CATETERISMO VESICAL
Enfª. Beatriz Mello
Conceito
É a introdução de um tubo plástico ou
de um cateter estéril de borracha,
através da uretra até a bexiga, com a
finalidade de drenar a urina.
Fatores que afetam o ato de urinar:
Desenvolvimento neurovascular Volume hídrico Perda excessiva de
líquidos
Falha nos mecanismos
termorreguladores: transpiração e
respiração
Diabetes Desidratação
Quantidade e tipo de alimento consumido Ritmo cardíaco Oportunidade para
urinar
Hábitos pessoais Ansiedade
Características da Urina
_ Volume: 500 – 2500 ml/dia_ Volume médio/dia:
1200 ml _ Cor: amarelo claro_ Densidade:
Transparência_ Odor: tenuamente
aromatizada
Padrões anormais de eliminação urinária:
● Anúria: ausência de urina ou eliminação de até 100 ml em 24h;
● Supressão Urinária: os rins apresentam problemas na formação da urina;
● Retenção urinária: a urina é produzida, mas não é liberada da bexiga;
● Oligúria: volume de urina eliminado abaixo de 400 ml durante 24h;
● Poliúria: eliminação de grande volume de urina;
● Nictúria: eliminação de urina no período noturno;
● Disúria: dificuldade ou desconforto ao urinar;
● Incontinência: incapacidade de controlar a eliminação.
Características Anormais da Urina:
Características Anormais da Urina:
● Hematúria: urina com sangue.
● Urina vermelha ou rosa em geral é sinal de sangramento, mas pode ser também por medicamentos e alimentos.
● Em uma pessoa com boa hidratação, a urina vermelha pode ficar diluída e se apresentar mais rosada ou alaranjada.
Características Anormais da Urina:
● Piúria: urina com pus.
Características Anormais da Urina:
• Proteinúria: urina com proteínas do plasma.
Características Anormais da Urina:
● Albuminúria: urina com albumina, uma proteína do plasma;
● Glicosúria: urina com glicose;
● Cetonúria: urina com cetonas.
Características Anormais da Urina:
• Uma urina acastanhada ou amarelo escura normalmente é uma urina extremamente concentrada devido a pouca quantidade de água para diluí-la.
• Algumas doenças como hepatite, que cursam com a presença de bilirrubina na urina, podem apresentar uma urina escurecida, às vezes semelhantes ao mate ou até mesmo Coca-Cola.
Características Anormais da Urina:
• Urina azul: Normalmente a urina azulada é causada por medicamentos e ingestão de corantes como azul de metileno.
• Drogas descritas como causas de urina azul incluem Triantereno, amitriptilina, indometacina e Viagra.
• Existe uma doença genética metabólica, chamada de síndrome da fralda azul, que é causa urina azulada em recém-nascidos.
Características Anormais da Urina:
• Urina verde:• Normalmente causada pela ingestão de
corantes, pode também ocorrer com medicamentos como amitriptilina, propofol e indometacina. Outras causas de urina verde são:– Ingestão de aspargos e corantes artificiais
como azul de metileno.– Infecção urinária. Algumas bactérias
também podem causar uma urina verde.
Características Anormais da Urina:
• Urina Roxa:• Uma urina arroxeada é normalmente causada
por infecção urinária; em geral, por bactérias que alcalinizam a urina. É um achado raro e ocorre mais em pacientes com cateter vesical.
Características Anormais da Urina:
• Urina Preta:• Causada por outra doença genética rara
chamada de Alcaptonúria.• Além da cor, o aspecto da urina pode ser
uma dica para se identificar doenças precocemente.
Indicações Aliviar a distensão vesical pela retenção
urinária (quando as medidas para promover a diurese foram ineficazes);
Aliviar retenção urinária aguda ou crônica;
Medir o residual de urina deixado na bexiga após eliminação;
Determinar a mensuração exata da drenagem urinária em pacientes criticamente doentes;
Indicações
Manter os pacientes incontinentes secos; Controle preciso do equilíbrio de líquidos; Prevenir complicações da retenção de urina
(bexigoma); Preparo para algumas intervenções
cirúrgicas; Colher urina asséptica para exames; Observar os aspectos da urina em paciente
traumatizado (hematúria);
Indicações Evitar a presença de urina em lesões
perineais e genitais; Preparo pré-parto, pré-operatório e
exames pélvicos (quando indicados); Controlar hemodinamicamente o
paciente crítico; Reparo cirúrgico da bexiga, uretra e
estruturas ao redor; Prevenção da obstrução uretral com
coágulos de sangue;
Indicações Retenção urinária grave com episódios
recorrentes de infecção do aparelho urinário;
Erupções cutâneas, úlceras ou feridas irritadas pelo contato com a urina;
Instilar medicação na bexiga; Doença terminal quando mudanças de
roupa de cama são dolorosas para o paciente.
Medidas para evitar a sondagem
Destacar a importância da micção voluntária;
Promover todos os meios possíveis para evitar o cateterismo;
Meios de estimulação:
Tipos de cateterismo vesical
Alívio: não permanecerá muito tempo no paciente, há a retirada da sonda após o esvaziamento vesical.
Demora: quando o cateter deve permanecer por mais tempo para drenagem contínua ou intermitente.
Material necessário Pacote de cateterismo (1 cuba-rim, 1 cuba
redonda, 1 pinça cheron, gazes, 1 campo fenestrado e 1 ampola de água destilada);
Sistema de drenagem fechado (para cateterismo vesical de demora) Xylocaina gel;
Duas seringas 20 ml; Uma agulha 40x12; Uma ampola (10 ml) água destilada; Saco plástico (lixo);
Material necessário Micropore, esparadrapo ou similar; Um par de luvas estéreis; Sonda Foley ou uretrovesical simples
(de calibre adequado ao paciente); Um pacote de compressas; Biombo; Lubrificante estéril; PVPI tópico e degermante; Material para higiene íntima.
Feminino
ProcedimentoReunir o material;Explicar o procedimento e sua finalidade a
paciente;Colocar biombos em volta do leito;Lavar as mãos e calçar as luvas de
procedimento;Posicionar a paciente confortavelmente em
decúbito dorsal, com membros inferiores fletidos em abdução;
Realizar a higiene íntima com PVPI degermante;
Higienização da genitália
clitóris
meato uretral
canal vaginal
ânus
Procedimento Abrir a bandeja de cateterismo usando a
técnica asséptica. Colocar o recipiente para os resíduos em
local acessível. Calçar as luvas estéreis. Separar, com uma das mãos, os
pequenos lábios de modo que o meato uretral seja visualizado;
Realizar antissepsia da região perineal com PVPI tópico e gaze estéril;
Procedimento Secar o paciente; Manter os pequenos lábios afastados,
até que o cateterismo termine; Lubrificar bem a sonda com Xylocaína; Introduzir a sonda pré-conectada a uma
bolsa coletora de sistema fechado, bem lubrificada por 5 a 7 cm no meato uretral;
Procedimento Insuflar o balonete com água destilada
(aproximadamente 20 ml), certificando-se de que a sonda está drenando adequadamente.
Tracionar suavemente a sonda até sentir até sentir resistência.
Fixar a sonda na lateral da coxa. Fixar a bolsa coletora na lateral da cama.
Masculino
ProcedimentoExplicar o procedimento e sua finalidade
ao paciente e/ou ao acompanhante;Reunir o material;Colocar biombos em volta do leito;Lavar as mãos e calçar as luvas de
procedimento;Colocar o paciente em posição decúbito
dorsal;Realizar a higiene íntima com PVPI
degermante;
ProcedimentoColocar a solução antisséptica na cuba
redonda (PVPI tópico ou clorexidina em veículo aquoso);
Abrir a sonda vesical e gazes;Perfurar o tubo de xylocaína e colocar na
cuba rim;Testar o balonete da sonda podendo ou não
conectar o coletor;Limpar o pênis de cima para baixo,
expondo a glande e em seguida o meato uretral com PVPI tópico;
ProcedimentoDesprezar a primeira pinça;Uma das mãos mantém o pênis na posição
anatômica;Retirar um dos pares de luvas;Colocar o campo fenestrado;Colocar na cuba rim a sonda lubrificada, e
conectada ou não na bolsa coletora e a segunda pinça;
Com a mão não dominante exponha o meato urinário, e essa deve permanecer até o fim do procedimento;
ProcedimentoCom a mão dominante pegue a sonda
com a segunda pinça e comece a introduzir a sonda no meato uretral;
Após observar a drenagem de urina, introduzir a sonda até a bifurcação;
Insuflar o balonete de acordo com a recomendação do fabricante e tracionar a sonda até haver resistência;
ProcedimentoFixar a sonda na região pubiana;Posicionar o coletor;Organizar a unidade;Lavar as mãos;Registrar o procedimento em prontuário,
assinar e carimbar;Registrar procedimento em planilha de
produção.
Cuidados de Enfermagem
_ Lavar as mãos antes de mexer na sonda;
_ Higienizar a região perineal pelo menos duas vezes ao dia com água e sabão;
_ Higienizar a pele ao redor da sonda com água e sabão pelo menos duas vezes ao dia para evitar o acúmulo de secreção;
_ Manter o frasco ou bolsa coletora abaixo do nível da cama sem encostar no chão;
Cuidados de Enfermagem
_ Atentar para que a perna do paciente ou qualquer outro fator (obstrução ou dobradura) não comprima a sonda, bloqueando o fluxo;
_ Substituir todo o sistema, caso a técnica asséptica seja quebrada, por desconexão ou ruptura;
_ Desprezar a urina quando atingir 2/3 da capacidade da bolsa e/ou a cada 6h;
Cuidados de Enfermagem
_ Não tracionar a sonda, pois isso pode causar ferimentos na uretra;
_ Não tracionar a sonda, pois isso pode causar ferimentos na uretra;
_ Nunca elevar o coletor de urina acima do nível vesical sem antes pinçar a sonda;
Cuidados de Enfermagem
_ Para pacientes prostáticos, utilizar sonda foley no 16, 18 ou até mesmo 22;
_ A higiene íntima previa e obrigatória para sondagem vesical, independente se o paciente esta limpo ou não;
_ A sonda vesical de demora feminina deve ser trocada a cada 7 dias, já a masculina a cada 14 dias.
“As grandes idéias surgem da observação dos pequenos detalhes.”
Augusto Cury
Obrigada!!!