva de retorno em curto prazo. Enxugue
para manter-se leve, e a crise passará.
como saber se é melhor desistir ou continuar investindo no negócio?Existem cinco indicadores: se as vendas declinam
acentuadamente e não reagem a estímulos como
novas estratégias comerciais e de marketing; se o
seu negócio trabalha com fluxo de caixa persis-
tentemente negativo; se a sua operação apresenta
baixa lucratividade ou dá prejuízo na ponta do lá-
pis; ou se o negócio terá de viver na dependência
crônica de crédito bancário. Ou você o reinventa
por completo – o que é bonito de falar e muito
difícil de fazer – ou se desfaz do negócio enquan-
to ainda consegue pegar algum troco pelos ativos
de que ele dispõe.
Marcos Silvestre é economista com MBA pela USP e autor dos livros 12 Meses para Enriquecer – O Plano da Virada e Investimentos à Prova de Crise
FotoS: DIvUlGaÇÃo
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NeGóCIoS | franquias
Com crescimento previsto de 10% em 2015, baixa taxa de mortalidade e redes inéditas na Bahia, microfranquias são opção para empreender no estadopor RENATO ALBAN
COntra a COrrente
Há dois meses, o educador físico Lázaro Couto, 32 anos, e o ana-
lista de sistemas Raoni Castro, 29, leram uma reportagem sobre
microfranquias que citava uma rede presente em cinco estados
e até na Austrália, mas desconhecida na Bahia. Depois de um
mês e de R$ 15 mil investidos, eles se tornaram microfranquea-
dos da BagNews em Lauro de Freitas.
Agora, vendem anúncios para sacolas ecológicas distribu-
ídas pela cidade. Lázaro e Raoni fortalecem a onda de novas
unidades microfranqueadas no Brasil (na página 50 outros
pioneiros na Bahia). As redes que demandam investimento até
R$ 80 mil no país expandiram 12,4% no ano passado.
A taxa é quase o dobro do índice de expansão das franquias
em geral, de acordo com a Associação Brasileira de Franquias
(ABF). Na direção inversa do PIB, que cresceu 0,1% no ano
passado e tem previsão de retração em 2015, as microfranquias
devem crescer 10% neste ano, segundo a ABF.
Essa contracorrente tem duas razões. A primeira: micro-
franquias são franquias. “É um modelo com uma tecnologia
de gestão embutida que dá ao empreendedor boa condição de
operação, porque já é testado”, diz o diretor técnico do Servi-
ço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae),
Lauro Ramos.
Segundo dados da ABF e do Sebrae, a chance de uma fran-
quia fechar nos primeiros anos é sete vezes menor que a de um
negócio tradicional. A taxa de mortalidade do segmento das mi-
crofranquias caiu quase pela metade no último ano. São nelas
que investe a classe C e, muitas vezes, é para a mesma fatia da
população que se destinam.
O crescimento da renda no Brasil é o segundo motivo que
elevou o crescimento de microfranquias mesmo durante a
recessão. “A classe que mais está empreendendo é a classe C.
É uma faixa com perfil empreendedor mais conservador, que
busca as condições de menor custo”, afirma Ramos.
Segundo o consultor de franquias Luis Henrique Stockler,
a classe C também estimula a expansão das microfranquias
como clientes. “As microfranquias, em sua maioria, têm foco em
prestação de serviços, como segurança, reparação, limpeza e até
serviços de marketing. E a classe C tem demandado serviços”,
explica Stockler.
Para ele, a lei da terceirização, já aprovada na Câmara
Federal, deve incentivar ainda mais o segmento de franquias
mais baratas, já que ela favorece as empresas prestadoras de
serviços. Até mesmo o crescimento da taxa de desemprego
pode ajudar o setor. É o que diz o diretor da ABF no Nordeste,
Leonardo Lamartine. Segundo ele, é comum pessoas que per-
dem o emprego ou que estão com medo de ficar desempregadas
apostarem na abertura de micro ou pequenas empresas.
As vAnTAgEns E dEsvAnTAgEns dE sER O PiOnEiRO A Bahia é o estado do Nordeste com mais unidades de
microfranquias. Ainda assim, há oportunidades para estrear
marcas inéditas na Bahia. Ser o primeiro microfranqueado
de uma marca em determinada região é, em geral, muito
vantajoso, segundo o diretor da ABF no Nordeste, Leonardo
Lamartine. “Quando você é pioneiro, tem chance de expandir
sem encarar um mercado inchado. A desvantagem é que a
pessoa vai desbravar a marca, fazer com que ela seja conhe-
cida na região”. Para isso, ele aconselha que o interessado
faça pesquisa de mercado ou procure o Sebrae.
A advogada Andreia Silva, 33, decidiu investir no ramo
de alimentação e abriu a primeira unidade da Jet Chicken,
microfranquia de venda de frangos fritos, na Bahia. “Vim
morar em Vitória da Conquista há oito anos e eu e meu mari-
do percebemos que tinham poucas opções de restaurantes
na linha de fast-food na cidade”.
“a classe que mais está empreendendo é a classe C, que busca as condições de menor custo”lauro ramos, diretor técnico do Sebrae
W W W. p o rta l B M a I S . C o M . B r 49
Paranaense, Andreia já conhecia a rede,
que é uma febre em seu estado natal, onde
foi fundada e tem oito unidades. “O fato de
ser franquia ajuda muito na montagem, mas
no dia a dia é você jogando duro”.
A mesma ponderação faz o dono do Gru-
po Multifranquias, que possui oito marcas
de microfranquias no Brasil, Edson Ramuth.
“Os interessados em microfranquias têm que
entender que para fazer sucesso depende de
proatividade e esforço. É diferente de inves-
tir dinheiro no banco”.
“Quando você é pioneiro tem chance de expandir sem encarar um mercado inchado. a desvantagem é que a pessoa vai desbravar a marca, fazer com que ela seja conhecida na região”leonardo lamartine, diretor da aBF no Nordeste
Para o consultor de franquias Luis Henrique stockler, a lei da terceirização deve incentivar ainda mais o segmento de franquias mais baratas
Raoni Castro investiu em uma microfranquia de publicidade em sacolas
Foto: rômulo portela
Foto: Divulgação
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Zupy! - tipo do negócio: guia regional de empresas, imóveis e
veículos. Cada franqueado é exclusivo em uma cidade (ou
em determinados bairros) e fica responsável por mapear os
serviços da área.
- fundação: Guarulhos (SP), 2014.
- número de unidades: oito (todas em São Paulo).
- investimento: R$ 10 mil a R$ 60 mil.
- taxas mensais: 15% (royalties) e 1,5% (propaganda).
- faturamento mensal: até R$ 12 mil.
- vinda para a bahia: “Temos total interesse em ter unidades
no Nordeste. Participamos da Feira de Franquias de Recife no
ano passado e já temos candidatos na região” (Fábio Martinelli,
proprietário da marca).
House Maid- tipo do negócio: limpezas domésticas profissionais para
residências e pequenos escritórios.
- fundação: Portugal, 2000.
- número de unidades: 54 (15 em cinco estados do Brasil e 39
no exterior).
- investimento: R$ 64 mil.
- taxas mensais: R$ 655 (royalties) e 3% (propaganda).
- faturamento mensal: R$ 80 mil a R$ 100 mil por mês.
- vinda para a bahia: “Estamos lançando uma campanha
para expandir para Bahia, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
A taxa de franquia nos estados em que não temos unidades
será de R$ 19.500” (Ivanira Gomes, sócia da marca).
Help Home - tipo do negócio: serviços de manutenção, reforma, jardi-
nagem, decoração e construção em residências, empresas e
condomínios.
- fundação: Curitiba (PR), 2009.
- número de unidades: 21 (em 13 estados).
- investimento: de R$ 14 mil a R$ 21 mil.
- taxas mensais: 3/4 do salário mínimo (royalties).
- faturamento mensal: R$ 25 mil até R$ 100 mil.
- vinda para a bahia: “Já temos alguns interessados no
estado, mas temos um critério muito rigoroso (para liberar
franqueados). Recusamos muitas unidades” (Andrius Paulo
Esperança, gerente do departamento de expansão da marca).
Flyworld- tipo do negócio: agência de viagem com modelo de negócio
de baixo custo.
- fundação: São Paulo (SP), 1997.
- número de unidades: 36 (em dez estados).
- investimento: de R$ 12.800 a R$ 21.800.
- taxas mensais: até dois salários mínimos (royalties) e até
40% do salário mínimo (propaganda).
- faturamento mensal: R$ 30 mil a R$ 40 mil.
- vinda para a bahia: “Queremos (chegar à Bahia). Já temos
unidade em Pernambuco. Quem está interessado pode, in-
clusive, trabalhar em sua residência, em home office” (Paulo
Cezar Apencia, dono da rede).
Redes que possuemmodelo de microfranquia
TAXA DE MORTALIDADE DEMICROFRANQUIAS8,4%
REDESNO BRASIL
2.942Microfranquias
433Participação14,7%
Fonte: ABF
2013 2014 EVOLUÇÃO
384 433 12,8%
MICROFRANQUIAS
NEGÓCIOS | franquias
NeGóCIoS | franquias
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NeGóCIoS | trabalho
cÂNdido Sá
especialista em direito civil e de defesa do consumidor e pós graduado em direito ambiental pela puC-Sp
Foi aprovado no dia 8 de abril o projeto de lei que
regulamenta os contratos de terceirização, e muito
tem sido comentado sobre os benefícios e male-
fícios dessa nova legislação. O projeto de lei não
é novo. Desde 2011 os deputados discutem com
representantes de centrais sindicais e instituições patronais; no
entanto, além de estarmos atrasados na regulamentação de tais
questões, o imbróglio não parece ter fim.
O projeto aprovado prevê a contratação de empresa tercei-
rizada por instituições públicas ou privadas, produtores rurais,
profissionais liberais e empresas de economia mista para a
execução de qualquer atividade, sendo que limita a execução
do serviço a apenas uma atividade. O projeto não se aplica a
administração pública direta, autarquias e fundações.
As questões mais relevantes são levantadas pelos sindica-
tos trabalhistas, com a argumentação de que a nova legis-
lação promoverá a precarização do mercado de trabalho,
com redução da formalização contratual dos trabalhadores
(quantidade de carteiras assinadas e veracidade das infor-
mações sobre horas trabalhadas e salários pagos) e falta
de vínculo real e objetivo com as empresas contratantes,
consequentemente, falta de gestão e regulação da eficácia
do serviço.
Em contrapartida, o mercado empresarial recebe com bons
olhos a promulgação da lei, apostando suas fichas no discurso
de que o projeto facilita a formalização dos profissionais e a
geração de empregos, pois abre a possibilidade de que pessoal
mais capacitado e especializado, seja nas áreas técnicas ou ope-
racionais, seja captado e mantido pelas empresas terceirizadas
para o atendimento de diversas outras empresas.
Juridicamente, o que existe hoje é a base da Súmula 331 do
TST (Tribunal Superior do Trabalho), que limita a terceirização
a atividades consideradas meio. Até então, essa é a principal
alteração. A alegação das centrais sindicais referente às obri-
gações trabalhistas é justa e merece nossa atenção. Com a lei,
todas as responsabilidades trabalhistas são apenas da empresa
terceirizada, cabendo à contratante apenas fiscalizar. Ora, é
preciso que sejam estabelecidas sanções claras para o descum-
primento dessas responsabilidades, que sejam aplicadas de
forma ágil, pois se trata do ganha-pão de milhares de famílias
brasileiras.
Séria também é a questão da sindicalização; com a nova
lei, os trabalhadores passam a ser sindicalizados na área-fim
correspondente à atividade da empresa terceirizada. Antes, o
vínculo era direto ao sindicato da empresa contratante.
A meu ver, a questão mais séria é a terceirização do servi-
ço público. É preciso muita cautela e responsabilidade para
a contratação e posterior realização de serviços de infraes-
trutura, transporte e saúde, por exemplo. Como se dará a
fiscalização desses serviços? Como serão construídos esses
contratos e quais as responsabilidades de cada empresa em
casos de acidentes e incidentes? Qual a responsabilidade dos
gestores em caso de falência das empresas terceirizadas? A
administração pública tem como abarcar a gestão de tantos
contratos de forma saudável, mantendo a qualidade dos
serviços e garantindo o respeito aos direitos trabalhistas dos
terceiros?
Falar em criação de vagas de trabalho nos abre os olhos e
nos alegra, principalmente na atual situação econômica do país,
mas é nossa obrigação como juristas e como cidadãos defen-
dermos as contratações formais, com direitos e condições de
trabalho garantidos e respeitados.
Os dOis LadOs da terCeirizaçãO
“É preciso cautela para a contratação de serviços de infraestrutura, transporte e saúde. É nossa obrigação como cidadãos defendermos as contratações formais”
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54 r e v I Sta [ B + ] J U N H o / J U l H o D e 2 0 1 5
NeGóCIoS | empregos
A [B+] solicitou aos Serviços Nacionais de Aprendizagem Comercial, Industrial e
Rural (Senac, Senai e Senar) indicações das funções mais requisitadas no comér-
cio, indústria e agronegócio na Bahia. As organizações listaram as ocupações
que as empresas mais procuram a partir do banco de alunos de seus cursos.
Levantamento inédito da [B+] aponta 15 profissionais requisitados no comércio, indústria e agronegóciopor RENATO ALBAN
Procurados
• Garçom• Cozinheiro / auxiliar de cozinha• Jovem aprendiz• Operador de supermercado• Manicure
• Técnico em fabricação mecânica• Técnico em logística• Técnico em mecatrônica• Eletrotécnico• Técnico em refrigeração
• Tratorista agrícola• Aplicador de agrotóxicos• Inseminador artificial de bovinos• Domador de equídeos• Eletricista de máquinas agrícolas
COMéRCiO“Há uma dificuldade de oferta de mão de obra
qualificada no setor. Antes, a gente pedia aos
próprios funcionários indicações de pessoas
e treinava aqui. Hoje, não tem como. Têm que
vir qualificados. Mesmo com a crise, nosso
quadro não mudou. Varia entre 25 a 28 funcio-
nários”, fernando brito, dono de restaurante em salvador que contratou recentemente auxiliar de cozinha
indúsTRiA“No último ano houve con-
tratações de profissionais
técnicos e esta demanda é
normalmente sistemática,
especialmente na indústria.
O que fazemos é formar estes
profissionais para suprir esta
demanda”, Marconi andraus, da dow brasil.
AgROnEgóCiO“A gente acaba botando pessoas
não tão capacitadas para operar
nossas máquinas. Precisamos de
colaboradores mais qualificados,
que entendam os processos.
Temos vagas abertas que não
conseguimos preencher”, david schmidt, dono de fazenda no oeste do estado
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anúncio 20,2 26,6cm B+ VIAMÍDIA-finalizado.pdf 1 02/06/15 15:21
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NeGóCIoS | futebol
gEstão No futEBol
BAhIAdivisãO dE bAsEo tricolor investiu, até dezembro de 2014, r$ 6,8 milhões na manutenção e desenvolvimento de atletas da base.
núMERO dE sóCiOsDe acordo com o site Futebol Melhor, o Bahia está em 11º lugar em número de sócios, com 24.021 associados.
TíTULOs E PRêMiOsDois nacionais, seis regionais e 46 estaduais
FATURAMEnTOSegundo a diretoria do Bahia, o faturamento anual do time cresceu 267% em cinco anos. em 2014 o clube faturou r$ 75.780 milhões.
REndAa principal fonte de renda do Bahia é a transmissão dos jogos, que corresponde a 61%. logo depois vêm os patrocínios (15%), a bilheteria (10%) e o programa de sócios (7%). a venda de jogadores representa 2%, assim como a loteria timemania e o licencimanento, com 2% também cada um.
dívidAsSegundo levantamento feito pela empresa de consultoria BDo Brazil, em 2014, o Bahia apareceu em 14º lugar no ranking de dívida líquida, com um déficit de r$ 215,993 milhões. para a [B+], o tricolor informou que, com base no balanço patrimonial de dezembro de 2014, o valor total da dívida do clube era de r$ 200 milhões.
sALÁRiOsNos meses de setembro e agosto do ano passado, o tricolor baiano atrasou o salário de jogadores e funcionários. Um dos diretores da área administrativo-financeira chegou a renunciar o cargo. Na gestão atual ainda não houve atrasos nos vencimentos.
FORMATO dE gEsTãOo Bahia tem presidente e vice remunerados, que devem se dedicar exclusivamente ao clube. Já os demais dirigentes são contratados. apenas a diretoria executiva é escolhida por meio de eleição, os demais cargos são indicações. em 2015, o clube reduziu o número de diretorias, que agora somam três.
Com o objetivo de contri-
buir para o desenvolvimen-
to dos clubes brasileiros, foi
criado o Movimento por um Futebol Melhor. O projeto
incentiva os torcedores a
se associarem aos clubes
e propõe aos times que
se associem a empresas e
ofereçam benefícios aos
sócios. No site do movimen-
to há um ranking chamado
“torcedrômetro”, que mostra
o número de sócios de mais
de 60 times. Bahia e Vitória
aparecem em 11º e 21º luga-
res, respectivamente.
Foto: BapreSS
W W W. p o rta l B M a I S . C o M . B r 57
entre os dois principais clubes baianos quem será que manda melhor quando o assunto é gestão? Fomos atrás dos dirigentes de Bahia e Vitória para comparar dados e descobrir quem seria o vencedor nessa disputapor LORENA DIAS
VITÓRIAdivisãO dE bAsEDe acordo com o rubro-negro, o clube investe r$ 6 milhões por ano nos seus jogadores desta categoria. o valor é menor que o do Bahia, mas o vitória sai na frente no número de jogadores que saíram da divisão de base do clube. Nomes como David luiz e Hulk, que já passaram pela seleção brasileira, já pertenceram à base do vitória.
núMERO dE sóCiOso Futebol Melhor coloca o vitória em 21º no ranking de sócios, com 8.133 associados.
TíTULOs E PRêMiOs27 campeonatos baianos e cinco copas do Nordeste
FATURAMEnTOo vitória teve uma variação negativa de 5% na sua receita entre 2013 e 2014. No ano passado, o clube fechou com um faturamento de r$ 61,835 milhões, de acordo com pesquisa da BDo Brazil. em 2013, o time havia faturado r$ 65,101 milhões. para a revista [B+], o clube informou que o seu faturamento anual é de r$ 60 milhões.
REndABilheteria, patrocínios, venda de jogadores, licenciamento de produtos, plano de sócio-torcedor e direitos de televisão estão entre as principais fontes de renda do rubro-negro. o clube não especificou qual a porcentagem que cada uma delas representa no seu faturamento.
dívidAso vitória aparece em 19º no ranking de endividamento líquido da BDo Brazil, feito em 2014, quando a dívida do clube correspondia a r$ 26 milhões. Comparado a 2013, houve um crescimento de 17% no valor do débito do clube.
sALÁRiOso rubro-negro tem fama de bom pagador. em seu orçamento, os atletas são a prioridade. a maioria dos cargos da sua diretoria não é remunerado.
FORMATO dE gEsTãOo presidente e o vice do vitória não são remunerados e não trabalham exclusivamente para o clube. Dos membros da diretoria, apenas o gestor de futebol é remunerado.
a empresa de consultoria Bdo Brazil, que analisou o balanço dos 20 clubes da série a em 2014, apresentou em maio deste ano rankings baseados na gestão de cada time. o diagnóstico aponta que os dois clubes baianos precisam dar mais atenção às suas dívidas, especialmenteo Bahia.
Colaboraram com esta matéria os jornalistas esportivos Hailton andrade, paulo César Gomes e rafael Machado.
Foto: Divulgação
58 r e v I Sta [ B + ] J U N H o / J U l H o D e 2 0 1 5
NeGóCIoS | economia
luiZ MArQuES dE ANdrAdE FilHo
economista, superintendente da feA-ufba e professor de finanças e economia
O termo empreendedorismo, muito em voga
ultimamente, ganhou exposição ainda no
início do século passado, quando o econo-
mista austríaco Joseph Schumpeter definiu
que as subidas e descidas do ciclo econômico
seriam motivadas pela ação do empreendedor: alguém que
descobre um produto novo, uma tecnologia nova, mesmo um
mercado ou novas fontes de insumos. Esta ação incessante
do ser humano, buscando o novo, criaria mudanças merca-
dológicas e tecnológicas que desestabilizariam o mercado,
criando ondas de queda e em seguida de intenso crescimento
econômico. A mudança tecnológica e dos mercados impulsio-
naria a economia. O capitalismo seria por definição instável
e desequilibrado, mas seria exatamente isto que o moveria
para a frente.
Com o passar do tempo o termo se banalizou, e hoje é con-
siderado empreendedor aquele que abre seu próprio negócio.
O pequeno e microempresário. Assim o Brasil virou o país
dos empreendedores. Este mote que o governo adora traba-
lhar na imprensa deve ser visto com dois olhos, um aberto e
outro fechado: ou seja, com desconfiança.
O relatório GEM (Global Entrepreneurship Monitor,
disponível no site gemconsortion.org), que estuda minucio-
samente os países em sua tendência ao empreendedorismo,
divide os países da amostra em países com atividade em-
preendedora impulsionada pela inovação (países com renda
alta), impulsionados por fatores econômicos (economias de
renda baixa) e impulsionados pela eficiência (países de renda
média, onde está o Brasil). No último ranking disponível, que
foi o do ano de 2013, o Brasil esteve no oitavo lugar entre 28
países de renda média no quesito atividade empreendedora
em estágio inicial. Ou seja, estamos com um bom nível de
atividade ligada a novos e pequenos negócios.
Mas é estranho o Brasil estar em relativa boa posição no
ranking de empreendedorismo e ao mesmo tempo termos
tão ruim ambiente geral de negócios. Por outro estudo, mais
famoso, o Doing Business do Banco Mundial ( já citado nesta
coluna em artigo do ano passado), nós estamos na desconfor-
tável 120ª posição em 189 economias no quesito ambiente para
negócios.
Qualquer empresário brasileiro conhece a selva equatoriana
infernal que nos abraça quando o tema é tributos, burocracia,
cartórios, órgãos públicos, taxa de juros, fiscalização, licenças,
reconhecimento de firmas e tudo o mais que se sofre ao abrir,
manter e até encerrar um negócio.
Ora, não seria um contrassenso termos tal ruim ambiente de
negócios e ao mesmo tempo boas taxas de atividade empreen-
dedora? Creio que não, isto nos mostra a carência de empregos,
boas colocações e atividade dinâmica de trabalho no Brasil,
que empurra boa parte da classe média para do it yourself do
mundo dos negócios. Nosso empreendedorismo é em boa me-
dida não causado por um ambiente propício aos negócios, mas
apesar dele (de ser tão ruim).
Os recentes desdobramentos da crise econômica e da Petro-
bras bateram forte sobre este mercado também. Devemos ver
logo à frente uma nova explosão de atividade empreendedora
no Brasil, traçada por aqueles que buscam uma opção para a so-
brevivência, e não pelo fato de nossos governos (nos três níveis)
facilitarem as coisas.
O velho Schumpeter, se estivesse vivo, não ficaria relaxado
com a utilização do termo que ele usou tão bem. Ademais, em-
presário: você logo receberá de presente uma capa e máscara e
se juntará aos Vingadores, no Brasil você é um super-herói.
pOBre sCHumpeter
“empresário: você logo receberá de presente uma capa e máscara e se juntará aos vingadores, você é um super-herói”
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NeGóCIoS | alternativa
Mais da metade dos brasileiros já tem permissão para tra-
balhar em casa e 49% dos que já o fazem se sentem menos
estressados, segundo pesquisa realizada pelas empresas de
tecnologia Dell e Intel. Ainda assim, apenas 14% das com-
panhias brasileiras já adotaram a prática, de acordo com a
consultoria Top Employers Institute.
Segundo a gestora de RH Mônica Carvalho, além melhorar
satisfação dos profissionais, o trabalho remoto também reduz
gastos e aumenta a produtividade da equipe. Ela foi respon-
sável pela implantação de home office (trabalho remoto) na
Michelin, TIM e Oreon. Com ajuda de Mônica, a [B+] preparou
um tira dúvidas sobre o tema:
Home office tem que ser em casa?Não. O nome (“escritório em casa”) se popularizou, mas o
trabalho remoto pode ser realizado em qualquer local que
seja prático para o funcionário, como shopping, restaurante
ou café.
Se o funcionário sofrer um acidente em home office é considerado um acidente de trabalho? Depende. Se ele estiver fazendo algo fora de sua função, não.
Se o acidente ocorrer enquanto ele estiver exercendo o seu
trabalho, sim, porque a legislação prevê que o local de traba-
lho é onde o funcionário executa a função dele. A definição
será do INSS.
Vai diminuir a produtividade?As empresas costumam aumentar a produtividade com
home office, principalmente pelo aumento da satisfação dos
funcionários. O home office ainda ajuda a empresa a reter
talentos com a maior flexibilidade no horário de trabalho.
nãO LeVe seu traBaLHO para CasaHome office é opção para reduzir gastos e aumentar produtividade durante crise sem cortar pessoalpor RENATO ALBAN
como se regula essa prática do ponto de vista jurídico? O Tribunal Superior do Trabalho (TST) não apenas reconhece
a prática de home office como já adotou no próprio TST há
três anos. É necessário fazer um aditivo contratual estabele-
cendo que o trabalho será realizado parcial ou inteiramente
em home office.
o gestor tem que controlar frequência dos funcionários? Não necessariamente. Há formas de controle, como aplica-
ções para o funcionário bater o ponto, mas a cobrança da
empresa pode ser sobre a produtividade, o que dispensa esse
horário fixo e, portanto, o controle de frequência rígido.
Quem vai pagar a conta de implantação e custos fixos?Não há definição sobre quem vai pagar pelos custos do home
office, tanto de implantação (como computador, por exemplo)
quanto fixos (energia, telefone e banda larga). Uma ajuda de
custo mensal pode ser considerada pela empresa.
As reuniões terão que ser todas via videoconferência? A videoconferência é uma opção, mas as reuniões presenciais
não precisam ser descartadas. Como o home office pode ser
feito apenas um ou dois dias na semana, a equipe pode se
organizar para que, pelo menos um dia na semana, todos
estejam presentes.
Foto: DIvUlGaÇÃo
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NeGóCIoS | investe+
O PÔQUER DOSEMPREENDEDORES
experiente, seguro, amador ou irresponsável? Faça o teste e veja qual é seu perfil no jogo do empreendedorismo
por RENATO ALBAN ilustração e diagramação RAQUEL BERNABÓ
Empreender exige que a pessoa assuma riscos, formule estraté-
gias e conheça seus concorrentes, assim como o pôquer. Tanto
no empreendedorismo quanto no jogo de cartas, o futuro dos
investidores depende de sorte, mas também da experiência e do
conhecimento dos participantes. Com a ajuda do economista
Reinaldo Domingos, que dá aulas de educação financeira para
empreendedores, a [B+] elaborou algumas perguntas para você
descobrir qual é o seu perfil no pôquer do empreendedorismo.
a. Cerca de 20% do meu patrimônio na época
B. Mais de 20% de tudo o que possuía
C. Mais da metade do meu patrimônio
D. Investi tudo o que tinha
a. Já estou pagando a previ-dência privada
B. vou juntar dinheiro e inves-tir no tesouro Direto ou na previdência privada
C. Não havia pensado nisso, vou pesquisar as opções
D. Não preciso. Meu negócio vai dar certo
a. o suficiente para me man-ter por até dois anos
B. Consigo me sustentar por um ano com o que guardei
C. Não sei exatamente, mas era uma quantia que paga minhas contas por alguns meses
D. Não muito. Investi tudo no negócio
a. Contratei uma equipe de contabilidade e fiz um plano financeiro
B. Consultei especialistas e preparei o planejamento
C. elaborei por conta pró-pria com algumas pesqui-sas na internet
D. Não fiz um planejamento financeiro
a. Mais da metade está em um investimento no curto prazo. o restante colo-quei no tesouro Direto
B. Coloquei em investimen-tos de curto e médio pra-zo com datas diferentes de retiradas
C. Deixei tudo na poupança
D. está na minha conta corrente
a. provavelmente não, mas consultaria minha empresa de contabilidade
B. acho que sim, mas recorre-ria a um contador antes
C. Sim, mas não faria emprésti-mos bancários, por exemplo
D. Com certeza. tudo para minha empresa prosperar
Além desse dinheiro, tem algo para aposentadoria?
Quando abriu o negócio, quanto guardou para gastos pessoais?
Como você preparou seu planejamento financeiro ao abrir sua empresa?
Onde está essa reserva? Se sua empresa passar por dificuldade financeira, vai recorrer a sua conta pessoal?
5
32
4 6
Quanto você investiu em seu negócio?1
A
J O K E R
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Experiente (mais de 19 pontos): cinco cartas seguidas do mesmo naipe, a melhor mão possível do pôquer. planejado, consciente e informado, você se preparou antes de abrir o negócio, mas isso não significa a vitória. No pôquer e no empreendedorismo, é importante ficar atento aos competi-dores. Se tudo correr como o planejado, você pode pensar em maiores investimentos no negócio depois de dois anos. Se não, analise o que deu errado e tente corrigir. você se prepa-rou para os dois cenários.
Amador (de 7 a 12 pontos): a coragem é uma vir tude tanto no empreendedorismo como no pôquer, mas ela tem que vir acompanhada de prudência. você até pode ter um curinga, uma boa ideia, mas isso pode não ser suficiente. o que agora pode parecer ser uma aposta cer teira, daqui a alguns meses pode se provar um erro. Nem pense em investir mais no negócio antes de refazer o plano de negó-cio e o planejamento financeiro da empresa.
seguro (de 13 a 18 pontos): quase um jogador experiente, você está no caminho certo. Não apostou todas as fichas no mesmo negócio e nem pauta as ações apenas em instintos. É necessário, no entanto, pensar mais no futuro, com planos de longo prazo e garantias de renda para quando se aposentar. pode parecer um exagero, mas, assim como jogar pôquer , empreender implica em altos riscos. ter cartas poderosas na mão e prever jogadas pode ser o diferencial entre vencer e fracassar.
irresponsável (até 6 pontos): você blefa para si mesmo. Com uma mão fraca e pouco conhecimento dos adversários, aposta unicamente em seus instintos e coloca tudo que tem em jogo. além disso, fez a leitura errada da competição, en-xergando o negócio de maneira pouco profissional. É hora de refazer o plano de negócio, rever a saúde financeira de sua empresa e pensar em formas paralelas de sustento, como in-vestimentos de longo prazo. antes de perder todas as fichas, planeje as próximas jogadas e recupere o tempo perdido.
a. Um investimento de alto risco
B. Uma fonte de renda com chances de crescimento
C. Um caminho para eu me tornar rico
D. É como um filho
a. Não apenas gosto da área, como também pesquisei sobre ela antes de abrir o negócio
B. estudei o setor antes de abrir, mas gosto muito do campo
C. Sei o básico a partir de leitu-ras e conversas com pessoas da área
D. Conheço um pouco, mas ajo principalmente por instinto
O que sua empresa é para você?
Qual sua familiaridade com o setor da sua empresa?
7 8 veja a pontuação para cada resposta, some seus
pontos e veja em qual categoria você se encaixa:
A: 3 B: 2 C: 1 D: 0
A
J O K E R
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NeGóCIoS | intercâmbio
portugueses retomam o caminho a Bahia, focando em investimentos no berço do Brasilpor THUANNE SILVA
redesCOBrindO a BaHia
Portugal é um dos principais parceiros do Brasil quando se
fala de investimentos. De acordo com dados do Itamaraty,
há cerca de 600 empresas portuguesas atuantes no país. Em
2014, o intercâmbio comercial entre os dois países alcançou
2,15 bilhões de dólares.
Segundo o presidente da Câmara Portuguesa, Antônio
Coradinho, as oportunidades de negócios estão nos setores
do agronegócio, turismo, energias renováveis, construção e
imobiliário, sendo as duas últimas as mais promissoras. Mas
por que a Bahia? “No Sudeste as oportunidades são grandes,
mas também existe uma forte concorrência. A Bahia é ex-
tremamente favorável à pequena e média empresa”, explica.
O desejo de Coradinho, que há seis anos realiza encontros
de empresários baianos e lusitanos, é aumentar o desejo das
MPEs pelo interior do estado.
O grupo português Américo Amorim, por exemplo, atra-
vés da empresa Siravol, já instalou dois empreendimentos na
Praia do Forte. Um condomínio de 110 hectares, que oferece
terrenos de até 800 m², e um segundo empreendimento que
conta com 2.500 hectares, onde serão construídos três hotéis
de luxo, com campo de golfe, um mini-shopping center, além
de oferecer 495 lotes de terreno.
“As belas praias, o clima fantástico, o povo hospitaleiro e a
ligação histórica com Portugal foram fatores determinantes
na escolha destes dois lugares para o desenvolvimento dos
nossos projetos no Brasil”, afirma Ricardo Volpintesta, dire-
O grupo Américo Amorim instalou dois empreedimentos de luxo na Praia do Forte
FotoS: Divulgação
W W W. p o rta l B M a I S . C o M . B r 65
tor comercial da Siravol. Além das empresas portuguesas já
instaladas aqui como a Durit e a Moldiv (no ramo industrial),
o grupo Pestana e o Vila Galé (no setor hoteleiro), a Cabena
(mobiliário urbano) e a Saloio (laticínios) estão em negocia-
ções para abrir mercado na Bahia.
dEsAFiOsContudo, investir por aqui não é fácil. Alguns entraves
como burocracia, altos impostos e desconhecimento do mer-
cado prejudicam o desenvolvimento dos negócios portugue-
ses no estado.
Maria Salomé Rafael, presidente da Associação empre-
sarial da região do Santarém (Nersant), cita como desafio a
melhora da qualidade do setor turístico. “É preciso estruturar
uma oferta. Me refiro, por exemplo, à qualidade das infraes-
truturas hoteleiras e à necessidade de qualificação e especia-
lização dos profissionais que trabalham neste setor”, opinou.
A Nersant representa mais de 2200 empresas que realizam
negócios na Bahia.
A imagem da Bahia vendida para fora também merece ser
reavaliada, segundo Eduardo Athayde, diretor da Associação
Comercial da Bahia (ACB) e do WWI - Worldwatch Institute
no Brasil. Para ele, Salvador precisa aproveitar a importância
da Baía de Todos os Santos e exportar o conceito da Ama-
zônia Azul, como é chamada a área oceânica da zona econô-
mica exclusiva brasileira. “É importante este novo apelo. A
indústria do turismo internacional busca novas identidades.
Se continuarmos vendendo a Bahia com a imagem da baiana
de acarajé, as fitas do Bonfim, axé, não sobreviveremos por
muito tempo”, diz.
HÁ QUE sE TER EnERgiAA portuguesa Quifel Energy, que está no Brasil desde 2009,
viu potencial na Bahia para implantar um projeto de 45 mil
hectares na região de Santo Sé e Uburandas, voltado para a
Energia eólica e biomassa. O estado tem os melhores ventos
do mundo e altos índices de radiação solar. “Temos um berço
de oportunidades, que ainda precisa de regulação”, diz Rafael
Cavalcanti, diretor regional da empresa. Apesar das potenciali-
dades, Cavalcanti reconhece que a Bahia é carente de indústria
de eletrônicos para a indústria eólica. “Além da carência em tec-
nologia da área, ainda falta formação especializada”, completa.
da esquerda para a direita: Antônio josé Coradinho (presidente da Câmara Portuguesa), Eduardo Almendra (presidente da Associação de jovens Agricultores de Portugal), Maria salomé Rafael (presidente da Associação Empresarial da Região de santarém), Miguel Frasquilho (presidente da Agência para o investimento e Comércio Externo de Portugal) e Carlos Moura (diretor da AiCEP)
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informe publicitário
Não existe fórmula secreta para superar a crise, mas algumas
soluções podem ser a chave para sobreviver à maré ruim. A
empresa baiana Morais de Castro é um exemplo de que boas
ideias podem ser mais fortes que o pessimismo do mercado.
Referência no setor de importação e distribuição de pro-
dutos químicos industriais e há 55 anos como uma das mais
destacadas nas regiões Norte e Nordeste, a empresa deu um
caminho pouco comum para o rendimento produzido. Com
uma fórmula especial de empreender, a Morais de Castro reen-
vestiu a totalidade dos resultados obtidos na própria empresa,
solidificando-a. Isso lhe permitiu resistir a diversas crises ao
longo desses anos.
Atualmente, a empresa fornece matéria-prima para diver-
sos segmentos industriais, entre eles o alimentício, o automo-
tivo, de bebidas, calçados, cosméticos, químico, petroquímico
e petrolífero. Além da matriz localizada em Salvador, a Morais
de Castro possui duas filiais nas cidades de Jaboatão dos
Guararapes, em Pernambuco, e no Rio de Janeiro. A expansão
devidamente planejada segue uma estratégia bem definida.
Enquanto o escritório do Rio atende aos estados do Rio de Ja-
neiro, Espírito Santo e Minas Gerais, a filial de Jaboatão englo-
ba todos os estados da região Nordeste, com exceção da Bahia,
Sergipe e Alagoas, que são atendidos pela matriz de Salvador.
superando as expectativas a estratégia utilizada pela morais de castro para ter longevidade no mercado foi solidificar-se e não permitir ficar à mercê do capital de terceiros. Para servir de inspiração para os novos empresários, o lema da empresa é andar com as próprias pernas. atualmente, a morais de castro conta com 70 funcionários nas três unidades e um faturamento anual de mais de r$ 60 milhões.
A força da tradiçãoHÁ 55 aNoS No MerCaDo, a BaIaNa MoraIS De CaStro É líDer De IMportaÇÃo e DIStrIBUIÇÃo De proDUtoS QUíMICoS INDUStrIaIS
FotoS: rômulo portela
Reter talentosAlém da criação de políticas que solidi-
ficaram a Morais de Castro no mercado de
importação e distribuição de produtos quí-
micos, a empresa tem como destaque de sua
política interna a segurança e o crescimento
profissional dos seus empregados. Para
isso, desenvolveu um programa que oferece
cursos de ensino superior aos funcionários.
Um diferencial desse programa é não exigir
nenhuma contrapartida por parte do empre-
gado. Ele não precisa reembolsar a empresa
nem ficar preso a ela depois da conclusão
do curso. A ideia é valorizar os funcionários
e contribuir para o desenvolvimento da
sociedade.
Foi com esse mesmo pensamento que a
Morais de Castro também decidiu investir na
preservação ambiental. Para isso, mantém
um sofisticado programa de prevenção de
ocorrências que possam prejudicar o meio
ambiente. Assim, os resíduos gerados pela
empresa são coletados, armazenados e a
disposição só é feita conforme o determi-
nado pelo Programa de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos (PGRS).
A empresa, além disso, desde 1992 deu
início ao projeto de reflorestamento de uma
área pública próxima à sua matriz. Depois
de revitalizado, o espaço recuperou algumas
nascentes da região, que hoje formam um
lago povoado por peixes e demais espécies
de animais que habitam e visitam o local
rodeado pela pequena floresta.
RECOnHECiMEnTOpor garantir a qualidade de seus produtos e serviços, além de prezar pela segurança e bem-estar de seus colaboradores e do meio ambiente, a
Morais de Castro é certificada nos seguintes programas de qualidade:
proDIr – processo de Distribuição responsável. Sistema de gestão que tem como base a qualidade, segurança, saúde e meio ambiente
ISo 9001: 2000 – Sistema de Gestão da Qualidade
ISSo 14001: 2004 – Sistema de Gestão ambiental
SaSSMaQ – Sistema de avaliação de Segurança, Saúde, Meio ambiente e Qualidade. programa voltado para a área de logística e transportes
oHSaS 18001: 1999 – Sistema de Gestão de Segurança e Saúde ocupacional
Entre em contato com a Morais de Castro Produtos Químicos: www.moraisdecastro.com.br / (71) 2108-8686
68 r e v I Sta [ B + ] J U N H o / J U l H o D e 2 0 1 5
NeGóCIoS | investimentos
ArMANdo AVENA
escritor, economista, professor da ufba e diretor do portal Bahia Econômica
Salvador precisa de um grande projeto de revitali-
zação do Comércio, uma das áreas mais bonitas
da cidade. Precisa também de revitalizar sua área
portuária, como fizeram todas as grandes cidades
turísticas do mundo, transformando-as em áreas
de lazer, turismo, cultura e economia. Um novo centro de con-
venções também é bem-vindo.
Pois bem, esses três projetos podem estar unidos e sua
consecução amplia as potencialidades turísticas de Salvador. A
construção de um novo centro de convenções, de frente para
o mar, no terreno onde fica a base dos fuzileiros navais, foi
proposta pelo próprio governador Rui Costa, e o equipamento
poderá ser a âncora que vai dar início à revitalização da área.
Vale lembrar, não pode ser um centro de convenções qualquer,
mas um prédio especial, algo como o Museu de Niterói, de
Oscar Niemeyer, ou como o Museu Guggenheim, em Bilbao, um
prédio que seja uma marca da bela cidade da Bahia.
Há quem considere a área do Comércio inadequada para
um centro de convenções pela inexistência de hotéis, pelas
dificuldades de estacionamento e pela distância ao aeroporto.
Nenhum dos argumentos se sustenta. A construção de estacio-
namentos pode estar incluída no projeto, os hotéis na Vitória
e Campo Grande são perto o suficiente, além disso, a existên-
cia do centro de convenções seria um forte indutor de novos
investimentos hoteleiros. Quanto ao aeroporto, a distância não
é problema agora que existe a Via Expressa. Por outro lado,
a construção de um centro de convenções não requer neces-
sariamente a destruição daquele já existente, que poderia ser
recuperado, mantendo movimentação na área hoteleira da orla.
Transformar a área portuária numa área de lazer semelhan-
te às que existem em Buenos Aires ou Barcelona também é
relativamente simples, mas passa pela abertura da frente marí-
tima do Comércio, com a derrubada dos horríveis barracões do
porto. O projeto incluiria áreas para restaurantes, pavilhão de
exposição e outros equipamentos em locais adequados e, para
não pensar pequeno, por que não interligar com um teleférico
a área entre o Solar do Unhão e o porto, como foi feito no Par-
que das Nações, em Lisboa?
O fato é que Salvador precisa requalificar sua área portuá-
ria, criar uma área turística de primeiro mundo e revitalizar o
Comércio recuperando suas funções empresariais, turísticas e
até habitacionais. E para completar a revitalização do Comércio
e dar mais densidade econômica a esse projeto a prefeitura de
Salvador poderia implantar nos prédios da Cidade Alta e da
Cidade Baixa, ligados pelo Elevador Lacerda, o Centro Adminis-
trativo da Prefeitura Municipal. O fato é que as condições estão
dadas, portanto, é hora de vestir com arrojo e beleza a princesa
da Baía de Todos-os-Santos e, ao mesmo tempo, criar condições
econômicas para que ela cresça margeando o mar.
três prOJetOs que pOdem reVitaLizar saLVadOr
“O novo centro de convenções não pode ser um prédio qualquer, mas algo especial, como o Museu de Niterói, de Oscar Niemeyer, ou como o Museu Guggenheim, em Bilbao, um prédio que seja uma marca da bela cidade da Bahia”
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Educaçãovalorização das escolas rurais 70
uma pergunta para: georgia gabriela 72alternativas ao fies 74
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eDUCaÇÃo | escolas rurais@
A Bahia concentra a maior população rural do Brasil em termos absolutos:
são 3,9 milhões de pessoas. O número, entretanto, representa 27,93% do total
de baianos, segundo informações do Censo Demográfico 2010, do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O esvaziamento do campo está
relacionado às suas restritas oportunidades profissionais e à sua fragilidade
no setor da educação. O fenômeno é proporcional à redução da capacidade
de formação nas zonas agrícolas com o passar dos anos. Na última década, o
país perdeu mais de 32 mil escolas rurais, de acordo com dados do Ministério
da Educação (MEC).
O fechamento das instituições é acompanhado com preocupação pela
juventude rural. “Os impactos podem ser, desde a perda da identidade com o
lugar onde vivem até o desinteresse dos jovens pelo trabalho na agricultura,
resultando no êxodo rural”, avalia a secretária de jovens e adolescentes da Fede-
ração dos Trabalhadores na Agricultura do Estado da Bahia (FETAG), Luciana
de Oliveira. Para ela, o projeto pedagógico deve dialogar com a realidade dos
alunos. “O modelo de educação em vigência tem uma visão completamente
diferente do campo que queremos: não valoriza o meio e mostra apenas as
metrópoles como lugares desenvolvidos e bons para viver”, critica.
Uma pesquisa do Instituto CNA realizada com base nos microdados do
Censo Escolar da Educação Básica 2012 revelou 508 escolas esquecidas no país.
EDUCAR PARA O CAMPOO desafio das escolas rurais é oferecer formação específica para que os jovens das zonas agrícolas tenham a opção de permanecer nas cidades onde nasceram
por LUANA ASSIZ
Destas, 12 foram localizadas na Bahia, nos mu-
nicípios de Canudos, Cocos, Mascote, Itaguaçu
da Bahia e Itacaré, que concentra os casos. Do
mesmo modo que as outras escolas esqueci-
das do país, elas não possuem equipamentos
como: biblioteca, computador, TV, antena
parabólica, videocassete e/ou DVD e até mes-
mo água filtrada para alunos, energia elétrica
e rede de esgotamento sanitário. Todas essas
instituições de ensino mapeadas na Bahia são
de administração municipal e apresentam ta-
xas de rendimento escolar abaixo da média, o
que significa taxa de aprovação inferior a 80%
e taxa de abandono maior do que 5%.
diAgnósTiCOPara identificar as condições físicas e pedagó-
gicas das redes estadual e municipal, a Secre-
taria de Educação do Estado da Bahia (SEC)
realiza um mapeamento que será publicado
A EFA do Litoral Norte, em Rio Real, adota metodologia que evita longos deslocamentos para a unidade de ensino e extingue a necessidade por parte dos pais de enviar os estudantes para morar nos centros urbanos
FotoS: Divulgação
W W W. p o rta l B M a I S . C o M . B r 71
em agosto deste ano e deverá nortear o planejamento das políticas governamen-
tais. Entre as ações em curso na SEC, estão a formação de gestores das escolas
rurais, a aquisição e distribuição de acervo de referência em educação no campo
para 200 colégios da rede estadual e a renovação dos convênios com as Escolas
Família Agrícola (EFAs) e Casas Familiares Rurais (CFRs), que beneficiam 2.968
estudantes distribuídos em 27 unidades.
A EFA do Litoral Norte, em Rio Real, está entre as escolas conveniadas com o
governo estadual. Na lista das dificuldades para a formação dos 45 alunos, com
idades entre 14 e 20 anos, está “a falta de recursos para manter a escola e garantir
a permanência dos professores e das turmas”, relata a diretora Maria de Lourdes
Silva. A instituição adota a pedagogia de alternância, que mescla períodos de
internato e outros em casa. A metodologia evita longos deslocamentos para
a unidade de ensino e extingue a necessidade por parte dos pais de enviar os
estudantes para morar nos centros urbanos.
nUCLEAçãOO colégio do nordeste baiano está entre os mais de 41 mil da zona rural com me-
nos de 50 alunos, de acordo com o Censo Escolar 2013. Esta realidade tem levado
os gestores municipais à opção por desativar as escolas do campo, por dificulda-
des em arcar com os custos para manter suas estruturas, e desviar os estudantes
para unidades nas zonas urbanas, processo conhecido como nucleação.
Para o professor-doutor, Domingos Trindade, pesquisador em políticas públi-
cas educacionais para o campo, essa tendência “tem implicado no fechamento de
escolas no meio rural, o que vai de encontro à legislação educacional que orienta
a nucleação intracampo. Uma pesquisa realizada por mim neste ano nos muni-
cípios de Malhada e Palmas de Monte Alto, na microrregião Guanambi, revelou
que os jovens vão embora dos assentamentos devido às precárias condições
materiais de sobrevivência”, lamenta.
O MEC adota como carro-chefe das ações no setor o Programa Nacional
de Educação no Campo (Pronacampo), que oferece formação de professores,
materiais didáticos, além de investimentos em infraestrutura. Segundo infor-
mações enviadas pela pasta à [B+], de 2012 a 2014, o Pronacampo atendeu 6031
escolas baianas, em ações que vão desde a transferência direta de recursos ao
fornecimento de água e transporte escolar. Para 2015, entretanto, ainda não há
previsão dos valores que o estado deve receber, porque a pasta “está aguardando
a definição dos limites orçamentários”, afirmou o ministério por meio de sua
assessoria de comunicação.
informe publicitário
Com foco na utilização de material recicla-
do na confecção de seus produtos, a Cam-
isas Polo Indústria, Comércio e Serviços
traz para a Bahia a Polo Ecoline, uma
linha de camisas produzidas com tecido
feito da reciclagem de garrafas PET. Essa
visão sustentável dos empresários Hari e
Imelda Hartmann também foi implanta-
da em outros setores da empresa, como o
de energia, por exemplo. “Investimos na
implantação de placas solares e trocamos as
lâmpadas fluorescentes por Led’s. Isso nos
rendeu uma economia de 30%”, conta Hari.
As embalagens das peças também são sus-
tentáveis e contam com plástico oxibiode-
gradável. Práticas como essa renderam Hari
o título de empresário verde, concedido pela
Fieb em 2014.
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CAmiSAS polo reCeBe título De “empreSA verDe” e CreSCe AtrAvÉS De AÇÕeS BioSSuStentáveiS
FotoS: Marcelo Gandra
72 r e v I Sta [ B + ] J U N H o / J U l H o D e 2 0 1 5
eDUCaÇÃo | uma pergunta@
“a educação no país ainda tem uma série de desafios, especialmente na Bahia. como acreditar na máxima de que todos podem conseguir o que querem se existem tantas dificuldades e obstáculos?”
“Esse é um assunto complicado porque eu entendo que muitas
pessoas têm dificuldades que não podem ser comparadas com as
que eu tive. Não tive uma vida fácil, batalhei muito para conseguir
tudo o que eu planejava. Mas, tomando a minha experiência como
exemplo, uma coisa que eu notei é que em todas as vezes que eu
falei para alguém que queria muito fazer algo, independentemen-
te do que fosse, eu consegui ajuda. Praticamente toda a minha
vida eu estudei com bolsas, porque eu corri atrás disso. Quando eu
quis estudar inglês, por exemplo, fui até a escola de idiomas e falei
com a atendente: ‘o, meu nome é Georgia, eu sei que a senhora
nunca me viu na vida, mas eu quero estudar aqui e eu não tenho
como pagar’. E foi assim que eu comecei a trabalhar na escola
para poder pagar as minhas aulas de inglês. Também estudei com
bolsa no colégio Helyos, onde fiz o ensino médio. É óbvio que isso
foi algo que aconteceu comigo e que nem todas as pessoas vão
conseguir os mesmos tipos de coisa, mas o que eu acho é que, a
depender do contexto, todo mundo consegue fazer um pouquinho
melhor do que lhe é posto. E, com certeza, se você mostrar inte-
resse, vai ter gente querendo te ajudar. Pode ser um professor que
tira um dia na semana para poder te dar monitoria, uma escola
que te oferece um curso... Entende? Sempre é possível fazer um
pouquinho melhor e chegar aonde se deseja”.
georgia gabrielaGeorgia é natural de Feira de Santana, tem 19 anos e no começo deste ano foi aceita em nove universidades americanas. Em agosto, ela viaja para a Califórnia onde estudará na Universidade de Standford, uma das mais conceituadas unidades de pesquisa do mundo. Entre os planos da baiana está a criação de um canal no You tube onde mostrará o seu dia a dia nos Estados Unidos.
Foto: Sonia Macedo - r&r Foto Digital
[email protected] | www.lucianoimagens.com+ 55 71 9178-0471 | + 55 71 9162-4018 | + 55 71 3022-3720
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eDUCaÇÃo | fies@
as mudanças no Fies levam faculdades e estudantes baianos a diversificar as fontes de crédito para o financiamento do ensino superiorpor LORENA DIAS
eM BUSCa De CrÉDIto para CoNQUIStarO DIPLOMA
Apenas um terço dos alunos baianos que
tentaram se cadastrar no Fundo de Financia-
mento Estudantil (Fies) conseguiu concluir
o processo. Segundo a Associação Baiana de
Mantenedoras do Ensino Superior (Abames),
as restrições para a inclusão no Fies devem
prejudicar consideravelmente o avanço que
vinha acontecendo na educação de nível
universitário no Nordeste. “Um expressivo
número de alunos que recorriam ao progra-
ma, que tem melhores condições que outros
financiamentos, ficou prejudicado”, afirma o
superintendente da Abames, Antônio Carlos
Lé Martini.
Para lidar com a situação que se instalou
após as mudanças no Fies, algumas institui-
ções têm buscado ajudar no financiamento
dos seus alunos. O principal objetivo é evitar
a evasão por falta de pagamento, algo que,
segundo a Abames, ocorreu de forma signifi-
cativa no primeiro semestre.
Faculdades como a Unime, que faz parte
do grupo Kroton Educacional, estão utilizan-
do recursos próprios. A instituição ofereceu
aos seus calouros um empréstimo-ponte de
curto prazo válido apenas para este ano, volta-
do àqueles que não conseguiram contratar o
Fies. Para 2016, a instituição pretende desen-
volver seu próprio crédito privado.
diFiCULdAdEsSem querer desistir do curso de fisioterapia,
mas sem poder arcar com as despesas, o
estudante Fernando Duplat resolveu ten-
tar a alternativa oferecida pela Unime. “Eu
teria que pagar mensalmente 10% do valor
da mensalidade e o resto pagaria depois que
terminasse o curso. Mas eles informaram que
se a gente conseguisse o Fies, poderia cancelar
o financiamento na mesma hora”, conta.
E foi o que aconteceu. Dez dias antes de
terminar o prazo de cadastro no Fies, Fernan-
do conseguiu financiar 100% do seu curso
através do programa do governo federal e não
precisou da ajuda da faculdade.
Mas a recepcionista Aline Ferreira não
teve a mesma sorte. “Em dezembro, fiz o vesti-IlU
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W W W. p o rta l B M a I S . C o M . B r 75
bular da Unifacs para medicina veterinária e
me matriculei para garantir a vaga no curso”,
relata. As aulas começaram e a faculdade
permitiu que Aline as frequentasse enquanto
tentava se inscrever no Fies.
Mas o prazo acabou e ela não conseguiu.
“Sempre dava erro no site. Em abril, tive que
cancelar minha matrícula”. Agora, ela deve
mais de R$ 7 mil reais à faculdade, pelo perío-
do em que frequentou as aulas. A instituição
ofereceu a opção de pagamento parcelado da
dívida, mas não apresentou nenhuma alter-
nativa para que Aline permanecesse no curso.
Em nota, a Unifacs afirmou que está empe-
nhada em buscar as melhores alternativas de
financiamento do mercado para oferecer aos
estudantes. Entretanto, até o fim do primeiro
semestre, a instituição ainda permanecia na
fase de negociação.
CRédiTO PRivAdOOutras instituições buscaram como alternati-
va o apoio de créditos estudantis privados. “A
partir de março, quando a crise gerada pelas
mudanças no Fies estava instalada, a Estácio
fechou uma parceria com a Ideal Invest e
colocou à disposição dos alunos um crédito
universitário, o Pravaler”, relata Juarez Mora-
es Ramos Júnior, reitor do Centro Universitá-
rio Estácio na Bahia. Em todo o Brasil, o grupo
Estácio apresentou um crescimento de 35%
no primeiro trimestre de 2015, em relação ao
mesmo período do ano passado.
“Um expressivo número de alunos que recorriam ao programa, que tem melhores condições que outros financiamentos, ficou prejudicado”antônio Carlos lé Martini,superintendente da abames
Desde 2010, quando o Ministério da educação alterou as regras do Fies para facilitar o acesso ao financiamento, o programa se tornou muito caro para o governo. o gasto público disparou de r$ 1,1 bilhão para r$ 13,7 bilhões. por conta disso, ele também foi atingido pelo ajuste fiscal.
entre as principais mudanças no Fies, estão a exigência de desempenho mínimo de 450 pontos no enem para que o aluno tenha o financiamento aprovado, além da redução, de 12 para 8, nos pagamentos que seriam feitos às universidades durante o ano. o governo ainda limitou novas inscrições para economizar gastos com o programa.
O QUE MUdOU
76 r e v I Sta [ B + ] J U N H o / J U l H o D e 2 0 1 5
eDuCAÇão | fies
Como o financiamento estudantil privado
cobra juros mais elevados do que o Fies (a
taxa de juros máxima cobrada no Pravaler é
de 2,39% por mês, enquanto no Fies é de 3,4%
ao ano), todas as instituições de ensino que
fazem parte do programa passaram a subsi-
diar parte ou o valor integral dos juros que
incidem sobre o financiamento.
No Centro Universitário Jorge Amado, foi
criado o Unijorge Juro Zero. “Através dele, os
estudantes de graduação presencial podem
obter o financiamento total do curso sem
arcar com juros, que é custeado pela própria
instituição”, explica o diretor de comunica-
ção Davino Pontual.
iMPACTO nA ECOnOMiAPara o economista Carlos Cardoso, da AZ Fu-
turaInvest, as empresas de educação reagiram
bem às mudanças. Apesar das ações de grupos
como Estácio e Kroton terem apresentado
queda na cotação da bolsa de valores, ele não
acredita que o setor de educação tenha se
tornado um investimento ruim.
“O Brasil ainda é muito carente de pessoas
com ensino superior e a população de uma
maneira geral entende que a qualificação
profissional é uma necessidade”, analisa. “No
nosso estado pode haver uma pequena redu-
ção na demanda por novas matriculas nas
universidades, mas nada significativo ou que
afete de forma mais impactante a economia”,
afirma o economista.
Para Amabile Pacios, presidente da
Federação Nacional das Escolas Particula-
res (Fenep), a principal consequência das
mudanças no Fies com relação ao setor é que
as faculdades estão inseguras quanto às pró-
ximas atitudes do MEC, como também com
relação à ampliação do Fies para o segundo
semestre deste ano.
No entanto, a presidente da Fenep conti-
nua otimista. “A gente vai continuar cres-
cendo e oferecendo outras oportunidades
para que os estudantes cresçam conosco e
realizem o seu sonho de conquistar o ensino
superior”, garante.
“No nosso estado pode haver uma pequena redução na demanda por novas matriculas nas universidades, mas nada significativo ou que afete de forma mais impactante a economia”Carlos Cardoso, economista
“a gente vai continuar crescendo e oferecendo outras oportunidades para que os estudantes cresçam conosco e realizem o seu sonho de conquistar o ensino superior”amabile pacios, presidente da Fenep
IlUStraÇÃo: retrostar
W W W. p o rta l B M a I S . C o M . B r 77
sustENtaBIlIdadEPreocupação empresarial com o meio ambiente 78
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78 r e v I Sta [ B + ] J U N H o / J U l H o D e 2 0 1 5
As fortes chuvas que atingiram Salvador
entre os meses de abril e maio deixaram
mais de 500 pessoas desabrigadas. Diversos
órgãos públicos, entidades de voluntaria-
do, veículos de comunicação, sindicatos
e instituições filantrópicas promoveram
campanhas para arrecadação de donativos.
Se determinada empresa fizesse uma doação
expressiva e divulgasse o feito na mídia,
você julgaria a atitude como uma ação social
legítima ou apenas uma estratégia para
lustrar a própria imagem?
Para a jornalista, mestre em administra-
ção de empresas e cofundadora do Instituto
de Responsabilidade e Investimento Social
(Iris), Izabel Portela, o benefício é inegável,
mesmo quando o ato tem cunho emergen-
cial. “Quanto mais empresas e pessoas fize-
rem ações sociais, sejam elas estratégicas ou
assistenciais, melhor para toda a sociedade”,
opina. É possível, no entanto, transformar
a ação social em projeto, criando assim um
programa de responsabilidade social empre-
sarial. “Nesse caso, a empresa poderia atuar
na causa do problema, fazendo uma parceria
com os governos municipal e estadual para
contenção das encostas, incluindo campa-
nhas para evitar a construção de casas em
lugares de risco”, exemplifica Portela. Os
pesquisadores e estudiosos da área defen-
Investir em um plano de responsabilidade social empresarial valoriza aspectos ético e financeiro das organizações
por LÍVIA CABRAL
Bom Para TOdO O MUndO
SUSteNtaBIlIDaDe | empresa verde
dem que as organizações devem pensar na responsabilidade social de forma
estratégica, investigando as causas das questões sociais e tentando contri-
buir com a resolução delas, e não com as consequências.
Seja simplesmente para melhorar a imagem diante dos públicos ou
porque os empresários estão se conscientizando de que o tema é a chave
para o avanço, muitas organizações, de uma forma geral, vêm investindo em
responsabilidade social. “Ainda existem as empresas que olham isso apenas
como marketing ou posicionamento, mas isso está em decréscimo. As inicia-
tivas estão entrando na gestão e efetivamente construindo ações que vão
mudando o comportamento das empresas”, acredita o diretor-presidente do
Instituto Ethos, Jorge Abrahão.
sUsTEnTAbiLidAdEConforme explica a cofundadora do Instituto Iris, a responsabilidade social
empresarial nada mais é que uma estratégia para a sustentabilidade das
organizações. Por isso, Portela aponta os elementos econômico, social e
ambiental como responsáveis pela composição do tripé da sustentabilidade
organizacional. “A empresa deve pensar na forma como ela deve tratar as
pessoas, ou seja, na sua atuação social, no aspecto econômico e no ambien-
tal. É preciso haver uma mudança de paradigma na maneira de conduzir os
negócios e de enxergar a vida, tendo a ética como princípio e a qualidade de
vida como fim”, resume a especialista.
“estamos ainda num processo de adaptação da responsabilidade social dentro das organizações”, Izabel portela
W W W. p o rta l B M a I S . C o M . B r 79
Por intermédio de uma unidade de ensino das Casas Familiares rurais, a jovem agricultora Daniela guedes, 19 anos, conseguiu adquirir conhecimento para implantar um módulo produtivo de 10 hectares na propriedade da família
E o consumidor está de olho no comportamento das empresas. Com as re-
des sociais, as informações fluem com muita velocidade e as organizações já são
identificadas, ou não, por uma determinada linha de responsabilidade social.
“Os próprios agentes financeiros incorporam critérios de sustentabilidade para
analisar as empresas”, aponta o presidente do Ethos. Izabel Portela ressalta
que, além do ganho de imagem, as empresas de capital aberto que adotam a
responsabilidade social empresarial na sua estratégia de gestão têm, inclusive,
maiores cotações nas bolsas de valores. Apesar de não haver benefícios fiscais
diretos, empresas – e pessoas físicas também – podem aplicar percentuais do
imposto de renda devido em projetos de esportes ou cultura, por exemplo, por
meio de leis de incentivo estaduais ou federais. É o caso da Lei Rouanet, do
governo federal, que favorece as peças de teatro, concertos, exposições, publica-
ção de livros e até reformas de patrimônio histórico.
nA bAHiAMuitas das grandes empresas baianas exi-
bem projetos focados na responsabilidade
social. No entanto, o tema é complexo. “É ne-
cessário muito cuidado ao avaliar, criticar ou
mencionar empresas como sendo grandes
exemplos na área, pois estamos ainda num
processo de adaptação dessa questão dentro
das organizações”, alerta Izabel.
PARA REALizAREm 2014, a Braskem investiu, somente na
Bahia, aproximadamente R$ 1,6 milhão de
FotoS: Marcio lima
80 r e v I Sta [ B + ] J U N H o / J U l H o D e 2 0 1 5
grupo Aurantiaca contribui para manter a escola Castro Alves, na comunidade de Pedra Grande, no município do Conde
verba direta em projetos de responsabilidade social que acontecem nas
comunidades vizinhas ao Polo Industrial de Camaçari. Entre eles, o Ser+
Realizador, que promove inserção social e econômica de catadores de mate-
rial reciclável, ajudando na gestão de resíduos sólidos e na sustentabilidade
ambiental nos municípios de atuação. Em pouco mais de um ano, todos os
catadores apoiados tiveram aumento de renda por meio do desenvolvimento
profissional com consultorias e capacitações personalizadas oferecidas pela
Braskem em parceria com outras instituições. O Ser+ Realizador se destaca
também na atuação em educação ambiental, com disseminação de temas
como reciclagem e descarte correto de lixo, nas comunidades onde atua. “O
tripé inclusão social, educação ambiental e promoção cultural constitui a
base da nossa política de responsabilidade social”, destaca o líder de Respon-
sabilidade Social da Braskem, André Leonel Leal.
insTiTUTO gEnTEO Grupo Aurantiaca, por intermédio do Instituto Gente, contribui para
manter a Escola Castro Alves, na comunidade de Pedra Grande, no municí-
pio do Conde. A instituição atende 115 crianças e adolescentes, dos 3 aos 17
anos. A empresa construiu um novo prédio para o funcionamento da escola,
composto por seis salas de aula, salas de informática e leitura, área de lazer,
horta, cozinha e refeitório. Além do novo espaço, a Aurantiaca oferece mate-
rial didático, funcionários de apoio – como
merendeiras e acompanhantes de ações
pedagógicas – e três refeições diárias para os
alunos. “Hoje os jovens estudam em modelo
tradicional, mas o objetivo é trabalhar com
o conceito de escola integral, reconhecer
e valorizar a cultura local e desenvolver
outras atividades, além do ensino dentro da
sala de aula”, conta a secretária-executiva do
Instituto Gente, Mônica Morais.
CULTURA QUiLOMbOLAA Enseada Indústria Naval concebeu, em
parceria com a empresa Brasil com Artes,
uma coleção de 15 livros didáticos e paradi-
dáticos voltados para a valorização e preser-
vação dos costumes quilombolas. Antes de
ser impressa, a coleção teve que passar pelo
crivo da Fundação Cultural Palmares, ins-
tituição federal voltada para a promoção e
preservação da arte e da cultural afro-brasi-
leira. “Os contos só se tornam eternos quan-
do a gente conta para todos e quando eles se
transformam num livro, é a cultura que se
materializa, e ganha força nossa capacidade
de imaginação”. Com estas palavras, Eliete
Calheiros, do quilombo do Guerém, definiu
a iniciativa do Estaleiro que culminou na
publicação da coleção. “Este é um momento
de celebração para minha comunidade, e
acredito que também para as demais aqui
representadas”, frisou Calheiros.
CAsAs FAMiLiAREs RURAisCriada pela Organização Odebrecht há 50
anos, a Fundação Odebrecht coordena, entre
outras iniciativas, o Programa de Desen-
volvimento e Crescimento Integrado com
Sustentabilidade do Mosaico de Áreas de
Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia
(PDCIS). Sua atuação está concentrada em 11
municípios com baixo Índice de Desenvolvi-
mento Humano, onde vivem 285 mil pessoas.
O desafio do programa é tornar a região
próspera, de forma socioeconômica e am-
bientalmente sustentável, fixando os jovens
na zona rural, integrados a suas famílias.
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W W W. p o rta l B M a I S . C o M . B r 81
“os próprios agentes financeiros cada vez mais incorporam critérios de sustentabilidade para analisar as empresas”Jorge abrahão, diretor- presidente do Instituto ethos
Entre as ações desenvolvidas pelo PDCIS estão as Casas
Familiares Rurais, unidades de ensino que utilizam a chama-
da pedagogia da alternância. Nessa metodologia, os jovens
passam uma semana em período integral na Casa Familiar,
com aulas na sala e no campo, e duas semanas na proprie-
dade da família, aplicando os novos conhecimentos, sob o
acompanhamento e a orientação de monitores especializa-
dos. Cerca de 950 jovens já foram ou estão sendo beneficia-
dos pelas unidades de ensino, como Daniela Guedes, de 19
anos. “Consegui arrendar mais terra e hoje estou com um
módulo produtivo de 10 hectares, cinco para o cultivo de
mandioca, três para aipim e dois hectares para a banana”,
conta a jovem beneficiada pelo programa
bAixiO E PREOCUPAçãO AMbiEnTALA região de Baixio, localizada no litoral norte da Bahia,
é a nova descoberta turística no estado e atrai empreen-
dimentos. A Ponta de Inhambupe, complexo hoteleiro e
residencial assinado pela construtora Prima Engenharia e
Incorporações, é, talvez, o mais audacioso deles, abrangendo
uma área total de 99.900 m². Segundo Luciano Lopes, diretor
executivo da Prima, a expectativa é que 85% dessa área seja
preservada e destinada ao ecoturismo. “Os visitantes pode-
rão praticar esportes como trekking e stand up peaddle, por
exemplo, atentando para a necessidade de preservar aquele
ambiente”, afirma. A preocupação da empresa, entretanto,
vai além do fator ambiental. Lopes explica que a empresa
também busca soluções para o impacto social que o empre-
endimento pode causar na comunidade local e, desde o iní-
cio do projeto, manteve diálogo constante com os moradores
da região. “Foi necessário conhecer a comunidade local para
evitar os impactos sociais”, completa.
Coleção de livros sobre os costumes quilombolas foi lançada durante a Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) de 2013
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SUSteNtaBIlIDaDe | responsabilidade social
Faz sentido ser responsável? Para algumas empresas,
sim. Para outras, infelizmente, ainda não. Empresas
que não entendem a importância de agir com res-
ponsabilidade social e ambiental pensam apenas nos
números e no aumento da margem de lucro, sem con-
sideração genuína com clientes e fornecedores, nem interesse
no bem-estar dos colaboradores. Algumas poluem como se não
houvesse amanhã. O problema é que o amanhã sempre chega,
ou não haveria razões para se planejar. Já para as empresas que
entendem a importância do futuro, atuar de forma responsável
faz todo o sentido.
Ser responsável significa atuar ciente de que a empresa é
um organismo social, que faz parte da coletividade. Significa,
portanto, saber que uma empresa não é o seu patrimônio, ape-
nas. Também não é o seu extrato contábil, nem os seus papéis
na bolsa de valores. Essas são partes da empresa que, juntas,
formam esse complexo organismo social, feito de patrimônio,
mas também de valores, crenças e, principalmente, de pessoas,
elementos imprescindíveis para o seu sucesso. Por isso, ser
responsável significa atuar com respeito a tudo o que estiver
na esfera de relações com a empresa, sejam clientes, acionistas,
colaboradores, agentes do governo, meio ambiente e, finalmente,
a sociedade de um modo geral.
Essa pluralidade de relações só existe porque as empresas não
estão no meio do nada, mas são parte da sociedade. Elas consti-
tuem um grupo de influência capaz de gerar sensíveis progressos
para a sociedade, conforme a atuação responsável.
Para empresas que incorporam o valor da atuação responsável,
a razão desse posicionamento é a sustentabilidade do negócio.
Antes, empresas que atuavam com respeito a seus públicos eram
vanguardistas, estavam à frente do seu tempo. Hoje, mais que em
qualquer época pregressa, atuar de forma responsável, com vistas
a empresa e O sentidO de ser RESPONSÁVEL
EricA ruScH
mestre em direito econômico com ênfase em direito ambiental na ufba e bacharel em direito pela mesma universidade
ao desenvolvimento sustentável, é um fator de sobrevi-
vência moral das companhias.
A atividade econômica das empresas gera empregos,
que alimentam famílias, que criam os futuros trabalha-
dores, cientistas e artistas do Brasil. Elas utilizam recur-
sos naturais, que são limitados, e devem ser preservados
para as presentes e futuras gerações. Pode até parecer
piegas, mas é a lógica da continuidade social e ambien-
tal. Pois vivemos em um sistema onde as empresas
são peças fundamentais, propulsoras de crescimento
econômico e elementos de satisfação social.
“as empresas constituem um grupo de influência capaz de gerar sensíveis progressos para a sociedade”
O verdadeiro sentido de ser responsável é entender
que a empresa tem um importante papel social e que
desvirtuá-lo significa fazer um mal a quem quer que se
relacione com ela; que já chegamos a um nível de enga-
jamento público capaz de desmascarar oportunismos
cedo ou tarde; que agir com respeito e dignidade só pode
fazer bem a todos.
As empresas que atuam de forma responsável estão
por aí, ajudando a construir uma cultura da responsabi-
lidade social e ambiental, cujo fim é promover o desen-
volvimento sustentável. E para elas faz todo o sentido.
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EstIlo dE vIda
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sabor 84roteiro gastronômico no interior 86
decoração: sofisticação sem perder a comodidade 90Itens indispensáveis: papai de primeira viagem 94
autos&motos: novo audi tt 96Notas de tec 98
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eStIlo De vIDa | sabor
o chef vini, da Cantina du vini, preparou uma paella de frutos do mar diferente e traz inspirações e misturas de suas viagens pelo mundo
por THUANNE SILVA fotos RôMULO PORTELA
INtErcâmBIo dE SABoreS
A gastronomia está em constante movimento e, por essa razão, se
atualizar é fundamental. Esta é a filosofia do chef Vinicius Figue-
ira. Na busca por conhecimento na área, o chef Vini, como prefere
ser chamado, já passou por lugares como Portugal, Espanha,
Tailândia e Itália. De suas viagens traz ideias para mesclar com
a culinária baiana. “Aprendi a gostar e colocar pimenta e coentro
nos meus pratos, como um bom baiano”, afirma o fluminense, que
serve espaguete com lambreta e molho de tomate com pimen-
ta-de-cheiro em seu restaurante. “Costumo fazer sempre essas
misturas, a culinária baiana é muito rica”.
Natural de Búzios, Rio de Janeiro, o chef foi adotado pela Bahia
há sete anos. Em Salvador, comanda o restaurante Cantina du Vini,
no bairro do Rio Vermelho, e também assina a Vini Figueira Gastro-
nomia, especializada em buffets para eventos.
Sua história com a gastronomia começou como brincadeira. “Eu
sempre fazia comidas em casa, gostava de cozinhar, todo mundo
na família elogiava quando eu fazia os pratos. Apesar disso, decidi
cursar direito, fiz por dois semestres, mas odiei”, relembra. Largou
tudo e ouviu as recomendações dos familiares. Foi cursar gastrono-
mia. “Foi amor à primeira vista, me encontrei”.
Inspirado pelo fideuá, prato que experimentou em sua viagem
à Espanha, ele produziu uma paella diferente especialmente para
a [B+]. “Quando eu comi o fideuá, achei muito mais saboroso com
massa do que com o arroz. O fidéu [massa] é difícil de encontrar
por aqui. Achei outra massa com uma qualidade superior e adaptei
para esta receita”. A vantagem, segundo ele, é a praticidade e o
sabor. “Até quem não sabe cozinhar consegue fazer. Ao contrário
da paella tradicional com arroz, que, se você não souber fazer, fica
‘unidos venceremos’”.
RECEiTAingREdiEnTEs•500g de camarão com casca e cabeça
•300g de mexilhão (meia concha)
•200g de lula em anéis
•2 lagostas inteiras
•1 pimentão amarelo
•1 pimentão verde
•1 pimentão vermelho
•1 pacote de ervilha congelada
•Tempero especial para paella
•Massa risoni (em formato de arroz)
•Sal e pimenta
apoIo:
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MOdO dE PREPAROTempere a lagosta com sal, grelhe com um pouco de azeite e reserve. Cozinhe
a massa deixando al dente e também reserve. Refogue os outros frutos
do mar em um pouco de azeite, acrescente a massa, o tempero de paella, a
ervilha e os pimentões. Acrescente um pouco de água, junte a massa, coloque
a lagosta por cima e enfeite com alguns pimentões. Deixe cozinhar por cinco
minutos com a tampa fechada.
Dica: para preparar a lagosta (ou carne e
frango), o chef Vini dá a dica da selagem. “Na
frigideira muito quente, coloca-se o alimento
e dá aquela “tostada” de um lado e de outro.
Isso ajuda a reter a proteína e os líquidos, as
propriedades não vão embora e o alimento
fica muito mais suculento”, explica.
86 r e v I Sta [ B + ] J U N H o / J U l H o D e 2 0 1 5
eStIlo De vIDa | enquete
pedimos dicas de restaurantes fora da capital aos leitores em nosso portal. Confira as sugestões
AS melhoreS opÇÕeS gAStronômiCAS no interior
iLHéUs“Uma ótima opção é o bar Vesú-
vio, em Ilhéus”, Joice Silva.
Endereço: Praça Dom Eduardo,
190, Centro, Ilhéus - (73) 36342164.
Preço médio: uma moqueca para
duas pessoas sai por r$ 88.
ALAGOINHAS“A melhor pizza de Alagoinhas é a do
Milano”, Alessandra Moura.
Endereço: Rua Conselheiro Franco,
225, Centro, Alagoinhas - (75) 34221388.
Preço médio: uma pizza portuguesa
grande, a mais pedida da casa, sai
por r$ 44,40.
SANTO ANTôNIO DE JESUS“Mercadão Café, em Santo Antônio de
Jesus, é uma ótima pedida!”, Raphael
Moura Passos.
Endereço: Av. Roberto Santos, n° 96, den-
tro do Shopping Itaguari - (75) 36314397.
Preço médio: a carne de sol, prato mais
pedido, sai por r$ 21,90.
VITÓRIA DA CONQUISTA“Em Vitória da Conquista, visite o japo-
nês Nakaya”, Larrisa G.
Endereço: Avenida Alziro Pratés, 171 -
Candeias, Vitória da Conquista - (77)
34218879.
Preço médio: 20 fatias de salmão saem
por r$ 36,90.
MORRO DO CHAPÉU“Uma ótima opção é o Alternativos Café,
em Morro do Chapéu”, Evelyn Alves, pelo
Instagram.Endereço: Genesio Tiburcio Guimarães, Morro do Chapéu – (74) 99764945.
Preço médio: comece com uma salada pequena, r$ 6, e depois peça um creme de carne. A versão maior custa r$15.
LUÍS EDUARDO MAGALHãES “O restaurante Amarelinho tem o me-
lhor yakisoba de carne e legumes que
eu comi na minha vida. É delicioso, de
outro mundo”, Paulo Maneira.Endereço: Avenida Juscelino Kubitschek, 1.623, Centro, Luís Eduardo Magalhães – (77) 3628-3342.
Preço médio: o yakissoba que Paulo tanto gosta sai por r$ 57 e serve três pessoas.
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informe publicitário
o sonho da casa própria tem ocupado por muito tempo o imaginário de grande parte da população. Sair do aluguel e adquirir um imóvel próprio, além de ser um investimento, também representa um início de uma nova fase de realizações pessoais. Melhor ainda é quando esse novo lar está loca-lizado numa área central da cidade e a poucos metros de um grande shopping. parece um sonho? acredite, é realidade.
o palazzo Bellavista está localizado no Horto Bela vista e oferece as melhores opções de imóveis da região. Com apartamentos de dois e três quartos, o empreendimento ainda conta com uma infraes-trutura que atende a todas as necessidades dos condôminos, como academia de ginástica, salão de festas e jogos, espaço gourmet, piscina para adultos e crianças, entre outros benefícios, tudo para você viver feliz. a construtora vitor Negrão, que atua no mercado de construção civil há mais de 20 anos, é responsável por este empreendimento e tem como propósito alcançar um padrão de qualidade cada vez mais elevado. para isso, a empresa investe constan-temente em inovação no segmento de apartamen-tos residenciais que privilegiam o conforto e a alta tecnologia empregada em sua construção.
Cores neutras e sofisticadasa designer de interiores virgínia Santa Bárbara, responsável pelo decorado do empreendimento explica que o espaço dos apartamentos, entre 64,12 m2 e 86,70 m2, fornece espaço amplo e bem arejado, além de diversas possibilidades de deco-ração. No exemplar montado pela designer, merece destaque o contraste das cores claras e neutras com objetos coloridos e vibrantes. Segundo ela, esse jogo de cores implica ao ambiente um concei-to tradicional e ao mesmo tempo contemporâneo.
Conforto e sofisticaçãoCoNCeIto CoNteMporÂNeo e FUNCIoNalIDaDe MarCaM laNÇaMeNto De Novo eMpreeNDIMeNto No Horto Bela vISta
Localizado a 100 metros do Shopping Bela Vista, o empreendimento é mais uma realização da Construtora Vitor Negrão.
FotoS: Divulgação
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Os tons neutros utilizados nas paredes e na maioria dos móveis utilizados contrastam com poucos pontos coloridos de alguns objetos de decoração. Segundo Virgínia Santa Bárbara, essa mistura de cores dá ao ambiente uma sensação de amplitude, além de deixar o apartamento agradável aos olhos.
O quarto do casal segue o padrão dos demais cômodos do apartamento e abusa das cores neutras. O destaque desse ambiente está na parede frontal em que o papel de parede pontua a decoração que conta ainda com luminárias de ambos os lados da cama, além de arandelas sob a cabeceira.
O quarto das crianças também destaca a decoração em uma parede principal que conta com três arandelas dispostas geometricamente. O ambiente também conta com uma mesinha de estudos e um bicama para abrigar possíveis hóspedes.
A mesa de jantar com espaço para quatro pessoas divide o espaço com a luminária de cristal, criando um ambiente agradável e confortável. A iluminação de teto do imóvel é, em sua totalidade, embutida e composta por leds.
Virgínia Santa Bárbara, designer de interiores responsável pelo decorado do Palazzo Bellavista
A cozinha americana permite uma integração com a sala de estar e confere ao ambiente beleza e funcionalidade. Para esse ambiente, a designer de interiores abusou dos espelhos e tons neutros. Assim como a sala principal, a cozinha também permite o acesso direto à varanda gourmet.
Virgínia Santa BárbaraDesign | Interiores
www.virginiasantabarbara.com.brWWW.CONSTRUTORAVITORNEGRAO.COM.BR
(71) 9227.2214(71) 9227.2214 (71) 3347.6565 (71) 3288.5483 (71) 3017.5080 (71) 3248.1625
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eStIlo De vIDa | decoração
todo Mundo Precisa de esPaço
Luciana (sentada) e Cristiana juntaram-se na missão de dar uma nova cara ao apartamento
Família grande e o prazer de receber os amigos motivaram a empresária luciana Nery a mudar a cara do apartamento onde vive. a missão ficou a cargo do escritório da arquiteta Cristiana reis por THUANNE SILVA fotos LUCIANO OLIVEIRA
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sem paredes - A antiga varanda foi incorporada à sala para integrar os ambientes. Poltronas confortáveis em estilo clássico para um ambiente de conversação
verde para que te quero - Sala de almoço com móveis em madeira traz aconchego ao ambiente
Moderno - o contraste entre o móvel assinado por Jader Almeida e a tela de Maxim Malhado
Logo ali - O bar está bem ao lado da mesa para facilitar os encontros
Do alto do vigésimo andar de um prédio localizado no bairro
do Horto Florestal, em Salvador, a empresária Luciana Nery
conversa com a arquiteta Cristiana Reis sobre o projeto de
decoração do apartamento em que estão. Luciana mora lá há
quatro meses e queria mudar, precisava de um espaço que
tivesse a cara dela. “Eu buscava um apartamento que tivesse
charme, beleza, claro, mas que também fosse uma coisa gosto-
sa, que a gente pudesse curtir”, afirma. Por “a gente” entenda
uma família composta por quatro filhos, ela e um marido. A
lista de pessoas só aumenta quando o casal recebe visitas, um
de seus hobbies favoritos. A incumbência de ampliar o aparta-
mento, sem aumentar o espaço físico, ficou a cargo da equipe
da arquiteta Cristiana Reis. A varanda se transformou em um
espaço de conversação, que também conta com um local com
mesa e espaço de bebidas. Livros e obras de arte estão presen-
tes em toda a sala de estar. “Cada ambiente foi pensado para
receber as pessoas. Tudo que foi feito foi imaginando o convívio
da família”, conta.
A contemporaneidade e o tradicional se fundem na compo-
sição do apartamento de 300 metros. A reforma durou cerca de
um ano. “Eles gostam de um estilo mais clássico, então procu-
ramos realizar algo contemporâneo, limpo, com base neutra,
pincelando cores em alguns elementos, como as almofadas e os
quadros”, explica Cristiana. “Além disso, mesclamos objetos do
gosto do casal, como a cristaleira, as banquetas com tachinhas e
as poltronas de couro com botonê”. Segundo a arquiteta, a ideia
foi realizar um projeto mais eterno, que perdurasse por mais
tempo e não saísse de moda.
Cobertura - paredes pintadas em tom mais escuro contrastam com móveis claros e vestem o ambiente
Parede - As gravuras do artista Vauluizo Bezerra compõem a sala
influência portuguesa - o ambiente criado na antiga varanda para receber os amigos inclui mesa e cadeiras em madeira contrastando com o piso em limestone tua
Cantinho - Apoio de bar e estante com coleção de louça ganharam charme com a fotografia de Pico Garcez
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eStIlo De vIDa | cinco itens
Faz três meses que o pequeno vicente apareceu na vida de Felipe pezzoni, vocalista da Banda eva. o
cantor agora se organiza para conciliar a agenda de artista com a de pai, sua função mais nova.
por PEDRO HIJO fotos LUCIANO OLIVEIRA
5 ItENs INdIsPENsávEIs Para FeLiPe Pezzoni
MAnTA“Ela deixa o bebê
aquecido e ajuda a
manter a tempera-
tura do corpo de
Vicente. Isso sem
contar que ele fica
superconfortável.”
bAbÁ ELETRôniCA“Para acompanhar tudo! O sono, a respiração, os
ruídos. Qualquer barulhinho a gente corre para
ver o que aconteceu, mas Vicente é um bebê
muito tranquilo.”
ÁLCOOL EM gEL“Para higienização,
é um excelente
vermicida, bacteri-
cida e fungicida. É
ótimo para prevenir
e eliminar possíveis
vírus, bactérias e
fungos causadores
de doenças, princi-
palmente em bebês.”
LEnçOs UMEdECidOs“Eles fazem muito
cocô, né? Assim
como a fralda, os
lenços precisam es-
tar sempre à mão. É
preciso estar prepa-
rado para possíveis
bombardeios.”
CHUPETA“É um ótimo aliado
porque acalma o
neném, e agora,
existe um modelo
termômetro, que
mede a temperatura
do bebê. Vicente tem
vários modelos.”
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K
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CMY
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eStIlo De vIDa | autos&motos
roBErTo NuNES
Jornalista especializado em indústria automotiva desde 2002
Líder entre as marcas premium no primeiro quadrimestre de 2015, a Audi
faz festa mensalmente no Brasil. Em abril, comemorou os 20 anos da linha
dos carros esportivos RS no Brasil e trouxe logo duas novidades: o RS6
Avant e RS7 Sportback. Os dois modelos têm pacote similar de exclusivi-
dade e o mesmo motor 4.0 TFSI V8 biturbo, de 560 cavalos de potência e
torque animal de 700 Nm de força, câmbio automático Tiptronic de oito
velocidades e tração quattro.
Em maio, promoveu uma bignoitada no Rio de Janeiro para apresentar o
novo TT. O pequeno esportivo da marca das argolas chega ao mercado bra-
sileiro com visual ao estilo R8, totalmente remodelado (faróis inéditos com
full LEDs, capô mais alongado e para-choques reforçados) e um surpreen-
dente painel de instrumentos.
Presente na casa de show Lagoon (Lagoa Rodrigo de Freitas), Paulo
Armani, da Audi Center Salvador, já tem o novo Audi TT com motor 2.0
TFSI, de 230 cavalos de potência e câmbio automático de oito velocidades
nas versões com preço de R$ 210 mil e R$ 230 mil (com pacote Brasil). Até o
fim do ano, haverá ainda um modelo mais nervoso, o TTS – com 310 cavalos
– capaz de ir de 0 a 100 km/h em 4,9 segundos e atingir velocidade máxima
(limitada eletronicamente) de 250 km/h.
novo audi tt ganha visual ao estilo r8 e motor 2.0 turbo com 230 cavalos
dE CARA nOvA
A crise assola o resultado das conces-
sionárias de carros zero km em todo o
Brasil, inclusive na Bahia. Para dimi-
nuir o estoque alto nos pátios, a ordem
é realizar promoções e oferecer brindes,
como IPVA grátis, acessórios e tanque
cheio, na compra do veículo novo. Na
contramão, as marcas premium (BMW,
Lexus, Mercedes-Benz, Audi, Volvo e
Land Rover) abrem novas revendas
nas capitais da região Nordeste.
A Rodobens, que comercializa os
carros da Mercedes-Benz, prepara a
loja de Salvador para ganhar o padrão
mundial da marca alemã. João Batista
de Castro administra a operação da
Rodobens na capital baiana e aproveita
o boom das vendas do sedã Classe C
e crossover GLA, modelos que serão
produzidos a partir de 2016 na futura
fábrica de Iracemápolis (São Paulo),
para inaugurar a nova loja da Avenida
Paralela até dezembro deste ano.
“Estamos remodelando toda a loja,
que irá ganhar novos espaços para a
venda dos modelos da Mercedes-Benz”,
destaca o executivo, garantindo que a
loja terá showroom climatizado, ampla
oficina e um exclusivo serviço de pós-
venda. “De cada 10 veículos, seis são
Classe C e GLA”, comemora João Batista.
A versão de entrada C180 tem preço
sugerido a partir de R$ 142.900 na Bahia.
Marcas Premium passam por cima da crise de vendas no brasil
FotoS: Divulgação
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vOLvO gAnHA LOjA ExCLUsivA nO HORTO FLOREsTALAdriano Santos, gerente da Volvo/Salvador, vai usar todo o espaço da loja
compartilhada com a Land Rover no Horto Florestal. A partir do segundo
semestre deste ano, o grupo pernambucano Rota Premium deixará a reven-
da Horto exclusiva para os carros da marca sueca, após a inauguração das
duas novas concessionárias (Chrysler/Carmel e Land Rover/ Rota Premium)
no bairro do Rio Vermelho. “Teremos uma loja inteira para apresentar toda
a tecnologia Volvo para os nossos clientes”, garante Adriano, que já oferece o
sedã premium S60 com o inédito motor 2.0 turbo, de 245 cv, câmbio Geartro-
nic de oito velocidades e sistema start/stop. O modelo custa R$ 136.950 (T5
Kinetic), R$ 147.950 (T5 Momentum) e R$ 201.950 (T6 R-Design).
LídER HOndA HR-vA Ford faz de conta que não liga para o
avanço do Honda HR-V e do Jeep Renegade
no segmento dos utilitários esportivos. A
marca japonesa tem uma fila de espera de
pelo menos 60 dias na entrega do HR-V, líder
de vendas entre os SUVs compactos no mês
de maio. O carro da Honda custa a partir de
R$ 69.990 – com motor 1.8 i-VTEC 16V FlexOne,
de 140 cv, com a opção dos câmbios manual ou
CVT de seis marchas.
98 r e v I Sta [ B + ] J U N H o / J U l H o D e 2 0 1 5
Aos passageiros dos ônibus, que não precisam se preocu-
par com o volante, cabe admirar a cidade pela janela. E, em
Salvador, paisagem bonita é o que não falta. Para reunir todas
as imagens capturadas de dentro dos coletivos da capital, o
estudante Adonias Filho, de 18 anos, criou o perfil @dobuzaao
no Instagram. Segundo Adonias, a ideia surgiu quando ele
passava (de ônibus, claro) na frente do Farol da Barra e tirou
uma foto. Ao chegar em casa, pensou em criar uma comuni-
dade que pudesse compartilhar o que de mais peculiar pode
ser visto nos transportes públicos da capital.
SnApChAt“É ótimo para compartilhar vídeos e fotos que ficam disponíveis a curto prazo. Eu estou adorando. Me segue por lá: @jumoraesoficial”
CinCO diCAs dE aPlIcatIvos – Por Ju moraEs
ifooD“Mostra os restaurantes delivery mais próximos a você, tem o cardápio e os valores. Dá para pedir diretamente pelo celular”
guitAr tuner“Ótimo para os músicos. O Guitar Tuner serve como um diapasão para afinar diversos instrumentos”
DropBox“É um HD online. Eu pago U$ 9,90 por 1T de espaço exclusivo, o que é ótimo, porque dá para fazer o backup da minhas fotos e vídeos”
piC&viD StitCh“Este aplicativo dá excelentes opções de formato para montagens de fotos e vídeos. Para arrasar no Instagram”
PELA TELA, PELA jAnELA
por falar em ônibus, um aplicativo promete ajudar aqueles que não estão familiarizados com os horários dos transportes públicos na Bahia. o Cittamobi mapeia os pontos de ônibus e informa quanto tempo falta para que aquela linha passe. o app está disponível para iphone, android e Windows phone. em Salvador, o aplicativo é aliado do recém-inaugurado Centro de Controle operacional. o centro, instalado na Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), no bairro de amaralina, permite o acompanhamento de todos os veículos que compõem a frota de transporte coletivo da cidade.
PARA sAbER A HORA QUE CHEgA A sUA MERCEdEs
notasdetec
POR UMA inTERnET MAis PROATivAÀs vezes você passa o dedo pela sua timeline e sente que só
há notícias ruins? Quatro jovens baianos pretendem mudar
esta realidade ao divulgar bons exemplos. O projeto “Navegue
no bem”, que possui perfil no Instagram e no Facebook, tem
quatro anos e, além de noticiar o que está sendo feito em
promoção da solidariedade no estado, promove eventos na
capital e em algumas cidades do interior. Em maio, por exem-
plo, o grupo realizou uma troca de livros no Dique do Tororó.
Foto: DivulgaçãoFoto: DIvUlGaÇÃo
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a música da Bahia para o mundo 100sorrisos que rendem dinheiro 102
artE & ENtrEtENImENto
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Banda de ilhéus ganha espaço no cenário internacional de músicapor PAULA MORAIS foto LUCIANO OLIVEIRA
Moldura Hip HOp
arte & eNtreteNIMeNto | música
Os principais traços de formação de OQuadro
foram criados ainda na década de 1990, no
município de Ilhéus, sul da Bahia. Ganhou
cores, tons e texturas, no entanto, a partir de
2001, quando a mistura de gêneros da música
negra e as letras de protestos preencheram a
tela com maior destreza. O grupo, que gravou
o primeiro CD em 2012, com parcerias de
Guilherme Arantes e a Mc paulista Lurdez da
Luz, subirá, neste mês, no palco dinamarquês
do Roskilde Festival 2015. O baixista Ricardo
Santana, conhecido como Ricô, conta sobre o
convite para o festival e a forte ligação que a
banda tem com as artes.
Vocês vão tocar no roskilde Festival 2015, que também terá atrações como o ex-beatle paul Mccartney e o músico e produtor phar-rell Williams. como a banda se encaixou na programação dinamarquesa?A gente foi honradamente convidado pelo
curador do festival (Peter Hvalkof) para parti-
cipar. Não foi nada de a gente ir atrás. Ele teve
acesso ao nosso disco e fez a proposta. Um
megafestival desse, com referência mundial?
Claro que a gente queria estar dentro.
oQuadro traz referência do cotidiano baiano nas letras. Na música “Tá Amarrado”, por exemplo, vocês falam sobre intolerância com as religiões de raiz africana. Qual a im-portância de levar esse discurso para fora?Nossas músicas falam de diversas crônicas
da nossa realidade e acredito que as religiões
de origem africana já têm seu espaço mundo
afora. A gente não fica muito preso aos clichês
e fala de coisas que realmente acreditamos,
vivemos e vemos e é isso que faz as pessoas
refletirem. Não precisamos reafirmar muita
coisa da Bahia porque já somos baianos,
somos negros. Nosso som, postura e conversa
já mostram tudo isso e não queremos ficar
presos ao passado.
Então vocês acham que não há mais intole-rância com as religiões de raiz africana?Sim, com certeza, infelizmente, ainda existe.
Por esse lado, nosso discurso serve para aler-
tar, informar e educar.
Não é a primeira vez que vocês se apresen-tam em um festival estrangeiro. A identifica-ção com as letras é prejudicada por conta da diferença linguística?É, tocamos, em 2003, na Inglaterra, País de
Gales... Na verdade, a receptividade chega
primeiro com a batida da música. As pessoas
se identificam com o groove independente
da letra e dançam porque o som é bom. Tem
também o diálogo durante e depois do show,
que faz com que as pessoas saibam que esta-
mos falando coisa séria. Além disso, OQuadro
comunica de uma forma diferente que vai
além das músicas.
“oQuadro comunica de uma forma diferente que vai além das músicas”
como é feita essa comuni-cação além das músicas?Através das artes. A capa
do nosso primeiro disco,
por exemplo, foi feita por
dois artistas plásticos do
coletivo Filme Forte Records
– Izolag Armeidah e Ananda
Nahu – para identificar essa
nossa paixão. A gente se
inspira muito na arte negra
e contemporânea. Gostamos
de Tarantino, (Jean Michael)
Basquiat...
E de que forma essas refe-rências são apresentadas ao público nos shows?Queremos utilizar projeções
baseadas em arte e fazer
vídeos sobre o que acontece
no dia a dia, o que vemos
nos jornais como, por exem-
plo, a revolta dos profes-
sores por salário melhor, a
revolta de quem quer terra
para morar. Vamos utilizar
essas informações para dar
o quadro geral do que rola e
fazer exposições durante os
shows. Estamos aqui para
aprender, mas não deixamos
de achar que o nosso traba-
lho é uma nova leitura do
cenário nacional de rap.
W W W. p o rta l B M a I S . C o M . B r 101
Made in Bahia: banda se apresentará em festival internacional
102 r e v I Sta [ B + ] J U N H o / J U l H o D e 2 0 1 5
Com seis anos e grandes números na internet, isaac guedes atrai a atenção de grandes marcas com vídeos de humorpor PEDRO HIJO
negócio de gente grande
arte & eNtreteNIMeNto | youtube
O pequeno Isaac Guedes é uma criança como outra qualquer.
Gosta de dormir, prefere brincar a ter que ir à escola e resmun-
ga quando tem que tomar banho. A diferença está na internet.
Conhecido na web como Isaac do Vine (uma plataforma de
compartilhamento de vídeos curtos), o baianinho tem uma
legião de fãs. Para ser mais exato, são 500 mil pessoas que cur-
tem seus esquetes de humor e compartilham seus vídeos em
praticamente todas as redes sociais.
A ideia de montar um perfil na internet veio de Icaro
Guedes, tio do menino, que já fazia certo sucesso fazendo graça
no site de vídeos. “Quando eu colocava Isaac para fazer piadas
comigo, o número de visualizações triplicava. Resolvi que era
a hora de criar um perfil para ele”, diz Icaro. Com uma semana
de criação, o perfil de Isaac já tinha mais de 10 mil seguidores, a
maioria de São Paulo. Partiram então para o Facebook, Insta-
gram e You tube.
As piadinhas do menino chamaram a atenção de grandes
empresas. O McDonald’s entrou em contato com a família de
Isaac depois de saber por um dos vídeos que o menino gosta de
comer hambúrgueres. Pagaram R$ 900 para que Isaac apare-
cesse em um vídeo de poucos segundos citando a marca. Uma
academia de Salvador também fez uma encomenda do tipo. No
vídeo, ele recomenda que as crianças usem menos os aparelhos
tecnológicos e prefiram se exercitar.
Em 2014, Isaac foi convidado para participar do programa
da apresentadora Eliana, no SBT. Saiu de lá com um troféu de
“estrela da web” e com contratos com agências de publicidade
engatilhados. “Mas não foi para frente”, diz Icaro. “A maioria
das propostas vem de São Paulo, precisamos estar lá. Morar
no Nordeste nos deixa muito presos, as empresas daqui ainda
não acordaram para os investimentos neste tipo de marketing”,
completa. Para marcar presença em um evento, a família cobra
até R$ 2.500.
Para o jornalista especialista em marketing digital Antonio
Netto, os youtubers são uma plataforma cada vez mais rentável
para investimentos. “O cliente ficou mais exigente, ele quer ser
convencido de que a experiência com aquele produto vai ser
positiva, e quando um canal que ele segue indica a tal marca,
ele se sente mais atraído”, comenta.
isaac entre o tio e a mãe: prêmio no programa da eliana
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COm a paLaVra, Fanta maria
Não teve calote! Gritava o
diretor do espetáculo no
camarim. Juntos, o elenco e
a produção davam pulos de
alegria. Afinal, A Bofetada
estreara havia pouco mais de um mês, em
Salvador, e, naquele dia, a Cia Baiana de Pa-
tifaria havia conseguido quitar a dívida para
a compra dos tecidos finérrimos para o figu-
rino dos personagens. Ideia do figurinista. E
ele estava certo! O cartão de crédito usado
era o de uma amiga da trupe. Uma quase pa-
trocinadora! E doida varrida por emprestar
um cartão para aquele bando de alucinados.
O clima sempre teve um quê de hospício, pois
não se faz arte sem um mínimo de loucura.
E nesse caso, muito trabalho - para não dar o
tal calote - mas muita diversão também.
Até a noite de estreia no fim de 1988, foram
mais de três meses de produção e ensaios,
desde a escolha dos textos. De Mauro Rasi
pinçaram ‘O Calcanhar de Aquiles’, e da
dupla Miguel Magno e Ricardo de Almeida
escolheram ‘O Ponto e a Atriz’ e ‘Fanta e
Pandora’. Pura comédia e todos os esquetes
sobre o teatro! Depois enlouqueceram e
ainda incluíram ‘Vapor Barato’, escrito por
Moacir Moreno e Lelo Filho, mas com auxílio
de um bando de amigos. O verão começava,
a cidade fervia, e o público local redescobria
o teatro feito aqui. A Bofetada, segunda montagem da Cia. a ‘prata da casa’,
que alguns chamam de ‘a galinha dos ovos de ouro’, ultrapassou 25 anos nos
palcos em tempos de globalização, de TV a cabo em cada quarto de cada casa,
de acesso à net até enquanto se toma banho. Não é pouca coisa para o teatro
local e brasileiro.
E aí rolou um desbunde de longas temporadas, teatros cheios, novos grupos
e talentos se atrevendo a tentar também. Adoro quem se atreve! E todo mundo
saiu ganhando: público e artistas. Se todos nós queremos mais? Claro que sim!
Fanta Maria, euzinha, a que vos escreve, batizada assim pelos autores que me
criaram em 1979, surgi para levar alegria, diversão e para driblar a ditadura ainda
instalada no país quando Miguel e Ricardo ‘me escreveram’. Parafraseando
‘Alegria da Cidade’, uma das mais incríveis músicas de nossa terra, “minha pele
é linguagem e a leitura é toda sua”, a interpretação que ganhei na montagem da
Cia. Baiana, foi de alguém ligada no 220v! Na verdade, eu e Pandora quase fomos
cortadas do espetáculo faltando 15 dias para o grande dia. Lelo Filho, o ator que
me deu vida, tinha 25 de idade quando A Bofetada estreou e me leu assim, cheia
de gás! De onde vem a energia? Talvez dos caldos de cana na Ladeira da Lapa
onde adoro ir para bater papo com camelôs e taxeiros, talvez dos choques que
adoro, adoro, adoro tomar na escada rolante da Politécnica, das rebobinadas
que dou para não perder o humor ou de um passeio que adoro fazer: buzu até a
Ribeira, lancha até Plataforma, trem até Paripe, de novo pra Calçada e repetindo
o circuito todo até voltar ainda mais elétrica para Curuzu! Sou assim! Adoro
o diferente, a mistura, a alegria e nem por isso deixo passar injustiça ou má
educação.
E assim vou levando a vida, nunca deixando a vida me levar. Vai que ela me
leva para uma cilada. E pra quem ainda não entendeu o que eu tou fazendo
aqui, é que como eu sou cheinha de histórias, a convite da [B+] vim só contar um
‘causo’ de como tudo começou e assim contagiar vocês com humor, com alegria.
Como sempre digo, o riso é o melhor dos remédios para todas as coisas! E eu sou
chegada numa gargalhada. Deixa eu parar por aqui e dar uma boa rebobinada.
conteaí
lElo FilHo
Ator e integrante da Cia. Baiana de Patifaria. A peça A Bofetada, um dos grandes sucessos do grupo, ficou em cartaz por 27 anos.
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páginas amarelas
GErENTE dE cENTro dE diSTriBuiÇÃoLocal: Salvador Atuar na gestão de operações de recebimento, movimentação interna, armazenagem e transportes, execução de projetos de melhoria continua da produtividade e performance da unidade gerenciada, acompanhamento e controle do orçamento de despesas operacionais e de fretes, desenvolvimento de lideranças em todos os níveis da operação, gerenciar o clima e engajamento da unidade, dar suporte a área Corporativa na implementação de projetos estratégicos estruturais e transformadores na unidade gerenciada; • Superior completo em administração de empresas, economia ou engenharia; • Salário e benefícios compatíveis com o mercadoFonte: www.vagas.com.br
GErENTE FiNANcEiroLocal: SalvadorGerenciar e orientar atividades da área financeira, definir parâmetros para negociações, diretamente com instituições financeiras. Elaborar planejamento econômico e financeiro, orçamentário da empresa, gerenciar a área fiscal tributária, acompanhar legislação e orientar as áreas envolvidas da empresa. Gerenciar as atividades de contas a pagar, receber e tesouraria. • Experiência na área. • Ensino Superior completo desejável em administração, economia, contábeis.• Conhecimento em informática, Excel avançado, PowerPoint.Salário: R$ 5.000,00Fonte: www.catho.com.br
SupErViSor dE loGÍSTicA Local: CamaçariEstruturar o setor de logística, controlar processos da equipe de estoque, controlar roteiros de entrega, e controlar remessas de documentos. • Experiência em gestão de equipes. • Superior completo em administração, logística ou afins. Conhecimentos em sistemas de gestão de estoque e patrimônio.Salário: R$ 3.000,00Fonte: www.catho.com.br
EXEcuTiVo dE VENdASLocal: Salvador
Gerenciar a carteira de clientes e prospectar novos negócios. Potencializar a venda da linha de produtos trabalhada em seu território, visando o aumento da participação de mercado, rentabilidade e positivação de clientes. Consolidar as informações de mercado (concorrência, condições comerciais, preços, produtos, serviços, ambiente). Ser o responsável pelo crédito e cobrança dos clientes de seu território. Assegurar a qualidade dos serviços prestados pelas revendas aos usuários finais. Assegurar o serviço pós-venda. Acompanhamento dos indicadores da área. Experiência com vendas consultivas. Ter atuado com a ferramenta CRM.
• Ensino Superior completo preferencialmente nas áreas de Administração, Economia ou Engenharia.
• Bons conhecimentos de Pacote Office (principalmente Excel).
• É preciso ter conhecimento intermediário em inglês.
Salário: a combinar
Fonte: www.catho.com.br
GErENTE dE TrANSporTESLocal: Feira de Santana / Itabuna Responsável pela logística, controlando as rotas, faturamento, manutenção dos veículos, fazer relatórios e rotinas diárias do setor. • Experiência com gestão de frota e equipe de motoristas.• Ensino superior completo em qualquer áreaSalário: R$4.500,00Benefícios: vale alimentação/cesta básica, assistência médica, seguro de vidaFonte: www.efetivarh.com.br
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GErENTE FiNANcEiroLocal: SalvadorAtuar com rotina financeira, elaboração do fluxo de caixa, coordenação de equipe, elaboração de relatórios gerenciais mensais, provisão, reclassificação de custos , regra de rateio, análise e validação de faturas. Atuar com análise de pagamentos, controle das despesas de consumo das lojas e conciliação bancária.Fonte: www.catho.com.br
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PRÓPRIOS - Caminho das Árvores, Comércio, Salvador Shopping, Shopping Iguatemi, Shopping Itaigara, Shopping Piedade, Shopping Paralela, Salvador Norte Shopping, Shopping Lapa, Shopping Barra | CREDENCIADOS - Mares, Pituba, Ponto Alto, Rio Vermelho, Cidadela/ABAI, Graça, Horto Florestal, Imbuí, Itapuã, Lauro de Freitas, Liberdade, Sindimóveis, Vasco da Gama, Villas, Cabula, Baixa dos Sapateiros, Cajazeiras | INTERIOR - Arembepe, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Alagoinhas.
PERTO DE VOCÊDE 20 POSTOS
A QUALQUER HORA, DE QUALQUER LUGAR,VOCÊ MESMO ANUNCIA, DO SEU JEITO, E VENDE LIGEIRINHO, FÁCIL, FÁCIL!
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