sumário
EditorialQuais as mais importantes qualidades das latas de aço? Após algumas avaliações conseguimos resumi-las em 3 F’s: Força, Flexibilidade e Forma.
A lata é capaz de resistir à grandes distâncias durante o processo de transporte. Isso é Força. A embalagem tam-bém pode ser adaptada e expandida de acordo com as ne-cessidades do cliente. Quem não se lembra da cinturinha do Leite Moça? Isso é Flexibilidade, que também pode ser levada em consideração na hora de se destinar adequada-mente uma embalagem pós-consumo para reciclagem. E se pegarmos todas as aplicações possíveis para uma lata de aço veremos que dos pequenos volumes para caviar, temperos e leguminosas aos grandes barris de tintas e massas corridas, ela consegue adaptar sua Forma.
Por este motivo, novas oportunidades começam a surgir. Como você poderá ver na página 18, os países árabes já passaram a aumentar sua preferência pelos produ-tos brasileiros. Quem nos conta as perspectivas desse negócio em entrevista exclusiva é o CEO da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Michel Alaby.
Por fim, nada melhor que terminar o período de férias com um bom passeio. Nossa sugestão é o Mercado Mu-nicipal de São Paulo. Além de ser um clássico, o local se mostrou um verdadeiro paraíso das latas. Pelos cor-redores do “Mercadão” encontramos frutas, pescados, pimentas, azeites e legumes em conserva. Tudo em lata.
Já experimentou? Se ainda não, fica uma dica: experi-mente. Na lata, tudo tem mais sabor.
EXPEDIENTEInformativo da Associação Brasileira da Embalagem de Aço ABEAÇO
Alameda Vicente Pinzon, 144 - cj. 41Vila Olímpia - 04547-130 - São Paulo - SPFone: (11) 3842-9512 / Fax: (11) 3849-0392
Editora: Claudia Reis (MTB 15693)Colaboradores: Equipe Press à PorterCapa: ABEAÇOArte e Diagramação: ABEAÇOCoordenação: Thais Fagury (Gerente Executiva)Produção: Press à Porter Gestão de Imagem
Fotolitos e Impressão: Potyguara GráficaTiragem: 5.500 exemplares
Impresso em Março de 2012.
CAPA
Os 3F’s da lata de aço
VOCÊ SABIA?
pág. 04
VITRINE pág. 22
Foto
: Sér
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Zacc
hi
MERCADO pág. 10
Thais Fagury, Gerente Executiva
EDUCAÇÃO pág. 14
Educar para Reciclar
Que a ABEAÇO levará para a Embala São Paulo o 1º Congresso de Embalagem de Aço, com palestras dos mais renomados nomes do setor? As palestras serão ministradas nos dias 25 e 26 de abril e abordarão o mercado do aço, a evolução na fabricação das embalagens, inovações, aplicações e ciclo de vida da lata.
Que Paulo Campissi, da CSN – Companhia Siderúrgica Nacional – falará, neste mesmo evento, da Inovação e Evolução no Aço para Embalagens no Mercado Nacional e Internacional? A lata de aço surgiu pela primeira vez em 1810, quando Peter Durand conseguiu, do Rei George III, a patente para a fabricação de conservas em embalagens de ferro estanhado.
Que Ellen Wauters, do European Metal Packaging, ministrará palestra no congresso sobre Aplicação da Embalagem de Aço na Europa e no Mundo? Os países europeus reciclam 72% de suas latas de aço, de acordo com a APEAL - Association of European Producers of Steel for Packaging. Os europeus classificam as embalagens de aço como um material mais fácil e econômico. Ao contrário de outros materiais, o aço não perde nada de sua força ou qualidades inerentes, não importa quantas vezes ele é reciclado.
Que as pesquisadoras do CETEA – Centro de Tecnologia de Alimentos e Apoio Empresarial – Silvia Dantas e Jozeti Gatti farão palestras sobre Inovação da Embalagem de Aço na Visão de Pesquisadores e Avaliação de Ciclo de Vida da Lata de Aço? As embalagens de aço são 100% recicláveis e podem ser reutilizadas infinitas vezes e virar ferramentas, automóveis, geladeiras, dobradiças, maçanetas, vigas para construção civil e novas embalagens. Atualmente são recicladas mais de 300 mil toneladas de latas de aço no Brasil e 385 milhões de toneladas de aço no mundo.
Nutrientes turbinados
ENTREVISTA pág. 18
Oportunidade das Arábias
CURIOSIDADE pág. 16
2 3
EM PARALELO pág. 20
Latas para enfeitar o banheiro
“Mercadão”: o paraíso das latas de aço
4 5
capa
Força, Flexibilidadee Forma
Os 3F's das embalagens de aço:
Se você procura uma embalagem resistente, duradoura, versátil e que não agride o meio
ambiente, a lata de aço se enquadra perfeitamente. Com mais de 200 anos no mercado, a lata
provou ao longo desse período suas principais qualidades para conservar produtos de diferen-
tes segmentos e facilitar o armazenamento e o transporte. Poucas embalagens participaram
de tantas expedições, descobertas e ações comunitárias como a lata de aço.
Desde a sua criação, a embalagem de aço não parou de sofrer avanços e a indústria investiu
para torná-la referência principalmente nos critérios Força, Flexibilidade e Forma e, assim,
atender às exigências do mercado. “A lata possui múltiplas aplicações e
pode se apresentar em inúmeras formas e tamanhos. As empresas que
adotaram a lata de aço como melhor opção de embalagem sabem que
ela é insuperável nesses quesitos”, diz Thais Fagury, gerente Executiva
da ABEAÇO.
Força
Podemos afirmar com certeza que as la-
tas de aço são as mais resistentes à queda,
choque, fogo, umidade e empilhamento.
Dentre todos os avanços, as adequações
para a preservação, transporte e armaze-
nagem foram fundamentais. A criação
dos frisos verticais, paralelos e obliqua-
dos, por exemplo, vieram para aumentar
a resistência mecânica no enchimento
das latas. Em 1955, quando a lata de
aço foi colocada à prova num teste com
bombas no deserto de Nevada, não hou-
ve mais dúvida sobre sua resistência. A
própria matéria-prima base da lata de aço
– ferro e estanho – já representa a força
do recipiente, capaz de aguentar até 14
quilos de cola, 23 litros de tinta ou 25 qui-
los de massas e texturas.
Empresas como Brasilata, Cerviflan,
Metalgráfica Renner, CMP (Metalgraphica
Paulista) e Novalata são especializadas
em latas para segmentos de produtos
químicos e asseguram excelentes resul-
tados nesse setor.
A Brasilata, por exemplo, produz linha
completa de latas para tintas e produ-
tos químicos, aerossóis e baldes que
requerem máxima resistência devido à
grande quantidade de material envasa-
do. Recentemente, o
Barricaço, embala-
gem de 17 litros pa-
ra produtos pasto-
sos lan-
çado pela empresa, foi reconhecido na categoria Ge-
neral Line do Cans of The Year Awards 2011, prêmio
para a indústria mundial de latas de aço e de alumí-
nio realizado anualmente pelo boletim britânico The
Canmaker. A Companhia Metalgraphica Paulista (CMP),
fabricante de lata mais antigo em operação no Brasil,
também conquistou dois prêmios importantes em 2011
por apresentar embalagens seguras e robustas: o Prê-
mio Latincan e o Prêmio Embanews.
A Cerviflan, líder de mercado na categoria de aeros-
sóis, oferece desde latas de tintas de 18 litros a aeros-
sóis com diâmetros de 65 milímetros, 57 milímetros,
53 milímetros e 45 milímetros. A missão da empresa
é investir cada dia mais em toda a sua estrutura para
oferecer embalagens resistentes, que conservem o
6 7
capa
Foi observado que os tamanhos médios
das embalagens vêm se reduzindo nos
últimos anos. O tamanho mais adotado
nos lançamentos caiu pela metade.
mais elevadas”, comenta. Para Thais Fagury,
os testes científicos só vêm comprovar o que
as companhias pertencentes à indústria do
aço fazem questão de ressaltar: que além de
resistente, a lata é confiável para acondicionar
qualquer produto.
Flexibilidade
Em 1824, o confeiteiro François Deffès fa-
bricou as primeiras latas rasas com o com-
primento de uma sardinha. Uma novidade e
tanto para a época. Com a Segunda Guerra
Mundial os alimentos enlatados se populari-
zaram e o aumento da produção fez com que
surgissem novas propostas e técnicas para o
aperfeiçoamento do desempenho da emba-
lagem de aço e, o tamanho, estava incluído
nessas mudanças.
Fábio Mestriner, professor da ESPM,
Escola Superior de Propaganda e
Marketing (SP), que se dedica há mais de 25
anos ao design gráfico e de embalagens, traz
informações importantes obtidas pelo Labora-
tório de Embalagem ESPM, que monitora os
lançamentos de embalagens no mundo em
tempo real. “Foi observado que os tamanhos
médios das embalagens vêm se reduzindo nos
últimos anos. O tamanho mais adotado nos
lançamentos caiu pela metade. Os tamanhos
250 gramas/mililitros e 500 gramas/mililitros
são os mais promissores”, conta o professor.
Fábio Mestriner, professor da ESPM: tamanhos menores são ideais ao público single
Isso se deve muito às porções individu-
ais que atendem às pessoas que moram
sozinhas. “Esse tamanho é ideal para o pú-
blico single, por vir na medida certa, evitan-
do, assim, desperdícios”, completa Thais,
da ABEAÇO. “Com diversas opções para
incrementar o cardápio, esses alimentos
atendem a todos os gostos. Frutas, car-
nes, saladas, doces, derivados do tomate
e do leite, caviar, café, azeite, entre outros,
estão disponíveis no mercado”, afirma a
executiva. Para Mestriner, no dia a dia, a
lata de aço possui mais um grande diferen-
cial que deve ser destacado: a praticidade.
“Abriu, está pronto”.
Existem dezenas de tamanhos de latas
de aço utilizadas pela indústria e aplicadas
em alimentos, atomatados, guloseimas,
bebidas, café, cereais, carne, conservas,
doces e frutas em caldas, leites (creme
de leite, leite condensado e leite em pó),
pescados, pet food, tintas e produtos pro-
mocionais. A variedade é enorme e está
Setores de tintas e produtos químicos confirmam que a lata de aço traz a Flexibilidade e a Força necessárias para seus produtos
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produto e satisfaçam seus clientes. A Metalgráfica
Renner, empresa do Grupo Renner Herrmann S.A,
com mais de 80 anos de história, lançou galão de
3,6 litros com anel de borda virada para fora e in-
corporação do necking para garantir segurança no
empilhamento. A empresa oferece, ainda, baldes
cônicos de 18, 20 e 23 litros. A Novalata também
merece destaque nesse segmento, pois é pioneira
na produção da lata de 25 quilos para massas e
texturas e comercializa latas de 14 e 18 litros homo-
logadas pelo Inmetro para transporte terrestre de
produtos perigosos.
Estudo do CETEA (Centro de Tecnologia de Em-
balagem), realizado em 2010 e patrocinado pela
ABEAÇO para levantar dados de resistência mecâ-
nica de várias embalagens de massa corrida, mos-
trou que a lata de aço tem a força e é considerada
uma das melhores embalagens do mercado.
De acordo com a pesquisadora científica do CE-
TEA/ITAL, Fiorella Dantas, a lata de aço não apre-
sentou vazamento pelo sistema de fechamento ou
qualquer tipo de rompimento no corpo da embala-
gem durante os testes mencionados. “Isso cons-
tata que a lata com um sistema de fechamento
eficiente resiste aos impactos mesmo em alturas
8 9
capa
diretamente relacionada à exigência do
consumidor, seja para uso doméstico ou
para uso comercial. Podem ser encontra-
das desde latas pequenas para envasar 30
gramas de caviar até latas grandes para 5
litros de azeite de oliva extra virgem ou 23
litros de tinta.
A Laticínios Aviação, marca da manteiga
em lata mais famosa do Brasil, possui três
tamanhos: 100 gramas, 200 gramas e 500
gramas. A embalagem em aço e a sua cor
alaranjada eram seu principal diferencial
quando o produto foi lançado e passou ra-
pidamente a ser conhecido em todo o País.
Os consumidores se interessavam também
pela praticidade, pois a Manteiga Aviação
nasceu em uma época que geladeira só
existia no Brasil se fosse importada. A fama
da manteiga só aumentou, tanto que, atualmen-
te, é servida em lata personalizada no couvert dos
restaurantes de um dos melhores chefs do Brasil,
Alex Atala.
Forma
Outra grande característica das lata de aço é
a possibilidade de produção em inúmeros for-
matos devido à técnica de expansão. O corpo
das latas sofreu grande evolução na forma e de-
sencadeou uma corrida entre os fabricantes pela
diferenciação para oferecer aos consumidores
embalagens inovadoras.
O principal exemplo de lata expandida e conside-
rado um case mundial é a lata de Leite Moça Nes-
tlé, lançada em 2004. A marca buscava uma nova
identidade e conseguiu, com a mudança de shape,
ganhar força e atingir os lares de sete consumido-
res por segundo no País. “A forma é o principal atri-
buto de personalidade de uma embalagem e a lata
de aço consegue apresentar muitas formas dife-
rentes. A embalagem do Leite Moça com a cintura
da moça tornou-se um ícone do produto”, explica
Mestriner. “O design vem ganhando cada vez mais
força nos lançamentos de embala-
gens. Se evidencia claramente que a
forma é percebida pelo consumidor
como um valor genuíno que se incor-
pora ao produto”, completa.
Segundo Mestriner, o formato pa-
drão é o cilíndrico pela facilidade de
processo. O elíptico, o quadrado e o
retangular também podem ser adota-
dos sem grandes dificuldades técni-
cas. Com a técnica de expansão, as
possibilidades de formas novas e ex-
clusivas não têm limites. “A escolha
ou mesmo a criação de um novo for-
mato é uma tarefa que exige a partici-
pação de designers especializados.
Esses profissionais devem sugerir
a seus clientes a adoção de formas
exclusivas sempre que for possível.”
Balas, doces, biscoitos, azeites,
bombons, panetones, por exemplo,
tornaram-se sinônimos de produ-
tos com um charme a mais, já que
muitas vezes vêm em embalagens
sofisticadas e personalizadas. “Es-
sas criações vieram com o propó-
sito de gerar impacto visual”, com-
plementa Thais.
Uma das empresas que aposta
nesse caminho e enxerga a lata de
aço como objeto decorativo que
eternizam momentos e disseminam
marcas e sabores é a Meister, fa-
bricante de embalagens metálicas e
utilidades domésticas. A marca pos-
sui um portfólio com mais de 80 for-
matos, entre eles, ovais, redondos,
cônicos, retangulares, quadrados,
octogonais, coração, cigarreira, pra-
tinhos etc. A empresa recebeu o Prê-
mio Silver Decoration & Print Quality
do The Can of the Year Awards 2010
por seu trabalho.
Para quem apostou na cultura da
lata de aço anos atrás, merece a
mesma ascensão que o consumo
das embalagens alcançou. As indús-
trias fabricantes se viram na obriga-
ção de acompanhar as demandas
e as novas estratégias de mercado
e continuam inovando para que a
lata de aço seja sempre fundamental
para a sobrevivência humana.
Meister: portfólio com mais de 80 formatos
Manteiga aviação: lata para restaurantes finos
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mercadomercado
turbinadosNutrientes
A esteticista e dona de casa Anita Cândido, 42 anos, usa frequente-
mente conservas em lata de aço. Ela se divide entre o trabalho e o cui-
dado com a casa e os três filhos, não tem muito tempo para ficar na
cozinha e nem sempre consegue ir à feira. Mas não dispensa frutas e
vegetais. Para complementar as refeições da família, usa com frequência
alimentos enlatados. Na mesa não faltam milho, ervilha e seleta de legu-
mes, que as crianças adoram. “Enlatado é prático e saboroso. Não tenho
dúvida. Mas volta e meia me pergunto se esses alimentos são mesmo
saudáveis e se têm nutrientes”, duvida Anita.
A resposta é sim. Os alimentos envasados em latas de aço não ape-
nas são saudáveis como, em alguns casos, têm mais valor nutricional.
Estudo realizado pelo Departamento de Alimentação Humana da Univer-
sidade de Illinois (EUA), concluiu que os vegetais em lata, na maioria das
vezes, têm mais fibras e vitaminas do que os correspondentes frescos.
Para entender melhor por que isso acontece basta acompanhar a ca-
deia de abastecimento dos produtos em conserva e frescos até chega-
rem a nossa mesa. A pesquisa mostra que os vegetais in na-
tura já perdem nutrientes no percurso entre a colheita e a
casa do consumidor. Em países tropicais, como o Brasil,
os vegetais deterioram ainda mais rápido por causa do
calor. Antes de serem vendidos, ainda permanecem
algum tempo em freezers. Neste processo, alguns
nutrientes são perdidos.
Já os enlatados, de acordo com o estudo, cos-
tumam ser processados em pouco tempo
– em alguns casos, apenas algumas horas
-- após a colheita. O resultado é que as
propriedades naturais são preservadas.
Outro estudo, da Universidade da Ca-
lifórnia - Davis (EUA), fez uma compa-
ração entre alimentos frescos e enlata-
dos e mostrou algumas vantagens para
a lata. A abóbora em lata contém uma
maior concentração de betacaroteno do
que seu equivalente fresco. A pesquisa
comprovou também que o tomate en-
latado tem mais vitamina E e licopeno,
um poderoso anticancerígeno. Cenoura,
couve, espinafre e batata doce em lata
preservam mais os carotenoides que os
alimentos in natura. Já o milho em em-
balagem de aço possui uma quantidade
acentuada do antioxidante Luteína, que
pode reduzir os riscos de catarata e de-
generação macular – doenças dos olhos
que podem levar à cegueira.
Ponto para os enlatados!
Outra vantagem é que os vegetais são
cozidos dentro da própria lata, utilizando
altas temperaturas para destruir os micro-
organismos nocivos à saúde e mantendo
o conteúdo esterilizado durante toda a
sua vida útil, até o momento de abertura.
A média de validade dos alimentos em
conserva é de três anos.
“As embalagens de aço protegem os
alimentos contra a incidência de luz, oxi-
gênio e consequentemente microorga-
nismos que possam deteriorar o produto
envasado e processado”, explica Odilon
Roberto Oliviéri, Gerente de Marketing da
Olé Conservas, empresa nacional fabri-
cante de alimentos. Em seu portfólio de
Estudo realizado pelo Departamento de
Alimentação Humana da Universidade
de Illinois (EUA) concluiu que os
vegetais em lata, na maioria das vezes,
têm mais fibras e vitaminas do que os
correspondentes frescos.
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mercadomercado
produtos, a Olé oferece vários tipos de
tomates, ervilhas, milho verde e seleta de
legumes enlatados, além de grande va-
riedade de frutas.
Uma novidade que chegou recente-
mente ao mundo do aço é o cozimento
a vapor dentro da lata, desenvolvido e
lançado no País pela Metalgráfica Rojek,
em 2010. A nova lata foi criada em par-
ceria com pesquisadores da Unicamp
(Universidade Estadual de Campinas).
Neste processo não é preciso utilizar sal-
moura como conservante natural e pes-
soas com hipertensão podem consumir,
por exemplo, milho, ervilha e seleta de
legumes, já disponíveis no mercado,
sem problema. Importante ressaltar que
os envasados de modo tradicional tam-
bém podem ser consumidos por essas
pessoas, mas recomenda-se lavar antes
o alimento em água filtrada para retirar o
excesso de sódio.
Outro detalhe importante é que no
interior da lata de aço há uma resina
flexível que é invisível e impede o con-
tato do metal com o alimento, mesmo
em casos de amassamentos causa-
dos por fortes impactos. Por isso a
lata é tão utilizada em ajudas huma-
nitárias e transporte de alimentos a
longas distâncias. Ou seja, a embala-
gem de aço é prática também na hora
de armazenar.
A variedade de vegetais disponíveis
em lata tem crescido a cada dia. A Bon-
duelle do Brasil oferece, além de milho,
seleta de legumes, palmitos e outros
vegetais tradicionais, latas de broto de
soja, feijões brancos e verdes, grão
de bico, lentilhas, vagem e beterraba.
Como variedade também é saúde, mais
um ponto para que a dona Anita Cândi-
do continue oferecendo esses alimen-
tos para a família.
A ciência atesta
- Dados do USDA - U.S. Department of Agriculture - mostram que
as frutas e verduras frescas, congelados e enlatados têm quanti-
dades similares de fibra. Quase todos vegetais enlatados e frutas
são livres de gordura, por isso são excelentes para completar
uma refeição saudável.
- Um estudo da Oregon Health Sciences University - Portland,
Oregon - demonstrou aumento da quantidade de antocianinas,
um poderoso antioxidante, em blueberries enlatadas em compa-
ração com os mirtilos frescos e congelados.
- Conservas de frutas e sumos de fruta contribuem com -2% de
açúcares em dietas americanas e os vegetais enlatados contri-
buem com -1% o consumo de sódio.
- O estudo do Departamento Dietary Guidelines for Americans
do USDA identificou que os alimentos enlatados são uma forma
de ajudar as pessoas a consumir a variedade e quantidade diá-
ria recomendada de frutas, legumes, carnes e feijão, bem como
grãos e laticínios.
- Alimentos enlatados têm sido, e continuarão a ser, um com-
ponente do Commodities do USDA e programas de assistência
nutricional.
- Um estudo de três partes, realizado pela Universidade de Mas-
sachusetts - EUA, descobriu que, do ponto de vista nutricional e
sensorial, as receitas que são preparadas com ingredientes enla-
tados e aquelas preparadas utilizando ingredientes frescos e / ou
congelados têm a mesma proporção de nutrientes.
Fonte: Canned Food Alliance www.mealtime.org/content.aspx?id=44
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mercadoeducação
Educar para Reciclar
A responsabilidade ambiental nun-
ca esteve tanto em voga no Brasil.
Ações de reciclagem, apoio à logís-
tica reversa, coleta seletiva, cursos
sobre sustentabilidade, programas
empresariais, governamentais e de
ONGs em busca de um mundo me-
lhor ganharam de vez o centro das
atenções e caíram no gosto da popu-
lação. Isso porque é notório que, para
ter um dia a dia mais saudável e sus-
tentável, precisamos cada vez mais
pensar no futuro. E esse futuro, que
desejamos às próximas gerações,
passa necessariamente pela susten-
tabilidade de nossas ações hoje.
Um estudo realizado pelo Instituto
Brasileiro de Opinião Pública e Estatís-
tica (IBOPE) em 2007 mostra que 92%
dos brasileiros concordam que sepa-
rar o lixo para a reciclagem é uma obri-
gação da sociedade. Porém, apenas
61% desses entrevistados separam,
de fato, o lixo em suas residências.
Se levarmos em consideração da-
dos da Associação Brasileira de Em-
presas de Limpeza Pública e Resídu-
os Especiais (Abrelpe), o Brasil ainda
recicla muito pouco, apenas 1,4%
dos materiais. Temos muito para
avançar até chegar aos padrões
de países mais desenvolvidos,
como os Estados Unidos, que
reciclam 34% de suas embalagens
pós-consumo, e a União Europeia,
que reaproveita uma média de 45%.
Educação
Para incrementar essas ações e
contribuir para uma conscientização
maior da sociedade, a ABEAÇO
desenvolve uma série de atividades
“Desde 2007, o projeto Aprenden-
do com o Lataço já visitou dezenas
de escolas e entidades na capital e
na Grande São Paulo e atingiu mais
de 100 mil crianças”, conta.
O conteúdo do site www.lataco.
com.br foi criado por especialistas
em educação e inclui planos de aula
e de atividades sobre meio ambien-
te, sustentabilidade e saúde. Todo o
material está disponível para down-
load gratuito. O endereço na internet
disponibiliza ainda tutoriais e dicas
para diversas atividades lúdicas e
conteúdos complementares envol-
vendo música, fotografia e teatro.
Prolata
Outra iniciativa da ABEAÇO que
visa incentivar uma mudança de com-
portamento dos cidadãos é a criação
da Associação Prolata Reciclagem,
instituição sem fins lucrativos que
irá reciclar embalagens de aço pós-
-consumo. Com investimento inicial
de R$ 1 milhão e a participação de
empresas do setor de embalagem de
aço, o espaço terá capacidade para
receber diariamente até 20 toneladas
de embalagens vazias, que serão
classificadas, prensadas e enviadas
para siderúrgicas transformarem o
material em novas chapas metálicas
para reutilização.
De acordo com o presidente da
Prolata e diretor da ABEAÇO, Fer-
nando Mourão, a associação será a
primeira no Brasil a trabalhar formal-
mente dentro das normas da PNRS
(Política Nacional de Resíduos Sóli-
dos), promulgada recentemente pelo
governo federal. “A ideia do centro é
conscientizar a população sobre re-
ciclagem de embalagens de lata de
aço pós-consumo e estimular a cole-
ta seletiva”, explica Mourão.
“Com o descarte adequado reali-
zado pela população, vamos incre-
mentar os resultados de reciclagem
do País. Atualmente, o índice brasi-
leiro de reciclagem de embalagens
de aço está em 47%, que representa
quase 300 mil toneladas de material
reciclado anualmente. Em cinco anos
queremos aumentar esse índice para
70%”, acrescenta o executivo.
Prevista para estar em pleno fun-
cionamento em 2012, o primeiro cen-
tro de reciclagem Prolata ocupará
uma área de quase 1.000 m² na cida-
de de São Paulo. “Os terrenos ainda
estão em avaliação”, conta Mourão.
A unidade será equipada com eletro-
ímãs, esteiras de classificação, ba-
lança eletrônica e prensa hidráulica
de alta capacidade. As embalagens
serão pagas diretamente ao consu-
midor ou às cooperativas de catado-
res, hotéis, restaurantes, lojas, con-
domínios e clubes, ou qualquer outro
interessado que levar o material até
a Prolata. “A missão da ABEAÇO e
seus associados é levar informação
de qualidade ao público em geral a
fim de incentivar as práticas que pro-
movem ações para a sustentabilida-
de do planeta”, finaliza Thais.
como o Aprendendo com o Lataço,
que tem o objetivo de ensinar a im-
portância da reciclagem de lata de
aço pós-consumo para o público
infanto-juvenil.
“A formação do consumidor cons-
ciente é essencial para garantir a
prática de ações sustentáveis de
longo prazo”, completa Thais Fagury,
gerente Executiva da ABEAÇO. “O
Aprendendo com o Lataço ensina
que uma simples ação como a com-
pra de alimentos, com atenção es-
pecial ao tipo de embalagem, é um
ato de responsabilidade que pode
influenciar esta e as próximas gera-
ções”, completa.
As atividades propostas pelo pro-
jeto são conduzidas por monitores
e abordam a origem, o processo e
o destino das embalagens; a cadeia
produtiva da lata; a conservação e a
manipulação de alimentos; a impor-
tância da embalagem na indústria
alimentícia; a responsabilidade em
relação à questão do lixo e a impor-
tância da reciclagem.
Empresas fundadoras da Associação Prolata Reciclagem:
- Aro Exp. e Imp. Indústria Comércio LTDA
- Brasilata Embalagens Metálicas S.A.
- Cerviflan Indústria e Comércio LTDA
- Companhia Metalgraphica Paulista
- Companhia Metalúrgica Prada
- JBS Friboi
- Litografia Valença LTDA
- Metalgráfica Iguaçú S.A.
- Metalgráfica Rojek
- Metalúrgica Mococa S.A.
- Módulo Embalagens Ind. e Com. LTDA
- Novalata Beneficiamento e Com. LTDA
- Renner Hermann S.A.
- Rimet Empreend. Industriais e Comerciais
- Silgan White Cap do Brasil LTDA
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mercadocuriosidade
Famoso pelo pastel de bacalhau, pelo sanduíche gigante de mortade-la e pela beleza de seus vitrais, exe-cutados pelo artista russo Conrado Sorgenicht Filho, o Mercado Munici-pal de São Paulo é um dos templos mundiais da gastronomia. Entre as cerca de 350 toneladas de alimentos vendidas ali todos os dias, as latas se destacam. Azeites, pescados, frutas, pimentas e legumes em conserva são importados de todo o mundo em latas de aço ou produzidos no Brasil mesmo, fazendo a alegria de quem busca um programa de primeira re-cheado de sabor.
Sebastião Borges, 81 anos, que o diga. Trabalhando no “Mercadão” desde 1952, ele é proprietário da Casa Irmãos Borges, um dos 298 boxes instalados nos 12.600 metros quadrados de comércio. “Vendo produtos em vários tipos de embala-gens. Mas as latas são as preferidas especialmente por quem vem de lon-ge, pois não há risco de quebrar na viagem de volta”, ele diz.
Entre as dezenas de ofertas da Casa Irmãos Borges, ABEAÇO Notí-cias garimpou verdadeiras preciosi-dades, como o bacalhau com azeite e alho (Ramirez), numa latinha sim-pática e eficiente de 120 gramas do tipo abre-fácil que estampa no rótulo informações que valorizam o produto. “Sem corantes nem conservantes”, informa a latinha, que traz também um selo com a imagem de um garfo
mais de 160 marcas, especialmente da Grécia, Espanha, Portugal e Itália.
Ele oferece o azeite também em outras emba-lagens, mas não tem dúvidas de que o da lata é superior. “Quem começa a ler e estudar sobre azeite descobre logo que a luz é uma inimiga do produto. Tanto que os extravirgens de baixa aci-dez que não estão embalados em lata vêm em vi-dro escuro, para evitar a oxidação provocada pela luz”, ensina. “O da lata impede qualquer entrada de luz e está protegido”, pontua.
Aldemir critica o prazo de validade de azei-te de oliva estabelecido para o Brasil, que é de três anos. “Na Europa, o prazo é de qua-tro anos. Agora me diga como nós, que não produzimos azeite, podemos saber mais do que eles?” questiona, confidenciando que já encontrou debaixo do deck da piscina de sua casa uma lata de cinco litros da marca espa-nhola Carbonell, deixada ali por descuido, que já tinha oito anos de idade. “O produto estava perfeito e ainda delicioso. Usei na cozinha lá de casa até a última gota”, comenta.
Mas qual o azeite que seu Aldemir prefere? “Para a saúde, os gregos. Está provado que eles vivem dez anos a mais do que os outros povos pela qualidade de seu azeite. Mas, pelo paladar, prefiro os portugueses, que têm muito sabor”, conclui, dando uma dica de comercian-te: “Com a crise na Grécia, os azeites gregos estão chegando com ótimos preços”. Hora de aproveitar para garantir a saúde.
Receita do MercadaoOs comerciantes do Mercado Municipal de São Paulo tam-bém são cozinheiros de mão cheia. Tanto que comparti-lham no website oficial (www.mercadomunicipal.com.br) re-ceitas cheias de histórias. ABEAÇO Notícias selecionou um quitute delicioso em que os ingredientes em lata são essenciais:
Torta Tropical
(Indicação de Mauro de Oliveira - Doce Mercado – Rua I Box 15)Tempo de preparo: 45 minutosRendimento: 4 porções
Ingredientes:1 placa de massa folhada1 lata de leite condensado1 lata de pêssegos em calda1 lata de abacaxi em calda400 ml de creme de chantillyFrutas da época
Para o creme:1 lata de leite condensado1 lata de leite2 colheres (sopa) de farinha de trigo1 lata de creme de leite
Para a massa:5 ovos5 colheres (sopa) de açúcar5 colheres (sopa) de farinha de trigo1 colher (sobremesa) de fermento em pó3 colheres (sopa) de leiteMargarina e farinha para untar e polvilhar a assadeira
Modo de preparo:1. Prepare a massa batendo as 5 claras em ponto de neve. Acrescente as gemas e continue batendo. Coloque o açúcar e a farinha e depois o fermento, misturando com o leite aquecido. Despeje em forma untada e polvilhada e leve ao forno até dourar. 2. Cozinhe em panela de pressão, por 15 minutos, uma lata de leite condensado e deixe esfriar. 3. Prepare o creme, misturando o leite condensado, o leite e a farinha e leve ao fogo até engrossar. Acrescente o creme de leite e deixe esfriar.4. Em uma forma de fundo removível, coloque a massa folhada espa-lhando o leite condensado cozido.5. Corte a massa ao meio e coloque uma das partes sobre a torta. Acrescente o pêssego e o abacaxi picados e em seguida o creme já frio. Coloque a segunda parte da massa e cubra com chantilly. 6. Enfeite com frutas frescas de sua preferência.
Leve à geladeira por pelo menos 2 horas antes de tirar da forma.
e uma faca e a inscrição “pronto a comer”. Prontas para comer também são a Paella Valenciana em lata de 320 gramas da marca espanhola Albo, do tipo abre-fácil envolta por uma caixa, e as tenras lichias em calda Green Fiel-ds, importadas da Tailândia.
Entre os pescados, destacamos ainda as sardinhas portuguesas com azeite Bom Apetit (120 gramas) e a lata poliglota de 368 gramas de anchovas espanholas da marca Pelazza, com rotulagem em Espanhol, Francês, In-glês e Italiano. “Aqui só tenho do bom e do melhor”, pontua seu Borges, um senhor simpático de olhos azuis que vende disposição e saúde, enquanto aponta algumas preciosidades para food services ou consumidores gulo-sos da marca espanhola di Salerno, que oferece pimentões vermelhos as-sados e fundos de alcachofra em latas de 2,5 quilos. A rainha da loja de seu Borges, porém, é mesmo a lata de alho branco espanhol Premium Almanida, com 4,25 litros de sabor ardido.
A poucos metros da Casa Irmãos Borges, destaca-se a Banca do Ra-mon. Quem manda no pedaço é Al-demir Abdala, 53 anos, representante da terceira geração de comerciantes do mercado. A banca, fundada pelo avô de Aldemir, tem grande varie-dade de conservas em lata: peixes, crustáceos, frutas, atomadados, en-tre outros produtos. Mas o que faz mesmo os olhos do comerciante brilharem são as latas de azeite. São
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Mercadao--
Sebastião Borges, proprietário da Casa Irmãos Borges
Aldemir Abdala, comerciante da Banca do Ramon.
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Pescados em lata são as estrelas do “Mercadão”
Azeites de todas as partes do mundo são vendidos no “Mercadão”
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entrevista
Oportunidade das Arábias
O Brasil é um dos principais exportadores de
alimentos do mundo. Das tradicionais commo-
dities in natura a produtos prontos para o con-
sumo, o País se destaca em vários segmentos.
Esse bom momento do comércio internacional
também se reflete nos alimentos enlatados. Dos
tradicionais molhos de tomate e pescados, es-
trelas do mercado brasileiro, até frutas típicas
em calda, um novo e promissor negócio que
começa a mostrar sua força é a venda de pro-
dutos para o mundo árabe.
De acordo com o CEO da Câmara de Co-
mércio Árabe-Brasileira, Michel Alaby, a rela-
ção entre o Brasil e os países daquela região
do globo ainda é tímida, mas começa a re-
gistrar números expressivos. “De uma forma
geral, isso se deve ao receio que alguns seto-
res do comércio brasileiro sentem frente aos
países árabes, pois eles ainda possuem uma
cultura conservadora”, explica.
Só que, conforme o presidente da Câma-
ra de Comércio Árabe-Brasileira, Salim Taufic
Schahin, as boas oportunidades de negócio
que se abrem com a crescente demanda dos
países árabes por produtos brasileiros come-
çam a quebrar essa barreira. “Uma abertura
maior do Brasil pode gerar grandes resulta-
Comércio de enlatados entre o Brasil e os principais países árabes começa a crescer e abre novas oportunidades
dificultem o comércio. Há, porém, ne-
cessidades específicas atreladas prin-
cipalmente a produtos alimentícios e
que entrem em contato com o corpo
humano, como por exemplo cosméti-
cos. Alguns aditivos adicionados aos
produtos alimentícios (balas, choco-
lates, biscoitos, geléias e compostas
de doces) são proibidos. Um outro
exemplo é a exigência de Certificado
Halal para animais comestíveis (carnes
em geral). Para alimentos em geral, o
Certificado Halal é um diferencial de
mercado para empresas exportadoras.
O que é preciso para exportar aos países Árabes?
É conveniente procurar primeira-
mente a Câmara de Comércio Árabe-
Brasileira, para conhecer melhor as
peculiaridades de cada mercado ou
da região. Como regra geral, é preci-
so manter um contato constante com
os árabes, visto que essa cultura leva
muito em conta o relacionamento
interpessoal e a confiança entre os
parceiros. A construção de relaciona-
mentos sólidos e o bom entendimen-
to da cultura e dos mercados locais
são essenciais. Além disso, é neces-
sário adaptar e adequar o produto/
serviço a ser exportado de acordo
com as necessidades locais de cada
país ou da região.
Há barreiras da religião Muçulmana que impeça o comércio?
Não, somente uma restrição em
relação a alguns produtos como por
exemplo bebidas alcoólicas e carne
de porco, além dos produtos deri-
vados de carnes estarem de acor-
do com a Certificação Halal (pro-
cedimento religioso e sanitário em
relação ao abate dos animais, para
retirar todo o sangue do animal mor-
to). Carnes de ruminosas e de cavalo
são proibidas de alimentar o povo.
A Legislação dos países é rigorosa?
A cultura islâmica leva em consi-
deração a Lei “Sharia” (baseada nos
procedimentos religiosos). A legisla-
ção islâmica tem diferenças funda-
mentais em relação ao direito roma-
no, como por exemplo, a questão da
cobrança de juros em empréstimos
pessoais que é proibida, visto que
dinheiro não pode gerar dinheiro,
somente a atividade produtiva. Al-
gumas condições legais são base-
adas nos hábitos e costumes locais
ou regionais.
Algum componente é proibido nos produtos?
Como dito anteriormente,
produtos que contenham ál-
cool ou carne suína em sua
composição.
O que os produtos enlatados representam na Importação/Exportação entre os países Árabes e o Brasil?
O registro da SECEX não leva em
consideração o tipo da embalagem
do produto, mas sim um grupo de
produtos como um todo, o que
dificulta a identificação do valor.
Estima-se, porém, que produtos
alimentícios industrializados ainda
têm hoje uma participação baixa
frente ao potencial existente. Países
como Tailândia e até mesmo a Tur-
quia, além dos Europeus, possuem
participações maiores nos merca-
dos árabes quando se trata de en-
latados. As regras básicas são de
ter na embalagem as indicações
do conteúdo em árabe/in-
glês ou árabe/francês,
data de produção e data
de validade.
dos”, diz Schahin. Já há produtores brasileiros
de leite, café e pescados em lata aproveitan-
do essa abertura. Os maiores importadores
de produtos brasileiros são Arábia Saudita,
Egito e Emirados Árabes Unidos.
Dados da Câmara de Comércio Árabe-Bra-
sileira mostram que as exportações para os
países árabes foram de cerca de R$ 26 bilhões,
um crescimento de 20,3% em relação a 2010.
Com esse incremento dos alimentos enlatados,
os resultados podem ser ainda mais positivos,
ainda mais em um momento em que o consu-
mo nacional de enlatados está consolidado e
em que o mundo vive uma crise de alimentos.
Dicas para exportar para os países árabes:
Além de todas as exigências normais que
envolvem qualquer operação de exportação,
a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira ofe-
rece em seu website (www.ccab.com.br) in-
formações para facilitar a venda de produtos
para países árabes. Para esclarecer alguns
pontos relacionados à exportação, ABEAÇO
Notícias entrevistou o CEO Michel Alaby:
Existe algum tipo de regra sanitária para os produtos exportados?
De maneira geral não existem regras que
Michel Alaby: “As embalagens precisam ter indicações do conteúdo em árabe/inglês ou árabe/francês”
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Latas para enfeitar o banheiro
Quem nunca se deparou com a questão “O que fazer com
as latas de tintas que sobraram da reforma da casa”? Que
tal transformá-las em um artigo para decoração de banheiro?
A capacidade de reutilização das embalagens de aço é
uma de suas melhores qualidades em relação aos outros re-
cipientes. Por isso, ABEAÇO Notícias ensina como fazer um
lindo porta toalhas com três latas de aço pós-consumo de
tintas e fitas de cetim.
Você não gastará mais do que 30 minutos para confeccio-
nar e customizar esse item exclusivo de decoração. Como?
Veja a seguir!
- 3 latas de aço de tinta pós-consumo- 3 cortes de tecido colorido- pincéis- fita de cetim para o acabamento- cola Cascorez- fita dupla face (com capacidade de segurar 800g)- tesoura
Materiais necessários
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Comece medindo o tecido que será enrolado na lata. Corte no tamanho da lateral da embalagem e, com ajuda de um pincel, passe a cola Cascorez na lata, envolvendo-a com um dos tecidos. Repita o processo nas outras duas latas.
1º Passo
Faça o acabamento nas latas com a fita de cetim. Use um pincel fino para passar a cola na ponta e coloque em toda a lata, rente à tampa e ao fundo da lata. Coloque a fita também sobre a junção das duas partes do tecido.
2º Passo
Após fazer o acabamento nas três latas, cole vários pedaços da fita dupla face no fundo das latas. Posicione no local que você deseja no banheiro e faça a fixação. Se preferir, usar as latas de aço sobre a bancada da pia, soltas, para guardar escovas de cabelo e outros acessórios.
3º Passo
Agora seu banheiro tem uma decoração personalizada!
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Temperos finosQuem vai até o ST Marche, localizado na Mooca, encontra uma linha
completa de produtos e temperos em lata para realçar ainda mais o
sabor de carnes, frutos do mar e outros alimentos. Um exemplo é a em-
balagem da marca sul-africana NoMU, que combina alecrim, tomilho,
manjerona, alho, cominho e sementes de coentro para realçar o sabor
das carnes. Também conhecidos como “Rubs”, os mix de especiarias
são 100% naturais e livres de conservantes. Sua embalagem possui
capacidade para 45 gramas, é de aço e possui uma tampa de acetato,
com a qual é possível ver melhor a qualidade do produto.www.latinex.com.br
Muppets na lata A Top Cau, marca de chocolates, colocou no mercado brasileiro uma lata promo-
cional para o filme dos Muppets. A empresa apostou na novidade para embalar
seus bombons sabor brigadeiro com recheio cremoso. Além de ser uma boa
opção de presente, a embalagem pode servir como porta-treco, pois conta com
litografia dos desenhos dos famosos personagens. “Acreditamos no sucesso
da marca e decidimos trazer a magia dos Muppets para as nossas latas, já que
além das crianças eles fizeram à alegria de várias gerações”,
afirma Alais Fonseca, gerente de marketing da Top Cau.www.topcau.com.br
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Impressão diferenciadaA Trivisan, uma das mais antigas fabricantes de lata para o
segmento de tintas do Brasil, começa a expandir sua atua-
ção para pequenas e médias empresas das áreas de tintas,
vernizes, seladoras, solventes, resinas, adesivos e massas
com latas customizadas para volumes menores. Uma das
apostas da companhia é no aplicador de verniz GS&T, capaz
de reproduzir até 45 metros do produto por minuto. Como se
fosse uma gráfica, o rótulo é impresso diretamente na chapa
de aço, o que proporciona uma impressão diferenciada em
vários tamanhos. As latas possuem um encaixe que inibe
vazamentos e permitem que sejam empilhadas sem dano ao
material durante o transporte.www.trivisan.com.br
CofreO Cofre Baton, da marca de chocolates Baton, da Garoto, continua
fazendo sucesso nas gôndolas dos supermercados. Em forma de tubo
(tradicional formato do chocolate). A embalagem, de aço, é toda verme-
lha com as temáticas do produto e vem com 10 chocolates ao leite.www.garoto.com.br
Taj MahalA Meister colocou no mercado uma lata promocional especial,
inspirada na decoração de uma das Sete Maravilhas do Mundo,
o Taj Mahal. A embalagem, que também pode ser usada como
guarda-joias após o uso, possui litografia delicada e colorida. A
empresa desenvolveu uma embalagem de aço inspirada na pri-
mavera. A lata, com uma litografia repleta de flores e pássaros,
tem o clima da estação.www.meister.com.br
Páscoa na lata A Ferrero Rocher, referência em chocolates premium, trouxe
para a Páscoa deste ano uma bela surpresa: uma lata de
aço para acondicionar seus bombons. Ao todo são 187
gramas do inconfundível sabor da marca. As latas já haviam
feito muito sucesso no Natal e voltaram nesta Páscoa como
opção diferenciada, principalmente para presentear. A apos-
ta da Ferrero Rocher é conquistar ainda mais o paladar dos
consumidores que buscam algo diferenciado para a data. www.ferrero.com.br/ferrero-rocher
Lata é tudo de bomA Pedigree, fabricante de alimentos para cães, acaba de lançar uma edição
especial em lata de aço para comemorar o sucesso dos três anos da cam-
panha “Adotar é tudo de bom”. As latas já estão disponíveis em supermer-
cados de todo o Brasil e mostram cães em busca de um novo lar em seus
rótulos. A empresa responsável pela fabricação da embalagem foi a Rimet.
As latas apresentam ainda o número de cães adotados por meio do progra-
ma de adoção da marca. No website oficial, o consumidor encontra mais
informações sobre o programa, as ONGs parceiras e também saberá como
participar do processo de adoção dos cães disponíveis. www.pedigreeadotaretudodebom.com.br | www.rimet.com.br
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