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VANDEZITA DANTAS DE MEDEIROS MAZZARO
COMPLICAÇÕES GESTACIONAIS DE MULHERES QUE TIVERAM
PARTO PREMATURO EM MATERNIDADE REFERÊNCIA NO
SERTÃO DA PARAÍBA
Dissertação apresentada ao curso de pós-
graduação da faculdade de ciências médicas da
santa casa de são paulo para obtenção do título
de mestra em pesquisa em cirurgia.
SÃO PAULO-SP
2018
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VANDEZITA DANTAS DE MEDEIROS MAZZARO
COMPLICAÇÕES GESTACIONAIS DE MULHERES QUE TIVERAM
PARTO PREMATURO EM MATERNIDADE REFERÊNCIA NO
SERTÃO DA PARAÍBA
Dissertação apresentada ao curso de pós-
graduação da faculdade de ciências médicas da
santa casa de são paulo para obtenção do título
de mestra em pesquisa em cirurgia.
Área de Concentração: Pesquisa em Cirurgia.
Orientador: Prof. Dr. Antonio Pedro Flores
Auge.
SÃO PAULO-SP
2018
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FICHA CATALOGRÁFICA
Preparada pela Biblioteca Central da
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Mazzaro, Vandezita Dantas de Medeiro
Complicações gestacionais de mulheres que tiveram parto prematuro em maternidade referência no sertão da Paraíba / Vandezita Dantas de Medeiros Mazzaro. São Paulo, 2018. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo – Curso de Pós-Graduação em Pesquisa em Cirurgia.
Área de Concentração: Reinserção Social Orientador: Antonio Pedro Flores Auge
1. Gestação. 2. Parto pré termo. 3. Fatores de risco. 4.
Prematuridade BC-FCMSCSP/47-18
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DEDICATÓRIA
Aos meus pais, Francisco Medeiros da Silva e Terezinha Alves Dantas de
Medeiros, in memoriam, que, em sua simplicidade, me estimularam no caminho do
respeito, dos valores morais e na busca do conhecimento.
Aos meus filhos, Kamille, Karen e Lucas que são o estímulo diário para seguir
em frente.
Ao meu esposo, Daniel Augusto Mazzaro, por todo o amor, companheirismo,
apoio, compreensão e cumplicidade em nossa caminhada juntos.
6
Gosto de ser gente porque, inacabado, sei que sou um ser condicionado, mas consciente do inacabamento, sei que posso ir mais além dele. Esta é a diferença profunda entre o ser condicionado e o ser determinado
Paulo Freire
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AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Antonio Pedro Flores Auge, Professor Adjunto da Faculdade de
Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, por ter me dado a oportunidade de
ingressar na pós-graduação e acreditar na relevância do meu trabalho. Por toda a
experiência e conhecimento que transmitiu durante a orientação e pelo incentivo e
exemplo de médico e ser humano a ser seguido.
À Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e a
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo por valorizarem o
aprendizado, incentivando a busca do conhecimento e propiciando a pesquisa
científica.
À CAPES pelo apoio financeiro.
À amiga, Manuela Daltro, pelo incentivo, apoio e companheirismo durante
essa jornada.
Aos colegas de trabalho, médicos do corpo clínico da UTI Neonatal da
Maternidade Peregrino Filho por compreenderem os afastamentos, os momentos de
estresse e me apoiarem.
Às Faculdades Integradas de Patos, em especial o Reitor João Leusson e à
coordenadora do curso de medicina, Mestra Paula Christianne Gomes Gouveia
Souto Maia pelo apoio institucional durante essa trajetória, compreendendo as
ausências e a importância da qualificação acadêmica.
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LISTA DE ABREVIATURAS
DHEG - Doença Hipertensiva Específica da Gravidez
hCG - Gonadotrofina Coriônica Humana
HA - Hipertensão Arterial
IMC – Índice de Massa Corporal
IST - Infecção Sexualmente Transmissível
ITU - Infecção do Trato Urinário
MS – Ministério da Saúde
OMS – Organização Mundial de Saúde
RCIU - Restrição de Crescimento Intrauterino
RIPSA - Rede Interagência de Informações para a Saúde
RN – Recém-Nascido
SES – Secretaria Estadual de Saúde
SPSS - Statistical Package for the Social Sciences
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 1
1.1. Gestação, complicações e prematuridade 2
2. OBJETIVOS 9
2.1. Geral 9
2.2. Específicos 9
3. CASUÍSTICA E MÉTODO 10
4. RESULTADOS 12
5. DISCUSSÃO 17
6. CONCLUSÕES 25
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 26
FONTES CONSULTADAS 36
RESUMO 37
ABSTRACT 38
LISTAS E APÊNDICES 39
1
1. INTRODUÇÃO
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2010, nasceram 15
milhões de crianças prematuras (abaixo de 37 semanas de gestação). O Brasil está
na décima posição entre os países onde mais nascem prematuros com 240 mil
nascimentos por ano.
Dados oficiais do Ministério da Saúde (MS) de 2009 demonstram que a
prematuridade representou 7,6% dos nascidos vivos no Brasil, sendo que de todos
os óbitos infantis, 52,7% ocorreram neste grupo.
A prematuridade é a principal causa de morte de crianças no primeiro mês de
vida, segundo dados do MS (2011). Atualmente, a taxa brasileira de mortalidade de
crianças abaixo de 1 ano é de 16/1000 nascidos vivos, de acordo com a Rede
Interagência de Informações para a Saúde (RIPSA). Cerca de 70% das mortes
acontecem nos primeiros 28 dias de nascimento.
Os estudos brasileiros sobre esse tema têm demonstrado que, paradoxalmente,
as regiões mais desenvolvidas (Sul e Sudeste) são as que apresentam os maiores
percentuais de prematuridade (12% e 12,5%, respectivamente), seguidos pela
Região Centro-Oeste (11,5%), Nordeste (10,9%) e Norte (10,8%).
Na Paraíba, 89,5% dos bebês nascidos prematuros nos anos de 2006 a 2012
morreram. Nesse período a Secretaria Estadual de Saúde (SES) registrou o
nascimento de quase cinco mil crianças prematuras, porém apenas pouco mais de
600 sobreviveram, o equivalente a 10,5%.
De acordo com a SES, foram registradas 406 mortes neonatais precoces (de
bebês até o sétimo dia de nascimento) na Paraíba no ano de 2013. Apesar da
estatística ter apresentado uma redução de 40,46% em relação ao ano de 2003,
quando ocorreram 682 mortes, o número significa pelo menos um bebê morto por
dia no Estado.
A OMS define como pré-termo toda criança nascida antes de 37 semanas
(BRASIL, 2006). Sendo assim, inclui todo recém-nascido (RN) vivo com menos de
2
259 dias, contados a partir do primeiro dia do último período menstrual. Sua
incidência é variável e depende de características populacionais (Salge at al., 2010).
A etiologia do parto prematuro é multifatorial. Há que se considerar a
preocupação constante com os recém-nascidos prematuros bem como com as
condições perinatais que sobre eles repercutem (Ramo, Cuman, 2009). A pouca
importância aos fatores de risco para a prematuridade assim como a falta de
conhecimentos fisiopatológicos do determinismo do trabalho de parto, dificultam a
elaboração de medidas profiláticas do parto prematuro (Spallici et al., 2000).
A luta na prevenção da prematuridade tem sido muito difícil e, na maioria das
vezes, ineficaz, por caracterizar-se de etiologia multivariada e em grande parte
desconhecida. O fato é que o risco de nascimento de um bebê prematuro associa-se
a causas maternas, relacionadas com complicações inerentes ao período
gestacional.
Estudos apontam como complicações na gravidez a obesidade, o que gera maior
susceptibilidade a doenças hipertensivas da gravidez, diabetes mellitus e parto
cirúrgico (Machado, 2012; Gonçalves et al., 2012; Persson et al., 2012; Yazdani et
al., 2012). Adicionalmente, o baixo peso materno também tem sido apontado como
indicador para desfechos ruins tanto para a mãe quanto para o concepto, com
redução do crescimento intrauterino e nascimento prematuro (Whiteman et al., 2011;
Gonçalves et al., 2012; Yazdani et al., 2012).
Acredita-se que o sucesso na redução da morbimortalidade perinatal que se
associa à prematuridade depende muito da implantação de estratégias que visem à
identificação e incentivo à promoção de saúde de mulheres com complicações
gestacionais e consequente ameaça de parto pré-termo. Portanto, parece oportuno
identificar as principais complicações gestacionais de mulheres que tiveram parto
prematuro.
1.1.Gestação, Complicações e Prematuridade
3
A gestação é um processo natural na vida da mulher, que se inicia na concepção
e finaliza com o parto, em que seu corpo passa por diversas modificações para
adaptar-se às necessidades fisiológicas advindas desse período. Estas alterações
estão relacionadas principalmente com os fatores hormonais e mecânicos que
envolvem o ciclo gestacional e que apesar de naturais, podem acarretar sintomas
incômodos à gestante (Rezende Filho. Montenegro, 2014).
Estas adaptações são essenciais e auxiliam no crescimento fetal, regulam o
metabolismo materno e posteriormente preparam a gestante para o trabalho de
parto e lactação (Briquet, 2011; Valenciano, Rodrigues, 2015). Entre as mudanças
que podem ser observadas neste período estão as sistêmicas, envolvendo a postura
e deambulação, alterações cardiovasculares, no sistema urinário e sanguíneo, além
de mudanças no sistema digestório, respiratório, tegumentar e endócrino (Kisner,
Colby, 1992; Gleeson, Pauls, 1998; Chaliha, 2000; Almeida, Souza, 2002; Davis,
Kumar, 2003; Jeneral, Hoga, 2004; Borgstein, Dugan, Gruber, 2005; Brummen,
2006; Ashton, Delancey, 2007; Hebert, 2009; Silva, Silva 2009; Rezende Filho,
Montenegro, 2014).
No que se refere às alterações hormonais, pode-se afirmar que o período
gestacional é considerado como pan-hiperendocrinismo, em que o sistema
endócrino funciona utilizando todas as suas reservas (Florindo, Lima, 2013). Os
eventos endócrinos ocorridos durante a gestação podem ser divididos em duas
fases: a ovariana, que corresponde as primeiras 8 a 9 semanas de gestação, em
que mediante ao estímulo da gonadotrofina coriônica humana (hCG) o corpo lúteo
torna-se responsável pela secreção de esteroides; e a placentária, que inicia-se a
partir de 8 a 9 semanas, quando a placenta se encarrega da produção de esteroides
em quantidades crescentes. A placenta, por sua vez, surge secretando grandes
quantidades de progesterona, estrogênios, lactogênio placentário e hCG, assim
como outros hormônios como o de crescimento, o hormônio adrenocorticotrópico e o
tireoestimulante (Goodman, 2000).
Valenciano e Rodrigues (2015) explicam que a função do hCG no organismo
materno é preservar e manter ativo o corpo lúteo durante os primeiros três meses de
gestação, pois sem a atividade desse hormônio, a secreção de estrogênio e
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progesterona seria afetada e dessa forma haveria a interrupção do desenvolvimento
do feto, o qual dentro de poucos dias seria eliminado.
Quanto à ação da progesterona, esta atua na redução da tonicidade da
musculatura lisa em órgãos maternos, aumento da gordura corpórea, aumento da
temperatura, assim como estimula o centro respiratório favorecendo o aumento da
frequência e amplitude respiratória (Baracho, Valadares, Dias, 2007). O estrogênio,
no entanto, age na implantação da placenta ao induzir uma vasodilatação no útero
materno, promovendo o crescimento uterino e aumentando o fluxo sanguíneo
uteroplacentário. Além disso, atua na proliferação dos ductos mamários e, junto com
a progesterona, favorece o desenvolvimento do tecido glandular (Rezende Filho,
Montenegro, 2014).
Conforme os autores citados anteriormente, outro hormônio importante para
gestação é a relaxina, a qual tem papel significativo na manutenção inicial da
gravidez, pois em conjunto com a progesterona, inibe a contratilidade espontânea do
útero. Ainda age nas fibras de colágeno, tornando-as mais dispersas, contribuindo
então para o aumento e frouxidão ligamentar.
Além da ação hormonal, as modificações corporais acontecem devido ao
crescimento uterino que, através de um processo de expansão, aumenta as
curvaturas ósseas, principalmente da região lombar e do complexo ósseo do quadril.
O útero então começa a modificar-se logo após a concepção e a vascularização do
útero aumenta cerca de vinte a quarenta vezes para suprir as necessidades do feto
e, em consequência, ocasiona edema e congestão pélvica (Valenciano, Rodrigues,
2015).
Pelo aumento da vascularização uterina, as tubas uterinas e os ovários
apresentam um leve aumento em seu tamanho e de sua posição, os quais se tonam
mais elevados. A vagina e vulva também sofrem alterações, se tornando mais
arroxeadas e edemaciadas (Zambiazzi, 2012). Quanto ao sistema urinário, as
alterações são marcadas pelo aumento do peso e do tamanho dos rins, sendo
observada dilatação dos ureteres e pelves renais em grande parte das mulheres à
direita, podendo estar associado ao aumento do útero nesse sentido. Os canais
urinários encontram-se com a musculatura ligeiramente hipotônica e a região do
trígono levemente estirada, o que leva ao armazenamento e estagnação da urina e
5
consequentemente predisposição à infecção urinária (Baracho, Valadares, Dias,
2007).
O sistema gastrointestinal também passa por alterações. Na boca, as gengivas
são as mais acometidas ficando ruborizadas, tenras e ocorre sialorréia. São comuns
náuseas e vômitos nos primeiros três meses, sendo mais intensos no início da
gestação, em decorrência do aparecimento da hCG e elevação dos níveis de
esteroides. Por serem compostos de musculatura lisa, as paredes intestinais, o
esôfago e a vesícula também acabam tendo suas funções diminuídas devido ao
aumento e ação da progesterona (Duarte, 2011; Valenciano, Rodrigues, 2015).
Já no sistema cardiovascular, o coração aumenta em tamanho como
consequência ao elevado volume de sangue e se desloca levemente para cima e
para esquerda com a elevação do músculo diafragmático. A frequência cardíaca
aumenta no segundo trimestre cerca de dez a quinze batimentos por minuto, o que
pode levar a uma arritmia não patológica. Pela diminuição da resistência vascular
periférica e aumento dos batimentos cardíacos também ocorre um aumento do
débito cardíaco de 30% a 50%, por volta do terceiro trimestre (Valenciano,
Rodrigues, 2015).
No que se refere ao sistema respiratório, várias alterações marcantes ocorrem na
caixa torácica e no diafragma durante a gravidez. É possível notar relaxamento dos
ligamentos das costelas e aumento do ângulo subcostal de 68º para 103°, além de
aumento de 2cm dos diâmetros anteroposterior e transverso do tórax, o que resulta
na expansão da circunferência torácica de 5 a 7 cm. O diafragma se eleva cerca de
4 cm em decorrência do aumento do útero gravídico, porém sua função não é
comprometida. A complacência da parede torácica diminui com a evolução da
gestação e com isso ocasiona o aumento do trabalho respiratório (Rezende Filho,
Montenegro, 2014).
Entre as modificações relacionadas com sistema nervoso, pode-se dizer que
ocorrem algumas discretas alterações na concentração e memória, principalmente
no último trimestre, além sintomas como sonolência. O padrão e qualidade do sono
podem aumentar a fadiga da gestante no final da gestação, assim como também
podem contribuir para manifestações psíquicas de melancolia puerperal ou até
mesmo depressão (Zugaib, 2012).
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No sistema tegumentar, com a produção placentária de estrogênios, ocorre um
fenômeno chamado de angiogenese, o qual leva a proliferação da microvasculatura
de todo o tegumento (Zugaib, 2012). O aumento dessa vascularização na pele
promove o surgimento de eritema palmar, expansão da pilificação (lanugem) e
telangectasias, os quais tendem a diminuir após o parto (Valenciano, Rodrigues,
2015).
Alterações na pigmentação da pele também são frequentes, acometendo cerca
de 90% das gestantes, onde destas, a mais comum é a linha nigra, que é o
escurecimento da linha alba (Barankin; Silver, 2002). Além disso, hiperpigmentações
podem surgir nos mamilos, axilas, aréolas, genitália, ânus, períneo, pescoço e parte
interna das coxas, assim como crescimento de lentigos, nevos e cicatrizes (Alves,
Nogueira, Varella, 2005).
No que diz respeito ao sistema musculoesquelético, sabe-se que as
modificações se justificam pelo aumento do peso corporal, aumento do útero, das
mamas, do volume sanguíneo e pela retenção hídrica e o aparecimento de edemas.
Também ocorre a presença de frouxidão ligamentar decorrente do aumento do
estrogênio e da produção de relaxina, que causa relaxamento da musculatura e
torna as articulações mais instáveis. Adaptações posturais também são comuns nas
gestantes e isso contribui para o comprometimento do equilíbrio estático e dinâmico
e as desordens musculoesqueléticas, podendo interferir diretamente na manutenção
da postura ou até mesmo favorecer o risco de lesões ligamentares (Brito et al.,
2014).
Apesar de ser um processo fisiológico, o período gestacional pode ser marcado
por intercorrências que põem em risco tanto a vida do concepto quanto da própria
mãe. Assim sendo, sabe-se que entre 15%-20% das gestações podem apresentar
complicações (Pimenta et al., 2014).
Só no Brasil, no ano de 2010, foram registrados 68 óbitos maternos a cada 100
mil nascidos vivos. Quase 50% desses decorreram de complicações surgidas no
período gravídico (BRASIL, 2012). Entre tais agravos, destacam-se o diabetes
mellitus, doença hipertensiva gestacional, problemas nutricionais, parto cesáreo, uso
de drogas lícitas e ilícitas (Alves et al., 2007; Butler, 2007; Pretorius, Jagatt, Lamont,
7
2007; Whiteman et al., 2011; Machado, 2012; Gonçalves et al., 2012; Persson et al.,
2012; Yazdani et al., 2012; Luz et al., 2014).
Sobre os aspectos nutricionais, Gonçalves et al. (2012) enfatizam que “[...] tanto
o sobrepeso/obesidade pré-gestacional como o ganho de peso insuficiente ou
excessivo durante a gestação têm implicações diretas sobre o risco gestacional e o
seu desfecho”. Alves et al. (2007) acrescentam aos processos patológicos
obstétricos os seguintes condicionantes clínicos: aborto espontâneo recorrente, pré-
eclâmpsia, doenças autoimunes, intolerância à glicose, neoplasias trofoblásticas
gestacionais e o vírus da imunodeficiência humana.
Assim sendo, reforça-se que o conhecimento sobre as complicações inerentes à
gestação e ao parto são fundamentais para que sejam efetivadas estratégias de
saúde pública, bem como esclarecido o melhor manejo da gestação e das patologias
associadas a este período, com a prerrogativa de intervir precocemente e incentivar
a promoção da saúde destas mulheres, corroborando com a redução da morbidade
e mortalidade materna e perinatal, reduzindo inclusive as estatísticas de
prematuridade.
Quanto à prematuridade, é um problema perinatal importante devido ao alto risco
de mortalidade e morbidade, ocasionado pelo incompleto desenvolvimento fetal e
maior sensibilidade às infecções, podendo evoluir com sequelas neurológicas,
oftalmológicas e/ou pulmonares (Vaast, 2004; Sagal, Doyle, 2008).
Atinge desproporcionalmente os países em desenvolvimento, com evidência na
Ásia e África. No Brasil, foram realizados estudos de revisão de base populacional,
tendo aumento de 4% para 12% da prevalência em diversas situações entre os anos
de 1980 e 2005. O nascimento pré-termo é um conjunto de fatores inter-
relacionados acarretando anualmente aos países um alto custo social e econômico
(Silveira et al., 2008; Lawn et al., 2010; Beck et al., 2010).
As taxas de nascimento pré-termo constituem o principal contribuinte para a
mortalidade perinatal e infantil em países desenvolvidos. Contudo, a sobrevivência
de pré-termos extremos tem aumentado. De acordo com as pesquisas, o aumento
da sobrevivência é consequência de progressos tecnológicos e empenhos de
obstetras e neonatologistas. Atualmente a mortalidade diminuiu, porém, as
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morbidades surgem principalmente no SNC e pulmões, como paralisia,
broncodisplasia e outras sequelas que favorecem as readmissões hospitalares.
Incluem-se também as consequências no neurodesenvolvimento como retardo
mental, déficit sensorial (visuais e auditivos), prejuízo cognitivo, dificuldades na
progressão escolar e na aquisição de linguagem, com maior prevalência em pré-
termos que nasceram de baixo peso (Behrman, Butler, 2007; Saigal, Doyle, 2008).
Dentre os fatores de risco para o nascimento pré-termo estão as condições
maternas, como: idade, índice de massa corporal (IMC) e a história reprodutiva.
Idades menores que 18 anos e maiores que 35 anos, alterações do IMC,
classificadas como sobrepeso ou obeso antes da gestação, histórico anterior de
nascimento pré-termo, aborto e intervalo intergestacional curto ou longo (Gama,
2002; Sabroza, 2004; Silva, 2008; Goldenberg, 2008; Muglia, 2010; Assunção,
2010).
Neste contexto, a assistência ao pré-natal consiste em cuidados, procedimentos
e condutas com o objetivo de prevenir, identificar e corrigir irregularidades maternas
ou fetais, nortear a paciente sobre gravidez, parto e atendimento ao bebê e gerar um
suporte psicológico, para que ela consiga se habituar à gravidez (Brasil, 2003;
Carvalho, 2004).
O pré-natal deve ter início no primeiro trimestre da gestação, permitindo assim,
uma realização de diagnósticos precoces, além de ações preventivas, de promoção
à saúde e identificação de situações de alto risco. Cada gestante deve possuir sua
periodicidade com relação ao pré-natal, ou seja, depende da situação individual,
logo uma de maior risco, irá requerer maior acompanhamento. Um pré-natal
completo é aquele em que foram desenvolvidos os mínimos cumprimentos de ações
propostas de prevenção, recuperação e reabilitação da saúde da gestante (Fescina
et al., 2011).
Sabendo então das complicações que podem surgir com a gestação e inerentes
ao parto, bem como suas repercussões sobre a morbimortalidade materna e do RN,
bem como pela escassez de estudos na Paraíba, surgiu a seguinte problemática:
quais foram as complicações gestacionais de mulheres que tiveram parto prematuro
em uma maternidade referência no sertão do Estado da Paraíba ?
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2. OBJETIVOS
2.1.Geral
Avaliar as complicações gestacionais de mulheres que tiveram parto prematuro
em uma maternidade referência no sertão do Estado da Paraíba.
2.2.Específicos
Identificar características inerentes a mãe e ao filho prematuro da amostra
estudada.
Descrever características do parto e gestação das mulheres que tiveram parto
prematuro na maternidade estudada.
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3. CASUÍSTICA E MÉTODO
O presente estudo caracterizou-se como uma pesquisa documental, de natureza
aplicada, retrospectiva, com abordagem quantitativa e com objetivos exploratórios.
A natureza é de caráter aplicado, caracterizando-se por seu interesse prático,
isto é, que os resultados sejam utilizados imediatamente na solução do problema
que ocorre na realidade (Marconi, Lakatos, 2008). Seus resultados podem e devem
gerar mobilizações multissetoriais por meio de ações conjuntas no que tange aos
aspectos políticos, socioeconômicos e assistenciais, resultando para as
gestantes/parturientes, em acesso aos serviços de saúde, uma assistência
qualificada com profissionais capacitados e habilitados para um desempenho eficaz,
e potencial tecnológico disponível para atendimento e cuidado prestados às mães e
aos neonatos de alto risco.
O estudo teve abordagem quantitativa, pois a interação da pesquisa quantitativa
e qualitativa permite que o pesquisador faça um cruzamento de suas conclusões de
modo a ter maior confiança que seus dados não sejam produto de um procedimento
específico ou de alguma situação particular (Goldenberg, 2004).
Exploratório, pois apresentou informações sobre determinado elemento,
delimitando assim um campo de trabalho, mapeando as condições de manifestação
desse elemento (Severino, 2007).
A coleta de dados foi realizada na Maternidade Peregrino Filho, na cidade de
Patos, na Paraíba, uma instituição pública referência para 29 municípios que
compõem a 6ª Regional de Saúde do Estado, assim como para os municípios que
fazem parte da 7ª, 8ª, 9ª, 10ª, e 11ª regionais, que drenam suas gestantes de risco
para esta maternidade.
Foi realizada no período de janeiro a junho de 2016, no arquivo de prontuários da
referida maternidade, e efetivou-se a partir de prontuários de gestantes/recém-
nascidos abaixo de 37 semanas que nasceram no período de 1 de setembro de
2014 a 31 de agosto de 2015.
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Foram considerados critérios de inclusão: prontuários de gestantes/recém-
nascidos abaixo de 37 semanas que nasceram no intervalo de tempo acima
determinado.
Quanto aos critérios de exclusão, elencou-se: prontuários de
gestantes/prematuros cujas famílias necessitaram de contato após coleta de dados
e não puderam ser localizadas; mães de prematuros, que ao serem solicitadas após
contato para completarem informações que não estivessem contempladas no
prontuário, não aceitaram participar da pesquisa.
Para a coleta de dados foi utilizado um roteiro estruturado (Apêndice B)
elaborado pela própria pesquisadora, que contemplou a coleta de informações sobre
dados de identificação maternos. Os dados contemplaram condições da gestação:
tipo de parto, tipo de gravidez, paridade, acesso ao pré-natal e quantas consultas
foram realizadas, patologias associadas à gestação; e sobre as características dos
prematuros: sexo, peso ao nascer e presença de malformação congênita, entre
outros aspectos.
Ressalta-se que esta pesquisa seguiu as normas da resolução 466/12 do
Conselho Nacional de Saúde e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa
Envolvendo Seres Humanos das Faculdades Integradas de Patos sob o nº 975.394
(Apêndice D) e foi registrada na Plataforma Brasil sob a CAAE
40144614.1.0000.5181 (Apêndice E )
Assim, após a autorização do Comitê de Ética em Pesquisa, foi iniciada a coleta
de dados. Inicialmente foram levantados os prontuários das gestantes/prematuros
nascidos no período de 1 de setembro de 2014 a 31 de agosto de 2015 e em
seguida foi feito contato com a equipe responsável pelo setor de arquivo de
prontuários da Maternidade Peregrino Filho, com solicitação de levantamento dos
mesmos que foram classificados mês a mês a fim de serem investigados com o
roteiro estruturado para esse fim.
Os dados obtidos foram processados utilizando-se o programa estatístico
Statistical Package for the Social Sciences (SPSS 22.0).
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4. RESULTADOS
A amostra do presente estudo foi composta por 187 prontuários de
gestantes/prematuros que tiveram partos prematuros na maternidade lócus da
pesquisa no período designado para o estudo.
Inicialmente constatou-se que a idade mínima materna foi de 13 anos e a
máxima de 44 anos com média de idade de 22,6 anos e desvio padrão 4,5 anos,
estando 37,4% na faixa etária de 16 a 20 anos. Em relação à idade gestacional a
média foi de 20,27 semanas e desvio padrão 9,1. Os dados referentes à faixa etária
estão dispostos na Tabela 1.
TABELA 1. Faixa etária da amostra das mulheres que tiveram partos
prematuros, na Maternidade Peregrino Filho, na cidade de Patos-
PB, no período de 1 de setembro de 2014 a 31 de agosto de 2015
FAIXA ETÁRIA n %
13-15 anos 5 2,7
16-20 anos 70 37,4
21-25 56 29,9
26-44 56 29,9
TOTAL 187 100,0
A Tabela 2 dispõe dos dados referentes ao pré-natal das mulheres analisadas,
em que 86,6% o realizaram e 18,2% realizaram seis consultas ao longo do pré-natal.
TABELA 2. Características do pré-natal das mulheres que tiveram partos
prematuros, na Maternidade Peregrino Filho, na cidade de Patos-
PB, no período de 1 de setembro de 2014 a 31 de agosto de 2015
PRÉ-NATAL n %
Sim 162 86,6
Não 8 4,3
Não consta na ficha 17 9,1
Nº DE CONSULTAS PRÉ NATAL n %
1 2 1,1
13
2 5 2,7
3 15 8,0
4 19 10,2
5 30 16,0
6 34 18,2
7 29 15,5
8 17 9,1
9 8 4,3
Não consta na ficha 28 15,0
TOTAL 187 100,0
As características do parto e gestação da amostra estão dispostas na Tabela 3,
sendo possível observar que 53,5% tiveram partos do tipo cesáreo, 42,2%
primíparas, somente 3,2% foram gestações gemelares e 53,5% das crianças foram
do sexo masculino. Em relação à idade gestacional a média foi de 20,27 semanas e
desvio padrão 9,1. Ainda, 15% apresentavam abortos anteriores (Tabela 3).
TABELA 3. Características do parto e gestação das mulheres que tiveram
partos prematuros, na Maternidade Peregrino Filho, na cidade de
Patos-PB, no período de 1 de setembro de 2014 a 31 de agosto de
2015
TIPO n %
Cesárea 100 53,5
Normal 82 43,9
Fórcipe 1 0,5
Vácuo extração 1 0,5
Não consta na ficha 3 1,6
TIPO DE GESTAÇÃO n %
Única 171 91,4
Gemelar 6 3,2
Não consta na ficha 10 5,3
14
PARIDADE n %
Primípara 79 42,2
Multípara 90 48,1
Não consta na ficha 18 9,6
COMPLICAÇÕES DO PARTO n %
Aborto anterior 28 15,0
Parto prematuro anterior 14 7,5
Amniorrexe prematura 13 7,0
Oligoâmnio 12 6,4
Cerclagem do colo 5 2,7
Pré-eclâmpsia 5 2,6
Corioamnionite 4 2,1
Iteratividade 3 1,6
Natimorto 3 1,6
Polidrâmnio 2 1,1
Bolsa rota 2 1,1
Sofrimento fetal 2 1,1
Rotura prematura de membrana 2 1,1
Parto laborioso 1 0,5
Placenta anterior 1 0,5
Não constam complicações 90 48,1
TOTAL 187 100
Em relação aos dados dos recém-nascidos 65,2% tiveram peso entre 1500g e
2500g (Tabela 4).
TABELA 4. Características dos recém-nascidos prematuros, na Maternidade
Peregrino Filho, na cidade de Patos-PB, no período de 1 de
setembro de 2014 a 31 de agosto de 2015
GÊNERO DO BEBÊ n %
15
Masculino 100 53,5
Feminino 82 43,9
Não consta na ficha 5 2,7
PESO DO RN n %
Menor de 1.000 g 13 7,0
Menor de 1.500 g 20 10,7
Menor de 2.500 g 122 65,2
Maior de 2.500 g 23 12,3
Não consta na ficha 9 4,8
PRESENÇA DE MALFORMAÇÃO CONGÊNITA
n %
Sim 12 6,4
Não 159 85,1
Não consta na ficha 16 8,5
TOTAL 187 100,0
A Tabela 5 traz as complicações na gestação das mulheres estudadas,
observando que 32,1% tiveram infecção do trato urinário (ITU) e 9,1% hipertensão
arterial (HA).
TABELA 5. Complicações da gestação das mulheres que tiveram partos
prematuros, na Maternidade Peregrino Filho, na cidade de Patos-
PB, no período de 1 de setembro de 2014 a 31 de agosto de 2015
COMPLICAÇÕES GESTACIONAIS n %
ITU 60 32,1
Vulvovaginite 25 13,4
Hipertensão arterial 17 9,1
Doença hipertensiva específica da gravidez 17 9,1
Febre não caracterizada 13 7,0
Descolamento prematuro de placenta 8 4,3
Doenças infecciosas 8 4,3
16
Tabagismo 8 4,3
Insuficiência renal 7 3,7
Pielonefrite 6 3,2
Uso de drogas ilícitas 5 2,7
Placenta previa 4 2,1
Hemorragia vaginal 4 2,1
Anemia 2 1,1
Malformação uterina 1 0,5
Obesidade 1 0,5
Infecção Sexualmente Transmissível (IST) 1 0,5
TOTAL 187 100,0
17
5. DISCUSSÃO
Propôs-se avaliar as complicações gestacionais de mulheres que tiveram parto
prematuro em uma maternidade referência no sertão do Estado da Paraíba. Estes
dados apresentaram-se relevantes, pois embora as complicações decorrentes do
período gestacional sejam comumente encontradas em estudos nacionais
(Angonesi, Polato 2007; Saunder et al., 2009; Gonçalves et al., 2012; Fernandes et
al., 2015; Ferreira, Benicio, 2015; Luz et al., 2015; Ramos et al., 2016) e
internacionais (Daw et al., 2012; Amir et al., 2015; Abell et al., 2016; Rosenzweig et
al., 2016; Shihab, Yeomans, Cruz, 2016; Svetlichnaya, Janmohammed, Marco,
2016; Lo et al., 2017), na região de pesquisa as investigações ainda são escassas.
Considerando então as complicações gestacionais na amostra deste estudo,
foram identificadas em ordem de importância: ITU, Vaginites, HAS, doença
hipertensiva específica da gravidez (DHEG), processo febril não caracterizado,
descolamento prematuro de placenta, doenças infecciosas, tabagismo, insuficiência
renal, pielonefrite, uso de drogas ilícitas, placenta prévia e hemorragia vaginal.
Anemia, malformação uterina, obesidade e IST foram as complicações menos
identificadas no grupo.
Em termos gerais de prevalência, os agravos mais comuns diferem da literatura
(Whiteman et al., 2011; Machado, 2012; Gonçalves et al., 2012; Persson et al., 2012;
Yazdani et al., 2012; Pedro et al., 2013; Alessi et al., 2017). Não houve registro de
diabetes mellitus (DM) no grupo, embora estudo aponte prevalência de 14% de DM
tipo 1 de 31 % do tipo 2 (Alessi et al., 2017).
Entretanto, de modo específico, foi observado nesta investigação que 32,1%
apresentaram ITU. Este valor é bem diferente da prevalência encontrada em estudo
internacional, que estimou prevalência de 5% entre as gestantes (Amir et al., 2015),
contudo aproxima-se de pesquisa brasileira. Ramos et al. (2016), em investigação
realizada em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul em que avaliaram resultados de
urocultura de 432 gestantes por trimestre (total de 1296 análises), observaram que
18
25,46% tiveram pelo menos um caso de ITU, sendo o primeiro trimestre o de menor
frequência (8,33%).
Sabe-se que esse agravo é a forma mais comum de infecção bacteriana durante
o período gestacional (Amir et al., 2015). Ramos et al. (2016) enfatizaram que a
Escherichia coli é o agente predominante (98,20%). Pressupõe-se que cerca de um
quinto das mulheres grávidas desenvolvam essa infecção, a qual possui duas
formas de apresentação na gestação - sintomáticas e assintomáticas (Maclean,
2001; Brasil, 2005; Rezende Filho, Montenegro, 2015).
“O diagnóstico precoce por meio da urocultura, seguido da adequada e imediata
terapêutica, são imprescindíveis durante o pré-natal, evitando desta forma
comprometer o prognóstico materno e fetal” (Ramos et al., 2016). Portanto, merece
atenção, pois a ITU pode levar ao quadro de pielonefrite em mais de 20% dos casos
na gestação (Maclean, 2001; Brasil, 2005; Rezende Filho, Montenegro, 2015).
Ademais, a literatura a associa com a ocorrência de prematuridade, restrição de
crescimento intrauterino (RCIU) e o baixo peso ao nascer. Deste modo, deve ser
preconizado o seu rastreamento e tratamento durante a gestação (Maclean, 2001;
Brasil, 2005; Amir et al., 2015; Rezende Filho; Montenegro, 2015).
Quanto à vulvovaginite, segunda complicação mais comum entre as gestantes
desta pesquisa, com prevalência de 13,4%, esta se mostrou inferior ao estudo de
Nunes, França e Traebert (2018) os quais constataram que 38,9% das gestantes
apresentaram a condição clínica. Os autores ainda enfatizaram que houve quase
quatros vezes mais probabilidade de rotura prematura de membranas e
consequente trabalho de parto prematuro. Temos de considerar a possibilidade de
ter ocorrido subnotificação.
Ainda, neste estudo, realizado a partir de 187 prontuários, 9,1% das gestantes
apresentaram HAS e DHEG, estando em terceira posição entre as complicações
mais comuns entre as mulheres. O achado é dessemelhante da literatura, uma vez
que a doença hipertensiva é apontada como a complicação clínica mais comum da
gestação, desenvolvendo entre 10% a 22% (Brown et al., 2000; Cunningham et al.,
2000; American College of Obstetricians and Gynecologists, 2002; Sibai, 2003;
19
Angonesi, Polato, 2007). Estudo nacional encontrou prevalência de HAS de 14 %
(Alessi et al., 2017).
Dentre as repercussões mais frequentes, associadas à doença hipertensiva na
gravidez estão: restrição do crescimento intrauterino, baixo peso ao nascer e
prematuridade (Brown et al., 2000; Cunningham et al., 2000; Sibai, 2003; American
College of Obstetricians and Gynecologists, 2002; Angonesi, Polato, 2007).
Oliveira et al. (2006) ressaltam que entre as hipertensas há maior risco relativo
para parto pré-termo. Por conseguinte, os resultados do estudo de Chaim, Oliveira e
Kimura (2008) destacaram a hipertensão arterial na gestação. Ainda, os dados de
Cunningham et al. (2000) apontam que cerca de 10% dos 75 mil partos realizados
no Parkland Hospital nos Estados Unidos apresentaram hipertensão induzida e
alterada durante o período de gestação.
Também foi verificada no Brasil na Maternidade Escola da Universidade Federal
do Rio de Janeiro, a média de 10,3% das gestantes com o agravo (Oliveira et al.,
2006). Estudo de Coelho et al. (2004) com 334 mulheres indicou entre 11,3% a
78,3% de gestantes hipertensas. Também, Pedro et al. (2013), a partir da análise de
172 prontuários, 31% apresentaram DHEG como fator de risco gestacional.
A conduta obstétrica comumente adotada nos casos de doença hipertensiva
específica da gestação é a interrupção da gestação, ocasionando prematuridade em
RN, o que é um sério problema, que proporciona consideráveis taxas de mortalidade
e morbidade perinatais, podendo desenvolver sequelas imediatas ou tardias
(Trotman, 2006; Melo et al., 2010).
Outro dado que merece atenção refere-se ao percentual de tabagismo
encontrado em 4,3% das gestantes. Estudo publicado em 2010, avaliando sobre
exposição a potenciais agentes teratogênicos pelas usuárias do Hospital
Universitário da Universidade do Rio Grande, no estado do Rio Grande do Sul,
observou que 27% das participantes fumaram durante a gestação (Oppermann et
al., 2010). Barros et al. (2004) relataram que 27,5% das mulheres do estudo
fumaram durante a gravidez. Esses dados corroboram com a pesquisa americana
(Cornelius, Day, 2009).
20
Quanto ao quadro de anemia, apenas 1,1% da amostra foram identificadas com
o agravo. Embora seja um número baixo, faz-se oportuno destacar que há
recomendação e facilidade em adquirir o sulfato ferroso e o ácido fólico, os quais
ajudam na prevenção da doença, mesmo assim, Oliveira Filho et al. (2012)
destacam que ainda são visíveis a não utilização desses suplementos durante a
gravidez. Consideramos também, que possa estar ocorrendo subnotificação.
Observando-se as características inerentes à mãe de prematuros da amostra
estudada, verificou-se que houve um predomínio da faixa etária entre 16 e 20 anos.
Ramos e Cuman (2009) ressaltam como fator de agravo à saúde da gestante a sua
pouca idade, proveniente de complicações perinatais, entre elas a desproporção
cefalopélvica, pequeno ganho de peso materno, a prematuridade e tantas outras
complicações que se potencializam quando vêm interligadas às situações
socioeconômicas, geográficas, a estrutura familiar e muitas vezes os obstáculos
encontrados ao acessar os serviços assistenciais.
Pesquisa ainda ressalta que a gestação em mulheres de pouca idade, como as
adolescentes, está mais susceptível à depressão pós-parto, com a prevalência
estimada de 14,2% (Pereira et al., 2010). Também, adolescentes grávidas com
idade inferior a dezesseis anos, parecem disputar por nutrientes com os fetos, pois
ainda estão em processo de crescimento, resultando em recém-nascidos com uma
média de peso menor, quando comparados aos filhos de mães com idade adulta
(Chelala, 1995; Mauch et al., 2005; Yallez; Franco, Michelazzo, 2009).
Contemplando os dados inerentes à assistência pré-natal, constatou-se que a
maioria (86,6%) das mulheres informou ter feito esse acompanhamento sendo que,
apenas 18,2% reportaram ter realizado até seis consultas pré-natais, número
incentivado pelo MS (2006). O órgão recomenda um mínimo de seis consultas
durante o pré-natal, com início das consultas ainda no primeiro trimestre da
gestação.
Tais achados, contudo, diferem de estudos como o de Almeida et al. (2012) que
trazem 60% das mães de prematuros realizando menos de cinco consultas de pré-
natal e, ainda destacam que mães de prematuros têm a gravidez suspensa
precocemente, o que inviabiliza o preconizado pelo MS quanto ao número indicado
de consultas pré-natais.
21
Embora os dados sobre pré-natal sejam satisfatórios, é sempre relevante
reafirmar a sua importância. Assim, a assistência ao pré-natal é um período
oportuno para que sejam identificados, tratados e/ou controladas enfermidades, bem
como atuar para a prevenção de complicações na gestação e no parto, garantir a
boa saúde materna e do concepto, corroborando com a redução dos índices de
morbimortalidade do binômio mãe e filho. Portanto, mediante a assistência
humanizada e qualificada, é possível garantir o acesso à promoção da saúde,
prevenção de agravos, tratamento e diagnóstico (Primo et al., 2015).
Quanto ao tipo de parto, 53,5% foram submetidas ao cirúrgico. O dado é
bastante crítico, pois a OMS (1996) preconiza que apenas 15% dos partos devam
ser cesarianas. O quadro de cesarianas parece ainda uma triste realidade, como
aponta estudo desenvolvido em no Município de Fraiburgo – SC (Rothstein,
Beltrame, 2011). Os autores identificaram que o tipo mais frequente de parto foi o
Cesáreo tanto para o grupo de lactentes com histórico de risco biológico quanto para
o grupo controle de 55 lactentes sem histórico de risco.
Outra pesquisa realizada no Ceará evidenciou, em relação ao tipo de parto, que
o cirúrgico representou mais de 70% (Silva et al., 2015). Também, estudo em Minas
Gerais verificou prevalência de parto do tipo cesárea de 55,17% em comparação
com o parto vaginal (Paula Júnior et al., 2016).
Contudo, alguns serviços da obstetrícia vêm preconizando as recomendações
dos tipos de parto diante do tipo de apresentação do bebê. Seria então, diante de
uma apresentação cefálica, recomendado a possibilidade de assistência por via
vaginal e diante de uma apresentação pélvica a realização de cesárea. Tal citação
corrobora com os 4,8% encontrados nos prontuários investigados, o que não poderia
explicar o grande número de cesarianas realizadas (Souza, Oliveira, Camano; 2003;
Bittar, 2007).
Por sua vez, do ponto de vista do recém-nascido, a realização de cesarianas em
mulheres com idade gestacional por volta da 37ª semana, possui uma notável
importância na contribuição da ocorrência de desconforto respiratório neonatal e em
UTI neonatal (Souza et al., 2010).
22
Os dados revelam que 91,4% foram partos de gestação única, 4,8%
corresponderam à apresentação pélvica e 48,1% das gestantes eram multíparas.
Vettore et al. (2013) encontraram dados semelhantes aos achados expostos. Os
autores, por sua vez, apresentaram que as multíparas do seu estudo tiveram mais
histórico de filhos prematuros. Eles ainda afirmam que o indício de prematuridade
tende a manter-se constante quanto maior for a paridade da mãe.
Quanto às complicações do parto identificadas neste estudo em maternidade
referência do sertão paraibano, as referenciadas em ordem de importância foram:
aborto anterior, parto prematuro anterior, amniorrexe prematura, oligoâmnio,
cerclagem do colo uterino, pré-eclâmpsia, corioamnionite, iteratividade, natimorto,
polidrâmnio, bolsa rota, sofrimento fetal, rotura prematura de membrana, parto
laborioso e placenta anterior.
Dentre os achados citados, 15% das gestantes apresentavam histórico de aborto
anterior. Corazza (2004) relatou que das 17 gestantes analisadas em sua pesquisa,
35,3% expuseram pelo menos um relato de aborto anterior, tendo como principal
etiologia gravidez ectópica, acompanhada de causa ignorada.
No estudo sobre Acesso à Assistência ao Parto de Adolescentes e Jovens na
Região Nordeste do Brasil, Furtado, Gomes e Gama (2016) destacaram que 33,2 %
das mulheres de seu estudo apresentavam história anterior de aborto. Em seus
dados, Prandini, Maciel e Vicensi, (2016) totalizaram que 22,2% haviam relatado
abortos anteriores, sendo que a maior parte desenvolvida entre a oitava e décima
segunda semana de gestação, 7,4% causas desconhecidas, 11,1% foram
espontâneos e 3,7% aconteceram devido ao uso de dispositivo intrauterino (DIU).
Observando-se as características inerentes ao filho prematuro da amostra
estudada, quanto ao sexo dos bebês, é importante enfatizar que o sexo masculino
foi responsável pelo maior número de nascimentos (53,5%). Dado similar fora
identificado em pesquisa a qual buscou “investigar os óbitos neonatais no município
de Ubá (MG), no período de 2008-2010, e identificar o perfil materno-infantil
relacionado a esses óbitos” (Paula Júnior et al., 2016, p. 25). Os autores constaram
entre os 62,07% eram do sexo masculino e reforçaram que o gênero do recém-
nascido é um indicador de risco para prematuridade e óbitos neonatais.
23
Corrobora com os achados anteriores, um estudo desenvolvido na Holanda, o
qual confirmou em seus resultados que recém-nascidos do sexo masculino
apresentaram maior risco de sofrimento fetal, no entanto o sexo feminino foi
observado fator protetor (Cunha et al., 2004).
Ainda contemplando as características neonatais dos prematuros desta pesquisa
no sertão da Paraíba, 65,2% dos RN tinham peso inferior a 2500g. Este dado é
crítico, pois se configura também em um fator de risco para mortalidade neonatal,
como apontou Paula Júnior et al. (2016), ao verificarem em pesquisa que 82,76%
dos óbitos neonatais foram em RN com peso inferior a 2500g.
Analisando os dados sobre malformação congênita, o estudo deparou com o
percentual de 6,4% de malformações, um número três vezes maior do que os
achados da pesquisa de Ramos et al. (2009), que demonstraram que 2% dos
nascidos vivos apresentavam malformação congênita. Contudo, Kozu et al. (2006)
destacam que a prevalência de malformação está entre 2% e 6%, sendo um fator
responsável pela mortalidade neonatal.
Para finalizar, como limitação deste estudo, ressalta-se o não preenchimento
adequado das informações vitais constantes no prontuário. A falta de cuidado e zelo
no registro inviabilizou que outras variáveis importantes para o estudo fossem
oportunamente contempladas e discutidas. Apesar disto, enfatiza-se que foi possível
o alcance dos objetivos inicialmente propostos.
Sobre a assertiva, estudos indicam que é comum a insatisfatoriedade nas
anotações dos prontuários, com dados não preenchidos ou incorretos, ilegíveis e
sem clareza (Hass Teixeira; Beghetto, 2013; Almeida et al., 2017). Assim, é
fundamental registrar as informações no “[...] prontuário de forma correta, clara e
objetiva, porque através deles haverá uma assistência obstétrica de melhor
qualidade e integralidade à mulher, possibilitando intervenções baseadas nas reais
necessidades e demandas da paciente” (Almeida et al., 2017).
Portanto, os achados podem subsidiar estratégias de gestão em saúde e novas
atitudes com relação à assistência pré natal para prevenção do trabalho de parto
prematuro e consequente diminuição da mortalidade materna e neonatal. Também,
24
sugere-se o incentivo a ações de promoção de saúde para o grupo, o que poderá
auxiliar na redução de partos prematuros e mortalidade perinatal.
25
6. CONCLUSÕES
Entre as complicações na gestação, destacaram-se as infecções do trato
urinário, vaginites e a hipertensão arterial específica e não específica da gestação.
Os objetivos propostos neste estudo foram alcançados, portanto, constatou-se
que a média de idade materna é de 22,6 anos e a idade gestacional média é de
20,27 semanas. Ainda, entre as mães de prematuros, a maioria realizou pré-natal,
foram submetidas ao parto cirúrgico e eram primíparas. Quanto às particularidades
dos prematuros, a maior parte era sexo masculino, com peso entre 1500g e 2500g.
26
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37
RESUMO
A prematuridade (nascimento que ocorre entre a 22ª e o fim da 36ª semana de
gestação) é a principal causa de mortalidade em crianças abaixo de 1 ano de vida.
Entre os indicadores relacionados com parto prematuro listam-se as complicações
gestacionais. O objetivo desse estudo foi avaliar as complicações gestacionais de
mulheres que tiveram parto prematuro em uma maternidade referência no sertão do
Estado da Paraíba. A coleta de dados foi realizada na Maternidade Peregrino Filho,
na cidade de Patos, na Paraíba, após a aprovação do comitê de ética da instituição.
Os dados foram extraídos dos prontuários de gestantes/recém-nascidos abaixo de
37 semanas que nasceram no período de 1 de setembro de 2014 a 31 de agosto de
2015. Os dados coletados foram processados utilizando-se o programa estatístico
Statistical Package for the Social Sciences (SPSS 22.0). Quanto aos resultados da
pesquisa, constou-se idade média materna de 22,6 anos (+4,5 anos), idade
gestacional média de 20,27 semanas (+9,1 semanas). Ainda, 86,6% realizaram pré-
natal e 18,2% realizaram seis consultas. Observou-se também que 53,5% tiveram
parto do tipo cesáreo, 42,2% eram primíparas e 53,5% das crianças foram do sexo
masculino, em que 65,2% tiveram peso entre 1500g e 2500g. Considerando as
complicações na gestação, 32,1% tiveram infecção do trato urinário (ITU), 13,4%
leucorréia e 9,1% hipertensão arterial (HA) específica e não específica da gestação,
cada. Observou-se que a presença de IT, leucorréia e a HA foram as complicações
mais identificadas na amostra estudada. Portanto, os achados sugerem o incentivo a
ações de promoção de saúde para o grupo, o que poderá auxiliar na redução de
partos prematuros e mortalidade perinatal.
Descritores: Gestação; parto pré termo; fatores de risco; prematuridade.
38
ABSTRACT
Prematurity (birth which occurs between the 22nd and the end of the 36th
week of gestation) is the main cause of mortality among children under 1 year of age.
Amongst the indicators related to premature delivery are listed the gestational
complications. The objective of this study was to evaluate the gestational
complications of women who had premature delivery at a reference maternity
hospital in the Sertão region of the State of Paraíba . The data collection was carried
out at the Peregrino Filho Maternity Hospital, in the municipality of Patos, in Paraíba,
after the approval of the institution’s ethics commission. The data was extracted from
the medical records of the pregnant women/newborns with less than 37 weeks who
were born in the period from September 1st 2014 to August 31st 2015. The data
collected was processed using the statistical program Statistical Package for the
Social Sciences (SPSS 22.0). As for the results of the research, it was found that the
average maternal age of 22.6 years (+4.5 years), average gestational age of 20.27
weeks (+9.1 weeks). In addition, 86.6% had pre-natal care and 18.2% attended six
consultations. It was also observed that 53.5% had cesarean deliveries, 42.2% were
primiparous and 53.5% of the children were of the male gender, and that 65.2%
weighed between 1500g and 2500g. Considering the gestational complications,
32.1% had urinary tract infection (UTI) and 9.1% systemic arterial hypertension
(SAH). It was observed that the presence of UTI and SAH were the most identified
complications in the studied sample. Therefore, the findings suggest health
promotion incentive actions for the group, which could help in the reduction of
premature delivery and perinatal mortality.
Descriptors: Gestation; preterm delivery; risk factors; prematurity.
39
LISTAS E APÊNDICES
LISTA DE TABELAS
TABELA 1
Faixa etária e escolaridade da amostra das mulheres que tiveram
partos prematuros, na Maternidade Peregrino Filho, na cidade de
Patos-PB, no período de 1 de setembro de 2014 a 31 de agosto
de 2015
20
TABELA 2
Características do pré-natal das mulheres que tiveram partos
prematuros, na Maternidade Peregrino Filho, na cidade de Patos-
PB, no período de 1 de setembro de 2014 a 31 de agosto de 2015
20
TABELA 3
Características do parto e gestação das mulheres que tiveram
partos prematuros, na Maternidade Peregrino Filho, na cidade de
Patos-PB, no período de 1 de setembro de 2014 a 31 de agosto
de 2015
21
TABELA 4
Características dos recém-nascidos prematuros, na Maternidade
Peregrino Filho, na cidade de Patos-PB, no período de 1 de
setembro de 2014 a 31 de agosto de 2015
21
TABELA 5
Complicações da gestação das mulheres que tiveram partos
prematuros, na Maternidade Peregrino Filho, na cidade de Patos-
PB, no período de 1 de setembro de 2014 a 31 de agosto de 2015
22
40
APÊNDICE A:
-TERMO DE COMPROMISSO DO PESQUISADOR
Por meio deste termo de responsabilidade, eu, abaixo-assinado,
respectivamente, autor da pesquisa intitulada “COMPLICAÇÕES GESTACIONAIS
DE MULHERES QUE TIVERAM PARTO PREMATURO EM UMA MATERNIDADE
REFERÊNCIA NO SERTÃO DA PARAÍBA”, assumo cumprir fielmente as diretrizes
regulamentadoras emanadas da Resolução nº466/12 do Conselho Nacional de
Saúde/MS e suas complementares, outorgada pelo Decreto nº 98,833, de 24 de
janeiro de 1987, visando assegurar os direitos e deveres que dizem respeito à
comunidade científica, ao(s) sujeito(s) da pesquisa e ao Estado.
Reafirmo, outrossim, a responsabilidade indelegável e intransferível, mantendo
em arquivo todas as informações inerentes à presente pesquisa, respeitando a
confidencialidade e sigilo das fichas correspondentes a cada sujeito incluído na
pesquisa, por um período de 5 (cinco) anos após o término desta. Apresentando
semestralmente e sempre que solicitado pelo CEP/FIP (Comitê de Ética em
Pesquisa/Faculdades Integradas de Patos), ou CONEP (Conselho Nacional de Ética
em Pesquisa) ou, ainda, as Curadorias envolvidas no presente estudo, relatório
sobre o andamento da pesquisa, comunicando ainda ao CEP/FIP, qualquer eventual
modificação proposta no supracitado projeto.
Patos, ___ de _______________ de 2014.
________________________________________
Autor da Pesquisa
41
APÊNDICE B:
-ROTEIRO DE COLETA DE DADOS
1-Dados de Identificação da mãe:
Código da gestante:
1.1 DADOS SOCIOECONÔMICOS:
Idade:
1.2 DADOS SOBRE AS CONDIÇÕES DA GESTAÇÃO:
Fez Pré natal: ( ) Sim ( ) Não Nº de consultas:
Tipo de parto: ( ) Cesáreo ( ) Normal
Tipo de gestação: ( ) Única ( ) gemelar
Paridade: ( ) Primípera ( ) Multípara
Parto prematuro anterior ( ) Sim ( ) Não
Patologias associadas:
( ) ITU ( ) Hipertensão Arterial ( ) Diabetes
( ) Descolamento Prematuro da Placenta
( ) Doenças Infecciosas ( ) Vaginose
( ) Tabagismo ( ) Uso de drogas ilícitas
( ) FEBRE
1.3 DADOS SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DOS PREMATUROS:
Gênero:
Peso ao nascer:
Presença de Malformação Congênita ( ) Sim ( ) Não
Cardíaca ( ) Sim ( ) Não
42
APÊNDICE C:
-TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE
Eu,
___________________________________________________________________,
sob n° de CPF _______________ declaro que fui devidamente esclarecido e dou o
meu consentimento, tendo recebido as informações abaixo, e ciente dos meus
direitos relacionados, concordo em participar desta pesquisa.
A- Ao voluntário só caberá à autorização para permitir o acesso da pesquisadora às
coletas, estando assegurado o absoluto sigilo das informações obtidas; B-
Segurança plena de que não serei identificado mantendo o caráter oficial da
informação, assim como, está assegurada que a pesquisa não acarretará nenhum
prejuízo individual ou coletivo; C- A segurança de que não terei nenhum tipo de
despesa material ou financeira durante o desenvolvimento da pesquisa, não
causando nenhum dano físico ou mesmo constrangimento moral e ético ao
voluntário. Tendo como objetivo avaliar os fatores predominantes para a
prematuridade; d- A garantia de que toda e qualquer responsabilidade nas diferentes
fases da pesquisa é dos pesquisadores, bem como, fica assegurado poderá haver
divulgação dos resultados finais em órgãos de divulgação científica em que a
mesma seja aceita; e- A garantia de que todo o material resultante será utilizado
exclusivamente para a construção da pesquisa e ficará sob a guarda dos
pesquisadores, podendo ser requisitado pelo entrevistado em qualquer momento.
Qualquer dúvida ou solicitação de esclarecimentos, o participante poderá contatar a
equipe científica através do número (83) 98229800 com a médica Vandezita dantas
de Medeiros Mazzaro
Desta forma, uma vez tendo lido e entendido tais esclarecimentos e, por estar de
pleno acordo com o teor do mesmo, dato e assino este termo de consentimento livre
e esclarecido.
Patos, ___ de _______________ de 2014.
________________________________________
Assinatura do Pesquisador Responsável
________________________________________
Assinatura do Participante Impressão dactiloscópica
43
APÊNDICE D:-
PARECER DO CEP
44
45
46
APÊNDICE E:
-TERMO DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL/FOLHA DE ROSTO PLATAFORMA
BRASIL