Universidade Estadual de Londrina
CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
O EFEITO DA FADIGA MUSCULAR LOCALIZADA NOS MEMBROS SUPERIORES SOBRE A PRECISÃO NO ARREMESSO DE SET SHOT NO BASQUETEBOL
Marcelo Alves Costa
LONDRINA – PARANÁ
2010
MARCELO ALVES COSTA
O EFEITO DA FADIGA MUSCULAR LOCALIZADA NOS MEMBROS SUPERIORES SOBRE A PRECISÃO NO ARREMESSO DE SET SHOT NO BASQUETEBOL
Trabalho apresentado como requisito parcial para a Conclusão do Curso de Bacharelado em Educação Física do Centro de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina.
COMISSÃO EXAMINADORA
______________________________________
Prof. Dra. Inara Marques Universidade Estadual de Londrina
Londrina, 29 de novembro de 2010
i
DEDICATÓRIA
O Hélio e a Cristina, por ter me proporcionado a oportunidade novamente de cursar
um curso superior, e por me apoiar em todas as decisões
A Carla Sachetim Vieira dos Santos, por ter me apoiado em todos os momentos
difíceis e por sempre estar ao meu lado.
A Profa. Dra. Inara Marques que acreditou em mim, e me fez ser uma pessoa
melhor no mundo acadêmico.
ii
AGRADECIMENTOS
A Profa. Dra. Inara Marques, que me auxiliou em todas as etapas da elaboração
deste trabalho.
À Prof. Dr. Victor Hugo Alves Okazaki e Prof. Dr. Ernani Xavier Filho pela
colaboração e pelas sugestões, que contribuíram para a realização deste trabalho
Ao grupo de estudo Grupo de Estudos e Pesquisa em Desenvolvimento e
Aprendizagem Motora (GEPEDAM) que me auxiliou nas coletas de dados deste
trabalho, principalmente Alenise, Ana Célia, Davs e Fernando.
À minha família, pela ajuda de diversas formas para a minha formação profissional,
pela confiança e motivação para a realização deste curso, estando presente em
todos os momentos desta jornada.
A minha namorada, além de me incentivar a voltar aos estudos, apoio a minha volta
à vida acadêmica, além de ter me ajudado nas coletas.
A Daniele Sachetim Vieira dos Santos, também por ter me ajudado nas coletas e
suporte nos textos de inglês.
Aos amigos e colegas, pelo apoio e companhia antes e durante a realização desse
curso.
Aos professores e colegas de Curso, pois juntos trilhamos uma etapa importante
de nossas vidas.
Enfim, a todos que colaboraram para a realização e finalização deste trabalho.
iii
EPÍGRAFE
“O conhecimento torna a alma jovem e diminui a amargura da velhice. Colhe, pois, a sabedoria. Armazena suavidade para o amanhã.”
Leonardo da Vinci
iv
COSTA, Marcelo Alves. O efeito da fadiga muscular localizada nos membros superiores sobre a precisão no arremesso de set shot no basquetebol. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2010.
RESUMO
O basquetebol é uma modalidade que vem crescendo rapidamente no cenário mundial e com ele também a importância do estudo das habilidades motoras que envolvem o basquetebol. Dentre essas habilidades técnicas temos os lances livres, que é muito importante na conquista da vitória, principalmente no ultimo quarto de jogo, no qual a presença de fadiga pode influenciar na precisão do arremesso de lance livre. Portanto, o objetivo do estudo foi descrever o efeito da fadiga muscular localizada sobre a precisão do arremesso de lance livre no basquetebol. Foram utilizados 12 atletas da equipe masculina de basquete da Universidade de Estadual de Londrina. O procedimento experimental foi realizado em três sessões, sendo que a primeira sessão foi de familiarização com os exercícios para fadiga e a realização do teste de 1 carga máxima para estabelecimento do peso máximo. Na segunda sessão o participante realizava o pré-teste. Na segunda e terceira sessões foram feitos a sessão experimental na qual contou com exercícios de fadiga de dois diferentes grupos musculares: extensores de cotovelo e flexores de punho, os participantes alternaram entre um exercício de fadiga proposto e uma sessão de 5 arremessos de lance livres, totalizando três séries de exercícios com 15 arremessos para cada grupo muscular. A análise estatística inferencial utilizada foi o teste de Anova Friedman com nível de significância P≤0,05. Os exercícios propostos para fadigar os músculos foram eficientes para seu objetivo, e no aspecto de precisão dos arremessos de lances livres. Foram encontradas diferenças significativas na qual os participantes obtiveram piores resultados de precisão na primeira e na terceira sessão de exercícios para fadiga em relação ao pré-teste, e para a primeira e segunda sessão após os exercícios para flexores de punho. A conclusão deste estudo foi que o grupo muscular dos extensores do cotovelo foi o que mais interferiu na precisão do arremesso de lance livre. Palavras-chave: Basquetebol, Lance Livre, precisão, Fadiga.
v
COSTA, Marcelo Alves. The effect of localized muscle fatigue in the upper limbs on the pitch accuracy of set shot in basketball.. Completion of course work (Course of Bachelor of Physical Education). Center of Physical Education and Sport. State University of Londrina, 2010.
ABSTRACT
The basketball is a sport modality which is fastly growing in global terms and with it is the importance of studies involving motor skills. Between those technical habilities we have the free throws - very important on the victory conquest especially in the last quarter of the game when the players are tired and it can influence on the accuracy of shooting free throw. So the goal of this study was to describe the effect of the localized muscle fatigue on the accuracy of shooting free throws in basketball.It was used 12 athletes of Universidade Estadual de Londrina male basketball team. The experimental procedure was realized in three sessions. The first one was to familiarize with the exercises to fatigue and to completion of a load test to establish the maximum weight. In the second one the person performed the pretest. At the second and third sessions a experimental session was made which count with fatigue exercises of two different muscles groups: elbow flexors and extensors of the wrist. The participants alternated the proposed fatigue exercise with five free throws, totalizing three exercise series with 15 throws to each muscle group. The inferential statistical analysis used was Anova Friedman's test with significance level = 0.05. The proposed exercises to muscle fatigue was effective to the pretended goals in the aspect of precision shooting free throws. Significant differences was found, especially when the participants had worse precision results at the first and third exercises session to muscle fatigue in relation to pretest and for the first and second session beside the exercises to wrist flexors. The conclusion of this paper is that the muscle group of the elbow extensors was the one that really interfered in the accuracy of shooting free throws precision.
Key Words: Basketball, Free Throw, Performance, Fatigue.
vi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Valores do teste de carga máxima para os grupos musculares
de extensores de cotovelo e de flexores de punho .................
14
Tabela 2 - Índice de Fadiga alcançado para os grupos musculares de
extensores do cotovelo e flexores do punho.......................
15
vii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Representação da tarefa de lance livre....................................... 09
Figura 2 - Exercício de tríceps testa........................................................... 10
Figura 3 - Exercícios de rosca punho......................................................... 10
Figura 4 - Linha do tempo ......................................................................... 12
Figura 5 - Precisão dos arremessos de lances livres em função das
sessões de fadiga realizadas.....................................................
16
viii
LISTA DE APÊNDICES
APÊNDICE I - Termo de consentimento de participação................................... 40
SUMÁRIO
RESUMO Iv
ABSTRACT V
LISTA DE TABELAS Vi
LISTA DE FIGURAS Vii
LISTA DE APÊNDICES Viii
1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 01
1.2 Justificativa................................................................................................. 03
1.3 Objetivos.................................................................................................... 03
1.3.1 Objetivos Gerais......................................................................................... 03
1.3.2 Objetivos Específicos................................................................................. 04
1.4 Hipóteses................................................................................................... 04
2 REVISÃO DE LITERATURA..................................................................... 05
2.1 Lance Livre................................................................................................ 05
3 MÉTODOS................................................................................................. 08
3.1 Caracterização do Estudo.......................................................................... 08
3.2 Amostra...................................................................................................... 08
3.3 Local........................................................................................................... 08
3.4 Tarefa de Lance Livre................................................................................ 09
3.5 Tarefa de Fadiga........................................................................................ 09
3.6 Procedimentos Experimentais................................................................... 11
3.7 Análise da Precisão Do Arremesso........................................................... 12
3.8 Análise Estatística...................................................................................... 12
4 RESULTADOS.......................................................................................... 14
5 DISCUSSÃO.............................................................................................. 17
6 CONCLUSÃO............................................................................................ 18
7 REFERÊNCIAS.......................................................................................... 19
APÊNDICE I 22
1
1 INTRODUÇÃO
O basquetebol é uma modalidade quem vem crescendo em todo o mundo,
segundo dados de uma pesquisa realizada em abril de 1997 com 35.000
entrevistados mostrou que, desse total, 11% praticam basquetebol, e que em
algumas regiões, como Ásia e Austrália, o basquetebol superou o futebol em
números de adeptos. Na Europa uma pesquisa realizada em quatro países:
Espanha, Reino Unido, França e Alemanha, foram entrevistados 56.000 mil
pessoas e, mais de 58% dos entrevistados, disseram serem adeptos do
basquetebol (FIBA, 2010). Esses números são verificados no sucesso da realização
do campeonato mundial de basquetebol de 2010 na Turquia, com aproximadamente
um bilhão de espectadores pelo mundo assistindo ao campeonato, destacando que
esse índice de audiência foram maiores que os registrados no campeonato mundial
de 2006, no Japão, e de 2009, na Polônia (D24AM, 2010).
Esses números trouxeram benefícios para o basquetebol, colaborando com
o sua evolução. Como conseqüência, as habilidades motoras do basquetebol
tornaram-se mais complexas (OKAZAKI; RODACKI; SARAF; DEZAN; OKAZAKI,
2004). Essas habilidades motoras são importantes para demonstrar,
estatisticamente, o que acontece em uma partida de basquetebol (DIAS NETO,
2007), e, para facilitar a compreensão destes indicadores, eles podem ser divididos
de duas maneiras: defensivas e ofensivas.
Dentre estas habilidades motoras, destacamos o lance livre, por ser uma
situação específica na partida de basquetebol. Por ser a única habilidade dentro da
partida que não tem influencia do adversário durante a sua realização, e o único
momento no qual o jogador está livre de marcação para efetuar o arremesso. Além
desta característica, temos o fato que o lance livre não tem distinções significativas
no número de tentativas entre as posições do basquetebol (ROSE JUNIOR;
TAVARES; GITTI, 2004). Conseqüentemente, o lance livre torna-se fundamental
para que as equipes consigam triunfos em suas partidas, pois as equipes que
vencem a partida têm geralmente um aproveitamento maior que 80% nos lances
livres (JERKINS, 1977), e na maioria das partidas realizam uma maior quantidade
de arremessos de lances livres (DIAS NETO, 2007), metade dos jogos disputados
em uma temporada de basquetebol são decididos por estes tipo de arremesso
2
(HAYS; KRAUZE, 1987; WALKER, 1985).
Nas partidas na qual a diferença de pontos são menores que 12 pontos, os
estudos demonstram que 20% a 25% dos pontos convertidos são realizados da
marca de lance livre (HAYS; KRAUZE, 1987, MERSKY, 1987), e quando a partida
está nos seus últimos cinco minutos de jogo, o lance livre representa 35% dos
pontos marcados. Nas partidas na qual o resultado final compreende uma diferença
menor que nove pontos, os lances livres compreendem 48% dos pontos nos últimos
cinco minutos, e por 69% dos pontos convertidos no ultimo minuto do jogo.
(KOZAR; VAUGHN; WHITFIELD; LORD; DIE, 1994).
Por outro lado umas das dificuldades encontradas está relacionada ao fato
dos jogadores já estarem cansados fisicamente e envolvidos em um estresse que
referente as decisões das partidas, deste modo esse cansaço muscular pode
influenciar na qualidade de arremesso de lance livres. Looney, Spray e Castelli
(1996), demonstraram que um aquecimento geral de 5 minutos, influenciou
negativamente na precisão das primeiras cinco tentativas de arremessos do lance
livre, sendo esses os piores repostas de precisão de todas as 17 tentativas
realizadas pelos atletas, os autores destacam que essa queda na precisão foi
devido a fadiga causada pelo aquecimento. Outro estudo demonstrou que um
treinamento com pesos de 1 hora, causou um decréscimo agudo na força muscular
dos membros superiores, e nos índices de eletromiografia, mas não foram
encontrada diferenças significativas no desempenho motor dos participantes. Como
limitação, os autores indicaram que os praticantes não realizaram os arremessos
após a sessão de treinamento, diminuindo assim o impacto do treinamento de peso
no arremesso de lance livre (KAURANEN; SIIRA; VANHARANTA, 1999).
A fadiga muscular tem sido associada ao declínio da força muscular gerada
durante e após exercícios sub-máximos e máximos, a incapacidade de manter uma
determinada intensidade de exercício no tempo, a diminuição da velocidade de
contração, aumento do tempo de relaxamento muscular, alterações nos padrões de
ativações, na variação da proprioceptividade e do controle motor (ENOKA;
STUART, 1992). O arremesso é realizado através de uma sinergia, isto é, uma ação
conjunta das articulações do cotovelo e do punho para a execução do arremesso, e
caso aconteça algum feedback de erro nas articulações proximais, as articulações
proximais teria a capacidade de correção do movimento (ROBINS; WHEAT; IRWIN;
BARTLETT, 2006), o lance livre normalmente é desempenhado com um movimento
3
de extensão de cotovelo seguidamente com uma flexão do punho (HUDSON, 1982)
e que jogadores mais experientes usam essa combinação para liberar a bola em um
ângulo eficaz para a cesta (BUTTON; MACLEOD; SANDER; COLEMAN, 2003), e
que as articulações distais corrigem os erros de movimentos das articulações
distais, descongelando assim os graus de liberdade (VEREIJKEN; VAN
EMMERICK; WHITING; NEWEL, 1992).
1.2 Justificativa
No basquete o objetivo principal é obter o número maior de pontos que o
adversário e para isso, todas as chances que o atleta tem para realizar o arremesso
é de fundamental importância. O arremesso de lance livre é um fundamento que
pode ser treinado por todos atletas já que não há diferenças significativas entre o
número de tentativas de arremessos em um jogo entre as posições no jogo de
basquete. Desta forma, o entendimento sobre qual grupo muscular interfere mais na
precisão do arremesso de lance livre, e se a fadiga pode influenciar no desempenho
motor, considera-se que este estudo tem potencial na contribuição para ampliar o
conhecimento de pessoas que se interessarem pelo assunto.
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivos Gerais
Analisar o efeito da fadiga muscular localizada em membros superiores
sobre a precisão do arremesso de lance livre de jogadores de basquetebol.
4
1.3.2 Objetivos Específicos
Comparar e analisar a precisão de arremessos de lance livre de jogadores
de basquetebol mediante a fadiga muscular localizada de dois grupos musculares,
extensores do cotovelo e flexores do punho.
1.4. Hipóteses de Pesquisa
H1: Os atletas apresentarão um decréscimo desempenho quando o grupo
muscular exercitado for os extensores do cotovelo, pois é a articulação que pode
gerar mais força e precisão.
5
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Lance Livre
O basquete tem passado por uma grande evolução, e têm acontecido
mudanças em suas regras, para que o jogo fique mais atraente de ser assistido.
Essas transformações, mudanças de regras e evolução do basquetebol, tem
tornado as habilidades motoras que envolvem o basquetebol cada vez mais
fundamental para a prática da modalidade. Dentro das habilidades que o
basquetebol possui temos as defensivas e as ofensivas. Nas habilidades ofensivas
temos o passe, que é utilizado para projetar a bola para outro atleta de sua equipe,
o drible que é utilizado em situações que um atleta está marcado pelo adversário e
os arremessos que são importantes por serem responsáveis pela conversão de
pontos na partida de basquete.
Em partidas, na qual a diferença de pontos é grande, de 20% a 25% dos
totais de pontos marcados por uma equipe em uma partida são originadas de lance
livres (HAYS; KRAUZE, 1987; MERSKY, 1987), a maioria dos pontos realizados e
das tentativas de arremessos livres estão concentradas no ultimo quarto de partida,
tanto que nos últimos cinco minutos deste quarto os lances livres constituem 35%
dos pontos convertidos por uma equipe.
Nas partidas em que a vantagem no placar pela equipe vencedora alcança
uma diferença no máximo de nove pontos, os lances livres representam 48% dos
pontos marcados nos cinco minutos finais, já no ultimo minuto destas mesmas
partidas o percentual de pontos assinalados por lances livres atinge 69% dos
pontos, isto é, no final de partida cada vez é mais necessário ter um bom
aproveitamento de lance livre porque este pode ser um fator decisivo para que uma
equipe consiga a vitória em um confronto (KOZAR; VAUGHN; WHITFIELD; LORD;
DVE, 1994). Em partidas decididas por diferenças menores que quatro pontos, a
porcentagem de acertos de lances livre foi essencial para o sucesso da equipe
(SAMPAIO, 1998).
Em um estudo, verificou-se a importância de indicadores estatísticos, para a
obtenção de vitória no Campeonato Mundial de Basquetebol adulto masculino de
6
2006, foi observado que os times vencedores desempenham mais arremessos na
área de lance livre e obtêm melhores aproveitamentos na conversão dos pontos.
Portanto, os lances livres são importantes indicadores para obtenção de vitória em
campeonatos, e os lances livres têm uma forte correlação com a classificação final
da equipe (DIAS NETO, 2007). Outro estudo verificou os indicadores que
discriminam a classificação final de uma equipe no campeonato, foi observada uma
forte relação entre sete indicadores e a classificação final da equipe, dentre esses
indicadores estava incluso a porcentagem de aproveitamento de lance livres
(AMORIN, 2001).
Além de decidir partidas, a tentativa de arremessos de lances livres não
diferem entre as posições dos jogadores em quadra, sendo assim, o treinamento é
indicado para todas posições sem diferenças entre elas (ROSE JUNIOR;
TAVARES; GITTI 2004). Existem estudos nos quais as comparações das situações
de treinos e competições nacionais, mostraram que o aproveitamento em treinos é
melhor que em situações competitivas. Por exemplo, Medeiros Filho, Pinto,
Carvalho (2007) encontraram diferenças significativas entre treino e competição nos
atletas da liga Nacional de Basquete Masculino do Brasil, Whitehead, Butz, Kozar,
Vaughn (1996) encontram diferenças entre situações de treino e de jogo oficial com
atletas do basquete universitário masculino dos Estados Unidos da América.
Além do stress competitivo, outro fator que influencia o seu melhor
aproveitamento é a fadiga muscular. Woolstenhulme, Bailey, Allsen (2004)
estudaram a influencia do treinamento de peso nas variáveis de salto vertical, força
anaeróbica e porcentagem de acertos de arremessos em mulheres que jogavam na
NCAA, eles utilizaram dos tipos de testes para analisar as alterações na precisão
dos arremessos de lance livres. No dia que foi avaliado as alterações na precisão
dos arremessos de lance livre houve um pequeno decréscimo na precisão da
resposta, mas também não houve diferenças significativas entre as situações nas
quais os atletas treinavam com peso ou não realizam treinamento.
Shoenfelt (1991) procurou investigar os efeitos imediatos do treinamento de
peso comparado com exercício aeróbico nas tentativas de arremessos livres,
usando também mulheres. Este autor não encontrou diferenças quando as
mulheres realizaram treinamento de peso, e com o treinamento aeróbio. Entretanto,
não foi verificado o efeito agudo da fadiga muscular, porque as mulheres atletas
realizaram as tentativas de arremessos depois de 20 minutos da sessão de
7
treinamento com peso ou aeróbico.
Kauranem, Siira, Vanharanta (1999), realizaram treinamento com peso em
30 participantes saudáveis e depois verificaram o desempenho motor dos membros
superiores. Foi constatado que o treinamento de peso diminui a força isométrica e
isotônica de flexão e extensão do punho, também causando uma diminuição na
atividade eletromiográfica nos movimentos de flexão e extensão de punho,
entretanto em relação ao desempenho motor não foram encontradas diferenças
significativas entre o pré teste e pós teste.
O arremesso de lance livre no basquetebol é desempenhado estando o
atleta localizado na área delimitada, para isso o atleta pode posicionar-se em
qualquer parte desse local. As articulações responsáveis por proporcionar força à
bola de basquetebol são os movimentos articulares dos ombros, cotovelos, punhos
e dedos. No inicio do arremesso os ombros estão paralelos ao corpo, conforme o
atleta realiza a flexão da articulação do ombro, juntamente tem que ser realizando
uma flexão de cotovelo, esse movimento de flexão de cotovelo é responsável por
uma parte na produção de força e por produzir a precisão do movimento (VAUGHN,
1993).
Após a extensão do cotovelo o individuo deve realizar a flexão de punho. A
articulação do punho está hiperestendida no inicio da flexão do cotovelo passando
para uma hiperflexão na hora de soltar a bola para o arremesso, caso o individuo
comece o movimento de flexão de punho antes de terminar a extensão de cotovelo
a bola não irá realizar a rotação adequada para a cesta, a flexão de punho é
responsável por fornecer o impulso final para o lançamento da bola e colabora com
a determinação da velocidade e projeção. (VAUGHN, 1993).
8
3 MÉTODOS
3.1 Caracterização do Estudo
O estudo foi uma pesquisa de campo, de caráter experimental realizado de
forma transversal(THOMAS; NELSON; SILVERMAN, 2007).
3.2 Amostra
A amostra foi composta por 12 atletas universitários do sexo masculino,
destros, com média de idade de 21,45 ± 2,58 anos, com média de prática de
basquetebol de 7,27 ± 1,27 anos e com a participação de pelo menos dois
campeonatos estaduais universitários. Para participar do estudo, os participantes
assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido, no qual constam os
objetivos do estudo, a inexistência de riscos e custos financeiros as participantes,
alem de deixar livre a possibilidade de desistência a qualquer momento durante o
estudo. Os participantes eram da equipe da Universidade Estadual de Londrina que
participaram dos Jogos Universitários do Paraná.
3.3 Local
A coleta de dados foi realizada no ginásio Prof. João Santana, no Centro de
Educação Física e Esporte, da Universidade Estadual de Londrina, na cidade de
Londrina – PR, pois, as sessões de treinamento da equipe que compõem a amostra
do estudo eram realizadas neste ginásio.
9
3.4 Tarefa de Lance Livre
A tarefa do lance livre foi realizada de uma distância de 4,6 metros da base do
aro da cesta de basquete, que possui as medidas oficiais estabelecidas pela
Federação Internacional de Basquete (FIBA, 2004). As bolas utilizadas foram da
marca Penalty com circunferência entre 749 – 780 milímetros e peso de 567 – 650
gramas. A bola era devolvida para o arremessador logo após o arremesso, assim
este não precisaria mover-se da posição assumida por ele para o primeiro
arremesso. Foram considerados arremessos válidos somente os realizados pela
técnica de set shoot. (Figura 1)
Figura 1. Representação da tarefa de lance livre
3.5 Tarefa de fadiga
Os músculos envolvidos no processo de fadiga foram os extensores de
cotovelo e flexores de punho.
10
O exercício escolhido para a fadiga do músculos extensores de cotovelo foi
o tríceps testa, no qual o individuo deitado com o costa, ombros e cabeça apoiada
em um banco, segurando uma barra “H” com as mãos semi-pronadas, flexionando
os cotovelos até a barra atingir a o nível da testa, e depois estender o braço
(BOSSI, 2001) (Figura 2).
Figura 2. Exercícios tríceps testa
Já o exercício selecionado para a fadiga dos flexores de punho foi a rosca
punho, na qual o participante estará sentado em uma cadeira, antebraços
repousando sobre as coxas, segurando a barra em supinação, punhos em extensão
passiva: irá inspirar e flexionar os punhos; estender os punhos e expirar no final do
movimento (BOSSI, 2001) (Figura 3).
Figura 3. Exercício de rosca punho
Os participantes foram motivados verbalmente para alcançar o melhor
desempenho nos exercícios.
11
Foi calculado o índice de fadiga através da seguinte equação: Índice de Fadiga
= (carga X repetição da ultima tentativa) / (carga X repetição na primeira tentativa) X
100, esse valor representara porcentagem de realizar trabalho referente a primeira
sessão de exercícios para a fadiga.
3.6 Procedimentos Experimentais
O experimento contou com três sessões. A primeira sessão foi usada para
familiarização dos participantes com os exercícios de treinamento resistido, e a
realização do teste de uma carga máxima. Nesta sessão o participante chegou ao
ginásio de musculação do Centro de Educação Física e Esporte, primeiramente foi
demonstrada a execução dos movimentos corretos ao participante, e em seguida,
foi solicitado à execução do exercício. Caso o movimento não fosse executado
corretamente, o participante era alertado sobre o erro, e orientado sobre a tarefa
novamente, sendo solicitada uma nova repetição. Após a familiarização dos
exercícios de musculação, os participantes fizeram um aquecimento para a
realização do teste de uma carga máxima, primeiro foi realizado o teste para o
grupo de extensores do cotovelo e posteriormente para os flexores de punho, esse
teste de uma carga máxima foi realizado seguindo os procedimentos do American
College Sports Medicine (2005).
Na segunda sessão o participante realizou um aquecimento leve de
arremessos de lances livres. Após isso ele realizou o pré-teste, que foram cinco
arremessos de lances livres. A seguir era pedido para que o participante realizasse
um dos exercícios propostos, com um número de repetições até atingir as
contrações máximas voluntárias a uma carga de 60%, baseados nos testes de 1
carga máxima e, posteriormente, realizava cinco arremessos do lance livre. Esse
ciclo repetiu por mais duas vezes, totalizando 15 arremessos e três séries de
exercício.
Na terceira sessão, o participante também era orientado a fazer uma
sessão de aquecimento leve de arremessos livres, em seguida o participante
realizava o outro exercício proposto, até atingir a contração máxima voluntária, e
realizava a mesma quantidade de arremessos e séries de exercício da segunda
sessão. Entre uma sessão e outra, o tempo mínimo de intervalo foi de 24 horas e o
12
tempo máximo de intervalo foi de 120 horas.
A escolha da ordem dos exercícios foi realizada através de sorteio, na qual
escolhia um participante e sorteava qual exercício ele realizaria na primeira sessão
de fadiga. Segue abaixo a representação da linha do tempo. (Figura 4)
Figura 4. Linha do tempo
1 sessão 2 sessão 3 sessão
F CM A PT TF LL TF LL TF LL A TF LL TF LL TF LL
Legenda: F = Familiarização. CM = teste de carga máxima. A = aquecimento. PT =
pré teste. TF = tarefa de fadiga. LL = lance livre.
3.7 Análise de precisão do arremesso
A analise da resposta de precisão dos arremessos dos participantes foi
realizada seguindo os procedimentos de Wallace Hagler (1979), esse sistema de
pontuação é para verificar o quanto a bola passou por dentro do aro sem tocá-lo. A
mais baixa pontuação, 1 ponto, se estabelece quando acontece da bola que sai das
mãos do arremessador não toca o aro ou tabela ou a bola toca primeiramente na
tabela, independentemente se após a bola tocar a tabela, e passar por dentro do
aro, 2 pontos caso o participante realizasse um arremesso e a bola tocasse o aro na
parte de baixo, do lado ou atrás e se afastasse do aro. 3 pontos eram dados quando
a bola arremessada pelo participante tocava na parte de cima do aro, mas a bola
não passava por dentro do aro, 4 pontos eram outorgados aos arremessos que
tocassem no aro e a bola passasse por dentro do aro, a pontuação máxima era
dada caso a bola entrasse na cesta e não tocasse no aro ou na tabela. (Figura 5)
3.8 Análise Estatística
Os dados foram analisados a partir de estatística descritiva, na qual foi usada
a média para caracterização da amostra e mediana para a análise de resposta de
precisão do arremesso. A variável independente foi a fadiga aplicada nos grupos
13
musculares dos extensores do cotovelo e flexores do punho, e a variável
dependente foi análise da resposta da precisão do arremesso de lance livre. A
estatística comparativa,foi realizada através de Anova Friedman entre as situações.
O programa estatístico utilizado foi o SPSS versão 17.0 O nível de significância
adotado foi de P<0,05.
14
4 RESULTADOS
O experimento foi conduzido por 12 sujeitos, sendo todos do sexo masculino.
Na primeira sessão foi realizado um teste de 1 carga máxima. A carga máxima
obtida no teste de extensão do cotovelo foi de 27 quilos por um participante, e para
os músculos flexores do punho a carga máxima foi de 21 quilos para três
participantes, o menor valor alcançado para os extensores do cotovelo foi de 15
quilos, para os flexores do cotovelo o mínimo foi de 11 quilos está carga, os demais
valores da carga foram expressos abaixo, na tabela 1.
TABELA 1 – Valores do teste de carga máxima para os grupos musculares de
extensores de cotovelo e de flexores de punho
1 carga máxima dos
extensores de cotovelo (Kg)
1 carga máxima dos
flexores de punho (Kg)
Suj. 1 20 21
Suj. 2 25 21
Suj. 3 22 15
Suj. 4 15 13
Suj. 5 19 20
Suj. 6 24 11
Suj. 7 27 16
Suj. 8 17 18
Suj. 9 23 11
Suj. 10 27 12
Suj. 11 22 21
Suj. 12 15 11
Média
(±DP)
21,33
(±4,20)
15,83
(±4,21)
Na Tabela 2 foi apresentado o índice de fadiga obtido pela equação e
calculado para cada participante, demonstrando que os exercícios propostos foram
capazes de exercer a perda de produção de força pelos grupos musculares
propostos, os valores obtidos chegaram no qual os participantes conseguiram
15
produzir aproximadamente 45% do trabalho produzido na primeira tentativa,
diminuindo mais de 50% da força da primeira série de exercícios.
TABELA 2 – Índice de Fadiga alcançado para os grupos musculares de extensores
do cotovelo e flexores do punho
Extensores de Cotovelo Flexores de Punho
TPS
(J)
TTS
(J)
Índice
de
Fadiga
(%)
TPS
(J)
TTS
(J)
Índice
de
Fadiga
(%)
Suj. 1 360 140 38,89% 378 126 33,33%
Suj. 2 500 175 35,00% 378 147 38,89%
Suj. 3 396 154 38,89% 300 90 30,00%
Suj. 4 270 120 44,49% 247 104 42,11%
Suj. 5 380 133 35,00% 400 160 40,00%
Suj. 6 456 144 31,58% 187 55 29,41%
Suj. 7 486 189 38,89% 304 144 47,37%
Suj. 8 306 102 33,33% 360 144 40,00%
Suj. 9 460 138 30,00% 176 77 43,75%
Suj. 10 540 216 40,00% 228 108 47,37%
Suj. 11 418 176 42,11% 399 168 42,11%
Suj. 12 300 90 30,00% 198 66 33,33%
Na análise de desempenho de arremesso foi encontrada diferença significativa
quando o grupo muscular fadigado eram os extensores de cotovelo. Foram
encontradas diferenças significativas entre o desempenho no pré-teste e a primeira
sessão de arremessos após o exercício do grupo muscular dos extensores do
cotovelo e na ultima sessão de arremesso desta sessão, sendo que extensores do
cotovelo obtiveram uma menor resposta de precisão na resposta comparada ao
pré-teste. A primeira sessão de exercícios para flexores do punho obteve melhores
resultados na precisão da resposta em relação à primeira sessão de exercícios para
extensores de cotovelo e da terceira sessão. O desempenho após a segunda
sessão de exercício para flexores de punho também se apresentou melhor do que a
primeira e terceira sessão de exercício. (Figura 5)
16
Figura 5. Precisão dos arremessos de lances livres em função das sessões de
fadiga realizadas.
Legenda: PT = Pré Teste. S1 = primeira sessão. S2 = segunda sessão. S3 =
terceira sessão. a diferenças significativas entre o pré teste. b = diferenças
significativas entre a primeira sessão de exercícios dos flexores do punho. c =
diferenças entre a segunda sessão de exercícios dos flexores do punho
17
5 DISCUSSÃO
O presente estudo objetivou comparar e analisar o desempenho de
arremessos de lance livres de jogadores de basquetebol mediante a fadiga
muscular localizada de dois grupos musculares, a saber: extensores do cotovelo e
flexores do punho.
Foi verificado que quando foi fadigado o grupo muscular flexores do punho não
houve diferenças significativas em relação ao pré-teste, em comparação aos
músculos extensores do cotovelo foi encontrado que nas duas primeiras sessões de
exercícios para flexores do punho obteve resultados melhores que a primeira e a
terceira sessão. Quando os músculos fadigados eram os extensores do cotovelo foi
encontrado que os resultados obtidos após a primeira e a terceira sessão de flexão
de extensores de cotovelo foi diferente em relação ao pré teste.
Vaughn (1993) relata que os extensores do cotovelo são responsáveis por
gerar força e precisão ao arremesso do cotovelo, isso foi demonstrado neste estudo
que quando realizamos exercícios para o flexores do cotovelo diminui a precisão do
arremesso.
Hartley; Fulton, (1971) indicam que os dois grupos musculares: extensores de
cotovelo e flexores de punho são responsáveis pela produção de força e precisão
do arremesso de lance livre, diferente do que foi encontrado no presente estudo, no
qual a única fadiga manipulada que apresentou resultados piores que o pré-teste
ocorreu nos extensores de cotovelo.
Os fatores que podem ter influenciado essa piora no desempenho foi uma
menor sensação de proprioceptividade, que é um dos efeitos da fadiga. Cinco dos
participantes relataram durante a sessão, na qual eles realizavam a tarefa de fadiga
para os extensores do cotovelo, que a bola aparentava estar mais leve, e dois
indivíduos chegaram a tocar a bola no rosto.
Nossos achados diferiram de Robins, Wheat, Irwin, Bartlett (2006) no qual em
seu estudo os autores relatam que quando uma articulação proximal é perturbada a
articulação distal consegue realizar correções necessárias para a realização do
movimento.
18
6 CONCLUSÃO
Com o presente estudo podemos concluir que a fadigar do grupo muscular
extensores de cotovelo influencio negativamente na precisão dos arremessos de
lance livres. Enquanto a fadiga proporcionada aos flexores de punho não
apresentaram resultados significativos sobre a precisão do arremesso. Por
conseguinte, o grupo muscular responsável pela extensão do cotovelo parece ter
papel mais importante sobre a precisão do arremesso, em comparação ao grupo
muscular da flexão do punho. Tais resultados sugerem que, para ocorrer uma
melhor manutenção na precisão do arremesso, a musculatura responsável pela
extensão do cotovelo não deve apresentar níveis elevados de fadiga.
19
7 REFERÊNCIAS
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE (ACSM). ACSM’s Health-Related Physical Fitness Assessment Manual, ed. 1, Baltimore: Lippincott Williams & Wilkins, 2005
AMORIN, J. Relação entre as variáveis técnicos-táticas e a classificação final: um estudo na Liga Portuguesa de Basquetebol. In. TAVARES, F.; JANEIRA, M.A.; GRAÇA, A.; PINTO, D.; BRANDÃO, E. Tendências atuais da investigação em basquetebol. Porto: Centro de Estudos de Jogos Desportivos, Faculdades de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade do Porto, 2001. P. 80-89
BOSSI, L. Ensinando Musculação: Exercícios Resistidos. 2 ed, Icone Editora, 2001.
BUTTON, C.; MACLEOD, M.; SANDERS, R.; COLEMAN, S. Examining movements variability in the basketball free-throw action at different skill levels. Research Quarterly for Exercise and Sport, vol. 74, p. 257-269, 2003.
D24AM. Audiência no Mundial de basquete foi superior a da Copa em alguns países. Disponível em <http://www.d24am.com/esportes/mais-esportes/audiencia-no-mundial-de-basquete-foi-superior-a-da-copa-em-alguns-paises/7218>. Acessado em 27 de outubro de 2010.
DIAS NETO, J. M. M. A importância dos indicadores estatísticos para obtenção da vitória no Campeonato Mundial de Basquetebol adulto masculino 2006. Fitness & Performance, vol. 6, n. 1, p. 57-61, 2007.
ENOKA, R. M.; STUART, D. G. Neurobiology of muscle fatigue. Journal Applied Physiology, v. 72, p. 1631-1648, 1992.
FIBA. About Fiba. Quick Facts. Disponível em <http://www.fiba.com/pages/eng/fc/FIBA/quicFact/p/openNodeIDs/962/selNodeID/962/quicFacts.html>. Acessado em 20 de junho de 2010.
HAYS, D.; KRAUZE, J. V. Score on the throw. The Basketball Bulletin, vol. winter, p. 4-9, 1987.
HARTLEY, J. W.; FULTON, C. Mechanical analysis of the jump shot. Athletic Journal, vol. 51 n. 7,128-129, 1971.
HUDSON, J. L. A biomechanical analysis by skill level of free throw shooting in basketball. Biomechanics in Sports, p. 95-102, 1982.
JERKINS, R. Win the big ones from the foul line, Scholastic Coach, vol. 47, n. 5, p. 88-89, 1977.
LOONEY, M. A.; SPRAY, J. A.; CASTELLI, DARLA. The task difficulty of free throw shooting for males and females. Research Quarterly for Exercise and Sport, vol. 67, n. 3, p. 265-271, September 1996.
20
KAURANEN, K.; SIIRA, P.; VANHARANTA, H. Strength training for 1h in humans: effect on the motor performance of normal upper extremities. European Journal Applied Physiology, v. 79, p. 383-390, 1999.
KOZAR, B.; VAUGHN, R. E. Basketball free-throw performance: Practice implications. Journal of Sport Behavior, vol. 18, n. 2, p.123-130, jun. 1995.
KOZAR, B., VAUGHN, R. E., LORD, R. H., WHITFIELD, K. E., & DVE, B. Importance of free throws at various stages of basketball games. Perceptual and Motor Skills, vol. 78, n. 1, p. 243-248, 1994
MACK, M. G. Effects of time and movements of the pre-shot routine on free throw shooting. Perceptual and Motor Skills, vol. 93, p. 567-573, 2001.
MAGIL, R. A.; Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. 5ª edição. São Paulo: Edgard Blücher Ltda., 2000
MEDEIROS FILHO, E. S.; PINTO, P. H. B. C.; CARVALHO, F. A. P. Influência do ambiente no desempenho de arremesso de lances-livres no basquetebol profissional. Motriz. vol. 13, n. 4, p. 273-279, out/dez 2007.
OKAZAKI, V. H. A.; RODACKI, A. F. L.; SARRAF, T. A.; DEZAN, V. H.; OKAZAKI, F. H. A. Diagnóstico da especificidade técnica dos jogadores de basquetebol. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, vol. 12, n. 4, p. 19-24, Dezembro 2004.
ROBINS, M. T.; WHEAT, J.; IRWIN, G. BARTLETT, R. M. The effect of shooting distance on movement variability in basketball. Journal of Human Movement Studies, vol. 20, p. 218-238, 2006.
ROSE JUNIOR, D. D.; TAVARES, A. C.; GITTI, V. Perfil técnico de jogadores brasileiros de basquetebol: relação entre os indicadores de jogo e posições específicas. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, v. 18, n. 4, p. 377-384, out./dez. 2004.
SAMPAIO, A. J. Los indicadores estadísticos mas determinantes em el resultado final em los partidos de basquetbol. Lecturas Educación Física Revista Digital, Buenos Aires, v. 3, n. 11, 1998. Disponível em: <www.efdeportes.com>
SHOENFELT, E. L. Immediate effect of weight training as compared to aerobic exercise on free-throw shooting in collegiate basketball players. Perceptual and Motor Skills, vol. 73, p. 367-370, 1991.
THOMAS, J. R.; NELSON, J. K.; SILVERMAN, S. J. Métodos de pesquisa em atividade física. 5.ed. editora Artmed. 2007.
VAUGHN, R. E. Intra-individual variability for basketball free throws. Paper presented at the International Symposium of Biomechanics in Sports, 11th, University of Massachusetts, Amherst, MASS, 1993
VEREIJKEN, B.; VAN EMMERICK, R. E. A.; WHITING, H. T. A.; NEWEL, K. M. Free(zing) degrees of freedom in skill acquisition. Journal of Motor Behavior, vol. 24, p. 133-142, 1992
21
WALLACE, S. A., HAGLER, R. W. Knowledge of performance and the learning of a closed motor skill. Research Quarterly. vol. 50, p. 265-271, 1979
WHITEHEAD, R.; BUTZ, W.; KOZAR, B., VAUGHN, R. E. Stress and performance: an application of Gray’s three-factor arousal theory to basketball free-throw shooting. Journal of Sports Sciences. vol. 14, p. 393-401, 1996.
WOOLSTENHELME, M. T.; BAILEY, B. K.; ALLSEN, P. E. Vertical jump, anaerobic power, and shooting accuracy are not altered 6 hours after strength training in collegiate women basketball players. Journal of Strength and Conditioning Research, vol. 18, n. 3, p. 122-125, 2004
22
APÊNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO DE PARTICIPAÇÃO Responsáveis: Marcelo Alves Costa
Inara Marques
Este é um convite especial para você participar voluntariamente do estudo: O EFEITO DA FADIGA MUSCULAR LOCALIZADA NOS MEMBROS SUPERIORES SOBRE A PRECISÃO NO ARREMESSO DE SET SHOT NO BASQUETEBOL. Por favor, leia com atenção as informações abaixo antes de dar seu consentimento para participar do estudo. Qualquer dúvida pode ser esclarecida diretamente com o pesquisador: Marcelo Alves Costa. Fone: 43 9132-7111. OBJETIVO E BENEFÍCIOS DO ESTUDO
O objetivo do estudo é verificar qual a influencia da fadiga muscular nos aspectos de coordenação no arremesso de lance livre, isso poderá nos demonstrar como as articulações dos membros superiores se comportam durante essa atividade. PROCEDIMENTOS
Serão realizadas atividades de exercícios com peso resistido e arremessos de lance livre, os atletas serão filmados, e as imagens serão utilizadas somente para o estudo. DESPESAS/ RESSARCIMENTO DE DESPESAS DO VOLUNTÁRIO
Todos os sujeitos envolvidos nesta pesquisa são isentos de custos”.
PARTICIPAÇÃO VOLUNTÁRIA A sua participação neste estudo é voluntária e terá plena e total liberdade para desistir do estudo a
qualquer momento, sem que isso acarrete qualquer prejuízo. GARANTIA DE SIGILO E PRIVACIDADE
As informações relacionadas ao estudo são confidenciais e qualquer informação divulgada em relatório ou publicação será feita sob forma codificada, para que a confidencialidade seja mantida. O pesquisador garante que seu nome não será divulgado sob hipótese alguma. Diante do exposto acima eu, ___________________________________________, declaro que fui esclarecido sobre os objetivos, procedimentos e benefícios do presente estudo. Participo de livre e espontânea vontade do estudo em questão. Foi-me assegurado o direito de abandonar o estudo a qualquer momento, se eu assim o desejar. Declaro, também, não possuir nenhum grau de dependência profissional ou educacional com os pesquisadores envolvidos nesse projeto, não me sentindo pressionado de nenhum modo a participar dessa pesquisa. Londrina, ______ de ______________ de _________. ________________________________ ___________________________________
Responsável RG __________________ Pesquisador RG ____________________