UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM SAÚDE E GESTÃO DO
TRABALHO
CLÁUDIA HELENA JASPER
QUALIDADE DE VIDA E CONSUMO DE ALIMENTOS DE RISCO E PROTEÇÃO PARA AS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS DE PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA FÍSICA ADQUIRIDA RESIDENTES NO MUNICÍPIO DE ITAJAÍ, SANTA CATARINA.
ITAJAÍ - SC 2016
CLÁUDIA HELENA JASPER
QUALIDADE DE VIDA E CONSUMO DE ALIMENTOS DE RISCO E PROTEÇÃO PARA AS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS DE
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA ADQUIRIDA RESIDENTES NO MUNICÍPIO DE ITAJAÍ, SANTA CATARINA.
ITAJAÍ - SC 2016
FICHA CATALOGRÁFICA
J39
Jasper, Cláudia Helena, 1991 Qualidade de vida e consumo de alimentos de risco e proteção para as doenças crônicas não transmissíveis de pessoas com deficiência física adquirida residentes no município de Itajaí Santa Catarina / Cláudia Helena Jasper, 2016. 77f.; il.; tab.; quad. Cópia de computador (Printout(s)). Dissertação (Mestrado) Universidade do Vale do Itajaí. Centro de Ciências da Saúde. Mestrado em Saúde e Gestão do Trabalho. “Orientadora: Prof ª. Drª. Tatiana Mezadri” Inclui bibliografia 1. Qualidade de Vida. 2. Hábitos Alimentares. 3. Consumo de Alimentos. 4. Pessoas com Deficiência. 5. Doenças Crônicas. 7. Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde. I. Título. CDU: 614
Josete de Almeida Burg – CRB 14.ª 293
AGRADECIMENTOS
À Deus, pelo dom da vida. Por me cuidar e guiar sempre pelos caminhos do
bem.
Aos meus pais, Mara e Alexandre por tudo o que sou, por escolherem e
aceitarem me amar com o mais puro e infinito amor. As palavras nunca serão
suficientes! Eu amo vocês.
À minha mãe Marizete (in memoriam), por ser minha eterna luz.
Ao meu amado Marcos Maeyama. Por ser minha maior fonte de inspiração
profissional e pessoal. “ Você me ligou naquela tarde vazia e me valeu o dia... valeu a
vida!”
À minha orientadora, professora Dra. Tatiana Mezadri, por acreditar em mim
desde a primeira semana de aula. Por seu jeito leve e paciente em conduzir este processo
e por todo incentivo e motivação, contribuindo assim para instigar e desenvolver ainda
mais o meu lado pesquisadora.
Ao professor Dr. Léo Lynce Valle de Lacerda, por sua disponibilidade, parceria
e principalmente paciência nas análises estatísticas. Obrigada por seu olhar generoso e
sempre bem humorado.
A professora Dra. Fabiola Chesani por todas as vezes que de forma especial e
carinhosa contribuiu para a execução deste trabalho e sucesso da minha caminhada.
Aos professores do Programa de Mestrado Profissional em Saúde e Gestão do
Trabalho, pela generosidade em partilhar conosco todo conhecimento e assim
multiplicá-lo sempre com o objetivo de trabalhar por um sistema de saúde mais sólido e
justo.
À banca examinadora, pela disponibilidade e contribuições acerca da
dissertação.
As alunas da graduação de nutrição Isabela e de fisioterapia Andrea, Carla,
Franciele e Vanessa, por toda a ajuda na coleta de dados. Sem vocês o trabalho não seria
possível.
À FAPESC pelo apoio financeiro e incentivo a pesquisa.
Por fim, agradeço as pessoas que aceitaram participar da pesquisa, apenas com a
intenção de contribuir com o coletivo. Agradeço por ter tido a chance de conhecer um
pouco sobre suas vidas, aprender com suas histórias. Espero com este trabalho poder
contribuir para a saúde ser efetivamente um direito de todos nós. Eu sempre estarei
sorrindo para vocês!
QUALIDADE DE VIDA E CONSUMO DE ALIMENTOS DE RISCO E PROTEÇÃO PARA AS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA ADQUIRIDA RESIDENTES NO MUNICÍPIO DE ITAJAÍ,
SANTA CATARINA.
CLÁUDIA HELENA JASPER RESUMO
O objetivo do estudo foi avaliar a qualidade de vida (QV) e o consumo de alimentos de
risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) de pessoas com
deficiência física adquiridas residentes no município de Itajaí, SC. A população foi
caracterizada por meio de questionário contendo perguntas referentes às características
socioeconômicas e de saúde. Para avaliar a QV utilizou-se o questionário Whoqol_bref,
e para avaliação do consumo alimentar o questionário de frequência alimentar com
mensuração convertida em escores. Os dados coletados foram processados por meio de
análise descritiva e inferencial. Foram avaliados 164 indivíduos, sendo que a deficiência
predominante foi hemiplegia (26,1%), seguida por paraplegia (22,2%). Com relação à
QV, na avaliação geral, o domínio “psicológico” foi o que apresentou maior escore
(62,86 pontos) e o domínio com menor escore foi o “ físico” (55,41 pontos). Os
resultados significativos encontrados demonstram que, entre os entrevistados, o maior o
consumo dos alimentos de proteção para as DCNT (p=0,001) estava entre os que
recebiam renda de até 2 salários mínimos (SM) e os que recebiam renda de mais de 4
SM. As demais variáveis não apresentaram diferenças estatisticamente significativas em
relação ao consumo de alimentos de risco e proteção para as DCNTs. Conhecer a
percepção da qualidade de vida e o hábito alimentar das pessoas com deficiência física é
fundamental para o planejamento de ações que atendam as necessidades desta
população.
Palavras-chaves: Qualidade de vida, Consumo de Alimentos, Deficiência Física,
Doença Crônica.
QUALITY OF LIFE AND CONSUMPTION OF HIGH-RISK AND PROTECTIVE FOODS FOR CHRONIC NON-COMMUNICABLE DISEASES BY PEOPLE WITH ACQUIRED PHYSICAL DISABILITY LIVING IN ITAJAÍ IN THE STATE SANTA
CATARINA, BRAZIL.
CLAUDIA HELENA JASPER
ABSTRACT
The aim of the study was to evaluate quality of life (QoL) and the consumption of high-
risk and protective foods for chronic non-communicable diseases (NCDs) by people
with acquired physical disabilities living in the city of Itajaí, SC. The population was
characterized by a questionnaire containing questions related to education, income, and
occupation. To assess QoL, the Whoqol_bref questionnaire was used, and to evaluate
food intake, the food frequency questionnaire was used, converting the measurements
into scores. The data collected were processed using descriptive and statistical analysis.
A total of 164 individuals were assessed. The predominant disability was hemiplegia
(26.1%), followed by paraplegia (22.2%). Regarding QoL, in the overall assessment, the
"psychological" domain showed the highest score (62.86 points), while the "physical"
domain showed the lowest score (55.41 points). The significant results obtained show
that among the respondents, the highest consumption of protective foods for NCD (p =
0.001) was among those who earned incomes of up to 2 national minimum wages
“NMW” and those who earned incomes of more than 4 NMW. The other variables
showed no statistically significant differences in relation to consumption of high-risk
and protective foods for NCDs.
Key words: Quality of Life, Food Consumption, Disabled Persons, Chronic Disease.
LISTA DE GRÁFICOS E TABELAS
Tabela 1 - Caracterização das pessoas com deficiência física com relação às variáveis
sociodemográficas e de saúde. Itajaí (SC), 2016
........................................................................................................................................ 32
Gráfico 1 - Distribuição da frequência de respostas de acordo com a satisfação com a
saúde e avaliação da qualidade de vida global das pessoas com deficiência física
adquirida. Itajaí (SC), 2016
........................................................................................................................................ 34
Tabela 2 - Diferenças entre os escores médios dos domínios do questionário
Woquol_bref de acordo com as variáveis sociodemográficas e de saúde das pessoas com
deficiência física adquirida. Itajaí (SC), 2016
....................................................................................................................................... 35
Tabela 3 – Média e intervalo de confiança de 95% (IC) dos escores de consumo
alimentar de risco e proteção para as DCNT de acordo com os dados sociodemográficos
e de saúde das pessoas com deficiência física adquirida. Itajaí (SC), 2016.
........................................................................................................................................ 36
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ADEFI – Associação dos Deficientes Físicos da Foz do Itajaí
APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais
CER II – Centro Especializado em Reabilitação Física e Intelectual
CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde
CNRTA - Centro Nacional de Referência em Tecnologia Assistiva
DCNTs – Doenças Crônicas Não transmissíveis
DMD - Distrofia Muscular de Duchenne
DOM – Domínio
ESF- Estratégia Saúde da Família
FAPESC - Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina
FC – Frequência de Consumo
HRQOL - Health Related Quality of Life
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísica
MS– Ministério da Saúde
OMS – Organização Mundial da Saúde
OPAS - Organização Pan-Americana da Saúde
PE - Pernambuco
POF – Pesquisa de Orçamento Familiar
PR – Paraná
QV – Qualidade de vida
QFA – Questionário de Frequência Alimentar
RS – Rio Grande do Sul
SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
SC – Santa Catarina
SDH/PR - Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
SNPD - Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência
SPSS - Statistical Package of the Social Sciences
SUS – Sistema Único de Saúde
TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Univali – Universidade do Vale do Itajaí
WHO - World Health Organization
WHOQOL - World Health Organization Quality of Life Instruments
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 11
2 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 15
2.1 Geral: .............................................................................................................................. 15
2.2 Específicos: ..................................................................................................................... 15
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................. 16
3.1 As pessoas com deficiência: contexto Histórico ............................................................. 16
3.2 Legislação, Políticas Públicas e Redes de Apoio ........................................................... 17
3.3 Doenças Crônicas Não Transmissíveis e sua relação com a alimentação ...................... 20
3.4 Qualidade de vida ........................................................................................................... 22
3.4.1 Instrumento para avaliação da qualidade de vida: WHOQOL_bref ............................ 23
4 METODOLOGIA .................................................................................................................. 27
4.1 Tipo de estudo ................................................................................................................. 27
4.2 Local da pesquisa ............................................................................................................ 27
4.3 População e amostra de estudo: ...................................................................................... 27
4.4 Coleta de dados ............................................................................................................... 28
4.5 Análise dos dados ........................................................................................................... 28
4.6 Preceitos éticos ............................................................................................................... 30
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 31
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 32
1 INTRODUÇÃO
A deficiência é relativa a toda alteração do corpo ou da aparência física, de um
órgão ou de uma função, qualquer que seja a sua causa (BRASIL, 2008a; OMS, 2011).
A Organização Mundial da Saúde (OMS), por meio da Classificação
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), define deficiência como
“problemas nas funções ou nas estruturas do corpo, como um desvio significativo ou
uma perda” (OMS, 2003).
No Brasil, segundo o Decreto nº 5.296 de 2004, entende-se por deficiência física
toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou
anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão
considerado normal para o ser humano; podendo ser alteração completa ou parcial de
um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função
física. Apresenta-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia,
tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia,
amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com
deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não
produzam dificuldades para o desempenho de funções (BRASIL 2004).
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), 98% dos 85 milhões
de deficientes não têm assistência adequada na América Latina, sem acesso a direitos
constitucionalmente adquiridos. Do total dos deficientes, 80% vivem em países em
desenvolvimento, como o Brasil (ELIAS; MONTEIRO; CHAVES, 2008).
A OMS estima que 10% da população de qualquer país em tempo de paz é
portadora de algum tipo de deficiência. Com base nesse percentual, acredita-se que no
Brasil existam aproximadamente 16 milhões de pessoas portadoras de algum tipo de
deficiência (BRASIL, 2006).
Entretanto, segundo dados do Censo Demográfico de 2010, 46,5 milhões de
brasileiros declararam-se com algum tipo de deficiência, representando um percentual
de 23,9% da população total do país. A prevalência da deficiência varia de acordo com
a natureza delas. A deficiência visual apresentou a maior ocorrência, afetando 18,6% da
população brasileira. Em segundo lugar está a deficiência motora, ocorrendo em 7% da
população, seguida da deficiência auditiva, com 5,10% e da deficiência mental ou
intelectual, com 1,40% (IBGE, 2012).
A deficiência motora foi a segunda mais relatada pela população brasileira, 13,2
milhões de pessoas afirmaram ter algum grau de comprometimento, o que equivale a
7% dos brasileiros, sendo a deficiência motora severa declarada por mais de 4,4 milhões
de pessoas (IBGE, 2012).
A qualidade de vida (QV) de um indivíduo é definida como a percepção que este
possui com relação à sua posição na vida, ao contexto em que ele vive e quanto aos seus
objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Autores citam, de maneira mais
abrangente que a qualidade de vida está ligada a fatores físicos, tecnológicos,
psicológicos e sociais do trabalho (FLECK et al., 2000; DAUBERMANN; TONETE,
2012).
Embora a QV seja importante para a saúde, o interesse pela sua mensuração é
relativamente recente, tanto nas práticas assistenciais quanto nas políticas públicas, nos
campos de prevenção de doenças e promoção da saúde (SEIDL; ZANNON, 2004).
Os diferentes tipos de deficiências físicas também podem associar-se com
alterações no estado nutricional e complicações metabólicas, gerando uma série de
complicações agudas e crônicas no organismo que estão relacionadas com o surgimento
de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) como: obesidade, diabetes mellitus,
hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia, levando a um eventual prejuízo adicional à
qualidade de vida (SANTOS et al., 2014).
Atualmente o Ministério da Saúde (MS) aponta as DCNT como responsáveis
pelas maiores taxas de morbimortalidade no Brasil e pela maior proporção das despesas
com assistência ambulatorial e hospitalar como consequência direta da urbanização
acelerada, aumento progressivo da expectativa de vida, mudança no padrão alimentar,
aumento do tabagismo e sedentarismo, entre outros fatores; embora a carga dessas
doenças possa ser minimizada pela redução dos seus fatores de risco, diagnóstico
precoce e tratamento oportuno (MALTA et al., 2010; MALTA et al., 2013; BRASIL
2015).
Entre os fatores que podem ser alterados, a dieta é o mais importante para
combater doenças crônicas, isso porque, dados da OMS indicam que cerca de 80% das
coronariopatias, 90% de diabetes tipo 2 e 30% dos tipos de câncer poderiam ser
evitados por meio de práticas alimentares saudáveis (LONGO et al., 2011).
Estudos demonstram que a dieta inadequada é comum às pessoas com
deficiência física e pode ser considerada fator de risco para doenças cardiovasculares,
imunodeficiência e alterações da composição corporal, agravando o estado de saúde
geral (SILVA et al., 2004). Além disso, entre essa população, a ingestão inadequada de
nutrientes pode ser influenciada pela dificuldade de mastigação e deglutição,
dificuldade na obtenção e preparo dos alimentos, imobilidade, negligência, depressão e
anorexia, sendo que em alguns casos, a assistência durante as refeições pode ser
necessária (SANTOS et al., 2014).
Sabe-se que aliada à atividade física, a alimentação é um fator de grande
importância na saúde de qualquer ser humano. Ademais, pessoas com deficiência física
são mais propensas a desenvolverem osteoporose, cálculo renal, alteração do
metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídios, além de terem maior probabilidade
de desenvolver doenças cardiovasculares (VILARTA, 2007).
Apesar de haver inúmeras pesquisas que demonstrem a importância da boa
alimentação na melhora do estado nutricional e clínico na população, são escassos os
estudos que verificam a importância desses fatores na saúde das pessoas com
deficiência física (ALVARES; FREITAS, 2010).
Em adição, a Política Nacional de Saúde da Pessoa com deficiência instituída em
2002 é voltada para a inclusão das pessoas com deficiência em toda a rede de serviços
do Sistema Único de Saúde (SUS). Esta considera que para se incluir socialmente as
pessoas com deficiência devem-se respeitar as necessidades próprias da sua condição e
possibilitar acesso aos serviços públicos, aos bens culturais e artísticos e aos produtos
decorrentes do avanço social, político, econômico, científico e tecnológico da sociedade
contemporânea (BRASIL, 2010). Para que isto seja de fato possível, é fundamental que
os gestores locais, bem como os profissionais dos serviços de saúde conheçam as reais
necessidades e situação de vida das pessoas com deficiência de seu município.
Diante do exposto, ressalta-se que esta pesquisa surgiu a partir de um projeto
desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina o qual se intitula “O cuidado
à saúde do deficiente físico em Santa Catarina: realidade e desafios” e que pretende
comparar dados entre a população de deficientes físicos das idades de Florianópolis e
Itajaí. Buscando viabilizar estas informações e instituir a pesquisa colaborativa entre as
diferentes universidades, o Curso de Mestrado Profissional em Saúde e Gestão do
Trabalho submeteu e aprovou o projeto com o tema “O desafio da visão ampliada de
saúde e da multideterminação do processo saúde doença das pessoas com deficiência
física do município de Itajaí” , no edital FAPESC “Chamada Pública FAPESC Nº
01/2014 - PROGRAMA UNIVERSAL”. Esta dissertação responde ao seguinte objetivo
específico apresentado no referido projeto:
- Avaliar a qualidade de vida das pessoas com deficiência física adquirida residente
no município de Itajaí (SC).
Tal objetivo norteou a condução do processo desta pesquisa a partir da seguinte
questão problematizadora:
Qual a qualidade vida e o consumo de alimentos de risco e proteção para as
DCNT das pessoas com deficiência física adquirida de Itajaí- SC?
A alimentação surgiu no contexto considerando minha formação profissional em
nutrição, e consequentemente a lacuna existente com relação a pesquisas científicas
neste tema avaliando pessoas com deficiências. Também é necessário mencionar meu
trabalho junto à equipe de profissionais que compõem o Centro Especializado em
Reabilitação Física e Intelectual (CER II UNIVALI), o qual possibilita o contato direto
com a população avaliada e justifica o meu interesse pelo tema estudado. Além disso, o
Programa de Mestrado Profissional em Saúde e Gestão do Trabalho busca promover a
interação ensino-serviço favorecendo projetos e parcerias que desenvolvam este
objetivo.
2 OBJETIVOS
2.1 Geral:
- Avaliar a qualidade de vida e o consumo de alimentos de risco e proteção para as
DCNT das pessoas com deficiência física adquirida de Itajaí-SC.
2.2 Específicos:
- Caracterizar o perfil socioeconômico e de saúde da população estudada
- Identificar os domínios representativos da qualidade de vida destas pessoas
- Analisar o consumo de alimentos de risco e proteção para as DCNT
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 As pessoas com deficiência: contexto Histórico
Historicamente, as pessoas com deficiência passaram por diversos obstáculos até
serem aceitas na sociedade. No Brasil colonial, as pessoas com deficiência eram
escondidas por suas famílias, ainda que em 1789 a Declaração dos Direitos do Homem
e do Cidadão (Revolução Francesa) cite: “ Todos os homens são iguais e devem possuir
os mesmos direitos de acesso ao trabalho e à educação” ; as pessoas com deficiência
eram condenadas ao isolamento e exclusão da vida social (BRASIL, 2013).
Essa condição de exclusão, não era puramente brasileira; em países como a
Grécia, por exemplo, o culto ao corpo levava as pessoas com deficiência a serem
sacrificadas ou escondidas. Na Itália, muitas crianças que nasciam com algum tipo de
deficiência eram colocadas em cestas de flores à margem do rio Tibre, onde escravos e
pessoas pobres pegavam-nas para criá-las e mais tarde as utilizavam como meio de
exploração para pedir esmolas (CORREA, 2005).
Apenas no século XX surgem avanços importantes para as pessoas com
deficiência, instrumentos como cadeira de rodas e bengalas são aperfeiçoados, assim
como o sistema de ensino para surdos e cegos (BRASIL, 2013).
Girondi e Santos (2011) após análise da literatura, verificaram que até a década
de 1970, ao se abordar a questão da pessoa com deficiência no Brasil, havia predomínio
de um modelo de atenção essencialmente médico, no qual apenas as condições agudas
eram contempladas. Esse modelo tornou-se insuficiente. A partir de 1970 foram
estabelecidas diferenciações entre os conceitos de patologia, deficiência, limitações e
incapacidade. Assim, até a década de 1980 era comum designar uma pessoa com
deficiência como defeituosa, inválida, aleijada e outras denominações. Após esse
período, passam a ser denominadas como “pessoas deficientes”, aos poucos passando
para “pessoas portadoras de deficiência” e, a partir dos anos 1990, “pessoas com
deficiência” , a qual se mantém até os dias atuais.
Observa-se na contemporaneidade, ao contrário de outros momentos históricos,
um aumento do movimento em favor da inclusão social da pessoa com deficiência.
Pode-se considerar este fato decorrente da ampliação da visão democrática em relação
aos garantidores de direitos de todos os cidadãos (RAFAEL et al., 2012).
3.2 Legislação, Políticas Públicas e Redes de Apoio
No ano de 2012, as Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
(SDH/PR) e a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência
(SNPD), visando promover o acesso à informação e aos direitos das pessoas com
deficiência, lançaram um livro de distribuição gratuita que une o que há de legislação
voltada as pessoas com deficiência do país, tais como:
- DECRETO Nº 6.949, DE 25 DE AGOSTO DE 2009 – O qual promulga a Convenção
Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo
Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007.
- DECRETO Nº 6.214, DE 26 DE SETEMBRO DE 2007 – Regulamenta o benefício de
prestação continuada da assistência social devido à pessoa com deficiência.
- DECRETO Nº 7.612, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011 – Institui o Plano Nacional
dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Plano Viver sem Limite.
Convém aqui, citar também a Portaria nº 793, de 24 de abril de 2012 a qual
institui a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, por meio da criação, ampliação e
articulação de pontos de atenção à saúde para pessoas com deficiência temporária ou
permanente; progressiva, regressiva, ou estável; intermitente ou contínua, no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS). A Portaria apresenta as diretrizes para o funcionamento
da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência:
I - respeito aos direitos humanos, com garantia de autonomia, independência e de
liberdade às pessoas com deficiência para fazerem as próprias escolhas;
II - promoção da equidade;
III - promoção do respeito às diferenças e aceitação de pessoas com deficiência, com
enfrentamento de estigmas e preconceitos;
IV - garantia de acesso e de qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e
assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar;
V - atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas;
VI - diversificação das estratégias de cuidado;
VII - desenvolvimento de atividades no território, que favoreçam a inclusão social com
vistas à promoção de autonomia e ao exercício da cidadania;
VIII- ênfase em serviços de base territorial e comunitária, com participação e controle
social dos usuários e de seus familiares;
IX - organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada, com
estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado;
X - promoção de estratégias de educação permanente;
XI - desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com deficiência física,
auditiva, intelectual, visual, ostomia e múltiplas deficiências, tendo como eixo central a
construção do projeto terapêutico singular; e
XII- desenvolvimento de pesquisa clínica e inovação tecnológica em reabilitação,
articuladas às ações do Centro Nacional de Referência em Tecnologia Assistiva
(CNRTA).
Essas diretrizes, juntamente com as demais recomendações para o
funcionamento da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência refletem na melhora da
qualidade de vida do indivíduo, uma vez que o objetivo da reabilitação é assegurar à
pessoa com deficiência, independente da natureza ou da origem da deficiência, a mais
ampla participação na vida social e ainda proporcionar a maior independência possível
em atividades da vida diária (BRASIL, 2008).
Além disso, pessoas com deficiência têm direitos à saúde assegurados na
Constituição Federal de 1988, que determina, - em seu artigo 23, capítulo II - que “é
competência comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, cuidar da saúde
e assistência públicas, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiências.”
Estes direitos foram consolidados na Lei Orgânica de Saúde (Lei 8.080/90), a qual
dispõem que “ A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado
prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício” .
Em adição, a implementação da Política Nacional de Saúde da Pessoa com
Deficiência, instituída pela Portaria MS/GM nº 1.060, de 5 de junho de 2002, firma
princípios importantes do SUS (universalidade, integralidade e equidade), estabelece
diretrizes e responsabilidades institucionais para a reabilitação da pessoa com
deficiência. Esta política define, como propósitos gerais, um amplo leque de
possibilidades que vai da prevenção de agravos à proteção da saúde, passando pela
reabilitação: proteção a saúde da pessoa com deficiência; reabilitação da pessoa com
deficiência na sua capacidade funcional e desempenho humano, contribuindo assim para
a sua inclusão em todas as esferas da vida social; e prevenção de agravos que
determinem o aparecimento de deficiências.
O Plano Viver sem Limite, lançado por meio do Decreto 7.612, de 17 de
novembro de 2011 - faz parte desta política e já habilitou 124 Centros Especializados
em Reabilitação - CER que já estão em funcionamento a fim de ampliar o acesso e a
qualidade desses serviços no âmbito do SUS. Há ainda, 77 projetos de construção de
novos CER aprovados pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2011).
O CER dispõe de duas portarias para nortear sua implantação e funcionamento:
- Portaria nº 835, de 25 de abril de 2012 - Institui incentivos financeiros de investimento
e de custeio para o Componente Atenção Especializada da Rede de Cuidados à Pessoa
com Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde;
- Portaria nº 1.303, de 28 de junho de 2013 - Estabelece os requisitos mínimos de
ambientes para os componentes da Atenção Especializada da Rede de Cuidados à
Pessoa com Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e dá outras
providências.
A partir dessas portarias, os CER são implantados conforme o tipo de deficiência que
abrangem:
- CER II: Auditiva e física
- CER II: Auditiva e intelectual
- CER II: Auditiva e visual
- CER II: Física e intelectual
- CER II: Física e visual
- CER II: Intelectual e visual
- CER III: Auditiva, física e intelectual
- CER III: Auditiva, física e visual
- CER III: Auditiva, intelectual e visual
- CER III: Física, intelectual e visual
- CER IV: Auditiva, física, intelectual e visual
O CER tem por objetivo prover a habilitação e reabilitação a fim de garantir o
desenvolvimento de habilidades funcionais das pessoas com deficiência para promover
sua autonomia e independência; bem como reinserção na sociedade. Neste sentido, cita-
se que a reabilitação é um processo que diz respeito ao desenvolvimento humano e às
capacidades adaptativas nas diferentes fases da vida. Abrange os aspectos funcionais,
psíquicos, educacionais, sociais e profissionais (BRASIL, 2008b).
Ainda no mesmo Dicionário, a palavra reabilitação é definida como ato ou efeito
de reabilitar-se; recuperação das faculdades físicas ou psíquicas dos incapacitados, com
destaque para a expressão reabilitação motora, pautada nos processos da reeducação
motora. Contudo, na linguagem formal do segmento seu enfoque remete às modalidades
canalizadas para a reabilitação cognitiva, física, auditiva, visual, além de novas
perspectivas advindas da reabilitação cidadã com propostas para efetivação das políticas
públicas de interesse do segmento, compreendendo que não é o sujeito que precisa
adaptar-se à sociedade e sim a sociedade que precisa adaptar-se às especificidades dos
indivíduos (BRASIL, 2008b).
O diagnóstico de uma deficiência recentemente adquirida deve ser completo e o
mais minucioso possível, incluindo suas causas e o grau de extensão da lesão para
posterior encaminhamento à reabilitação. A avaliação da situação e da dinâmica familiar
envolverá não só as condições emocionais e as situações socioeconômicas, culturais e
educacionais do indivíduo, mas também as suas expectativas quanto ao processo de
reabilitação, educação e profissionalização. Este conjunto de informações servirá de
base para a definição do programa de reabilitação (BRASIL, 2009b).
Neste sentido, é importante ressaltar que ainda na presença de incapacidades, as
pessoas podem equilibrar suas limitações com suas potencialidades e viver e envelhecer
com qualidade de vida, mesmo tendo uma deficiência física (RESENDE, 2006).
Segundo Neri (2004) considerando o aumento da atenção para a inclusão da pessoa com
deficiência na sociedade, preconizado por vários organismos nacionais e internacionais,
torna-se fundamental para os profissionais de saúde que trabalham com reabilitação,
compreenderem como as pessoas com deficiência percebem sua qualidade de vida, se
ajustam, vivem o dia-a-dia e envelhecem com uma deficiência.
As pessoas com deficiência têm direito à saúde e cabe ao Estado proporcionar
atendimento de qualidade, em igualdade de condições aos que oferece às demais
pessoas, independente do local ou da condição de moradia. Significa, portanto,
atendimento sem barreiras de acesso físico, de comunicação e de atitudes. Para isso, na
avaliação da condição de saúde devemos levar em conta as necessidades e as
habilidades individuais, a especificidade da deficiência, de forma a promover a boa
saúde e diminuir a ocorrência de dificuldades, desde a infância até a velhice. A
deficiência não deve ser empecilho para as pessoas terem acesso aos serviços de saúde
de boa qualidade (BRASIL, 2008b).
O CER II de Itajaí compõe um dos locais de coleta de dados desta pesquisa,
juntamente com a Clínica de Fisioterapia de uma Universidade comunitária do
município, e as redes de apoio à pessoa com deficiência física, a Associação dos
Deficientes Físicos da Foz do Rio Itajaí (ADEFI) e a Associação de Pais e Amigos dos
Excepcionais (APAE).
3.3 Doenças Crônicas Não Transmissíveis e sua relação com a alimentação
Desde a segunda metade do Século XX, as doenças infecciosas e a desnutrição
vem sendo substituídas pela ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT),
excesso de peso e obesidade na população. Esta transição está relacionada ao consumo
excessivo e/ou desbalanceado de alimentos de risco e à prática insuficiente de atividade
física (WHO, 2003).
As Doenças Crônicas Não Transmissíveis são responsáveis por
aproximadamente 60% das mortes e incapacidade em todo o mundo (ACHUTTI,
AZAMBUJA, 2004). No Brasil, cerca de 70% das causas de mortes na população adulta
são devido à obesidade, diabetes melittus, doenças cardiovasculares e alguns tipos de
cânceres; doenças estas que fazem parte das DCNT (WHO, 2004; BRASIL, 2011a).
Diante desse contexto, a OMS propôs uma estratégia global para Alimentação,
Atividade Física e Saúde, de 2003, ressaltando a necessidade de adequação dos padrões
mundiais de alimentação, com ênfase na redução do consumo de alimentos com alto
teor de energia, baixo teor de nutrientes e alto teor de sódio, gorduras saturadas,
gorduras trans e carboidratos refinados (WHO, 2004; POPKIN; GORDON-LARSEN,
2004).
Dentre as ações em curso para o enfrentamento dos hábitos alimentares
inadequados da população brasileira, pode-se citar o “Plano de Ações Estratégicas para
o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil” o qual define e
prioriza as ações e os investimentos necessários para preparar o país para enfrentar e
deter as DCNT nos próximos dez anos (BRASIL, 2011b); e a nova edição do „Guia
Alimentar para a População Brasileira: promovendo a alimentação saudável‟ (BRASIL,
2014). Entre suas orientações, o Guia prioriza o consumo de alimentos in natura ou
minimamente processados, especialmente aqueles de origem vegetal, em detrimento ao
consumo de alimentos ultraprocessados como o refrigerante e os doces.
Alguns fatores têm sido apontados como preditores independentes das DCNT,
tais como: inatividade física, alcoolismo, tabagismo, e o consumo de alimentos pobres
em fibras e vitaminas antioxidantes e ricos em gorduras saturadas, gordura trans e
açúcares simples (WHO, 2005; PEIXORO et al., 2008; BRASIL, 2011a).
Sabe-se que a alimentação e nutrição exercem papel primordial na prevenção e
tratamento de doenças, manutenção e promoção da saúde, cuja importância é
demonstrada pela relação consistente entre o tipo de dieta e o surgimento de DCNT,
comprovada por estudos epidemiológicos, clínicos e de intervenção (CERVATO et al.,
2005). Estima-se que 75% dos novos casos de DCNT sejam devido a dietas
inadequadas e a inatividade física (MAGGI et al., 2015).
Pesquisas vêm ressaltando a importância de se conhecer o padrão alimentar
como método mais eficaz para identificar associações entre alimentação, gordura
corporal e DCNT (HU, 2002; PEROZZO et al., 2008).
Em adição, a presença das DCNT e sua relação com a qualidade de vida tem
sido estudada. Oliveira Campos et al., 2013 após verificarem a qualidade de vida e a
presença de associação com fatores de risco para as doenças crônicas não transmissíveis
na população urbana do município de Montes Claros, Minas Gerais constataram que a
presença de alguns fatores de risco para as doenças crônicas tem sim impacto na
qualidade de vida das pessoas (BLOOM et al., 2011; OLIVEIRA-CAMPOS et al.,
2013).
Neste contexto, ressalta-se que a amostra estudada, por conta da deficiência, já
apresenta redução e/ou limitação na prática de atividade física e com isto é mais
propensa a desenvolver DCNT caso somem mais fatores de risco ou não adotem hábitos
de vida saudáveis, como o consumo de alimentos saudáveis.
3.4 Qualidade de vida
A introdução do conceito de qualidade de vida como medida de desfecho em
saúde, surgiu com este sentido a partir da década de 1970. O termo “qualidade de vida
relacionada à saúde” (Health Related Quality of Life – HRQOL) tem sido utilizado
como conceito “guarda-chuva” que abriga um conjunto de instrumentos desenvolvidos
a partir de uma perspectiva funcionalista. Patrick e colaboradores (1973) definiram
HRQOL como “ a capacidade de um indivíduo de desempenhar as atividades da vida
diária, considerando sua idade e papel social” . O desvio dessa normalidade resultaria
em menor qualidade de vida. Posteriormente, Patrick e Erikson (1993) revisaram sua
definição, considerando HRQOL como “ o valor atribuído à duração da vida
modificado por lesões, estados funcionais, percepções e oportunidades sociais que são
influenciadas pela doença, dano e tratamento” (FLECK, 2008).
O grupo WHOQOL (1998), definiu qualidade de vida como “ a percepção do
indivíduo de sua posição na vida, no contexto de sua cultura e no sistema de valores em
que vive e em relação as suas expectativas, seus padrões e suas preocupações”
(GRUPO WHOQOL, 1995).
Apesar das intensas discussões sobre o assunto, e embora estudos no Brasil e no
mundo discutam o conceito de qualidade de vida – termo muitas vezes confundido com
estilo de vida, condições de vida e situações de vida – e os instrumentos mais adequados
para sua avaliação, a definição de qualidade de vida ainda não é uniforme (SEIDL;
ZANNON, 2004).
A noção de qualidade de vida transita, portanto, em um campo semântico
polissêmico: de um lado, encontra-se relacionada ao modo de vida, suas condições e
estilos; de outro, inclui ideias sobre o desenvolvimento sustentável e sobre os direitos
humanos e sociais. Estas noções se unem em uma resultante social de construção
coletiva dos padrões de conforto e tolerância que determinada sociedade estabelece
como referência (MINAYO; HARTZ; BUSS, 2000).
3.4.1 Instrumento para avaliação da qualidade de vida: WHOQOL_bref
De acordo com Fleck (2000), a qualidade de vida (QV) de um indivíduo é
definida como:
“A avaliação que este tem em relação a sua posição na vida considerando sua
inserção no contexto social, cultural, religioso e econômico em que vive, a partir de seus
valores, objetivos e preocupações pessoais” .
O grupo WHOQOL também considera o conceito de qualidade de vida como um
conceito bastante amplo, que incorpora, de forma complexa, a saúde física, o estado
psicológico, o nível de independência, as relações sociais, as crenças pessoais e a
relação com aspectos significativos do meio ambiente (WHO, 1995).
A avaliação de qualidade de vida como medida para mensurar resultados de
tratamento da área da saúde de forma geral, vem ganhando relevância, pois se sabe que
a satisfação com a qualidade de vida de um indivíduo pode determinar a aceitação do
mesmo frente às ações de prevenção e/ou terapêutica de possíveis agravos de sua saúde
(WHALLEY, 2007).
Neste sentido, devido à ausência de um instrumento que avaliasse qualidade de
vida per se, com uma perspectiva internacional, a OMS estruturou um Grupo de
Qualidade de Vida (Grupo WHOQOL) com a finalidade de desenvolver instrumentos
capazes de fazê-lo dentro de uma perspectiva transcultural (WHO, 1995).
Inicialmente foi desenvolvido o World Health Organization Quality of Life
(WHOQOL-100), instrumento composto de cem questões. A necessidade de um
instrumento mais curto para uso em extensos estudos epidemiológicos fez com que a
OMS desenvolvesse a versão abreviada, o WHOQOL-bref, o qual conta com as 26
questões que obtiveram os melhores desempenhos psicométricos extraídas do
WHOQOL-100 (WHO, 1995).
Como citado acima, o WHOQOL_bref é composto por 26 questões, sendo que
as duas primeiras são chamadas overall ou Qualidade de vida Geral (QVG), e, quando
calculadas em conjunto, geram um escore independente dos domínios. A primeira (Q1)
refere-se à qualidade de vida de modo geral, e a segunda (Q2), refere-se à satisfação
com a própria saúde. As outras 24 questões estão distribuídas em quatro domínios
(domínio físico, domínio psicológico, domínio relações sociais e domínio ambiental) e
suas respectivas facetas:
Domínio físico: dor e desconforto, dependência de medicamentos e de
tratamentos, energia e fadiga, sono e repouso, atividades de vida diária, capacidade de
trabalho;
Domínio psicológico: sentimentos negativos, autoestima, imagem corporal e
aparência;
Domínio relações sociais: relações pessoais, vida sexual e apoio social;
Domínio ambiental: segurança física e proteção, ambiente doméstico, recursos
financeiros, serviços de saúde e sociais, participação e oportunidade de recreação/lazer,
ambiente físico e transporte.
As respostas a esse instrumento de avaliação são pontuadas respeitando-se a uma
escala do tipo Likert com variação de 1 a 5, a qual: 1 - muito insatisfeito, 2 - insatisfeito,
3 – nem insatisfeito/nem satisfeito, 4 – satisfeito e 5 – muito satisfeito (FLECK et al,
2000).
O instrumento WHOQOL_bref vem sendo amplamente utilizado pela
comunidade científica para mensurar a qualidade de vida em diferentes grupos de
estudo. França e colaboradores (2013) utilizaram o instrumento para medir a qualidade
de vida de adultos com lesão medular residentes em Campina Grande-PB; e puderam
observaram que os domínios com menores escores foram o ambiental e o físico, sendo
que as facetas que mais comprometiam os domínios foram: locomoção, trabalho,
dinheiro, informações, lazer e vida sexual.
Em Petrolina-PE, 72 adolescentes entre 10 e 19 anos, com necessidades
especiais, e regularmente matriculados em instituições de ensino público da rede
estadual, tiveram sua qualidade de vida avaliada. A QV foi melhor percebida pelos
deficientes visuais, e os adolescentes com deficiência física apresentaram-se como o
grupo mais vulnerável na percepção da QV global e nos domínios físico e meio
ambiente entre os escolares estudados (MARINHO; VIEIRA, 2015).
A qualidade de vida bem como o nível de atividade física e a rede de relações
sociais de indivíduos com amputações de membros foram avaliados por Santos e
colaboradores (2014) no Sergipe. Os autores constataram que em relação à QV foi
identificada maior prevalência do aspecto “ ruim”. Milioli et al (2012) reforçam este
resultado, pois também observaram prevalência da percepção “ ruim” em amputados de
Porto Alegre-RS, dos quais 36,4% avaliaram a qualidade de vida como “nem ruim/nem
boa” e 27,3% avaliaram como “ ruim” e “muito ruim”.
Em adição, cita-se que o instrumento WHOQOL_bref também foi utilizado para
verificar a qualidade de vida de adolescentes e jovens adultos com deficiência por
Torres e Vieira (2014) no Recife-PE e por Interdonato e Greguol (2011) em Londrina-
PR.
4 METODOLOGIA
4.1 Tipo de estudo
Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, de análise quantitativa, com
utilização de formulário estruturado.
4.2 Local da pesquisa
O município de Itajaí, sendo dos mais antigos de Santa Catarina. Vivem aí
182.404 habitantes com uma densidade demográfica de 631,16 habitantes por Km2,
situa-se ao norte da Grande Florianópolis, na Foz do rio Itajaí-Açu. Tem como base da
economia a atividade portuária e pesqueira. O Porto de Itajaí é responsável pela maior
parte das exportações da região Sul do Brasil. No setor saúde, possui 21 unidades de
saúde municipais, entre as quais 10 policlínicas e 11 unidades básicas, com 41 equipes
de Estratégia Saúde da Família (ESF) além de uma unidade do serviço de atendimento
móvel de urgência (SAMU).
Os dados foram coletados em pontos de atenção à saúde, sendo: cinco Unidades
Básicas de Saúde (UBS), que foram selecionadas por facilidade de acesso dos
pesquisadores, o Centro Especializado em Reabilitação (CER II) do município de Itajaí,
a Cínica de Fisioterapia de uma Universidade Comunitária do município, bem como nas
redes de apoio à pessoa com deficiência física, a Associação dos Deficientes Físicos da
Foz do Rio Itajaí (ADEFI) e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).
4.3 População e amostra de estudo:
A partir das equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município, as
pessoas com deficiência física adquirida foram identificadas e entrevistadas em suas
residências. As que frequentavam o CER II foram entrevistadas no próprio local em dias
e horários previamente agendados. As pessoas que frequentavam as redes de apoio, que
serviram de ponto de coleta para o estudo, foram entrevistadas nas sedes das
associações. Os inquéritos foram realizados por pesquisadores previamente treinados
dos cursos de Nutrição e Fisioterapia da UNIVALI.
Critérios de inclusão: Ser deficiente físico, com deficiência adquirida –
paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia,
triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência de membro, membros com
deformidade adquirida, amputados, esclerose amiotrófica.
Critérios de exclusão: Possuir deficiência congênita ou nanismo, ostomizados,
mastectomizados.
4.4 Coleta de dados
Os voluntários que aceitaram participar da pesquisa receberam inicialmente um
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) em duas vias, o qual constou
todas as etapas do estudo (APÊNDICE A).
Após assinatura do TCLE iniciou-se a coleta de dados por meio da aplicação de
três questionários. O primeiro, estruturado com informações socioeconômicas (idade,
sexo, escolaridade, estado civil, renda familiar (em salário mínimo vigente no período
do estudo de R$ 880,00, ocupação e de saúde (tipo de deficiência e presença de
comorbidades). (APÊNDICE B).
O segundo questionário, foi aplicado para mensurar a qualidade de vida dos
entrevistados. Utilizou-se o instrumento do World Health Organization Quality of Life
Instruments (WHOQOL_bref), elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS,
1995), validado para a população brasileira por Fleck et al., em 2003. O Whoqol_bref é
composto por 26 questões divididas em quatro domínios: “ físico” , “psicológico” ,
“ relações sociais” e “meio ambiente” . O instrumento não possui ponto de corte para a
avaliação positiva ou negativa da qualidade de vida, considera-se, no entanto, que,
quanto mais próximo de 100 for o escore, melhor a qualidade de vida (APÊNDICE C).
Por fim, para avaliar o consumo alimentar de risco e proteção para as DCNT foi
aplicado um questionário de frequência alimentar (QFA) do tipo qualitativo
(APÊNDICE D). A listagem dos 50 alimentos incluídos baseou-se na última Pesquisa
de Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2009), e
o consumo alimentar avaliado foi referido pelo consumo de alimentos ou grupos de
alimentos, referente aos últimos 30 dias e posteriormente calculou-se a frequência
anual.
4.5 Análise dos dados
Os dados foram analisados pelo programa Statistica versão 10.0 (STATSOFT,
2011). As diferenças entre as médias de escore dos domínios de qualidade de vida de
acordo com as variáveis socioeconômicas e de saúde foram testadas conforme seu
número de níveis: para sexo e escolaridade foi utilizado o teste t Student e para as
demais a Análise de Variância (ANOVA) seguida pelo teste de comparação múltipla a
posteriori de Tukey, quando necessário. Foram consideradas significativas as diferenças
com p≤0,05.
Para os cálculos dos escores sobre a qualidade de vida, utilizou-se o modelo
disponibilizado pelo Grupo WHOQOL, que calcula os escores da qualidade de vida
geral (questões 1 e 2 calculadas em conjunto e que geram um único escore,
independente dos escores dos domínios), e dos domínios (questões 3 a 26); não
havendo um escore único total de avaliação, mas escores que devem ser avaliados
separadamente, devido a multidimensionalidade do construto qualidade de vida
(FLECK et al., 2000; WHO, 1995).
Os índices das facetas compõem os domínios aos quais pertencem e são
utilizadas para o cálculo dos escores dos domínios. Tanto a Qualidade de vida Geral
quanto os domínios, são medidos conforme opções da escala numérica do tipo Likert,
que pode variar de um a cinco, conforme disposição a seguir:
Questão 1: 1 – muito ruim; 2 – ruim; 3 – nem ruim/nem boa; 4 – boa; 5 – muito
boa.
Questão 2: 1 – muito insatisfeito; 2 – insatisfeito; 3 – nem satisfeito/ nem
insatisfeito; 4 – satisfeito; 5 – muito satisfeito.
Questões 1 a 9: 1 – nada; 2 – muito pouco; 3 – mais ou menos; 4 – bastante; 5 –
extremamente.
Questões 10 a 15: 1 – muito ruim; 2 – ruim; 3 – nem ruim/nem bom; 4 – bom; 5
– muito bom.
Questões 16 a 25: 1 – muito insatisfeito; 2 – insatisfeito; 3 – nem satisfeito/ nem
insatisfeito; 4 – satisfeito; 5 – muito satisfeito.
Questão 26: 1 – nunca; 2 – algumas vezes; 3 – frequentemente; 4 – muito
frequentemente; 5 – sempre.
As equações para computação dos escores nos vários domínios são realizadas
conforme preconizado pelo WHOQOL Group (WHO, 1995).
Os alimentos registrados por meio do QFA foram classificados em uma das sete
categorias de frequência de consumo (FC), conforme o método proposto por Fornés et
al.. (2002): alimentos nunca consumidos (FC1), alimentos consumidos uma ou menos
de uma vez por mês (FC2), duas a três vezes por mês (FC3), uma ou duas vezes por
semana (FC4), três ou quatro vezes por semana (FC5), cinco ou seis vezes por semana
(FC6) e alimentos consumidos diariamente (FC7). Para que a frequência de consumo
mensal de cada alimento pudesse ser tratada como variável quantitativa e representar o
consumo anual, foi atribuído um peso (S) a cada categoria de frequência de consumo
(FC) baseado na frequência de consumo anual.
Com base em metodologia já existente, foi definido como peso máximo o valor
igual a 1 para os alimentos consumidos diariamente (FC7). Os demais pesos foram
obtidos de acordo com a seguinte equação: Sn = (1 /365) x [(a + b) /2] sendo que a e b
representam o número de dias da frequência. Assim, para cada indivíduo, foi obtido o
cálculo do escore de frequência de consumo de alimentos de risco e proteção para as
DCNT (FURLAN-VIEBIG; PASTOR-VALERO, 2003).
Sendo assim, estruturou-se o Grupo dos alimentos de risco por: leite integral e
lácteos integrais (iogurte integral); alimentos fritos (ovo frito); carnes com gordura,
fritas e /ou com pele (carne bovina, carne suína, frango, peixe); embutidos processados;
refrigerantes; bebidas alcoólicas (vinho, cerveja, cachaça) e doces (biscoitos doces,
balas, chocolates). E o grupo dos alimentos de proteção por: leite desnatado e produtos
lácteos desnatados (iogurte desnatado, lactobacilos); frutas, verduras e legumes, feijão,
cereais e derivados (arroz, macarrão, pães, biscoitos salgados, aipim, inhame, batata),
alimentos integrais (pão integral, arroz integral), carnes cozidas e /ou sem pele (aves,
bovinas e suínas), peixes e ovos (AZEVEDO; DIAS CABRAL, 2014).
4.6 Preceitos éticos
O trabalho foi submetido à apreciação do CEP da UNIVALI e aprovado sob o
protocolo n. 694.257.
REFERÊNCIAS
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