UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
CURSO DE GESTÃO PÚBLICA
Diagnóstico Urbano do Município de Ibirité, Minas Gerais
Ricardo Malta de Deus
Professor Orientador: Mário Luiz Trindade Rocha
Belo Horizonte
Agosto/2014
2
Ricardo Malta de Deus
Diagnóstico Urbano do Município de Ibirité, Minas Gerais
Trabalho apresentado à Faculdade Cândido Mendes como requisito para conclusão do Curso de Pós Graduação em Gestão Pública.
Belo Horizonte
Agosto/2014
3
AGRADECIMENTOS
Ao professor orientador Mário Luiz Trindade Rocha
À professora co-orientadora Glória Jesus de Oliveira
Ao José Luiz, Luciano, Ana Paula, Marcelo aos demais colegas da Diretoria
Executiva de Engenharia e Gestão Predial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
A todos os que contribuíram para a realização deste trabalho.
4
DEDICATÓRIA
A meus pais,
À minha esposa Ana Luiza.
5
RESUMO O presente trabalho refere-se ao Município de Ibirité, localizado na região metropolitana de Belo Horizonte. Visa contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos moradores da região através da apresentação de um diagnóstico urbano com vários itens relevantes, identificando as principais deficiências e carências relacionadas à atual estrutura urbana e analisando criticamente essas deficiências e carências. O estudo foi dirigido para uma perspectiva da gestão pública vinculada à engenharia civil. Palavras Chave: Ibirité, estrutura urbana, diagnóstico, deficiência, carência, gestão pública, engenharia civil.
6
METODOLOGIA
O presente trabalho a ser apresentado na forma de diagnóstico urbano foi
fundamentado em pesquisas de fontes confiáveis, utilizando-se, principalmente, os
meios eletrônicos e visitas técnicas.
Algumas das características do município foram descritas, tais como: meio
físico, ambiental, economia, ocupação do município, equipamentos de interesse
social, dados demográficos e sistemas de transportes.
As principais deficiências e carências municipais foram identificadas e
comparadas através de dados estatísticos de outros municípios.
Após a identificação das questões relacionadas às deficiências e carências
municipais, foi realizada uma análise crítica dessas questões.
Para absorção dos dados e informações, foram consultadas diversas fontes
confiáveis, tais como:
- IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísitca;
- IBDEES - Instituto Brasileiro para Estudo e Desenvolvimento do Setor de Saúde;
- Plano Metropolitano RMBH - Plano Diretor de Desnvolvimento Integrado da Região
Metropolitana de Belo Horizonte;
- Prefeitura Municipal de Ibirité;
- COPASA - Companhia de Saneamento de Minas Gerais;
- DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes;
- DER-MG - Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais;
- REDE APA SUL - Rede Socioambiental da APA SUL da RMBH;
- FEAM - Fundação Estadual do Meio Ambiente;
- Notícias e publicações sobre o Município de Ibirité.
7
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 – Mapa de Localização de Ibirité na RMBH 14
Figura 02 – Gráfico da População do Município de Ibirité 16
Figura 03 – Mapa das Bacias Hidrográficas Inseridas na APA-SUL da RMBH 16
Figura 04 – Mapa da Rede Hidrográfica de Ibirité 17
Figura 05 – Vista de Vegetação de Campo Rupestre no Município de Ibirité 18
Figura 06 – Vista de Vegetação de Mata Atlântica Existente em Ibirité 18
Figura 07 – Mapa de Climas de Minas Gerais 19
Figura 08 – Gráficos de Temperaturas Médias e Precipitação em Ibirité 19
Figura 09 – Gráficos do Produto Interno Bruto de Ibirité em 2000 e 2011 20
Figura 10 – Ibiritermo 21
Figura 11 – Vista do Manancial de Taboões no Parque da Serra do Rola Moça 22
Figura 12 – Mapa da Sub-bacia do Rio Paraopeba 25
Figura 13 – Vista das Obras de Implantação do Esgotamento Sanitário em Ibirité 27
Figura 14 – Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos 28
Figura 15 – Transporte de Lixo Recolhido e Levado para o Aterro 29
Figura 16 – Transporte de Entulhos Flagrados pela Prefeitura 29
Figura 17 – Condições Habitacionais Urbanas da RMBH 31
Figura 18 – Taxa Média de Crimes Violentos (ocorrências por cem mil habitantes) – RMBH (1995-2000) 33
Figura 19 – Gráfico do Número de Escolas por Nível em Ibirité 35
Figura 20 – Mapa de Localização das Escolas Municipais e Estaduais de Ibirité 35
Figura 21 – Taxa de Escolarização Líquida no Ensino Médio da RMBH 36
Figura 22 – PIB do Município de Ibirité 40
Figura 23 – Mapa Uso e Ocupação do Solo - Ibirité 42
Figura 24 – Malha Viária de Ibirité 45
8
Figura 25 – Principais Vias de Acesso a Ibirité 45
Figura 26 – Mapa de Ocupação dos Solos de Ibirité 48
Figura 27 – Mapa de Ocupação da APA-SUL em Ibirité 48
Figura 28 – Área de Abrangência da APA na RMBH 48
Figura 29 – Área Alagada Após Ocorrência de Chuva Forte 52
Figura 30 – Ruas Intransitáveis e Residências Alagadas 52
Figura 31 – VIA DAS INDÚSTRIAS 54
Figura 32 – Novo Anel Viário de Belo Horizonte 54
Figura 33 – Poluição da Represa de Ibirité com Morte de Peixes 56
Figura 34 – Mapa das Áreas Especiais de Ibirité 57
Figura 35 – Represa de Ibirité 58
Figura 36 – Vista da Ampliação do Canal no Bairro Jardim das Rosas 59
Figura 37 – Vista de Enchente no Bairro Jardim das Rosas 59
Figura 38 – Vista do Aprofundamento do Leito do Canal do Córrego 59
Figura 39 – Vista da Rua Santa Marcelina Antes das Obras 60
Figura 40 – Vista de Obras de Urbanização e Drenagem da Rua Santa Marcelina 60
Figura 41 – Obra de Drenagem Pluvial da Rua14, Bairro Canoas 61
Figura 42 – Mapa de Relevo de Ibirité 62
9
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 – Evolução Populacional do Município de Ibirité 15
Tabela 02 – População Residente Urbana e Taxas Anuais de Crescimento – RMBH 20
Tabela 03 – Número e Taxas (em 100 mil) de Homicídios Juvenis 32
Tabela 04 – Estabelecimentos de Saúde em Ibirité 37
Tabela 05 – Número de Leitos em Ibirité 38
Tabela 06 – Produto Interno Bruto em 2011 de Municípios Vizinhos à Ibirité 40
Tabela 07 – Deslocamento da PEA na RMBH 43
10
LISTA DE QUADROS
Quadro 01 – Distribuição Percentual das Formas de Abastecimento de Água dos Municípios do Parque da Serra do Rola Moça, MG 24
Quadro 02 – Tipos de Domicílios de Ibirité 30
Quadro 03 – Número e Taxas de Homicídios nos Municípios de MG a Partir de 10.000 habitantes 33
Quadro 04 – Evolução dos Crimes Violentos em Ibirité – 2004 a 2011 34
Quadro 05 – Evolução de Homicídios Consumados 34
Quadro 06 – Distribuição Percentual dos Tipos de Tratamento e Destino do Esgoto dos Municípios da Região do Parque da Serra do Rola Moça
50
Quadro 07 – Área Queimada Mensalmente nos Parques Nacionais e Estaduais de Minas Gerais 53
11
LISTA DE SIGLAS
APA – Área de Proteção Ambiental
APP – Área de Preservação Permanente
CNES.- Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde
COPASA – Companhia de Saneamento de Minas Gerais
DER MG – Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais
ETA – Estação de Tratamento de Água
ETE – Estação de Tratamento de Esgoto
FIG – Figura
IBDEES - Instituto Brasileiro para Estudo e Desenvolvimento do Setor de Saude
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IEF – Instituto Estadual de Florestas
IGAM – Instituto Mineiro de Gestão das Águas
MG – Minas Gerais
PEA – População Economicamente Ativa
PIB – Produto Interno Bruto
PLAMBEL – Planejamento da Região Metropolitana de Belo Horizonte
REGAP – Refinaria Gabriel Passos
RMBH – Região Metropolitana de Belo Horizonte
SIMGE – Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais
SIPAM – Sistema Integrado de Proteção de Mananciais
TAB – Tabela
UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais
ETAF – Estação de Tratamento de Águas Fluviais
UFV – Universidade Federal de Viçosa
BHTRANS – Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte
DNIT – Departamento Nacional de Infraestrura de Transportes
PMMG – Polícia Militar de Minas Gerais
PLHIS – Plano Local de Habitação de Interesse Social
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano
12
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................. 13
CAPÍTULO I - DIAGNÓSTICO URBANO DO MUNICÍPIO DE IBIRITÉ.......................................................................................... 14
CAPÍTULO II - DEFICIÊNCIAS E CARÊNCIAS DO MUNICÍPIO................................................................................... 47
CAPÍTULO III - ANÁLISE CRÍTICA DAS DEFICIÊNCIAS E CARÊNCIAS................................................................................. 56
CONCLUSÃO................................................................................ 63
BIBLIOGRAFIA.............................................................................. 64
13 INTRODUÇÃO
O município de Ibirité, pertencente à Região Metropolitana de Belo Horizonte,
apresenta diversas deficiências urbanas, as quais podem ser consideravelmente
minimizadas através da execução de benfeitorias relacionadas à boa gestão pública.
Essas deficiências estão relacionadas, principalmente, pela forma de ocupação do
município, aliada à evolução econômica e social da região.
O presente trabalho apresenta no capítulo I um diagnóstico da estrutura
urbana fundamentado em pesquisas de fontes confiáveis, utilizando, principalmente,
os meios eletrônicos e visitas técnicas. Esse diagnóstico retrata algumas
características do município, tais como: localização, acessos, meio físico e
vegetação, planejamento físico-territorial, saneamento básico, equipamentos de
interesse social, capacidade produtiva e sistema de transporte.
O capítulo II identifica algumas questões relacionadas às deficiências e
carências do município. Para ilustrar essas questões, são utilizados dados
estatísticos e comparativos entre diversos municípios. Uma hipótese evidenciada
está relacionada com o sistema de transporte de Ibirité, pois grande parte das
populações das cidades que formam essa região se desloca diariamente entre os
municípios vizinhos.
O capítulo III apresenta uma análise crítica e sucinta das questões voltadas
ao desenvolvimento do município e identificadas no capítulo II.
Esse diagnóstico busca auxiliar o desenvolvimento de ações voltadas à boa
gestão pública, principalmente no tocante ao direcionamento de recursos e
investimentos, proporcionando melhor qualidade de vida da população e um
desenvolvimento mais sustentável, contribuindo para a melhoria da qualidade de
vida dos cidadãos moradores do Município de Ibirité.
14 CAPÍTULO I
DIAGNÓSTICO URBANO DO MUNICÍPIO DE IBIRITÉ
1.1 Localização
O Município de Ibirité localiza-se na Zona Metropolitana de Belo Horizonte.
Verifica-se seus limites com os municípios de Belo Horizonte pelo leste e nordeste,
Contagem e Betim pelo norte, Sarzedo pelo oeste e Brumadinho pelo sul, conforme
se vê na Figura 1. Sua área de aproximadamente de 72,573 km2 (IBGE, 2014).
Figura 1: Mapa de Localização de Ibirité na RMBH Fonte: UFMG, 2014
1.2 Acessos
As principais vias de acesso a Ibirité são a MG 040 e a Rodovia Renato Azeredo (DER MG, 2014).
1.3 Histórico do Município
Os primeiros dados históricos do povoamento do atual município datam do
início do século XX, com a chegada de imigrantes italianos e portugueses, que
introduziram na região a horticultura. Aproximadamente em 1890 recebeu o nome de
Povoado de Vargem de Pantana, na freguesia de Sabará. Ainda em 1890 passou a
condição de vila ainda pertencendo a Sabará. Em 1897, passou a pertencer ao
município de Santa Quitéria, atualmente Esmeraldas. Em 1911, a região passa a
15
integrar o município de Betim. E em 1923 recebeu o nome de Ibirité que
significa “terra firme. Em 1938 passa para a condição de distrito pertencendo a
Betim. No dia 30 de dezembro de 1962, passa à categoria de município, com os
distritos Sede e Sarzedo. E em 1988 Ibirité passa à categoria de comarca (IBGE,
2014).
Em 1917 foi inaugurada a Estação Ferroviária de Ibirité, construída para
aliviar o trafego entre Rio de Janeiro e Belo Horizonte, funcionando hoje apenas
como Museu Ferroviário (Estações Ferroviárias do Brasil, 2014).
Geograficamente Ibirité está localizada no centro do estado de Minas Gerais,
na latitude 20º 01' Sul e longitude 44º 03' Oeste. Faz parte da Bacia do Rio
Paraopeba (FIG 3) e a altitude média do município em relação ao nível do mar é de
816 metros (Wikipédia, 2014).
1.4 Estudo Demográfico
Com base no Censo ano 2000 a população de Ibirité foi 133.044 habitantes,
sendo praticamente igual o percentual de homens e mulheres, respectivamente 52%
e 43,6%, já no ano de 2010, a população chegou a 158.954 e a população estimada
em 2013 é de 169.908 (IBGE, 2014).
Verifica-se um crescimento acentuado a partir do ano de 1991, conforme
tabela abaixo:
Tabela 1: Evolução Populacional do Município de Ibirité
Ano Ibirité Minas Gerais Brasil
1991 92.675 15.743.152 146.825.475
1996 126.398 16.567.989 156.032.944
2000 133.044 17.891.494 169.799.170
2007 148.535 19.273.506 183.987.291
2010 158.954 19.597.330 190.755.799
Fonte: IBGE, 2014
A expansão urbana de Ibirité de 1977 a 1989 é explicada pela atração
populacional ocorrida no setor oeste da RMBH, devido ao surgimento da cidade
industrial e desenvolvendo o setor secundário (Souza, 2005). Verifica-se na Figura 2
o gráfico do crescimento populacional do Município de Ibirité entre os anos de 1970
e 2000.
16
Figura 2: Gráfico da População do Município de Ibirité
Fonte: IBGE, 2014
1.5 Meio Físico e Vegetação
O município de Ibirité pertence à APA Sul da Região Metropolitana de Belo
Horizonte, esta área foi criada por lei estadual (Rede APA-SUL, 2014).
Figura 3: Mapa das Bacias Hidrográficas Inseridas na APA-SUL da RMBH
Fonte: Rede APA-SUL, 2014
1.5.1 Relevo
As formações encontradas são influenciadas pelo tipo de material geológico e
pelo comportamento do material frente à ação do intemperismo. A área da
depressão da RMBH é caracterizada por colinas de topo plano a arqueado com
encostas côncavo-convexas esculpidas pela dissecação fluvial das áreas gnáissicas.
Estas áreas tem altitude média de 800 a 900 metros e possuem declividade média a
17
alta nas encostas. Esta alta declividade favorece processos erosivos. Na área
incluída no quadrilátero ferrífero verifica-se a existência de um relevo acidentado. Ele
é caracterizado pela presença de espigões grosseiramente orientados e sucessões
de cristas e patamares com direção NE-SW, truncados por vertentes ravinadas e
vales em “V”. A altitude das cristas varia de 1100 a 1500 metros (Simões, 2007).
1.5.2 Hidrografia
O município está incluído na Bacia do Paraopeba. Os principais cursos d'água
são o Ribeirão Ibirité e o Córrego Capão da Serra. Existe no município uma lagoa de
tamanho considerável: a Lagoa da Petrobrás. Ibirité também possui vários
mananciais e pequenos córregos. As nascentes têm grande importância no
abastecimento de água dos municípios da RMBH (Wikipédia, 2014).
Figura 4: Mapa da Rede Hidrográfica de Ibirité
Fonte: Prefeitura de Ibirité, 2014
As formações encontradas são influenciadas pelo tipo de material geológico e
pelo comportamento do material frente à ação do intemperismo. A área da
18
depressão da RMBH é caracterizada por colinas de topo plano a arqueado com
encostas côncavo-convexas esculpidas pela dissecação fluvial das áreas gnáissicas.
Estas áreas têm altitudes médias de 800 a 900 metros e possui declividade média a
alta nas encostas. Esta alta declividade favorece processos erosivos. Na área
incluída no quadrilátero ferrífero verifica-se a existência de um relevo acidentado. Ele
é caracterizado pela presença de espigões grosseiramente orientados e sucessões
de cristas e patamares com direção NE-SW, truncados por vertentes ravinadas e
vales em “V”. A altitude das cristas varia de 1100 a 1500 metros (Simões, 2007).
1.5.3 Vegetação
O Município de Ibirité possui uma grande extensão de mata nativa, campos
rupestres, mata Atlântica e cerrado (IEF, 2014).
Figura 5: Vegetação de Campo Rupestre no Município de Ibirité
Fonte: Biodiversitas, 2014
Figura 6: Vista de Vegetação de Mata Atlântica Existente em Ibirité
Fonte: Biodiversitas, 2014
A floresta é caracterizada por ser de médio porte e densas, estas ocorrem ao
longo dos cursos d’água e próxima à área das nascentes. O cerrado e o campo
rupestre ocorrem em altitudes a partir de 900 metros e possuem arbustos de
pequeno porte e vegetação rasteira (Simões, 2007).
19
1.5.4 Clima
Ibirité está localizada em região onde predomina o clima tropical de altitude.
As estações do ano são bem definidas, com inverno mais seco e com
temperaturas mais baixas. No verão temos temperaturas mais elevadas e o volume
de precipitações é maior (IBGE, 2014).
Figura 7: Mapa de Climas de Minas Gerais
Fonte: IBGE, 2014
Figura 8: Gráficos de Temperaturas Médias e Precipitação em Ibirité
Fonte: Allmetsat, 2014
1.6 Planejamento físico-territorial
1.6.1 Plano Diretor
O aumento da população atingiu suas maiores taxas de crescimento entre as
décadas de 1970 e 1980. Após este período a população continuou crescendo,
entretanto com taxas menores, conforme tabela abaixo:
20
Tabela 2: População Residente Urbana e Taxas Anuais de Crescimento – RMBH
Fonte: Anuário Estatístico de Minas Gerais - 1993 e 1994
Com o crescimento populacional desordenado, criou-se a necessidade de
normatização e planejamento no desenvolvimento do município. O planejamento
visa programar melhorias na qualidade de vida da população e diversificação da
economia.
Com o objetivo de orientar a expansão urbana foi instituído o Plano Diretor de
Ibirité. Ele também foi criado para programar o crescimento dos setores industriais e
de serviços (Prefeitura de Ibirité, 2014).
Pode-se evidenciar o crescimento na economia do município através do seu
PIB, vide os gráficos das Figuras 9 e 10, dos anos de 2000 e 2011, respectivamente.
Observa-se ainda o decréscimo da população economicamente ativa no setor da
agricultura e do aumento no setor de serviços e comércio.
Figura 9: Gráficos do Produto Interno Bruto de Ibirité em 2000 e 2011
Fonte: IBGE, 2014
21
1.6.2 Lei de Uso e Ocupação do Solo
Para controlar o desenvolvimento urbano em áreas de risco e de proteção
ambiental, foram criadas a Lei de Uso e Ocupação do Solo e políticas públicas
municipais. A ocupação dos solos do município anteriormente era realizada sem
qualquer tipo de controle.
1.6.3 Distrito Industrial
Como incentivo para atrair indústrias para Ibirité, foi criado em 1996 um
distrito industrial. Este distrito recebeu o nome de Distrito Industrial de Ibirité e está
localizado na região noroeste do município. Uma grande área do distrito industrial
está destinada à Refinaria Gabriel Passos da Petrobras (REGAP). As indústrias que
ali se instalaram têm suas produções relacionadas com produtos da Refinaria ou da
FIAT. Estas indústrias estão estrategicamente localizadas para absorverem produtos
ou subprodutos da REGAP. Também existem empresas e indústrias que objetivam
produzir ou prestar serviços à FIAT. Conforme Associação das Empresas do Distrito
Industrial de Ibirité, as empresas são: Pirelli, Sada (transportes), EMAM (asfaltos),
Rettore Plásticos, Poly Urethane e Thermotelha (AEDIIB, 2014).
1.6.4 Termoelétrica Ibiritermo
Em 2002 foi realizado um acordo entre a FIAT e a PETROBRAS para
construção de uma usina termoelétrica denominada IBIRITERMO. Esta usina tem
capacidade de geração de 226 MW. Ela produz energia através de um ciclo
combinado, com uma turbina a gás e outra a vapor (AEDIIB, 2014).
Figura 10: Ibiritermo
Fonte: Ibiritermo, 2014
22
1.7 Saneamento básico
1.7.1 – Abastecimento de água
O abastecimento de água de Ibirité é feito pela COPASA desde 1974, sendo
este dividido em duas partes, a primeira com água captada nos córregos Rola Moça,
Taboões (Figura 11) e Bálsamo. A segunda com o Sistema Integrado da Bacia do
Paraopeba (Sistema Serra Azul, Sistema Vargem das Flores e Sistema Rio Manso).
O Sistema Integrado da Bacia Paraopeba é um dos maiores da COPASA,
produzindo quase 50% da água distribuída na região metropolitana de Belo
Horizonte (COPASA, 2008).
Figura 11: Manancial de Taboões no Parque da Serra do Rola Moça
Fonte: COPASA, 2009
A adução de água tratada é feita pela gravidade da ETA de Ibirité até o bairro
Lagoa Azul. Além do reservatório de 3.145 m³ há um poço artesiano que abastece o
bairro Jardim das Rosas, cuja água é recalcada para um reservatório de 15 m³
(PLAMBEL, 1989).
Através de 245 quilômetros de rede, os dois sistemas de abastecimento
superam 25 milhões de litros por dia, contemplando mais de 150 mil habitantes em
Ibirité (COPASA, 2008).
O Sistema Integrado de Proteção de Mananciais – SIPAM, criado pela
COPASA em 1989 com objetivo de compatibilizar as atividades desenvolvidas na
bacia hidrográfica, o atendimento da demanda do abastecimento público de água e
a preservação do meio ambiente, atua na recuperação de áreas degradadas, na
prevenção contra erosão, na eliminação de focos de poluição, na recuperação de
matas ciliares, proteção de nascentes e todas as ações que favoreçam maior
23
disponibilidade de água no período de estiagem e a melhoria de sua qualidade
(COPASA, 2007).
Os mananciais do Sistema Serra Azul com 3.200 hectares, do Sistema Rio
Manso com 9.000 hectares e do Sistema Vargem das Flores com 12.300 hectares,
possuem uma proteção ambiental especial, onde suas águas são continuamente
monitoradas pela COPASA, tanto no aspecto quantitativo quanto qualitativo. As três
áreas possuem uma vegetação preponderantemente de cerrado, com ocorrências
de espécies da Mata Atlântica (COPASA, 2010).
Para o monitoramento quantitativo dos mananciais, a COPASA executa
medição de vazão nos cursos d’água e ainda conta com uma rede de 420 estações
pluviométricas que são fundamentais para os estudos hidrológicos (COPASA,
2007).
Na distribuição percentual das formas de abastecimento de água dos
domicílios da região do Parque Estadual da Serra do Rola Moça, Quadro 1, destaca-
se a elevada cobertura de rede geral para Belo Horizonte e Ibirité. Outro ponto a ser
destacado é o elevado número de domicílios com canalização interna em
Brumadinho devido à presença de condomínios e áreas rurais não atendidas pelo
serviço da COPASA.
Quadro 1: Distribuição Percentual das Formas de Abastecimento de Água dos Municípios do Parque
da Serra do Rola Moça, MG
Municípios Total de
Domicílios
Rede geral Poço ou nascente (na propriedade) Outra
Total
Com canali-zação interna
Sem canali-zação interna
Total
Com canali-zação interna
Com canali-zação na
proprie-dade
Sem canali-zação
Total
Belo Horizonte 628.447 99,3 97,7 1,6 0,3 0,2 0,0 0,1 0,4
Brumadinho 7.201 76,1 75,2 1,0 22,2 17,7 2,5 2,0 1,6
Ibirité 33.720 98,2 93,5 4,7 1,2 0,8 0,1 0,3 0,5
Nova Lima 16.759 92,0 90,8 1,2 5,9 5,0 0,2 0,7 2,2
Minas Gerais 4.765.258 83,0 79,1 3,9 14,4 10,3 1,9 2,2 2,7
Fonte: Biodivesitas, 2005
O Parque Estadual da Serra do Rola Moça é o terceiro maior parque urbano
do país com 3.941 hectares, foi criado em setembro de 1994 com o objetivo de
proteger a biodiversidade e os mananciais ali existentes como o manancial Rola
24
Moça e Bálsamo 112 ha e o manancial Taboões 890 ha, ambos em Ibirité
(COPASA, 2006).
O Parque do Rola Moça possui um perímetro de 52,20 Km e está inserido nos
municípios de Belo Horizonte (33%), Nova Lima (15%), Ibirité (25%) e Brumadinho
(27%). A região se situa na bacia do rio das Velhas, nas proximidades do interflúvio
com a bacia do rio Paraopeba e apresenta em seus cursos de água elevados
gradientes cujo regime de fluxo mostra variações sazonais importantes, com
respostas rápidas às chuvas (Biodiversitas, 2005).
A bacia hidrográfica do ribeirão Ibirité possui uma área de 64 km² a montante
da represa da Petrobrás, com uma extensão de 10,25 km em seu talvegue principal
e uma declividade da ordem de 1,8% (Prefeitura de Ibirité, 2014).
Na década de 60, juntamente à criação do município, surge a Refinaria
Gabriel Passos - REGAP e a represa Ibirité, formada pelo ribeirão Ibirité e seus
afluentes. A REGAP utiliza a represa para captação de água para uso industrial e
devolve através do córrego dos Pintados e seus efluentes após o tratamento
(UNICAMP, 2001).
Segundo o relatório do 3º trimestre de 2013 para medição do IQA (Índice de
Qualidade da Água), realizado pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM,
a bacia do rio Paraopeba possui a qualidade da água ruim e média na região do
município de Ibirité. Esse resultado se justifica, principalmente, pelo lançamento de
esgotos domésticos e industriais do município de Betim, além do lançamento de
esgotos domésticos dos municípios de Ibirité e Caetanópolis.
25
Figura 12: Mapa da Sub-bacia do Rio Paraopeba Fonte: IGAM, 2013
Segundo a COPASA, outro problema vivenciado pelos moradores de Ibirité é
a intermitência no abastecimento de água causado pelo grande período de clima
seco. Para sanar este problema, a companhia pretende instalar reservatórios e
redes de distribuição que, ao todo, serão investidos no empreendimento R$ 11
milhões (JORNAL ESTADO DE MINAS, 2014).
Para atendimento das demandas atuais no município, há um projeto de
ampliação e melhoria do Sistema Rio Manso que prevê a ampliação da capacidade
do sistema de 4 m³/s para 8 m³/s (COPASA, 2010).
Outro passo importantíssimo para a melhoria da qualidade das águas no
município de Ibirité é a implantação do Programa de Despoluição da Bacia do Rio
Paraopeba. Esse programa possui o objetivo de contribuir para a revitalização do
manancial e para a melhoria da qualidade de vida da população (COPASA, 2014).
26
1.7.2 – Drenagem de águas pluviais e esgotamento sanitário
1.7.2.1 Drenagem de águas pluviais
O crescimento demográfico acentuado no município atraiu população de
baixa renda que passou a residir em locais onde a inexistência da legislação
específica permitiu a implantação de loteamentos sem qualquer infraestrutura e em
regiões totalmente inadequadas. Nos poucos loteamentos, cujo projeto estava de
acordo com as disposições legais, a ausência de fiscalização deu margem à não
execução das redes de drenagem necessárias (PLAMBEL, 1989).
Uma ocupação sem o planejamento adequado promove alterações
hidrológicas não apenas pelo desmatamento generalizado, como também pela
ampliação de áreas construídas e pavimentadas, que produzem aumento
significativo no volume e velocidade das enxurradas concentrando o escoamento e
acelerando os processos erosivos, provocando assoreamento dos cursos de água e
entupimento das redes e galerias dos esgotos (UFV, 2011).
A urbanização do bairro Jardim Vitória, por exemplo, incorporou as áreas de
cabeceiras de drenagem, nascentes e os caminhos preferenciais de escoamento,
retirando a vegetação primitiva e impermeabilizando o solo, sendo os pontos de
surgência de água aterrados para construção de moradias e acessos (UFV, 2011).
O aumento do escoamento superficial e dos processos erosivos são
conseqüências da redução significativa da taxa de infiltração de água causada pela
impermeabilização do solo. A intensificação desse fenômeno provoca aumento de
sedimentos a serem carreados para rede de drenagem, que por sua vez, se
acumulam formando bancos de sedimentos que modificam a morfologia dos canais
de drenagem, além do acúmulo de lixo que concorrem juntamente para o
assoreamento (UFV, 2011).
Segundo a Fundação João Pinheiro, há seis anos, Ibirité e Ribeirão das
Neves responderam, respectivamente, por 87,8% e 65,5% de residências
localizadas em áreas sem rede de esgoto pluvial. Em seguida, apareceram Santa
Luzia (59,3%) e Sabará (57,5%) (INSTITUTO TRATA BRASIL, 2014).
27
1.7.2.2– Esgotamento sanitário
Na cidade de Ibirité não há tratamento de esgoto, os dejetos sanitários são
coletados e caem diretamente nos córregos que cortam o município. Porém, as
obras de implantação do sistema de esgotamento sanitário (Figura 13) estão em
andamento e envolvem recursos de aproximadamente R$ 140 milhões e contará
com a mais moderna Estação de Tratamento de Esgoto – ETE, da América Latina,
além de contar com 65 Km de redes interceptoras e na construção de seis
elevatórias (COPASA, 2014).
As obras supracitadas são resultados do programa desenvolvido com
recursos da ordem de R$ 450 milhões do banco alemão KfW e da COPASA. Esse
programa contempla a implantação de sistemas de coleta e tratamento de esgoto
de oito municípios da Bacia do Rio Paraopeba: Betim, Conselheiro Lafaiete,
Congonhas, Ibirité, Igarapé, Mateus Leme, São Joaquim de Bicas e Mário Campos,
além da construção de Unidades de Tratamento de Resíduos - UTR nas Estações
de Tratamento de Água - ETAs dos sistemas de Vargem das Flores, em Betim, e
Serra Azul, em Juatuba; implantação de sistema de aproveitamento energético de
Biogás nas Estações de Tratamento de Esgoto -ETEs Central de Betim e da sede
de Ibirité; implantação do Sistema Integrado de Proteção de Mananciais, para o
desenvolvimento de mobilização social e ambiental em todos os municípios
integrantes do programa (COPASA, 2014).
Ibirité está sendo o primeiro município a ser beneficiado pelo Programa, que
teve seu início em julho de 2012.
A expectativa da COPASA é ter 100% do esgoto da cidade seja devidamente
coletado e tratado (COPASA, 2014).
Figura 13: Vista das Obras de Implantação do Esgotamento Sanitário em Ibirité
Fonte: COPASA, 2014
28
1.7.3 – Gerenciamento dos resíduos sólidos
Segundo a Agência Metropolitana RMBH – RMBH Sustentável, o responsável
pelo serviço de limpeza urbana de Ibirité é a prefeitura. A quantidade de resíduos
sólidos gerada pela população é de aproximadamente 69 toneladas por dia. A coleta
é feita diariamente através de uma associação de catadores (Agência Metropolitana
RMBH – RMBH Sustentável, 2014).
Figura 14: Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos Fonte: Agência Metropolitana RMBH – RMBH Sustentável
Segundo a prefeitura, o lixo recolhido é levado para a Serra do Rola Moça,
onde funciona apenas como um ponto de apoio, e no mesmo dia o material é
recolhido novamente e transportado para Sabará. O município de Ibirité, para
destinar adequadamente estes resíduos, gera uma despesa média em torno de 175
29
mil reais por mês. Estão fora deste valor os gastos para o tratamento e incineração
dos resíduos de saúde que gira em torno de 35 mil reais (Ibirité Muito Mais, 2014).
Figura 15: Transporte do lixo recolhido e levado para o aterro. Fonte: Prefeitura de Ibirité, 2014
Os resíduos de construção e demolições, também chamados de entulho, são
responsáveis por um grande impacto ambiental, além de criar um aspecto de sujeira
e abandono. Estes entulhos são depositados de maneira irregular em estradas, ruas,
avenidas e beiras de rio no município, e, na maioria das vezes, por moradores e
serviços de caçamba de outras cidades. A Secretaria do Meio Ambiente
disponibilizou um telefone para denúncias dos flagrantes dessas ações. O setor de
fiscalização da prefeitura está atento e trabalhando para evitar essas ações. Os
flagrantes serão passíveis de multa e outras penalidades (Ibirité Muito Mais, 2014).
Figura 16: Transporte de entulhos flagrados pela Prefeitura Fonte: Prefeitura de Ibirité, 2014
30
1.8 Equipamentos de interesse social
1.8.1 – Habitação
A habitação do município é em sua grande maioria do tipo unifamiliar. As
casas representam 96,6% (REDE APA SUL, 2014) do total. Outros tipos de
domicílios são representados no Quadro 2.
Quadro 2: Tipos de Domicílios em Ibirité
Fonte: Rede APA SUL, 2014
Comparando com outras cidades relacionadas no Quadro 2, Ibirité possui os
maiores índices de domicílios tipo “cômodos” e “improvisados”. Tais percentuais
reforçam a necessidade de melhorias no setor habitacional da cidade.
No mapa indicado na Figura 17, é possível visualizar as condições
habitacionais urbanas através da distribuição espacial dos resultados. Verifica-se
que os municípios como Vespasiano, Santa Luzia, Ribeirão das Neves, Contagem,
Betim e Ibirité possuem os espaços de centralidade com resultados melhores, mas
grande parte da área urbana manifesta a precariedade da situação habitacional
(Observatório das Metrópoles, 2010).
31
Figura 17: Condições habitacionais urbanas da RMBH
Fonte: Observatório das Metrópoles, 2010
Na Figura 17 é possível observar que o déficit habitacional de Ibirité não está
compreendido nas piores faixas da RMBH. No entanto, a região nordeste, mais
próxima de Belo Horizonte possui os maiores índices de carência de moradias.
A Prefeitura de Ibirité implantou o Plano Local de Habitação de Interesse
Social – PLHIS. Este plano é voltado para a questão do déficit habitacional, em
32
especial para a população de baixa renda e está incluído no Programa de
Aceleração do Crescimento – PAC, investimento previsto de R$ 66.585,04 concluído
em 2014 (Ministério do Planejamento, 2014).
1.8.2 Segurança Pública
Ibirité é a quinta cidade mais violente de Minas Gerais. Segundo o mapa da
violência 2011, as maiores taxas de homicídios entre os jovens de Minas Gerais
estão entre os municípios de Betim, Governador Valadares, Belo Horizonte, Teófilo
Otoni e Ibirité.
Os números e taxas (em 100 mil) de homicídios juvenis são explícitos na
Tabela 3 abaixo:
Tabela 3: Número e Taxas (em 100 Mil) de Homicídio Juvenil nos Municípios com 10 Mil Jovens ou Mais. Brasil, 2006/2008.
Fonte: Portal Ministério da Justiça, 2014.
Na Figura 18 é possível observar que Ibirité está entre os cinco municípios da
Região Metropolitana de Belo Horizonte que apresentam maiores taxas de crimes
violentos.
33
Figura 18: Taxa Média de Crimes Violentos (em 100 mil habitantes) – RMBH (1995-2000)
Fonte: RONDON, 2003
No Quadro 3, a seguir Ibirité é classificado na 16a colocação estadual, no
quesito número de homicídios.
Quadro 3: Número (em 100 mil) e Taxas de Homicídios nos Municípios de MG a Partir de 10.000
habitantes
Fonte: SANGARI, 2014
Através do Quadro 4, verifica-se um aumento no número de ocorrências de
crimes violentos nos anos 2010-2011. Levando em conta grupos de 100 mil
habitantes, a taxa de crimes violentos passou de 123,53 em 2010 para 175,33 em
2011. Entretanto, considerando o período 2004-2011, houve uma redução de -
34
73,97% na criminalidade violenta, com as taxas passando de 673,51 para 175,33
(SEDES, 2014).
Quadro 4 – Evolução de Crimes Violentos em Ibirité – 2004 a 2011
Fonte: SEDES, 2014
Através do Quadro 5, verifica-se um aumento de 12,36% nas taxas de
homicídios no período 2010-2011, que passaram de 31,98 a cada 100 mil habitantes
para 35,93. Foram 51 casos em 2010 contra 58 em 2011. No entanto, considerando
o período 2004 a 2011, houve queda das taxas de -17,01%, passando de 43,30 para
35,93 (SEDS, 2014).
Quadro 5 – Evolução de Homicídios Consumados em Ibirité – 2004 a 2011
Fonte: SEDES, 2014
Os crimes violentos contra o patrimônio cresceram no período 2010-2011,
com as taxas variando de 70,23 para 118,33. Foram 112 ocorrências em 2010
contra 191 em 2011. Entretanto, quando se leva em conta o recorte 2004-2011, a
redução é de -79,25% nas taxas, que variaram de 570,42 para 118,33 (SEDS,
2014).
1.8.3 – Educação
O número de escolas de ensino fundamental se dividem em 37 pré-escolar,
49 de ensino fundamental e 13 de ensino médio, conforme gráfico da figura abaixo
(IBGE, 2014).
35
Figura 19: Gráfico de números de escola por nível em Ibirité
Fonte: IBGE, 2014
No mapa da Figura 20 é possível observar que a maior parte das escolas está
localizada no centro do município e nas divisas entre Belo Horizonte e Contagem.
Figura 20: Mapa de Localização das Escolas Municipais e Estaduais de Ibirité
Fonte: Prefeitura de Ibirité, 2014
36
Ibirité apresenta uma das menores taxas de escolarização líquida no ensino
médio quando comparada a Região Metropolitana de Belo Horizonte, vide Figura 21.
Este indicador corresponde à razão entre as matrículas das pessoas em idade
adequada para estar cursando um determinado nível e a população total na mesma
idade, ou seja, indica a porcentagem da população na faixa etária que está
matriculada no nível de ensino adequado (CEDEPLAR, 2014).
Figura 21: Taxa de Escolarização Líquida no Ensino Médio DA RMBH
Fonte: PLANO METROPOLITANO RMBH,2010
Algumas medidas como a redução da evasão escolar são fundamentais para
a melhoria destes índices.
A Prefeitura de Ibirité, em parceria com o Governo do Estado de Minas
Gerais, implantou em 2008, o Programa Poupança Jovem voltado para alunos do
ensino médio. Um dos objetivos deste programa é evitar a evasão escolar no ensino
37
médio, criando várias atividades extraclasses, tais como oficinas, salas de inglês e
de diversos outros cursos (Prefeitura de Ibirité, 2014).
A Prefeitura de Ibirité foi eleita a melhor gestora de Minas Gerais do programa
Poupança Jovem. O município foi o melhor na execução e no cumprimento do plano
de metas do programa.
1.8.4 – Saúde
Existem 60 estabelecimentos de saúde, distribuídos de acordo com a Tabela 4.
Tabela 4: Estabelecimentos de Saúde em Ibirité
Fonte: Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde, 2014
Ibirité possui 89 leitos hospitalares (TAB.5), representando aproximadamente
1,786 leitos /1000 habitantes. Esta relação mostra um número insuficiente de leitos,
pois de acordo o Ministério da Saúde o ideal seria de 2,5 a 3 leitos / 1000 habitantes,
estabelecido na Portaria Ministerial Nº 1101, de 12 de junho de 2002.
38
Tabela 5: Número de Leitos em Ibirité
Fonte: Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde, 2014
A carência de leitos e a precariedade do serviço de urgência são destacadas
como as principais causas dos problemas nos serviços de saúde do município. De
acordo com médicos da Unidade de Pronto Atendimento – UPA, de Ibirité, o cenário
é aterrorizante (SUAREZ, 2014).
A precariedade da saúde pública, ligada diretamente à falta de leitos, se
apresenta, hoje, como um dos maiores problemas do município, sendo fundamental
e urgente a criação de novos estabelecimentos para o atendimento das demandas.
1.8.5 – Lazer e turismo
A Prefeitura de Ibirité desenvolve programas de recreação com ruas de lazer,
oficinas e outras atividades. São também desenvolvidos projetos de atividade física
e lazer para o grupo da 3ª idade (Prefeitura de Ibirité, 2014).
Ibirité também possui cinco clubes de lazer e recreação.
39
A natureza do município de Ibirité é o principal atrativo turístico e pertence ao
Circuito Veredas do Paraopeba, pelo fato de ser cercado por montanhas, com muitos
vales, rios e água abundante.
Os principais atrativos naturais são: Lagoa da Petrobrás, Cachoeira Santa
Rosa, serras do Rola-Moça, Jangada, Três irmãos e Fecho do Funil.
Estas Unidades de Conservação apresentam um imenso potencial para o
ecoturismo, recreação, educação ambiental e para o desenvolvimento de atividades
culturais (PORFÍRIO, 2006).
Embora exista este potencial, o turismo em Ibirité é pouco divulgado na
internet. Foram efetuadas buscas em sites de pesquisas utilizando as palavras chaves
“turismo” e “Ibirité” sendo obtidas poucas informações relevantes.
Programas e ações da Secretaria de Esporte, Cultura e Lazer da Prefeitura de
Ibirité:
1. Programa Vozes do Morro
2. PELC – Programa de Esporte e Lazer da Cidade
3. O Programa Segundo Tempo
4. Campeonato Amador de 1ª e 2ª Divisões
5. A Jornada Mineira do Patrimônio
6. Educação Patrimonial
7. Arraial de Ibirité
8. Jogos Escolares
9. Projeto Bom de Escola, Bom de Bola
1.9 Capacidade Produtiva Municipal
O desenvolvimento histórico de Ibirité se deu principalmente pela fertilidade
das terras e a implantação de novas técnicas perfilando assim a atividade principal
do município.
Com o crescimento urbano ao longo dos anos e o incentivo para o
desenvolvimento industrial a atividade agrícola perdeu espaço para as demais. Foi
instalado na década de 1990 um distrito industrial no município de Ibirité abrigando
diversas empresas (AEDIIB, 2014).
40
A Figura 22 representa o produto interno bruto de Ibirité de acordo com o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE, 2014). Este gráfico evidencia
a consagração do município para as industriais e de serviços.
Figura 22: PIB do Município de Ibirité
Fonte: IBGE, 2014
O Produto Interno Bruto (PIB) a preços correntes do município de Ibirité é de
R$ 1.363.607 (IBGE, 2014). A Tabela 6 abaixo revela o PIB em 2011 de alguns
municípios vizinhos. Observa-se a superação do PIB de Ibirité comparado aos
municípios de Pedro Leopoldo, Juatuba, Igarapé, Matozinhos, Sarzedo, Caeté, Rio
Acima, Itaguara e Taguaraçu de Minas.
41
Tabela 6: PIB – Produto Interno Bruto em 2011 de Municípios Vizinhos à Ibirité
Fonte: IBGE, 2014
O PIB de Ibirité, comparado com outras cidades da RMBH, representa
aproximadamente 5% do índice de Betim, 7% de Contagem e 21% de Nova Lima.
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) é de 0,729,
considerado médio. O IDH-M de Ibirité ocupa o 426o lugar no ranking estadual e o
2248o no federal (IBGE, 2000).
Destacam-se na área industrial a Ibiritermo, usina termoelétrica a gás
inaugurada no ano de 2002 e a Refinaria Gabriel Passos, da PETROBRAS, que
possui mais da metade do seu parque instalado no município de Ibirité (AEDIIB,
2014).
Possui também uma planta da ThyssenKrupp que fabrica peças automotivas.
O uso e ocupação do solo em Ibirité são caracterizados pelo crescimento
desenfreado, podendo ser diretamente ligado às mudanças estruturais da cidade
quando a mesma abre seu capital para a indústria (MELO, 2011).
Observando o mapa da FIG.23 é possível identificar áreas urbanas se distanciando
da região central em direção à área industrial e do lado nordeste para Belo
Horizonte.
42
0 1.000 2.000 3.000500metros
Escala: 1/68.000
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
ÁREA DE PRESERVAÇÃO DE MANANCIAIS
PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO ROLA-MOÇA
ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL - APA SUL/RMBH
VEGETAÇÃO NATIVA
MINERAÇÃO
USO INDUSTRIAL
CAMPO RUPESTRE
CAMPO CERRADO
AGROPECUÁRIA
MANCHA URBANA
CAMPO
Figura 23: Mapa Uso e Ocupação do Solo - Ibirité Fonte: Prefeitura de Ibirité, 2014
1.10 Sistema de transportes
O sistema de transporte de Ibirité se contextualiza na Região Metropolitana de
Belo Horizonte - RMBH, pois grande parte das populações das cidades que formam
esta região se desloca, diariamente, entre os municípios. Constata-se também que
cerca de 60% da população economicamente ativa de Ibirité trabalha em Belo
43
Horizonte, Betim ou Contagem. O deslocamento intermunicipal da PEA de Ibirité é
significantemente maior que da maioria dos outros municípios da RMBH. Pode-se
afirmar com os dados contidos na tabela 2, que Ibirité é praticamente uma cidade
dormitório (Simões, 2007).
Ibirité possui mais de quinze linhas de ônibus integradas à RMBH. Estas
linhas interligam Ibirité aos municípios vizinhos, tais como: Belo Horizonte, Betim,
Contagem e Sarzedo (DER-MG, 2014).
Tabela 7 – Deslocamento da PEA na RMBH
Fonte: SOUZA, 2005
1.10.1 – Transporte e Plano Diretor
O sistema de transporte é tratado no Plano Diretor do município e menciona
as seguintes situações abaixo:
− A realização de estudos e pesquisas para caracterizar a situação do
transporte coletivo em Ibirité (inexistente até o momento);
− A existência de diretrizes de integração viária do município, internamente e
com os municípios da Região Metropolitana;
44
− Previsão de complementação da malha viária de Ibirité das seguintes
maneiras:
− Previsão da reserva de terrenos para a implantação de vias secundárias
marginais às vias arteriais, para acesso aos terrenos lindeiros a essas vias;
− Elaborar projetos que favoreçam a convivência entre o Sistema rodoviário e
ferroviário;
− Execução de obras complementares que promovam a melhoria das
características geométricas da MG – 040, adequando - à sua função de via
arterial;
− Elaborar um Plano Viário Municipal (ainda não elaborado);
− Garantir recursos nas diversas esferas de governo para implementação das
vias estruturais;
− Elaborar projetos de sinalização e circulação das vias do Município (Plano
Diretor de Ibirité, 1999).
Além de realizar estudos sobre a situação do transporte e mobilidade no
município, o plano diretor menciona uma articulação com os Municípios da Região
Metropolitana. Estes municípios são: Belo Horizonte, Betim e Contagem, bem como
com o DER-MG. Esta articulação visa incluir Ibirité no Fórum Metropolitano de
Transporte, de modo a garantir espaço para o Município na definição das diretrizes e
implementação de medidas relacionadas ao transporte na RMBH (Plano Diretor de
Ibirité, 1999)
1.10.2 – Malha Viária
A malha viária de Ibirité é composta em sua grande maioria por vias locais. As
vias locais interligam os bairros até as principais vias de acesso, que são a MG-040
e a rodovia Renato Azeredo. A MG-040 corta o município praticamente ao meio, e
interliga Ibirité à Belo Horizonte, pelo bairro Barreiro. No outro sentido ela termina na
BR-381 em Itaguara. Já a rodovia Renato Azeredo comunica o centro de Ibirité à
Belo Horizonte, praticamente no mesmo ponto onde chega a MG-040. Ibirité é
também cortada por linha férrea com concessão à FCA. A ferrovia utiliza o trecho
para transporte de minério de ferro e outras cargas em geral.
45
Figura 24: Malha Viária de Ibirité Fonte: Prefeitura de Ibirité, 2014
Figura 25: Principais Vias de Acesso a Ibirité.
Fonte: Prefeitura de Ibirité, 2014
Existe uma necessidade de criação de um novo anel viário na região
metropolitana de Belo Horizonte. Verifica-se que o anteprojeto desta via é dividido
Principais vias de acesso
46
em duas partes, uma alça norte e outra sul. A alça sul quando executada interligará
a BR-040 à BR-381 passando por Ibirité, Betim e Belo Horizonte, conforme indicado
na Figura 46 (DER-MG, 2014)
Segundo informações do DNIT está liberada a licitação para contratação de
projeto executivo das alças norte e sul (DNIT, 2014).
A alça sul tem grande importância, pois desviaria aproximadamente 30% do
volume do tráfego que atualmente circula pelo Antigo Anel Rodoviário de Belo
Horizonte (Jornal Hoje em Dia, 2014).
47 CAPÍTULO II
DEFICIÊNCIAS E CARÊNCIAS DO MUNICÍPIO
O diagnóstico da estrutura urbana ilustrado no capítulo I evidencia algumas
deficiências e carências do município, tais como a distribuição populacional
desordenada, a degradação da vegetação, mananciais e áreas de proteção
ambiental, a má qualidade da água, a ausência de rede de esgoto, as redes de
drenagem insuficientes, a segurança pública deficitária e a malha viária
sobrecarregada.
2.1 Distribuição populacional desordenada
No período de 1950 a 1980 Ibirité sofreu um crescimento populacional
acentuado e desordenado. Grande parte da população relativa a este crescimento
teve sua mão-de-obra absorvida por atividades agrícolas, que são de pouca
arrecadação fiscal para o município quando comparada com os setores industrial e
de serviços. A agricultura pouco contribuiu para o crescimento econômico do
município (Prefeitura de Ibirité, 2014).
A partir de 1989 o crescimento acentuado da população se deve ao grande
volume de investimento industrial em Betim e Contagem. Ibirité foi escolhida para
instalação de loteamentos populares para atender esta demanda nas indústrias.
Ibirité está estrategicamente localizada em relação a Betim e Contagem e naquela
época as leis de ocupação do solo deste município eram brandas (Simões, 2007).
A FIG 26 demonstra a situação atual do município. Verifica-se que existe uma
parte da mancha urbana instalada dentro de área da APA-SUL. Também existem
dentro desta área: mineração e atividades agropecuárias. A área de proteção dos
mananciais do município de Ibirité está inserida na APA-SUL e abrange a parte do
Parque da Serra do Rola Moça. Parte deste parque está localizada no município de
Ibirité. Pode-se verificar as áreas citadas nas Figuras 26, 27 e 28 (Prefeitura de
Ibirité, 2014).
48
Figura 26: Mapa de Ocupação dos Solos de Ibirité
Fonte: Prefeitura de Ibirité, 2014
Figura 27: Mapa de Ocupação da APA-SUL em Ibirité
Fonte: Prefeitura de Ibirité, 2014
49
Figura 28: Área de Abrangência da APA-SUL na RMBH
Fonte: SIMGE/IGAM, 2002
2.2 Degradação de vegetação, mananciais e áreas de proteção ambiental
Com a perda crescente da vegetação nativa, principalmente das matas
ciliares, os corpos d’água tendem a ficar sem proteção eficaz para atuar no
amortecimento do impacto da erosão em áreas mais altas, quando nelas se
desenvolvem a pastagem e a agricultura, influenciando de forma negativa na
qualidade e quantidade das águas superficiais.
Estudos indicam que as matas ciliares são importantes na conservação da
vida silvestre, outro fator relevante é que a mata ciliar funciona como filtros
impedindo que sedimentos e poluentes agrotóxicos interfiram na qualidade da água
e reduzindo ainda a erosão nas margens dos cursos d’água, evitando assoreamento
dos mananciais, minimizam os efeitos das enchentes, mantém a quantidade e a
qualidade das águas, auxiliando ainda na proteção da fauna local entre outras (IEF,
2014).
A conservação das APP´S ao longo dos cursos d’água nas áreas da APA Sul
é de suma importância no sentido que, a vegetação nativa, principalmente as matas
ciliares, protege as nascentes, e minimizam o impacto da erosão em áreas mais
altas, quando nelas se desenvolvem a pastagem e a agricultura, podendo influenciar
de forma negativa na qualidade e quantidade das águas superficiais.
A grande incidência de sítios na região tem contribuído muito nos
desmatamentos e queimadas irregulares de matas nativas, sem autorização do IEF,
para formação de pastagens como plantação de gramíneas resistentes e de
50
crescimento agressivo, impedindo o crescimento de vegetações naturais e
contribuindo com o maior índice de erosões.
2.3 Má qualidade da água e ausência de rede de esgoto
A carência na rede de esgoto ou pluvial no município de Ibirité é destacada
quando comparada aos municípios vizinhos na região do Parque Estadual da Serra
do Rola Moça, como podemos verificar Quadro 6 (Biodiversitas, 2005).
Quadro. 6: Distribuição Percentual dos Tipos de Tratamento e Destino do Esgoto dos Municípios da Região do Parque da Serra do Rola Moça
Municípios Total de Domicílios
Tipo de esgotamento (%) Rede de esgoto
ou pluvial
Fossa séptica
Fossa rudimenta
r
Vala, rio, lago, mar ou outro
Belo Horizonte 628.447 92,7 1,0 1,9 4,5
Brumadinho 7.201 55,4 1,3 32,8 8,9 Ibirité 33.720 49,1 4,5 31,9 14,6
Nova Lima 16.759 76,0 12,6 6,3 5,0 Minas Gerais 4.765.258 71,8 2,6 16,9 8,7
Fonte: Biodiversitas, 2005
Embora esteja sendo implantado o sistema de esgotamento sanitário, a
cidade de Ibirité, até os dias atuais, não conta com um sistema de tratamento de
esgoto e os dejetos sanitários caem diretamente nos córregos que cortam o
município.
A Lagoa da Petrobrás surgiu juntamente com a Refinaria Gabriel Passos –
Petrobras, em 1960, quando as águas foram represadas para o resfriamento das
caldeiras da companhia. A água é geralmente recirculada e entra em contato com os
sub-produtos do petróleo. Esse processo acaba contaminando a água e jogando na
lagoa toxinas prejudiciais á saúde (Ibirité Muito Mais, 2014).
Por esse motivo, a Prefeitura de Ibirité em parceria com o Governo de
Minas/Copasa, vem trabalhando para despoluir os córregos do município, tratar o
esgoto, e assim devolver água limpa para a lagoa e contribuir na sua despoluição.
Porém, se a Petrobrás não tomar nenhuma providência para evitar que os metais
pesados, os resíduos industriais e as toxinas, gerados pela refinaria, continuem no
51
fundo da lagoa, o grande investimento feito pela Prefeitura e Copasa, estará
prejudicado (Prefeitura de Ibirité, 2014).
2.4 Drenagens pluviais insuficientes
Devido à carência nas redes de drenagem, a Prefeitura Municipal de Ibirité
vem ao longo dos anos tentando minimizar o problema com a execução de obras, a
exemplo das realizadas na Av. Presidente Tancredo Neves, Av. Nilo Peçanha, Av.
“A” no bairro Jardim Jaçanã, Rua Cristal do Sol Nascente, entre outras (PLAMBEL,
1989).
Visando reduzir os problemas de inundação em Ibirité, foi construída uma
estação de tratamento de águas fluviais – ETAF que ficou pronta no final de 2004,
mas nunca funcionou (ALMG, 2008).
A ETAF, mal planejada, foi construída numa várzea de dispersão das cheias e
a montante da lagoa da Petrobras que é essencial para o funcionamento da
Refinaria Gabriel Passos – REGAP cujos materiais tóxicos letais são despejados
através do córrego Pintado. Além da sua inutilidade, o aterro e o barramento de 1,5
metros de altura são suficientes para provocar um refluxo que invade as casas dos
bairros Jardim das Oliveiras e Jardim das Rosas, onde vivem 4 mil pessoas (ALMG,
2008).
Segundo Ronaldo Matias, da Copasa, a empresa precisa investir cerca de R$
80 milhões a R$ 100,00 milhões para implantar todo o sistema de saneamento de
Ibirité, fazendo as redes de coleta, estações elevatórias e o tratamento abaixo da
lagoa (ALMG, 2008).
Nos tempos de chuvas fortes, toda a região dos bairros Jardim das Oliveiras e
Jardim das Rosas está sofrendo problemas graves como a inundação de ruas com
interrupção do trânsito, casas alagadas levando prejuízos financeiros para as
pessoas e uma incontável seqüência de questões de difícil solução (Prefeitura
Municipal de Ibirité, 2010).
52
Figura 29: Área Alagada Após Ocorrência de Chuva Forte Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirité, 2010
Figura 30: Ruas Intransitáveis e Residências Alagadas Fonte: Prefeitura de Ibirité, 2010
2.5 Segurança pública deficitária
Todos estes números evidenciam um grave problema relativo a segurança
pública.
O Programa Nacional de Segurança com Cidadania – Pronasci fornecerá,
para Ibirité, 16 câmeras de vídeo monitoramento 24hs, que serão instaladas em
pontos estratégicos. Serão monitoradas pelo 48° Batalhão da PMMG.
Para uma efetiva redução da violência urbana, ainda serão necessários
maiores investimentos no aparelhamento da segurança pública.
Pelo motivo de não existir Batalhão Operacional do Corpo de Bombeiros
Militar de Minas Gerais (CBMMG) as diversas solicitações são atendidas pelas
unidades da Capital. O Parque Estadual Serra do Rola Moça, pertencente à APA
Sul, com 25% de área no município de Ibirité (Biodiversitas, 2005), apresenta
ocorrências consideráveis de queimadas (Quadro 7) ao longo do ano.
53
Quadro 7: Área Queimada (EM HECTARES), Mensalmente nos Parques Nacionais e Estaduais de Minas Gerais
Parque Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Período
PN do Itatiaia 0 0 0 0 0 0 776,00 1.035,00 4.822,00 212,00 10 0 1979-
2005 PN do Caparaó 0 0 650,00 8,00 0 0 240,00 1.517,00 458,00 209,00 0 0 1979-
2005 PN Serra Canastra 4.520,00 1.251,00 536,00 1.832,00 250,00 6.560,00 33.882,00 164.075,00 60.744,00 62.808,00 4.870,00 10,00 1979-
2005 PN Serra do Cipó 0 0,25 0 0 40,00 327,90 191,30 2.235,00 4.971,50 2.388,50 40,50 200,00 2000-
2005 PE do Rio Doce 0 0 0 0 0 0 0 12,00 4,25 0 0 0 1996-
2005 PE do Itacolomi 0 0 0 0 0 0 0 0 4.000,00 0 0 0 1996-
2005 PE do Ibitipoca 0 0 1,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1996-
2005 PE Nova Baden 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1996-
2005 PE Rola Moça 133,00 0,02 3,00 15,00 7,00 13,83 57,70 2.530,00 82,45 726,00 0 0 1999-
2005 PE Serra Brigadeiro 0 0 0 0 0 0 612,00 22,00 230,00 0 0 0 1999-
2005 PE do Rio Preto 0 0 0,01 0 0 0 216,00 50,00 50,00 25,30 0 0 2002-
2005
Fonte: Bontempo, 2006
Estes incêndios demandam constantes atendimentos do CBMMG, merecendo
uma reavaliação para instalação de uma nova unidade. Não foi identificado projeto
relativo a este assunto.
Duas Companhias da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG)
estão instaladas no bairro Santa Maria e o 48o Batalhão é localizado no Bairro
Durval de Barros.
2.6 – Malha viária sobrecarregada
A grande parte das populações das cidades que formam a região do
município de Ibirité se desloca diariamente entre os municípios vizinhos.
O Anel Sul será uma nova opção de acesso de moradores do Barreiro e de
cidades vizinhas, como Ibirité às principais rodovias que passam pela RMBH. O
trecho que começa na divisa com Ibirité e segue por uma via que seria construída
paralela à linha ferroviária Águas Claras, até o entroncamento do Anel Rodoviário
com a BR-040 na saída para o Rio de Janeiro (O TEMPO, 2009).
54
A alça sul também promoverá o desenvolvimento dos municípios por onde ela
passará. A Petrobrás e a Fiat são grandes interessadas para que a alça sul se torne
uma realidade (FIG. 32).
Uma alternativa proposta pela Prefeitura de Betim à execução da alça sul do
anel é a execução de projeto para uma via denominada VIA DAS INDÚSTRIAS que
interligaria a via expressa de Contagem à BR-381, passando por Ibirité e Betim e
retornando à BR-381 no entroncamento com a BR-262 (FIG. 31).
Figura 31: VIA DAS INDÚSTRIAS
Fonte: DNIT, 2014
Figura 32: Novo Anel Viário de Belo Horizonte
Fonte: Jornal Hoje em Dia, 2014
55
O número médio de veículos previstos que circularão por dia no novo anel
viário da RMBH é de 24000 na alça norte e de 36000 na alça sul, sendo os
percentuais de tráfego que desviaram do antigo anel rodoviário de BH 20% e 30%,
respectivamente (Jornal Hoje em Dia, DNIT, 2014).
A alça norte cortará 8 municípios e terá uma extensão de 67,50 km, já a alça
sul cortará apenas 3 municípios e terá uma extensão de 35 km (Jornal Hoje em Dia,
DNIT, 2014)
56 CAPÍTULO III
ANÁLISE CRÍTICA DAS DEFICIÊNCIAS E CARÊNCIAS
Verifica-se que nas leis elaboradas pelo município e pelo estado: Plano
Diretor de Ibirité (Lei Complementar 021 de 30/11/1999) e criação da APA-SUL
(Decreto Estadual nº 35.624, de 8 de junho de 1994), existe uma preocupação em
criar um desenvolvimento sustentável. Verifica-se ainda que a área destinada ao
desenvolvimento industrial está localizada do lado oposto das áreas protegidas,
conforme se pode verificar na FIG 34 (Prefeitura de Ibirité, 2014).
Em análise a FIG 34 é possível identificar que a maior parte das nascentes
existentes no município está incluída em áreas especiais e protegida.
A represa da REGAP, popularmente chamada de Lagoa da Petrobrás ou
Lagoa de Ibirité, apresenta-se poluída e contaminada com cargas poluentes
provindas, principalmente do ribeirão Ibirité de Betim e da REGAP (XXVII
Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental).
Apesar a situação precária, há um otimismo no cenário atual, pois A COPASA
possui um projeto para instalação de uma ETE para tratamento do esgoto e
produção de biogás para utilização na IBIRITERMO (COPASA, 2014).
Figura 33: Poluição na Represa de Ibirité com Morte de Peixes Fonte: Jornal Estado de Minas – 05/02/2009
57
Figura 34: Mapa das Áreas Especiais de Ibirité
Fonte: Prefeitura de Ibirité, 2014
58
A despoluição da represa de Ibirité pode trazer à Ibirité um grande potencial
de desenvolvimento do turismo no município. Verificam-se alguns fatores positivos
ao desenvolvimento proposto: proximidade à Belo Horizonte, Betim, Contagem e
outros municípios; viabilidade de construção de hotéis, restaurantes, clubes,
pesqueiros; impulsionar o comércio e setor de serviços e aumento do número de
empregos no município diminuindo a necessidade de movimentação da PEA para
trabalhar em outros municípios.
Figura 35: Represa de Ibirité
Fonte: Wikipédia – Ibirité, 2014
No tocante ao saneamento básico, verifica-se que Ibirité necessita da
construção de reservatórios para conseguir manter a vazão necessária nos horários
de picos e em períodos de secas. Outra necessidade observada é a conclusão da
ETE para reduzir a poluição nos mananciais de abastecimento de água do
município.
Quanto à insuficiência do sistema de drenagem pluvial, Ibirité está investindo
atualmente em várias obras de drenagem devido à necessidade de conter ou pelo
menos reduzir os inúmeros problemas ocasionados por essa carência. Além do
investimento do poder público para a preservação do meio ambiente que vai
despoluir rios, córregos, a Lagoa da Petrobras e canalizar esgoto, dando-lhe a
destinação final e correta. A expectativa da prefeitura e dos moradores da região é a
possibilidade da geração de emprego e renda durante a construção da ETE (Ibirité
Muito Mais, 2014).
Para sanar os constantes problemas de inundações nos bairros Jardim das
Oliveiras e Jardim das Rosas, a Prefeitura de Ibirité concluiu a ampliação do canal
pluvial existente nas ruas Aimorés e Luiz Francisco em mais de 130 metros. No
centro do bairro, o córrego que percorre toda a região até desaguar na Lagoa da
59
Petrobras foi desassoreado e recebeu cobertura, transformando-se agora em uma
via de trânsito de veículos e pedestres.
Figura 36: Foto da Ampliação do Canal no Bairro Jardim das Rosas Fonte: Prefeitura de Ibirité, 2010
No restante do córrego foi executado o aprofundamento do leito, além da
criação da área de 5 metros em sua margem, sua largura também foi ampliada para
uma média de 5 metros criando assim maior capacidade de recebimento de águas
(Prefeitura de Ibirité, 2010).
Figura 37: Enchente no Bairro Jardim das Rosas Fonte: Prefeitura de Ibirité, 2010
Figura 38: Aprofundamento do Leito do Canal do Córrego
Fonte: Prefeitura Municipal de Ibirité, 2010
60
Uma rede de drenagem pluvial com extensão de 430 metros e um sistema de
escadas com cerca de 100 metros de comprimento impedindo que a força da água
provoque erosões está sendo construída na Rua Santa Marcelina, no bairro
Marilândia, além da previsão de asfaltar o local, com instalação de meio fio e
sarjetas.
Algumas obras na rede de drenagens foram executadas pela Prefeitura
Municipal de Ibirité para evitar inundações, como por exemplo, rede de drenagens
de águas pluviais na Rua Ismael Silveira evitando inundações nas residências
construídas na parte baixa da rua São Paulo (Prefeitura de Ibirité, 2014).
Figura 39: Rua Santa Marcelina Antes das Obras
Fonte: Prefeitura de Ibirité, 2014
Figura 40: Obras de Urbanização e Drenagem da Rua Santa Marcelina
Fonte: Prefeitura de Ibirité, 2014
Outra importante obra de drenagem realizada foi a instalação de manilhas
duplas para escoamento de águas pluviais em uma extensão aproximada de 200
metros na Rua 14 do bairro Canoas.
61
Figura 41: Obra de Drenagem Pluvial da Rua14, Bairro Canoas
Fonte: Prefeitura de Ibirité, 2014
Quanto à sobrecarga da malha viária, destaca-se como a criação da alça
sul do novo rodoanel da região metropolitana de Belo Horizonte.
Em comparação com a Via das Indústrias, a alça sul do rodoanel interligaria
a BR-040 à BR-381. Verifica-se hoje que o tráfego que chega à Belo Horizonte
através destas duas vias não possuem alternativa a não ser cruzar Belo Horizonte
pelo Anel Rodoviário existente. O volume deste tráfego diminuirá em
aproximadamente em 30%, ou seja, 36.000 veículos circulariam pela alça sul do
novo rodoanel.
Observa-se que os inúmeros problemas apresentados estão sendo resolvidos
de forma concreta. Porém uma intervenção que ainda não se encontra totalmente
concretizada e que se apresenta de elevada importância em vários aspectos, não
apenas físico, como também sócio-econômico e financeiro, é a construção da alça
sul que interligará a BR-040 à BR-381 passando por Ibirité, Betim e Belo Horizonte.
A Alça Sul do novo Rodoanel torna-se uma excelente proposta para melhoria
urbana em Ibirité. Sua execução, além de melhorar as condições de acesso ao
município, deverá desenvolver os setores secundários e terciários da economia do
município.
Os benefícios desta obra vão muito além do município de Ibirité. O tráfego
intenso no anel rodoviário é hoje um problema gravíssimo enfrentado não apenas
pelos moradores da região metropolitana de Belo Horizonte, como também por todos
que utilizam a via como interligação para inúmeros destinos do país.
O volume de tráfego considerável que será desviado do anel rodoviário revela
a importância desse empreendimento.
62
Observa-se através da Figura 47 que a construção da alça sul será um
desafio para a engenharia, já que o relevo se encontra relativamente desfavorável
devido ao zoneamento ondulado da região.
Figura 42: Mapa de Relevo de Ibirité Fonte: SIMÕES, 2014
63 CONCLUSÃO
A gestão pública deve se acomodar adequadamente aos diversos fatores que
a tangenciam, como por exemplo, o elevado crescimento econômico, apesar de
propiciar riqueza e fartura no mundo, gera também diversos desequilíbrios
relacionados à miséria, à degradação ambiental e à poluição. No intuito de conciliar
esse crescimento econômico à preservação ambiental e ao fim da pobreza no
mundo, surge a ideia de “Desenvolvimento Sustentável”. Essa ideia busca o
equilíbrio entre tecnologia e ambiente, relevando-se diversos grupos sociais na
busca pela equidade e justiça social, onde essas pessoas possam vislumbrar um
futuro que lhe garanta saúde, alimento, educação, qualidade de vida, dignidade,
entre tantos outros valores.
O diagnóstico da estrutura urbana elucida o cenário atual do Município de
Ibirité em diversos aspectos: localização, acessos, meio físico e vegetação,
planejamento físico-territorial, saneamento básico, equipamentos de interesse social,
capacidade produtiva municipal e sistema de transporte.
Esse diagnóstico propicia a abordagem de questões relacionadas às
deficiências e carências do município, cujos dados estatísticos e comparativos
utilizados, não apenas entre diversos municípios, como também, entre parâmetros
externos, foram utilizados para mensurar tais questões. Para exemplificar, cita-se a
questão voltada à carência no sistema de transporte de município, pois grande parte
das populações das cidades que formam essa região se desloca diariamente entre
os municípios vizinhos.
A análise crítica e sucinta das principais deficiências e carências voltadas ao
desenvolvimento do município apresenta alguns planos de ações tomados pelos
entes responsáveis no sentido de minimizar ou eliminar tais deficiências e carências.
O resultado desse diagnóstico busca auxiliar o desenvolvimento de ações
voltadas à boa gestão pública, principalmente no tocante ao direcionamento de
recursos e investimentos em diversos aspectos, não apenas físico, como também,
socioeconômico e financeiro, proporcionando melhor qualidade de vida da
população e um desenvolvimento mais sustentável, contribuindo para a melhoria da
qualidade de vida dos cidadãos moradores do Município de Ibirité.
64 BIBLIOGRAFIA
AEDIIB, ASSOCIAÇÃO DAS EMPRESAS DO DISTRITO INDUSTRIAL DE IBIRITÉ. Disponível em:< http://trade.nosis.com/pt/AEDIIB--ASSOCIACAO-DAS-EMPRESAS-DO-DISTRITO-INDUSTRIAL-DE-IBIRITE/3298948/315/p>. Acesso em 26/07/14. ALMG, ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE MINAS GERAIS, Notícia: Deputados querem resolver problemas de inundações em Ibirité, 2008. Disponível em: http://al-mg.jusbrasil.com.br/noticias/321699/deputados-querem-resolver-problema-de-inundacoes-em-ibirite. Acesso em 02/08/2014. BIODIVERSITAS. Plano de manejo do PE Serra do rola Moça e EE fechos. Disponível em: <http://www.biodiversitas.org.br/planosdemanejo/pesrm/regiao39.htm> Acessado em: 26/07/2014. BIODIVERSITAS, Plano de Manejo do Parque Estadual da Serra do Rola Moça, 2005. Disponível em: http://www.biodiversitas.org.br/planosdemanejo/pesrm/index.htm.> Acessado em 10/08/2014. BONTEMPO, G. C. Ocorrência de incêndios florestais e educação ambiental nos parques abertos à visitação pública em Minas Gerais. Dissertação apresentada à Universidade Federal deViçosa – 2006 - Disponível em: <http://www.tede.ufv.br/tedesimplificado/tde_arquivos/4/TDE-2007-04-19T143046Z-494/Publico/texto%20completo.pdf>. Acessado em 09 /08/2014. COPASA, Companhia de Saneamento de Minas Gerais, Disponível em <www.copasa.com.br>, acesso em 09/08/2014. CNES. Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde – Leitos . Disponível em: <http://cnes.datasus.gov.br/Mod_Ind_Tipo_Leito.asp?VEstado=31&VMun=312980>. Acessado em: 16/08/2014. DER-MG, Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais, Disponível em <www.der.mg.gov.br> , acesso em 10/08/2014. DNIT, Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes, Disponível em <www.dnit.gov.br> , acesso em 10/08/2014. FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Zoneamento Urbano-Ambiental para o entorno da Regap e da Ute-Ibiritermo. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 2001. FEAM – Fundação Estadual do Meio Ambiente. Disponível em <www.feam.br>. Acesso em 13/08/2014. JORNAL ESTADO DE MINAS. Disponível em: <http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2011/09/15/interna_politica,250754/dnit-da-o-primeiro-passo-para-projeto-do-rodoanel-na-grande-bh.shtml>. Acesso em 10/08/2014. JORNAL HOJE EM DIA. Disponível em <http://www.hojeemdia.com.br/minas/autorizada-licitac-o-para-rodoanel-de-belo-horizonte-1.341401>, acesso em 13/08/2014;
65
JORNAL HOJE EM DIA, Iracema Amaral – Repórter, Despoluição de Metade da Água da RMBH custará R$ 610 mi, 201129/04/2011 Disponível em: http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/minas/despoluic-o-de-metade-da-agua-da-rmbh-custara-r-610-mi-1.272346. Acesso em 09/08/2014. IBDEES - INSTITUTO BRASILEIRO PARA ESTUDO E DESENVOLVIMENTO DO SETOR DE SAUDE. Região Metropolitana de belo Horizonte e o Setor Saúde. Disponível em: <www.ibedess.org.br/imagens/biblioteca/483_helvecio.ppt>. Acesso em 09 /08/2014. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Disponível em <www.ibge.gov.br> , acesso em 09/08/2014. IBIRITERMO = Usina termoelétrica de Ibirité. Disponível em <www.ibiritermo.com.br>, Acesso em 16/08/2014. IGAM, INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS, Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais no Estado de Minas Gerais – Relatório 3º Trimestre 2013, 2013. Disponível em: http://www.igam.mg.gov.br. Acessado em 10/08/2014. INSTITUTO TRATA BRASIL, Vida Melhora na Grande BH - Jornal do Commercio Brasil / Online. Disponível em: http://www.tratabrasil.org.br/novo_site/?id=1657. Acessado em 10/08/2014. MELO, B. M. D. Conseqüências da reestruturação produtiva em Ibirité-MG analisadas a partir de memórias de trabalhadores da Empresa Metalúrgica Transnacional Thyssenkrupp. Monografia apresentada ao Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Geografia – 2011 - Disponível em: <http://www.geografiaememoria.ig.ufu.br/downloads/Bruna_Miranda_Daher_de_Melo.pdf>. Acessado em 09 /08/2014. MINAS GERAIS Decreto N. 36.071 – 27 de setembro de 1994. Dispõe sobre a criação do Parque Estadual do Rola Moça. Minas Gerais, Belo Horizonte, 27 set. 2011. MINAS GERAIS Decreto N. 35.624 – 08 de junho de 1994. Dispõe sobre a criação Área de proteção especial – APA Sul. Minas Gerais, Belo Horizonte, 08 set. 2011. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Notícias. Segurança Pública. Publicado em 23/02/2011. Disponível em:< http://portal.mj.gov.br/main.asp?View={EBAC1DBE-4127-49F2-B5CD-9A14B6E9141D}&BrowserType=NN&LangID=pt-br¶ms=itemID%3D%7BDD6FC83A-AA94-4383-9282-FD58A5474435%7D%3B&UIPartUID=%7B2218FAF9-5230-431C-A9E3-E780D3E67DFE%7D>. Acesso em 26/07/2014. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Alterações na Morfologia Hidrográfica em Decorrência da Expansão Urbana: Estudo de Caso Bacia Hidrográfica de um Afluente do Córrego Gorduras – BH/MG, Autores: Antoniel Silva Fernandes, Silvia Pereira Carneiro e Antônio Pereira Magalhães Júnior, 2011. Disponível em: http://www.geo.ufv.br/simposio/simposio/trabalhos/trabalhos_completos/eixo3/015.pdf. Acesso em 10/08/2014.
66
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO. Programa de Aceleração do Crescimento. Disponível em: < http://www.pac.gov.br/obra/27203>. Acesso em 26/07/2014. OBSERVATORIO DAS METROPOLES – INSTITUTO NACIONAL DE CIENCIA E TECNOLOGIA. Como anda a Região Metropolitana de Belo Horizonte. Disponível em: <http://www.observatoriodasmetropoles.ufrj.br/como_anda/como_anda_RM_belohorizonte.pdf >. Acessado em: 26/07/2014. PLANO METROPOLITANO RMBH -. Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Belo Horizonte – Estudos Setoriais Integrados – Volume 4 - . Disponível em: <http://www.rmbh.org.br/index.php?option=com_docman&task=doc_details&gid=125&Itemid=30>. Acessado em: 26 /07/2014 PORFIRIO, T. H. C. Uso do solo e pressão antrópica no Parque Estadual Serra do Rola-Moça, Belo Horizonte - MG. Tese apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências do Programa de Pós-graduação em Ciência Florestal, para obtenção do título de Magister Scientiae.– 2006 - Disponível em: < http://www.tede.ufv.br/tedesimplificado/tde_arquivos/4/TDE-2007-02-12T130008Z-386/Publico/texto%20completo.pdf>. Acessado em 09 /08/2014. PLAMBEL, PLANEJAMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE, 1990. Ibirité - Síntese dos Diagnósticos Setoriais PREFEITURA MUNICIPAL DE IBIRITÉ. Acesso Fácil. Disponível em: <http://www.ibirite.mg.gov.br/index.php/noticias/1829-12-de-setembro-audiencia-publica-plhis >. Acessado em: 09/08/2014. PREFEITURA MUNICIPAL DE IBIRITÉ. Geoprocessamento. Disponível em: < http://www.ibirite.mg.gov.br/index.php/prefeitura/mapas >. Acessado em: 09/08/2014. PREFEITURA MUNICIPAL DE IBIRITÉ. Decreto no. 2654, de 15 de fevereiro de 2011. Disponível em: <http://www.ibirite.mg.gov.br/attachments/1672_2011%20%20Decreto%20nº%202654%20%20Dispõe%20sobre%20o%20Programa%20Poupança%20….pdf >. Acessado em: 09/08/2014. PREFEITURA MUNICIPAL DE IBIRITÉ. Acesso Fácil. Disponível em: <http://www.ibirite.mg.gov.br/index.php/noticias/522-governo-de-minas-libera-10-milhoes-para-o-hospital>. Acessado em: 09/08/2014. PREFEITURA MUNICIPAL DE IBIRITÉ. Secretaria de Esportes, Lazer e Cultura. Disponível em: < http://www.ibirite.mg.gov.br/index.php/secretarias/esporte-cultura-e-lazer>. Acessado em: 09/08/2014. REDE APA SUL Plano de manejo do Parque Estadual da Serra do Rola Moça, incluindo a Estação Ecológica de Fechos - Encarte 2 – Análise da Região da Unidade de Conservação. Disponível em: <http://www.redeapasul.com.br/publicacoes/2_Analise_da_Regiao_UC.pdf >. Acessado em: 16/08/2014.
67
REDE APA SUL, Rede Socioambiental da APA SUL da RMBH, Disponível em <www.redeapasul.com.br> , acesso em 09/08/2014. RONDON, V. V. Custos da criminalidade no município de Belo Horizonte: duas abordagens sobre as perdas de bem-estar. Dissertação apresentada ao curso de mestrado do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais – 2003 - Disponível em: <http://www.cedeplar.ufmg.br/economia/dissertacoes/2003/Vinicius_Velasco_Rondon.pdf>. Acessado em 09/08/2014. SANGARI. Mapa da Violência 2011. Disponível em: <http://www.sangari.com/mapadaviolencia/> Acesso em 16 /08/2014. SEDS. Índices de criminalidade de 2011 nos 29 municípios de Minas Gerais com mais de 100 mil habitantes. Disponível em: <https://www.seds.mg.gov.br/images/seds_docs/Anuario/indices%20de%20criminalidade%202011%20nos%2029%20municipios%20com%20mais%20de%20100%20mil.pdf>. Acesso em 26/07/2014. SIMÕES, P.M.L. A; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. A alteração do Uso do Solo no Município de Ibirité e conseqüências Associadas - 2007. SIMGE – Sistema de Meteorologia e Gestão de Recursos Hídricos de Minas Gerais. <www.simge.mg.gov.br> SOUZA, R. G. V.; BRITO, F.; CARVALHO, J. A; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. A expansão urbana da região metropolitana de Belo Horizonte e suas implicações para a redistribuição espacial da população o caso do município de Nova Lima - 1991-2000. 2005. SUAREZ, JOANA. Falta de leitos é vilã da saúde no Estado. Jornal O Tempo on line. Belo Horizonte 07 de junho de 2011. Disponível em: <http://sinmedmg.org.br/clipping/83_0706falta.pdf>. Acessado em 10/08/2014. UFV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, Alterações na Morfologia Hidrográfica em Decorrência da Expansão Urbana: Estudo de Caso Bacia Hidrográfica de um Afluente do Córrego Gorduras – BH/MG, Autores: Antoniel Silva Fernandes, Silvia Pereira Carneiro e Antônio Pereira Magalhães Júnior, 2011. Disponível em: http://www.geo.ufv.br/simposio/simposio/trabalhos/trabalhos_completos/eixo3/015.pdf. Acesso em 02/08/2014.