UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
ELEMENTOS DE ANÁLISE PROJETUAL: PROCEDIMENTOS E RECEPÇÃO
ESTÉTICA
BELO HORIZONTE
2015
INTRODUÇÃO
O trabalho contempla análise do Edifício Montevideu 285, do escritório Vazio S/A,
localizado no bairro Sion, centro sul da cidade de Belo Horizonte na rua e número que dão
nome à edificação. É um edifício residencial, assim como todo o seu entorno.
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Imagem: Localização do Edifício. Fonte: Google Maps modificado
A Vazio S/A foi fundada em 2001 e é comandada por Carlos Teixeira, arquiteto
formado pela UFMG em 1992. A empresa é regida por conceitos que a diferem atualmente de
outros escritórios: inspiração no mercado para fomento de indícios de novas possibilidades de
projeto e isso se reflete na produção do estúdio que se estende desde o convencional
(edifícações), à pesquisa, à partipação de concursos de mundiais. E ainda mais atípico são as
intervenções no espaço urbano por meio performances aliadas às artes cênicas.
Vazio S/A é um escritório premiado e ganha espaço com obras na Inglaterra e Canadá,
além, de claro, no Brasil.
1 NATUREZA DO LUGAR: RELAÇÃO ENTRE OBJETO E LUGAR
1.1 Topografia
As características originais do terreno de dimensões 12x40m revelam uma topografia
praticamente plana, de inclinação transversal de 8,30% vistas a partir da base da PRODABEL
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. No entanto a implantação atual desse edifício, de acordo com suas pranchas de corte,
evidencia um desnível ainda menor indicando possivelmente uma alteração no terreno em
relaçao ao levantamento original.
Imagem 1: Curvas de nível separadas em 0,20 metros. Fonte: Acervo do grupo
1.2 História e estrutura social do lugar
Bairro nobre de Belo Horizonte, Sion tem seu início com a ocupação na região
limítrofe ao Colégio Nossa Senhora de Sion, atual Santa Dorotéia. Ali, no internato religioso,
estudavam as filhas das famílias tradicionais da cidade, e estas, logicamente, eram as que
ocupavam primordialmente a região
A cidade de Belo Horizonte planejada, inicialmente, dentro da Avenida do Contorno
era circundada por um cinturão verde de chácaras responsáveis por abastecer a cidade com
produtos agrículas. Com o seu crescimento a decisão de transformar as chácaras em
loteamentos e novos bairros para além da Av. do Contorno teve de ser tomada.
O projeto original do bairro é aprovado pela prefeitura em 1928 porém sua expansão
sistematizada ocorre apenas a partir da década de 40, trazendo a chegada da rede de transporte
público ao local. Em 1946, o bairro é reparcelado, sendo dividido pelo engenheiro Lauro
Mourão Guimarães em 2406 lotes. Nessa região havia apenas uma rua pavimentada, a Grão
Mogol, e ali se encontravam as vilas operárias do Mendonça, Acaba Mundo e Anchieta onde
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moravam pessoas pobres com pouca qualidade de vida. A partir da década de 40, essa
população menos abastada se afasta e se une para surgir a favela "Acaba Mundo".
Novas mudanças ao redor do bairro nos anos 60 e 70, como a instalação de colégios, a
implantação da Avenida Afonso Pena, a expansão da BR-040, fizeram com que o bairro
virasse alvo de grandes construtoras. Logo, deu-se início à construção de vários prédios na
região mais alta do bairro, conhecida como Alto Sion, consolidando-o como uma área
próspera da zona sul de Belo Horizonte. Na última década o bairro sofre de intensa
verticalização, com uma presença marcante de apartamentos de luxo. E para atender essa
demanda surge uma infra-estrutura comercial considerável: restaurantes, bares, padarias,
supermercados, escolas, lojas, academias, veterianárias, etc. Hoje, é considerado um dos
bairros mais densos da cidade.
O bairro é uma ZAP (zona de adensamento preferencial), e está inserido numa ADE
(área de diretriz especial), não possui regulação especial por não ser uma APA (área
parcelada). Segue o quadro de parâmetros que regem o espaço:
Parâmetros Urbanísticos Atuais:
Coeficiente de Aproveitamento 1,5
Taxa de Permeabilidade 20%
Altura Máxima na divisa 5m
Afastamentos laterais e posterior 2,3m
Afastamento fronta 3m
Tabela 1: Parâmetros Urbanísticos. Fonte: Acervo do grupo
1.3 Imagem do objeto e formação da paisagem
O prédio se destaca na paisagem devido ao maior cuidado estético e funcional. É
possível perceber que seu formato e seus adornos se diferenciam da vizinhaça no entorno.
Independente disso, ele apresenta-se em uma área homogenea na qual predominam
construções residenciais.
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2 RELAÇÃO ENTRE FORMA E CÂNONES DA HISTÓRIA
2.1 Imagem inicial/diagrama/partido: influência dos cânones da história na elaboração
do processo de produção formal
A partir dos diagramas recebidos do escritório, nota-se que a forma do edificio foi
concebida a partir do polígono dado através dos afastamentos obrigatórios. A estrutura de
concreto trílitica foi posteriormente adotada a fim de manter o edifício de pé.
A estrutura trílitica foi primeiro utilizada na Grécia, com o material disponível na
época, a pedra. Com a descoberta de novos materiais por engenheiros na Revolução Industrial
inicia-se o uso do concreto armado que se estende até hoje.
Montevideu 285 faz referências ao pé-direito das casas coloniais, traz com ele as
sacadas das casas das cidades barrocas (presente no apto 501) e busca no passado elementos
arquitetônicos que pudessem melhorar a qualidade dos produtos hoje oferecidos no mercado
imobiliário local, de uma mesmice nauseabunda. (FERNANDES, 2015).
É possivel perceber uma tendencia em se construir edificios que com pequena ou
nenhuma area comum nos anos 2000. No modelo estudado é o que acontece. O predio
individualiza ao maximo os pavimentos impossibilitando a existencia de areas de
convivencia.
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3 ORGANIZAÇÃO DA PLANTA
3.1 Relação entre planta e forma: linear, blocos conectados, desarticulados
Imagem 4: Relação planta e forma. Fonte: Vazio S/A modificado
Parte-se de um retângulo, claramente visível na planta, e então extruda-se esta forma
para gerar a ideia de um paarlelepípedoa. Este sólido por sua vez é seccionado, e desloca-se
uma destas seções, saindo do prédio 3 metros para o fundo. Este balanço gerado, junto um
diferente acabamento epidérmico, é capaz de gerar um destaque significativo ao quinto andar.
Na parte superior do prédio a impressão deixada é de que o bloco como um todo foi
recortado, e ali estão as sobras.
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Imagem 5: Relação de pavimentos. Fonte: Vazio S/A
Esses pequenos ajustes aos andares utilizam do aproveitamento máximo dos
parâmetros urbanisticos para gerar personalidade aos diferentes apartamentos.
Imagem 6: Sombremento gerado pelas sacadas. Fonte: Vazio S/A modificado
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Em sua fachada oeste retira-se lateralmente uma seção do bloco principal do primeiro
ao penúltimo anda. Esse recorte gera sombra nas salas dos apartamentos no horário de
insolação crítica e permite a ventilação cruzada nestes mesmos ambientes.
3.2 Relação entre interior e exterior:
Imagem 7: Fachada Leste. Fonte: Vazio S/A
Imagem 8: Fachada Oeste. Fonte: Vazio S/A
Além do destaque dado ao 5o andar, que acaba gerando uma certa hierarquia exterior
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entre os apartamentos, há a gritante diferença entre a fachada leste e a oeste. Onde a fachada
leste exerce papel de protagonista, exibindo detalhes peculiares e propostas alternativas ao
tradicional encontrado na região.
A acessibilidade está relacionada com trazer o espaco acessível não só para pessoas
com mobilidade reduzida, mas também para aquelas pequenas parcelas da população, visando
a eliminação de suas barreiras.
Ainda exteriormente, o passeio do Edificio Montevideu é acessível, uma vez que a
inclinação das rampas não ultrapassam o limite de 8,33% e possui uma rota livre de mais de
1,20 metros em sua largura, com guia tátil de alerta. A entrada para o Hall do edifício também
é acessível, possuindo 1,20 metros de largura para passagem e porta, e existe um corrimão na
rampa de 6,83% de inclinação. O acesso ao elevador para os apartamentos também é
acessível, com 8,29% de inclinação na rampa, que possui corrimãos e largura maior que 80cm
em seu acesso.
Imagem 9: Acessibilidade Hall de Entrada. Fonte: Vazio S/A modificado
Imagem 10: Acessibilidade apartamento 201. Fonte: Vazio S/A modificado
Uma coisa marcante na não existência de acessibilidade nos apartamentos 501 e 601 é
a presença de escadas entre a sala de estar e a sala de jantar.
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Imagem 11: Acessibilidade apartamentos 301-304 e 501. Fonte: Vazio S/A modificado
Imagem 12: Acessibilidade apartamentos 601 e 701. Fonte: Vazio S/A modificado
Os apartamentos 601, 701 e 801 (cobertura) não possuem sua entrada acessíveis, uma
vez que se encontra, em cada um, uma escada de tres e sete degraus para o seu acesso.
Também não é possível o acesso do oitavo para o nono e décimo andar (no apartamento de
cobertura), sendo que esse acesso só é possível através de escadas e o elevador só vai até o
oitavo andar.
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Imagem 13: Acessibilidade apartamento 801. Fonte: Vazio S/A modificado
Imagem 14: O uso de escadas no interior dos apartamentos. Fonte: Vazio S/A
Portanto, o edifício não é considerado totalmente acessível: seu acesso pela rua é
facilitado mas a convivência nos apartamentos pode ser um problema para pessoas com
mobilidade reduzida ou necessidades mais especiais. Usuários de cadeiras de rodas não
poderiam ser usuários dos apartamentos 501, 601, 701 e 801 e usariam os demais
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apartamentos (201, 301, 401) com muita dificuldade. Desse modo, 50% dos apartamentos
podem ser considerados inacessíveis e os demais não se adequam totalmente nas regras de
dimensões de acessibilidade.
O edifício possui algumas estratégias ambientais nas quais existem jardins frontais,
que trazem uma beleza estética à fachada, contendo em sua grande porção áreas permeáveis
com algumas árvores. Ainda sobre jardins, é possível encontrar outro na área privativa do
apartamento 201, no qual possui uma ampla área de churrasqueira com dois espaços para área
permeável e plantas.
Imagem 15: Paisagismo do Edificio Montevideu em corte. Fonte: Vazio S/A modificado
Além disso, o edificio possui, em sua fachada leste, espaço para vasos de plantas,
assim como uma varanda no apartamento 501 onde é possuível o cultivo de plantas. As grades
metálicas contidas nessa fachada, além da função de brise, serve como suporte para o
crescimento de russélias.
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Imagem 16: Fachada leste e seu diferencial. Fonte: Arcoweb
Imagem 17: Grades metálicas e as Russélias (Equisetiformis russelia). Fonte: Vazio S/A e Google
O maior ponto do projeto paisagístico é o teto verde, no qual possui 50% de sua área
ajardinada e o restante é uma laje impermeabilizada. Esse teto verde faz um diferencial em
relação a área permeável do edifício, considerando que foi compensado a parte de cima
permeável com menos área com permeabilidade no primeiro pavimento. Essa cobertura
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também possui painéis solares localizados na área da laje impermeabilizada, o que trás uma
maior preocupação ambiental no uso do edificio. Estes não estão no projeto oficial, mas
existem no local atualmente.
Imagem 18: Telhado verde no Edifício Montevideu. Fonte: Vazio S/A
A seguir, os espaços azuis tendem a gerar encontro e permanência, são espaços que de
transição entre o interno e externo. As áreas roxas são áreas que tendem a neutralidade, são
espaços de trânsito. A área rosa se encontra no limite frontal do lote, é um espaço que apesar
de pertencer ao prédio e ser permeável a rua ele acaba por pertencer a ninguém, o único
usufruto é visual, e este é frio.
Imagem 19: Recorte dos espaços externos ao edifício. Fonte: Vazio S/A modificado
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Imagem 20: Entrada do prédio. Fonte: Vazio S/A
O foco dos apartamentos são os espaços de permanência prolongada, estes possuem
melhor iluminação, pé direito mais alto em alguns dos apartamentos, e suas dimensões
contrastam com os demais cômodos. É uma experiência agradável percorrer o prédio, onde a
intregração da natureza ao projeto, mesmo que não seja tão profunda, gera espaços
aconchegantes.
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Imagem 21: Vista a partir da sacada do 5o andar Fonte: Vazio S/A
Imagem 22: Vista externa a partir da área privativa do 1o andar. Fonte: Vazio S/A
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3.3 Comodidade ambiental
Imagem 23: Diagrama de ventilação e insolação. Fonte: Vazio S/A modificado
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Com foco nos cômodos de maior permanência, é incorporado a eles a ventilação
cruzada leste/oeste, o que aproveita da direção geral dos ventos na cidade. O posicionamento
destes cômodos na fachada leste, virados para o sol da manhã, os protege de alta carga
térmica ao longo dia. Os cômodos de área molhada se localizam na fachada oeste. É notável
a diferença da área das aberturas laterais entre as fachadas leste e oeste, na leste as aberturas
são maiores, possibilitando uma grande entrada de luz, que é amortecida, quando direta, pelas
grades em seu exterior imediato. E as aberturas menores, na fachada oeste, diminuem a
quantidade de carga térmica transmitida para o interior dos mesmos cômodos.
3.4 Circulação
A circulação no interior do edifício acontece basicamente por meio de escadas e
elevadores (circulação vertical), sendo o segundo mais utilizado nesse caso. O elevador leva
pessoas do térreo ao oitavo andar, sendo o acesso do apartamento de cobertura para o nono e
décimo andar realizado apenas por meio de escadas. Nos apartamentos 601, 701 e 801, além
do uso do elevador para o acesso ao hall do andar, é necessário o uso de uma escada de tres ou
sete degraus entre o hall e o apartamento.
Imagem 24: Esquema da circulação horizontal e vertical. Fonte: Vazio S/A modificado
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Quanto a circulação horizontal, essa é realizada por meio de halls e corredores, sendo
esses fora e dentro do apartamento respectivamente. Ainda dentro dos apartamentos, os de
número 501 e 601 possuem degraus entre a sala de estar e sala jantar.
Imagem 25: Vista da caixa de escada da fachada frontal. Fonte: Vazio S/A
De um olhar corriqueiro ao andarmos na rua, é imperceptível onde, no prédio, se
localiza a caixa de escada e elevador, mesmo que esta esteja presente na fachada frontal. O
prédio é minucioso e discreto em sua linguagem visual.
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4 SISTEMA ESTRUTURAL
4.1 Sistema Estrutural Adotado
Material: Concreto Armado: Trilítico
Imagem 26: Sistema estrutural trilítico. Fonte: Acervo do grupo
Imagem 27: Sistema estrutural trilítico. Fonte: Acervo do grupo
4.2 – Forma Estrutural: plana
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Imagem 28: Sistema estrutural trilítico vedado. Fonte: Acervo do grupo
Imagem 29: Sistema estrutural trilítico vedado. Fonte: Acervo do grupo
4.3 Relação entre estrutura e forma: estrutura como elemento de suporte da forma
A estrutura está totalmente escondida dentro das alvenarias, sendo assim sua
localização e posição não importam muito para o conceito do projeto. Os vãos médios são de
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5,5m e cada pilar sobe até o último pavimento com as mesmas dimensões facilitando e
economizando as formas na obra.
Imagem 30: Sistema estrutural trilítico vedado. Fonte: Acervo do grupo
Imagem 31. Sistema estrutural trilítico vedado. Fonte: Acervo do grupo
Imagem 32: Sistema estrutural trilítico vedado. Fonte: Acervo do grupo
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Imagem 33: Sistema estrutural trilítico vedado. Fonte: Acervo do grupo
Imagem 34: Sistema estrutural trilítico vedado. Fonte: Acervo do grupo
Imagem 35: Sistema estrutural trilítico vedado. Fonte: Acervo do grupo
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Imagem 36: Sistema estrutural trilítico vedado. Fonte: Acervo do grupo
4.4 Relação entre planta e estrutura: o espaço interno definiu o tipo de estrutura a ser
utilizada.
Os pilares estão dentro das paredes, nascendo em posições estratégicas. No entanto, as
vigas ficam aparentes em alguns tetos, e elas passam sobre 3 salas, 17 hall de corredor, 1
quarto e 1 varanda. O jogo com o uso de escadas criam vários níveis dentro dos apartamentos,
no entanto também criam uma necessidade de instalação de entre forros nas salas, onde as
vigas passam deliberadamente no meio do ambiente, dividindo visualmente o maior espaço do
projeto. Cada uma das figuras abaixo possui sua laje de piso e de cobertura correspondente e a
área hachurada é o local onde esse bloqueio visual das vigas aparece.
Imagem 37: Planta estrutural. Fonte: Acervo do grupo
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Imagem 38: Planta estrutural. Fonte: Acervo do grupo
Imagem 39: Planta estrutural. Fonte: Acervo do grupo
Imagem 40: Planta estrutural. Fonte: Acervo do grupo
Imagem 41: Planta estrutural. Fonte: Acervo do grupo
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Imagem 42: Planta estrutural. Fonte: Acervo do grupo
Imagem 43: Planta estrutural. Fonte: Acervo do grupo
Imagem 44: Planta estrutural. Fonte: Acervo do grupo
4.5 Relação entre revestimentos externos/fachada e estrutura: mesmo plano
Tanto os revestimentos da alvenaria quanto os metálicos que aparecem como brises e
elementos de guarda corpo nas fachadas principalmente na da leste compõe o objeto dando à
sua estética um movimento maior com outros tipos de materiais. E estão nos mesmos planos
horizontal e vertical da estrutura.
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Imagem 46: Fachada leste e revestimento externo. Fonte: Vazio S/A
Imagem 47: Fachada leste. Fonte: Vazio S/A
5 SISTEMA CONSTRUTIVO
5.1 Cobertura
- Terraço verde
- Lage plana com inclinação de 2%.
Imagem 48: Terraço verde. Fonte: Vazio S/A
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5.2 Materiais utilizados nas aberturas
Janelas:
- Vidro blindex 8mm - Projetante deslizante com caixilho de alumínio.
- Vidro blindex 8mm - Fixa.
- Veneziana de alumínio fixa.
Imagem 49: Veneziana de alumínio fixa. Fonte: Comparco indústria
- Vidro blindex 8mm - Projetante deslizante com caixilho de alumínio e guarda-corpo
de H=90 externo.
- Vidro blindex 8mm de correr com caixilho de alumínio.
- Vidro blindex 8mm de correr com caixilho de alumínio e guarda-corpo de H=90
externo.
- Vidro blindex 8mm de correr com duas folhas iguais com caixilho de alumínio.
- Vidro blindex 8mm de correr com duas folhas iguais, caixilho de alumínio e guarda-
corpo de H=90 externo.
- Vidro 8mm fixo com caixilho de alumínio.
- Vidro Blindex 8mm de correr com caixilho de aluminio.
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Imagem 50: Janela vidro Blindex 8mm de correr com caixilho de aluminio. Fonte: Vazio S/A
Portas:
- Blindex 8mm de caixilho de aluminio.
- Blindex 8mm de correr caixilho de aluminio.
- Blindex 8mm de correr de 1 a 5 folhas caixilho de aluminio.
- Corta Fogo.
- Prancheta de Agelim.
- Porta Sanfonada de PVC.
Imagem 51: Porta sanfonada de PVC. Fonte: Leroy Merlin
- Porta Veneziana de Aluminio.
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Imagem 52: Porta de vidro blindex 8mm de correr de 2 folhas de caixilho de aluminio. Fonte:
Vazio S/A
5.3 Pisos e Revestimentos
Pisos:
- Next Water 60x60 NAT RE.
- Cetim Bianco 40x40 Bold.
- Pedra Miracema - Dec de Eucalípto.
- Travertino Bianco 45x45.
- Ferrara White 40x40 Bol.
- Ladrilho Hidraulico 20x20cm.
- Cimento Desempenado Liso.
- Laminado de madeira Eucaflor.
- Grama Esmeralda.
- Ardosia 30x30cm.
- Piso da garagem pintado com tinta epox cor cinza médio.
- Marcação das vagas da garagem pintadas com tinta epox cor amarelo.
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Imagem 53: Ladrilho Hidraulico 20x20cm. Fonte: Vazio S/A
Revestimentos nas paredes
- Cetin Bianco 30x40 Bold.
- Frame White 30x40 Mate.
- Revestimento quartizolite ou Techino.-Tinta esmalte sintetico.
- Pintura coral esmalte sintetico brilho.
- Revestimento Marmocryl.
- Pintura coral esmalte plus super lavavel.
Imagem 54: Tinta coral esmalte plus super lavavel. Fonte: Coral
- Emassada e pintada com c/ tinta acrilica branco fosco.
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Imagem 55: Tinta suvinil acrilica branco fosco. Fonte: Suvinil
- Pintura coral plus super lavavel ou techico jeti com chuvisco.
- Nex Water 60x60 nat re.
- Pintura coral acrilica cor cinza grafite.
- Pintura suvinil acrilica cor amarelo ouro.
Imagem 56: Garagem pintada com tinta coral acrilica cor cinza grafite e suvinil acrilica cor
amarelo ouro. Fonte: Leroy Merlin
- Gesso acartonado aramado e emassado e pintado Latex PVA.
- Gesso acartonado aramado e emassado e pintado acrilico por branco neve.
- Lambris de madeira.
- Lage emassada e pintada com tinta branco neve.
- Concreto Aparente sem pintura.
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Imagem 57: Pintura externa coral acrilica cor cinza grafite e tubulção hidraulica e jardineiras
cúbica de concreto. Fonte: Vazio S/A
Rodapé:
- Marmore Branco Comum.
- Pedra Miracema.
- Tabua corrida angelim.
- Adósia 5cm.
- Ferrara White Bol.
5.4 Ornamentos/detalhes
- Tela galvanizada Metálica funcionando como brise na janelas.
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Imagem 58: Tela galvanizada metálica. Fonte: Vazio S/A
- Jardim no térreo.
- Varanda com parapeito de madeira.
Imagem 59: Parapeito de madeira. Fonte: Vazio S/A
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- Terraço jardim.
Imagem 60: Terraço jardim. Fonte: Vazio S/A
- Varanda em balanço com desnivel.
Imagem 61: Varanda em balanço e desnível. Fonte: Vazio S/A
- Tubulação hidraulica externa.
- Jardineira cúbica de concreto
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CONCLUSÃO
Observa-se com o desenvolvimento do estudo que o Edifício Montevideu é fruto de
um empreendimento que segue na contramão do mercado imobiliário, segundo seu
idealizador. Isso se deve ao fato de priorizar a qualidade da unidade de habitação em
detrimento da densificação total do terreno. Ganha-se, assim, um edifício com menos
unidades, pé-direito mais alto e também desejável conforto térmico à partir dos afastamentos
laterais mais generosos. A independência entre estrutura e alvenaria confere liberdade aos
espaços internos que podem ser modificados.
É visível a preocupação do arquiteto com a estética, a qual tem grande influência da
arquitetura contemporânea. Exemplo disso são os brises de aço com telas vazadas que por
estarem localizados na fachada leste são funcionais e bastante incomuns no que se refere ao
seu material e posicionamento.
O que se observa na atual conjuntura do Edificio é exatamente o contrário sobre o tipo
de público que se imaginava. A alteração da fachada leste, possivelmente sem o
consentimento do arquiteto, representa o comportamento conservador dos moradores que
Carlos Teixeira evitava encontrar quando se propôs buscar um novo nicho imobiliário no
mercado.
Assim, após a análise da obra, vê-se um projeto que é fruto de um empreendimento
que visa atender um público diferenciado e opta por práticas projetuais não convencionais:
umas bem aceitas, como ampliação do espaço social interno (varandas, churrasqueiras e
cobertura) e outras indesejadas como a estrutura aparente de rede pluvial e brise que já foram
modificadas.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CORBIOLI, Nanci. Vazio Arquitetura: Edifício residencial. Disponível em:
<http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/vazio-arquitetura-edificio-residencial-31-
05-2010>. Acesso em: 01 de maio de 2015, às 15:00.
FERNANDES, Gica. Ed. Montevideu 285 / Vazio S/A. Disponível em:
<http://www.archdaily.com.br/br/01-7371/ed-montevideu-285-vazio-s-a>. Acesso em: 01 de
maio de 2015, às 14:30.
ROSSO, Silvana Maria. Arquiteto Incorporador. Disponível em:
<http://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/205/arquiteto-incorporador-213252-1.aspx>.
Acesso em: 13 de maio de 2015, às 14:15.
TEIXEIRA, Carlos M. Ed montevideu 285. Disponível em:
<http://www.vazio.com.br/projetos/ed-montevideu-285/>. Acesso em: 27 de abril de 2015, às
18:00.
Pesquisa acervo Vazio S/A