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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – UNINOVE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
LARISSA AUREA TEREZANI
A DANÇA COMO COMPONENTE CURRICULAR NA
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA:
Desafios e Possibilidades.
São Paulo - SP
2017
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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – UNINOVE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
LARISSA AUREA TEREZANI
A DANÇA COMO COMPONENTE CURRICULAR NA
LICENCIATURA EM EDUCAÇO FÌSICA:
Desafios e Possibilidades.
Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da UNINOVE, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Doutor em Educação. Orientador: Prof. Dr. Marcos Antônio Lorieri.
São Paulo –SP
2017
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Terezani, Larissa Aurea
A dança como componente curricular na licenciatura em educação física:
Desafios e Possibilidades. / Larissa Aurea Terezani. 2017.
171 f.
Tese (Doutorado) - Universidade Nove de Julho - UNINOVE, São Paulo,
2017.
Orientador (a): Prof. Dr. Marcos Antônio Lorieri.
1. Licenciatura em educação física. 2. Dança e formação humana. 3.
Dança e educação. 4. Dança e educação física
I. Lorieri, Marcos Antônio. II. Titulo.
CDU 37
4
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________________
Orientador: Prof. Dr. Marcos Antônio Lorieri – UNINOVE/SP
________________________________________________________
Prof.ª Dra. Ana Maria Haddad Baptista - UNINOVE/SP
_____________________________________
Prof.ª Dra. Mônica de Avila Todaro – UFSJ/MG
_____________________________________________________
Prof.ª Dra. Elaine T. Dal Mas Dias – UNINOVE/SP
____________________________________________________
Prof. Dr. Roberto Gimenez – UNICID/SP
__________________________________________________
Prof.ª Dra. Branca Jurema Ponce – PUCSP – (Suplente)
_____________________________________________
Prof. Dr. Maurício Pedro da Silva – UNINOVE/SP
São Paulo, agosto de 2017.
___________________________________________
Professor: Dr. José Eustáquio Romão
Diretor do PPGE – UNINOVE/SP
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RESUMO
Esta tese resultou do projeto de pesquisa que teve como objeto a presença do componente Dança nas propostas curriculares dos cursos de Licenciatura em Educação Física e a identificação dos objetivos e conteúdos que têm sido trabalhados neste componente curricular com vistas à formação do (a) professor (a) de Educação Física que atuará na escola. Como recorte deste objeto, trabalhou-se com o seguinte problema de pesquisa: qual é a presença do componente Dança nas propostas curriculares dos cursos de Licenciatura em Educação Física da Cidade de São Paulo e de alguns desses cursos na Região Metropolitana de São Paulo e quais objetivos e conteúdos têm sido trabalhados neste componente curricular com vistas à formação de professores (as) de Educação Física que atuará na escola? Como desdobramento deste problema, algumas questões foram levantadas e que serviram como guia na busca e na análise dos dados. Foram elas: Como entender a Dança e sua relação com a educação? Como é vista a Dança, nos documentos oficiais brasileiros, como conteúdo curricular na Educação Física? Com que objetivos e conteúdos este componente curricular é trabalhado nos cursos identificados? Os objetivos e conteúdos das disciplinas de Dança, mencionados nestes cursos, podem responder ou corresponder ao que é considerado desejável na literatura pesquisada e nas indicações da legislação oficial brasileira com relação à mesma? A hipótese inicial era de que, em poucos Cursos de Licenciatura em Educação Física seria encontrada a presença da disciplina Dança e que, nesses poucos cursos, a oferta da disciplina estaria bem distante das orientações legais e da produção acadêmica a ela relativa. Como objetivos buscou-se constatar a presença da oferta da disciplina Dança nos Cursos de Licenciatura em Educação Física das Instituições de Ensino Superior da Cidade de São Paulo e informações a respeito dos conteúdos trabalhados nesta disciplina e se estes conteúdos estavam afinados com as orientações legais a respeito e com, ao menos, parte da bibliografia da área. Foi desenvolvida pesquisa bibliográfica e documental. A hipótese de que, na minoria dos Cursos de Licenciatura em Educação Física seria encontrada a presença da disciplina Dança e que, nesses cursos, a oferta da disciplina estaria bem distante das orientações legais e da produção acadêmica a ela relativa, não foi confirmada. Foi, por certo, uma grata não confirmação, apesar do pequeno número de IES pesquisadas. Julgamos ter atingido satisfatoriamente os objetivos propostos. Palavras-chave: Ensino Superior; Formação de Professores (as) de Educação Física; Dança e Educação.
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ABSTRACT
This thesis resulted from the research project that had as its object the presence of the Dance in the curricular proposals of the Degree courses in Physical Education and the identification of the objectives and contents that have been worked in this curricular component with a view to the formation of the Physical Education Teacher related to his/her preparation for the action with the contents of Dance in Basic Education. As a cut-off from this object, we worked with the following research problem: what position does Dance take in the curricular proposals of the degree courses in Physical Education of the City of São Paulo and of some of these courses in the Metropolitan Region of São Paulo and What objectives and contents have been worked on in this curricular component with a view to the training of Dance teachers for Basic Education? As a result of this problem, some questions were raised and served as a guide in the search and analysis of the data. They were: How to understand Dance and its relationship with education? How is Dance seen in Brazilian official documents as a curricular content in Basic Education? With what objectives and contents does this curricular component work in the courses identified? Can the objectives and contents of Dance as a discipline mentioned in these courses respond to or correspond to what is considered desirable in the researched literature and in the indications of the official Brazilian legislation in relation to it? The initial hypothesis was that, in very few Physical Education Degree Courses, the presence of Dance as a discipline would be found and that, in these few courses, the offer of the discipline would be far from the legal guidelines and related academic production. The objective was to verify the level of presence of the offer of Dance in the Physical Education Degree Courses of the Institutions of Higher Education of the City of São Paulo and information about the contents worked in this discipline and if these contents were in tune with the orientations And with at least part of the bibliography of the area. We developed bibliographical, documentary and field research. The hypothesis that, in very few Physical Education Degree Courses, the presence of Dance as a discipline would be found and that, in these courses, the offer of the discipline would be far from the legal guidelines and the academic production related to it, was not confirmed. It was, of course, a welcome non-confirmation, despite the small number of HEIs surveyed. We believe that we have achieved satisfactorily the proposed objectives. Key words: Higher Education; Training of Physical Education Teachers; Dance and Education.
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RESUMÉE
Cette thèse résulte du projet de recherche qui a eu comme objet la composante de Danse présente dans les propositions de programmes de cours de Diplôme en Éducation Physique et l'identification des objectifs et des contenus qui ont été travaillées dans ce volet curriculaire en vue de la formation du Maître d'Éducation Physique en ce qui concerne sa préparation à la performance avec le contenu de la Danse dans l'éducation de base. Pour couper cet objet, on a travaillé avec le problème de la recherche suivante: quelle est la présence de la composante de la Danse dans les propositions de programmes de cours de diplôme en éducation physique de la ville de São Paulo et certains de ces cours dans la région métropolitaine de São Paulo et dont les objectifs et le contenu ont été travaillé dans ce volet de programme destiné aux enseignants de formation (comme) la danse pour l'éducation de base? En conséquence de ce problème, des questions ont été soulevées et qui ont servies de guide dans l'analyse de la recherche et des données. Ells étaient: Comment comprendre la Danse et sa relation avec l'éducation? Comment afficher la Danse, les documents officiels brésiliens tels que le contenu des programmes dans l'éducation de base? Avec quels objectifs et le contenu de cette composante éducative travaille dans les cours identifiés? Les objectifs et le contenu des cours de Danse, mentionné dans ces cours, peut répondre ou correspondre à ce qui est considéré comme souhaitable dans la littérature et des directives des règlements officiels du Brésil concernant les mêmes? L'hypothèse de départ était que on trouverait très peu de cours de diplôme en éducation physique avec la présence de la discipline de la Danse et que, dans ces quelques cours, l'offre de la discipline serait bien loin des directives juridiques et la recherche universitaire qui s'y rapportent. Comme objectifs on a cherché à voir le degré de représentation de la discipline de la danse dans des cours de diplôme en Éducation Physique des établissements d'enseignement supérieur de la ville de São Paulo et des informations sur le contenu travaillé dans cette discipline et ces contenus sont en phase avec les directives juridiques et au moins une partie de la littérature. On a fait une recherche bibliographique, documentaire et sur le terrain. L'hypothèse, pas confirmée, était que dans très peu de cours de diplôme en Éducation Physique on trouverait la présence de la discipline de la Danse et que dans ces cours, l'offre de la discipline serait bien loin des directives juridiques et la recherche universitaire concernant. Il était certainement pas une confirmation agréable, malgré le petit nombre d'IES interrogés. Nous pensons que nous avons atteint les objectifs de manière satisfaisante. Mots-clés: Enseignement supérieur; Formation d'enseignants en éducation physique; Danse et éducation.
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RESUMEN
Esta tesis resultó del proyecto de investigación que tuvo como objeto la presencia del componente Danza en las propuestas curriculares de los cursos de Licenciatura en Educación Física y la identificación de los objetivos y contenidos que se han trabajado en este componente curricular con vistas a la formación del Profesor (a) de Educación Física relativa a su preparación para la actuación con los contenidos de Danza en la Educación Básica. Como recorte de este objeto, se trabajó con el siguiente problema de investigación: cuál es la presencia del componente Danza en las propuestas curriculares de los cursos de Licenciatura en Educación Física de la Ciudad de São Paulo y de algunos de esos cursos en la Región de la Metropolitana de São Paulo y ¿Qué objetivos y contenidos se han trabajado en este componente curricular con vistas a la formación de profesores de Danza para la Educación Básica? Como desdoblamiento de este problema, algunas cuestiones fueron planteadas y que sirvieron como guía en la búsqueda y el análisis de los datos. Fueron ellas: ¿Cómo entender la Danza y su relación con la educación? ¿Cómo es vista la Danza, en los documentos oficiales brasileños, como contenido curricular en la Educación Básica? ¿Con qué objetivos y contenidos este componente curricular se trabaja en los cursos identificados? Los objetivos y contenidos de la disciplina Danza, mencionados en estos cursos, pueden responder o corresponder a lo que es considerado deseable en la literatura investigada y en las indicaciones de la legislación oficial brasileña con relación a la misma? La hipótesis inicial era que en muy pocos Cursos de Licenciatura en Educación Física se encontraría la presencia de la disciplina Danza y que en esos pocos cursos la oferta de la disciplina estaría muy lejos de las orientaciones legales y de la producción académica a ella relativa. Como objetivos se buscó constatar el nivel de presencia de la oferta de la disciplina Danza en los Cursos de Licenciatura en Educación Física de las Instituciones de Enseñanza Superior de la Ciudad de São Paulo e informaciones acerca de los contenidos trabajados en esta disciplina y si estos contenidos estaban afinados con las orientaciones Legales al respecto y con, al menos, parte de la bibliografía del área. Se desarrolló una investigación bibliográfica, documental y de campo. La hipótesis de que en muy pocos Cursos de Licenciatura en Educación Física se encontraría la presencia de la disciplina Danza y que en esos cursos la oferta de la disciplina estaría muy alejada de las orientaciones legales y de la producción académica a ella relativa, no fue confirmada. Fue, por cierto, una grata no confirmación, a pesar del pequeño número de IES investigadas. Juzgamos haber alcanzado satisfactoriamente los objetivos propuestos. Palabras clave: Enseñanza Superior; Formación de Profesores (as) de Educación Física; Danza y Educación.
9
DEDICATÓRIA
Dedico a todos (a) que, por algum motivo, tiveram interesse em ler esta tese. Aos (as) bailarinos (as), dançarinos (as); coreógrafos (as), professores (as), alunos (as), pesquisadores (as) e apreciadores (as) das artes em geral e, especialmente, da Dança. Aos (as) defensores (as) do corpo em movimento, da Dança na Escola, da Dança Educação, da Dança na Educação Física, e da Dança como um canal de acesso ao conhecimento. Aos (as) que lutam por justiça nos meios educacionais e pela liberdade de expressão. Aos discentes, docentes, colegas e familiares que instigaram o meu desejo de investigar a Dança, o Corpo, a Formação Humana, e a Educação Física. Às energias superiores pelas orientações recebidas ao longo desse caminho.
Fonte: Disponível em https://cispladancas.wordpress.com/page/4/ Acesso em 24 de jun. de 2017.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço ao Prof. Dr. Marcos Antônio Lorieri meu ilustre orientador que jamais desistiu
de ler o que escrevi e por quem criei admiração e respeito. Aquele que aceitou a dançar junto
comigo. À Prof.ª Dra. Ana Maria Haddad Baptista com quem iniciei as aulas no programa de
doutorado em educação e que me incentivou a desenvolver meu projeto. Ao Prof. Dr. Manuel
Tavares Gomes com quem comecei as orientações a respeito da pesquisa. À Prof.ª Mônica de
Avila Todaro a qual sempre me recebeu de braços abertos e pela criação de uma eterna
amizade.
À Prof.ª Dra. Roberta Gaio, ao meu pai e Professor Oswaldo Luiz Terezani, à minha
mãe Letícia Helena Sarcedo Terezani os quais são responsáveis por eu conhecer a Ginástica
Rítmica, pela escolha em cursar Educação Física e, agora, por estudar a Dança. Ao meu irmão
Denis Roberto Terezani que sempre foi um incentivador da minha vida.
À amiga/irmã/mãe Renata Barbosa da Silva e à amiga/irmã Bárbara Megda Magrin as
quais estenderam a mão para me ajudar nas horas que meu corpo cansava e todos os irmãos
e irmãs que nasceram dessa relação.
Ao meu marido André De Filippis pela companhia e amor de toda vida, que impediu de
desistir.
Aos coordenadores do curso de Educação Física da Universidade Nove de Julho –
UNINOVE que me abriram as portas para atuar como docente. À Universidade Nove de Julho –
UNINOVE por conceder esta oportunidade com a isenção das taxas. Ao diretor da educação
da Universidade Nove de Julho – UNINOVE Prof. Dr. José Carlos de Freitas Batista e à
Professora e amiga Claudia Nolla de Freitas Batista com quem tudo começou, ainda, quando
residíamos em Piracicaba e agora em São Paulo.
Aos funcionários da Secretaria do PPGE da UNINOVE pela atenção sempre
dispensada a todos nós. Aos coordenadores dos programas de mestrado e doutorado em
educação da Universidade Nove de Julho – UNINOVE, Prof. Dr. José Eustáquio Romão, Prof.
Dr. Jason Ferreira Mafra; e ao corpo docente desses programas, formado por um grupo de
excelência, pessoas com quem tive a oportunidade de conviver e com quem tenho muito que
aprender. A todas as amizades construídas ao longo desses quatro anos.
Recebam aqui o meu abraço e a minha eterna gratidão. Pois, sem vocês deixaria de
acreditar que a Dança é uma manifestação humana que transforma pessoas; ela me
transformou e pode transformar você:
Arquivo pessoal da autora.
“A Dança utiliza o que se pode chamar de linguagens sonora, visual e tátil. E como, ao dançar, entra-se em contato com essas matérias, pode-se dizer que esse tipo de atividade física é também uma atividade de expressão. Sendo assim, pode-se dizer que se movimenta o corpo e expressa-se a alma”
Mônica de Ávila Todaro (2001, p. 80).
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Instituições de Ensino Superior da Região Metropolitana de São
Paulo que têm Licenciatura em Educação Física.
Quadro 2. Instituições de Ensino Superior da Cidade de São Paulo que têm
Licenciatura em Educação Física.
Quadro 3. Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 1.
Quadro 4. Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 2.
Quadro 5. Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 3.
Quadro 6. Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 4.
Quadro 7. Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 5.
Quadro 8. Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 6.
Quadro 9. Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 7.
Quadro 10. Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 8.
Quadro 11. Diferenças de Nomenclaturas das Disciplinas que Contemplam os
Blocos de Conteúdo das Atividades Rítmicas e Expressivas nos Cursos de
Ensino Superior de Licenciatura em Educação Física entre as IES de São
Paulo.
Quadro 12. Semestres das Disciplinas de Atividades Rítmicas e Dança dos
Cursos de Ensino Superior de Licenciatura em Educação Física.
Quadro 13. Carga Horária das Disciplinas de Atividades Rítmicas e Dança dos
Cursos de Ensino Superior de Licenciatura em Educação Física.
Quadro 14. Ementas das Disciplinas por I.E.S.
Quadro 15. Objetivos das Disciplinas por I.E.S.
Quadro 16. IES Que Desenvolvem os Mesmos Objetivos em Dança.
Quadro 17. Conteúdos das Disciplinas por I.E.S.
Quadro 18. IES Que Desenvolvem os Mesmos Conteúdos em Dança.
Quadro 19. Relação das obras utilizadas nas Referências Básicas.
Quadro 20. Relação das obras utilizadas nas Referências Complementares.
p.75
p.79
p.81
p.83
p.84
p.86
p.89
p.91
p.92
p.94
p.96
p.96
p.97
p.97
p.99
p.103
p.104
p.107
p.109
p.111
12
LISTA DAS ILUSTRAÇÕES.
Figura 1. Linguagem do movimento Rudolf Laban.
Figura 2. Representação de figuras encontradas nas cavernas.
Figura 3. Figuras de corpos nas cavernas.
Figura 4. Pintura rupestre de Lérida, Espanha, uma das mais antigas
encontradas, cerca de 8300 mil anos a. C., representa uma Dança num ritual
de fertilidade.
Figura 5. Imagem Manuscrito Bíblico Medieval com a Dança de Miriam.
Figura 6. Dança da Música do Tempo.
Figura 7. Ballet da Corte.
Figura 8. Jean- George Noverre.
Figura 9. Dança Educação.
p.24
p.32
p.34
p.34
p.36
p.40
p.42
p.44
p.57
Figura 10. Dança na Educação Física.
Figura 11. Dança na Educação Física 1.
Figura 12. Michael Jackson.
Figura 13. Mundo da Dança.
Figura 14. Dança na Educação Física 2.
p.71
p.116
p.136
p.143
p.151
13
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 15
CAPÍTULO 1. DANÇA, CORPO E SOCIEDADE: ASPECTOS HISTÓRICOS 24
1.1. A Dança e suas representações: apontamentos iniciais. 25
1.2. Panorama Histórico da Dança.
1.2.1. Corpo-Dança na Pré-História.
1.2.2. Corpo-Dança na Idade Antiga.
1.2.3. Corpo-Dança na Idade Média.
1.2.4. Corpo-Dança no Renascimento.
1.2.5. Corpo-Dança na Idade Moderna.
1.2.6. Corpo-Dança na Época Contemporânea.
32
32
35
39
41
43
50
CAPÍTULO 2. DANÇA E EDUCAÇÃO E DANÇA NA EDUCAÇÃO FÍSICA. 57
2.1. Dança, Corpo e Educação. 58
2.2. Dança-Educação e Dança na Educação Física. 62
CAPÍTULO 3. A DANÇA COMO CONTEÚDO FORMATIVO PARA A LICENCIATURA EM
EDUCAÇÃO FÍSICA.
71
3.1. A Dança na Matriz Curricular para os Cursos de Educação Física. 72
3.2. Dança e/ou Atividades Rítmicas como componente da Matriz Curricular das
Licenciaturas em Educação Física das IES investigadas.
73
3.3 Informações das IES analisadas. 80
3.4. Dança e/ou atividades rítmicas nos Planos de Ensino das Licenciaturas em
Educação Física investigadas.
96
CAPÍTULO 4. ANÁLISE DOS PLANOS DE ENSINO DE DANÇA DOS CURSOS DE
ENSINO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA.
4.1. Análises dos Conteúdos dos Planos de Ensino de Dança dos Cursos de
Licenciatura em Educação Física pesquisados.
4.2. Análises das Ementas e Objetivos dos Planos de Ensino de Dança de Licenciatura
em Educação Física.
116
120
124
CONSIDERAÇÕES FINAIS. 136
REFERÊNCIAS. 143
ANEXOS. 151
14
O Dançar:
Dançar é poder se apaixonar em cada amanhã e em cada anoitecer. Dançar pode ser movimento e movimento pode ser Dança.
Dançar pode ser ritmo e ritmo pode ser Dança. Dançar pode ser música e música pode ser Dança. Dançar pode ser poesia e poesia pode ser Dança.
Dançar pode ser arte e arte pode ser Dança. Dançar pode ser política e política pode ser Dança.
Dançar pode ser filosofia e filosofia pode ser Dança. Dançar pode ser religião e religião pode ser Dança. Dançar pode ser cultura e cultura pode ser Dança.
Dançar pode ser expressão e expressão pode ser Dança. Dançar pode ser linguagem e linguagem pode ser Dança.
Dançar pode ser tempo e tempo pode ser Dança. Dançar pode ser espaço e espaço pode ser Dança.
Dançar pode ser parábola e parábola pode ser Dança. Dançar pode ser fábula e fábula pode ser Dança.
Dançar pode ser conto e conto pode ser Dança. Dançar pode ser tradição e tradição pode ser Dança.
Dançar pode ser liberdade e liberdade pode ser Dança. Dançar pode ser fantasia e fantasia pode ser Dança.
Dançar pode ser brincadeira e brincadeira pode ser Dança. Dançar pode ser jogo e jogo pode ser Dança.
Dançar pode ser educação e educação pode ser Dança. Dançar pode ser Educação Física e Educação Física pode ser Dança.
Dançar pode ser vida e vida pode ser Dança. Dançar é poder perder as rédeas da vida para almejar a felicidade plena.
(Larissa Terezani)
Arquivo pessoal da autora.
15
INTRODUÇÃO
Julgo importante, inicialmente, colocar algumas informações de minha
vida, em especial meu percurso acadêmico, pelo fato de o mesmo poder
auxiliar no entendimento de minha escolha do tema de pesquisa no doutorado.
Nasci em Piracicaba, Estado de São Paulo. O corpo sempre foi e ainda
é um tema que me chama muito à atenção, mesmo porque muito cedo fui
estimulada ao movimento pelo meu pai e minha mãe que também são
professores (as) de Educação Física. Desde cedo me colocaram para praticar
natação e, também, me encantei pela Ginástica Rítmica, tendo-me envolvido
em um Projeto de Ginástica Rítmica Popular, desenvolvido na cidade, por uma
parceria entre a Prefeitura e uma Universidade.
No Ensino Médio havia a “Semana Cultural”, da qual faziam parte
atividades de teatro, Danças e ginásticas que traziam motivação e prazer. Eu
participava delas. Na universidade, escolhi cursar Educação Física área na
qual acreditava poder contribuir futuramente com a educação do corpo, pois
esse já era um ideal presente em mim. Este ideal me levou a participar em uma
equipe de treinamento de Ginástica Rítmica do município de Piracicaba, uma
vez que, essa ginástica em 2005, passou a integrar os Jogos Regionais e
Abertos do Interior de São Paulo e houve a necessidade de se construir uma
equipe na qual permaneci durante cinco anos como técnica. Hoje, esta equipe
ainda é mantida por outros (as) profissionais, sendo Piracicaba consagrada
com muitos títulos nessa modalidade.
Ao participar das competições, observei uma quantidade sempre muito
grande de meninas, mulheres, alunas, professoras, técnicas, atletas, ou seja,
um espaço dominado pelo gênero feminino. Esta predominância permaneceu
por muitos anos e é, ainda grade a presença feminina nestas atividades. A
partir destas observações, discuti na minha dissertação de mestrado em
Educação Física, o seguinte tema: “O (Des) Encontro de Gênero na Ginástica
Rítmica: um estudo sobre Formação Profissional em Educação Física”; sob a
orientação da Prof.ª Dr.ª Roberta Gaio que foi, também, a idealizadora do
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projeto piracicabano intitulado “Ginástica Rítmica Popular” que, em 2015,
comemorou 25 anos de existência.
Nessas minhas participações, sinto desconfortos ao ver a Ginástica
Rítmica competitiva presa ao perfil do corpo padronizado, o qual deve repetir
os movimentos até a exaustão para buscar premiações e vitórias. Essas
atitudes, até hoje, me incomodam e me impulsionaram a atuar diretamente com
a formação dos (as) futuros (as) docentes em Educação Física para ensinar a
essência dessa sabedoria que é ser professor (a), ou seja, compartilhar com os
outros corpos as experiências afetivas, sociais, culturais, acadêmicas.
Hoje sou docente de ensino superior no curso de Licenciatura em
Educação Física, em São Paulo no qual tive e tenho a oportunidade de
ministrar as disciplinas de ginástica, atividades rítmicas e Dança, as quais
talvez sejam as que mais se preocupam com o corpo na sua totalidade, com a
corporeidade do (a) discente e a liberdade de expressão. Essas áreas também
são aquelas em que ocorrem minhas pesquisas, como projetos de iniciação
científica e extensão.
Foi a partir deste meu histórico que surgiu o desejo de fazer o doutorado
e ampliar meus conhecimentos. Encontrei na mesma universidade na qual atuo
como docente o doutorado em educação. Não é um doutorado específico em
Educação Física, mas é em Educação e, a Educação Física faz parte da
Educação, caso contrário, não seria denominada assim. Minha intenção inicial
era aprofundar-me nos estudos sobre a corporeidade e sobre as relações
destes estudos com a educação, pois a mesma parece que sempre
negligenciou este tema. Por conta, porém, de diversas circunstâncias, acabei
me dirigindo ao tema Dança e educação e, dentro dele ao recorte trabalhado
nesta pesquisa. Em 2012 e 2013 cursei algumas disciplinas como aluna
especial no PPGE da UNINOVE e, em 2014 ingressei como aluna regular,
inicialmente com a orientação do Prof. Dr. Manuel Tavares e co-orientação da
Prof.ª Dr.ª Mônica de Ávila Todaro. Ao conhecer o grupo de pesquisa
“Pedagogia do Corpo” idealizado pela professora Dr.ª Mônica de Ávila Todaro e
minha segunda orientadora, devido às coincidências de meus interesses com
as propostas do grupo de pesquisa, abracei a causa de continuar estudando o
corpo, e a corporeidade, na universidade, mas com novos olhares voltados à
valorização da cultura popular nos currículos de Dança. Tendo esta minha
17
orientadora deixado a UNINOVE, passei a ser orientada pelo Prof. Dr. Marcos
Antônio Lorieri. A esta altura, com todas as mudanças havidas, chegamos a
um consenso em relação ao meu projeto de pesquisa, sem abandonar de todo,
as preocupações centrais de meus interesses, ou seja, os estudos relativos aos
movimentos do corpo e suas relações com a educação. Resolvemos, então,
dadas as limitações de tempo, àquela altura, e dadas as minhas preocupações
com o ensino de Dança nos Cursos de Licenciatura em Educação Física
(ensino que desenvolvo), reelaborar meu projeto de pesquisa centrando-o no
tema e problema que, aqui, é apresentado.
O desenvolvimento desta pesquisa deve-se ao meu interesse pela
Dança de modo geral e, mais especificamente pela minha preocupação com a
presença da Dança nas escolas como elemento importante na formação das
novas gerações. A formação humana não se esgota, nem na formação para o
desempenho de atividades produtivas (ainda que importante e necessária),
nem, também, no seu importante e igualmente necessário desenvolvimento
intelectual que inclui o aprendizado de conhecimentos e o aprendizado de
produção deles e, nem mesmo, pode ser vista apenas como preparação para a
boa convivência e participação social. Há mais e igualmente importantes
aspectos que devem fazer parte dos processos formativos das pessoas. Dentre
eles os aspectos relacionados à sua sensibilidade (aspectos estéticos) e às
suas manifestações, incluindo, aí, as manifestações artísticas. Com relação a
estas últimas, a formação humana deve contemplar não apenas o seu
conhecimento, mas, também, a possibilidade de aprendizagens relativas ao
domínio de suas manifestações: se não todas, ao menos algumas delas. É
importante, para a realização do ser humano, que ele possa se expressar
cantando, ou tocando, ou desenhando, ou pintando, ou como ator (a), ou como
escultor (a), ou como produtor (a) de textos literários incluindo aí, poesias e,
também, podendo se expressar dançando. Assim como é importante e
necessário que ele possa fruir dessas manifestações artísticas. Para tudo isso
é preciso aprender: aprender a criar e aprender a fruir as produções próprias e
de outros (as).
Quando da minha formação no Curso de Educação Física, deparei-me
com algo que me chamou a atenção: a possibilidade de, como professora da
área, trabalhar conteúdos de atividades rítmicas e de Dança. Esta possibilidade
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é aberta pela legislação que indica, inclusive, que os Cursos de Licenciatura
em Educação Física devem oferecer preparo para este professor (a) poder
trabalhar com Dança na Escola.
A Dança sempre me interessou. Ela é o olhar para si e para o (a) outro
(a) em profundidade; é o toque mais sensível do humano que possibilita
transcender limites impostos ao corpo por conta de certos entendimentos
culturais que, aos poucos foram sendo rompidos e superados. A Dança é o
encontro com as nuances da sonoridade do ser e do universo. Pode-se dizer
que, em geral, a Dança é a arte de expressar o corpo ritmicamente ao som de
música e sem ela também.
Outra maneira de se dizer sobre a Dança é afirmar ser ela uma forma de
arte que consiste no movimento expressivo do corpo. Nem sempre ao som de
música (e isso, já é outra discussão). Movimentos que têm valor estético e
simbólico. Estético por manifestar, por meio dos movimentos corporais
ritmados, sensibilidades humanas em relação à realidade e ao próprio ser
humano e suas vivências. Simbólico pelo forte conteúdo significativo que
manifesta.
Além destes dois aspectos, a Dança pode ser uma forma de
divertimento para os (as) que a praticam e dela usufruem, comemoram, fazem
cerimônias ou rituais. Trata-se de uma manifestação do ser humano que o
complementa, juntamente com outras suas manifestações. Todas juntas o
completam. Faltando alguma, ele fica incompleto e, isso, não se pode querer.
Meu interesse pela Dança cresceu ainda mais quando me tornei
professora da disciplina Dança no curso de Licenciatura em Educação Física
da UNINOVE e, este fato, além de vir ao encontro de meus gostos e
interesses, despertou o desejo de saber a respeito do que se pensa sobre a
Dança na educação, sobre a presença desta disciplina nos cursos de
Licenciatura em Educação Física que preparam, também, os (as) professores
(as) de Educação Física para o trabalho com Dança em suas aulas e sobre
como é vista a disciplina Dança nestes cursos.
O interesse no tema da formação do (a) docente de Educação Física foi
objeto de minha dissertação de mestrado defendida em 2007 na UNIMEP com
o seguinte título: “(DES) ENCONTRO DE GÊNEROS NA GINÁSTICA
RÍTMICA: um estudo sobre Formação Profissional em Educação Física”. Como
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se vê, dentro deste tema já, me interessava problemas relacionados à
formação superior, às atividades rítmicas, nas quais se inserem a Dança.
Daí surgiu meu projeto de pesquisa, um recorte dentro de meus
interesses mais amplos, que tem como objeto a presença do componente
Dança nas propostas curriculares dos cursos de Licenciatura em Educação
Física e a identificação dos objetivos e conteúdos que têm sido trabalhados
neste componente curricular com vistas ao preparo do (a) professor (a) de
Educação Física para o trabalho com Dança em suas aulas.
No âmbito deste objeto, o problema de pesquisa posto foi o seguinte:
qual é a presença do componente Dança nas propostas curriculares dos cursos
de Licenciatura em Educação Física da Cidade de São Paulo e de alguns
desses cursos na Região Metropolitana de São Paulo e quais objetivos e
conteúdos têm sido desenvolvidos neste componente curricular com vistas à
formação de professores (as) de Educação Física que atuarão, também com a
Dança, na Escola?
Como desdobramento deste problema, algumas questões foram
levantadas e que serviram como guia na busca e na análise dos dados. Foram
elas: Como entender a Dança e sua relação com a educação? Como é vista a
Dança, nos documentos oficiais brasileiros, como conteúdo curricular na
Escola? Com que objetivos e conteúdos este componente curricular está
presente nos cursos identificados? Os objetivos e conteúdos das disciplinas de
Dança, mencionados nestes cursos, podem responder ou corresponder ao que
é considerado desejável na literatura pesquisada e nas indicações da
legislação oficial brasileira com relação à mesma?
A hipótese era de que, em poucos Cursos de Licenciatura em Educação
Física seria encontrada a presença da disciplina Dança e que, nesses poucos
cursos, a oferta da disciplina estaria bem distante das orientações legais e da
produção acadêmica a ela relativa.
Os objetivos da pesquisa eram e foram o de buscar constatar o nível
de presença da oferta da disciplina Dança nos Cursos de Licenciatura em
Educação Física das Instituições de Ensino Superior da Cidade de São Paulo e
o de buscar informações a respeito dos conteúdos trabalhados nesta disciplina,
nestes cursos, em especial se estes conteúdos estavam afinados com as
orientações legais a respeito e com, ao menos parte da bibliografia da área.
20
Além disso, outro objetivo foi o de buscar subsídios para as discussões a
respeito da formação do (a) professor (a) de Educação Física relativa ao seu
preparo para o trabalho com os conteúdos de Dança na Escola.
Trata-se de pesquisa qualiquantitativa, com combinação de pesquisas
bibliográfica e documental. Em um primeiro momento foi realizada pesquisa
bibliográfica e documental, seguida de busca de dados relativos aos Cursos de
Licenciatura em Educação Física, em especial em São Paulo, com vistas a
identificar a presença da disciplina Dança em suas propostas pedagógicas. A
pesquisa de campo analisou Planos de Ensino de Dança de Licenciatura em
Educação Física de seis IES da Cidade de São Paulo e mais duas da Região
Metropolitana.
Foi realizada uma revisão da literatura para verificar o que foi produzido,
nos últimos cinco anos, a respeito do tema ou a respeito de temas correlatos
ao da pesquisa contemplam algo relativo ao preparo dos (as) professores (as)
de Educação Física para o trabalho com a Dança na escola. Esta busca foi
feita nos sites das bibliotecas digitais de teses e dissertações da CAPES e de
algumas Universidades nas quais há a Licenciatura em Educação Física.
Foram encontradas as seguintes teses e dissertações, apresentadas pela
ordem do ano em que foram defendidas:
RENGEL, Lenira Peral. Dicionário Laban. Campinas: UNICAMP, 2001.
Dissertação (Mestrado) - Instituto de Artes da Universidade Estadual de
Campinas, Campinas, 2001.
PÉREZ GALLARDO, Jorge S. Discussões preliminares sobre os objetivos
de formação humana e de capacitação para a Educação Física escolar, do
berçário até a quarta série do Ensino Fundamental. Campinas: UNICAMP,
2002. Tese (Livre Docência) - Faculdade de Educação Física da Universidade
Estadual de Campinas, Campinas, 2002.
EHRENBERG, Mônica Caldas. A Dança como conhecimento a ser tratado
pela Educação Física Escolar: aproximações entre Formação e Atuação
Profissional. Campinas: UNICAMP, 2003. Dissertação (Mestrado) - Faculdade
de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2003.
21
GOMES, Antônio Sérgio Milani. Uma análise fenomenológica do Dançar nos
discursos dos formandos em Educação Física. São Paulo: São Judas
Tadeu, 2007. (Dissertação) Mestrado – Programa de pós-graduação stricto
sensu em Educação Física da Universidade São Judas Tadeu, São Paulo,
2007.
ALVARENGA, Arnaldo Leite de. Klauss Vianna e o Ensino de Dança: uma
Experiência Educativa em Movimento (1948 – 1990). Belo Horizonte: UFMG,
2009. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Educação e
Inclusão social da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas
Gerais, Belo Horizonte, 2009.
LAMBERT, Marisa Martins. Expressividade Cênica pelo Fluxo
Percepção/Ação: O Sistema Laban/Bartenieff no desenvolvimento somático e
na criação em Dança. Campinas: UNICAMP, 2010. Dissertação (Doutorado) -
Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2010.
MIYABARA, Renata Aparecida. Papel do conteúdo curricular Dança na
formação do licenciado em Educação Física. São Paulo: São Judas Tadeu,
2011. (Dissertação) Mestrado – Programa de pós-graduação stricto sensu em
Educação Física da Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, 2011.
LEITE, Flávia Regina. Melhoria do ensino de Dança na Educação Física
nas escolas municipais de Anápolis, Goiás, e nas universidades formadoras
de professores diante das dificuldades que enfrentam na atualidade. Asunción:
Universidade Americana, 2013. Dissertação (mestrado em educação) –
Faculdade Educacion Universidade Americana, Asunción, 2013.
Foram identificadas, ainda as seguintes publicações que tratam da
temática da Dança nos cursos de Licenciatura em Educação Física, o que
mostra o interesse pelo tema no âmbito dos estudos de Educação Física:
22
MUGLIA-RODRIGUES, Barbara; CORREIA, Roberto. Produção acadêmica
sobre Dança nos periódicos nacionais de Educação Física. Rev Bras Educ Fís
Esporte, (São Paulo) 2013 Jan-Mar; 27(1): 91-99.
PACHECO, Ana Julia Pinto. A Dança nos textos de Educação Física:
análise de uma produção. Anais do III EnFEFE - Encontro Fluminense
de Educação Física Escolar, 1999.
DUARTE, Dosmary de A. Fogaça. A evolução das atividades rítmicas e de
Dança no currículo do curso de educação física da Universidade Federal do
Paraná, 1943-1995. In: Coletânea do III Encontro Nacional de História do
Esporte, Lazer e Educação Física. Curitiba: DEF/UFPR, 1995, p.289-299.
KUNZ, Maria do Carmo Saraiva. Ensinando a Dança através da improvisação.
In: Motrivivência, ano 4, n. 5, 6 e 7, dez, 1994, p.167-169.
LEITÃO, Fátima C. do Valle & SOUSA, Iracema Soares de. O homem Dança ...
In: Motrivivência, ano 7, n. 8, 1995, p.250-259.
MIRANDA, Maria Luiza de Jesus. A Dança como conteúdo específico nos
cursos de educação física e como área de estudo no ensino superior. Revista
Paulista de Educação Física, v.8, n. 2, jul./dez, 1994, p.3-13.
NANNI, Dionísia. Dança...educação. Sprint, ano 14, n. 81, nov./dez, 1995, p.4-
13. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. A Dança no contexto da
sociedade e da escola. v. 2, n. 1, 1988, p.45-47.
SILVA, Monique Costa de Carvalho; ALCÂNTARA, Andressa Sheyene Moreira
de; LIBERALI, Rafaela; NETTO, Maria Ines Artaxo; MUTARELLI, Maria
Cristina. A importância da Dança nas aulas de Educação Física – revisão
sistemática. In: Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – v. 11, n.
2, São Paulo, 2012, p. 38-54.
23
Não foram encontrados trabalhos de pesquisa e publicações específicas
sobre o tema e o problema desta tese, a qual está organizada, além desta
Introdução, nos seguintes capítulos:
Capítulo 1, com o título: Dança, Corpo e Sociedade: Aspectos Históricos,
no qual são apresentadas algumas noções a respeito da Dança e um breve
histórico de sua presença na história da humanidade.
Capítulo 2, com o título: Dança e Educação, busca trazer contribuições de
pensadores (as) que se dedicaram a investigações a respeito da relação da
Dança com a educação. Esta pesquisa tem como foco a presença do
componente curricular Dança nos cursos de Licenciatura em Educação Física
que se destinam a formar professores (as) para a Escola. Daí a necessidade
de se analisar esta presença à luz de considerações teóricas a respeito do
reconhecimento da Dança na educação, em especial na Escola.
Capitulo 3, com o título: Dança nos cursos de Educação Física, traz
inicialmente informações a respeito do que diz a legislação educacional
brasileira a respeito da presença deste componente curricular nos referidos
cursos e, em seguida, os dados colhidos relativos à presença do mesmo nos
Cursos pesquisados.
Capítulo 4, com o título: Análise dos dados, no qual constam as análises dos
dados informados no capítulo anterior. Esta análise será feita a partir de
categorias originadas especialmente no que foi apresentado no capítulo 2 e,
também no que indicam as diretrizes para os cursos de Licenciatura em
Educação Física, conforme apontado no capítulo 3.
Por fim, as Considerações finais, referências bibliográficas, e anexos.
24
CAPÍTULO 1
DANÇA, CORPO E SOCIEDADE: ASPECTOS HISTÓRICOS.
Figura 1.
Linguagem do Movimento de Rudolf Laban Fonte: Disponível em
http://www.photographersdirect.com/buyers/stockphoto.asp?imageid=535443 Acesso em 24 de jun. de 2017.
25
1.1 A Dança e suas representações: Apontamentos Iniciais.
A Dança é o respirar mais puro; é o sabor mais doce; reflete o que ouve,
principalmente das músicas, sejam elas eletrizantes ou suaves como a
natureza; é ver além dos olhos; é o tocar nas esferas mais profundas do
humano; é o sentir mais profundo; é um vendaval de emoções; é desvincular
das regras e ironias para expressar suas verdadeiras emoções; é usar todos os
sentidos para dizer algo.
A Dança é o encontro com a identidade rítmica buscando as nuances da
sonoridade do ser e do universo, é a arte de expressar o corpo ritmicamente ao
som de música. Entretanto, não há pontual obrigatoriedade para se ter um
acompanhamento musical.
A arte de dançar consiste em selecionar os movimentos expressivos do
corpo, tangenciado por valores estéticos e simbólicos. Estético por manifestar
os movimentos corporais ritmados, sensibilidades humanas em relação à
realidade e ao próprio ser humano e suas vivências. Simbólico pelo forte
conteúdo significativo que manifesta.
Além destes dois aspectos, a Dança pode ser uma forma de
divertimento para os que dela usufruem, comemoram, celebram cerimônias ou
rituais. Trata-se de uma manifestação cultural do ser humano, podendo ser
considerada uma das mais antigas expressões artísticas.
A Dança depende majoritariamente do corpo e da vitalidade humana
para cumprir sua função, expressar sentimentos e experiências subjetivas.
Garaudy (1980, p. 13) sumariamente consubstancia os significados da Dança:
A Dança é um modo de existir. Não apenas jogo, mas celebração, participação e não espetáculo, a Dança está presa à magia e à religião, ao trabalho e à festa, ao amor e à morte. Os homens dançaram todos os momentos solenes de sua existência: a guerra e a paz, o casamento e os funerais, a semeadura e a colheita.
Antes de ser arte e espetáculo, a Dança celebra a existência do ser que
convive com a natureza, a sociedade e seus deuses, engendrando mistérios de
origem humana e divina, assim:
26
Em tempos remotos, por meio da Dança o homem identificava-se com os ritmos da natureza. Reconhecia e imitava os movimentos e as forças nela presentes. Mais do que apenas expressão e celebração da íntima relação entre homem e natureza, a Dança evoca nas suas origens um caráter comunitário, ligado a todos os aspectos da sobrevivência do grupo, seja no trabalho, seja no culto explícito aos deuses (OSTETTO, 2006, p. 70).
Scarpato (1999) caracteriza a Dança, especialmente nas sociedades
atuais, como uma das expressões mais significativas da humanidade. Portanto,
ao estar presente nos desdobramentos das sociedades, a Dança sempre
exprimiu significados e diante dos diferentes contextos históricos, se
ressignificou como ritual, expressão popular, profissão, arte e espetáculo,
cultura, lazer e entretenimento.
Pellegrini (2007, p. 1), por sua vez, considera a Dança como parte da
linguagem humana, suas manifestações acompanham a cultura das
civilizações pelos séculos, ou seja, são inúmeros e de variadas formatos os
relatos simbólicos registrados pelos diferentes povos, entretanto, a autora
ressalta que: “Sua história na cultura ocidental é objeto de significativas
pesquisas, apesar do caráter recente do interesse institucional sobre essa
temática”.
O significado da Dança vai além da mera repetição de movimentos
técnicos, podendo ser compreendida, apreciada e vivenciada como meio para
adquirir conhecimentos, opção de lazer, fonte de prazer, desenvolvimento da
criatividade, linguagem e importante forma de comunicação.
Paviani (2011, p. 2), sobre os dizeres de Platão a respeito da Dança,
assim se refere:
A Dança é muito mais do que a arte do movimento físico. Sendo gesto, linguagem corporal, expressão artística, manifestação social, mais do que pôr o corpo humano em movimento, a Dança é o próprio movimento que nasce do corpo. Assim, no sentido originário, o corpo é a origem da Dança, do canto, da música. Ele é o prolongamento da consciência no mundo. A impressão comum de que o corpo é motivado por apelos musicais externos é simplesmente ilusória. Na realidade, só pensamos desse modo porque perdemos a compreensão original das relações entre a mente, o corpo e o mundo, e nos deixamos iludir por essa percepção externa ao fenômeno que separa corpo, consciência e Dança.
27
Além disso, a Dança nunca é apenas Dança no sentido trivial e comum do termo. Desde sua gênese, ela é corporeidade, movimento, expressão, canto, música, poesia e, portanto, também forma de culto, manifestação social e religiosa, forma artística e comunicação universal. Por isso, a Dança, quando entendida como expressão radical do ser humano, devolve-nos os sentidos da presença humana no mundo, nas relações com os outros e com as coisas.
Corpo e Dança são inseparáveis, sendo assim, torna-se impossível
abordar a Dança sem mencionar o corpo, pois desde os tempos primitivos os
corpos já dançavam, interagiam e se expressavam. Essa relação corpo-Dança
tem sido estudada, sob diversas perspectivas, como, por exemplo, a filosófica,
a sociológica, a antropológica, educacional, entre outras.
Sob o viés filosófico, a Dança é compreendida como uma das
expressões da sensibilidade humana, assim como a música, as artes plásticas,
a literatura, as artes cênicas. Como expressão da sensibilidade humana, as
abordagens filosóficas situam-se especialmente no campo da Estética. Este é o
campo ou a área da investigação filosófica que busca entendimentos e
significações para o fato de os seres humanos serem sensibilizados, de alguma
maneira, pelo que existe ou ocorre na realidade de que fazem parte.
Os seres humanos são afetados pelas coisas, pelos seres, por suas
manifestações, pelas demais pessoas, pelas relações que estabelecem com a
natureza e com seus semelhantes e, ainda, pelas próprias manifestações da
sensibilidade humana, assim, são influenciados pelo estímulo e, portanto,
sensibilizam-se pelas mais diversas manifestações artísticas, sendo a Dança
uma dessas.
A Dança expressa aspectos da sensibilidade humana e, ao fazê-lo,
comunica aos outros seres humanos esta sensibilidade. Torna-se, então, uma
forma de linguagem.
No tocante à estética, recorremos as proposições de Severino (2001), ao
estabelecer um diálogo capaz de abrigar dentro da mesma esfera as vivências
prazerosas provocadas pelo corpo, ou seja, é factível constatar que o estético
se refere a sensibilização do ser humano, seja ele tocado pelo prazer ou
desprazer.
O desprazer é algo que afeta o ser humano e que pode ser expresso por
diversas artes. Vejam-se as pinturas que expressam algum tipo de sofrimento
28
ou algum fato histórico doloroso, como é o caso da famosa pintura de Picasso,
Guernica, das grandes composições musicais como as de Mozart, de Verdi, ou
até mesmo das missas de Réquiem.
Severino (2014) nos alerta para o fato de que a Filosofia não é restrita
apenas à dimensão cognitiva do ser humano, pois busca entendimentos sobre
os aspectos valorativos e, dentre esses, não apenas os relativos à moral ou à
ética, mas, também, os relativos aos valores estéticos. O autor considera que:
Delineia-se assim uma expansão do território da nossa subjetividade, que tem um amplo espectro de modos de nos colocar em relação com o mundo que nos envolve. Nós conhecemos os objetos que constituem o mundo pela mediação dos conceitos, construídos pela nossa consciência cognitiva; mas nós também avaliamos todos os objetos, todas as situações, mediante nossa consciência valorativa. Os valores estéticos são aqueles que vivenciamos ligados a nossa sensibilidade integrada, corpórea e mental, eles expressam qualidades vinculadas aos nossos sentimentos nascidos da própria vivência de nossa condição corporal. Vivenciamos esses valores naquelas experiências que têm nos sentidos do corpo uma mediação mais intensa, experiências estas que chamamos de estéticas, justamente por nascerem da sensibilidade (SEVERINO, 2014, p. 298).
Vivenciamos essas experiências, diz ele, mas também, as manifestamos
por meio de diversas formas. Uma delas é a forma da Dança. Com relação à
Dança, Paviani, ao comentar textos de Platão do seu Diálogo Leis (leis é um
diálogo do livro), diz o seguinte:
É próprio do ser humano, da cultura e da sociedade que cada
geração crie novas formas de expressão e de comunicação,
respeitando e recriando as formas tradicionais. Também é
próprio da educação buscar o desenvolvimento de todas as
potencialidades humanas. Tendo em vista esses princípios, a
educação estética da sensibilidade e a educação da
corporeidade, a Dança, desde os primórdios da civilização e
das culturas primitivas são momentos significativos da
civilização e meios expressivos do ser humano. A Dança é
muito mais do que a arte do movimento físico. Sendo gesto,
linguagem corporal, expressão artística, manifestação social,
mais do que pôr o corpo humano em movimento, a Dança é o
próprio movimento que nasce do corpo. Assim, no sentido
originário, o corpo é a origem da Dança, do canto, da música.
Ele é o prolongamento da consciência no mundo. A impressão
29
comum de que o corpo é motivado por apelos musicais
externos é simplesmente ilusória. Na realidade, só pensamos
desse modo porque perdemos a compreensão original das
relações entre a mente, o corpo e o mundo, e nos deixamos
iludir por essa percepção externa ao fenômeno que separa
corpo, consciência e Dança (PAVIANI, 2011, p. 2).
Vivenciamos as experiências estéticas com o corpo, que
simultaneamente é consciência. Por sua vez, essas experiências podem se
expressar em forma de Dança, pois quem Dança é o corpo-consciência, vindo
a romper com os paradigmas das fragmentações, polarizações e dualidades
impostas ao longo dos séculos entre a mente pensante e o corpo sujeito.
Ao se entender o ser humano de maneira dual como corpo e mente,
corpo e alma, ou ainda como corpo e espírito, e mesmo ao considerar que
estas duas dimensões são responsáveis por constituir tão intimamente o ser
humano, ainda assim a dimensão da mente, espírito ou da alma é
compreendida como superior, ao privilegiar as manifestações do intelecto ou do
espírito em detrimento das manifestações do corpo, subjugando-o como inferior
ou mero executor de tarefas.
Será com a filosofia moderna, a partir do Século XIX, em especial com
Nietzsche e, posteriormente, já no Século XX, com Merleau-Ponty, que
reflexões começarão a emergir sobre a consideração e a primazia do corpo.
Melani (2012, p. 72) atribui enorme significado ao corpo, ao tratá-lo como
sendo capaz de agregar multiplicidade de fontes de produção e de expressões.
Nas suas palavras: “O corpo é uma razão em ponto grande. (...) Instrumento do
seu corpo é também a sua razão pequena, a que você denomina espírito: um
instrumentozinho e um brinquedinho de sua grande razão”.
Nos ensaios produzidos por Merleau-Ponty, há um vasto conjunto de
questionamentos sobre o corpo. Uma de suas principais obras “Fenomenologia
da Percepção”, publicada em 1945, vem despertando a atenção de inúmeros
pesquisadores (as), até os dias atuais, produzindo análises interessantes como
as de Nóbrega (2008, p. 142) que constam no artigo “Corpo, percepção e
conhecimento em Merleau-Ponty” do qual foi retirado este comentário a
respeito de uma citação do autor:
30
A experiência perceptiva é uma experiência corporal. De acordo com Merleau-Ponty (1945/1994) o movimento e o sentir são os elementos chaves da percepção, desse modo: A percepção sinestésica é a regra, e, se não percebemos isso, é porque o saber científico desloca a experiência e porque desaprendemos a ver, a ouvir e, em geral, a sentir, para deduzir de nossa organização corporal e do mundo tal como concebe o físico aquilo que devemos ver, ouvir e sentir. Desaprendemos a conviver com a realidade corpórea, com a experiência dos sentidos, pois privilegiamos uma razão sem corpo. No entanto, a percepção, compreendida como um acontecimento da existência, pode resgatar este saber corpóreo.
A chamada de atenção, aqui, é sobre o que ocorreu na tradição
ocidental que desaprendeu a ver, a ouvir e a sentir. Houve um desaprender do
saber corpóreo. Este saber deve ser recuperado e, com ele, a recuperação do
prestígio do corpo e de suas múltiplas possibilidades, inclusive as expressivas.
Dentre elas a expressividade do corpo por meio da Dança. No fundo, o que
este filósofo indica é que o corpo é o grande veículo para as manifestações do
humano. Não apenas veículo, mas a fonte original de toda a expressão
humana. Diz ele, apontando uma crítica à tradição que identificava o originário
das expressões humanas no pensamento ou na alma e insistindo em que este
originário é o próprio corpo, ou a corporeidade:
Observou-se sempre que o gesto ou a palavra transfiguravam o corpo, mas todos se limitavam a dizer que ambos desenvolviam ou manifestavam outra força, pensamento ou alma. Não se via que, para poder exprimi-lo, o corpo deve, em última análise, tornar-se o pensamento ou a intenção que significa para nós. É ele que mostra, ele que fala eis o que aprendemos neste capítulo (MERLEAU-PONTY, 1971, p. 207).
Estas palavras estão no final do Capítulo VI da obra “Fenomenologia da
Percepção” que tem como título: “O corpo como expressão e a fala”. Chama à
atenção a afirmação de que o corpo deve tornar-se a intenção, pois é ele que
fala, é ele que mostra.
São palavras que veem a calhar com muitas das novas ideias que
voltam à cena no Século XX relativas à Dança as quais apontam ser esta arte
fundamentalmente uma arte de manifestação no corpo, nos seus movimentos,
do que os seres humanos querem e precisam dizer. Dizer, nesta linguagem
gestual/corporal. Na verdade, as manifestações nas várias línguas faladas são
31
feitas, também, no corpo. Estamos evitando aqui dizer que estas
manifestações se fazem “por meio” do corpo como forma de evitar dizer que
ele é apenas um instrumento de algo além dele, seja o espírito ou a alma. As
manifestações fazem-se no corpo, até porque, o espírito ou o que se denomina
alma é, fundamentalmente corpo para esta visão.
A Dança, nesta perspectiva, deve ser vista como uma linguagem
artística do corpo, tão necessária como qualquer outra forma de linguagem.
Todas as linguagens são importantes e “todas elas devem ser consideradas”,
conforme diz Baptista (2005, p. 27) que também recorre, neste livro, a Merleau-
Ponty e a outros (as) pensadores (as) como Jorge Luis Borges, do qual cita
uma entrevista. A partir de uma resposta à pergunta sobre por que viajava
tanto, se ficara cego, Baptista reafirma o que disse sobre as linguagens assim:
“O que devemos aprender com Borges? Que todas as linguagens são
igualmente importantes”. (Idem, p. 17).
No âmbito da Sociologia, mais recentemente, algumas abordagens
interessantes sobre a Dança têm ampliado esta compreensão a respeito da
Dança, como é o caso de Medina e outros autores que dizem o seguinte: “A
Dança, portanto, pode ser entendida como uma forma de movimento
elaborado, que fornece elementos ou representações da cultura dos povos,
sendo considerada uma manifestação dos hábitos e costumes de uma
determinada sociedade” (MEDINA et al, 2008, p. 100).
Os (as) mesmos (as) autores (as) ampliam esse olhar sobre a Dança da
seguinte maneira:
Durante décadas, a humanidade estabeleceu um contato direto entre sua Dança e as representações na sociedade, traduzindo necessidades, anseios e transformações, como também a forma de manifestação das suas crenças, suas religiosidades e tradições. O homem, como ser social, utiliza-se dessa forma de expressão para representar uma cultura, porém, esse processo não necessariamente inclui, em sua reflexão, mecanismos integrantes necessários para a formação das instituições sociais nas quais está inserido (MEDINA et al, 2008, p. 100).
Estas ideias a respeito do corpo e sobre uma de suas manifestações, a
Dança, não são aceitas tranquilamente nem mesmo após Nietzsche, Merleau-
Ponty e outros (as) pensadores (as), artistas ou não, que chamaram a atenção
devida.
32
Estas considerações iniciais tiveram como objetivo situar um pouco o
universo de compreensão a respeito da Dança como uma forma relevante de
expressão do ser humano que se faz por meio do seu corpo em determinados
movimentos.
A seguir, algumas informações que mostram a fortíssima presença da
Dança nas maneiras de ser dos seres humanos ao longo da história indicando
ser esta arte antiquíssima e expressiva, intrinsecamente ligada às suas vidas.
1.2 Panorama Histórico da Dança.
Não se pode desvincular a Dança do corpo e vice-versa. Como foi
afirmado, “a Dança é o próprio movimento que nasce do corpo”, na citação de
Paviani, feita anteriormente. Daí se optar por registar nos subtítulos, a seguir, a
expressão “corpo-Dança”.
1.2.1. Corpo-Dança na Pré-História.
Há estudos que mostram a presença da Dança em épocas primitivas,
assim como há registros pictóricos de corpos dançando, como os da imagem
abaixo, encontrados em várias cavernas.
Figura 2. Representação de figuras encontradas nas cavernas.
Fonte: Disponível em http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,ERT155193-15224-155193-3934,00.html Acesso em 5 de out. de 2016.
33
“(...) os primeiros registros de movimentos do corpo – de expressões
corporais – datam de 14.000 anos atrás” (MAGALHÃES, 2005, p. 1).
Expressões corporais sempre ligadas às vivências humanas, como no caso
dos povos primitivos que Dançam representando as ou referindo-se às suas
experiências com a caça, por exemplo, como diz Magalhães (2005, p. 1):
O homem pré-histórico, da era Paleolítica, era predador. A sua subsistência era mantida através de caça, pesca e coleta. O homem era lançado ao destino, os animais, objetos de sua caça e difíceis de serem vencidos, condicionavam a sua sobrevivência fornecendo o alimento, a pele para sua roupa e os chifres para a manufatura de instrumentos. O homem Paleolítico vivia em função dos animais e, portanto, a sua Dança se referia a eles.
Além disso, as Danças refletiam crenças em seres superiores e em
espíritos que presidiam a natureza e a eles as Danças também se referiam: “...
a Dança leva e eleva os homens a um plano superior a si mesmo. Através de
giros em torno de si entram em êxtase e acreditam se comunicar com os
espíritos” (MAGALHÃES, 2005, p. 2).
Nestes casos, a Dança expressa busca de relações para além da
natureza, atingindo o céu, o sagrado. Aqui as Danças se encontram no centro
dos rituais e das consagrações à busca por novos horizontes. Muitas vezes ela
é indicativa de compromissos assumidos, seja os de um matrimônio, os do fim
de uma guerra, ou ainda indicam a celebração do sucesso em uma caça ou em
uma vitória na guerra.
Inscrições em cavernas são registros que mostram a existência de
expressões corporais na forma de Dança, nas sociedades primitivas, como o
mostra Magalhães (2005, p. 2);
(...) na gruta de Trois-Frères, que se encontra próxima a Montes quiou - Avantes, também na França, apesar de se encontrar isolada de outras representações, nos mostra além dos movimentos, vestimentas que nos sugerem o caráter da Dança que não difere do caráter sagrado que ela tem nos dias de hoje.
34
Figura 3.
Figuras de corpos nas cavernas.
Cristina Charão (2002, p. 1) no seu artigo publicado na revista Galileu
comenta que “A mais antiga imagem da Dança, datada de 8300 a. C., foi
encontrada em pinturas de uma caverna na província de Lérida, na Espanha.
Mostra nove mulheres em torno de um homem despido, indicando ritual de
fertilidade”.
Figura 4. “Pintura rupestre de Lérida, Espanha, uma das mais antigas encontradas, cerca de 8300 mil
anos a. C., representa uma Dança num ritual de fertilidade”. (Cristina Charão, 2002, p. 1).
35
As histórias da Dança e do corpo se complementam e estão
significativamente representadas nas pinturas pré-históricas, mostrando que
esses locais eram habitados e, ao se constituírem enquanto grupos registraram
seus próprios corpos durante os rituais, com movimentos expressivos que
podem ser interpretados como Danças primitivas.
1.2.2. Corpo-Dança na Idade Antiga.
A denominada Idade Antiga abrange, de acordo com certa classificação,
o período histórico que envolve, além de outras, as civilizações gregas e
romanas.
Há registros, por exemplo, na tradição hebraica (anterior, portanto, às
civilizações gregas e romanas). Dentre estes registros foram selecionados os
que seguem. São registros constantes na Bíblia, vista aqui, como um
documento histórico. No livro do Êxodo (15-16, c 15, v 19, 20 e 21) encontra-se
a seguinte passagem:
Quando a cavalaria do Faraó entrou no mar com seus carros e cavaleiros, Javé fez voltar sobre eles às águas do mar, enquanto os filhos de Israel caminharam a pé enxutos pelo meio do mar. A profetisa Maria, irmã de Aarão, pegou tamborim, e todas as mulheres a seguiram com tamborins, formando coros de Dança. E Maria entoava: Cantem a Javé, pois sua vitória é sublime: ele atirou no mar carros e cavalos.
No mesmo livro da Bíblia, outra passagem:
Quando se aproximou do acampamento e viu o bezerro e as Danças, Moisés ficou enfurecido, jogou as tábuas e as quebrou no pé da montanha. Pegou o bezerro que haviam feito, o queimou e moeu até reduzi-lo em pó. Depois espalhou o pó na água e fez os filhos de Israel beberem (BÍBLIA, s./d., ÊXODO 32, c 32, v 19 e 20).
No Livro Samuel (c 6, v 14, 15, 16, 20 e 21), outra passagem sugestiva
que revela a presença forte da Dança:
Davi Dançava com todas as suas forças diante do Senhor, cingido comum éfode de linho. O rei e todos os israelitas conduziram a arca do Senhor, soltando gritos de alegria e tocando a trombeta. Ao entrar a arca do Senhor na cidade de Davi, Micol, Filha de Saul, olhando pela janela, viu o rei Davi
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saltando e Dançando diante do Senhor, e desprezou-o em seu coração (...). Voltando Davi para abençoar a família, Micol, filha de Saul, veio-lhe ao encontro e disse-lhe: Como se distinguiu hoje o rei de Israel, dando-se em espetáculo às servas de seus servos, e descobrindo-se sem pudor, como qualquer um do povo! – Foi diante do Senhor que dancei, replicou Davi; diante do Senhor que me escolheu e me preferiu a teu pai e a toda a tua família, para fazer-me o chefe de seu povo de Israel. Foi diante do Senhor que dancei.
Em um Manuscrito Bíblico Medieval encontra-se a figura abaixo
representando o que nela é denominado de a Dança de Miriam, ou Mirim. Na
figura percebem-se as vestimentas, algo como uma apresentação e pessoas
aplaudindo ou acompanhando com palmas o ritmo.
Figura 5. Imagem Manuscrito Bíblico Medieval com a Dança de Miriam.
Fonte: Disponível em http://crisbaiao.blogspot.com.br/2011/06/Dança-na-evangelizacao_30.html Acesso em 18 de abr. 2015.
Na Grécia Platão e Aristóteles manifestaram-se sobre a Dança, pelo fato
de estarem diretamente vinculadas ao cotidiano da vida grega, integrando os
ritos religiosos, cerimônias cívicas, celebrações, bem como no treinamento
militar e na educação de crianças e jovens.
É possível mapear de forma satisfatória, embora não exata ou definitiva, as Danças praticadas na cultura grega, pois se fez presente desde sempre. A Dança na cultura grega fazia parte do cotidiano dos homens. Estava nos ritos religiosos, nas cerimônias cívicas, nas festas, fazia parte da educação das crianças, do treinamento militar. Mas, teve sua primeira manifestação como ato ritual, cerimonial. (MAGALHÃES, 2005, p. 2).
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Com relação a Platão, já na Grécia antiga, Paviani (2011) diz ser
relevante retomar suas ideias, de um lado para se puder constatar este valioso
testemunho histórico relativo ao mérito dado a Dança àquela altura (Século IV
a. C) e, de outro para possibilitar uma comparação entre o que se pensava
sobre a função educativa das artes em geral e da Dança em particular, com o
que compreendemos hoje. No diálogo As Leis, no Livro II, diz Paviani, Platão
apresenta considerações sobre o “caráter educativo, moral, religioso e político”
(2011, p. 2) da Dança, juntamente com a música, a participação nos corais ou
no coro. O coro “era formado por grupos que executavam uma Dança
acompanhada de canto” (PAVIANI, idem, p. 4). Um excerto significativo do
Diálogo As Leis é o que segue abaixo no qual a Dança é mencionada
explicitamente por Platão como um caminho educativo:
O que ele assevera é que, quase sem exceção, todos os indivíduos jovens são incapazes de conservar seja o corpo seja a língua imóvel, estando tais jovens sempre procurando incessantemente se mover e gritar, saltando, pulando e se deliciando com Danças e jogos, além de produzirem ruídos de todo naipe. Ora, enquanto todos os outros animais carecem de qualquer senso de ordem ou desordem nos seus movimentos (o que chamamos de ritmo e harmonia), a nós os próprios deuses, que se prontificaram como já o dissemos em serem nossos companheiros na Dança, concederam a agradável percepção do ritmo e da harmonia, por meio do que nos fazem nos mover e conduzir nossos corpos, de modo que nos ligamos mutuamente mediante canções e Danças; e o nome coro provém do júbilo que dele extraímos (PLATÃO, 2016, p. 104).
Após algumas trocas de ideias entre os personagens deste trecho do
diálogo mencionado, consta esta afirmação de Platão: “... o homem bem-
educado tem capacidade tanto de cantar quanto de dançar bem” (PLATÃO,
2016, p. 104). Após Platão, Aristóteles é outro filósofo grego (Século IV a. C)
que também diz algo sobre a Dança, aliás, muito pouco. De qualquer maneira
ele a menciona como uma das formas de arte que, como toda arte, tem seu
valor na vida das pessoas.
Estudiosos da história da Dança como Magalhães (2005) apontam a
reconhecimento que a Dança teve para os gregos que a ligavam aos deuses.
Os deuses foram os que ensinaram os homens a dançar, segundo
Homero, por exemplo.
Consoante Homero, a Dança foi ensinada aos mortais pelos deuses para que aqueles os honrassem e os alegrassem; foi
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em honra ao deus Dionísio que apareceram os primeiros grupos de Dança e foram compostos os primeiros Ditirambos. As pessoas que participavam dos Ditirambos travestiam-se em Sátiro, semideus representado por um ser meio homem meio animal, que durante o ritual evocava o deus cantando e Dançando. Os gregos consideravam a Dança como dom dos imortais e como um meio de comunicação entre os homens e os deuses. Vários autores e filósofos clássicos consideram que as características dos deuses eram a ordem e o ritmo e que estas eram também características das Danças em seu louvor. Logo, não havia celebração sem Dança, pois esta era o melhor meio de se agradar, honrar e alegrar um deus (MAGALHÃES, 2005, p. 3).
É de Magalhães, ainda, esta observação reportando-se ao já citado
Diálogo As Leis, de Platão. Nela, o autor menciona o interesse da Dança para
os gregos em geral como importante recurso na formação das pessoas.
Sócrates, um dos grandes filósofos gregos, através de Platão em Leis VII, considerou a Dança como a atividade que formava o cidadão por completo. A Dança daria proporções corretas ao corpo, seria fonte de boa saúde, além de ser ótima maneira de reflexão estética e filosófica, o que a faz ganhar espaço na educação grega. O homem grego não separava o corpo do espírito e acreditava que era o equilíbrio entre ambos que lhe trazia o conhecimento e a sabedoria (MAGALHÂES, 2005, p. 3).
Cabem, ainda, alguns registros relativos à Dança entre os Romanos,
como este de Diniz e Santos (2008, p. 6 e 7) reportando-se ao Século VI a. C.:
Roma foi dominada pelos Etruscos; assim, as Danças eram de origem agrária. Mas, podemos destacar também as Danças guerreiras (costume entre os Salinos) celebradas amplamente durante a primavera, e em honra a Marte, deus da guerra, ou seja, ainda nessa época encontra-se a Dança sagrada.
Mas, a Dança não teve ao longo do Império Romano, quase nenhum
prestígio como dizem ainda Diniz e Santos (2008, p. 7):
A população era basicamente de soldados em Roma, onde desprezava-se a Dança, considerando-a incompatível com o espírito do povo conquistador, então degradaram a Dança como fizeram com a poesia, a escultura e a filosofia. A maior parte do povo surgia nas enormes arenas, por exemplo, no Coliseu e no Circus Maximus, para ver gladiadores lutando com animais ferozes; isso sim era arte.
Daí os poucos registros em relação a este momento da história. Mas,
talvez uma busca mais acurada possa mostrar a presença da Dança em
diversas situações da vida deste povo.
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1.2.3. Corpo-Dança na Idade Média.
A Idade Média, na Europa, foi dominada pelo Cristianismo e teve, no
interior desta religiosidade, forte presença de intelectuais como foi o caso de
Agostinho, no Século IV e de Tomás de Aquino, bem mais tarde, no Século
XIII.
De Agostinho, são interessantes as considerações sobre o corpo regado
de sentidos e instintos humanos. Famosa é uma “Oração da Dança” a ele
atribuída e que circula na internet. Não foi possível obter certificação de que
realmente Agostinho a tenha escrito. Mas, pelo conteúdo que nela consta,
resolvemos registrá-la visto aí estarem presentes ideias interessantes relativas
à Dança:
Louvada seja a Dança, Ela libera o homem Do peso das coisas materiais, Para formar a sociedade. Louvada seja a Dança, Que exige tudo e fortalece A saúde, uma mente serena E uma alma encantada. A Dança significa transformar O espaço, o tempo e o homem. Que sempre corre perigo De perder-se ou somente cérebro, Ou só vontade ou só sentimento. A Dança, porém, exige O ser humano inteiro, Ancorado no seu centro, E que não conhece à vontade De dominar gente e coisas, E que não sente a obsessão De estar perdido no seu ego. A Dança exige o homem livre e abert Vibrando na harmonia de todas as forças. Ó homem, ó mulher aprenda dançar Senão os anjos no céu Não saberão o que fazer contigo.
Vale ressaltar que, nestes dizeres, além do mérito dado à Dança,
aponta-se que é notável, nela, a exigência de um “ser humano inteiro,
ancorado no seu centro” e que para Dançar, há necessidade de um ser
humano livre, vibrante e sensível. Além disso, há aí, uma convocação para que
todos (as) dancem: “Ó homem, ó mulher aprenda Dançar, senão os anjos no
céu não saberão o que fazer contigo”.
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Apesar destes dizeres, possivelmente remetidos à Idade Média, a Dança
não foi valorizada, nesta época, pela Igreja Católica que detinha enorme poder
sobre as populações. Isso por conta de sua doutrina que privilegiava as
chamadas “coisas do espírito”. O corpo e seus movimentos, especialmente nas
Danças, era visto como um desvio daquelas coisas do espírito, como um
convite ao pecado. Neste sentido, afirmam Diniz e Santos (s./d., p. 6) que: “A
Dança perdeu sua força nessa atmosfera de suspeita em relação ao corpo. A
partir do século IV, com os imperadores ditos ‘cristãos’, o teatro e a Dança
foram condenados”. Mas, ainda segundo estas duas autoras, a Dança
continuava a existir na tradição popular, mesmo que proibida:
O batismo era recusado aos que atuavam no circo ou na pantomima. E 398, no Concílio de Cartago, os que iam ao teatro nos dias santos foram excomungados. Mesmo no século XVII, na França, os comediantes ainda não podiam ser enterrados no "campo santo". A tradição popular, no entanto, é tão forte que até o século XII a Dança, sob a forma de rondas que acompanhavam os salmos, fez parte da liturgia. A partir do século XII, a Dança foi banida (DINIZ E SANTOS, s./d., p. 6).
Mesmo banida, porém, pode-se ver que há a sua presença em diversos
rituais, a ponto de merecer registros como no belo trabalho artístico de ‘Nicolas
Poussin’ chamado de "Dança da Música do Tempo":
Figura 6.
"Dança da Música do Tempo", Nicolas Poussin, 1640. Fonte: Disponível em http://artemazeh.blogspot.com.br/2015/03/nicolas-poussin-o-pintor-
filosofo.html Acesso em 10 de set. 2016.
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A maneira de pensar dominante na Idade Média, talvez tenha
influenciado as ideias de Tomás de Aquino, seu maior pensador do Século XIII.
Dele não há registros de falas sobre a Dança, ainda que tenha sido um filósofo
e teólogo que, seguindo as trilhas de Aristóteles, apresentou considerações
sobre o corpo como constituindo essencialmente ao ser humano juntamente
com a alma.
Os Séculos XIV e XV marcaram o grande caminho para a modificação
das maneiras de viver (dentre outras) na Europa e, por consequência, no
Ocidente da época. Inicia-se o chamado Renascimento.
1.2.4 Corpo-Dança no Renascimento.
Na Idade Média, como visto, não houve a presença “permitida” da
Dança, mas houve sua manifestação em comunidades pagãs que adoravam a
natureza por meio de bênçãos e gratificações dos (as) camponeses (as) em
forma de Danças, festejando pelos alimentos recebidos. O que era considerado
pela igreja católica, demoníaco e vulgar.
Já no Renascimento, nasce uma nova cultura emergente que permite a
criação artística, também por parte da aristocracia e que se propaga
progressivamente. Isso rompe com a tradição medieval e, no caso da Dança,
ela é considerada uma atração enfaticamente criativa. Isso se deve, também, a
uma nova concepção sobre o corpo e, por decorrência sobre seus movimentos.
Estudiosos (as) da história da Dança como Bourcier em sua obra sobre
A História da Dança no Ocidente traz informações interessantes sobre as inter-
relações das Danças da Corte (ou seja, da aristocracia) com o Renascimento
ao dizer que, “Enquanto na França as desventuras públicas impunham, durante
os séculos XIV e XV, uma semi-estagnação à evolução cultural, a Itália
passava por sua Renascença com o Quattrocento” (2006, p. 63). Isto é, havia
um olhar interessado pelo que ocorriam nos anos do Século XV, os anos de
1.400 em diante. Nestes anos há, especialmente na Itália, grande
desenvolvimento das artes em geral e, no bojo dele, também da Dança. Daí
este autor afirmar: “No campo do pensamento e das artes, a Renascença
francesa passa pela Renascença italiana. Para compreender a evolução da
coreografia na França do século XVI, é preciso examinar a do Quattrocento”
(BOURCIER, 2006, p. 63).
42
Outro autor, Nunes (2015, p. 50) em sua dissertação intitulada, ‘As
Danças de corte francesa de Francisco I a Luís XIV: História e Imagem’ diz
que: “Muitos dos reis franceses (...) tiveram uma forte ligação com as artes ou,
mais especificamente, com a Dança como Francisco I, Henrique III e Luís XIV”.
A valorização da Dança, no âmbito das classes dirigentes dos países
líderes da Europa, nesta época, acompanha a reação contrária à visão
dominante na Idade Média relativa ao corpo e seus movimentos. “No mundo
Renascentista em vias de secularização, as artes que estavam até então a
serviço da Igreja, tornaram-se símbolo de riqueza e poder” (DINIZ e SANTOS,
s./d., p. 7). E as mesmas acrescentam: “Temos como exemplo no século XV,
na Itália, o Ballet que nasceu do cerimonial da corte e dos divertimentos da
aristocracia” (DINIZ e SANTOS, s./d., p. 7).
A imagem seguinte, desta época, mostra aspectos iniciais, por exemplo,
do Ballet. Trata-se uma pintura clássica e sensível que envolve várias pessoas
Dançando dentro de um cenário que representa um dia agradável de sol entre
montanhas e áreas verdes;
Figura 7.
Ballet da Corte Fonte: Disponível em https://sites.google.com/site/evelyntosta/historia-do-ballet---parte-ii
Acesso em 16 de set. 2016.
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Uma curiosidade histórica interessante sobre o “balé” é a seguinte.
Muitos (as) autores (as) definem que a expressão ‘Balé’ vem da Itália e
significa bailar. No texto ‘Do Diário do Grande ABC’ da autora Juliana Ravelli
(2012, s./p.) é afirmada que: “O primeiro bailado conhecido foi apresentado em
1459, durante festa de casamento. Balé vem, justamente, da palavra italiana
Ballare, que significa Dançar”. Este tipo de Dança teve recepção praticamente
mundial indicando reversão aos valores relativos ao corpo e seus movimentos
e, no caso à Dança, vindos da Idade Média.
Há uma história interessante do desenvolvimento do Ballet que tem
destacada importância no desenvolvimento histórico da Dança que vale a pena
conhecer, mas que não vem ao caso, aqui, dada a finalidade deste trabalho.
1.2.5. Corpo-Dança na Idade Moderna.
No período do denominado Absolutismo (na Europa ocidental e
correspondente ao período entre os séculos XVI e XVIII), a Dança ganha maior
valorização ainda, a ponto de Michaut (1978, p. 13), afirmar que “Todos os
cortesãos e os próprios reis eram amadores apaixonados pela Dança,
habituados desde jovens a esse meio”.
A época do absolutismo passa e já nos novos tempos da Modernidade,
por volta dos Séculos XVIII e XIX, a Dança continua a florescer, não com o
predomínio, por exemplo, da Dança clássica e, especial do Ballet. Bourcier
(2006, p. 107), afirma o seguinte:
A morte de Luís XVIII marca o fim de uma sociedade; de uma cultura. Após seu reinado, o Balé de corte será mantido em estado de sobrevivência artificial: procurava-se ao mesmo tempo uma forma de espetáculo Dançando e uma técnica mais específica do que a das Danças de corte.
Os Séculos XVIII e XIX são também conhecidos como os séculos do
Iluminismo, ou os séculos de engrandecimento do poder da Razão Humana
que a todos deve iluminar. Isso se reflete nas artes de modo geral que querem
representar o humano pensante e, na Dança também que busca uma maneira
de representação pura, expressa na natureza do cenário e na suavidade dos
bailarinos e bailarinas que Dançam como no que quer mostrar a figura a seguir:
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Figura 8.
Jean- George Noverre
Fonte: Disponível em http://industrializationerajeangeorgenoverre.blogspot.com.br/ Acesso em 2 de out. 2016
Jean- George Noverre (Paris, 1727 – Saint – Germain-en-Lave, 1810)
pode ser considerado com justiça o reformador da Dança (BOURCIER, 2006,
p. 164 e 165).
(...). Se teve, como é normal predecessores, tanto no plano teórico quanto no das realizações, foi ele quem reuniu as noções sobre ‘Balé de Ação’ num corpo doutrinário claro, diretamente assimilável pelos Dançarinos, foi ele quem examinou os meios técnicos para uma reforma da Dança, finalmente, foi ele quem impôs as novas ideias através de suas numerosas e célebres obras (BOURCIER, 2006, p. 165).
A reforma empírica de Noverre marcou a era de ascensão e poder
iluminista na qual está em evidência a loucura pela busca da razão sem
medidas e a experiência de um corpo que busca a sua melhora ao Dançar com
beleza, prazer e sentimento.
A busca pela precisão em tudo na Dança, não deixou de lado a busca
pela expressão do prazer e do sentimento. Isso se acentua nos séculos
seguintes em especial nos tempos do Romantismo. Há reações, em diversos
campos, à rigidez da razão que parece querer apagar as emoções. Daí dizer
(BOURCIER, 2006, p. 199):
45
A ênfase sobre o indivíduo, mais do que sobre um arquétipo social, acarreta a rejeição das regras impostas pela sociedade no século XVII: a sensibilidade tem primazia sobre a razão; o coração e a imaginação assumem o poder, sem o controle de uma autocensura.
Assim é dito sobre o Romantismo:
O Romantismo surgiu na Alemanha entre 1770 e 1790, entre os literatos e filósofos alemães, como reação ao neoclassicismo, ao excessivo valor atribuído pela ilustração ao intelecto, a razão e o requinte da civilização e que preparou o caminho ao romantismo em seu país e na Europa. Proclamou a liberdade do gênio criador e rebelou-se contra a rigidez da ilustração (GONZÁLEZ e KRAMSKY, 2003, s./p.).
Rebelião conta a rigidez da ilustração, ou seja, à tirania da razão tal
como entendida pelo movimento iluminista.
Dançar, nessa nova visão romântica, é um alicerce transfigurado da
alma do artista que pulsa nas veias a intenção e o significado expondo com
simplicidade apenas o que está sentindo seu coração. Rosa afirma que para
Rosseau “A Dança é convertida num fenômeno que supõe uma dupla interação
realizada a uma só vez por intermédio do Corpo e da expansão das
consciências” (s./d., p. 37).
Esta mesma autora mostra um pouco mais sobre a maneira de pensar
romântica a respeito da Dança ao citar um trecho da obra de Rousseau (apud
ROSA, s./d., p. 37), Nova Heloísa, na qual, na carta XXIII da segunda parte, lê-
se o seguinte:
A maneira de inserir essas festas é simples. Se o príncipe está alegre, participa-se de sua alegria e dança-se; se está triste, querem alegrá-lo e dança-se. Ignoro se é moda na Corte organizar um baile para os reis quando estão de mau humor, o que sei sobre estes é que se pode admirar suficientemente sua constância estoica ao ver gaivotas ou a escutar canções enquanto se decide, atrás do palco, sobre sua coroa ou sua sorte. Mas há muitos outros motivos para dançar; as mais graves ações da vida se fazem dançando. Os padres Dançam, os soldados dançam, os deuses dançam, os diabos dançam, dança-se até nos enterros e tudo Dança por qualquer motivo.
Vê-se, por aí, o novo interesse dado à Dança a partir daí. Esta
importância virá num crescendo nos séculos seguintes. Já quase no final do
Século XIX, o filosofo alemão Friedrich Nietzsche (1844 - 1900), dentre outras
46
coisas, afirma o seguinte com relação à Dança: “Perdido seja para nós aquele
dia em que não se dançou nem uma vez! E falsa seja para nós toda a verdade
que não tenha sido acompanhada por uma risada!” (NIETZSCHE, s./d., s./p.).
Há, aí, como em toda a obra de Nietzsche, uma reação às concepções que
vieram antes dele e, no caso, às concepções sobre o corpo e, no caso, à
Dança. Feitosa (2011, s./p.), em pesquisa realizada sobre ideias relativas à
Dança, assim se refere a ideia deste filósofo:
Constatei então que uma das grandes exceções era Nietzsche (1844-1900), um entusiasta do Corpo e de seus poderes. Sabemos que o pensador alemão recorria constantemente à Dança como imagem para seu pensamento, a Dança representava a tensão entre risco e disciplina, entre planejamento e improvisação, entre vontade e destino.
Feitosa (2011, s./p.), ainda no mesmo estudo, cita e analisa ideias de
Paul Valéry constantes do seu texto ‘A Alma e a Dança’ (1921). A partir de sua
análise afirma o seguinte comparando Valéry e Nietzsche: “Valéry, ao contrário
[de Nietzsche], interroga-se sobre o sentido da Dança enquanto tal, ele ousa
perguntar “O que é a Dança?": Estas informações, a partir de outras, indicam
um novo interesse que começa a ser despertado em relação à Dança. Valéry já
é um pensador do Século XX. Após ele, muitos outros virão e produzirão
análises desta atividade que nunca morreu, por ser uma atividade própria dos
seres humanos. O que, em determinadas épocas ocorreu foi, por razões
culturais diversas, visões mais ou menos negativas em relação à Dança.
Um exemplo marcante de um momento no qual a Dança é questionada
quanto ao seu significado e mesmo quanto à sua presença na vida social é o
que relata José Sasportes no livro ‘Pensar a Dança: a reflexão estética de
Mallarmé a Cocteau’ (1983).
O livro, como é dito na página 9, “tem por objeto a evolução da Dança
em França de 1883 a 1928”. Trata-se não apenas de um relato, mas de
considerações interessantes sobre algumas concepções relativas à Dança no
cenário europeu destes 50 anos e, de maneira especial, no cenário, pode-se
dizer, acadêmico ou da elite francesa. Não há no mesmo nenhuma discussão
sobre a situação da Dança entre a população de modo geral e, nas
denominadas camadas populares.
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O foco principal das discussões parte dos movimentos relativos ao
desligamento e, como diz o autor, à libertação da Dança do que é denominado
de quadro lírico, ou seja, da ópera ou, ainda, como é dito, em alguns
momentos, do melodrama.
Diz o autor:
Para melhor se compreender este percurso, é conveniente recordar que o Bailado e a Ópera derivam das mesmas fontes da renascença italiana, que nascem no seio de uma estética que concebia o espetáculo ideal como o resultado da perfeita fusão das diferentes artes numa só obra. Neste contexto, a ópera cedo encontrou a sua vocação sob a forma de melodrama, do drama musical, enquanto que o bailado levou muito mais tempo a conquistar uma fisionomia própria. O Bailado deixou-se também prender à noção de um discurso que se devia traduzir em movimento e procurou chamar a si o canto e a declamação de modo a tornar mais explícita a história que a Dança devia ilustrar. Mas a Dança não é uma arte narrativa e o Bailado não soube encontrar a forma justa que lhe consentisse afirmar a possibilidade de uma linguagem coreográfica independente (SASPORTES, 1983, p. 9).
Estas palavras apontam para diversas considerações. A primeira delas é
a de que o livro trata especificamente do que se conhece comumente por Balé
(forma aportuguesada de ballet) identificado, no texto por Bailado. Não trata da
Dança em geral, pois a mesma não se restringe ao Balé ou ao Bailado. A
própria citação em dois momentos utiliza as palavras Dança e Bailado para
indicar coisas diferentes. Mas, ao mesmo tempo, ao mencionar sobre a
necessidade de o Bailado buscar uma estética coreográfica própria, indica
também a necessidade de a Dança, em geral, ter definida a sua natureza no
campo das artes e como uma das formas de linguagem humana. Além disso,
ao afirmar que a Dança não é uma arte narrativa, para contrapor-se ao fato de
o Bailado, ou o balé, ter se deixado prender “à noção de um discurso que se
devia traduzir em movimento e procurou chamar a si o canto e a declamação
de modo a tornar mais explícita a história que a Dança devia ilustrar”.
As posições a este respeito foram diversas e até opostas no período de
abrangência do relato do livro. Algumas defendendo a participação do Bailado
nas óperas, pois ali, seria o seu lugar e outros como foi o caso de Wagner, que
simplesmente não aceitava isso. Aliás, os relatos dos posicionamentos de
Wagner e de vários de seus (suas) seguidores (as) ganham um grande
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destaque ao longo do livro. Foi nesse ambiente que, segundo o autor do livro,
aparece a figura de Mallarmé “que quis acreditar que a Dança podia ser uma
arte superior” (SASPORTES, 1983, p. 11). Wagner, na verdade, não era
contrário à Dança. O que ele não admitia era a presença dos bailados nas
óperas. Sua posição era de que a Dança deveria ter uma característica própria
enquanto arte e os seguidores de suas ideias trabalharam nessa direção. Mas,
a oposição entre os que defendiam a presença do Bailado nas óperas e os que
não o faziam, continuou por largo tempo.
Talvez a parte mais delicada da situação estivesse num fato relatado por
Sasportes (1983, p. 16) que assim o expõe:
Os problemas da teoria estética não interessavam nem bailarinos, nem coreógrafos, que raramente se dedicaram à reflexão sobre a sua arte e, ainda menos, chegaram a conceber e a formular projetos estéticos coerentes. Desejavam ser apenas homens do seu ofício, nada mais. Deixavam assim, livre o terreno aos poetas que passaram a encarregar-se de pensar a Dança, com a naturalidade de quem iria ocupar, no domínio do Bailado, um lugar idêntico ao do libretista no campo da ópera. Atribuíram-se o papel de autores dos Ballets e julgaram-se em posição de contribuir para o renovamento da Dança. Esta ambição tinha as suas raízes nas convenções da época que reduziam o coreógrafo a um simples artesão do espetáculo, sem grande poder sobre o projeto da obra a apresentar.
Aí está um problema sério: não ter poder sobre o projeto de qualquer
obra, no caso uma Dança, ou, por outra, uma coreografia. Ter poder sobre os
próprios projetos significa executar com intencionalidades claras e decididas
por quem os (as) realizam. Uma Dança, se individualmente concebida, deve
poder refletir algo que vem da pessoa: algo de sua sensibilidade provocada por
qualquer fator que seja. Realizá-la decorre de uma projeção, de um projeto (no
sentido de algo a ser lançado para frente, para o futuro, próximo ou mais
remoto). Nem sempre há muita clareza nos projetos, especialmente naqueles
que se originam de certas sensibilidades como as emocionais. Mas, há sempre
intencionalidades aí presentes. Prova disso podem ser certos dizeres quando
alguém executa algo e afirma não ter gostado. Em geral se diz: “não era isso o
que eu queria”. A execução, nesse caso, não correspondeu ao projetado. Fica-
se, de algum modo, satisfeito quando a execução corresponde ao desejado. É
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o caso de uma realização artística como uma Dança. O mesmo se pode dizer
de projetos coletivos de Danças como os bailados em grupos. Há neles
intencionalidades que devem ser partilhadas por todos os (as) participantes da
Dança a ser realizada. Estas intencionalidades devem refletir projetos ou
projeções de sentimentos dos envolvidos na obra realizada.
Quando era negativa a postura dos coreógrafos que se satisfaziam (ou
se acomodavam) a serem apenas artesãos das Danças por não participarem
do projeto, ou seja, das motivações ou das intencionalidades, o mesmo se
deve dizer de Danças que, mecanicamente, são “ensaiadas” com crianças ou
jovens nas escolas, por exemplo.
Vale, ainda, chamar a atenção para uma observação de Sasportes
relativa ao prestígio de Mallarmé e de Cocteau. Diz ele que, dado o fato, à
época (em torno do final do Século XIX e começo do XX), de os poetas e
músicos terem se dedicado a produzir ou libretos ou músicas para Danças, isso
os levou, de alguma maneira, a idealizar conteúdos ou significação para esta
arte, provocando certo movimento de busca de “certa substância estética de
que a Dança, no Ocidente, se tinha esvaziado” (SASPORTES, 1983, p. 16).
Mas, lamenta-se o autor, não houve quase contato, ou diálogo, desses poetas
e músicos com as pessoas que Dançavam. No entanto, houve algo que
influenciou o público dos espetáculos de Danças: este público aprendeu a
esperar de cada apresentação algo que lhe levasse não apenas uma
coreografia "mecânica", mas sim Danças com conteúdos significativos. Este
aprendizado levou o público parisiense a apreciar, em 1909, as apresentações
dos Balés russos que trouxeram, segundo o autor, uma revolução neste
campo, como ele diz:
Este público aprendeu a esperar por uma renovação da Dança e foi este clima de expectativa que permitiu transformar num grande acontecimento histórico a dúzia de espetáculos dos Ballets Russes, em Paris, em 1909. Foi também, neste momento, que o coreógrafo nasceu como artista moderno, a par dos músicos, pintores e poetas que revolucionaram as artes do novo século (SASPORTES, 1983, p. 16).
Apesar desse impulso inovador do início do Século XX, os esforços
pensantes a respeito da Dança, ou seja, as buscas pelos significados estéticos
desta arte não prosperaram muito. Faltou, ainda, até onde o autor conseguiu
50
visualizar, uma produção importante de reflexão estética como a encetada por
Mallarmé e Cocteau. Ele se lamenta disso e diz ter sido negativo “... constatar
que hoje, na Europa, os coreógrafos não se entregam a uma reflexão profunda,
teórica e prática, sobre sua arte. Uma reflexão que seja um desenvolvimento
do pensamento estético que lhes coube herdar” (1983, p. 17).
Este lamento do autor parece contradizer o que afirmara anteriormente
ao dizer que, nos inícios do Século XX, o “coreógrafo nasceu como artista
moderno” (vide citação acima). Na verdade, o que procura mostrar no livro é
que este nascimento não prosperou ao longo do Século. Quando escreve o
livro, que em 1983 constata ser isso o que ocorreu. Ou seja, no âmbito da
Europa e até onde lhe foi possível averiguar, a Dança não mereceu a devida
atenção da reflexão estética. Apesar de ter havido um rico momento de
debates nos 50 anos descritos no livro e que deveria ter servido de recurso
para novas investidas no campo da Dança. Isso, porém, não aconteceu. Daí o
lamento do autor nas últimas linhas do livro: “Quem recebeu esta herança teve
entre mãos um imenso espólio estético, mas, na Europa, muitos anos deverão
passar até que o fogo criador e a capacidade de interrogar a Dança retomem o
seu lugar” (1983, p. 166).
Este fogo criador parece ter sido despertado ao longo do Século XX no
qual convivem visões negativas e positivas, caminhando, porém, para uma
predominância de visões positivas a respeito desta importante atividade
artística.
1.2.6. Corpo-Dança na Época Contemporânea.
A época na qual vivemos é denominada, por vários pensadores (as), de
época contemporânea, por outros (as), de época pós-moderna e, ainda, por
outros (as), de continuidade da época moderna. Preferimos, aqui, denominar
este momento histórico de época contemporânea. Nela, no caso da Dança, há
certa continuidade a partir do que ocorreu anteriormente.
A cultura renascentista deu início ao aumento das produções no campo
da literatura, artes e ciências o qual teve continuidade na Época Moderna. Isso
repercutiu, também, no desenvolvimento da Dança, o que veio a contribuir para
a criação da Dança Moderna. Esta, conforme diz Gitelman (1998), desvincula-
se do tradicional Balé, apontando para a liberdade da expressão corporal, na
51
qual os movimentos buscam a expressão das subjetividades, ganham tons
mais vivos, inventivos e organizacionais ao caminhar no mesmo sentido das
conquistas humanistas.
A atribuição de valores relacionados aos movimentos integrantes da
Dança neste período possibilitou que os corpos obtivessem resultados de
movimentos jamais vistos, para serem apreciados pelas plateias e demais
admiradores (as) dos espetáculos artísticos. O estudo do corpo, agora, se volta
para o interior das pessoas que Dançam em busca de significados capazes de
transmitir, como também interpretar, a realidade à qual pertencem,
promovendo ressignificações constantes:
Curiosamente, é aproximadamente nesse mesmo momento, já na transição de séculos, que Loie Fuller, Isadora Duncan, Ruth Saint-Denis, Mary Wigman, Martha Graham, entre outras, começam a lançar as bases do que posteriormente seria chamado de Dança Moderna. Reivindicando maior liberdade para seus corpos, essas bailarinas abandonaram as sapatilhas de pontas e os corselets, experimentando novos figurinos. A verticalidade do torso é substituída por torções e flexões. Suas vidas pessoais, cheias de episódios de ousadia, bem expressam essa nova proposta de Dança, algo que tem relação, portanto, com uma nova postura feminina perante o mundo (MELO; LACERDA, 2009, p. 48).
A Dança veste uma nova roupagem, fica sem sapatilhas e se aproxima
dos valores cotidianos iniciados por inúmeros (as) percussores (as) para o
nascimento das diferentes formas de dançar. Pode-se afirmar que os caminhos
da Dança, neste momento, vão à direção de ideais educativos, estéticos.
Há fortes movimentos de ressignificação da Dança: a Dançarina e
pesquisadora da área de semiótica, Rosana Van Langendonck (2016),
esclarece que a partir da metade do século XX, alguns países pioneiros como
Alemanha, França, Inglaterra, Estados Unidos e Brasil fortaleceram as buscas
por propostas que pudessem reconfigurar a arte de dançar, desvinculando-se
da padronização dos movimentos coreográficos e da rigidez do tecnicismo
oriundo das Danças clássicas.
A designer e cenógrafa Bodanzky (2007) investiga os procedimentos
voltados à elaboração coreográfica da Dança Contemporânea, que se
reconfigura continuamente. Embora, a Dança continue a ser o principal foco do
encantamento artístico de um espetáculo, tanto para os que Dançam quanto
52
para os que a apreciam, novidades com a implantação de elementos de
cenografia e iluminação se mostram, cada vez mais, imprescindíveis para a
plasticidade espaço-temporal do espetáculo.
Mas, mais que isso, para Bodanzky (2007) deve-se buscar despertar a
interpretação coreográfica da Dança com autonomia, dinamicidade,
subjetividade, contextualização. Diz ela que os significados, na Dança, se
revelam sustentados por características do sistema corporal em busca da
construção de imagens, na identificação de cores, na percepção de sons, entre
outros aspectos.
Já Reis (2005), chama a atenção para apropriação do contexto
sociopolítico pela Dança, visto que a arte reproduz a realidade, possibilitando
que o corpo expresse a vida como realmente é, com seus avanços e
retrocessos, alegrias e constrangimentos, escolhas e renúncias, desejos e
frustrações.
Surgiram, neste período, as Danças Modernas e Expressionistas que se
opuseram à Dança clássica. A Dança Expressionista na Europa, com destaque
para a Alemanha, e a Dança Moderna dos Estados Unidos influenciaram as
manifestações artísticas brasileiras no século XX, vindo a se estender até o
século XXI, consubstanciando diretamente os pilares da Dança
contemporânea, formados pela compreensão da sociedade, aquisição de
valores, preceitos, conceitos e culturalização.
A Dança, ao se ressignificar, é capaz de recriar métodos de ensino-
aprendizagem, propostas, Dançarinos, coreografias, contextos, linguagem,
expressão corporal, sentidos e significados para o corpo Dançante. Esta á a
realidade de nossos dias: novos caminhos para as artes em geral e para a
Dança, em particular, acompanhando os novos caminhos que a humanidade
percorre.
A Dança ao ser realizada como manifestação artística conserva os
costumes de um determinado local (povo), em paralelo ao respectivo período e,
ao mesmo tempo, está sujeita às transformações das próprias regras e
sentidos que a construíram ao longo do tempo, tornando-se difícil prever os
seus rumos.
Vários são os (as) atores (as) das mudanças em relação, não somente a
como dançar, mas principalmente, a como se entender a Dança, já no final do
53
Século XIX e ao longo do Século XX. Dentre estes (as) autores (as) podem ser
citados: François Delsarte, Isadora Duncan, Martha Graham, Jaques-Dalcroze,
Rudolf Van Laban, José Sasportes e José Gil.
François Delsarte (1811-1871) criou a metodologia Delsertiana que é
estudada, por exemplo, na dissertação de mestrado de Madureira (2002)
intitulada ‘François Delsarte: personagem de uma Dança (re) descoberta’. Diz
este estudo, que a Dança a partir de Delsarte, libertar-se-á das sapatilhas de
ponta para cultuar novas possibilidades de movimentos. Suas pesquisas e a
formulação de conceitos aliados a aplicabilidade prática serviram de inspiração
para pedagogos, atuações teatrais, além de edificar as bases da Dança como
conteúdo da educação corporal. Sobre ele, Bourcier (2006, p.43) afirma o
seguinte:
O descobridor dos princípios fundamentais da Dança Moderna é um cantor semifracasso que, justamente em virtude de seu fracasso, concentrou sua reflexão e suas experiências nas relações entre alma e o corpo, mais exatamente nos mecanismos pelos quais o corpo traduz os estados sensíveis interiores: François Delsarte.
A bailarina norte-americana Angela Isadora Duncan (1877-1927), trouxe
ricas reflexões de como criar diferentes formas de movimentar o corpo que
Dança, buscando desvinculá-lo das rígidas exigências tecnicistas do Balé
Clássico.
As denúncias direcionadas às fatídicas lesões provocadas pelas
sapatilhas de ponta, que desde o período Renascentista se fazia presente
entre os Dançarinos clássicos, foram capitaneadas por Isadora Duncan. Sua
postura ousada, fruto, de sua personalidade questionadora para os padrões
sociais da época, tornaram-se características marcantes da sua Companhia de
Dança, influenciando inúmeros (as) Dançarinos (as) que por lá atuaram. Ela
constrói sua carreira balizada pelo prazer dos corpos que, pela Dança, se
correlacionam, permitindo criações coletivas que transmitam a subjetividade
dos (as) participantes do espetáculo Dançante. Espetáculo que passa, na visão
de Duncan, a oferecer liberdade ao corpo, contrapondo-se à alienação dos
movimentos das Danças clássicas, que ao serem repassados de geração em
geração, foram apenas replicados, sem a permissão para que fossem
54
contestados e para que fossem possíveis expressões peculiares dos sujeitos
neles envolvidos. Para ela, a Dança deve ser expressão da vida, como afirma
nas palavras seguintes:
Desde o início, sempre dancei minha vida. Quando menina eu dançava a alegria espontânea dos seres em crescimento. Já adolescente, dançava, com uma alegria que se transformava em apreensão, obscuras e trágicas correntes que já começava a ressentir (DUNCAN, 1927, p. 14).
A nova forma de se dançar desenvolvida por Duncan permitiu que os
(as) Dançarinos (as) se despissem das sapatilhas de ponta, das amarras dos
espartilhos e do aprisionamento dos movimentos, para atuarem descalços, com
roupas de uso cotidianas e repletas de expressividade singular. Em razão
disso, sua fama e reconhecimento possibilitou que a mesma excursionasse por
vários países da Europa e da América, incluindo o Brasil. Suas experiências
foram registradas em duas publicações: “A Dança” (1909), editado em 1929
como a “Arte da Dança” e uma autobiografia “Minha Vida”, de 1927, ano de sua
morte.
Vale a pena registrar a citação seguinte de um estudioso da Dança:
A vida e a mensagem de Isadora Duncan são bem conhecidas. A partir da Califórnia, ela esteve presente em círculos artísticos de grande influência. Sabemos hoje que Michel Fokine, um jovem coreógrafo rebelde do teatro de Maryinsky, de fato a viu dançar e que sua Dança provavelmente reforçou as ideias que ele próprio tinha sobre o uso do tronco, do fluxo natural dos braços, de expressividade do movimento robusto e natural. Duncan deu à Dança moderna a controvérsia para a rebelião e injetou combustível no balé clássico propiciando seu renascimento através dos Ballets Russes de Diaghilev (GITELMAN, 1998, p. 10).
Concentrada na criação de uma Dança sem tamanho, sem raça, sem
repetição, sem mutilações, sem repertórios e, às vezes, até com ausência de
música, nascem alguns pilares das danças modernistas.
Outra Dançarina norte-americana, Martha Graham (1894–1991),
estabeleceu um novo padrão interpretativo da Dança para a sua época. É dela
a frase: “Dança é a linguagem da alma”. Ela busca fazer o corpo falar sem usar
a voz e assimilar a Dança como uma maneira de linguagem e comunicação
55
expressiva, capaz de representar as ações cotidianas concretas. Ela era crítica
dos métodos de Isadora Duncan que transformava tudo em Dança, dos seres
da natureza aos objetos cotidianos. Segundo ela, isso era apenas mímica. Daí
ter desenvolvido métodos pautados na disciplina e no prazer em Dançar
expressivamente, sem se prender a sequências e imitações coletivas, tanto nos
ensaios e estudos dos exercícios quanto nos espetáculos artísticos.
Estas novas posturas decorrentes de análises críticas de certa tradição
da Dança, forma importantes para os novos caminhos da Dança para a época
contemporânea. Um desses caminhos é trilhado por Émile Jaques-Dalcrose
(1865-1950) que influenciou a Dança a partir da década de 1930. Ele buscava
uma nova era de movimento, ritmo e música. Suas fundamentações teórico-
práticas o levaram a elaborar o método eurrítmico, constituído por uma
organização de treinamento entre ritmo musical e expressão corporal,
baseando-se sempre nas respostas dos (as) aprendizes por meio de gestos
rítmicos-corporais. Nesse sentido, o movimento mostra-se de fundamental
gravidade para a aprendizagem e consciência rítmica corporal, fazendo aflorar
a musicalidade em concomitância ao corpo que se expressa (DALCROZE,
1954).
Considerado como um dos maiores teóricos da Dança no século XX,
Rudolf Van Laban veio ao mundo em 15 de dezembro de 1879, no extinto
estado Austro-húngaro, onde atualmente se encontra a cidade de Bratislava,
na Eslováquia. Educador, Dançarino, coreógrafo, mas principalmente um
profícuo estudioso da Dança, dedicou-se às pesquisas da linguagem da Dança
em diferentes estágios tangenciados pela ação de criar, apreciar e educar
inserindo a teatralização em suas apresentações e ensinamentos (LABAN,
1971). No Brasil é reconhecido como professor da percepção artística, da sua
origem estética e da Dança enquanto linguagem.
As obras de arte espalhadas pelo mundo afora, registros históricos,
livros e filmes instigam os apreciadores a valorizarem a criação, origem e
detalhamento do conhecimento artístico da Dança, tornando-a significativo
instrumento cultural.
Espera-se que, um pouco da história aqui apresentada, tenha mostrado
o quanto a Dança faz parte, juntamente com outras artes, da construção dos
seres humanos e o quanto ela é importante como forma de expressão de sua
56
sensibilidade. Se houve momentos de desvalorização da Dança por parte de
certas elites, nunca deixou de existir e de ser valorizada pelo povo. Em nossos
dias esta valorização é crescente, mas, infelizmente, no campo da educação,
as visões positivas demoram mais tempo a ocorrer e, talvez se possa dizer que
elas não são, ainda, majoritárias. Há ainda, visões negativas em relação à
Dança no meio educacional. Mas, concepções positivas, já são mais
frequentes que em épocas anteriores, como o atestam os documentos oficiais
relativos à sua presença na educação em geral e, em especial, na Escola,
como se verá no Capítulo 3 desta tese. E, também, pode-se notar a presença
desta concepção positiva na Educação Superior ao se constatar a presença da
disciplina Dança, ao menos nos Cursos de Licenciatura em Educação Física,
como se mostrará, também.
O próximo capítulo abordará alguns aspectos da relação entre Dança e
educação com vistas à busca de entendimentos relativos à sua presença na
formação docente de Educação Física pelo fato de serem eles os responsáveis
mais frequentes pelo trabalho educativo com Dança na Escola.
57
CAPÍTULO 2.
DANÇA E EDUCAÇÃO E DANÇA NA EDUCAÇÃO FÍSICA.
Figura 9. Dança Educação
Fonte: Disponível em http://www.dancaravida.org.br/ Acesso em 24 de jun. de 2017.
58
Nas escolas da Escola, a Dança consta como um conteúdo dentro do
componente curricular da Educação Física. Como disciplina acadêmica, a
Dança integra diferentes cursos universitários ligados às Artes e Humanidades.
Há cursos específicos para a formação em Dança voltados à formação de
bailarinos (as), coreógrafos (as), diretores (as) de espetáculos e outros. E há,
nos cursos de Licenciatura em Educação Física, a presença, ou de um
componente curricular específico de Dança, ou de conteúdos como parte de
algum outro componente curricular. Em alguns destes cursos, a disciplina
Dança consta como obrigatória. Em outros como optativa. Esses fatos
merecem análises.
Esta pesquisa tem como foco a presença do componente curricular
Dança nos cursos de Licenciatura em Educação Física que se destinam a
formar docentes qualificados (as) para ensinar nos espaços escolares além dos
jogos, das brincadeiras, das ginásticas, dos esportes, também as Danças. Daí
a necessidade de se analisar esta presença à luz de considerações a respeito
do prestígio da Dança na educação, em especial na Escola.
2.1. Dança, Corpo e Educação.
O objetivo deste capítulo é trazer considerações da Dança para a
educação em geral e, em especial, para a Escola, ou seja, para o Ensino
Fundamental e Médio, campo majoritário de atuação do (a) docente de
Educação Física.
Convém retomar, aqui, duas ideias apresentadas no capítulo primeiro. A
primeira é a que afirma ser a Dança uma forma de arte que consiste do
movimento expressivo do corpo. Movimentos que têm valor estético e
simbólico. Estético por manifestar, por meio dos movimentos corporais
ritmados, sensibilidades humanas em relação à realidade e ao próprio ser
humano e suas vivências. Simbólico pelo forte conteúdo significativo que
manifesta.
59
Se assim for, tem-se, aí, uma indicação forte relativa ao papel formativo
da Dança: por ser ela sequências de movimentos expressivos do corpo, sua
expressividade tem valor estético por manifestar sensibilidades humanas
(sempre uma necessidade) e tem valor simbólico por exatamente significar, ou
querer significar as sensibilidades manifestadas. Quando se quer significar, faz-
se isso para si mesmo e também para os outros. O ato de dançar é um rico
canal de expressão das sensibilidades e de manifestação destas sensibilidades
que, muitas vezes, ficam represadas nas pessoas por falta de um canal ou uma
via de expressão significativa que também a Dança lhes pode oferecer. Não
por acaso, a humanidade criou desde os seus primórdios como se viu no
primeiro capítulo, dentre as diversas linguagens, também a da Dança.
Esta primeira consideração faz refletir a necessidade do oferecimento de
oportunidades de desenvolvimento desta forma de expressão na educação de
crianças e jovens e, de modo particular, nas escolas.
A segunda consideração deriva da citação feita de dizeres de Paviani
(2011), também constantes do primeiro capítulo. Dela foram retiradas as
seguintes passagens:
A Dança é muito mais do que a arte do movimento físico. Sendo gesto, linguagem corporal, expressão artística, manifestação social, (...) perdemos a compreensão original das relações entre a mente, o corpo e o mundo, e nos deixamos iludir por essa percepção externa ao fenômeno que separa corpo, consciência e Dança. (...) a Dança nunca é apenas Dança no sentido trivial e comum do termo. (...) ela é corporeidade, movimento, expressão, canto, música, poesia e, portanto, também forma de culto, manifestação social e religiosa, forma artística e comunicação universal.
Não se pode perder a compreensão das relações “entre a mente, o
corpo e o mundo”, pois a Dança “é corporeidade, movimento, expressão, canto,
música, poesia” e “forma artística e comunicação universal”. Não se pode
perder nada disso, especialmente no processo educativo. As pessoas não
apenas o merecem, mas, disso, têm necessidade. E o que é necessário não
pode ser sonegado. Daí dizer, ainda Paviani (2011), também já citado: “Por
isso, a Dança, quando entendida como expressão radical do ser humano,
devolve-nos os sentidos da presença humana no mundo, nas relações com os
outros e com as coisas”.
60
Como algo tão rico de interfaces culturais e políticas como a Dança, está
distante da atuação e da formação humana?
Talvez, porque, por condições histórico-culturais, tenha havido nos
sistemas de educação escolar, especialmente no mundo moderno, maior
valorização das atividades cognitivas e forte depreciação de tudo o que dizia e
diz respeito ao corpo, ou à corporeidade e às sensibilidades humanas e suas
manifestações. Dentre elas às manifestações proporcionadas pela Dança.
Dança e educação tem tudo a ver uma com a outra. E ambas
entrelaçadas com as necessidades de um ser humano que é,
fundamentalmente, também corpo. Pois, não é possível falar em Dança sem
falar do corpo. Dança, corpo e educação formam um tripé inseparável. Não é
possível dançar sem o movimento do corpo, e tudo o que diz respeito ao corpo
diz respeito, de alguma maneira à educação. Como a Dança diz respeito ao
corpo, ao corpo em movimento buscando significar algo, ela diz respeito,
também, à educação.
A Dança sempre fez parte da maneira de ser dos seres humanos e, pela
educação, as diversas maneiras de dançar, conforme as diversas culturas
foram ensinadas e transmitidas de uma geração à outra. Nossos ancestrais
nasciam em meio à Dança nos rituais comemorativos da natalidade. Nossos
bebês, hoje, nascem e ficam presos nas incubadoras, nos berços e nos
quartos; nossas crianças ficam restritas, muitas vezes, às casas e aos
apartamentos, sem participação em experiências de Dança. Nas salas de aula,
algo se faz, mas é pouco e nem sempre a Dança é vista, nas escolas, com o
sentido colocado nos dois capítulos anteriores. A vida nas cidades está
reduzindo nosso espaço e, consequentemente, nosso movimento e mais ainda
as possibilidades do movimento expressivo e significativo da Dança.
Gariba e Franzoni (2007), a partir de seus estudos, falam sobre a
presença da Dança nas sociedades desde os tempos mais antigos: “Ao se
analisar a vida de qualquer civilização, desde as mais remotas até os dias
atuais, verificam-se entre as expressões culturais atividades como jogos,
desportos e Dança” (2007, p. 155). Afirmam, ainda, que:
A Dança tinha características lúdicas e ritualísticas, nas quais ocorriam manifestações de alegria pela caça e pesca ou
61
dramatizações pelos nascimentos e funerais. Percebe-se que os acontecimentos importantes e significativos, na sociedade antiga, ocorriam com uma constante participação corporal (GARIBA, 2005, p. 156).
Nos seus estudos estas autoras apontam como a Dança sempre foi uma
maneira forte de expressão dos sentimentos humanos nas diversas ocasiões,
especialmente em relação a acontecimentos julgados importantes em cada
sociedade.
Nesse sentido, a Dança sempre visou acontecimentos importantes da própria vida, da saúde, da religião, da morte, da fertilidade, do vigor físico e sexual, também permeando os caminhos terapêuticos, artísticos e educacionais, estabelecendo assim, uma diversidade interessante para essa manifestação. Dessa forma, a Dança se insere no universo cultural, expressando significados, simbolizando a existência humana (GARIBA, 2005, p. 156).
Por que, nos nossos dias, perguntam as autoras, a Dança está cada vez
mais ausente, seja na educação informal, seja, na educação formal, em grande
parte das escolas brasileiras? Se ela foi sempre tão valorizada, porque se torna
um assunto tão polêmico na educação e na formação contemporânea?
Isso não deveria acontecer, pois, a “(...) Dança enquadra-se como
linguagem que deve ser ensinada, aprendida e vivenciada, na medida em que
favorece o desenvolvimento de vertentes cognitivas, éticas e estéticas e
contribui qualitativamente para as questões da socialização e expressão”
(GARIBA, 2005, p. 159).
E mais, dizem as autoras: “Atividades corporais advindas da
expressividade, comunicação, alegria, liberdade são elementos relevantes na
vida do ser humano” (Idem p. 159). A Dança faz parte destas atividades
corporais e, por conta disso,
... a Dança, então, pode ser uma ferramenta preciosa para o indivíduo lidar com suas necessidades, desejos, expectativas e também servir como instrumento para seu desenvolvimento individual e social. Nessa perspectiva, pode-se considerar a Dança como uma fonte de percepção, entendendo-se que a elaboração do conhecimento passa pelo corpo (GARIBA, 2005, p. 160 e 161).
62
Daí a importância de sua presença na educação: tema a ser tratado no
próximo item.
2.2 Dança-Educação e Dança na Educação Física.
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) a Dança é contemplada
nos conteúdos de Arte. Assim é dito a respeito de sua importância na
Educação:
A atividade da Dança na escola pode desenvolver na criança a compreensão de sua capacidade de movimento, mediante um maior entendimento de como seu corpo funciona. Assim, poderá usá-lo expressivamente com maior inteligência, autonomia, responsabilidade e sensibilidade. Tal visão está de acordo com as pesquisas mais recentes feitas pelos neurocientistas que estudam as relações entre o desenvolvimento da inteligência, os sentimentos e o desempenho corporal. Essas novas teorias criam um desafio à visão tradicional que separa corpo e mente, razão e emoção. Um dos objetivos educacionais da Dança é a compreensão da estrutura e do funcionamento corporal e a investigação do movimento humano (BRASIL, 1997).
Esta é uma visão que se coaduna com certos entendimentos da Dança
como componente curricular que a vê como algo educativo e não apenas como
algo a ser feito de maneira mecânica e sem sentido para os (as) alunos (as).
Dentre estes entendimentos, citam-se os que seguem.
Assim sendo, o ensino da Dança na escola deve estar vinculado a aspectos motores, sociais, cognitivos, afetivos, culturais, artísticos, pois como atividade pedagógica tem a função de superar uma cultura corporal voltada para execução de movimentos já preestabelecidos, produzidos pela humanidade (GARIBA, 2005, p. 160 e 161).
Daí dizerem ainda, estas autoras:
A Dança é importante para a formação humana, na medida em que possibilita experiências dos (as) alunos (as), bem como proporciona novos olhares para o mundo, envolvendo a sensibilização e conscientização de valores, atitudes e ações cotidianas na sociedade (GARIBA, 2005, p. 162).
63
Valores, atitudes e ações que se complementam como outros bons
resultados das vivências educativas em Dança.
Entende-se que o fundamental é ser capaz de compreender a Dança como uma linguagem que, para além de permear o processo de produção do conhecimento e a inserção das práxis sociais, prioriza não só esse processo de construção, mas também os resultados dele advindos, remetendo-os a momentos preciosos, capazes de despertar a consciência crítica de quem os vivenciam (GARIBA, 2005, p. 159).
Deve haver um casamento entre Dança e educação, por diversas
razões. Infelizmente, a Dança e tudo o que diz respeito a ações educativas
voltadas para o corpo, não têm merecido a devida atenção, talvez por colocar
não só em primeiro lugar os aspectos intelectuais dos seres humanos (muitas
vezes como único objetivo). “No desenvolvimento histórico, a educação escolar
tem privilegiado valores intelectuais em relação a valores corporais” (GARIBA,
2005, p. 161). Esta situação merece ser repensada. Não para eliminar, ou
diminuir os cuidados com o desenvolvimento intelectual das novas gerações,
mas para apontar a necessidade dos cuidados com o corpo e com tudo o que
diz respeito a suas legítimas manifestações. Não é fácil caminhar na contramão
da crítica, ou das críticas que se fazem às propostas de valorização de uma
educação que leve em conta a corporeidade e suas manifestações.
Na contramão dessa crítica, há que se considerar que é
impossível negligenciar uma educação que considere o corpo
como um instrumento de valor, já que o indivíduo age no
mundo, por meio do seu corpo. É o corpo que serve como
veículo de expressão, comunicação, apreensão e
compreensão de uma realidade. As manifestações artísticas
figuram como propulsoras desse veículo e refletem em recurso
auxiliar na formação do indivíduo, uma vez que tratam o corpo
na sua totalidade (GARIBA, 2005, p. 161).
As novas posições relativas ao cuidado de se levar em conta a
corporeidade e suas manifestações na escola, no caso, as manifestações por
meio da Dança, respondem as expectativas que surgem em uma parcela
relativamente já ampla da população apontando por novas esperanças de
mudanças: “A visão tradicional da cultura corporal, entretanto, vem se
modificando. Alguns estudiosos da área elucidam que, atualmente, existe uma
64
melhor compreensão dos valores formativos e criativos da Dança, que levam a
uma ampliação das ações corporais” (GARIBA, 2005, p. 161).
Isabel Marques (2012, p. 17), por exemplo, afirma o seguinte:
Felizmente, desde que Roger Garaudy (1989) pessimistamente declarou ser a Dança o “primo pobre da educação”, o parentesco dessa linguagem artística com as demais disciplinas do currículo já foi bastante alterado. No Brasil, nos últimos anos, a preocupação de educadores e legisladores em pelo menos mencionar a Dança em seus trabalhos e programas, tem sido evidente.
Ela cita como exemplos o fato de a Secretaria Municipal de Educação
de São Paulo ter dado relevância à Dança considerando-a “como linguagem
artística diferenciada e o fato de a Dança ter sido incluída nos Parâmetros
Curriculares Nacionais” em 1997 (Idem, p. 17).
Vê, ainda, diversas outras manifestações que apontam para novas
possibilidades neste campo e, em relação a estas possibilidades afirma o
seguinte:
... talvez seja este o momento mais propício para refletirmos criticamente sobre a função e o papel da Dança na escola formal, sabendo que este não é – e talvez não deva ser – o único lugar para se aprender Dança com qualidade, profundidade, compromisso, amplitude e responsabilidade. No entanto, a escola é hoje, sem dúvida, um lugar privilegiado para que isto aconteça e, enquanto ela existir, a Dança não poderá continuar mais sendo sinônimo de ‘festinhas de fim de ano’ (Idem, p. 19).
São, desta autora, posições significativas a respeito da Dança na
educação que passamos a comentar.
Passados alguns anos desde que pesquisadores começaram a
estudar e analisar a situação do ensino de arte no país, a
Dança ainda parece apresentar um risco muito grande a ser
tomado pela educação formal, pois ela ainda é uma
desconhecida da/para a escola. Propostas com Dança que
trabalhem seus aspectos criativos e transformadores, portanto,
imprevisíveis, ainda “assustam” aqueles aprenderam e são
regidos pela didática tradicional e pelo pensamento
conservador. Os processos de criação em Dança (e não os de
reprodução de repertórios prontos) acabam não se encaixando
nos modelos tradicionais de educação (Idem, p. 20-21).
65
Há, como se vê, novas ideias relativas ao papel da Dança na educação
e, em especial, na Escola. Para que elas se efetivem é necessário pensar na
formação de docentes afinados com elas para que tragam os inegáveis
benefícios que a Dança pode oferecer. Há, hoje, uma nova forma de apreensão
de conhecimentos, diz ainda esta autora, que está ligada ao movimento do
corpo e, por conseguinte aos movimentos da Dança. Diz ela que,
... nossos alunos não mais apreendem o mundo somente por
meio das palavras, mas principalmente das imagens e dos
movimentos. A Dança, portanto, como uma das vias de
educação do corpo criador e crítico, torna-se praticamente
indispensável para vivermos presentes, críticos e participantes
na sociedade atual (Idem, p. 28).
Mas, alerta ainda, apesar de a Dança ser movimento, ela não é apenas
movimento. Ela é arte e, como tal, deve ser tratada, especialmente no tocante
aos aspectos já mencionados anteriormente relativos à manifestação da
sensibilidade (aspecto estético) e ao de expressão ou de simbolismo desta
sensibilidade.
Para se obter docentes capazes de atuar com a Dança é necessário
buscar formá-los com o ensino de certos conteúdos (que de alguma maneira
serão também ensinados nas escolas da Escola). Dentre estes conteúdos,
Izabel Marques propõe os seguintes:
Em suma, os conteúdos específicos da Dança são: aspectos e componentes do aprendizado do movimento (aspectos de Coreologia e Educação Somática); áreas de conhecimento que contextualizem a Dança (História, Estética, Apreciação e Crítica, /sociologia, Antropologia, Música, assim como saberes de anatomia, fisiologia e cinesiologia) e possibilidades de vivenciar a Dança em si (repertórios, improvisação e composição coreográfica) (2012, p. 34).
Com relação ao que ensinar nas escolas relativamente à Dança em si,
Marques indica diversas modalidades de Dança que existem em nossa
sociedade, como aquelas voltadas ao lazer (coreografias de carnaval, Danças
de salão, Danças das casas noturnas) e aquelas voltadas aos rituais (por
exemplo, as Danças dos terreiros de candomblé) ou as artísticas e teatrais
(balé, Danças populares, modernas e contemporâneas) e outras. Estes tipos
66
de Dança, ou alguns deles, podem e devem ser ensinados nas escolas e, por
conta disso devem fazer parte do aprendizado do (a) licenciado (a) em
Educação Física para que as possa levar para o seu trabalho nessas
instituições. Mas, não só diz ela. Deve-se estimular as improvisações em
Dança, o que auxilia no necessário desenvolvimento da criatividade. Diz ela a
respeito:
Desta forma, incluímos a improvisação e a composição coreográfica como Danças a serem ensinadas nas escolas. Tanto uma como a outra são formas e fazer-pensar Dança e, portanto, arte. Na verdade, são esses dois processos que mais permitem aos alunos experimentar, sentir, articular e pensar a arte como criadores e participantes do mundo (Idem, 2012, p. 35).
Além disso, é importante levar em conta as escolhas dos (as) aprendizes
nas escolas. Eles têm “seus próprios repertórios de Dança, suas escolhas
pessoais de movimento para improvisar e criar assim como formas diferentes
de apreciar as Danças trabalhadas em sala de aula ou construídas em
sociedade” (Idem, p. 35).
Ou seja, a Dança já está na vida das pessoas, assim como falar e se
expressar por diversos meios. Assim como no caso da linguagem falada, a
educação escolar parte das experiências falantes das crianças para oferecer-
lhes novas aprendizagens expressivo-linguísticas, inclusive a da escrita, assim,
no caso da educação em Dança, deve-se partir do que os (as) aprendizes já
fazem e oferecer-lhes algo mais que se ligue significativamente a isso que já
sabem. Vale registrar as palavras de Marques que indicam algo a ser levado a
sério nas escolas e, também, obviamente, na formação dos (as) professores
(as) de Educação Física que atuarão com a Dança:
Ou seja, conectado ao universo sociopolítico-cultural dos alunos, cabe ao professor também escolher e intermediar as relações entre a Dança dos alunos (seus repertórios pessoais e culturais como o rap, o funk, a Dança urbana, ou ainda suas escolhas pessoais de movimento), a Dança dos artistas (o mestre de capoeira, a passista, um coreógrafo contemporâneo) e o conhecimento em sala de aula. Sem ele, as experiências de Dança já conhecidas podem se tornar vazias, repetitivas e até mesmo enfadonhas (2012, p. 36).
67
Para que isso aconteça é necessário que este aspecto esteja presente
nos cursos que formam professores (as) que poderão trabalhar as Danças nas
escolas, especialmente os (as) docentes de Educação Física.
Outro aspecto interessante para o qual Marques chama a atenção, diz
respeito ao modo de encarar a Dança, nas escolas, não como algo apenas a
se fazer, mas como algo a se fazer contendo elementos de compreensão, de
entendimento, em relação a esta arte tão relevante como qualquer outra.
Docentes e discentes que dançam, não devem ser vistos apenas como
fazedores (as) de Dança, como ela diz.
Minha experiência no mundo da Dança fez-me perceber que, tradicionalmente, Dançarinos/coreógrafos/diretores têm dificuldade em manter uma distância em relação a seus corpos físicos: fomos ensinados a estar sempre, de uma maneira ou de outra, atrelados, conectados, inseparáveis deles, mesmo que com a intenção de superá-los e transcendê-los. Esta tendência desconsidera o processo intelectual para o aprendizado em Dança, por considerar que o Dançarino ou a Dançarina são simplesmente "fazedores de Dança". (...) (MARQUES, 1998, p. 71).
Ser fazedor de Dança é, simplesmente, ser um reprodutor do movimento
sem buscar a reflexão do (a) aprendiz sobre por que está aprendendo ou
realizando exercícios e composições coreográficas que têm como objetivo
apresentar para um público que admira a Dança, mas não sabe o que
realmente acontece atrás das cortinas, nas salas de aulas, nos ensaios.
Esta visão alinha-se à concepção de corpo como instrumento da Dança, como meio, "máquina" para a produção artística. O corpo nesta concepção é algo a ser controlado, dominado e aperfeiçoado segundo padrões técnicos que exigem do Dançarino uma adaptação e submissão corporal, emocional e mental àquilo que está sendo requerido dele externamente. É o Dançarino sendo visto como "material humano" (...) (MARQUES, 1998, p. 72).
Deste modo, há aqueles (as) que acreditam ser o corpo apenas uma
máquina que se molda como dentro de padrões rígidos e como se fosse uma
máquina. Mas, como ficam os sentimentos, as emoções, a sensibilidade
humana para sentir na pele a sua própria vida e a do (a) outro (a) com quem
Dança? A partir do momento em que se ignora a percepção do corpo humano
68
com todas as suas diferenças e imperfeições ocorre a morte da Dança
educação.
O processo educacional atrelado a esta concepção de corpo, visa, consequentemente, a aprimorar, controlar, vencer o corpo e seus limites físicos. Não há preocupação com o processo criativo corporal individual, muito menos em traçar relações entre corpo, Dança e sociedade. O produto é o objetivo último da educação. Em geral, nesta concepção, é privilegiado o ensino de técnicas codificadas (balé clássico, Dança moderna, etc.) (MARQUES, 1998, p. 72).
Esta inquietação da autora chama a atenção para certo entendimento de
Dança, comum também em escolas, que busca apenas por resultados com alto
nível de desempenho dando valor só ao produto final do corpo. O processo do
aprendizado é esquecido pelos (as) professores (as) que acompanham grupos
de artistas-alunos (as) refletindo somente na possibilidade de vender esse
corpo-máquina-produto que conquistou um ideal de beleza.
A partir de suas reflexões, baseadas nas suas experiências como
bailarina e professora de Dança, Marques propõe uma nova compreensão da
Dança. Diz ela o seguinte: “(...) aprendi tanto intelectual quanto corporalmente
que podia pensar Dançando e Dançar pensando (...)” (MARQUES, 1998, p.
71).
“(...). Em outras palavras, o processo educativo não poderia destruir a
nossa criança interior. O processo, assim, torna-se bem mais importante que o
produto” (MARQUES, 1998, p.73). “(...). Com isto, nosso corpo é a expressão
de nosso gênero, etnia, faixa etária, crença espiritual, classe social etc.”
(MARQUES, 1998, p. 75).
Suas ideias indicam a possibilidade de construção de caminhos que
levem a um novo conhecimento que possa provocar inquietações sobre como e
porque os currículos devem abraçar a Dança na educação, o que deve
expressar nos planejamentos, metodologias, conteúdos, objetivos, avaliações e
até no referencial bibliográfico.
Estes caminhos começaram a se abrir não faz muito tempo. Mas, já há
avanços conforme dizem Albano e Ostetto (2010, p. 7): “Se a arte-educação
articulou-se, historicamente, através de discussões e propostas que envolviam
apenas as artes visuais, compreendemos hoje a necessidade de integrar no
69
campo a Dança, a música, o teatro, o cinema e a literatura”. Essa compreensão
começa a se expandir, mas estamos ainda no momento de delinear algumas
estratégias didático-pedagógicas para auxiliar o corpo docente e discente das
instituições de ensino a repensarem suas atuações e formações, mesmo
vencidos por problemas políticos educacionais que revelam a dificuldade e
deficiência em ensinar a Dança nos espaços educativos. Uma das dificuldades
está mesmo no campo do ensino de artes, pois não há, ainda, um
reconhecimento generalizado a respeito da Dança na educação como o há em
relação às artes tradicionalmente já realizadas nas escolas.
Por outro lado, não se trata de negar essas artes tradicionais, implica uma perspectiva de arte não só para ser contemplada e admirada à distância, mas para ser aprendida, compreendida, experimentada e explorada, numa tentativa de levar o indivíduo a vivenciar o corpo em todas suas dimensões. Remete a Dança como atividade capaz de ampliar o rol de conhecimentos de um indivíduo, pela relação consigo mesmo, com os outros e o mundo, no desenvolvimento das suas potencialidades humanas. Enfim, permitindo uma maior acessibilidade da população a essa linguagem (GARIBA, 2005, p. 162 e 163).
Isso é necessário, mesmo que ainda veja a Dança, quando ela está
presente em alguns momentos na escola, como apenas reprodução de tipos de
Danças e não como criação por parte dos (a) alunos (as). Muitos (as) docentes
propõem reproduções de movimentos da Dança ao invés de permitir a criação
de novas linguagens. A proposta é que perceba “que o campo de abrangência
desse conteúdo é rico e diversificado, porém não deve ser entendido como
‘receita de bolo’, em uma visão tradicional” (GARIBA, 2005, p. 163).
Deve, sim, ressoar como auxiliar, acrescentando ao processo de ensino-aprendizagem aspectos diretamente relacionados ao corpo, à Dança, à pluralidade cultural, levando sua prática a uma (re) leitura de mundo totalmente voltada para nossa realidade histórica e social (GARIBA, 2005, p. 163).
As ideias destas autoras e de outras e outros, precisam chegar não
apenas ao corpo docente de Educação Artística em sua formação, mas
também, ao de Educação Física aos quais tem sido confiado comumente o
ensino de Dança nas escolas.
70
Esta preocupação com a preparação dos (as) formados (as) em
Educação Física para o ensino de Dança tem sido ampliada e isto pode ser
visto seja nas indicações legais relativas aos currículos dos cursos de
Licenciatura em Educação Física, seja na constatação da presença efetiva da
disciplina Dança nas propostas desses cursos em diversas instituições de
ensino superior que os oferecem como se verá nos próximos capítulos.
71
CAPÍTULO 3.
A DANÇA COMO CONTEÚDO FORMATIVO PARA A LICENCIATURA EM
EDUCAÇÃO FÍSICA.
Figura 10. Dança na Educação Física.
Fonte: Disponível em http://janioamabale.blogspot.com.br/2010/05/relacao-entre-danca-e-educacao-fisica.html Acesso em 24 de jun. de 2017.
72
3.1. A Dança na Matriz Curricular para os cursos de Educação Física.
Na Resolução do Conselho Nacional de Educação que aprovou as
Diretrizes para a Graduação em Educação Física (publicada no Diário Oficial
da União em 05/04/2004) há, em seu artigo 4º, parágrafo 1º a seguinte
indicação:
O graduado em Educação Física deverá estar qualificado para analisar criticamente a realidade social, para nela intervir acadêmica e profissionalmente por meio das diferentes manifestações e expressões do movimento humano, visando à formação, a ampliação e o enriquecimento cultural das pessoas, para aumentar as possibilidades de adoção de um estilo de vida fisicamente ativo e saudável (Negritos nossos) (BRASIL, 2004, p. 1).
Esta ideia encontra-se ampliada nos termos em que aparece na
Resolução do CNE, ao indicar os conteúdos e competências que devem estar
incluídos no curso de Educação Física, aparecendo a Dança formalmente na
seguinte passagem do artigo 6º ao indicar que o futuro docente deve ser capaz
de:
Pesquisar, conhecer, compreender, analisar, avaliar a realidade social para nela intervir acadêmica e profissionalmente, por meio das manifestações e expressões do movimento humano, tematizadas, com foco nas diferentes formas e modalidades do exercício físico, da ginástica, do jogo, do esporte, da luta/arte marcial, da Dança, visando à formação, a ampliação e enriquecimento cultural da sociedade para aumentar as possibilidades de adoção de um estilo de vida fisicamente ativo e saudável (Negrito nosso) (BRASIL, 2004, p. 2).
No parecer do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação
Superior (CNE/CES) número 0058/2004, aprovado em 18/02 de 2004, do qual
decorrem as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em
Educação Física está presente a Dança como conteúdo necessário neste
curso, nos seguintes termos:
A dimensão da prática de atividades físicas, recreativas e esportivas refere-se ao direito de os indivíduos conhecerem e terem acesso às manifestações e expressões culturais que constituem a tradição da Educação Física, tematizadas nas
73
diferentes formas e modalidades de exercícios físicos, da ginástica, do jogo, do esporte, da luta/arte marcial, da Dança (Negrito nosso) (BRASIL, 2004).
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais 3°e 4° ciclos do Ensino
Fundamental: Educação Física, à página 71, em nota de rodapé é afirmado em
relação ao que deve ser considerado também como orientações para atuar
com Dança no âmbito das aulas de Educação Física:
O enfoque neste item é complementar ao utilizado pelo bloco de conteúdo Dança, que faz parte do documento de Arte. O professor encontrará, naquele documento, mais subsídios para desenvolver um trabalho de Dança, no que tange aos aspectos criativos e à concepção da Dança como linguagem artística (BRASIL, 1998, p. 71).
Estas e outras falas indicam o reconhecimento educativo da Dança, nos
documentos oficiais, os quais apontam, ainda, para a necessária formação
específica do (a) professor (a) da Licenciatura em Educação Física para o
ensino educativo da Dança nas escolas.
Se assim é, de acordo com o que foi colocado nos capítulos anteriores e
de acordo com o que é indicado nos documentos legais, conforme visto acima,
faz sentido investigar, primeiro, se a componente Dança está presente nas
propostas dos Cursos de Licenciatura em Educação Física. Seja como
disciplina obrigatória, seja como disciplina optativa.
3.2. Dança e/ou Atividades Rítmicas como componente da Matriz
Curricular das Licenciaturas em Educação Física das IES investigadas.
Esta investigação foi feita, primeiro, junto a IES da Cidade de São Paulo
e junto a duas IES da Grande São Paulo que oferecem cursos de Licenciatura
em Educação Física.
Em seguida foi investigado a respeito dos conteúdos que constam em
planos de ensino (ou em programas de ensino) da disciplina Dança ou da
disciplina Atividades Rítmicas dos Cursos de Licenciatura em Educação Física
dessas Instituições de Ensino Superior. O resultado desta investigação é
apresentado no item seguinte a este.
Antes, porém, é importante frisar que o objeto inicial da pesquisa eram
os Cursos de Licenciatura em Educação Física das Instituições de Ensino
74
Superior da Cidade de São Paulo. Contudo, dadas as dificuldades encontradas
para se obter os dados de um número significativo de IES desta Cidade (foram
obtidos apenas de seis IES) e, tendo sido possível obter dados de duas IES da
Região Metropolitana de São Paulo, optou-se por incluí-las na pesquisa para
se ter um universo de estudos um pouco mais amplo.
Os caminhos percorridos para a obtenção dos dados de que
precisávamos, levaram-nos a outras informações que julgamos interessantes
registrar, pelo fato de ajudarem a situar o caso das oito IES investigadas em
um contexto mais amplo.
A seguir, uma descrição sucinta desses caminhos e uma apresentação
dessas informações.
O primeiro passo foi o de identificar as IES, na Cidade de São Paulo que
ofereciam Cursos de Licenciatura em Educação Física. Foi acessada a
plataforma de consulta do Ministério da Educação (MEC), na qual são
disponibilizadas as home page das Instituições de Ensino do Brasil e, por meio
desta plataforma foram detectados os endereços eletrônicos dos (as)
coordenadores (as) e/ou diretores (as) das IES de São Paulo. Como, nesta
plataforma, constam informações a respeito das IES do Brasil que oferecem
cursos de Educação Física e, ao mesmo tempo, informações sobre as que
oferecem somente bacharelado, as que oferecem somente Licenciatura e as
que oferecem ambas as modalidades, julgamos interessante registrar estas
informações.
Esta consulta foi realizada em outubro de 2016 e foi encontrado o total
de 1212 Cursos de Ensino Superior de Educação Física com oferta de
Bacharelado e Licenciatura no Brasil.
TOTAL
Instituições de Ensino Superior com cursos de
Licenciatura e Bacharelado em Educação Física do BRASIL em 2016.
1212
Cursos de Ensino Superior de Educação Física do Brasil de Bacharelado e Licenciatura. Disponível em http://www.buscafaculdade.com/curso/390/# Acesso em 16 de out. de 2016.
75
Na mesma consulta foram encontrados 335 Cursos de Ensino Superior
de Bacharelado e Licenciatura em Educação Física no Estado de São Paulo.
TOTAL
Instituições de Ensino Superior com cursos de
Licenciatura e Bacharelado em Educação Física no ESTADO DE SÃO PAULO.
335
Cursos de Ensino Superior de Educação Física do Estado de São Paulo de Bacharelado e Licenciatura.
Disponível em http://www.buscafaculdade.com/curso/390/# Acesso em 16 de out. de 2016.
Destes 335 cursos, 100 deles localizam-se na Região Metropolitana de
São Paulo.
Quadro 1- Instituições de Ensino Superior da Região Metropolitana de
São Paulo que têm Licenciatura em Educação Física.
No. INSTITUIÇÃO PÚB/PRIV
1 CENTRO UNIVERSITÁRIO AMPARENSE Privada
2 CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA Privada
3 CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO Privada
4 CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE BARRETOS
Privada
5 CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ASSOCIADAS DE ENSINO
Privada
6 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAQUARA Privada
7 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JALES Privada
8 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE RIO PRETO Privada
9 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOTUPORANGA Privada
Continua
76
Continuação
No. INSTITUIÇÃO PÚB/PRIV
10 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE PAULISTA Privada
11 CENTRO UNIVERSITÁRIO FIEO Privada
12 CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMINIO OMETTO Privada
13 CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE SÃO PAULO Privada
14 CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA Privada
15 CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCÍNIO Privada
16 CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA Privada
17 CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO Privada
18 CENTRO UNIVERSITÁRIO TOLEDO Privada
19 CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFAFIBE Privada
20 CENTRO UNIVERSITÁRIO UNISEB Privada
21 ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE ASSIS Privada
22 ESCOLA SUPERIOR DE CRUZEIRO "PREFEITO HAMILTON VIEIRA MENDES"
Privada
23 ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE JUNDIAÍ Privada
24 ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO DE PORTO FERREIRA
Privada
25 ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO DE RIO CLARO
Privada
26 FACULDADE ADVENTISTA DE HORTOLÂNDIA Privada
27 FACULDADE BIRIGUI Privada
28 FACULDADE DE AMERICANA Privada
29 FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS DE BRAGANÇA PAULISTA Privada
30 FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS Privada
31 FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E AGRÁRIAS DE ITAPEVA Privada
32 FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA ASSOCIAÇÃO CRISTÃ DE MOÇOS DE SOROCABA
Privada
33 FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE BARRA BONITA Privada
34 FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO INTERIOR PAULISTA Privada
35 FACULDADE DE FILOSOFIA CIÊNCIAS E LETRAS DE SÃO JOSÉ DO RIO PARDO
Privada
36 FACULDADE DE JAGUARIÚNA Privada
37 FACULDADE DE MAUÁ Privada
38 FACULDADE DE PRESIDENTE PRUDENTE Privada
39 FACULDADE DE SÃO VICENTE Privada
40 FACULDADE DE TAQUARITINGA Privada
41 FACULDADE DE VINHEDO Privada
42 FACULDADE DIADEMA Privada
43 FACULDADE DO CLUBE NÁUTICO MOGIANO Privada
Continua
77
Continuação
No. INSTITUIÇÃO PÚB/PRIV
44 FACULDADE ESTÁCIO Privada
45 FACULDADE INTEGRAÇÃO TIETÊ Privada
46 FACULDADE INTEGRADA METROPOLITANA DE CAMPINAS Privada
47 FACULDADE MARECHAL RONDON Privada
48 FACULDADE MARIO SCHENBERG Privada
49 FACULDADE MAX PLANCK Privada
50 FACULDADE MOGIANA DO ESTADO DE SÃO PAULO Privada
51 FACULDADE NETWORK Privada
52 FACULDADE NOSSA CIDADE Privada
53 FACULDADE PERUIBE Privada
54 FACULDADE PIAGET Privada
55 FACULDADE POLITEC Privada
56 FACULDADE PRAIA GRANDE Privada
57 FACULDADE RANCHARIENSE Privada
58 FACULDADES ADAMANTINENSES INTEGRADAS Privada
59 FACULDADE SANT´ANNA DE SALTO Privada
60 FACULDADE SÃO SEBASTIÃO Privada
61 FACULDADES DE DRACENA Privada
62 FACULDADES ESEFAP Privada
63 FACULDADES INTEGRADAS DE BAURU Privada
64 FACULDADES INTEGRADAS DE BOTUCATU Privada
65 FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS Privada
66 FACULDADES INTEGRADAS DE ITARARÉ Privada
67 FACULDADES INTEGRADAS DE RIBEIRÃO PIRES Privada
68 FACULDADES INTEGRADAS DE SANTA FÉ DO SUL Pública
69 FACULDADES INTEGRADAS DO VALE DO RIBEIRA Privada
70 FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA Privada
71 FACULDADES INTEGRADAS PADRE ALBINO Privada
72 FACULDADE SUDOESTE PAULISTA Privada
73 FACULDADES INTEGRADAS STELLA MARIS DE ANDRADINA Privada
74 FACULDADE UNIDA DE SUZANO Privada
75 FACULDADES INTEGRADAS DE SANTO ANDRÉ Privada
76 FACULDADE DE PINDAMONHANGABA Privada
77 INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE ITAPIRA Privada
78 INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO ORÍGENES LESSA Privada
79 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS Privada
Continua
78
Conclusão
No. INSTITUIÇÃO PÚB/PRIV
80 UNIÃO DAS ESCOLAS DO GRUPO FAIMI DE EDUCAÇÃO Privada
81 UNIÃO DAS FACULDADES DOS GRANDES LAGOS Privada
82 UNIVERSIDADE DE FRANCA Privada
83 UNIVERSIDADE DE MARÍLIA Privada
84 UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES Privada
85 UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO Privada
86 UNIVERSIDADE DE SOROCABA Privada
87 UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ Privada
88 UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA Privada
89 UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA Privada
90 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Pública
91 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Pública
92 UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA Privada
93 UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO Privada
94 UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS Privada
95 UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SAO CAETANO DO SUL Pública
96 UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA Privada
97 FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS DE SÃO ROQUE
Privada
98 FACULDADE ESAMC SOROCABA Privada
99 FACULDADE METROPOLITANA SÃO CARLOS Privada
100 UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Privada
FONTE: A autora (2017).
Foi, ainda, detectado que, na Cidade de São Paulo e em sua Região
Metropolitana, dos 100 cursos de Educação Física, há 14 Instituições que
oferecem apenas bacharelado:
TOTAL
Instituições de Ensino Superior que oferecem apenas Bacharelado em
Educação Física do
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO e sua REGIÃO METROPOLITANA.
14
Cursos de Ensino Superior de Educação Física do Estado de São Paulo de Bacharelado Disponível em http://emec.mec.gov.br/ Acesso em 2 de nov. de 2016.
Há, portanto, 86 cursos de Educação Física, nesta região que oferecem
Licenciatura em Educação Física, ou seja, a grande maioria dos cursos oferece
a Licenciatura. Isso se deve a dois fatores: a modificação havida na legislação
79
em 2005, indicando, de alguma maneira, a prioridade para a formação de
professores (as) nos cursos superiores de modo geral e certas exigências para
a oferta de bacharelados e a grande procura, por parte de candidatos, pelo
magistério. Não cabe, aqui, analisar as razões desta acentuada procura.
O total de 100 cursos não corresponde ao total de Instituições, visto que,
uma mesma instituição tem diversos campi na região.
Afunilando, ainda mais os dados das informações sobre as IES da
Cidade de São Paulo, foram identificadas 31 que oferecem a Licenciatura em
Educação Física, conforme quadro abaixo. Como várias delas têm diversos
campi, nessas Instituições há vários cursos de Educação Física. Todos os
cursos de uma mesma Instituição seguem uma mesma proposta curricular e
têm o mesmo plano de ensino para as suas unidades. Daí o número de 31 IES
(não tendo sido computadas as unidades como IES em separado).
Quadro 2 - Instituições de Ensino Superior da Cidade de São Paulo que
têm Licenciatura em Educação Física.
No. INSTITUIÇÃO PÚB/PRIV
1 CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SÃO PAULO Privada
2 CENTRO UNIVERSITÁRIO CAPITAL Privada
3 CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS
UNIDAS (FMU)
Privada
4 CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO RADIAL DE SÃO PAULO Privada
5 CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALO-BRASILEIRO Privada
6 CENTRO UNIVERSITÁRIO SANT´ANNA Privada
7 CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC Privada
8 FACULDADE BRASÍLIA DE SÃO PAULO -----
9 FACULDADE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE Privada
10 FACULDADE DAS AMÉRICAS Privada
11 FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS E ADMINISTRATIVAS
SANTA RITA DE CÁSSIA Privada
12 FACULDADE DE SÃO PAULO Privada
13 FACULDADE FLAMINGO Privada
14 FACULDADE INTERLAGOS DE EDUCAÇÃO E CULTURA Privada
15 FACULDADE MORUMBI SUL Privada
16 FACULDADE VILLAS BOAS Privada
17 UNIVERSIDADE CAMILO CASTELO BRANCO Privada
18 UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO Privada
19 UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL Privada Continua
80
Conclusão
No. INSTITUIÇÃO PÚB/PRIV
20 UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO Privada
21 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Pública
22 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO Pública
23 UNIVERSIDADE IBIRAPUERA Privada
24 UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO Privada
25 UNIVERSIDADE PAULISTA Pública
26 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Privada
27 UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU Privada
28 UNIVERSIDADE BANDEIRANTE DE SÃO PAUL Pública
29 CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO Privada
30 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO Privada
31 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO Pública
FONTE: A autora (2017).
A partir daí, em janeiro de 2016, foram enviadas mensagens eletrônicas
e cartas explicativas sobre a pesquisa aos (as) coordenadores (as) dos Cursos
de Licenciatura em Educação Física destas IES solicitando a matriz curricular
do curso e, no caso de oferecerem as disciplinas Dança e/ou Atividades
Rítmicas, os respectivos Planos de Ensino. Apenas seis delas responderam à
solicitação. Em seguida, a partir de contatos pessoais com outras duas
Instituições da Região Metropolitana de São Paulo obteve as suas matrizes
curriculares e os seus Planos de Ensino. Julgamos por bem incluí-los na
pesquisa, visto poderem oferecer mais dados relativos ao que era pretendido.
Com isso, foram oito as IES cujos planos de ensino das disciplinas Dança e
atividades rítmicas que puderam ser analisados.
No intuito de não identificar estas IES, elas são mencionadas nesta
pesquisa, por números de 1 a 8.
3.3 Informações das IES analisadas.
São apresentadas algumas informações a respeito de cada uma das oito
IES e, a seguir, sua matriz curricular na qual constam as disciplinas Dança e/ou
atividades rítmicas.
81
IES n. 1
Trata-se de uma universidade, de caráter particular localizada no
município de São Paulo e com outros campi no interior.
Declara, no Plano do Curso de Licenciatura em Educação Física, que os
concluintes do mesmo são preparados para atuar na Escola, ou seja,
Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Sua matriz curricular contempla as disciplinas atividades rítmicas e
Dança.
Quadro 3 - Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 1.
Primeiro Semestre
DISCIPLINA CH
HISTÓRIA E INTRODUÇÃO à EDUCAÇÃO FÍSICA 34
ATLETISMO 68
RECREAÇÃO E LAZER 68
GINÁSTICA 68
LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL 68
ANATOMIA HUMANA I 102
ATIVIDADES COMPLEMENTARES (AACC) 35
Total Semestral: 443 horas
Segundo Semestre
DISCIPLINA CH
CINESIOLOGIA 34
HANDEBOL 68
FILOSOFIA E ÉTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA 34
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 34
CULTURAS CORPORAIS DE LUTAS 68
PRÁTICA DE ENSINO EM EDUCAÇÃO FÍSICA 80
ANATOMIA HUMANA II 102
ATIVIDADES COMPLEMENTARES (AACC) 35
Total Semestral: 455 horas
Terceiro Semestre
DISCIPLINA CH
BIOLOGIA 34
ANTROPOLOGIA E SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO 34
GINÁSTICA ARTÍSTICA 68
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO HUMANO 34
FUTEBOL 68
PRÁTICA DE ENSINO INFANTIL 80
APRENDIZAGEM MOTORA 68
ATIVIDADES COMPLEMENTARES (AACC) 35
Total Semestral: 421 horas
Continua
82
Conclusão
Quarto Semestre
DISCIPLINA CH
ATIVIDADES RÍTMICAS 68
BIOQUÍMICA 34
BASQUETEBOL 68
DIDÁTICA 34
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO I 140
PRÁTICA DE ENSINO FUNDAMENTAL I 80
FISIOLOGIA HUMANA 68
METODOLOGIA DA PESQUISA APLICADA A EDUCAÇÃO FÍSICA
34
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I 40
ATIVIDADES COMPLEMENTARES (AACC) 35
Total Semestral: 601 horas
Quinto Semestre
DISCIPLINA CH
ESPORTES RADICAIS 68
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – LIBRAS 34
PRÁTICA DE ENSINO FUNDAMENTAL II 80
FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO 68
DANÇA 68
DISCIPLINA ELETIVA I 34
METODOLOGIA DO ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA 34
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II 40
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO II 130
ATIVIDADES COMPLEMENTARES (AACC) 30
Total Semestral: 586 horas
Sexto Semestre
DISCIPLINA CH
SOCORROS DE URGÊNCIA 34
EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA 34
VOLEIBOL 68
ESPORTES DE RAQUETE 34
MEDIDAS E AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA 34
DISCIPLINA ELETIVA II 34
PRÁTICA DE ENSINO MÉDIO 80
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DE ENSINO 34
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO III 130
ATIVIDADES COMPLEMENTARES (AACC) 30
Total Semestral: 512 horas
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 3.018 horas
Essas informações foram cedidas pelo (a) coordenador (a) do curso de
licenciatura em Educação Física.
83
IES n. 2
Trata-se de uma universidade de cunho privado, com diversas unidades
na Cidade de São Paulo, no interior do Estado de São Paulo, além de outros
estados brasileiros.
Esta IES oferece o curso de licenciatura em Educação Física em apenas
algumas dessas unidades. Pode-se acessar o endereço eletrônico da
instituição no qual está disponível o projeto pedagógico do curso de
Licenciatura em Educação Física do qual constam objetivos, atividades,
mercado de trabalho, práticas e a duração de três anos.
Quadro 4 - Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 2.
DISCIPLINA CH
Anatomia 60
Anatomia dos Sistemas 60
Aprendizagem e Desenvolvimento motor 60
Atividades Complementares 200
Atividades Práticas Supervisionadas 560
Atletismo: Aspectos Pedagógicos e Aprofundamentos 90
Avaliação Diagnóstica 30
Basquetebol: Aspectos Pedagógicos e Aprofundamentos 30
Biologia (Citologia) 60
Biomecânica 60
Ciências Sociais 30
Comunicação e Expressão 30
Corporeidade e Motricidade Humana 30
Crescimento e Desenvolvimento humano 60
Didática Específica - Educação Física 30
Didática Geral 30
Direitos Humanos 30
Educação Ambiental (Optativa) 20
Educação Física Adaptada 60
Educação Física Infantil 30
Educação Física Interdisciplinar 30
Educação Física no Ensino Fundamental 30
Educação Física no Ensino Médio 90
Estágio Curricular 400
Estrutura e Funcionamento da Escola 30
Estudos Disciplinares 140
Filosofia e Dimensões Históricas da Educação Física 60
Fisiologia Aplicada à Atividade Motora 60
Futebol: Aspectos Pedagógicos e Aprofundamentos 60
Ginástica Geral 60
Ginástica Artística 60
Handebol: Aspectos Pedagógicos e Aprofundamentos 30
Homem e Sociedade 30
Interpretação e Produção de Textos 30
Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS 20
Lutas: Aspectos Pedagógicos e Aprofundamentos 60
Continua
84
Conclusão
DISCIPLINA CH
Marketing Pessoal (Optativa) 20
Medidas e Avaliações 60
Metodologia do Trabalho Acadêmico 30
Metodologia do Treinamento Físico 30
Métodos de Pesquisa 30
Natação: Aspectos Pedagógicos e Aprofundamentos 60
Planejamento e Políticas Públicas de Educação 30
Políticas Públicas e Inclusão Social 30
Pratica de Ensino: Introdução à Docência 30
Pratica de Ensino: Integração Escola e Comunidade 30
Prática de Ensino: Observação e Projetos 30
Pratica de Ensino: Reflexões 30
Prática de Ensino: Trajetória da Práxis 30
Prática de Ensino: Vivência no Ambiente Educativo 30
Primeiros Socorros 30
Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem 30
Recreação 60
Relações Étnico-Raciais e Afro descendência (Optativa) 20
Ritmo e Dança 30
Voleibol: Aspectos Pedagógicos e Aprofundamentos 60
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 3.410 horas-aula e 2.842 horas
Para esta pesquisa foram cedidos o Plano de Ensino de ‘Ritmo e
Dança’ contendo 30 horas do curso, Matriz Curricular e o projeto pedagógico
de Licenciatura em Educação Física que é o mesmo para todas as suas
unidades.
IES n. 3.
Sediada, como as anteriores na Cidade de São Paulo desde o ano 2000,
oferece o Curso de Licenciatura em Educação Física “que visa formar
profissionais que estejam aptos a atuarem no contexto escolar. (...) pautando-
se no ensino e reflexão das práticas da cultura corporal do movimento”.
Quadro 5 - Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura
IES 3.
PRIMEIRO
SEMESTRE
DISCIPLINA CH HR
Introdução e História da Educação Física 80 66.66
Linguagem e Produção de Textos 80 66.66
Anatomia 80 66.66
Esportes Individuais 80 66.66
Esportes Coletivos I 80 66.66
Práticas Curriculares I 45 45
Total Semestral: 430 horas / 363.33 Horas relógio
Continua
85
Continuação
Segundo Semestre
DISCIPLINA CH HR
Metodologia da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico 80 66.66
Bases Biológicas aplicadas à Educação Física 80 66.66
Crescimento, Desenvolvimento e Aprendizagem motora 80 66.66
Manifestações Rítmicas e Expressivas 80 66.66
Esportes Coletivos II 80 66.66
Práticas Curriculares II 45 45
Total Semestral: 430 horas / 363.33 Horas relógio
Terceiro Semestre
DISCIPLINA CH HR
Organização e Políticas da Escola 80 66.66
Didática Aplicada à Educação Física 80 66.66
Educação Física na Educação Infantil 40 33.33
Dimensões Sociológicas da Educação Física 80 66.66
Recreação e Lazer 80 66.66
Fisiologia Humana 40 33.33
Práticas Curriculares III 45 45
Estágio Supervisionado na Educação Infantil 100
Total Semestral: 430 horas / 463.33 Horas relógio
Quarto Semestre
DISCIPLINA CH HR
Noções Básicas de Saúde e Primeiros Socorros 40 33.33
Biomecânica 40 33.33
Fisiologia do Exercício 80 66.66
Nutrição aplicada à Educação Física 80 66.66
Fundamentos e Práticas do Ensino da Educação Física no Ensino Fundamental do 1° Ciclo
80 66.66
Ginásticas 80 66.66
Práticas Curriculares IV 45 45
Estágio Supervisionado no 1° Ciclo do Ensino Fundamental 100
Total Semestral: 430 horas / 463.33 Horas relógio
Quinto Semestre
DISCIPLINA CH HR
Psicologia da Educação 80 66.66
Filosofia e Ética Profissional 40 33.33
Fundamentos e Práticas do Ensino da Educação Física no 2ºCiclo do Ensino Fundamental
40 33.33
Atividades Circenses e de Aventura 80 66.66
Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS 80 66.66
Estudos das Realidades Contemporânea I 40 33.33
Cinesiologia 40 33.33
Práticas Curriculares V 45 45
Estágio Supervisionado no 2° Ciclo do Ensino Fundamental 100
Total Semestral: 430 horas / 463.33 Horas relógio
Continua
86
IES n. 4
É outra universidade privada que oferece o Curso de Licenciatura em
Educação Física, com unidades na Cidade de São Paulo, no interior do Estado,
e em outros estados brasileiros. É a mais antiga dentre as oito unidades: sua
criação data de 1870.
Quadro 6 - Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 4
1ª ETAPA
Cod. Disc. Nome da Disciplina CH T P D.N.*
Anatomia Humana I 04 02 02 S
Citologia e Histologia 04 02 02 S
220.6104.5 Bases Filosóficas Aplicadas à Educação Física I 03 03 N
220.6105.5 Bases Psicológicas Aplicadas à Educação Física I 03 03 N
Teoria e Prática da Ginástica 03 02 01 S
282.6101.1 Teoria e Prática do Handebol I 03 02 01 N
Português Instrumental 02 02 S
041.6100.9 Ética e Cidadania I 02 02 N
Crescimento e Desenvolvimento Motor 03 02 01 S
281.6102.5 Teoria e Prática dos Jogos e Recreação I 03 02 01 N
Total Semestral: CH=30 / T=22 / P= 08
Continua
Continuação
Sexto Semestre
DISCIPLINA CH HR
Fundamentos e Práticas do Ensino da Educação Física no Ensino Médio
40 33.33
Educação Física Inclusiva 80 66.66
Lutas 80 66.66
Atividades Aquáticas 80 66.66
Avaliação Educacional 40 33.33
Estudo da Realidade Contemporânea II 80 66.66
PI: Cidadania e Responsabilidade Social 60
Estágio Supervisionado no Ensino Médio 100
Total Semestral: 360 horas / 460 Horas relógio
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 2.320 horas / 2.893 Horas relógio
87
Continuação
2ª ETAPA
Cod. Disc. Nome da Disciplina CH T P D.N.*
Anatomia Humana II 02 01 01 S
Bases Biológicas Aplicadas à Educação Física 02 01 01 S
220.6202.5 Bases Filosóficas Aplicadas à Educação Física II 03 03 N
282.6201.8 Teoria e Prática do Handebol II 03 02 01 N
Fisiologia 04 03 01 S
Primeiros Socorros 04 02 02 S
041.6200.5 Ética e Cidadania II 02 02 N
282.6204.2 Bases Pedagógicas Aplicadas a Educação Física I 03 02 01 N
282.6504.1 Teoria e Prática do Basquetebol I 03 02 01 N
281.6201.3 Teoria e Pratica dos Jogos e Recreação II 03 02 01 N
Total Semestral: CH=29 / T=22 / P= 07
3ª ETAPA
Cod. Disc. Nome da Disciplina CH T P D.N.*
282.6504.1 Teoria e Prática do Basquetebol II 03 02 01 N
040.6301.5 Bases Sociológicas Aplicadas à Educação Física I 02 02 N
Aprendizagem e Controle motor I 03 02 01 S
Fisiologia do Exercício I 03 02 01 S
282.6303.0 Teoria e Prática do Voleibol I 03 02 01 N
282.6302.2 Teoria e Prática das Atividades Rítmicas I 03 02 01 N
282.6303.0 Teoria e Prática do Futebol I 03 02 01 N
282.6507.6 Metodologia do Trabalho Científico I 02 02 S
282.6310.3 Bases Pedagógicas da Educação Física II 03 02 01 N
Educação Física na Infância I 03 02 01 S
221.2515.9 Língua Brasileira de Sinais – Libras 02 01 01 N
Total Semestral: CH=30 / T=20 / P= 10
4ª ETAPA
Cod. Disc. Nome da Disciplina CH T P D.N.*
Fisiologia do Exercício II 03 02 01 S
Bases Sociológicas Aplicadas à Educação Física
II 03 03 S
282.6500.9 Aprendizagem e Controle Motor II 02 02 N
282.6600.5 Metodologia do Trabalho Científico II 02 02 S
282.6406.1 Teoria e Prática do Voleibol II 03 02 01 N
282.6404.5 Teoria e Prática das Atividades Rítmicas II 03 02 01 N
282.6405.3 Teoria e Prática do Futebol II 03 02 01 N
Educação Física na Infância II 03 02 01 S
221.6201.1 Fundamentos da Educação 03 03 N
Docência na contemporaneidade 03 03 S
Psicologia da Educação 02 02 S
Total Semestral: CH=30 / T=25 / P= 05
Continua
88
Conclusão
5ª ETAPA
Cod. Disc. Nome da Disciplina CH T P D.N.*
282.6614.5 Teoria e Prática da Educação Física Adaptada I 03 02 01 S
282.6503.3 Teoria e Prática do Atletismo I 03 02 01 N
110.6601.6 Tecnologia da Informação e da Comunicação 03 03 N
Cineantropometria 03 02 01 S
282.6508.4 Biomecânica I 02 02 N
282.6414.2 Teoria e Prática da Ginástica Artística I 03 02 01 N
281.6401.6 Teoria e Prática das Lutas I 03 02 01 N
221.2466.7 Educação e Alteridade 02 02 N
Metodologia do Ensino da Ed. Física na Educa.
Infantil 03 02 01 S
Metodologia do Ensino da Ed. Física no Ens.
Fundamental I 03 02 01 S
282.6512.2 Trabalho de Conclusão de Curso I 02 01 01 S
Total Semestral: CH=30 / T=22 / P= 08
6ª ETAPA
Cod. Disc. Nome da Disciplina CH T P D.N.*
282.6615.3 Bases Nutricionais Aplicadas à Ed. Física I 03 03 N
281.6101.7 Teoria e Prática dos Esportes Aquáticos I 03 02 01 N
282.6604.8 Teoria e Prática do Atletismo II 03 02 01 N
Educação Física na Adolescência 03 02 01 S
Metodologia de Ensino da Ed. Física Escolar
Adaptada 02 02 S
Metodologia do Ensino da Ed. Física no Ens.
Médio 03 02 01 S
Metodologia Do Ensino da Ed.Física no Ens.
Fundamental II 03 02 01 S
Projetos Educacionais 03 02 01 S
221.6501.0 Políticas Educacionais 03 N
282.6611.0 Trabalho de Conclusão de Curso 02 01 01 S
Total Semestral: CH=28 / T=21 / P= 07
TOTAL CH (h) 2.256 h
ATIVIDADES COMPLEMENTATRES 200 h
ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS 400 h
TOTAL DE HORAS DO CURSO DE LICENCIATURA 2.856 h
A IES forneceu os Planos de Ensino das disciplinas ‘Teoria e Prática
das Atividades Rítmicas I e II’ e a Matriz Curricular do Curso de Licenciatura
em Educação Física.
IES n. 5
Trata-se de uma Faculdade particular sediada no município de Suzano,
que faz parte da região metropolitana de São Paulo.
89
O objetivo do curso de Licenciatura em Educação Física é o de oferecer
formação para os futuros docentes atuarem na Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Ensino Médio.
Segue a Matriz Curricular do Curso Licenciatura em Educação
Física do ano de ano de 2017, conforme fornecido pelo (a) Coordenador
(a).
Quadro 7 - Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 5
Primeiro Semestre
DISCIPLINA CH
Introdução à Atividade Acadêmica 40
Biologia I 40
Anatomia I 40
Introdução à Motricidade 40
Ludomotricidade 40
Desenvolvimento Motor 80
Antropossociologia e Trabalho de Campo Antropológico 40
Informática e Sistemas de Informação 40
Comunicação Oral e Escrita 40
Atividades Complementares 20
Total Semestral: 420 horas
Segundo Semestre
DISCIPLINA CH
Anatomia II 80
Cinesiologia 80
Fisiologia Humana 80
Motricidade Humana: Dinâmicas de Jogos 40
Dinâmicas do Mundo Contemporâneo 40
Motricidade Humana: Esportes Coletivos I 40
Psicologia do Desenvolvimento e Epigênese 40
Atividades Complementares 20
Total Semestral: 420 horas
Terceiro Semestre
DISCIPLINA CH
Metodologia e Prática de Ensino em Educação Física 80
Motricidade Humana: Esportes Coletivos II 80
Psicologia Aplicada à Educação Física 40
Educação Motora na Escola I 80
Dimensões Sociais e Históricas da Educação Física 80
Didática 40
Atividades Complementares 40
Total Semestral: 440 horas
Continua
90
Conclusão
Quarto Semestre
DISCIPLINA CH
Didática Aplicada à Educação Física 40
Planejamento e Avaliação em Educação Física 40
Educação Motora na Escola II 80
Fundamentos das Ginásticas I 40
Motricidade Humana: Os Esportes Individuais 80
Motricidade Humana: Lutas 40
Motricidade Humana: Dança 40
A Humanidade e o Futuro: Paradigmas Ecológico, ético, poético e Direitos Humanos
40
Estágio Supervisionado 80
Atividades 40
Total Semestral: 520 horas
Quinto Semestre
DISCIPLINA CH
Educação Motora Adaptada I 80
Epistemologia e Metodologia científica 40
Fundamentos das Ginásticas II 40
Motricidade Humana: Ecomotricidade e as Atividades de Aventura I 80
Primeiros Socorros 40
Organização da Educação Brasileira 80
Estágio Supervisionado 160
Trabalho de Conclusão de Curso I 40
Atividades Complementares 40
Total Semestral: 600 horas
Sexto Semestre
DISCIPLINA CH
Motricidade Humana: As Práticas Corporais e a Promoção da Saúde 80
Motricidade Humana: Recreação e Lazer 80
Educação Motora Adaptada II 40
Fundamentos das Atividades Aquáticas 80
Língua Brasileira de Sinais – Libras 40
Trabalho de Conclusão de Curso II 40
Estágio Supervisionado 160
Atividades Complementares 40
Total Semestral: 560 horas
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 2.960 horas
IES n. 6
Universidade privada com sede no município de São Paulo, e que
oferece a Licenciatura em Educação Física com vistas a que seus (suas)
concluintes possam atuar na Escola. Propõem em seu projeto pedagógico,
oferecer conhecimentos e práticas em Danças, atividades rítmicas e
expressivas, além de outros conteúdos próprios da área.
91
Possui duas unidades na cidade de São Paulo e tem a seguinte Matriz
Curricular do curso de Licenciatura em Educação Física cedida pela Instituição.
Quadro 8 - Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura
IES 6.
DISCIPLINAS
PRÁTICA DE ENS E ORIEN ESTÁG CURRIC SUPERVIS EM EDUCAÇÃO FÍSICA I
PRÁTICA DE ENS E ORIEN ESTÁG CURRIC SUPERVIS EM EDUCAÇÃO FÍSICA II
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA II
PRÁTICA DE ENS E ORIENTAÇÃO EST CUR SUPERV EM EDUCAÇÃO FÍSICA III
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA III
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA I
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS ESPORT: ESPORTES INDIVIDUAIS
ANATOMIA HUMANA
APRENDIZAGEM MOTORA
ASPECTOS ORGANIZACIONAIS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
ASPECTOS TEÓRICOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
ATIVIDADES AQUÁTICAS
BASES TEÓRICO-PRÁTICAS DO CONDICIONAMENTO FÍSICO
CINEANTROPOMETRIA
CRESCIMENTO E DESENV HUMANO APLICADOS À ED FÍSICA I
CRESCIMENTO E DESENVOL HUMANO APLICADOS À ED FÍSICA II
DIDÁTICA
EDUCAÇÃO FÍSICA E LAZER
EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL
EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO
ENSINO DE LUTAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
ESTUDOS DIRIGIDOS
ESTUDOS DIRIGIDOS I
ESTUDOS DIRIGIDOS II
ESTUDOS DIRIGIDOS III
ESTUDOS DIRIGIDOS IV
ESTUDOS DIRIGIDOS V
FILOSOFIA
FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
FUNDAMENTOS DE BIOLOGIA APLICADOS À EDUCAÇÃO FÍSICA
FUNDAMENTOS DE BIOMECÂNICA APLICADOS À EDUCAÇÃO FÍSICA
FUNDAMENTOS DE CINESIOLOGIA APLICADOS À EDUCAÇÃO FÍSICA
FUNDAMENTOS DE FISIOLOGIA APLICADOS À EDUC FÍSICA
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
LEGISLAÇÃO DA ESCOLA E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
MANIFESTAÇÕES CULTUR ESPORTIVAS: ESPORTES COLETIVOS II
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS ESPORTIVAS
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS ESPORTIVAS: ESPORTES COLETIVOS I
MANIFESTAÇÕES GÍMNICAS
MANIFESTAÇÕES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS
METODOLOGIA DE PESQUISA
OPTATIVA
OPTATIVA
PESQUISAS EM EDUCAÇÃO FÍSICA I
PESQUISAS EM EDUCAÇÃO FÍSICA II
PROCESSOS E TÉCNICAS DE ESTUDO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
92
IES n. 7
Uma faculdade privada sediada, também, no Município de Suzano
(Grande São Paulo) que disponibilizou sua Matriz Curricular e o Plano de
Ensino de Dança. Como as demais, visa, com a Licenciatura em Educação
Física, a preparação de professores (as) para a Escola.
Quadro 9 - Matriz Curricular do Curso de Educação Física – Licenciatura IES 7.
COMPONENTE CURRICULAR
CARGA HORÁRIA SEMESTRAL
CH Semanal
Presencial Práticas Total Hora
Relógio
1o SEMESTRE
Introdução e História da Educação Física
4 80 80 66.66
Linguagem e Produção de Textos
4 80 80 66.66
Anatomia 4 80 80 66.66
Esportes Individuais 4 40 40 80 66.66
Esportes Coletivos I 4 40 40 80 66.66
Pesquisas e práticas curriculares I
45 45 45
SUBTOTAL 20 320 125 445 378
2o SEMESTRE
Metodologia da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico
4 80 80 66.66
Bases Biológicas aplicadas à Educação Física
4 80 80 66.66
Crescimento, Desenvolvimento e Aprendizagem motora.
4 80 80 66.66
Manifestações Rítmicas e Expressivas
4 40 40 80 66.66
Esportes Coletivos II 4 40 40 80 66.66
Pesquisas e práticas curriculares II
45 45 45
SUBTOTAL 20 320 125 445 378
3O SEMESTRE
Organização e Políticas da Escola
4 80 80 66.66
Didática Aplicada à Educação Física
4 80 80 66.66
Dimensões Sociológicas da Educação Física
4 80 80 66.66
Recreação e Lazer 4 40 40 80 66.66
Fisiologia Humana 4 80 80 66.66
Pesquisas e práticas curriculares III
45 45 45
SUBTOTAL 20 360 85 445 378
Continua
93
Continuação
COMPONENTE CURRICULAR
CARGA HORÁRIA SEMESTRAL
CH Semanal
Presencial Práticas Total Hora
Relógio
4o SEMESTRE
Noções de Primeiros Socorros 2 40 40 33.33
Cinesiologia 2 40 40 33.33
Fisiologia do Exercício 4 80 80 66.66
Noções Básicas de Saúde 4 80 80 66.66
Fundamentos e Práticas do Ensino da Educação Física na Educação Infantil e no Ensino
Fundamental 1
4 80 80 66.66
Ginásticas 4 40 40 80 66.66
Pesquisas e práticas curriculares IV
45 45 45
Estágio Supervisionado na Educação Infantil
100
Estágio Supervisionado no 1o
Ciclo do Ensino Fundamental 100
SUBTOTAL 20 280 165 445 578
5º SEMESTRE
Psicologia da Educação 4 80 80 66.66
Filosofia e Ética Profissional 2 40 40 33.33
Fundamentos e Práticas do Ensino da Educação Física no
Ensino Fundamental 2 2 40 40 33.33
Atividades Circenses 2 20 20 40 33.33
Atividades de Aventura 2 20 20 40 33.33
Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS
4 80 80 66.66
Biomecânica 2 40 40 33.33
Pesquisas e práticas curriculares V
45 45 45
Estágio Supervisionado no 2o
Ciclo do Ensino Fundamental 100
SUBTOTAL 18 280 125 405 444,97
6o
SEMESTRE
Fundamentos e Práticas do Ensino da Educação Física no
Ensino Médio 2 40 40 33.33
Lutas 4 60 20 80 66.66
Políticas da Educação Ambiental 2 40 40 33.33
História e cultura afro-brasileira e indígena
2 40 40 33.33
Educação física para pessoas com necessidades especiais
4 60 20 80 66.66
Avaliação Educacional 2 40 40 33.33
Estudo da Realidade Contemporânea e Direitos
Humanos 2 40 40 33.33
Pesquisas e práticas curriculares VI
45 45 45
Estágio Supervisionado no Ensino Médio
100
SUBTOTAL 18 280 125 405 444,97
94
Conclusão
Carga Horária Hora aula Hora relógio
(1) CH de disciplinas curriculares presenciais
1.840 1.533
(2) CH de estágio supervisionado 400
(3) CH de atividades complementares 200
(4) Atividades de práticas curriculares disciplinares
480 400
(5) Pesquisas e Práticas curriculares 270
Carga Horária total do curso 2320 2.803
Aqui, também, não há a disciplina Dança, mas a disciplina
Manifestações Rítmicas e Expressivas que, nos seus conteúdos contempla a
Dança.
IES n. 8
Outra faculdade particular do município de São Paulo, de recente
criação e com duas unidades. Oferece o Curso de Licenciatura em Educação
Física com duração de nove (9) semestres, presencial, com carga horária de
2893 horas, visando, como as demais, a preparar professores (as) para a
Escola. Consta na sua matriz curricular, a disciplina manifestações rítmicas e
expressivas que contempla como nos demais casos já citados, a Dança.
Quadro 10 - Matriz Curricular do Curso de Educação Física –
Licenciatura IES 8
Primeiro Semestre
DISCIPLINA CH HR
Introdução e História da Educação Física 80 66.66
Linguagem e Produção de Textos 80 66.66
Anatomia 80 66.66
Esportes Individuais 80 66.66
Esportes Coletivos I 80 66.66
PI: Cidadania e Responsabilidade Social 60
Total Semestral: 400 horas / 393.33 Horas relógio
Segundo Semestre
DISCIPLINA CH HR
Metodologia da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico 80 66.66
Bases Biológicas aplicadas à Educação Física 80 66.66
Crescimento, Desenvolvimento e Aprendizagem motora
80 66.66
Manifestações Rítmicas e Expressivas 80 66.66
Esportes Coletivos II 80 66.66
PI: Cidadania e Responsabilidade Social 60
Continua
95
Conclusão
Terceiro Semestre
DISCIPLINA CH HR
Organização e Políticas da Escola 80 66.66
Didática Aplicada à Educação Física 80 66.66
Dimensões Sociológicas da Educação Física 80 66.66
Recreação e Lazer 80 66.66
Fisiologia Humana 80 66.66
PI: Cidadania e Responsabilidade Social 60
Total Semestral: 400 horas / 393.33 Horas relógio
Quarto Semestre
DISCIPLINA CH HR
Noções de Primeiros Socorros 40 33.33
Cinesiologia 40 33.33
Fisiologia do Exercício 80 66.66
Noções Básicas de Saúde 80 66.66
Fundamentos e Práticas do Ensino da Educação Física na Educação Infantil e no Ensino Fundamental
1 80 66.66
Ginásticas 80 66.66
PI: Cidadania e Responsabilidade Social 60
Estágio Supervisionado na Educação Infantil 100
Estágio Supervisionado no 1o Ciclo do Ensino Fundamental
100
Total Semestral: 400 horas / 593.33 Horas relógio
Quinto Semestre
DISCIPLINA CH HR
Psicologia da Educação 80 66.66
Filosofia e Ética Profissional 40 33.33
Fundamentos e Práticas do Ensino da Educação Física no Ensino Fundamental 2
40 33.33
Atividades Circenses 40 33.33
Atividades de Aventura 40 33.33
Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS 80 66.66
Biomecânica 40 33.33
PI: Cidadania e Responsabilidade Social 60
Estágio Supervisionado no 2o Ciclo do Ensino Fundamental
100
Total Semestral: 360 horas / 459.97 Horas relógio
Sexto Semestre
DISCIPLINA CH HR
Fundamentos e Práticas do Ensino da Educação Física no Ensino Médio
40 33.33
Lutas 80 66.66
Políticas da Educação Ambiental 40 33.33
História e cultura afro-brasileira e indígena 40 33.33
Atividades Aquáticas 80 66.66
Avaliação Educacional 40 33.33
Estudo da Realidade Contemporânea 40 33.33
PI: Cidadania e Responsabilidade Social 60
Estágio Supervisionado no Ensino Médio 100
Total Semestral: 360 horas / 460 Horas relógio
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 2.320 horas / 2.893 Horas relógio
96
3.4. Dança e/ou Atividades Rítmicas nos Planos de Ensino das
Licenciaturas em Educação Física Investigadas.
Outro dado que chamou a atenção, foi o da diferença de nomenclatura
ou de denominação de disciplinas que contemplam os blocos de conteúdo das
atividades rítmicas e expressivas (que incluem a Dança) nos cursos de Ensino
Superior de Licenciatura em Educação Física, conforme mostrado a seguir.
Veja-se o quadro abaixo:
Quadro 11 - DIFERENÇAS DE NOMENCLARATURAS DAS DISCIPLINAS QUE
CONTEMPLAM OS BLOCOS DE CONTEÚDO DAS ATIVIDADES RITMICAS E
EXPRESSIVAS NOS CURSOS DE ENSINO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM
EDUCAÇÃO FÍSICA ENTRE AS IES DE SÃO PAULO.
I.E.S 1 I.E.S 2 I.E.S 3 I.E.S 4 I.E.S 5 I.E.S 6 I.E.S 7 I.E.S 8
Atividades Rítmicas
Ritmo e
Dança
Manifestações Rítmicas e
Expressivas
Teoria e Prática das A.
Rítmicas I
Motricidade Humana:
Dança
Manifestações Rítmicas e
Expressivas
A. Rítmicas
Manifestações Rítmicas e
Expressivas
Dança
Teoria e Prática das A.
Rítmicas II
FONTE: A autora (2017).
Há também diferenças, tanto de localização da oferta das disciplinas
rítmicas e Dança nos semestres ou etapas dos cursos das IES, quanto de
quantidade de semestres ou etapas em que são oferecidas e também na carga
horária das mesmas, conforme mostram os dois quadros seguintes:
Quadro 12 - SEMESTRES DAS DISCIPLINAS DE ATIVIDADES RITMICAS E DANÇA DOS CURSOS DE ENSINO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA.
I.E.S 1 I.E.S 2 I.E.S 3 I.E.S 4 I.E.S 5 I.E.S 6 I.E.S 7 I.E.S 8
4º e 5º Semestres
6º Semestre
2º Semestre
Etapa 3 e 4
4º Semestre
2º Semestre
2º Semestre
2º Semestre
FONTE: A autora (2017).
97
Quadro 13 - CARGA HORÁRIA DAS DISCIPLINAS DE ATIVIDADES RITMICAS E DANÇA DOS CURSOS DE ENSINO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
I.E.S 1 I.E.S 2 I.E.S 3 I.E.S 4 I.E.S 5 I.E.S 6 I.E.S 7 I.E.S 8
156
HORAS 40
HORAS 80
HORAS 60
HORAS 40
HORAS 40
HORAS 33
HORAS 80
HORAS
FONTE: A autora (2017).
Esta distribuição, bem como a atribuição de carga horária destas
disciplinas, pode ser um indicador da maior ou menor importância dada a estas
disciplinas nos cursos das IES investigadas.
Afirma-se que pode ser um indicador, mas o mesmo deve ser
investigado, pois há outros fatores que influenciam esta organização curricular
que variam de instituição para instituição. Um deles pode ser a maior ou menor
influência exercida por certos grupos de docentes, ou, nos casos de instituições
públicas, a existência de professores (as) concursados e a necessidade ou
conveniência de que estejam com as cargas horárias de seus contratos de
trabalho preenchidas. Ainda que interessante de ser analisada, esta situação
não é o foco deste trabalho.
Os dados seguintes são mais diretamente ligados a esta pesquisa,
como: as ementas, os objetivos apontados pelas IES e os conteúdos que nelas
são indicados para serem efetuados na formação dos (as) futuros (as)
professores (as) de Educação Física.
No próximo quadro, segue as informações das ementas presentes nos
planos de ensino das IES analisadas.
Quadro 14 - EMENTAS DAS DISCIPLINAS POR I.E.S Plano 1 da I.E.S 1
As Atividades Rítmicas como forma de manifestação cultural e linguagem corporal.
Ritmos e as possibilidades de movimentos utilizados pela cultura corporal e suas adaptações à população escolar.
Criatividade, expressão e consciência corporal.
Ginástica Rítmica e as possibilidades do ritmo.
Concepção do ritmo na Educação Física e sua importância no ensino aprendizagem para o conhecimento da cultura corporal de movimento por meio da música, da percussão e da ginástica.
As relações das atividades rítmicas e expressivas com gênero, etnia e deficiências.
Continua
98
Continuação
EMENTAS DAS DISCIPLINAS POR I.E.S
Plano 2 da I.E.S 1
Abordagem da Dança como manifestação histórica e expressão cultural humana.
Dança enquanto linguagem não verbal e comunicação corporal.
Relações da Dança com a Educação, Arte, Diversidade Humana, Qualidade de Vida, Saúde, Treinamento, Educação Física e Escola.
As relações da prática da Dança com gênero, etnia e deficiência. I.E.S 2
Introdução aos conceitos e definições do Ritmo e da Dança e sua relação com a Educação Física;
Estudo do ritmo enquanto elemento fundamental na vida do ser humano;
Exploração do componente musical na atuação profissional;
Sistemas e métodos de Dança.
I.E.S 3
Estudo das atividades rítmicas e expressivas, através da compreensão de sua história, cultura, métodos didáticos de ensino e aprendizagem e sua aplicação na escola no contexto da escola e da Educação Física.
Experimentação da Dança através da vivência em atividades rítmicas e expressivas, Danças populares e folclóricas, manifestações afro-brasileiras e indígenas, exercícios de musicalização, criatividade, consciência corporal, pesquisa de movimentos e montagens
coreográficas. Plano 1 da I.E.S 4
A disciplina procura desenvolver a fundamentação e análise da relação Ritmo-movimento e suas características, tipos e funções gerais.
Os elementos do Ritmo (pulso, andamento, acento, intensidade e padrões rítmicos) são conceituados e caracterizados.
Estratégias de ensino-aprendizagem dos elementos do Ritmo são analisadas e aplicadas.
Discute-se a relação música-movimento e os aspectos relevantes na prática profissional. Plano 2 da I.E.S 4
Na disciplina a Parlenda é caracterizada enquanto atividade rítmica.
As atividades rítmicas criativas são analisadas bem como estratégias para a sua aplicação.
A relação música-movimento e os aspectos relevantes na prática profissional são discutidos.
Analisa-se a relação Ritmo-movimento e suas diversas possibilidades no esporte, ginástica, Dança e atividades físicas em geral.
Desenvolve-se a fundamentação e aplicação de aspectos metodológicos e pedagógicos de ensino-aprendizagem das atividades rítmicas em geral para diferentes faixas etárias.
I.E.S 5
O elemento DANÇAS como patrimônio cultural e sua influência nos diferentes contextos.
As teorias das DANÇAS e suas múltiplas abordagens no universo da Educação Física- Motricidade Humana.
O papel do profissional de Educação Física na sociedade contemporânea que trabalha com o tema DANÇAS.
Construção de um repertório de DANÇAS.
Organização de espaços e ambientes que propiciem a prática de DANÇAS.
Desenvolver práticas e reflexões sobre os diversos tipos de DANÇAS. Continua
99
Conclusão
EMENTAS DAS DISCIPLINAS POR I.E.S
I.E.S 6
Estudo da noção de ritmo nas suas diversas formas de análise, objetivando o conhecimento do gesto e seu potencial expressivo relacionado à Dança no universo das artes e como recurso educacional.
I.E.S 7
Componentes básicos que propiciam um desenvolvimento sensório-motriz.
A exploração associativa da música, da percussão e do movimento favorece a percepção rítmica.
Valor educativo da atividade rítmica.
Processo ensino-aprendizagem das atividades rítmicas.
I.E.S 8
Estudo das atividades rítmicas e expressivas, por meio da compreensão de sua história, cultura, métodos didáticos de ensino e aprendizagem e sua aplicação na escola no contexto da escola e da Educação Física.
Experimentação da Dança por meio de vivências em atividades rítmicas e expressivas, Danças populares e folclóricas, manifestações afro-brasileiras e indígenas, exercícios de musicalização, criatividade, consciência corporal, pesquisa de movimentos e montagens coreográficas.
Dança como meio de inclusão
FONTE: A autora (2017).
Inicialmente buscou-se listar em um quadro, informações relativas aos
objetivos presentes nos planos de ensino das IES investigadas. Estes dados,
como já afirmados, serão objeto de análise no próximo capítulo.
Os Planos de Ensino das disciplinas de Dança, atividades rítmicas e
correlatas constam do Anexo 1.
Quadro 15 - OBJETIVOS DAS DISCIPLINAS POR I.E.S
Plano 1 da I.E.S 1
Competências Desenvolvidas:
Conhecer as Atividades Rítmicas para estimular à criação e reflexão.
Compreender a música como meio para a expressão do movimento.
Analisar timbres, sons, instrumentos e objetos musicais.
Aplicar a teoria musical como componente motivador e educacional nas aulas de atividades rítmicas e expressivas na Educação Física escolar.
Compreender o ritmo como fenômeno universal e educativo.
Sintetizar o trabalho integrado com música, percussão e movimento.
Esclarecer os sentidos para o desenvolvimento da percepção rítmica. Habilidades Desenvolvidas:
Planejar a Ginástica Rítmica como meio para integrar movimento corporal, os movimentos dos aparelhos e a música.
Promover as Danças folclóricas e as manifestações populares que compõem a cultura do nosso país e fora dele.
Desenvolver o sentido auditivo por meio da educação musical, rítmica e sonora.
Reconhecer as relações de gênero presentes na sociedade, na Educação Física e especialmente nas atividades rítmicas e expressivas.
Continua
100
Continuação
OBJETIVOS DAS DISCIPLINAS POR I.E.S
Plano 1 da I.E.S 1
Verificar o conhecimento, a compreensão, a aplicação, a análise, a síntese e a avaliação
dos/as alunos/as diante de cada processo de aprendizagem da disciplina
Plano 2 da I.E.S 1
Competências Desenvolvidas:
Compreender os diferentes contextos históricos da Dança na sociedade;
Apreender os conhecimentos sobre o corpo na sociedade por meio da corporeidade e da motricidade;
Entender a Dança enquanto área de intervenção e conhecimento;
Desenvolver o conteúdo da Arte, da Linguagem e da Cultura Corporal de Movimento na Educação Física;
Analisar a complexidade que envolve a Dança na Educação Física na diversidade humana, enquanto treinamento, saúde, qualidade de vida, arte e educação dentro do ambiente escolar.
Habilidades Desenvolvidas:
Questionar os padrões do corpo e do movimento da Dança na sociedade contemporânea construída por meio dos meios de comunicação de massa;
Promover o conhecimento da Dança educação a partir das diferentes linguagens técnicas da Dança afro, popular, urbana, de salão, esportiva como conteúdo da Educação Física Escolar;
Valorizar a imaginação, a criatividade, a percepção e a expressão corporal;
Capacitar para planejar e aplicar as diferentes manifestações das Danças na escola;
Planejar apresentações de Dança para o Ensino Infantil, Ensino Fundamental I e II, e Ensino Médio;
Elaborar espetáculos de técnicas de Dança por meio de composições coreográfica no ambiente escolar.
I.E.S 2
Gerais:
Utilizar o ritmo como um dos meios para o desenvolvimento de habilidades motoras e capacidades físicas.
Repensar e valorizar a Dança como um bem cultural, compreendendo e reconhecendo seu valor social, filosófico, artístico e educacional.
Estudo do movimento e das diversas possibilidades da Dança com foco em educação e atividade física.
Capacitar aos alunos como pesquisadores em Dança. Específicos:
Facilitar a integração dos conteúdos rítmicos e expressivos para formulação de trabalhos que demonstrem o domínio conceitual da linguagem corporal.
Promover a experimentação e pesquisa das diversas formas de locomoção, deslocamentos e orientação no espaço (caminhos, direções, planos e níveis)
Promover a experimentação na movimentação considerando as mudanças de velocidade, de tempo, de ritmo e o desenho no espaço.
Facilitar ao professor de Educação Física a elaboração, desenvolvimento e aplicação da Dança em programas escolares, bem como em programas em geral.
Reconhecer e identificar a Dança e suas concepções estéticas nas diversas culturas considerando as criações regionais, nacionais e internacionais.
Compreender quais são as capacidades físicas mais requisitadas para a prática.
Continua
101
Continua
Continuação
OBJETIVOS DAS DISCIPLINAS POR I.E.S
I.E.S 3
Estimular o aluno do curso de formação em Educação Física a descobrir as atividades rítmicas e expressivas como possibilidades de intervenção pedagógica no contexto escolar;
Compreender e vivenciar a Dança como exercício de pesquisa de movimentos;
Assumir uma desconstrução da noção de Dança pautada na perspectiva tecnicista, para redescobri-la e significá-la como movimento corporal expressivo e rítmico, que ajuda no desenvolvimento psicomotor, estético e interacional da criança;
Vivenciar manifestações artístico-culturais afro-brasileiras e indígenas, observando a importância desta transmissão cultural às novas gerações, valorizando a cultura nacional.
Competências:
Ao final do curso, o aluno deve estar apto a planejar, organizar e desenvolver atividades rítmicas e expressivas no ambiente escolar, como componente curricular da Educação Física, adaptados à realidade escolar em que está inserido;
Capacidade para compreender as diferentes formas de manifestação corporal da Dança e Atividades Rítmicas e Expressivas;
Capacidade de propor e solucionar problemas constatados em aulas de Educação Física por meio da Dança e das Atividades Rítmicas e Expressivas
Habilidades:
Conhecimento dos diferentes conceitos de ritmo e expressão e aplicação dos mesmos na intervenção pedagógica;
Ser capaz de elaborar um planejamento para o desenvolvimento da Dança e das Atividades Rítmicas e Expressivas nas aulas de Educação Física na escola de acordo com cada ano/série;
Conhecimento sobre montagem e elaboração de coreografias no contexto escolar;
Conhecimento dos conteúdos de Dança propostos para cada nível de ensino, de acordo com os PCN’s.
Plano 1 da I.E.S 4
Compreender o Ritmo como elemento do movimento humano e sua importância na cultura do movimento de um povo.
Reconhecer a atividade rítmica como contribuição valiosa na educação integral do indivíduo.
Propor e aplicar práticas de intervenção para favorecer o domínio dos elementos do Ritmo, por meio das atividades rítmicas fundamentais, valorizando o aluno como centro do processo ensino-aprendizagem.
Compreender a harmonia, o equilíbrio e a influência entre o Ritmo e o movimento.
Analisar os aspectos metodológicos e pedagógicos relevantes na escolha da seleção musical, conhecendo a influência da música sobre o ouvinte.
Relacionar os conhecimentos sobre Ritmo com os conhecimentos de outras disciplinas numa abordagem interdisciplinar.
Valorizar a importância da participação do profissional como agente efetivo do processo ensino-aprendizagem.
Cooperar na elaboração e execução das tarefas propostas em grupos.
Valorizar o domínio do vocabulário próprio da profissão.
Valorizar as formas de comunicação oral e escrita.
102
Continuação
OBJETIVOS DAS DISCIPLINAS POR I.E.S
Plano 2 da I.E.S 4
Reconhecer na ‘parlenda’ uma contribuição e influência valiosa na educação integral do indivíduo.
Analisar os aspectos metodológicos e pedagógicos das atividades rítmicas criativas: imitativas, interpretativas e criação de Dança.
Compreender o Ritmo como um elemento do movimento humano, analisando está inter-relação em diferentes tipos de atividades físicas: esporte, ginástica, Dança e atividades físicas em geral.
Analisar os aspectos metodológicos relevantes na escolha da seleção musical adequada a diferentes objetivos e tipos de atividades físicas em geral.
Relacionar os aspectos conceituais da disciplina com os de outras disciplinas numa abordagem interdisciplinar e sua aplicação na prática da intervenção profissional.
Elaborar e aplicar programas para a prática da intervenção, sendo capaz de aplicar os princípios didáticos-metodológicos, através da elaboração de aulas (sessões), mais adequadas à diferentes faixas etárias.
Valorizar a importância da participação do profissional como agente efetivo do processo ensino-aprendizagem.
Valorizar o domínio do vocabulário próprio da profissão assim como as formas de comunicação oral e escrita.
I.E.S 5
Desenvolvimento crítico- criativo sobre a Dança escolar
Reconhecimento do movimento através Dança como objeto que nos eleva para a transcendência humana.
Objetivando o reconhecimento do aluno como sujeito criador do seu próprio movimento.
I.E.S 6
Cognitivos:
Adquirir informações sobre o contexto histórico no qual os conhecimentos do Ritmo e da Dança se produziram;
Conhecer o processo histórico das manifestações rítmicas e expressivas e suas diferentes concepções de ensino;
Adquirir conhecimentos sobre os conceitos que relacionam a ideia de corpo, ritmo e Dança no mundo moderno e contemporâneo;
Classificar as diferentes manifestações rítmicas;
Analisar os possíveis significados intrínsecos à vivência do ritmo e da Dança. Habilidades:
Relacionar os conhecimentos adquiridos em ritmo e Dança à prática pedagógica;
Realizar trabalhos individuais e coletivos visando uma produção cultural no seu espaço de trabalho;
Relacionar as artes corporais com outras áreas do conhecimento humano; apreender as manifestações rítmicas, expressivas e estéticas;
Elaborar projetos, pesquisas e programas em Dança e ritmo;
Reconhecer e usar símbolos das várias linguagens;
Observar, analisar e comparar manifestações estéticas. Atitudes:
Valorizar a pesquisa como fonte de aquisição de conhecimento;
Valorizar o conhecimento como instrumento de transformação social;
Ser crítico nas condutas pessoais e profissionais;
Ser corresponsável pelo processo ensino aprendizagem.
Continua
103
FONTE: A autora (2017).
Quadro 16 - IES QUE DESENVOLVEM OS MESMOS OBJETIVOS EM DANÇA
Objetivos I.E.S
1 I.E.S
2 I.E.S
3 I.E.S
4 I.E.S
5 I.E.S
6 I.E.S
7 I.E.S
8 TOTAL
S N
1 - Despertar a Expressão Corporal. X X 2 6
2- Implantar a Coreologia da Dança (Conhecer Formas, Tempos, Espaços, Energias).
X 1 7
3 - Dialogar sobre Educação Somática.
X X X X X X X 7 1
4 - Manifestar a Cultura e Cultura Corporal de Movimento das Danças.
X X X X X X X 7 1
5 - Executar os Benefícios da Dança.
X X X X X X 6 2
6 - Conhecer a História da Dança. X X X X 4 4
7 - Inserir apreciações e críticas. X X X X X X 6 2
8 - Apreciar os aspectos Sociológicos da Dança.
X X X 3 5
9 - Apreciar os aspectos Antropológicos da Dança.
0 8
10 - Educar o ritmo (música, percussão e canto).
X X X X X X 6 2
Continua
Conclusão
OBJETIVOS DAS DISCIPLINAS POR I.E.S
I.E.S 7
Fornecer ao aluno conhecimento do ritmo como fenômeno universal e instrumento educativo.
Viabilizar um trabalho integrado de música, percussão e movimento.
Proporcionar ao educador condições básicas para uma adequada utilização da música e do movimento em sua prática profissional.
Utilizar a ginástica como um recurso facilitador da aprendizagem.
I.E.S 8
Geral:
Estimular o acadêmico do curso de formação em Educação Física a descobrir as atividades rítmicas e expressivas como possibilidades de intervenção pedagógica no espaço escolar;
Compreender e vivenciar a Dança como exercício de pesquisa de movimentos;
Analisar de forma crítica as noções comuns e recorrentes de Dança, visando à construção de uma concepção ampla desse fenômeno;
Vivenciar manifestações artístico-culturais afro-brasileiras e indígenas, observando a importância desta transmissão cultural às novas gerações.
Específicos:
Possibilitar as vivências corporais rítmicas dentro do contexto escolar, discutir a corporeidade, os ritmos, as manifestações culturais folclóricas e favorecer a criação de programas institucionais artísticos culturais.
104
Conclusão
IES QUE DESENVOLVEM OS MESMOS OBJETIVOS EM DANÇA
Objetivos
I.E.S 1
I.E.S 2
I.E.S 3
I.E.S 4
I.E.S 5
I.E.S 6
I.E.S 7
I.E.S 8
TOTAL
S N
11 - Aplicar Anatomia, Fisiologia e Cinesiologia.
0 8
12 - Explorar a Criatividade e Improvisações.
X X X X X 5 3
13 - Incentivar a Composição Coreográfica.
X X X X X 5 3
14 - Refletir a Estética da Dança. X X X 3 5
15 – Discutir a Filosofia da Dança. 0 8
16 – Relacionar a Arte e a Dança. X X X X 4 4
17 - Oferecer a Linguagem Corporal. X X X 3 5
18 - Vivenciar a Dança Educação e na Escola.
X X X X X X X X 8 0
19 - Incluir a Dança e a Diversidade Humana (Gêneros, Raças, Etnias, Deficientes).
X
1 7
FONTE: A autora (2017).
A seguir, as informações relativas aos conteúdos que são indicados nos
planos de ensino das disciplinas (Dança, atividades rítmicas e afins) dos cursos
de Licenciatura em Educação Física das IES. Optou-se por listar os conteúdos
previstos tal como aparecem nestes planos de ensino sem distinguir os da
disciplina Dança e os da disciplina atividades rítmicas pelo fato de, na prática,
as duas disciplinas serem entendidas como ou idênticas, ou complementares
entre si.
Continua
Quadro 17 - CONTEÚDOS DAS DISCIPLINAS POR I.E.S
Plano 1 da I.E.S 1
Enfoque Antropológico da Dança
Evolução Histórica da Dança
Relações de Gênero e Etnia
Dança como: Cultura, Arte, Educação e Treinamento.
Concepções de Corpo e Movimento
A Dança como ferramenta interdisciplinar
Técnicas de Danças na sociedade
Vivências: Dança Urbana
Vivências: Dança Contemporânea
Vivências: Dança Clássica
Vivências: Dança Afro Brasileiro
105
Continua
Continuação
CONTEÚDOS DAS DISCIPLINAS POR I.E.S
Plano 2 da I.E.S 1
Vivências: Dança de Salão
Vivências: Dança Esportiva
A Dança para Pessoas com Deficiência
Composição Coreográfica
Elaboração de Planos de Aula
Atividades Rítmicas e Ritmo
O ritmo no seu próprio corpo
Os sentidos do corpo humano e o despertar auditivo
Estudos dos sons e suas propriedades
Teoria Musical
I.E.S 2
Conceitos e definição de Ritmo
O Ritmo e o som musical
Conceitos e definição de Dança
História da Dança
Dança como: Cultura, Arte, Educação e Treinamento.
Vivências: Dança Integrativa
Vivências: Dança Circular
Vivências: Dança Folclórica
Vivências: Dança Clássica
Vivências: Dança Moderna
Vivências: Dança Jazz
Vivências: Dança Contemporânea
Vivências: Sapateado
Vivências: Dança de Salão
Composição Coreográfica
Elaboração de Planos de Aula
I.E.S 3
Dança como exploração das possibilidades do movimento
Dança como conteúdo da Educação Física
Musicalização e Movimento
Improvisação e Criatividade
Dança como consciência corporal
Dança como: Cultura, Arte, Educação e Treinamento.
Vivências: Dança Popular
Vivências: Dança Folclórica
Vivências: Dança Urbana
Vivências: Dança Afro-Brasileira
Vivências: Dança Indígena
Vivências: Dança Moderna
Vivências: Dança Contemporânea
A Dança e a Síndrome de Down
Composição Coreográfica
Elaboração de Planos de Aula
106
Continua
Continuação
CONTEÚDOS DAS DISCIPLINAS POR I.E.S
I.E.S 4
Ritmo e Movimento
Elementos do Ritmo
Música e Movimento
Parlenda
Atividade Rítmica Interpretativa e Criativa
Composição Coreográfica
I.E.S 5
Tipos e Classificação de Ritmos
Ritmo e som musical
Ritmo e movimento
História da Dança
Dança como: Cultura, Arte, Educação e Treinamento.
Improvisação e Criatividade
Dança como consciência corporal
Linguagem Corporal
Elaboração de Planos de Aula
I.E.S 6
O processo histórico da Dança
Conceito de Ritmo
Ritmo e Musica
Ritmo e Movimento
Danças Populares
Danças Circulares
Danças Folclóricas
Dança Contemporânea
Dança como: Cultura, Arte, Educação e Treinamento
Dança Afro-Brasileira
A Dança para Pessoas com Deficiência
Expressão Corporal
Composição Coreográfica
Consciência Corporal
I.E.S 7
Conceitos Básicos Ritmo, Som, Música, Dança.
Corpo: Movimentos e Possibilidades
Dança Criativa
Dança Educacional
Folclore e Danças Circulares
Processos Pedagógicos na Dança
107
FONTE: A autora (2017).
Quadro 18 - IES QUE DESENVOLVEM OS MESMOS CONTEÚDOS EM DANÇA
I.E.S 1
I.E.S 2
I.E.S 3
I.E.S 4
I.E.S 5
I.E.S 6
I.E.S 7
I.E.S 8
TOTAL
Sim Não
Enfoque Antropológico
da Dança
X 1 7
Evolução Histórica da
Dança
X X X X 4 4
Relações de Gênero e Etnia
X 1 7
Dança como: Cultura, Arte e
Educação
X X X X X X X 7 1
Dança e Treinamento
X X 2 6
Concepções de Corpo e
Movimento
X X X X X X X 7 1
A Dança como ferramenta
interdisciplinar
X X X X 4 4
Técnicas de Danças na sociedade
X X X 3 5
Consciência corporal
X X X X X 5 3
Improvisação e Criatividade
X X X X X 5 3
Dança Urbana X X 2 6
Dança Popular X X X 3 5
Continua
Conclusão
CONTEÚDOS DAS DISCIPLINAS POR I.E.S
I.E.S 8
Aspectos teóricos e práticos de ritmo
Ritmo, métrica e som.
Percussão corporal
Elementos Rítmicos
Atividades Rítmicas
Ritmo e coordenação motora
Dança Criativa
Elaboração de Coreografia
108
Conclusão
IES QUE DESENVOLVEM OS MESMOS CONTEÚDOS EM DANÇA
I.E.S
1 I.E.S
2 I.E.S
3
I.E.S 4
I.E.S 5
I.E.S 6
I.E.S 7
I.E.S 8
TOTAL
Sim Não
Dança Folclórica
X X 2 6
Dança Contemporânea
X X X X 4 4
Dança Clássica X X 2 6
Dança Afro Brasileiro
X X X 3 5
Dança de Salão X X 2 6
Dança Esportiva
X 1 7
Sapateado X 1 7
Dança Indígena X 1 7
Expressão Corporal
X X X 3 5
A Dança para Pessoas com
Deficiência
X X X 3 6
Composição Coreográfica
X X X X X X 6 2
Linguagem Corporal
X X 2 6
Elaboração de Planos de Aula
X X X X 4 4
Conceitos e definição de
Ritmo
X X X X X X X X 8 0
O Ritmo e o som musical
X X X X X X X X 8 0
FONTE: A autora (2017).
Estes conteúdos coincidem em quase sua totalidade com as indicações
constantes nos documentos legais e na bibliografia consultada, conforme
consta dos capítulos 2 e 3.
Dois outros quadros, com dados complementares, são colocados, a
seguir, mostrando, no primeiro, as quantidades de IES nas quais os mesmos
conteúdos relativos à Dança e às atividades rítmicas são trabalhados.
No segundo quadro há o resultado de levantamento feito, nos planos de
ensino, no qual se pode ver uma listagem da bibliografia indicada e,
possivelmente utilizada, nas disciplinas Dança e atividades rítmicas, nas IES
pesquisadas.
109
Quadro 19 - RELAÇÃO DAS OBRAS UTILIZADAS NAS REFERÊNCIAS BÁSICAS
Autores Títulos I.E.S
1 I.E.S
2 I.E.S
3 I.E.S
4 I.E.S
5 I.E.S
6 I.E.S
7 I.E.S
8 TOTAL
Sim Não
ALMEIDA T.M.M.
Quem canta seus males espanta
(2001)
X
1 7
ARTAXO, I
Ritmo e movimento: teoria
e prática (2000, 2008 e
2009)
X X X X X 5 3
BATISTA, J. C. F.
Ginástica em questão: Corpo e
movimento (2010)
X 1 7
BRASIL SECRETA
RIA DE EDUCAÇ
ÃO FUNDAMENTAL
PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais:
Educação Física (1997)
X 1 7
BRATIFISCHE, S. A.
Dança e Educação Física: diálogos possíveis
(2014)
X 1 7
DAOLIO, J.
Da Cultura do corpo (2010)
X 1 7
DARIDO, S. C.
Educação Física no ensino superior:
Educação Física na escola:
implicações para a prática
pedagógica (2006)
Para ensinar
Educação Física: possibilidades de
intervenção na escola (2007)
X X 2 6
ELENOR, K.
Didática da Educação Física
(1998) X 1 7
EHREMBERG, M.
C.
Dança e Educação Física: diálogos possíveis
(2014)
X 1 7
FERNANDES, R. C.
Dança e Educação Física: diálogos possíveis
(2014)
X 1 7
GAIO, R.
Ginástica em questão: Corpo e
movimento (2010)
Ginástica e
Dança no ritmo da escola
(2010)
X X 2 6
Continua
110
Continuação
RELAÇÃO DAS OBRAS UTILIZADAS NAS REFERÊNCIAS BÁSICAS
Autores Títulos I.E.S
1 I.E.S
2 I.E.S
3 I.E.S
4 I.E.S
5 I.E.S
6 I.E.S
7 I.E.S
8 TOTAL
Sim Não
GALLAHUE, D. L.
Compreendendo o
desenvolvimento motor: bebês,
crianças, adolescentes e
adultos (2001)
X 1 7
GARCIA, A.
Ritmo e dança (2004)
X 1 7
GERALDO M.
Folclore na escola (2002)
X 1 7
GERHRES, A. F.
Corpo-Dança-educação: na
contemporaneidade ou da
construção de corpos fractais
(2008)
X 1 7
GODOY, K. M. A.
Oficinas de Dança e
Expressão Corporal para o
Ensino Fundamental (2009 e 2013)
X X 2 6
GOIS, A. F
Ginástica em questão: Corpo e
movimento (2010)
X 1 7
GUIMARÃES, J.
Folclore na escola (2002)
X 1 7
HAAS, A. N.
Ritmo e dança (2003 e 2004)
X X 2 6
JEANDOT, N.
Explorando o universo da
música (2001) X 1 7
LABAN, R. Dança educativa
moderna (1990)
X 1 7
MARQUES, I. A.
Dançando na escola (2003)
Ensino de Dança hoje: textos e
contextos (2011)
X X X X 4 4
MONTEIRO, G. A
Ritmo e movimento: teoria
e prática (2000 e 2008)
X X X X 4 4
NANNI, D.
Dança educação: pré-
escola a universidade
(2001 e 2010) Dança
educação: princípios, métodos e técnicas (2008)
X X X 3 5
Continua
111
Conclusão
RELAÇÃO DAS OBRAS UTILIZADAS NAS REFERÊNCIAS BÁSICAS
Autores Títulos I.E.S
1 I.E.S
2 I.E.S
3 I.E.S
4 I.E.S
5 I.E.S
6 I.E.S
7 I.E.S
8 TOTAL
Sim Não
RANGEL, I. C. A.
Educação Física no ensino superior:
Educação Física na escola:
implicações para a prática
pedagógica (2006)
X 1 7
RANGEL, N. B. C
Dança, educação,
Educação Física: propostas de
ensino da Dança e o universo da
Educação Física (2002)
X 1 7
SÁ, I. R.
Oficinas de Dança e
Expressão Corporal para o
Ensino Fundamental (2009 e 2013)
X X 2 6
VERDERI, E. B. L. P.
Dança na escola: uma proposta
pedagógica (2009) Dança na Escola
(2009)
X X X 3 5
FONTE: A autora (2017).
Quadro 20 - RELAÇÃO DAS OBRAS UTILIZADAS NAS REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
Autores Títulos I.E.S
1 I.E.S
2 I.E.S
3 I.E.S
4 I.E.S
5 I.E.S
6 I.E.S
7 I.E.S
8 TOTAL
Sim Não
Agostini, B. R.
Ballet clássico: preparação física,
aspectos cinesiológicos, metodologia e
desenvolvimento motor (2010)
X
1 7
Alvarenga, A.
Klauss Vianna e o ensino de Dança: uma experiência
educativa em movimento
(2009)
X 1 7
Artaxo, I
Ritmo e movimento:
teoria e prática (2008)
X X 2 6
Assis, M. D. P.
O feminino e o masculino na
Dança: das origens do balé à contemporaneida
de (2013)
X 1 7
Continua
112
Continuação
RELAÇÃO DAS OBRAS UTILIZADAS NAS REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
Autores Títulos I.E.S
1 I.E.S
2 I.E.S
3 I.E.S
4 I.E.S
5 I.E.S
6 I.E.S
7 I.E.S
8 TOTAL
Sim Não
Barreto, D.
Dança: ensino, sentidos e
possibilidades na escola (2005)
Dança... ensino, sentidos e
possibilidades na escola
(2004)
X X 2 6
Bertazzo, I.
Cidadão corpo: identidade e
autonomia do movimento
(1998)
Corpo vivo: reeducação do
movimento (2010)
X 1 7
Betti, M.
Corpo, cultura, mídias e
Educação física: novas relações no
mundo contemporâneo
(2004)
X 1 7
Bourcier, P.
História da Dança no Ocidente
(2006)
X 1 7
BRASIL. Ministério
da Educação
e do Desporto
Secretaria de Educação
Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais:
Educação Física (2000)
X 1 7
Bregolato, R. A.
Cultura Corporal do Esporte
(2008) X 1 7
Brikman, L.
A linguagem do movimento
corporal (1988)
X 1 7
Bruhns, H. T
Conversando sobre o corpo
(1994) X X 2 6
Bruns, M. A.
Gênero, diversidades e
direitos sexuais nos laços da
inclusão (2012)
X 1 7
Camargo, M. L. M.
Música / movimento: um
universo em duas dimensões: aspectos técnicos e pedagógicos na Educação Física
(1994)
X X 2 6
Carvalho, A.
Folclore e educação
(1981) X 1 7
Continua
113
Continuação
RELAÇÃO DAS OBRAS UTILIZADAS NAS REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
Autores Títulos I.E.S
1 I.E.S
2 I.E.S
3 I.E.S
4 I.E.S
5 I.E.S
6 I.E.S
7 I.E.S
8 TOTAL
Sim Não
Claro, E.
Método Dança-Educação Física
– uma reflexão sobre consciência
corporal e profissional
(1995) Método Dança: Educação Física
(1995)
X X X 3 5
Cunha, M.
Dance aprendendo:
aprenda dançando (1992)
X X 2 6
Darido, S. C.
Educação Física na escola:
implicações para a prática
pedagógica (2008)
X 1 7
Ferreira, V.
Dança Escolar: um novo ritmo
para a Educação Física (2005)
X X 2 6
Gaio, R.
Ginástica e Dança no Ritmo da Escola (2010)
Ginástica Rítmica
Desportiva "Popular" uma
proposta educacional
(1996)
X X 2 6
Gallahue, D. L.
Develop mental Physical
Education for Today's
Elementary (1987)
X 1 7
Garaudy, R.
Dançar a vida (1980)
X X 2 6
Laban, R.
Domínio do Movimento
(1978)
Dança educativa moderna
(1990)
X X 2 6
Lorenzetto, L. A.
Práticas corporais
alternativas (2008)
X 1 7
Continua
114
Continuação
RELAÇÃO DAS OBRAS UTILIZADAS NAS REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
Autores Títulos I.E.S
1 I.E.S
2 I.E.S
3 I.E.S
4 I.E.S
5 I.E.S
6 I.E.S
7 I.E.S
8 TOTAL
Sim Não
Marques, I. A.
Ensino de Dança hoje: textos e
contextos (1999)
Dançando na
escola (2003)
A Dança no
contexto: uma proposta para
Educação Contemporânea
(1996)
X X 2 6
Martins, S.
Ginástica Rítmica
Desportiva: aprendendo
passo a passo (2000)
X 1 7
Mendes, M. G
A dança (2000)
X 1 7
Nanni, D.
Dança educação: pré-escola à universidade
(2001 e 2003) Ensino da
Dança (2003)
X X X 3 5
Ossana, P. A educação pela
dança (2000)
X 1 7
Pereira, V.
Dança de salão: uma alternativa
para o desenvolvimento motor no ensino
fundamental (2014)
X 1 7
Rangel, I. C. A.
Educação Física na escola:
implicações para a prática
pedagógica (2008)
X 1 7
Sandra, R. Música para
Dança de Salão (2007)
X 1 7
Santos, A. C. M.
Dança de salão: uma alternativa
para o desenvolvimento motor no ensino
fundamental (2014)
X 1 7
Saraiva M. C.
O feminino e o masculino na
Dança: das origens do balé à contemporaneida
de (2013)
X 1 7
Continua
115
Conclusão
RELAÇÃO DAS OBRAS UTILIZADAS NAS REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
Autores Títulos I.E.S
1 I.E.S
2 I.E.S
3 I.E.S
4 I.E.S
5 I.E.S
6 I.E.S
7 I.E.S
8 TOTAL
Sim Não
Schinca, A.
Psicomotricidade, ritmo e expressão corporal: exercícios práticos (1991)
X X X 3 5
Silva, T. D.
Aspectos rítmicos motor e sonoro em aulas
de Educação Física (2008)
X 1 7
Souza-Leite, C. R.
V.
Gênero, diversidades e
direitos sexuais nos laços da
inclusão (2012)
X 1 7
Verderi, E. B. L. P.
Dança na escola (2001)
X 1 7
FONTE: A autora (2017).
Este quadro contendo a listagem da bibliografia indicada nos Planos de
Ensino das IES é apenas complementar para se ter uma ideia da mesma. De
modo geral trata-se de bibliografia atualizada e pertinente.
A seguir, no próximo capítulo, a análise dos dados até aqui
apresentados.
116
CAPÍTULO 4.
ANÁLISE DOS PLANOS DE ENSINO DE DANÇA DOS CURSOS DE
ENSINO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA.
Figura 11. Dança na Educação Física 1.
Fonte: Disponível em http://www.fafit.com.br/cont.php?c=noticia&id=1140 Acesso em 24 de jun. de 2017.
117
Neste capítulo constarão as análises dos dados informados no capítulo
anterior. Esta análise será feita a partir de categorias originadas especialmente
no que foi apresentado no capítulo 2 e, também no que indicam as diretrizes
para os cursos de Licenciatura em Educação Física, conforme apontado no
capítulo 3.
Do referencial teórico apresentado no Capítulo 2, constam indicações
relativas à importância educativa da Dança, a partir das quais os Planos de
Ensino podem ser analisados. Dentre elas, foram selecionadas as seguintes:
a) A Dança é uma forma de arte que têm valor estético e simbólico.
Estético por manifestar sensibilidades humanas em relação à realidade
e ao próprio ser humano e suas vivências. Simbólico pelo forte conteúdo
significativo que manifesta. Este é um aspecto importante a ser
trabalhado na formação docente em Educação Física no tocante à sua
atuação com a Dança, visto que, não se trata de oferecer treinos em
modalidades de Danças e sim em favorecer o desenvolvimento
expressivo desta arte por meio de sua realização criativa pelos (as)
alunos (as). Busca-se, na análise, verificar se este enfoque está
presente nos Planos de Ensino. Vale retomar, aqui, palavras registradas
no Capítulo 2: “A arte da Dança é um rico canal de expressão das
sensibilidades e de manifestação destas sensibilidades que, muitas
vezes, ficam represadas nas pessoas por falta de um canal ou uma via
de expressão significativa que somente a Dança lhes pode oferecer.
Não por acaso, a humanidade criou, dentre as diversas linguagens,
também a da Dança”.
b) Outro aspecto enfatizado no Capítulo 2 foi a relação intrínseca entre
Dança e educação. Ou seja, como a Dança diz respeito ao corpo, ao
corpo em movimento buscando significar algo, ela diz respeito, também,
à educação. Esta relação tem merecido a ênfase necessária nos Planos
de Ensino coletados? A análise quer verificar isso.
c) O caráter histórico e cultural da Dança, sempre presente ao longo do
tempo e nas diversas culturas, é enfatizado nos documentos legais e no
Capítulo 2. Este é um tópico indicado como necessário na formação dos
118
(as) professores (as): verificar-se-á se sua presença é garantida nos
Planos de Ensino.
d) Izabel Marques, uma especialista em estudos referentes à relação
Dança e educação, cujas ideias foram trabalhadas no Capítulo 2, além
de ideias de outros (as) autores (as), indica um rol de conteúdos (vide
Capítulo 2) que, segundo ela, devem ser trabalhados em Dança nas
escolas e, por conseguinte, devem compor o rol de conteúdos da
formação de futuros (as) professores (as) que são os seguintes:
aspectos e componentes do aprendizado do movimento (aspectos de
Coreologia e Educação Somática); áreas de conhecimento que
contextualizem a Dança (História, Estética, Apreciação e Crítica,
Sociologia, Antropologia, Música, assim como saberes de
Anatomia, Fisiologia e Cinesiologia) e possibilidades de vivenciar a
Dança em si (repertórios, improvisação e composição coreográfica).
Estes conteúdos estão contemplados nos Planos de Ensino? A verificar.
Dos documentos legais apresentados no Capítulo 3 podem, também,
serem retiradas as seguintes indicações:
a) O (a) concluinte em Educação Física deverá estar preparado para
oferecer atividades relativas às diferentes manifestações e
expressões do movimento humano, visando à formação, à ampliação
e ao enriquecimento cultural das pessoas, para aumentar as
possibilidades de adoção de um estilo de vida ativo e saudável.
Dentre essas manifestações os documentos apontam a Dança como
um deles. Ela deve visar, juntamente com outras manifestações e
expressões do movimento humano, o enriquecimento cultural das
pessoas. A análise dos planos de ensino da disciplina Dança
pretende verificar se este objetivo está ali presente.
b) Os documentos legais apontam a Dança como parte integrante das
culturas humanas. Ou seja, apontam-na como um bem cultural
presente em todas as culturas. Indicam ser este um aspecto a ser
enfatizado como conhecimento a ser aprendido pelos (as) futuros
(as) professores (as), para que o transmitam aos (as) alunos (as),
119
nas escolas. A análise busca verificar se isso está contemplado nos
Planos de Ensino.
c) São afirmados os benefícios da Dança para o desenvolvimento de
crianças e jovens os que repercutem em suas aprendizagens. Isso
deve ser objeto de estudos por parte dos (as) futuros (as)
professores (as) de Educação Física, segundo os documentos legais.
Na análise, buscar-se-á saber os Planos de Ensino contemplam este
conteúdo.
d) É afirmada, ainda, a Dança como uma forma importante de
expressão dos sentimentos ou afeições dos seres humanos que
deve ser incentivada junto às crianças e jovens no seu processo
educativo. Os (as) professores (as) devem poder saber disso e saber
como fazer para que este incentivo seja proporcionado. Os Planos de
Ensino dão conta desta necessidade formativa dos (as) futuros (as)
professores (as)? A análise dos dados busca saber isso.
Tomando-se o que consta nos dois grupos de itens, acima, foi feita uma
listagem síntese de aspectos e conteúdos que devem, de acordo com o que foi
levantado nas investigações nos documentos legais e na bibliografia
consultada, serem trabalhados em Dança nos cursos de Licenciatura em
Educação Física.
Estes aspectos e conteúdos dizem respeito ao que deve ser trabalhado
nas escolas da Escola no Ensino Fundamental e no Ensino Médio e, portanto,
devem ser contemplados nos cursos de Licenciatura em Educação Física, na
componente Dança ou em Atividades Rítmicas, com vistas à formação dos (as)
futuros (as) professores (as) destes componentes.
Esta listagem síntese é tomada, aqui, como um rol de categorias de
análise dos Planos de Ensino coletados nas oito IES pesquisadas. São elas:
1. A Dança como uma das diferentes manifestações e expressões do
movimento humano: conhecimento deste conteúdo e proposta de
atividades que ensejam estas manifestações e expressões.
120
2. A Dança como uma forma importante de expressão da sensibilidade
humana que deve ser incentivada junto às crianças e jovens no seu
processo educativo. Seus aspectos estéticos e simbólicos.
3. Aspectos e componentes do aprendizado do movimento corporal
(aspectos de Coreologia e Educação Somática).
4. A Dança como um bem cultural presente em todas as culturas. Caráter
cultural da Dança.
5. Relação entre Dança e educação. Benefícios da Dança para o
desenvolvimento de crianças e jovens, o que repercute em suas
aprendizagens.
6. Áreas do conhecimento que contextualizem a Dança (História,
Apreciação e Crítica, Sociologia, Antropologia, Música, assim como
saberes de anatomia, fisiologia e cinesiologia).
7. Possibilidades de vivenciar a Dança (repertórios, improvisação e
composição coreográfica).
4.1 Análises dos Conteúdos dos Planos de Ensino de Dança dos Cursos
de Licenciatura em Educação Física Pesquisados.
Trata-se, aqui, de identificar a presença destes aspectos (categorias)
nos Planos de Ensino das oito IES.
1. Com relação ao primeiro aspecto ou categoria (A Dança como uma das
diferentes manifestações e expressões do movimento humano:
conhecimento e atividades), ele aparece em dois componentes dos
Planos de Ensino: no componente “Concepções de Corpo e Movimento”
(em seis das oito IES) e no componente “Consciência corporal” (em
quatro delas). Este dado indica uma razoável compreensão da Dança
como expressão importante do movimento humano, mas indica, ao
mesmo tempo, que esta compreensão não está tão amplamente
arraigada no âmbito da Educação Física como estão outras
manifestações, por exemplo, os jogos em especial os esportivos.
2. Com relação ao segundo aspecto ou categoria (A Dança como uma
forma importante de expressão dos sentimentos ou afeições dos
121
seres humanos que deve ser incentivada junto às crianças e jovens
no seu processo educativo. Seus aspectos estéticos e simbólicos).
Em apenas duas das oito IES, o aspecto estético é contemplado nos
planos de curso. A IES 2 menciona como um dos conteúdos da
disciplina Dança, no plano de ensino, o seu aspecto estético. Assim,
também, IES 6 indica como conteúdos a serem aprendidos, as
manifestações rítmicas expressivas e estéticas, bem como o saber
observar, analisar e comparar manifestações estéticas presentes nos
diversos tipos de Danças. Já quanto ao aspecto simbólico ou expressivo,
há a presença da “Improvisação e criatividade” nos planos de curso
de cinco das oito IES. Constam, ainda, em três delas “Expressão
Corporal” e em duas, “Linguagem Corporal”. Mesmo assim, sente-se
falta de entendimentos a respeito deste aspecto importante da Dança
como arte e, portanto, como foram de expressão da sensibilidade
humana tão presente ao longo da História, como se viu no Capítulo
Primeiro.
3. Com relação ao terceiro aspecto ou categoria (Aspectos e
componentes do aprendizado do movimento: Coreologia e
Educação Somática), não aparecem conteúdos, em nenhuma das IES,
relativos à Educação Somática e Coreologia da Dança. Não com esta
terminologia. Aparecem, sim, conteúdos visando à aprendizagem de
“composições coreográficas”, ou “construções coreográficas” e
“elaboração de coreografias”.
4. Com relação à quarta categoria (A Dança como um bem cultural
presente em todas as culturas. Caráter cultural da Dança), o
conteúdo “Cultura, Arte e Educação” está presente nas oito
instituições. Há, ao que parece, uma tomada de consciência de que a
Dança é uma componente presente e importante da cultura. Talvez vista
mais como uma presença e nem tão acentuadamente como um bem
cultural e, menos ainda, como uma rica expressão estética.
122
5. Com relação ao quinto aspecto ou categoria (Relação entre Dança e
educação Benefícios da Dança para o desenvolvimento de crianças
e jovens, o que repercute em suas aprendizagens), em sete das oito
IES consta “Dança como cultura, arte e educação” e, ainda, em uma IES
com a denominação de “Dança como ferramenta interdisciplinar”.
Nos planos de curso das oito IES, nada foi encontrado relativamente
aos benefícios da Dança para o desenvolvimento de crianças e
jovens, ou como algo que repercuta em suas aprendizagens. Talvez isso
se deva a pouca literatura existente a respeito e, por consequência, à sua
pouca presença nos cursos de modo geral. Pensamos ser necessário
haver mais estudos que mostrem estes benefícios e maior divulgação
dos resultados dos mesmos nos cursos de formação de professores (as),
em especial de Educação Física.
6. Com relação ao sexto aspecto ou categoria, relativo a áreas de
conhecimento que contextualizem a Dança (História, Apreciação e
Crítica, Sociologia, Antropologia, Música, assim como saberes de
anatomia, fisiologia e cinesiologia), pode-se constatar o seguinte:
aspectos de antropologia aparecem apenas em uma das IES; aspectos
históricos constam em quatro IES; sobre apreciação e crítica a respeito
da Dança em geral, nada consta nos planos de curso; não consta
nenhuma proposta de abordagem sociológica da Dança; alguma
relação entre Dança e música aparece em conteúdo sobre ritmo e som
musical nas oito IES; os aspectos de anatomia, fisiologia e cinesiologia
aparecem contemplados como “Concepções de Corpo e Movimento” em
sete das oito IES. Estas áreas de conhecimento estão mais presentes
na literatura sobre Dança, em especial as que dizem respeito aos
saberes de anatomia, fisiologia e cinesiologia e, ainda música. Daí eles
estarem presentes em quase todos os planos de curso das IES
pesquisadas. Com relação à presença dos aspectos de História,
Apreciação e Crítica, Sociologia, Antropologia, ela é menor, mas já indica
avanços, pois, estes aspectos nem sempre foram o forte nas análises da
Dança. Talvez dois deles sim, tiveram uma presença mais acentuada na
literatura da área (História e Antropologia Cultural). As produções
123
contendo apreciações críticas relativas a certos entendimentos e certas
atividades de Dança também são relativamente recentes, como se viu no
Capítulo Primeiro. Estas apreciações críticas voltaram-se especialmente
à visão mecanicista da Dança (reprodução mecânica de movimentos, por
exemplo) do que resultou um caminho aberto para a criatividade ao
Dançar e para, por consequência, a improvisação levando, às ideias de
manifestação da sensibilidade humana por meio desta arte. Estas
considerações podem explicar, de alguma maneira, a pouca presença
destes aspectos nos planos de curso das disciplinas Dança e atividades
rítmicas nestas IES.
7. Com relação ao sétimo aspecto ou categoria (Possibilidades de
vivenciar a Dança: repertórios, improvisação e composição
coreográfica), estes conteúdos são trabalhados como “Improvisação e
criatividade” em cinco das oito IES e também como “Composição
Coreográfica” em seis delas. Este dado parece conflitar com o dado
presente na categoria anterior sobre análises críticas relativas a certos
entendimentos e certas atividades de Danças. Na verdade, julgamos a
presença destes conteúdos já se deve às produções críticas produzidas
especialmente no final do Século XX e neste início do Século XXI. O que
é indicado no item anterior é a pouca presença destes conteúdos teóricos
de análises críticas. Aqui vê uma maior presença de atividades
inovadoras ou incentivadoras da criatividade ao se dançar.
Como se pode observar, nestas oito IES que oferecem a disciplina
Dança ou sua correlata, atividades rítmicas, há forte presença de alguns
conteúdos indicados na legislação que orienta sua oferta para a formação de
futuros (as) professores (as) de Educação Física no tocante a sua atuação nas
escolas da Escola. Alguns dos conteúdos indicados pouco aparecem e um
deles não aparece nenhuma vez, como foi apresentado.
O que isso pode indicar? No nosso modo de ver, pode indicar que, de
forma geral, nestas oito IES, há sim um conhecimento, por parte dos (as)
elaboradores (as) das propostas pedagógicas dos cursos de Licenciatura em
Educação Física, tanto das orientações legais, quanto de certa bibliografia,
124
relativas ao que deve ser oferecido como conhecimentos e práticas
necessários para a formação destes futuros docentes no tocante a sua possível
implantação da Dança no Ensino Fundamental e Médio. Nem todos os
aspectos indicados em ambas as fontes (legislação e bibliografia) são
contemplados, mas, ao menos a maior parte deles sim.
Quando isso não é oferecido pelos (as) professores (as) formados
nestas IES, nas escolas da Escola, não se pode dizer que é por conta de falta
de informações e orientações por parte dos Cursos de Licenciatura em
Educação Física das IES da região pesquisada. Outros fatores podem influir na
não oferta destes aspectos formativos em Dança, ou mesmo na oferta de
conteúdos de Dança. Um destes fatores pode estar relacionado ao fato de
certas escolas contarem com professores (as) de Educação Física não
concluinte por estas IES, ou formados em época anterior a estas novas visões
da Dança e novas maneiras de ver a Dança na educação escolar. Estas novas
visões da Dança e sua presença na educação escolar, conforme foi mostrado
nos capítulos anteriores é, relativamente nova e, mais novo ainda, é seu
impacto na legislação orientadora da educação escolar e na bibliografia
correspondente.
4.2 Análises das Ementas e Objetivos dos Planos de Ensino de Dança de
Licenciatura em Educação Física.
As constatações, acima, indicam a preocupação das propostas de
Cursos de Licenciatura em Educação Física das IES pesquisadas, em atender,
de alguma maneira, o que é indicado nos documentos oficiais e na literatura
consultada a respeito da presença da Dança na educação escolar e a respeito
da relação entre Dança e educação. Mas, vale ainda, buscar nas ementas e
nos objetivos dos Planos de Curso, mais indicações a respeito do
desdobramento destes conteúdos indicados nos títulos das disciplinas. Isso
porque estas indicações podem oferecer uma compreensão mais ampla do que
tem sido trabalhado nos referidos cursos para, com vistas à formação dos (as)
professores (as) de Educação Física, poder oferecer conteúdos e atividades
considerados adequados, do ponto de vista educacional, para os (as) discentes
da Escola.
125
Para esta análise, serão utilizadas as mesmas categorias, conforme o
que vem a seguir.
1. A Dança como uma das diferentes manifestações e expressões do
movimento humano.
De acordo com as diretrizes legais e com o referencial utilizado, uma das
principais características das Danças e das Atividades Rítmicas e
Expressivas, é o seu caráter expressivo do humano, em especial de
suas emoções.
Ainda que pouco contemplada, esta característica, talvez por conta,
ainda de certa tradição técnica no cultivo da Dança, aparece apenas em
alguns Planos de Ensino de algumas IES. Ela aparece nas ementas e
nos objetivos dos Panos de Ensino de Dança, como “Expressão
Corporal”, ou maneiras de dizer equivalentes. É o caso do conteúdo
expressão e consciência corporal presente na ementa dos planos de
ensino 1 e 2 da IES de número 1. Consta, também, nos dois planos, na
sua ementa, as palavras “expressão humana”, assim como, ao indicar,
nos objetivos, habilidades a serem desenvolvidas constam que o (a)
discente deve aprender a valorizar a expressão corporal.
O mesmo ocorre na IES 3, ao indicar como objetivo na formação do (a)
professor (a) de Educação Física que ele supere a perspectiva tecnicista
da Dança, para redescobri-la e significá-la como movimento corporal
expressivo. Nos planos de ensino das demais IES (2, 4, 5, 6, 7 e 8)
nada consta a respeito da “Expressão Corporal”.
Ainda que, apenas duas, das oito IES, apresentem esta perspectiva, já
se pode considerar um avanço, visto que, como foi apontado no Capítulo
2, muitas vezes, que a Dança é vista na educação, apenas como
reprodução de movimentos mecanicamente aprendidos. Esta maneira
de ver a Dança decorre de uma perspectiva tecnicista que não leva em
conta os aspectos estéticos e expressivos ou simbólicos próprios da
Dança apontados nos capítulos anteriores.
126
2. A Dança como uma forma importante de expressão da sensibilidade
humana que deve ser incentivada junto às crianças e jovens no seu
processo educativo. Seus aspectos estéticos e simbólicos.
Aqui, como ocorreu na análise dos conteúdos dos Planos de Ensino das
IES pesquisadas, em poucas delas o aspecto estético é contemplado.
Apenas três das oito IES apontam para os aspectos estéticos em suas
ementas e objetivos. A IES 2 menciona como um dos objetivos da
disciplina, reconhecer e identificar a Dança e suas concepções estéticas
nas diversas culturas considerando as criações regionais, nacionais e
internacionais. A IES 3 contempla, nos objetivos, o desenvolvimento
psicomotor, estético e interacional da criança. Nos objetivos do plano de
ensino da IES 6 indica-se como objetivos a serem aprendidos, as
manifestações rítmicas expressivas e estéticas, bem como o saber
observar, analisar e comparar manifestações estéticas presentes nos
diversos tipos de Danças. Fica claro, nestes dados que ainda é pouca a
consciência a respeito desta característica fundamental da Dança que é a
de ser um dos canais importantes de expressão dos sentimentos dos
seres humanos. Este aspecto estético da Dança é bastante enfatizado
nos dois primeiros capítulos desta tese e, no Capítulo 3, há indicações de
que, na formação dos futuros professores (as) de Educação Física, este
aspecto deva ser contemplado pela importância de isso ser percebido e
ser levado em conta nas aulas de Danças.
Não é algo comum nos discursos educacionais a menção aos aspectos
estéticos e ainda há um longo caminho a ser percorrido neste sentido.
3. Aspectos e componentes do aprendizado do movimento: aspectos
de Coreologia e Educação Somática.
Em apenas uma das oito IES (IES 2), aparece “Coreologia da Dança”
no plano de ensino, assim explicitada: “Promover a experimentação e
pesquisa das diversas formas de locomoção, deslocamentos e
orientação no espaço (caminhos, direções, planos e níveis). Promover a
experimentação na movimentação, considerando as mudanças de
127
velocidade, de tempo, de ritmo e o desenho no espaço. Compreender
quais são as capacidades físicas mais requisitadas para a prática”.
Em sete das oito IES aparece o aspecto “Educação Somática”. Vale
aqui, indicar algumas passagens do que consta em ementas e objetivos
de Planos de ensino dessas IES. Por exemplo, na IES 1, é proposto que
seja trabalha a corporeidade e a motricidade pela sua importância como
facilitadora da aprendizagem de conhecimentos. A IES 2 aponta
explicitamente como um objetivo o estudo do movimento. Já a IES 3 é
mais explícita e enfática em sua diretriz curricular ao apontar, como
objetivo, que o (a) aluno (a) possa compreender e vivenciar a Dança
como exercício de pesquisa de movimentos. Mais explicitamente, a
IES 5 aponta, nos objetivos, o reconhecimento do movimento, por
meio da Dança, como algo que nos eleva para a transcendência
humana. Propõe que se pense o (a) aluno (a) como sujeito criador do
seu próprio movimento. E, ainda, indica a necessidade, para a
formação na área, do estudo das teorias das Danças e suas múltiplas
abordagens no universo da Educação Física - Motricidade Humana.
A IES 6 propõe, como objetivo, que os alunos adquiram conhecimentos
a respeito do corpo, nas aulas de Dança. A IES 7 apresenta na
ementa do seu Plano de Ensino componentes básicos que propiciem um
desenvolvimento sensório-motriz. Por fim, está presente na IES 8, no
objetivo geral do Plano de Ensino, que é necessário compreender e
vivenciar a Dança como exercício de pesquisa de movimentos.
Como se vê, com exceção da IES 4, as demais buscam atender, ao
menos nas indicações de seus planos de ensino de Dança, as
indicações de autores (as) da área e das diretrizes oficiais relativas a se
contemplar, na formação dos (as) futuros (as) professores (as) de
Educação Física, aspectos relacionados ao “Domínio do Movimento”
conforme o proposto por Laban (1971) no que ele denomina de estudos
de “Coreologia da Dança”. Trata-se, nesses estudos de conhecer
Formas, Tempos, Espaços e Energias presentes neste campo das artes.
Propor estudos, com relação a estes conteúdos traz inegáveis benefícios
no processo de formação do (a) licenciado (a) em Educação Física para
que em geral e, de maneira específica, possam desenvolver atividades e
128
ensino de Dança nas escolas capazes de superar aulas apenas de
reprodução mecânica de repertórios.
4. A Dança como um bem cultural presente em todas as culturas.
Caráter cultural da Dança.
Em sete das oito IES está presente, nos objetivos de seus Planos de
Ensino, a indicação da necessidade de, na formação do (a) professor (a)
da área, discutir e entender a Dança como um importante bem cultural.
Ressalte-se o que a IES 1, ao tratar do perfil docente, no seu plano de
ensino 1, aponta que o (a) professor (a) desta disciplina deverá
demonstrar conhecimentos culturais a respeito da diversidade cultural
nas manifestações corporais (Dança e atividades rítmicas). Enfoca, já na
ementa, as atividades rítmicas como formas de manifestação cultural
e, nos objetivos, indica que devem ser conhecidas e promovidas as
Danças folclóricas e as manifestações populares que compõem a
cultura do nosso país e fora dele. Na ementa do plano 2 da mesma
IES aparece a abordagem da Dança como expressão cultural humana.
Assim, também, a IES 2 apresenta como objetivos gerais, repensar e
valorizar a Dança como um bem cultural. A IES 3 aponta como
objetivos da disciplina, vivenciar manifestações artístico-culturais
afro-brasileiras e indígenas, observando a importância desta
transmissão cultural às novas gerações, valorizando a cultura
nacional. A IES 4 aponta como um objetivo, compreender a importância
da cultura do movimento de um povo. Na IES 5 o elemento Danças
como patrimônio cultural e sua influência nos diferentes contextos
está também indicado explicitamente na ementa do seu plano de ensino.
A IES 6 indica que se devam realizar trabalhos individuais e coletivos
visando uma produção cultural. Pode-se entender que se queira
almejar a compreensão da Dança como uma das produções culturais
importantes. Mais explícitas são as indicações constantes na ementa do
Plano de Ensino da disciplina da IES 8 na qual se propõe o estudo das
atividades rítmicas e expressivas, por meio da compreensão da cultura
na qual estão inseridas. Coerentemente com esta proposta, o objetivo
geral indica que se deve buscar vivenciar manifestações artístico-
129
culturais afro-brasileiras e indígenas, observando a importância desta
transmissão cultural às novas gerações. Isso é complementado nos
objetivos específicos: possibilitar as manifestações culturais
folclóricas e favorecer a criação de programas institucionais
artísticos culturais.
A maioria absoluta das IES investigadas segue o que dizem os
Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997, 1998) quando afirma
que as Atividades Rítmicas e Expressivas e as Danças são Culturas
Corporais de Movimento essenciais aos ambientes educativos da
Educação Física. Ambientes estes, em que a cultura se manifesta nas
relações entre as pessoas e no aprendizado de diversas Danças, que
evoluíram ao longo de décadas.
5. Relações entre Dança e educação: benefícios da Dança para o
desenvolvimento de crianças e jovens, o que repercute em suas
aprendizagens.
A busca de compreensão destes benefícios trazidos pela Dança faz
parte dos objetivos da disciplina nos planos de ensino de seis das oito
IES pesquisadas. No plano 1 da IES 1 na indicação das habilidades a
serem desenvolvidas existem os seguintes objetivos: verificar o
conhecimento, a compreensão, a aplicação, a análise, a síntese e a
avaliação dos (as) alunos (as) diante de cada processo de
aprendizagem da disciplina. Já no plano 2, nada consta a respeito. O
que não deixa de ser estranho. O mesmo se pode dizer da IES 2. Na
IES 3 um dos objetivos da disciplina é o de favorecer para que o (a)
futuro (a) professor (a) descubra “as atividades rítmicas e expressivas
como possibilidades de intervenção pedagógica no contexto escolar”, o
que é repetido como uma das competências a serem, nele,
desenvolvidas. Pode-se entender que haja, nesta formulação, uma
preocupação em relação aos benefícios da Dança para o
desenvolvimento de crianças e jovens. No plano 1 da IES 4 é proposto
como um dos objetivos, “reconhecer a atividade rítmica como
contribuição valiosa na educação integral do indivíduo”. Ainda que seja
130
uma a firmação genérica, não deixa de indicar alguma preocupação ou
entendimento de possíveis benefícios da Dança para a educação. Nas
IES 5 e 6, não há nenhuma relação entre Dança e seus benefícios para
as aprendizagens em geral e, menos ainda, qualquer menção em
relação aos seus possíveis bons resultados educacionais. Na IES 7 logo
na ementa do plano de ensino, aparece a indicação de estudo do
seguinte conteúdo: “Valor educativo da atividade rítmica”, o que é
complementado com a indicação, do seguinte objetivo: “fornecer ao
aluno conhecimento do ritmo como fenômeno universal e instrumento
educativo”. Na oitava IES, há o seguinte objetivo a expressar
compreensão e propósito relativo aos benefícios educacionais das
atividades rítmicas: “Estimular o acadêmico do curso de formação em
Educação Física a descobrir as atividades rítmicas e expressivas como
possibilidades de intervenção pedagógica no espaço escolar”
Vemos assim, que a maioria das Instituições pesquisadas incorpora nos
seus programas de ensino de Dança dos cursos superiores de
Licenciatura em Educação Física este aspecto discutido no capítulo 2
sobre Dança e Educação. Desta forma, estas Instituições valorizam a
mérito de ter na escola e na formação docente reflexões que envolvam
os benefícios educativos da Dança.
6. Áreas do conhecimento que contextualizam a Dança: História,
Apreciação e Crítica, Sociologia, Antropologia, Música, assim como
saberes de anatomia, fisiologia e cinesiologia.
De modo geral, nas ementas e nos objetivos das IES pesquisadas, este
conjunto de conhecimentos aparece. Nem sempre como conhecimentos
de todas as áreas mencionadas, mas, ao menos, boa parte deles. Isso
indica atenção das IES para com as orientações legais a respeito do que
deve constar na formação destes futuros (as) professores (as) de
Educação Física em relação ao seu preparo para trabalharem com a
Dança, bem como, certa finidade com a literatura da área identificada
em nossas buscas.
131
Por exemplo, na IES 1, há esta afirmação na ementa da disciplina “O
professor desta disciplina deverá demonstrar conhecimentos históricos,
filosóficos e culturais das diversas manifestações corporais de
Atividades Rítmicas”, assim como menciona, em alguns objetivos, obter
conhecimentos de música e de aspectos de antropologia. Na IES 2,
consta o seguinte objetivo: “Repensar e valorizar a Dança como um bem
cultural, compreendendo e reconhecendo seu valor social, filosófico,
artístico e educacional” e este: “Compreender quais são as capacidades
físicas mais requisitadas para a prática” (da Dança, no caso). Na IES 3
há menções a respeito dos aspectos históricos, sociais e filosóficos, o
que não ocorre nos objetivos e ementa da IES 4. Nesta última quase
nada destes aspectos é mencionado, o mesmo ocorrendo com a IES 5.
Já na IES6, vários destes aspectos são mencionados na ementa da
disciplina: “Adquirir informações sobre o contexto histórico no qual os
conhecimentos do Ritmo e da Dança se produziram; conhecer o
processo histórico das manifestações rítmicas e expressivas e suas
diferentes concepções de ensino; adquirir conhecimentos sobre os
conceitos que relacionam a ideia de corpo, ritmo e Dança no mundo
moderno e contemporâneo; classificar as diferentes manifestações
rítmicas; analisar os possíveis significados intrínsecos à vivência do
ritmo e da Dança”. A IES 7, na sua ementa e objetivo menciona
destacadamente conhecimentos de música e não das demais áreas e, a
IES 8, contempla boa parte destas áreas como os aspectos históricos,
culturais, antropológicos e musicais.
Com relação à apreciação e crítica da Dança vale registrar o que consta
nos objetivos da disciplina Dança, da IES 3: “Assumir uma
desconstrução da noção de Dança pautada na perspectiva tecnicista,
para redescobri-la e significá-la como movimento corporal expressivo e
rítmico, que ajuda no desenvolvimento psicomotor, estético e
interacional da criança”. Isso se reflete em ao menos um dos conteúdos
programáticos do plano de ensino desta IES: “Desconstruindo a noção
tecnicista da Dança”. Apesar de apenas em uma das IES isso aparecer,
já é um início positivo.
132
Com relação a conteúdos que tratem de música e sua relação com ritmo
e Dança, estes aparecem em diversos planos de várias IES. Em apenas
duas das IES (IES: 1 - plano 1, 3, 4 – plano 1 e 2, 6, 7, 8), não há a
menção a relações entre ritmo, música e as Danças. Nas demais IES
constam menções importantes a respeito destas relações, como é
mostrado a seguir.
No plano 1 da IES 1, no perfil docente, é afirmado que o (a) professor (a)
da disciplina Dança, deverá ser capaz de demonstrar, nas diversas
manifestações corporais de Atividades Rítmicas, seus aspectos rítmicos
e musicais. Nesta mesma IES, nos seus objetivos, é indicado como
necessário, desenvolver as seguintes competências: compreender a
música como meio para a expressão do movimento; analisar timbres,
sons, instrumentos e objetos musicais; aplicar a teoria musical como
componente motivador e educacional nas aulas de atividades rítmicas e
expressivas na Educação Física escolar; compreender o ritmo como
fenômeno universal e educativo; sintetizar o trabalho integrado com
música, percussão e movimento; esclarecer os sentidos para o
desenvolvimento da percepção rítmica. Além disso, é indicado que se
deva desenvolver o sentido auditivo por meio da educação musical,
rítmica e sonora. Na ementa da IES 3, consta a indicação de que se
deva promover exercícios de musicalização e, além de propor, como um
dos objetivos da disciplina, o conhecimento dos diferentes conceitos de
ritmo. Ao analisar o plano 1 da IES 4 aparece na ementa: A disciplina
procura desenvolver a fundamentação e análise da relação Ritmo-
movimento e suas características, tipos e funções gerais. Os elementos
do ritmo (pulso, andamento, acento, intensidade e padrões rítmicos) são
conceituados e caracterizados. Como um de seus objetivos é proposto
que sejam analisados os aspectos metodológicos e pedagógicos
relevantes na escolha da seleção musical, conhecendo a influência da
música sobre o ouvinte. No plano 2 da mesma IES, há na ementa, a
relação música-movimento; e nos objetivos: compreender o Ritmo como
um elemento do movimento humano, analisando esta inter-relação em
diferentes tipos de atividades físicas: esporte, ginástica, Dança e
atividades físicas em geral. A ementa da IES 6 apresenta o estudo da
133
noção de ritmo nas suas diversas formas de análise. Existe nos objetivos
cognitivos a preocupação de que o (a) discente adquirira os
conhecimentos do ritmo e da Dança; adquirir conhecimentos sobre os
conceitos que relacionam a ideia de corpo, ritmo e Dança no mundo
moderno e contemporâneo; analisar os possíveis significados intrínsecos
à vivência do ritmo e da Dança. Assim como nas habilidades, é indicado
que deve ser capaz de relacionar os conhecimentos adquiridos em ritmo
e Dança à prática pedagógica; elaborar projetos, pesquisas e programas
em Dança e ritmo.
A IES 7 cita na ementa que, a exploração associativa da música, da
percussão e do movimento favorece a percepção rítmica. O objetivo
indica que se deva fornecer ao (a) aluno (a), o conhecimento do ritmo
como fenômeno universal e instrumento educativo. Viabilizar um
trabalho integrado de música, percussão e movimento. Proporcionar ao
educador condições básicas para uma adequada utilização da música e
do movimento em sua prática profissional. Por último, na ementa da IES
8 são contemplados os exercícios de musicalização e, nos objetivos
específicos, é proposto discutir os ritmos.
7. Possibilidades de vivenciar a Dança (repertórios, improvisação e
composição coreográfica).
A ideia básica, aqui, é a de que o (a) professor (a) de Educação Física
possa possibilitar nas aulas de Dança e de atividades rítmicas, que os
alunos (as) da Escola aprendam repertórios diversos e, também, possam
improvisar Danças e ritmos que expressem sua sensibilidade de alguma
maneira.
Neste sentido, a ementa do Plano de Ensino da IES 1 para a disciplina
“atividades rítmicas”, indica como conteúdo o estudo das “possibilidades
de movimentos utilizados pela cultura corporal e suas adaptações à
população escolar. Criatividade, expressão e consciência corporal”. No
plano de ensino da disciplina “Dança” propõe que este (a) professor (a)
aprenda a “Valorizar a imaginação, a criatividade, a percepção e a
expressão corporal”.
134
No plano de ensino da IES 2 estes aspectos não são mencionados
claramente, o que já não ocorre na IES 3 que identifica como necessários,
nesta formação, o conhecimento da disposição para a criação de diversas
expressões por meio dos ritmos e da Dança em especial. No plano de
ensino desta IES é apontado como conteúdo a ser trabalhado o seguinte:
“Experimentação da Dança por meio da vivência em atividades rítmicas e
expressivas, Danças populares e folclóricas, manifestações afro-
brasileiras e indígenas, exercícios de musicalização, criatividade,
consciência corporal, pesquisa de movimentos e montagens
coreográficas”. Nesta direção caminha o plano de ensino 2 da IES 4 ao
propor como objetivo: “Analisar os aspectos metodológicos e pedagógicos
das atividades rítmicas criativas: imitativas, interpretativas e criação de
Dança”. Já, na IES 5, é valorizada a “Construção de um repertório de
DANÇAS” e, também, o aprendizado da “Organização de espaços e
ambientes que propiciem a prática de DANÇAS”. A ênfase, no caso, está
nos repertórios e não na criatividade em relação às Danças. O plano de
ensino da IES 6 caminha nesta mesma direção, ainda que mencione,
além do aprendizado de repertórios, a possibilidade de aprendizado de
produção cultural e de elaboração de “projetos, pesquisas e programas
em Dança e ritmo”. No plano de ensino da IES 7, não há nenhuma
menção a este respeito, o contrário do plano de ensino da IES 8 no qual é
dito explicitamente que seja oferecido, na formação docente,
oportunidades de “Experimentação da Dança por meio de vivências em
atividades rítmicas e expressivas, Danças populares e folclóricas,
manifestações afro-brasileiras e indígenas, exercícios de musicalização,
criatividade, consciência corporal, pesquisa de movimentos e montagens
coreográficas”. Alia-se, aqui, a proposta de aprendizado de repertórios e,
ao mesmo tempo, de aprendizado de criação.
Por estes recortes pode-se confirmar o que foi dito no início deste item
relativamente à preocupação das propostas de Cursos de Licenciatura em
Educação Física das IES pesquisadas: elas buscam atender, de alguma
maneira, o que é indicado nos documentos oficiais e na literatura consultada a
respeito da presença da Dança na educação escolar e, por consequência em
135
relação ao que se espera seja oferecido na preparação do (a) futuro (a)
professor (a) de Educação Física para que possa desenvolver seu trabalho
contemplando nele, as atividades de Dança e/ou Atividades Rítmicas. Estas
análises das ementas e dos objetivos constantes dos Planos de Ensino
reforçam o constatado nos conteúdos de ensino dos mesmos planos.
Mesmo assim, vários aspectos importantes relativos à Dança ficam
ausentes das propostas pedagógicas destes cursos, especialmente aqueles
relativos à dimensão estética tão importante de ser contemplada nos processos
de formação humana, assim como falta uma ênfase maior nos aspectos de
criação e de improvisação como caminhos abertos para as manifestações e
expressões da sensibilidade humana por meio deste canal artístico tão
relevante.
O que foi aqui apresentado é uma análise dos dados constantes dos
planos de ensino das disciplinas Dança e Atividades Rítmicas das oito IES
investigadas, buscando referenciá-la ao conjunto de ideias apresentadas nos
capítulos dois e três desta tese. Outras considerações analíticas poderiam ser
apresentadas, mas, tendo em vista os objetivos propostos para esta pesquisa,
julgamos suficiente o que foi dito até aqui.
Nas considerações finais apresentaremos mais alguns comentários de
ordem geral que, esperamos, podem ampliar entendimentos e principalmente a
compreensão da presença da Dança nas escolas com qualidade e
competência que podem servir de incentivo para que haja cada vez mais
estudos e valorização dos (as) professores (a) de Educação Física para o
ensino de Dança, visto ser esta uma de suas funções prevista na legislação do
ensino no Brasil.
136
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Figura 12. Michael Jackson
Fonte: Disponível em http://amantesdanca.blogspot.com.br/2013/03/imagens-de-danca.html
Acesso em 19 jan. 2016
137
“Pros loucos que falam que sou Louco porque Danço, Loucos são eles que não sabem o prazer da Dança.
Serei eternamente um Amante da Dança. Já nasci pra Dançar!
Desde pequeno a Dança faz parte da minha vida. A Dança sempre estará no meu coração, por que foi lá de onde ela surgiu em mim”
Michael Jackson (2003).
A epígrafe supracitada refere-se à entrevista concedida pelo polivalente
astro do pop, Michael Jackson e é uma reflexão acerca da “loucura”, isto é, do
extremo envolvimento que o ser humano-corpo atinge ao Dançar. Muitos (as)
acreditam que o ato de dançar é para loucos, mas, pode-se dizer, é para
sujeitos (as) cheios de loucura por poderem expressar suas emoções
dançando. Um dos mais belos e ricos predicados do ser humano é o da sua
capacidade expressiva.
A história da vida de Michael Jackson mostra que a Dança preencheu de
satisfação sua infância e toda a sua vida, mesmo sabendo-se que, ao menos
na infância, se dançava por prazer, também o fazia de maneira impositiva por
parte do seu pai. Vale ainda registrar estes seus dizeres que reforçam sua
busca prazerosa pela Dança: "(...) dance não para se exibir ou para
impressionar, mas pelo simples prazer de dançar (...)" (2003, s./p.). A Dança
deve proporcionar prazer ao invés da obrigação. Dançar é enaltecer a vida, o
corpo, e a arte com belas expressões. A indicação deste astro Dançante vale
para todas as pessoas, pois, como se viu nos capítulos iniciais desta tese, a
expressão da sensibilidade humana é uma profunda necessidade e a Dança é
um caminho privilegiado desta expressão respondendo, assim, à satisfação
desta necessidade.
Algumas ideias a respeito do que seja a Dança e sua presença na vida
humana formaram o conteúdo do primeiro capítulo com a intenção de oferecer
um pano de fundo, ou um contexto, para situar a problemática que envolveu e
desencadeou o objeto da pesquisa realizada. O breve relato histórico,
apontando a presença da Dança desde os tempos mais remotos da
humanidade, mostra, primeiro, como o ser humano é um ser que tem
necessidade intrínseca à sua natureza de expressar-se das mais diversas
138
maneiras, sua sensibilidade, assim como expressa, várias possibilidades de
seus entendimentos a respeito da realidade e de si mesmo nela. Isso se soma
a como expressa sua necessidade de convívio com outros seres humanos, não
apenas organizando-se socialmente de diversas maneiras, mas também
produzindo um enorme acervo de conhecimentos a respeito da vida coletiva. O
mesmo ocorre com suas necessidades produtivas que se manifestam nas
relações de transformação da natureza e dos próprios materiais por ele
produzidos, que desenvolve, juntamente com seus pares e busca expressar
também na forma de conhecimento e na forma de arte. Esta última não apenas
dá a conhecer este algo fundamental do ser humano que é o trabalho, mas
expressa inúmeros sentimentos envolvidos no agir produtivo. O ser humano é
sim, ao mesmo tempo e complementarmente, do agir social e do agir
simbolizador ou expressivo. Não podem separar estes aspectos do ser
humano, pois eles o constituem, ou seja, o formam como humano. A falta de
desenvolvimento de qualquer um deles afeta a integralidade de sua
constituição ou formação.
Um desses aspectos, simbolizador e expressivo, é o das artes e, dentro
delas, situa-se as Dançar. Ela é uma necessidade como foi apontado no
Capítulo 1 e, também, no Capítulo 2 ao se tratar da Dança na educação. Não
fosse necessária a Dança, não teria estado presente tão colado à história da
humanidade, como foi visto.
O Capítulo 2 procurou mostrar a vinculação necessária da Dança com a
educação e como alguns (algumas) pensadores (as) veem esta vinculação.
Necessária porque a educação deve tratar de ajudar as novas gerações a
buscarem com o máximo de lucidez possível, os caminhos de sua realização
ou formação humana. São vários estes caminhos: um deles é o do acesso ao
conhecimento, por certo e, também o do acesso à preparação para o mundo do
bom trabalho (aquele trabalho que realmente soma realizações e não o que
aliena o homem de si mesmo) e ainda o acesso aos caminhos da boa
sociabilidade e o acesso aos caminhos da realização de sua sensibilidade e
aos caminhos de expressão da mesma. Oferecer ajudas para o acesso a estes
e outros caminhos é papel da educação. Ora, se os trajetos da Dança levam a
caminhos de expressão da sensibilidade humana que, auxiliam na sua
realização, por que não ter presentes na educação atividades da Dança?
139
Se as considerações apresentadas no Capítulo 2 servirem para motivar
quem não está motivado para buscar garantir as atividades de Dança na
educação escolar e servir para reforçar os que já estiverem motivados, já nos
sentimos bem pagos pelo trabalho que desenvolvemos ali. Esta motivação
deve ser reforçada pelos ordenamentos legais que, sabiamente, indicam a
necessidade de a Dança ser contemplada na Escola e, por conta dessa
necessidade, a necessidade de haver o correspondente preparo do corpo
docente para ensinar propostas de Dança aos (as) aprendizes.
Um destes, diz a legislação, é o (a) professor (a) de Educação Física, o
qual deve ser formado com qualidade para esta tarefa, também sua. Foi o que
buscou desvelar no Capítulo 3. Nossa intenção não foi apenas o de expor o
que indicam ou mesmo determinam as orientações legais, mas sim apontar
que estas orientações se casam, muito bem, com o que foi exibido no Capítulo
2, ou seja, o que a literatura a respeito também indica e recomenda.
Desenhados o quadro histórico relativo à Dança, o quadro relativo ao
que se cogitar da relação Dança e educação aliado ao quadro das orientações
legais, buscou-se o que era o principal objetivo da pesquisa: identificar a
presença de estudos e vivências de Dança nos currículos dos seis Cursos de
Licenciatura em Educação Física da Cidade de São Paulo aos quais foram
agregados dois cursos da região metropolitana de São Paulo. Os resultados
desta busca constam, também, do Capítulo 3.
Infelizmente, não foi possível obter os dados de todas as IES da Cidade
de São Paulo, como era a intenção inicial da pesquisa, mas os dados das oito
Instituições de Ensino Superior mostraram que, ao menos estas estão afinadas
com a literatura já produzida a respeito da Dança na educação e com o que
indicam os mais recentes documentos legais relativos à Escola e relativos à
formação de docentes de Educação Física para o trabalho com Dança (onde
se permite sua atuação) no Ensino Fundamental I, II e no Ensino Médio.
No tocante aos nossos objetivos foi possível identificar a presença da
Dança nas propostas curriculares dos Cursos de Licenciatura em Educação
Física das IES pesquisadas, bem como a “afinação” dos conteúdos e objetivos
da disciplina Dança com as orientações legais a respeito e com, ao menos
parte da bibliografia da área.
140
Permitimo-nos, aqui, relembrá-lo: buscar constatar o nível de presença
da oferta da disciplina Dança nos Cursos de Licenciatura em Educação Física
das Instituições de Ensino Superior da Cidade de São Paulo e o de buscar
informações a respeito dos conteúdos trabalhados nesta disciplina, nestes
cursos, em especial se estes conteúdos estavam afinados com as orientações
legais a respeito e com, ao menos parte da bibliografia da área.
Este objetivo foi certamente alcançado e, melhor ainda, ao atingi-lo,
tivemos não confirmada nossa hipótese de que, em uma minoria de Cursos de
Licenciatura em Educação Física seria encontrada a presença da disciplina
Dança e que, nesses poucos cursos, a oferta da disciplina estaria bem distante
das orientações legais e da produção acadêmica a ela relativa.
Foi, por certo, uma grata não confirmação, apesar do pequeno número
de IES pesquisadas. Resta saber se a maneira e a profundidade com a qual os
conteúdos elencados nos Planos de curso ocorrem de modo a satisfazer o que
se espera da formação destes (a) docentes para projetar a implantação da
Dança nas escolas.
Sentimos, também, ao concluir a pesquisa que, ao menos em parte,
respondemos satisfatoriamente às indagações iniciais colocadas que foram as
seguintes: Como entender a Dança e sua relação com a educação? Como é
vista a Dança, nos documentos oficiais brasileiros, como conteúdo curricular na
Escola? Com que objetivos e conteúdos este componente curricular é
trabalhado nos cursos identificados? Os objetivos e conteúdos da disciplina
que desenvolvem as danças mencionadas nestes cursos podem responder ou
corresponder ao que é considerado desejável na literatura pesquisada e nas
indicações da legislação oficial brasileira com relação à mesma?
Além disso, com relação a outro objetivo que foi o de buscar subsídios
para as discussões a respeito da formação docente de Educação Física
relativa ao seu conhecimento para ensinar os conteúdos de Dança na Escola,
se não delineamos grandes avanços, ao menos foi possível indicar os
benefícios das Danças nas escolas e com um tipo de que privilegie não as
atividades repetitivas ou mecânicas, nesta área, mas sim o que ela pode
incentivar de expressividade e de manifestação criativa da sensibilidade das
crianças e jovens de nossas escolas.
141
Ao ter realizado este trabalho relativo ao componente curricular Dança
nos Cursos de Licenciatura em Educação Física, sentimos, além da satisfação
das constatações obtidas, um novo alento para continuar não só a defender a
presença desta manifestação artística nesses cursos e na preparação desses
professores (as), mas para continuar nossos estudos e pesquisas relativas ao
Dançar. Estudar e vivenciar a Dança, inevitavelmente, é tratar sobre a
sensibilidade humana e, mais particularmente sobre as possibilidades de sua
expressão com criatividade por meio dos movimentos dos corpos promovendo,
inclusive não só o encantamento, pela Dança, nos expectadores (as) que veem
Danças, mas promover neles (as) e em quem Dança as melhores e mais
genuínas manifestações de suas emoções. Algumas danças e dançarinos (as),
às vezes, valorizam mais as disputas em prol da perfeição dos movimentos
técnicos, mas a Dança deve realmente invadir o corpo com sensibilidade e
superar regras, sempre com novas criações, para obter prazer e liberdade.
Como hoje presenciamos uma era das tecnologias, talvez, a Educação
Física e a Dança ainda sejam uma das poucas atividades humanas que
manifestam o contato entre as pessoas, por isso, aqui fica a nossa defesa em
prol da valorização dessas profissões para não vivermos um futuro sem toque.
Mover com expressão e plasticidade, sentir e agir com consciência,
representar o mundo à sua volta e as próprias emoções a partir das
descobertas dos movimentos rítmicos e artisticamente, são ações
fundamentais para dançar.
Quando o ser humano Dança, o corpo se posiciona como veículo para
expressar o seu sentir as coisas e o mundo. Dançar é festejar.
Festejemos a vida, dançando e permitamos que muitas crianças e
jovens dancem a festa da vida, ajudando-as a aprender esta maravilhosa forma
de expressão de nossa humanidade.
Com palavras de Fernando Pessoa, em seu poema ‘Liberdade’,
queremos concluir esta tese, não assumindo a condenação do ir à escola para
estudar em livros ou do ter deveres a cumprir, mas carecemos de saber
consentir espaços em nossas vidas para os prazeres da liberdade dentre os
quais ele contempla os da Dança.
142
Liberdade. Ai que prazer Não cumprir um dever, Ter um livro para ler E não fazer! Ler é maçada, Estudar é nada. Sol doira Sem literatura O rio corre, bem ou mal, Sem edição original. E a brisa, essa, De tão naturalmente matinal, Como o tempo não tem pressa... Livros são papéis pintados com tinta. Estudar é uma coisa em que está indistinta A distinção entre nada e coisa nenhuma. Quanto é melhor, quanto há bruma, Esperar por D. Sebastião, Quer venha ou não! Grande é a poesia, a bondade e as danças... Mas o melhor do mundo são as crianças, Flores, música, o luar, e o sol, que peca Só quando, em vez de criar, seca. Mais que isto É Jesus Cristo, Que não sabia nada de finanças Nem consta que tivesse biblioteca (Negritos nossos).
Esta pesquisa apenas teve seu início e, seus primeiros resultados aqui
estão. Para nós, ela é um incentivo na continuidade da busca. Mas, não
deixaremos de buscar, também, “a poesia, a bondade e (principalmente) as
danças”.
Vale acrescentar que ela me trouxe importantes acréscimos acadêmicos
em minha formação como professora de Dança na Licenciatura em Educação
Física e um maior incentivo na continuação de meus estudos.
143
REFERÊNCIAS
“(...) o gesto dançado abre no espaço a dimensão do infinito (...)”.
José Gil (2004, p. 14).
Figura 13. Mundo da Dança
Fonte: http://www.mundodadanca.art.br/2011/03/historia-da-danca-na-educacao.html Acessada em 19 jul. 2017.
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151
ANEXOS
“[...] Dançar é executar movimentos corporais de maneira ritmada, em geral ao som de música, bailar, balançar, oscilar; sacudir-se, agitar-se, mexer-se, movimentar-se”.
Hollanda (1999).
Figura 14. Dança na Educação Física 2.
Fonte: Disponível em http://granbery.edu.br/noticias/estudantes-de-educacao-fisica-brilham-na-14a-mostra-de-danca Acesso em 19 jul. 2017.
152
ANEXO 1: PLANOS DE ENSINO DE DANÇA OU AFINS DAS
LICENCIATURAS EM EDUCAÇÃO FÍSICA.
IES n. 1. PLANO DE ENSINO 1
Nome da disciplina ATIVIDADES RITMICAS
Carga horária 68
Semestre 04º
Grade/ano 2016 1
PERFIL DOCENTE O professor desta disciplina deverá demonstrar conhecimentos históricos, filosóficos e culturais das diversas manifestações corporais de Atividades Rítmicas, em seus aspectos técnicos, rítmicos, musicais, desportivos, folclóricos e populares, bem como, poder saber ensiná-los pedagogicamente e estabelecer vínculos com a Educação Física Escolar.
EMENTA As Atividades Rítmicas como forma de manifestação cultural e linguagem corporal. Ritmos e as possibilidades de movimentos utilizados pela cultura corporal e suas adaptações à população escolar. Criatividade, expressão e consciência corporal. Ginástica Rítmica e as possibilidades do ritmo. Concepção do ritmo na Educação Física e sua importância no ensino aprendizagem para o conhecimento da cultura corporal de movimento por meio da música, da percussão e da ginástica. As relações das atividades rítmicas e expressivas com gênero, etnia e deficiências.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Atividades Rítmicas e Ritmo na Educação Física.
Percepção do ritmo no seu próprio corpo, no corpo do outro e no meio em que vive.
Os sentidos do ser humano e o despertar auditivo.
Estudo dos sons e suas propriedades.
Teoria musical: compassos, frases, temas, andamento e batidas por minuto – BPM.
Estudo da rítmica, do ritmo e do movimento.
Percepção de materiais alternativos que produzem sons e percussão.
Relações de Gênero e etnia nas Atividades Rítmicas e Expressivas, na Ginástica Rítmica, na Educação Física escolar e na sociedade em geral.
Ginástica Rítmica e as possibilidades do ritmo.
Metodologia de ensino da ginástica rítmica para deficientes
153
Música, percussão e movimento.
Construções coreográficas.
OBJETIVOS Competências Desenvolvidas:
Conhecer as Atividades Rítmicas para estimular à criação e reflexão.
Compreender a música como meio para a expressão do movimento.
Analisar timbres, sons, instrumentos e objetos musicais.
Aplicar a teoria musical como componente motivador e educacional nas aulas de atividades rítmicas e expressivas na Educação Física escolar.
Compreender o ritmo como fenômeno universal e educativo.
Sintetizar o trabalho integrado com música, percussão e movimento.
Esclarecer os sentidos para o desenvolvimento da percepção rítmica. Habilidades Desenvolvidas:
Planejar a Ginástica Rítmica como meio para integrar movimento corporal, os movimentos dos aparelhos e a música.
Promover as Danças folclóricas e as manifestações populares que compõem a cultura do nosso país e fora dele.
Desenvolver o sentido auditivo por meio da educação musical, rítmica e sonora. Reconhecer as relações de gênero presentes na sociedade, na Educação Física e especialmente nas atividades rítmicas e expressivas.
Verificar o conhecimento, a compreensão, a aplicação, a análise, a síntese e a avaliação dos/as alunos/as diante de cada processo de aprendizagem da disciplina.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bibliografia Básica
ARTAXO, I e MONTEIRO, G. A. Ritmo e movimento: teoria e prática. 4. Ed. São Paulo: Phorte, 2008.
GAIO, R; GOIS, A. F. GÓIS; BATISTA, J. C. F. (org.). Ginástica em questão: Corpo e movimento. 2ª edição, São Paulo: Phorte, 2010.
GUIMARÃES, J. GERALDO M. Folclore na escola. 3. ed. São Paulo: Manole, 2002. Bibliografia Complementar
BRUNS, M. A; SOUZA-LEITE, C. R. V. Gênero, diversidades e direitos sexuais nos laços da inclusão. Curitiba: Editora CRV, 2012.
CAMARGO, M. L. M. Música / movimento: um universo em duas dimensões: aspectos técnicos e pedagógicos na Educação Física. Belo Horizonte, MG: Villa Rica, 1994.
CARVALHO. A. Folclore e educação. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1981.
MARTINS, S. Ginástica Rítmica Desportiva: aprendendo passo a passo. Rio de Janeiro: Shape, 2000.
SCHINCA. A Psicomotricidade, ritmo e expressão corporal: exercícios práticos. São Paulo: Manole, 1991.
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Metodologia de Ensino
Aulas expositivas, processos pedagógicos, vivências corporais, leituras, pesquisas, seminários prático-teórico.
Metodologia de Avaliação A composição das notas da AV1, AV2 e AV3 contará com avaliações contínuas com conteúdo interdisciplinares que pretendem avaliar as capacidades e competências desenvolvidas ao longo dos semestres. AVALIAÇÃO AV1: a) Soma das notas dos instrumentos abaixo descritos e Instrumentos de Avaliação: b) 1º Instrumento de Avaliação Disciplinar: Seminário sobre “Produção científica sobre ritmo e ginástica rítmica” Para essa avaliação devem estudar artigos científicos sobre os temas em questão e apresentar em forma de seminário. A classe será organizada em grupo e cada grupo
154
apresentará um artigo, previamente preparado. Essa avaliação tem valor total de 10,00 pontos. 2º Instrumento Avaliação Disciplinar: Plano de aula de ginástica rítmica com aparelhos alternativos Dividir a sala em oito ou mais grupos e sortear as séries (fundamental I, II ou médio). Os grupos, com a orientação do/da docente deverá elaborar um plano de aula de Ginástica Rítmica para escola, de acordo com a série sorteada anteriormente. O grupo deve entregar, antes de iniciar a apresentação do plano de aula, uma cópia impressa do trabalho escrito para o/a professor/a de acordo com as normas já aprendidas de elaboração de trabalho. O tempo de explanação é de no mínimo 15 e máximo 20 minutos, é deverá ter a participação de todos os integrantes. Essa avaliação tem o valor total de 10,0 pontos. 3º Instrumento Avaliação Disciplinar: Coreografia de Ginástica Rítmica – Conjunto com aparelho oficial Dividir a sala em oito ou mais grupos e sortear os aparelhos oficiais da ginástica rítmica. Cada grupo deverá apresentar uma composição coreográfica de ginástica rítmica, de acordo com as regras estudadas e adaptadas para as condições escolares e de iniciação na modalidade.
Composição da Av1 Valores
Seminário Científico Ritmo e GR 0,0 a 10,0
Plano de Aula 0,0 a 10,0
Composição coreográfica de GR 0,0 a 10,0
Avaliação Teórica 0,0 a 10,0
TOTAL 40,0
MÉDIA 40,0/4 = de 0,0 a 10,0
Objetivo da Avaliação Critérios de Avaliação Av1 - Taxonomia de Bloom SEMINÁRIO SOBRE RITMO E GINÁSTICA RÍTMICA Conhecimento Refere-se à habilidade do aluno em recordar, definir, reconhecer ou identificar informação específica sobre o ritmo ou ginástica rítmica abordada na disciplina de Atividades Rítmicas, a partir de situações de aprendizagens anteriores. Compreensão Refere-se à habilidade do aluno em demonstrar compreensão pelos conhecimentos gerais e o ritmo/ ginástica rítmica presentes na cultura de um povo abordado na disciplina de Atividades Rítmicas, sendo capaz de reproduzir a mesma por ideias próprias. Aplicação Refere-se à habilidade do aluno em aplicar os conhecimentos gerais do ritmo e da Ginástica Rítmica presentes na cultura do povo, contemplado na disciplina de Atividades Rítmicas, em situações ou problemas concretos como identificar métodos e/ou abordagens para o ensino-aprendizagem da Ginástica Rítmica. Análise Refere-se à habilidade do aluno em estruturar informação sobre os conhecimentos gerais e o folclore presentes na cultura de um povo, separando as partes das matérias de aprendizagem e estabelecendo relações, explicando-as, entre as partes constituintes. Síntese Refere-se à habilidade do aluno em recolher e relacionar os conhecimentos gerais e a manifestação cultural – ginástica rítmica com ritmos diversos na nossa cultura e em outras, até formar um produto novo. Avaliação Refere-se à habilidade do aluno em fazer julgamentos sobre o valor do ritmo e da ginástica rítmica para além da Educação Física Escolar ao levar em consideração o conhecimento sobre cultura, seja ela nacional ou internacional, que serve como meio de transformações e mudanças. AVALIAÇÃO AV2:
155
Instrumento de Avaliação Avaliação institucional integrada, composta pelos conteúdos interdisciplinares do semestre. Esta avaliação será composta, quase em sua totalidade, por questões de múltipla escolha, disciplinares e interdisciplinares, porém também serão apresentadas questões discursivas, cujo conteúdo será sobre conteúdos interdisciplinares e conhecimento geral. Objetivo da Avaliação Relacionar conceitos teóricos de diversas áreas de forma interdisciplinar. AVALIAÇÃO AV3: Instrumento de Avaliação Estas questões teóricas avaliação terá um caráter integrador e interdisciplinar. Será aplicada uma avaliação individual, composta por de estudo de caso, cujo conteúdo contemplará todas as disciplinas ministradas no semestre. Objetivo da Avaliação O objetivo desta avaliação está na finalização dos temas e nas suas interpretações para a prática do professor de Educação Física.
Regime de Oferecimento: Semestral.
Pré-requisitos: Nenhum.
PLANO DE ENSINO 2
Nome da disciplina DANÇA
Carga horária 68 h
Semestre 5º
Grade/ano 2016 1
PERFIL DOCENTE O/A professor/a desta disciplina deverá descrever e demonstrar conhecimentos históricos, filosóficos, artísticos e educacionais das diferentes manifestações da Dança. Deverá abordar a Dança na visão da complexidade, da corporeidade e da motricidade humana, demonstrando a aplicação dos conhecimentos da Dança e seus desafios educacionais na atualidade, planejando e organizando pedagogicamente tais conhecimentos na Educação Física Escolar.
EMENTA Abordagem da Dança como manifestação histórica e expressão cultural humana. Dança enquanto linguagem não verbal e comunicação corporal. Relações da Dança com a Educação, Arte, Diversidade Humana, Qualidade de Vida, Saúde, Treinamento, Educação Física e Escola. As relações da prática da Dança com gênero, etnia e deficiência.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Enfoque antropológico da Dança: o significado da Dança da pré-história até a contemporaneidade;
Evolução histórica da Dança e as relações com gênero e etnia;
A Dança em diferentes contextos: Cultura, Arte, Educação e Treinamento;
Concepções sobre Corpo e movimento: corporeidade, motricidade, gênero, inclusão e suas inter-relações;
O papel da Dança educativa na formação do educador e do educando;
Elementos da Dança educacional baseados em Rudolf Laban;
A Dança como ferramenta interdisciplinar nas aulas de Educação Física;
As diferentes técnicas de Dança na sociedade brasileira e mundial;
Vivência de Dança educativa, Danças urbanas, Dança contemporânea, balé clássico, jazz, afro-brasileira, Danças de salão e esportiva;
Metodologia de ensino da Dança adaptada para deficientes;
Criação de planos de aulas, composições coreográficas, figurinos e cenografia.
OBJETIVOS Competências Desenvolvidas:
Compreender os diferentes contextos históricos da Dança na sociedade;
Apreender os conhecimentos sobre o corpo na sociedade por meio da corporeidade e da motricidade;
Entender a Dança enquanto área de intervenção e conhecimento;
Desenvolver o conteúdo da Arte, da Linguagem e da Cultura Corporal de Movimento na Educação Física;
Analisar a complexidade que envolve a Dança na Educação Física na diversidade humana, enquanto treinamento, saúde, qualidade de vida, arte e educação dentro do
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ambiente escolar. Habilidades Desenvolvidas:
Questionar os padrões do corpo e do movimento da Dança na sociedade contemporânea construída por meio dos meios de comunicação de massa;
Promover o conhecimento da Dança educação a partir das diferentes linguagens técnicas da Dança afro, popular, urbana, de salão, esportiva como conteúdo da Educação Física Escolar;
Valorizar a imaginação, a criatividade, a percepção e a expressão corporal;
Capacitar para planejar e aplicar as diferentes manifestações das Danças na escola;
Planejar apresentações de Dança para o Ensino Infantil, Ensino Fundamental I e II, e Ensino Médio;
Elaborar espetáculos de técnicas de Dança por meio de composições coreográfica no ambiente escolar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bibliografia Básica
GAIO, Roberta et al. Ginástica e Dança no ritmo da escola. Várzea Paulista: Fontoura, c2010.
RANGEL, Nilda Barbosa Cavalcante. Dança, educação, Educação Física: propostas de ensino da Dança e o universo da Educação Física. São Paulo: Fontoura, 2002.
VERDERI, Érica Beatriz Lemes Pimentel. Dança na escola: uma proposta pedagógica. São Paulo: Phorte, 2009. Bibliografia Complementar
ASSIS, Marília Del Ponte de; SARAIVA Maria do Carmo. O feminino e o masculino na Dança: das origens do balé à contemporaneidade. Movimento, Porto Alegre, v.19, n.2, abr./jun. 2013, p. 303-323. Disponível em: <http://www.seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/29077/25265>. Acesso em: 4 nov. 2014.
BARRETO, Débora. Dança: ensino, sentidos e possibilidades na escola. 2. ed. São Paulo: Autores Associados, 2005.
BETTI, Mauro. Corpo, cultura, mídias e Educação física: novas relações no mundo contemporâneo. E F Deportes - Revista Digital, Buenos Aires, v.10, n.79, dez. 2004. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd79/corpo.htm>. Acesso em: 4 nov. 2014.
DARIDO, S. C. (Coord.) RANGEL, I. C. A. Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
MARQUES, I.A. Ensino de Dança hoje: textos e contextos. São Paulo: Cortez, 1999.
MARQUES, I.A. Dançando na escola. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
NANNI, D. Dança educação: pré-escola à universidade. Rio de Janeiro: Sprint, 2003.
METODOLOGIA DE ENSINO Aulas expositivas, estudos dirigidos, vivências práticas, debates/discussões, vídeos e apresentações teóricas e práticas dos/as alunos/as.
METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO A composição das notas da AV1, AV2 e AV3 contará com avaliações contínuas com conteúdo interdisciplinares que pretendem avaliar as capacidades e competências desenvolvidas ao longo dos semestres. AVALIAÇÃO AV1: Instrumento de Avaliação Média aritmética dos dois instrumentos descritos abaixo: a) Avaliação conceitual específica: Individual e escrita sobre os conteúdos da disciplina a qual envolve o estudo antropológico e histórico social da Dança; seus contextos culturais, artísticos, educacionais, para a saúde, qualidade de vida, treinamento e diversidade humana. A organização destes conteúdos no contexto escolar por meio das diferentes, técnicas e manifestações das Danças. O corpo, a corporeidade, a motricidade humana e a linguagem corporal por meio da Dança. Valor: de 0 a 10 (peso 2). b) 1º Trabalho em Grupo – Plano de Ensino de Dança Organizados em 4 grupos, os (as) alunos (as) deverão desenvolver e aplicar um Plano de
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IES n. 2. Plano de Ensino Ritmos e Dança I–EMENTA Introdução aos conceitos e definições do Ritmo e da Dança e sua relação com a Educação Física; estudo do ritmo enquanto elemento fundamental na vida do ser humano; exploração do componente musical na atuação profissional; sistemas e métodos de Dança. II – OBJETIVOS GERAIS Utilizar o ritmo como um dos meios para o desenvolvimento de habilidades motoras e capacidades físicas. Repensar e valorizar a Dança como um bem cultural, compreendendo e reconhecendo seu valor social, filosófico, artístico e educacional. Estudo do movimento e das diversas possibilidades da Dança com foco em educação e atividade física. Capacitar aos alunos como pesquisadores em Dança. III - OBJETIVOS ESPECÍFICOS Facilitar a integração dos conteúdos rítmicos e expressivos para formulação de trabalhos que demonstrem o domínio conceitual da linguagem corporal. Promover a experimentação e pesquisa das diversas formas de locomoção, deslocamentos e orientação no espaço (caminhos, direções, planos e níveis) Promover a experimentação na movimentação considerando as mudanças de velocidade, de tempo, de ritmo e o desenho no espaço. Facilitar ao professor de Educação Física a elaboração, desenvolvimento e aplicação da Dança em programas escolares, bem como em programas em geral. Reconhecer e identificar a Dança e suas concepções estéticas nas diversas culturas considerando as criações regionais, nacionais e internacionais.
Ensino sobre Dança educação aplicada à Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio. Valor: de 0 a 10. c) 2º Trabalho em grupo – Seminário das Pesquisas e Composição Coreográfica de Dança Os/as discentes deverão se dividir em grupos, pesquisar, compor e apresentar uma coreografia escolhendo apenas uma das diferentes técnicas da Dança, que podem ser: clássica, moderna, jazz, Danças de salão, Danças urbanas (hip hop), afro, dentre outras, com temas interdisciplinares ou transversais. Valor: de 0 a 10. A Média da Av1 acontecerá somando as três avaliações que terão valores de 0 a 10 pontos e depois deve ser dividida por três, sendo que a avaliação conceitual terá peso 2. AVALIAÇÃO AV2: Instrumento de Avaliação Avaliação institucional integrada, composta pelos conteúdos interdisciplinares do semestre. Esta avaliação será composta, quase em sua totalidade, por questões de múltipla escolha, disciplinares e interdisciplinares, porém também serão apresentadas questões discursivas, cujo conteúdo será sobre conteúdos interdisciplinares e conhecimento geral. Objetivo da Avaliação Relacionar conceitos teóricos de diversas áreas de forma interdisciplinar. AVALIAÇÃO AV3: Instrumento de Avaliação Esta avaliação terá um caráter integrador e interdisciplinar. Será aplicada uma avaliação individual, composta por questões teóricas de estudo de caso, cujo conteúdo contemplará todas as disciplinas ministradas no semestre. Objetivo da Avaliação a) O objetivo desta avaliação está na finalização dos temas e nas suas interpretações para a prática do professor de Educação Física.
Regime de Oferecimento: Semestral.
Pré-requisitos: Nenhum.
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Compreender quais são as capacidades físicas mais requisitadas para a prática. IV - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO. 1. Ritmo. 1.1 Conceitos, Definições e Objetivos. 1.2 Estruturação do Ritmo. 1.3 Ritmo e Arritmia. 1.4 Percussão Corporal. 2. O Ritmo e o Som Musical. 2.1 Princípio Básico. 2.2 Ritmo e Métrica Musical. 2.3 Elementos do Pulso. 2.4 Mapeamento Musical. 2.5 Percussão Instrumental. 3. Dança 3.1 Conceitos, Definições, Funções e Objetivos. 3.2 História da Dança. 4. Sistemas e Métodos de Dança a. Danças Integrativas a.1 Danças circulares. a.2 Danças da Cultura Popular ou Folclóricas. a.3 Dança de Salão b. Dança Educativa (Rudolf Von Laban) b.1 Vida e obra de Laban. b.2 Eucinética. b.3 Fatores do Movimento. b.4 Oito Ações Básicas. c. Dança Arte c.1 Balé Clássico c.2 Dança Moderna c.3 Jazz c.4 Dança contemporânea c.5 Sapateado 5. O Desenvolvimento das Capacidades Físicas. 6. A Prática como componente Curricular 6.1 Elaboração de planos de aulas com conteúdos de Ritmo e Dança. 6.2 Aplicação dos planos de aula elaborados. 6.3 Desenvolvimento do Ritmo e da Dança em programas escolares. 6.4 Desenvolvimento do Ritmo e da Dança em programas em geral.
Módulos
Descrição das Atividades
1 Aula teórica: Apresentação da disciplina, critérios de avaliação; Conceitos, definições e objetivos do Ritmo.
2 Aula teórica: Estruturação do Ritmo, Ritmo e Arritmia. Aula Prática: Percussão Corporal (Prática como Componente Curricular/Elaboração de uma Orquestra Corporal).
3 Aula teórica: O Ritmo e o Som Musical: Princípio Básico, Ritmo e Métrica, Elementos do Pulso. Vídeo: Barbatuques (percussão corporal) e Stomp (percussão instrumental)
4 Aula Teórica: Mapeamento Musical. Aula Prática: Escuta musical, identificação do pulso e mapeamento da música.
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5
Aula Prática: Escuta da música, identificação e marcação do pulso através de palmas, estalos, etc. Deslocamentos com variação de direção espacial, andamento e pausas. (Prática como Componente Curricular/Elaboração de uma sequência de deslocamentos com marcação rítmica).
6 Aula Prática: Percussão Corporal com marcação do pulso e deslocamentos, com mudança de direção e nível.
7 Aula teórica: Dança: Conceitos, Definições, Funções e Objetivos. História da Dança (vídeo)
8 Avaliação Prática (Prática como Componente Curricular/ Elaboração de uma coreografia com percussão instrumental e variações rítmicas)
9 NP1
10 Aula Teórica: Sistemas e Métodos de Dança: Danças Integrativas, Danças da Cultura Popular ou Folclórica e Dança de Salão. Trabalho sobre Rudolf Von Laban.
11 Aula Prática: vivência de Danças Integrativas.
12 Aula Teórica: Dança Arte; Treinamento para desenvolvimento das capacidades físicas para o Dançarino. Aula Prática: Análise das 8 ações do esforço.
13 Aula Prática: vivência de Danças Integrativas e Dança Educativa.
14 Avaliação Prática (Prática como Componente Curricular/ Elaboração de uma coreografia com pesquisa em Danças Integrativas)
15 NP2
16 Revisão de prova
17 Prova Substitutiva
18 Exame
19 Revisão de Exame
20 Entrega de Notas
V - ESTRATÉGIA DE TRABALHO Aulas teóricas expositivas e apresentação de vídeos de Dança e de percussão corporal e instrumental. Vivências práticas para estimular o entendimento do que está sendo apresentado. Leitura de textos relacionados aos conteúdos, estimulando também a sua capacidade de análise e crítica construtiva. VI – AVALIAÇÃO Provas teóricas bimestrais, como forma de sintetizar os conteúdos discutidos. Provas práticas bimestrais, em grupo, abordando o conjunto de atividades desenvolvidas no período. Média ponderada das notas atribuídas às provas de teoria e prática. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bibliografia Básica ARTAXO, I. & MONTEIRO, G. de A. Ritmo e movimento. São Paulo: Phorte, 2000. GARCIA, Â. & Haas, A. N. Ritmo e dança. São Paulo: Phorte, 2004. MARQUES, I. A. Dançando na escola. São Paulo: Cortez, 2003.
Bibliografia Complementar NANNI, D. Dança educação: pré-escola a universidade. 3. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2001. VERDERI, É. B. L. P. Dança na escola. Rio de Janeiro: Sprint, 2001. CLARO, E. Método Dança-Educação Física – uma reflexão sobre consciência corporal e profissional. São Paulo: Robe, 1995. MENDES, M G. A dança. 2. ed. Rio de Janeiro: Ática, 2000, OSSONA, P. A educação pela dança. 3.ed. São Paulo: Summus, 2000.
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IES n. 3. PLANO DE ENSINO
Disciplina: Manifestações Rítmicas e Expressivas
Ano: semestre: 2º
Carga horária semestral: 80 horas
Carga horária semanal: 4 horas
EMENTA: Estudo das atividades rítmicas e expressivas, através da compreensão de sua história, cultura, métodos didáticos de ensino e aprendizagem e sua aplicação na escola no contexto da escola e da Educação Física. Experimentação da Dança através da vivência em atividades rítmicas e expressivas, Danças populares e folclóricas, manifestações afro-brasileiras e indígenas, exercícios de musicalização, criatividade, consciência corporal, pesquisa de movimentos e montagens coreográficas. OBJETIVOS DA DISCIPLINA: Estimular o aluno do curso de formação em Educação Física a descobrir as atividades rítmicas e expressivas como possibilidades de intervenção pedagógica no contexto escolar; Compreender e vivenciar a Dança como exercício de pesquisa de movimentos; Assumir uma desconstrução da noção de Dança pautada na perspectiva tecnicista, para redescobri-la e significá-la como movimento corporal expressivo e rítmico, que ajuda no desenvolvimento psicomotor, estético e interacional da criança; Vivenciar manifestações artístico-culturais afro-brasileiras e indígenas, observando a importância desta transmissão cultural às novas gerações, valorizando a cultura nacional.
COMPETÊNCIAS: Ao final do curso, o aluno deve estar apto a planejar, organizar e desenvolver atividades rítmicas e expressivas no ambiente escolar, como componente curricular da Educação Física, adaptados à realidade escolar em que está inserido; Capacidade para compreender as diferentes formas de manifestação corporal da Dança e Atividades Rítmicas e Expressivas; Capacidade de propor e solucionar problemas constatados em aulas de Educação Física por meio da Dança e das Atividades Rítmicas e Expressivas.
HABILIDADES: Conhecimento dos diferentes conceitos de ritmo e expressão e aplicação dos mesmos na intervenção pedagógica; ser capaz de elaborar um planejamento para o desenvolvimento da Dança e das Atividades Rítmicas e Expressivas nas aulas de Educação Física na escola de acordo com cada ano/série; Conhecimento sobre montagem e elaboração de coreografias no contexto escolar; Conhecimento dos conteúdos de Dança propostos para cada nível de ensino, de acordo com os PCN’s.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Unidade 1. - Desconstruindo a noção tecnicista da Dança; - Dança como pesquisa/exploração das possibilidades de movimento; - Dança no contexto da Educação Física: manifestações rítmicas e expressivas; Unidade 2. - O silêncio: o primeiro passo na busca pela pesquisa/exploração das possibilidades de movimento; Unidade 3. - Musicalização e Movimento: dissolvendo a dicotomia entre Ritmo e Movimento; - Atividades Rítmicas – percussões, rimas, cantigas de roda, brincadeiras cantadas; - A proposta educacional de Orff; - Noção de Rítmica (Euritmia) em Dalcroze; - Improvisação e criatividade; Unidade 4. - Primeiro nível relacional: o corpo consigo mesmo: - Explorando a estrutura óssea e as articulações corporais; - Conscientização da Postura corporal – Técnica Klauss Vianna; - A respiração e a relação fundamental com o movimento;
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Unidade 5. - Segundo nível relacional: o corpo no espaço: - A Kinesfera (espaço pessoal); - Planos espaciais: alto, médio, baixo; - O corpo como agente transformador/criador/modificador do espaço; Unidade 6. - Terceiro nível relacional: o corpo com os outros: - Relação espiral entre os corpos; Unidade 7. - Estilos de Dança: Danças populares; Danças de Salão; Danças folclóricas; Danças Urbanas; Danças Afro-brasileiras; Danças Indígenas; dentre outras; Unidade 8. - Dança Educativa Moderna e Contemporânea; - Atitudes Internas e movimentos expressivos; - Qualidades expressivas (força/peso, tempo, espaço e fluência); Unidade 9. - Composição coreográfica; - A Dança no contexto da Ginástica Geral – trabalho coletivo de criação e montagem coreográfica; Unidade 10. - Planejamento da aula de Dança; - Dança na escola – diretrizes dos PCN´s; - A educação pela Dança; - Dança e a Síndrome de Down.
ESTRATÉGIAS: Aulas teóricas e práticas; Estudo de diversos textos científicos, leitura de livros, relatos de experiência, análise e discussão de filmes, elaboração e apresentação de seminários, aulas práticas de pesquisa e montagem coreográfica, aplicação de planos de aulas e elaboração de uma mostra de Dança. Recursos: Data Show, Computador, Sala de Ginástica, Microssistem, TV, DVD, Materiais diversos para prática como bolas, arcos, cordas e construção de materiais.
SISTEMA DE AVALIAÇÃO: Informações Gerais: Os alunos terão 2 (duas) médias ao longo do semestre, N1 e N2. Cada média é composta por: - Uma Prova Oficial (P), com valor de 6,0 (seis) pontos. - 1 Trabalho Unificado (T), podendo conter subtarefas, com valor de 4,0 (quatro). Média (N): (P+T) / 2 Média final = N1 + N2 / 2, sendo que a média final mínima para aprovação é 7.0 (sete). Trabalhos bimestrais: - Pesquisa e exploração das possibilidades de percussão corporal; elaboração de uma “Orquestra Percussiva”; - Trabalho sobre “Ritmos externos” e iniciação à montagem coreográfica: experimentação da regularidade rítmica; - Elaboração e apresentação de seminário sobre Estilos de Dança: Escolha e pesquisa do estilo de Dança a ser estudado; - Montagem e apresentação de uma coreografia versando sobre o estilo de Dança escolhido; Organização de uma Mostra de Dança e/ou de uma exposição; Observação: Junto a estes trabalhos serão propostos a análise e discussão de filmes (como, Billy Elliot, Sob a luz da fama, dentre outros), além da leitura de textos científicos, livros e artigos que ajudem a contextualizar e a desenvolver os trabalhos solicitados; Para a avaliação dos alunos será considerado a dedicação e empenho dos alunos nos laboratórios de pesquisa e exploração dos movimentos corporais;
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 1. SÁ, I. R.; GODOY, K. M. A. Oficinas de Dança e Expressão Corporal para o Ensino Fundamental. São Paulo: Cortez, 2009. 2. VERDERI, Érica. Dança na Escola. Phorte, 2009.
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3. NANNI, D. Dança Educação - Pré-Escola à Universidade. 4ª ed. São Paulo: Sprint, 2010. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 1. BOURCIER, P. História da Dança no Ocidente. São Paulo: Martins Fontes, 2006. 2. FERREIRA, V. Dança Escolar: um novo ritmo para a Educação Física. Rio de Janeiro: Sprint, 2005. 3. BARRETO, D. Dança... ensino, sentidos e possibilidades na escola. Campinas: Autores Associados, 2004. 4. NANNI, D. Ensino da Dança. Rio de Janeiro: Shape, 2003. 5. GAIO, R. et. al. Ginástica e Dança no Ritmo da Escola. São Paulo: Fontoura, 2010.
IES n. 4. PLANO DE ENSINO 1
Código Unidade
040
Curso Etapa Sem. / Ano
EDUCAÇÃO FISICA 3
Código Disciplina
Nome da Disciplina
272.6302-2 TEORIA E PRÁTICA DAS ATIVIDADES RÍTMICAS I
Horas/Aula Semanais
Teoria Prática Grupos
3
Ementa: A disciplina procura desenvolver a fundamentação e análise da relação Ritmo-movimento e suas características, tipos e funções gerais. Os elementos do Ritmo (pulso, andamento, acento, intensidade e padrões rítmicos) são conceituados e caracterizados. Estratégias de ensino-aprendizagem dos elementos do Ritmo são analisadas e aplicadas. Discute-se a relação música-movimento e os aspectos relevantes na prática profissional.
Objetivos: Nessa disciplina espera-se que o discente seja capaz de:
Compreender o Ritmo como elemento do movimento humano e sua importância na cultura do movimento de um povo.
Reconhecer a atividade rítmica como contribuição valiosa na educação integral do indivíduo.
Propor e aplicar práticas de intervenção para favorecer o domínio dos elementos do Ritmo, por meio das atividades rítmicas fundamentais, valorizando o aluno como centro do processo ensino-aprendizagem.
Compreender a harmonia, o equilíbrio e a influência entre o Ritmo e o movimento.
Analisar os aspectos metodológicos e pedagógicos relevantes na escolha da seleção musical, conhecendo a influência da música sobre o ouvinte.
Relacionar os conhecimentos sobre Ritmo com os conhecimentos de outras disciplinas numa abordagem interdisciplinar.
Valorizar a importância da participação do profissional como agente efetivo do processo ensino-aprendizagem.
Cooperar na elaboração e execução das tarefas propostas em grupos.
Valorizar o domínio do vocabulário próprio da profissão. Valorizar as formas de comunicação oral e escrita.
Método: O conteúdo programático será assim desenvolvido:
Aulas expositivas e dialogadas: serão ministradas de forma a possibilitar a organização e síntese dos conhecimentos das respectivas Unidades Temáticas.
Leituras recomendadas e elaboração de textos em aula: serão indicadas com a finalidade de proporcionar ao graduando oportunidades para (a) consulta de uma bibliografia específica relacionada com a disciplina e (b) desenvolvimento das suas capacidades de análise, síntese e crítica.
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Tarefas orientadas: realizados individualmente ou em pequenos grupos, devem estimular a participação ativa do graduando no processo de aprendizagem, proporcionando momentos para (a) apresentar e discutir assuntos relacionados à disciplina e (b) desenvolver suas capacidades criativas.
Seminários: realizados pelos graduandos para que estes apresentem, embasados pela literatura, uma síntese e análise dos temas propostos, bem como suas ideias pessoais.
Vivências motoras: serão oferecidas para que os graduandos experimentem a prática das habilidades específicas da modalidade e seu grau de complexidade, assim como para problematizar sua aprendizagem.
Reflexão sobre a prática da intervenção: momento no qual os graduandos participam de atividades com ênfase nos procedimentos de observação (de forma direta ou indireta) e reflexão sobre a prática da intervenção, problematizando o cotidiano profissional:
Estudos de caso: para aproximar as discussões conceituais e teóricas da realidade profissional, serão analisados casos que envolvam o conteúdo da disciplina e acontecimentos reais ou simulados, analisando situações-problemas e propondo soluções.
Recursos audiovisuais: para viabilizar o aprendizado serão utilizados diapositivos, transparências, textos jornalísticos, filmes, fitas de vídeo, músicas e poesias.
Prática da intervenção supervisionada: momento no qual os graduandos são responsáveis pela organização do processo de intervenção, com os colegas e/ou com a comunidade, experimentando as etapas de: a) diagnóstico das características do público alvo, b) de elaboração de programas (definição de objetivos, conteúdos, metodologias e avaliação), c) de aplicação do mesmo e d) avaliação de todo processo.
Conteúdo Programático: Unidade Temática 1: Ritmo e movimento Dimensão Conceitual: Conceituação geral do Ritmo; Compreensão do Ritmo como um elemento do movimento humano; Analise da relação Ritmo e movimento em diferentes tipos de atividades físicas em geral. Dimensão Procedimental: Aplicação da relação Ritmo e movimento em diferentes tipos de atividades físicas em geral. Dimensão Atitudinal: Valorização das atividades rítmicas como contribuição importante no desenvolvimento integral do indivíduo. Unidade Temática 2: Elementos do Ritmo Dimensão Conceitual: Compreensão doconceito e características dos elementos do Ritmo: pulso, andamento, acento, intensidade e padrões rítmicos; Analise de estratégias para favorecer o domínio dos elementos do Ritmo, por meio de atividades rítmicas fundamentais. Dimensão Procedimental: Aplicação de estratégias para favorecer o domínio dos elementos do Ritmo. Dimensão Atitudinal: Valorização do aluno como centro do processo ensino aprendizagem. Unidade Temática 3: Música e movimento Dimensão Conceitual: Conhecimento da influência da música sobre o ouvinte; Analise dos aspectos relevantes na escolha da seleção musical para atividades rítmicas. Dimensão Procedimental: Aplicação de seleção musical adequada a diferentes objetivos e tipos de atividades rítmicas. Dimensão Atitudinal: Respeito à preferência dos alunos como um dos critérios para a seleção musical adequada a diferentes objetivos e tipos de atividades rítmicas.
Critérios de Avaliação: A média Final de Promoção (MFP) será definida a partir da seguinte fórmula: MF= [ (AIx6) + (PAFx4) ] / 10
Onde: MF 7,0 e 75% de frequência (aluno aprovado) MF < 5,5 (aluno reprovado)
5,5 MF 6,9 (FAR, aprovado apenas com percentual 80% de frequência) AI: média das avaliações intermediárias; MF: média final; FAR: fator de apuração de rendimento – Ato de reitoria nº 6 de 28/06/2002 Detalhamento das avaliações intermediárias:
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Desempenho do aluno em avaliações escritas que abordarão os temas e conceitos discutidos em sala de aula, trabalhos em grupo e apresentações de seminários.
Prova intermediária + observação de atitudes e valores em sala de aula (Nota "A").
Prova Final (Nota "B"). Média Final = "A" + "B": 2
Bibliografia Básica: ARTAXO,I. Ritmo e Movimento – Teoria e Prática. São Paulo, Phorte Editora Ltda, 2009. GALLAHUE, D.L. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo, Phorte Editora, 2001. HAAS, A.N. Ritmo e Dança. Canoas, Editora Ulbra, 2003. JEANDOT, N. Explorando o universo damúsica. São Paulo, Editora Scipione, 2001.
Bibliografia Complementar: BRIKMAN, L. A linguagem do movimento corporal. São Paulo, Summus, 1998. GAIO, R. Ginástica Rítmica Desportiva "Popular" uma proposta educacional. São Paulo, Robe Editorial, 1996
GALLAHUE, D. Develop mental Physical Education for Today's Elementary. School Children. Mac Millan, 1987, cap. 7, p. 473-523. LABAN, R. Domínio do Movimento, São Paulo, Summus, 1978.
PLANO DE ENSINO 2
Código Unidade
040
Curso Etapa Sem. / Ano
EDUCAÇÃO FISICA 4
Código Disciplina
Nome da Disciplina
282.6404-5 TEORIA E PRÁTICA DAS ATIVIDADES RÍTMICAS II
Horas/Aula Semanais
Teoria Prática Grupos
3
DRT Professor (es)
Ementa: Na disciplina a Parlenda é caracterizada enquanto atividade rítmica. As atividades rítmicas criativas são analisadas bem como estratégias para a sua aplicação. A relação música-movimento e os aspectos relevantes na prática profissional são discutidos. Analisa-se a relação Ritmo-movimento e suas diversas possibilidades no esporte, ginástica, Dança e atividades físicas em geral. Desenvolve-se a fundamentação e aplicação de aspectos metodológicos e pedagógicos de ensino-aprendizagem das atividades rítmicas em geral para diferentes faixas etárias.
Objetivos: Nessa disciplina espera-se que o discente seja capaz de:
Reconhecer na ‘parlenda’ uma contribuição e influência valiosa na educação integral do indivíduo.
Analisar os aspectos metodológicos e pedagógicos das atividades rítmicas criativas: imitativas, interpretativas e criação de Dança.
Compreender o Ritmo como um elemento do movimento humano, analisando esta inter-relação em diferentes tipos de atividades físicas: esporte, ginástica, Dança e atividades físicas em geral.
Analisar os aspectos metodológicos relevantes na escolha da seleção musical adequada a diferentes objetivos e tipos de atividades físicas em geral.
Relacionar os aspectos conceituais da disciplina com os de outras disciplinas numa abordagem interdisciplinar e sua aplicação na prática da intervenção profissional.
Elaborar e aplicar programas para a prática da intervenção, sendo capaz de aplicar os princípios didáticos-metodológicos, através da elaboração de aulas (sessões), mais adequadas à diferentes faixas etárias.
Valorizar a importância da participação do profissional como agente efetivo do processo ensino-aprendizagem. Valorizar o domínio do vocabulário próprio da profissão assim como as formas de
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comunicação oral e escrita.
Método: O conteúdo programático será assim desenvolvido:
Aulas expositivas e dialogadas: serão ministradas de forma a possibilitar a organização e síntese dos conhecimentos das respectivas Unidades Temáticas.
Leituras recomendadas e elaboração de textos em aula: serão indicadas com a finalidade de proporcionar ao graduando oportunidades para (a) consulta de uma bibliografia específica relacionada com a disciplina e (b) desenvolvimento das suas capacidades de análise, síntese e crítica.
Tarefas orientadas: realizadas individualmente ou em pequenos grupos, devem estimular a participação ativa do graduando no processo de aprendizagem, proporcionando momentos para (a) apresentar e discutir assuntos relacionados à disciplina e (b) desenvolver suas capacidades criativas.
Seminários: realizados pelos graduandos para que estes apresentem, embasados pela literatura, uma síntese e análise dos temas propostos, bem como suas ideias pessoais.
Vivências motoras: serão oferecidas para que os graduandos experimentem a prática das habilidades específicas da modalidade e seu grau de complexidade, assim como para problematizar sua aprendizagem.
Reflexão sobre a prática da intervenção: momento no qual os graduandos participam de atividades com ênfase nos procedimentos de observação (de forma direta ou indireta) e reflexão sobre a prática da intervenção, problematizando o cotidiano profissional.
Estudos de caso: para aproximar as discussões conceituais e teóricas da realidade profissional, serão analisados casos que envolvam o conteúdo da disciplina e acontecimentos reais ou simulados, analisando situações-problemas e propondo soluções.
Recursos audiovisuais: para viabilizar o aprendizado serão utilizados diapositivos, transparências, textos jornalísticos, filmes, fitas de vídeo, músicas e poesias.
Prática da intervenção supervisionada: momento no qual os graduandos são responsáveis pela organização do processo de intervenção, com os colegas e/ou com a comunidade, experimentando as etapas de: a) diagnóstico das características do público alvo, b) de elaboração de programas (definição de objetivos, conteúdos, metodologias e avaliação), c) de aplicação do mesmo e d) avaliação de todo processo.
Conteúdo Programático: Unidade Temática 1: Parlenda Dimensão Conceitual: Conhecimento da Parlenda como elemento do movimento humano e as possibilidades rítmicas, e análise de estratégia para utilização da Parlenda como atividade rítmica auditiva. Dimensão Procedimental: Aplicação de estratégias dos conteúdos da unidade temática como atividade rítmica auditiva. Dimensão Atitudinal: Valorizar a Parlenda como parte da cultura popular do País. Unidade Temática 2: Atividades rítmicas imitativas, interpretativas e criação de Dança. Dimensão Conceitual: Análise de aspectos relevantes no domínio das atividades rítmicas imitativas e interpretativas valorizando o aluno como centro do processo ensino-aprendizagem; Análise de estratégias para utilização dos conteúdos da unidades temática. Dimensão Procedimental: Aplicação de estratégias para utilização dos conteúdos da unidade temática no planejamento e desenvolvimento de trabalhos em grupo. Dimensão Atitudinal: Valorização das atividades rítmicas imitativa e interpretativa como elementos importantes na relação ritmo-movimento. Unidade Temática 3: Música e atividades físicas Dimensão Conceitual: Análise da relação música-movimento em diferentes tipos de atividades físicas: esporte, ginástica e Dança. Dimensão Procedimental: Elaboração e aplicação de estratégias para favorecer o domínio do conteúdo da unidade temática para diferente faixas etárias. Dimensão Atitudinal: Valorização da Música como parte integrante de qualquer atividade física.
Critérios de Avaliação: A média Final de Promoção (MFP) será definida a partir da seguinte fórmula: MF= [(AIx6) + (PAFx4)] / 10
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Onde: MF 7,0 e 75% de frequência (aluno aprovado) MF < 5,5 (aluno reprovado)
5,5 MF 6,9 (FAR, aprovado apenas com percentual 80% de frequência) AI: média das avaliações intermediárias; MF: média final; FAR: fator de apuração de rendimento – Ato de reitoria nº 6 de 28/06/2002 Detalhamento das avaliações intermediárias:
Desempenho do aluno em avaliações escritas que abordarão os temas e conceitos discutidos em sala de aula, trabalhos em grupo e apresentação de seminários.
Seminários + observação de atitudes e valores em sala de aula (Nota "A").
Prova Final (Nota "B"). Média Final = "A" + "B": 2.
Bibliografia Básica: ALMEIDA, T.M.M. Quem canta seus males espanta. v.1 e 2, São Paulo, Editora Caramelo, 2001. ELENOR, K. (ORG). Didática da Educação Física. Ijuí, Editora UNIJUÍ, 1998. JEANDOT, N. Explorando o universo da música. São Paulo, Editora Scipione, 2001. VERDERI, E.B.L.P. Dança na escola: uma proposta pedagógica. São Paulo, Phorte Editora, 2009.
Bibliografia Complementar: AGOSTINI, B.R. Ballet clássico: preparação física, aspectos cinesiológicos, metodologia e desenvolvimento motor. São Paulo, Fontoura, 2010. BRIKMAN, L. A linguagem do movimento corporal. , São Paulo, Summus, 1988. COLEÇÃO O PODER DO PODER. O poder da música. São Paulo, Editora Martin Claret. CAMARGO, M.L.M. Musica e movimento: um universo em duas dimensões; aspectos tecnicos e pedagogicos na educação fisica. Belo Horizonte, MG; Vila Rica, 1994. SANDRA, R. Música para Dança de Salão. Curitiba, Protexto, 2007.
IES n. 5. 1 – IDENTIFICAÇÃO
Curso: EDUCAÇÃO FÍSICA
Disciplina: Motricidade Humana: Danças
SEMESTRE: 4º SEMESTRE Carga Horária: 40
Regime Oferecido: Presencial Pré-requisito: Não há
2 – OBJETIVOS
Desenvolvimento crítico- criativo sobre a Dança escolar, reconhecimento do movimento através Dança como objeto que nos eleva para a transcendência humana. Objetivando o reconhecimento do aluno como sujeito criador do seu próprio movimento.
3 – EMENTA
O elemento DANÇAS como patrimônio cultural e sua influência nos diferentes contextos. As teorias das DANÇAS e suas múltiplas abordagens no universo da Educação Física- Motricidade Humana. O papel do profissional de Educação Física na sociedade contemporânea que trabalha com o tema DANÇAS. Construção de um repertório de DANÇAS. Organização de espaços e ambientes que propiciem a prática de DANÇAS. Desenvolver práticas e reflexões sobre os diversos tipos de DANÇAS.
4 – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Recepção aos alunos, apresentação do plano de ensino e todas as suas diretrizes: Apresentação: Abordagens da Disciplina no decorrer do semestre, a relevância da temática para a formação profissional do professor de Educação Física. Dinâmica: O Objeto representa. O processo histórico da Dança (Aula-conceitual). Conceito de Ritmo e seu reconhecimento através do pulso da música, movimentos com palmas, pés e integrados. (Aula-conceitual e prática). Danças populares brasileiras: as diferentes abordagens de Danças de acordo com cada região. O fator cultural na formação de conceitos e símbolos sobre a Dança.
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Aula Prática- Atividades rítmicas, desenvolvimento de coreografias através das atividades do cotidiano. Ex: andar, escovar os dentes, pentear o cabelo. Danças circulares e Dança contemporânea: O valor expressivo dessas Danças, o desenvolvimento da expressão corporal. Avaliação Prática- Apresentação do trabalho de ritmos “Elementos coreográficos como parte integrante do nosso dia-a-dia”. Percepção Corporal: Sua construção perpassando pelo processo da consciência corporal, esquema corporal e imagem corporal. A Dança Escolar: perspectiva de Laban - os fatores do movimento, conflitos encontrados no âmbito escolar, ferramentas de enfrentamento para as situações-problemas, o encantamento da Dança. Aula Prática: Atividades rítmicas vivenciando diferentes movimentos corporais individual, em dupla e em grupos: saltos, balanços, movimentos em pares em grupos. Parâmetros Curriculares Nacionais: Os conteúdos da Educação Física e os temas Transversais. Como podemos desenvolver esses temas contemplando a Dança. Aula Prática: Percussão corporal através de atividades com materiais alternativos, montagem de uma coreografia cooperativa. Dança-afro brasileira: Concepções gerais e sua forte influência. Dança para portadores de necessidades especiais: Um olhar diante do Multiculturalismo. Avaliação Prática: Festival de Dança, apresentação das coreografias elaboradas pelos Alunos abordando a temática- “Corpo e mente indissociável”. Abordagens Contemporâneas da Dança na escola, uma nova perspectiva. Concretizando a disciplina. Debate sobre as entrevistas com professores atuantes na escola.
5 – ESTRATÉGIAS (METODOLOGIA DE ENSINO E RECURSO)
5.1. Metodologia de Ensino As aulas serão expositivas, dialogadas e práticas. Trabalhos individuais ou de grupo; Seminários. 5.2. Recursos Projetor multimídia, materiais de Educação Física.
6 – BIBLIOGRAFIA (Básica e Complementar)
6.1 Bibliografia Básica GEHRES, A. de F. Corpo-Dança-educação: na contemporaneidade ou da construção de corpos fractais. Lisboa [Portugal]: Instituto Piaget, 2008. DAOLIO, J. Da Cultura do corpo. 15. ed. Campinas, SP: Papirus, 2010. RANGEL, Irene Conceição Andrade; DARIDO, Suraya Cristina. Educação Física no ensino superior: Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. 1 recurso online. ISBN 978-85-277-1972-8. Disponível em: <http://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/978-85-277-1972-8>. Bibliografia complementar: ARTAXO, Inês. Ritmo e movimento: teoria e prática. 4ª. Ed. São Paulo: Phorte, 2008. BERTAZZO, I. Cidadão corpo: identidade e autonomia do movimento. 4. ed. São Paulo: Summus, 1998. BERTAZZO, I. Corpo vivo: reeducação do movimento. 1. ed. São Paulo: Sesc, 2010. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física. 2. ed. Brasília: MEC/SEF, 2000. LORENZETTO, Luiz Alberto. Práticas corporais alternativas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
IES n. 6. PLANO DE ENSINO 2016 / 2º SEMESTRE Disciplina: Manifestações Rítmicas e Expressivas - Curso: Educação Física - C/H Semestral: 40 - Turnos: Diurno / Noturno
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EMENTA Estudo da noção de ritmo nas suas diversas formas de análise, objetivando o conhecimento do gesto e seu potencial expressivo relacionado à Dança no universo das artes e como recurso educacional. REQUISITOS - Não se aplica. OBJETIVOS Cognitivos Adquirir informações sobre o contexto histórico no qual os conhecimentos do Ritmo e da Dança se produziram; conhecer o processo histórico das manifestações rítmicas e expressivas e suas diferentes concepções de ensino; adquirir conhecimentos sobre os conceitos que relacionam a ideia de corpo, ritmo e Dança no mundo moderno e contemporâneo; classificar as diferentes manifestações rítmicas; analisar os possíveis significados intrínsecos à vivência do ritmo e da Dança. Habilidades Relacionar os conhecimentos adquiridos em ritmo e Dança à prática pedagógica; realizar trabalhos individuais e coletivos visando uma produção cultural no seu espaço de trabalho; relacionar as artes corporais com outras áreas do conhecimento humano; apreender as manifestações rítmicas, expressivas e estéticas; elaborar projetos, pesquisas e programas em Dança e ritmo; reconhecer e usar símbolos das várias linguagens; observar, analisar e comparar manifestações estéticas. Atitudes Valorizar a pesquisa como fonte de aquisição de conhecimento; valorizar o conhecimento como instrumento de transformação social; ser crítico nas condutas pessoais e profissionais; ser corresponsável pelo processo ensino aprendizagem. CONTEÚDO Unidade I - Apresentação da disciplina cronograma, avaliação e propostas de trabalhos. Unidade II – 1. Tipos e classificações dos diferentes ritmos; Descrição dos elementos mutáveis numa estrutura rítmica; Conteúdos sobre métrica e a musicalidade; 2.Estruturação e discernimento entre movimento, exercício e movimento condicionado, Percussão corporal e de instrumentos alternativos; 3. Estratégias de trabalho para o ritmo e movimento; Unidade III - O universo da Dança nos povos antigos, a Dança na idade média e as manifestações expressivas populares; Unidade IV - 1. Método Laban, análise e discussão sobre os elementos de Laban; Isabel Marques, discussão sobre os temas escolares; Método Klauss Vianna, Educação Somática. 2. Processos de criação e improvisação em Dança; Unidade V - 1. Representações mentais e os gestos; 2. Sequências corporais e as intenções rítmicas influenciadas pela cultura; 3. Linguagem verbal, visual e musical; Unidade VI - 1. Avaliações parciais: prova integrada; tarefas; projetos, seminários e visitas técnicas (individualmente ou em grupo). 2. Avaliação regimental: prova individual. ESTRATÉGIA DE ENSINO: Aulas expositivas dialogadas; Aulas reflexivas com análise de dados da realidade; Projeção de vídeos; Debates; Atividades práticas e expositivas; Estudos individuais; Pesquisa bibliográfica e trabalho escrito; RECURSOS DISPONÍVEIS: Projetor multimídia. A disciplina utiliza as instalações do Clube Esportivo da Penha para o desenvolvimento de aulas práticas.
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AVALIAÇÃO: O processo avaliativo compreenderá: - Avaliação Regimental (A1) no valor de 0,0 a 5,0. - Avaliações parciais e processuais (A2) no valor de 0,0 a 5,0. A Nota Final (NF) resulta da soma destas duas notas (A1 A2). É considerado aprovado na disciplina o aluno que obtiver Nota Final (NF) igual ou superior a 6,0 (seis) e que tenha, no mínimo, 75% (setenta e cinco por cento) de frequência às atividades acadêmicas. Mais informações sobre o processo avaliativo podem ser obtidas no Manual do Aluno e com os respectivos professores das disciplinas. BIBLIOGRAFIA BÁSICA BRATIFISCHE, S. A; EHREMBERG, M.C; FERNANDES, R. C. ratifische. Dança e Educação Física: diálogos possíveis. Jundiaí: Editora Fontoura, 2014. MARQUES, Isabel A. Ensino de Dança hoje: textos e contextos. 6.ed. São Paulo: Cortez, 2011. SÁ, Ivo Ribeiro de, GODOY, Kathya Maria Ayres. Oficinas de Dança e expressão corporal para o ensino fundamental. Cortez Editora. 2013. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ALVARENGA, A. L. Klauss Vianna e o ensino de Dança: uma experiência educativa em movimento. Tese apresentada a Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, 2009. FERREIRA, V. Dança escolar: um novo ritmo para Educação Física. Rio de Janeiro: Sprint, 2005. MARQUES, I. A. A Dança no contexto: uma proposta para Educação Contemporânea. São Paulo, 1996. PEREIRA, V; SANTOS, A. C. M. Dança de salão: uma alternativa para o desenvolvimento motor no ensino fundamental. São Paulo: Editora Phorte, 2014.
IES n. 7. PLANO DE ENSINO
DISCIPLINA: ATIVIDADES RÍTMICAS EMENTA Componentes básicos que propiciam um desenvolvimento sensório-motriz. A exploração associativa da música, da percussão e do movimento favorece a percepção rítmica. Valor educativo da atividade rítmica. Processo ensino-aprendizagem das atividades rítmicas. OBJETIVO Fornecer ao aluno conhecimento do ritmo como fenômeno universal e instrumento educativo. Viabilizar um trabalho integrado de música, percussão e movimento. Proporcionar ao educador condições básicas para uma adequada utilização da música e do movimento em sua prática profissional. Utilizar a ginástica como um recurso facilitador da aprendizagem. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES · Ser capaz de discutir, fundamentar e justificar a presença das Atividades Rítmicas como componente curricular na escola; · Ser capaz de sistematizar e socializar a reflexão sobre a prática docente, investigando o contexto educativo e analisando a própria prática profissional; · Conhecer e dominar os conteúdos das Atividades Rítmicas, adequando-os ao espaço e tempo escolares, compartilhando saberes de diferentes áreas do conhecimento; · Criar, planejar, realizar, gerir e avaliar situações didáticas eficazes para a aprendizagem e para o desenvolvimento dos alunos; · Analisar e produzir materiais e recursos didáticos; · Utilizar estratégias diversificadas de avaliação da aprendizagem. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. Conceitos básicos (ritmo, som, música, Dança, movimento). 2. Corpo: possibilidades, movimentos básicos e variações.
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3. Dança criativa. 4. Folclore e Resgate das rodas, brinquedos cantados e Danças circulares. 5. Dança educacional moderna (Laban) - estudo dos fatores do movimento. 6. A criança e a ginástica rítmica. 7. Processos pedagógicos na Dança e na ginástica rítmica. BIBLIOGRAFIA BÁSICA ARTAXO, Inês; MONTEIRO, Gizele de Assis. Ritmo e movimento. 4. ed. São Paulo: Phorte, 2008. MARQUES, Isabel A. Ensino de Dança hoje: textos e contextos. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2011. NANNI, D. Dança educação: princípios, métodos e técnicas. 5. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2008. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BRUHNS, H. T. Conversando sobre o corpo. 5. ed. São Paulo: Papirus, 1994. CLARO, E. Método Dança: Educação Física. São Paulo: Robe Editorial, 1995. CUNHA, M. Dance aprendendo: aprenda dançando. 2. ed. Porto Alegre: Sagra – DC Luzzatto, 1992. GARAUDY, R. Dançar a vida. São Paulo: Nova Fronteira, 1980. LABAN, R. Dança educativa moderna. São Paulo: Ícone, 1990. SCHINCA, M. Psicomotricidade, ritmo e expressão corporal. São Paulo: Manole, 1991.
IES n. 8. PLANO DE ENSINO
DISCIPLINA: MANIFESTAÇÕES RÍTMICAS E EXPRESSIVAS. EMENTA:
Estudo das atividades rítmicas e expressivas, por meio da compreensão de sua história, cultura, métodos didáticos de ensino e aprendizagem e sua aplicação na escola no contexto da escola e da Educação Física. Experimentação da Dança por meio de vivências em atividades rítmicas e expressivas, Danças populares e folclóricas, manifestações afro-brasileiras e indígenas, exercícios de musicalização, criatividade, consciência corporal, pesquisa de movimentos e montagens coreográficas. Dança como meio de inclusão.
OBJETIVO GERAL:
Estimular o acadêmico do curso de formação em Educação Física a descobrir as atividades rítmicas e expressivas como possibilidades de intervenção pedagógica no espaço escolar; compreender e vivenciar a Dança como exercício de pesquisa de movimentos; analisar de forma crítica as noções comuns e recorrentes de Dança, visando à construção de uma concepção ampla desse fenômeno; vivenciar manifestações artístico-culturais afro-brasileiras e indígenas, observando a importância desta transmissão cultural às novas gerações.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Possibilitar as vivências corporais rítmicas dentro do contexto escolar, discutir a corporeidade, os ritmos, as manifestações culturais folclóricas e favorecer a criação de programas institucionais artísticos culturais.
Apresentação dos Conteúdos
Ritmo - Aspectos teóricos e práticos
Conceitos e princípios básicos;
Objetivos e funções;
Ritmo, métrica e som;
Qualidades e propriedades do som;
Ritmo e arritmia.
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Atividades Rítmicas Percussivas
Percussão corporal;
Instrumentos de percussão;
Confecção de instrumentos rítmicos percussivos;
Conscientização dos elementos rítmicos
Frase e mapeamento musical;
Expressão corporal;
Atividades rítmicas infantis;
Ritmo e coordenação motora;
Ginástica Rítmica Escolar e Dança;
Dança criativa
Elaboração de Coreografias
Exame final
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
O aproveitamento escolar é avaliado através de acompanhamento contínuo do aluno e dos resultados por ele obtidos nas provas, trabalhos, exercícios escolares e outros e, caso necessário no exame final.
Dentre os trabalhos escolares há pelo menos uma avaliação escrita no bimestre, podendo ser submetido o aluno a diversas formas de avaliação, tais como: projetos, seminários, pesquisas bibliográficas e de campo, relatórios. O aluno deverá obter média semestral igual ou superior a 7,0 (sete) e frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento). Não alcançada a média mínima de aprovação (7,0), o aluno poderá se submeter ao exame final, desde que tenha obtido no mínimo 4,0 (três) na média final do semestre. Para a aprovação após o exame, o aluno deverá obter no mínimo, média 5,0 (cinco), resultante do cálculo aritmético simples entre a média semestral e a nota do exame. Será considerado promovido ao semestre ou módulo subsequente o aluno que for aprovado em todas as disciplinas da matriz curricular do semestre ou que ficar reprovado no máximo em três delas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BÁSICA: ARTAXO, Inês; MONTEIRO, Gizele de Assis. Ritmo e movimento. 4. ed. São Paulo: Phorte, 2008. BRASIL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL: PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física; Secretaria de Educação Fundamental MEC/SEF Brasília, 1997. DARIDO, Suraya. Para ensinar Educação Física: possibilidades de intervenção na escola. Campinas – SP: Ed. Papirus, 2007. LABAN, R. Dança educativa moderna. São Paulo: Ícone, 1990. MARQUES, Isabel A. Ensino de Dança hoje: textos e contextos. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2011. NANNI, D. Dança educação: princípios, métodos e técnicas. 5. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2008. COMPLEMENTAR: BREGOLATO, R. A. Cultura Corporal do Esporte. São Paulo: Ícone Editora, 2008. BRUHNS, H. T. Conversando sobre o corpo. 5. ed. São Paulo: Papirus, 1994. CLARO, E. Método Dança: Educação Física. São Paulo: Robe Editorial, 1995. CUNHA, M. Dance aprendendo: aprenda dançando. 2. ed. Porto Alegre: Sagra – DC Luzzatto, 1992. GARAUDY, R. Dançar a vida. São Paulo: Nova Fronteira, 1980. SCHINCA, M. Psicomotricidade, ritmo e expressão corporal. São Paulo: Manole, 1991.