Universidade de São Paulo
Instituto de Química de São Carlos
Disciplina: Prática de Ensino de Química para o Nível Superior
LEITURA E ESCRITA
Docente: Dra. Salete Linhares Queiroz
Discentes: Eliane Sloboda
Raquel Mendonça
Michelli Massaroli
Por que a capacidade de escrever bem é importante?
Qual a importância da leitura para o ensino e aprendizagem?
Quais são as dificuldades apresentadas pelos alunos do curso de graduação em Química na compreensão e comunicação de seus conhecimentos?
Curso de Química
Habilidades
Quantitativas
Habilidades
Qualitativas
Comunicação do Conhecimento
Linguagem Oral Leitura Linguagem Escrita
Ensino e Aprendizagem
O ato de escrever envolve muito mais do que simplesmente expor idéias armazenadas. É necessário que as idéias sejam repensadas e organizadas.
A leitura é a parte para a tomada de consciência e, o modo de existir, no qual o individuo compreende e interpreta a expressão registrada pela escrita e, passa a compreender o mundo real.
Algumas capacidades desejáveis no aluno com o uso da linguagem escrita
Organização de idéias
Desenvolvimento do tema
Clareza, coerência e gramática
Aumentar o raciocínio
Ajudar o aluno a pensar
Aprender o conteúdo
Buscar conhecimento pré-adquiridos
Sintetizar e analisar as idéias
Aplicar e transferir o conhecimento
Escrever com elaboração própria
Algumas capacidades desejáveis no aluno com o uso da leitura
Preparar o individuo para o sócio-político-cultural
Desenvolver autonomia (consciência crítica), levando-os a aprender a aprender
Refletir e analisar
Adquirir os conhecimentos
Melhorar a comunicação oral
Meios para desenvolver a leitura e a escrita
Projetos de pesquisa
Leitura de relatórios
Leitura de textos sobre pesquisas
Leitura de jornais técnicos
Leitura de artigos
Escrever resenhas
Escrever relatórios
Escrever monografias e teses
Reorganizar relatórios ou artigos
Qual é o desafio ao leitor?
O que é ser um bom professor?
“Professor não é ser simplesmente um mero transmissor do conhecimento e sim aquele que leva o aluno a pensar.”
Juan Díaz Bordenave e Adair Martins Pereira.
Estratégias de ensino e Aprendizagem
É uma ferramenta escolhida ou criada pelo professor, para a melhor compreensão dos conceitos pelos alunos e, eliminar ou pelo menos amenizar as dificuldades no uso da linguagem escrita e leitura.
Aplicações das estratégias
Sala de aula
Laboratório
Atividade extras
UniversidadeUniversidade
Lugar de construção do conhecimento cientifico, filosófico
e artístico
Levar o conhecimento novo de forma critica, reflexiva e criativa.
Estratégia de Ensino
Escrita e leitura
Como usar essa ferramenta em sala
de aula?
Estratégia de Ensino
Analisar vários fatores
- O número de alunos na sala de aula/nível
- A estrutura física da sala/escola
- O acesso/disponibilidade a materias didáticos
Sala de aula
Ferramenta: Linguagem escrita
Facilitar a comunicação professor-aluno
Melhorar a compreensão dos conceitos transmitidos, pelos alunos.
Montagem da estratégia
Uso da linguagem escrita
Salas numerosas
Diálogo e discussão
menos acessíveis
- Alunos passivos e descompromissados
M. Strauss e T. Fulwiler
“Caixa-de-dúvidas”
- Estimular os estudantes a formular questões sobre o tópico em pauta.
- Questões incorporadas no contexto da aula seguinte
- Linguagem e simbolismo usado pelo aluno mantido
Pontos importantes
Caráter anônimo: Alunos menos inibidos e
mais participativos
Conservação do simbolismo e linguagem: Classe envolvida
na resolução
Aulas para tirar dúvidas: Utilizando-se das perguntas não
respondidas em sala de aula
H. BEALL
Usou da escrita em aulas com turmas numerosas
Questão de revisão: Resolução por escrito, em
um intervalo de 5 min.
Seleção de algumas respostas, as quais eram projetadas nas aulas seguintes
Benefícios observados
- maior atenção devotada pelos alunos à disciplina
- As questões funcionavam como uma auto avaliação para os alunos
- Enriquecimento considerável do conteúdo das aulas (resoluções criativas)
Leitura
Atividade fundamental, desenvolvida pela escola para a formação dos alunos
Destaque: A maior parcela de nosso conhecimento é
conseguida por meio da leitura
H. BEALL
Seleção de textos literário-científicos
Elaboração de questões sobre o tema lido pelo professor
-Leitura e posterior redação de trabalhos sobre o material lido, respondendo as questões.
Observações
- Variações significativas quanto a profundidade, clareza de pensamentos
- Gramática e ortografia satisfatórias
N. VAN ORDEN
Sugeriu tarefas escritas, relacionadas aos conceitos ministrados
e
Problemas do cotidiano
Estratégia
Solucioná-las em quatro etapas
a) Decidir qual informação era necessária para solução do problema
b) Encontrar informação necessária
c) Usa-la para resolver o problema
d) Justificar a escolha da informação usada na solução do problema
Exemplo
Você trabalha em uma loja de animais domésticos e surge uma cliente preocupada porque seus peixes estão morrendo. Ao analisar a amostra da água onde os peixes vivem, você constata que seu pH é 8,2. No entanto essa espécie de peixe vive melhor em água onde o pH é 6,8
Pede-se:
1- Selecione um sistema tampão adequado para essa espécie
2- Calcule a quantidade de componente tampão que deverá ser adicionada a água.
3- Escreva uma carta ao cliente explicando como ele deve tratar seu peixe
Tarefas dessa natureza
Leva o aluno a pensar nos conceitos químicos e relaciona-los com o mundo,
Estimula a criatividade
Promove a sociabilização
Desenvolvimento da escrita
Estratégia de Ensino
Laboratório
Desenvolvimento da escrita através de:
Discussão de tópicos específicos;
Resolução de problemas, cálculos;
Descrição formal da experiência através da confecção de relatório.
Bailey e Geisler
Confecção de relatórios no formato de revista científica ( por ex. J. Am. Chem. Soc.)
Correção dos relatórios pelos Consultores de escrita.
Entrega para os alunos para correção e entrega do relatório para o professor responsável pela disciplina.
Vantagem: Após a aplicação desta estratégia percebeu-se que os alunos estavam redigindo de uma maneira mais
aprimorada.
Profº. J.L. Koprowski
Apresentação de um relatório (formato padrão) da aula prática realizada.
1º Correção dos relatórios pelo professor.
2º Devolução dos mesmos para que fossem corrigidos pelos alunos, após eram entregues para o professor para a
apresentação da nota.
3º Para cada relatório foi dado um pseudônimo.
4º Cada estudante recebeu dois relatórios para que fizesse sugestões, críticas e colocações de âmbito editorial e de caráter
científico.
5º Professor desempenhou o papel de um editor de revista.
Vantagem: Estratégia amplamente aceita pelos estudantes e muito útil para o desenvolvimento da capacidade de escrita
dos mesmos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ainda hoje, o curso de Química de uma forma geral, prioriza o desenvolvimento de habilidades quantitativas deixando como prejuízo o desenvolvimento de habilidades qualitativas, como a escrita.
Qual a estratégia de ensino é mais eficaz?
Cada método é melhor ou não dependendo dos objetivos que o professor quer alcançar.
“EDUCAR É SER UM ARTESÃO DA PERSONALIDADE, UM POETA DA INTELIGÊNCIA E UM SEMEADOR DE IDÉIAS.”
Augusto CuryPsiquiatra, cientista e escritor.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bordenave, D. J.; Pereira A. M. “Estratégias de Ensino-Aprendizagem” ” 25 ed., Petrópolis – RJ, 2004.
Queiroz, S. L. “A Linguagem Escrita nos Cursos de Graduação em Química”, Química Nova, vol.24, n. 1, p. 143-146, 2001.
Tilstra L. “Using Journal Articles to Teach Wrinting Skills for Laboratory Reports in General Chemistry”, Journal of Chemical Education, vol.78, n.6, 2001.