O CONCEITO DE CRIME
Art. 5º, XXXIX, da CF:
Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal
Art. 1º, do CPB:
Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
2 . CONCEITO ANALÍTICO DE CRIME
Crime é um fato típico, ilícito e culpável.
2.1 . Elementos da tipicidade:
a) Objetivos:
- Conduta típica (ação ou omissão)
- Resultado, nos crimes materiais
- Nexo causal
b) Elementos subjetivos da conduta:
- Dolo ou culpa
2.2 . Elementos da Ilicitude:
- Contrariedade ao ordenamento jurídico
- Ausência de norma penal permissiva justificante incidente sobre
a tipicidade
2.3 . Elementos da Culpabilidade:
- Imputabilidade
- Consciência potencial da ilicitude
- Inexigibilidade de conduta diversa
O CONCEITO DE CRIMEO CONCEITO DE CRIMEExcludentes
Dolo (art. 18,I)
Culpa (art. 18,II)
TIPICIDADE
Conduta
Resultado
Nexo causal
ILICITUDE
ContrariedadeOrd. Jurídico
CULPABLIDADE
Imputabilidade
Potencial de Consciência da Ilictude
Inexigibil. de Conduta Diversa
Art. 23E. de NecessidadeL. DefesaE. R. do DireitoE. C. D. Legal
Dolo
Normas penaisJustificantes
TIPICIDADEILICITUDE
Normas PenaisDirimentes
Art. 27 > 18 anosArt. 26/ Doença mentalArt. 28§1º/ Emb. Fortuita
Art. 21/E. de ProibiçãoArt. 20§1º E. SobreExcludente Putativa
Art. 22/ Coação M. Irrest. Obediência HierárquicaEsc.Absol (181-348,§1º)
CULPABLIDADE
Reserva Legal (art. 1º ,CP), Taxatividade e Anterioridade integram a tipicidade.
Normas P. Incriminadoras integram a tipicidade;
Crime
TIPICIDADE
Conduta atípica
Ausência de dolo e culpa
Ausência de nexo causal nos crimes materiais
Welzel – Teoria finalista da ação
resultado
Conduta - Processo de consciência dos efeitos causais da ação finalista
conduta
Conteúdo da vontade
Elemento constitutivo
Objetivos da condutaMeios empregados
Conseqüências secundárias
Valoração
Figura típica
Subjetivos: Finalista
Objetivos: causal
Nexo finalista
Nexo causal
Dolo/culpa
Tentativadefine
Nessa perspectiva, o conteúdo da vontade integra o tipo penal, portanto o dolo constitui-se como elemento subjetivo da conduta.
resultado
Conduta - Processo causal da ação
conduta
Figura típica
Fator de causalidade
Nexo causal
Belling – Teoria naturalista (causal da ação)
Culpabilidade
Dolo/culpa
Dolo DiretoDolo Direto - - Teoria da Vontade – art. 18,I
Art. 219,§ ú – Fim libidinosoArt. 299 – Fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante
resultadoconduta
Conteúdo da vontade
Objetivos da condutaMeios empregados
Conseqüências secundárias
Nexo finalista
Nexo causal
Tentativa (art. 14,II)
PrevisibilidadeSubjetiva
consciência
vontade
Formais
Específico
Nexo direto
Crime Impossível
(art. 17)
Elemento Constitutivo
C. A. V. A.
Ineficácia absoluta do meio
Absoluta impropriedade do objeto
Dolo IndiretoDolo Indireto - - Teoria do Assentimento – art. 18,I
resultadoconduta
Conteúdo da vontade
Nexo finalista
Nexo causal
PrevisibilidadeObjetiva
consciência
vontadeNexo indireto
AssumeRisco
No dolo indireto o nexo finalista entre a conduta e o resultado é indireto, decorrente do risco que o agente assume pela produção do resultado.
CULPA - art. 18,IICULPA - art. 18,II
Na culpa a vontade alcança apenas a conduta e a causa, não se estendendo ao resultado. Portanto, não há compensação de culpas.
Imprudência
Imperícia
NegligênciaDever de cuidado objetivo
Conduta voluntária nexo causalResultad
o
Imprevisão subjetiva
Previsão objetiva
Normas complementares
Vontade
Inobservânc ia
CULPA IMPRÓPRIA – art. 20,§,1º, 1ª parte; 23,§ ú, parte finalCULPA IMPRÓPRIA – art. 20,§,1º, 1ª parte; 23,§ ú, parte final
resultadoconduta
Conteúdo da vontade
Nexo finalista
Nexo causal
Falsa consciência
vontadeNexo viciado
Exclui o dolo Erro essencial evitável Dolo
Produz vício de vontade
Efeito penal
(1)
Culpa
conversão
Efeito penal
(2)
Ao produzir o vício de vontade, o erro essencial evitável vicia o nexo finalista, desnaturalizando o dolo.
Culpa conscienteCulpa consciente
resultadoconduta
Conteúdo da vontade
Nexo finalista
Nexo causal
PrevisibilidadeObjetiva
consciência
vontade
Excesso deconfiança
Na culpa consciente não há nexo finalista entre a vontade e o resultado,mas excesso de confiança na conduta do agente.
PreterdoloPreterdolo
Resultado Finalista
Conteúdo da vontade
Nexo finalista
Nexo causal
Previsibilidade subjetivado resultado finalista
consciência
vontadeNexo direto
No preterdolo não há nexo finalista entre a conduta e o resultado causal, dessa forma o resultado finalista é doloso e o resultado causal é culposo.
Nexo causalConduta
Culposo Dolooso
Resultado Causal
1 . Nexo causal 1 . Nexo causal
O art. 13, do CP - O resultado de que depende a existência do crime, O art. 13, do CP - O resultado de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria acontecido.omissão sem a qual o resultado não teria acontecido.
Constitui elemento indispensável a configuração da tipicidade. Constitui elemento indispensável a configuração da tipicidade.
É a relação de conexão entre a conduta e o resultado do fato típico. É a relação de conexão entre a conduta e o resultado do fato típico.
É logicamente definido a partir do procedimento hipotético de eliminação.É logicamente definido a partir do procedimento hipotético de eliminação.
A A conditio sine qua non conditio sine qua non serve tanto para definir quem praticou a conduta serve tanto para definir quem praticou a conduta típica, como para excluir quem não praticou conduta típicatípica, como para excluir quem não praticou conduta típica
A relevância penal do nexo causal é limitada pelos elementos subjetivos da A relevância penal do nexo causal é limitada pelos elementos subjetivos da conduta (dolo e culpa).conduta (dolo e culpa).
1 .1. Causa superveniente relativamente independente1 .1. Causa superveniente relativamente independente
A superveniência de causa absolutamente independente produz a ruptura do A superveniência de causa absolutamente independente produz a ruptura do
fluxo do nexo causal. fluxo do nexo causal.
O art. 13, § 1º, prevê que a superveniência de causa relativamente O art. 13, § 1º, prevê que a superveniência de causa relativamente
independente exclui a imputação quando, por si só, produziu resultado, independente exclui a imputação quando, por si só, produziu resultado,
imputando-se os fatos anteriores a quem o praticou.imputando-se os fatos anteriores a quem o praticou.
A OMISSÃO PENALMENTE RELEVANTE
Art. 13 – (...)Relevância da omissão§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
Garante.Dever especial de agir.
GaranteDever especial
de agir
Responsabilidade especialDever especial de agir
Ação anterior
Omissão do garante
Perigo de dano
Evitar a conversão do
perigo em dano
Dano real
Resultado típico
produz
função gera
assume
responsabilidade
equivalência
produz
Crime comissivo por omissãoart. 13,§ 2º, c
GaranteDever especial
de agir
Responsabilidade especialDever especial de agir
Ação
Omissão do garante
Perigo de dano Evitar a
conversão do perigo em dano
Dano real
Resultado típico
função gera
assume
responsabilidade
equivalência
produz
Crime comissivo por omissãoart. 13,§ 2º, a,b
Obrigação legal: cuidado, proteção ou vigilância
Responsabilidade assumida para evitar o resultado
função
Requisitos p/imputação:Dever especial de agirConhecimento da situação fática;Condições objetivas de agir para e evitar o resultado.Obs: Não havendo o dever especial de agir, poderá o agente responder por omissão de socorro, consoante o art. 135.