Mantenedora
ASSOCIAÇÃO UNIFICADA PAULISTA DE ENSINO RENOVADO
OBJETIVO
Mantida
UNIVERSIDADE PAULISTA
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO
SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA
Vol. I
São Paulo – SP
2
Sumário
1 APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................... 5
1.1 Denominação do curso ........................................................................................ 5
1.2 Modalidade .......................................................................................................... 5
1.3 Local da oferta..................................................................................................... 5
1.4 Regime de matrícula ........................................................................................... 5
1.5 Turnos de funcionamento .................................................................................... 5
1.6 Duração do curso ................................................................................................ 5
1.7 Carga horária do curso ........................................................................................ 5
1.8 Base legal ........................................................................................................... 5
1.8.1 Do credenciamento .................................................................................................. 5
2 DADOS INSTITUCIONAIS ............................................................................................................. 6
2.1 Da instituição de ensino e da entidade mantenedora .......................................... 6
2.1.1 Histórico da Instituição de Ensino Superior (IES) ............................................... 6
2.1.2 A missão institucional .............................................................................................. 7
2.1.3 Vocação da Universidade ....................................................................................... 7
2.1.4 A educação a distância na Universidade Paulista .............................................. 8
2.1.5 Metodologia de ensino-aprendizagem ................................................................ 11
3 RECURSOS E INFRAESTRUTURA ............................................................................................... 13
3.1 Instalações dos campi ....................................................................................... 13
3.2 Os polos de apoio presencial ............................................................................ 14
3.3 Sede da UNIP Interativa .................................................................................... 15
3.4 Da tecnologia .................................................................................................... 15
3.5 Ambiente virtual de aprendizagem (AVA) .......................................................... 17
3.5.1 Blackboard ............................................................................................................... 17
3.5.2 Moodle ...................................................................................................................... 18
4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E CURRÍCULO DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM ....... 18
4.1 Sistema de comunicação .................................................................................. 21
4.1.1 Sobre os meios ....................................................................................................... 21
4.1.2 Material didático ...................................................................................................... 22
4.1.3 Concepção de avaliação ....................................................................................... 27
4.1.4 Gestão acadêmico-administrativa ........................................................................ 29
4.1.5 Biblioteca ................................................................................................................. 30
5 ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA ................................................................................................. 32
3
5.1 Coordenação de curso ...................................................................................... 32
5.1.1 Estrutura organizacional ........................................................................................ 32
5.2 Coordenador do curso ....................................................................................... 33
5.3 Composição e funcionamento do colegiado de curso ........................................ 33
5.4 Atenção ao discente .......................................................................................... 35
5.4.1 Apoio aos discentes ............................................................................................... 37
6 CORPO DOCENTE E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO ..................................................................... 37
6.1 Formação acadêmica e profissional .................................................................. 37
6.2 Regime de trabalho ........................................................................................... 38
6.3 A equipe multidisciplinar da UNIP Interativa ...................................................... 40
6.4 Apoio didático-pedagógico aos docentes .......................................................... 41
6.4.1 Apoio didático-pedagógico .................................................................................... 41
6.4.2 Capacitação ............................................................................................................. 41
6.5 Núcleo Docente Estruturante (NDE) .................................................................. 41
6.5.1 Corpo técnico-administrativo ................................................................................ 42
6.6 Atividades acadêmicas articuladas com a formação, pesquisa e extensão ....... 43
7 ORGANIZAÇÃO DO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA ....................... 45
7.1 Projeto Pedagógico do Curso ............................................................................ 45
7.1.1 Relevância social do curso ................................................................................... 45
7.1.1.1 Metas do Plano Nacional de Educação (PNE) ............................................... 48
7.1.1.2 Demanda do curso .............................................................................................. 50
7.1.1.3 Histórico do curso ................................................................................................ 52
7.1.2 Concepção de educação ....................................................................................... 52
7.1.3 Concepção do curso .............................................................................................. 53
7.1.4 Objetivo do curso .................................................................................................... 54
7.1.5 Perfil do egresso ..................................................................................................... 55
7.1.6 Estrutura curricular ................................................................................................. 57
7.1.7 Atividades complementares .................................................................................. 60
7.1.8 Interdisciplinaridade: Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM) ........................ 63
7.1.9 Estudos Disciplinares ............................................................................................. 66
7.2 Matriz ................................................................................................................ 68
7.3 Disciplinas optativas .......................................................................................... 69
7.4 Disciplinas de nivelamento ................................................................................ 69
8 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 71
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1 APRESENTAÇÃO
1.1 Denominação do curso
Curso superior de Tecnologia em Gestão Pública.
1.2 Modalidade
Educação a distância (EaD).
1.3 Local da oferta
O curso superior de Tecnologia em Gestão Pública da modalidade EaD é
oferecido nos polos de apoio presencial distribuídos em todo o território
nacional.
1.4 Regime de matrícula
Seriado semestral.
1.5 Turnos de funcionamento
Noturno.
1.6 Duração do curso
O curso tem duração de 2 (dois) anos.
1.7 Carga horária do curso
Carga horária do curso: mínimo de 1.600 horas.
1.8 Base legal
O curso superior de Tecnologia em Gestão Pública foi autorizado pela
Resolução Consuni nº 20130919, de 19 de setembro de 2013, cujas cópias
encontram-se anexadas ao Sistema e-MEC, no ícone correspondente à
documentação.
1.8.1 Do credenciamento
A Universidade Paulista (UNIP), reconhecida pela Portaria Ministerial nº
550, de 9 de novembro de 1988, com sede no município de São Paulo,
capital do estado de São Paulo, credenciada para a oferta de educação a
distância, nos termos da Portaria MEC nº 3.633, de 9 de novembro de 2004,
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DOU de 10 de novembro de 2004, atendendo ao disposto no Decreto nº
5.773/2006.
2 DADOS INSTITUCIONAIS
2.1 Da instituição de ensino e da entidade mantenedora
A Universidade Paulista (UNIP) é atualmente mantida pela Associação
Unificada Paulista de Ensino Renovado Objetivo (Assupero), CNPJ nº
06.099.229/0001-01, associação civil sem fins lucrativos e com fins
educacionais, com sede e foro na cidade de São Paulo, no estado de São
Paulo, situada na Avenida Paulista, 900, 1º andar, no Bairro da Bela Vista,
CEP 01310-100. A Assupero é pessoa jurídica de direito privado, sem fins
lucrativos, com estatuto registrado e protocolado em microfilme no Quarto
Cartório de Títulos e Documentos de São Paulo, em 4 de fevereiro de 2004,
sob o número 477740. A UNIP possuía como mantenedora anterior a
Sociedade Unificada Paulista de Ensino Renovado Objetivo (Supero), tendo
sua transferência de mantença analisada e aprovada pelo Ministério da
Educação.
2.1.1 Histórico da Instituição de Ensino Superior (IES)
A iniciação da UNIP no Ensino Superior ocorreu em 1972, por meio do
Instituto Unificado Paulista (IUP), com a oferta dos cursos de Letras,
Pedagogia, Comunicação Social e Psicologia, reconhecidos pelo Decreto
Federal nº 77.546/76. Posteriormente, foi autorizado a funcionar, como
habilitação do curso de Letras, o curso de Tradutor e Intérprete, também
reconhecido pelo Decreto nº 77.546/76.
A partir do IUP, a organização, em permanente processo de crescimento,
solicitou e obteve do Conselho Federal de Educação, em 1975, a autorização
para o funcionamento do Instituto de Ensino de Engenharia Paulista (IEEP),
nas habilitações Civil, Mecânica e de Produção Mecânica, todas
reconhecidas pela Portaria nº 26/82, publicada em 12 de janeiro de 1982.
O curso de Ciência da Computação foi criado por meio do Decreto nº
95.005, de 5 de outubro de 1987, sendo reconhecido pela Portaria Ministerial
nº 1.201/92. O curso de Tecnologia em Processamento de Dados foi criado
por meio do Decreto nº 95.484, sendo reconhecido pela Portaria Ministerial
nº 2.023/91.
O curso de Odontologia, afeito ao Instituto de Odontologia Paulista (IOP),
foi autorizado a funcionar pelo Decreto Federal nº 85.791, de 9 de março de
1981, sendo reconhecido pela Portaria Ministerial nº 456/84. Vinculado ao
IOP, foi solicitado o funcionamento do curso de Farmácia, autorizado a
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funcionar pelo Decreto Federal nº 95.239, de 13 de novembro de 1987,
reconhecido pela Portaria nº 984/93, publicada em 8 de julho de 1993.
Em 9 de novembro de 1988, por meio da Portaria Ministerial nº 550, foi
autorizado pela via do reconhecimento o funcionamento da UNIP, integrada,
inicialmente, pelos cursos até então vinculados aos três institutos
mencionados e pelos cursos de Estudos Sociais, com habilitação em
História, Geografia e Ciências, com habilitação em Matemática, recebidos
por transferência de mantença da Universidade São Francisco.
2.1.2 A missão institucional
Conforme citado no Projeto de Desenvolvimento Institucional (PDI)
atualmente em vigor na UNIP, a missão de uma universidade está
intrinsecamente relacionada a um compromisso permanente com princípios e
propósitos que lhe imprimam um caráter, diferenciando-a de outras
instituições congêneres.
A Universidade Paulista (UNIP) tem como missão promover o ensino, a
pesquisa e a extensão, aplicando-os a serviço do progresso da comunidade
que vive em sua área de abrangência e influência, contribuindo para o
fortalecimento da solidariedade entre os homens e para o esforço de
desenvolvimento do país.
Na busca por seus objetivos, a instituição obedece estritamente aos
princípios de respeito à dignidade da pessoa e aos seus direitos
fundamentais, prescrevendo quaisquer formas de discriminação.
2.1.3 Vocação da Universidade
Conforme descrito no Projeto Pedagógico Institucional (PPI), a vocação
da Universidade é “preparar profissionais competentes, com sólida formação
humanística e técnico-científica, conscientes do seu papel social e do
compromisso com a cidadania”. Assim, a UNIP trilha seu caminho como
instituição de Ensino Superior, “contribuindo para o desenvolvimento
sustentável não apenas dos estados em que atua, mas também de todo o
país”. O mesmo documento traça o perfil das ações e padrões de conduta
pelos profissionais envolvidos direta e indiretamente no cotidiano da
Universidade.
Valendo-se dos preceitos do PPI, documento que fixa os propósitos e
metas a serem alcançados durante a formação dos alunos, os critérios
norteadores para a definição do perfil do egresso pautam-se por uma visão
humanista, que internaliza valores como responsabilidade social, justiça e
ética profissional. O intuito da seleção de tais valores reside na maneira de
8
integrar produtivamente conhecimentos, competências, habilidades e
talentos na formação do futuro profissional.
A consagrada articulação entre ensino, pesquisa e extensão é
fundamental para a sustentação da Instituição. A qualidade do ensino
vincula-se fortemente à competência em pesquisa, enquanto as atividades
de extensão se articulam com as experiências de pesquisa e de ensino.
A participação de alunos em atividades de extensão, entre outras,
constitui situação essencial do conhecimento acadêmico e profissional. A
participação discente nos projetos e atividades de pesquisa e extensão
completa a formação integral do aluno.
A Universidade Paulista é uma universidade multicampi, que atende à
demanda educacional de 130 mil estudantes. Os campi da UNIP
encontram-se localizados em 11 unidades na cidade de São Paulo e em 13
cidades do Estado de São Paulo. A UNIP também está presente nos
municípios de Manaus, Brasília e Goiânia, oferecendo cursos na modalidade
presencial.
No que diz respeito à modalidade educação a distância (EaD), a UNIP
conta, hoje, com 598 polos, em todos os estados da Federação, distribuídos
pelas regiões Norte, com 38 polos; Nordeste, com 94; Sul, com 68; Sudeste,
com 328; e Centro-Oeste, com 70, além de um estabelecimento de ensino
localizado no Japão, na cidade de Hamamatsu.
2.1.4 A educação a distância na Universidade Paulista
A modalidade EaD, como um sistema específico de ensino-aprendizagem,
necessita de uma gestão acadêmico-administrativa distinta daquela que
atende à modalidade presencial, visto que a modalidade, as ferramentas e os
processos são outros, devido à distância física entre atores. Por essa razão,
a UNIP instituiu o Centro de Educação a Distância – UNIP Interativa, órgão
suplementar da Universidade, responsável pela coordenação, supervisão,
assessoramento e prestação de suporte técnico à execução de atividades
pedagógicas e da formação na educação a distância pelos institutos que
compõem a Universidade Paulista.
No intuito de atender às demandas específicas das diversas regiões, a
UNIP Interativa oferece os seguintes formatos na modalidade EaD: o
Sistema de Ensino Interativo (SEI), o Sistema de Ensino Presencial Interativo
I (Sepi I) e o Sistema de Ensino Presencial Interativo II (Sepi II). Embora os
formatos apresentem características diferentes, todos mantêm a qualidade
exigida pela UNIP para os seus cursos.
Os formatos encontram-se assim configurados:
9
a) Sistema de Ensino Interativo (SEI): esse formato privilegia o ensino
no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). No AVA, o aluno acessa
todo o conteúdo disponibilizado, a qualquer momento, pela internet.
Isso possibilita ao estudante a organização do seu ritmo de estudo. O
SEI prevê, ainda, momentos presenciais que perfazem 20% (vinte por
cento) da carga horária total do curso.
A interação com o professor ocorre por meio do fórum, que acontece
durante a disciplina. Esse espaço é utilizado para debates entre alunos,
professores e tutores a distância que atuam na mediação das ações
pedagógicas, por e-mails, por telefone e pelo feedback postado no AVA, bem
como para o acompanhamento dos trabalhos realizados e das avaliações
dos alunos.
Nesse formato é disponibilizado o plantão tutorial presencial, realizado por
profissional habilitado na área específica de atuação. Ele orienta os alunos
com relação ao AVA, auxilia na organização dos estudos, na realização dos
estágios e nas atividades complementares e facilita a interação dos alunos
com o polo, onde o aluno deve realizar suas avaliações e atividades e
participar dos encontros programados.
Cada disciplina está dividida em unidades, sendo que, para cada uma, o
aluno deve assistir a teleaula sem a obrigatoriedade de data e horário,
devendo estudar o conteúdo referente a cada unidade, realizar as atividades
propostas pelo professor e responder aos questionários no AVA, respeitando
o período preestabelecido em calendário acadêmico.
Os slides utilizados pelos professores nas teleaulas, contendo os
principais tópicos da unidade, também ficam disponíveis no AVA. O aluno
deve desenvolver todas as atividades previamente descritas antes de passar
para a unidade subsequente.
Os momentos presenciais que o aluno deve cumprir constam do
calendário acadêmico e da plataforma acadêmica. São eles:
• módulo de introdução à EaD;
• aula inaugural com o coordenador do curso;
• palestras sobre temas pertinentes ao curso;
• atendimento pedagógico ao Projeto Integrado Multidisciplinar;
• avaliações;
10
• entrega de documentos, trabalhos, atividades complementares.
b) Sistema de Ensino Presencial Interativo I (Sepi I): esse formato
prevê tanto momentos de atividades no AVA como encontros
presenciais semanais no polo de apoio presencial. Nesse formato, o
aluno deve comparecer ao polo para acompanhar de forma síncrona a
exibição das teleaulas e interagir com o professor no decorrer das
aulas. Também são propostas atividades presenciais, que o aluno
deverá desenvolver com os colegas, além de encaminhar via chat às
soluções ou dúvidas sobre o tema sugerido. Essas atividades são
acompanhadas por tutores presenciais. O aluno participa ainda do
plantão tutorial presencial semanal.
O estudante deve realizar suas avaliações, atividades e encontros
programados pela legislação no polo de apoio presencial no decorrer do
curso. Deve participar também do módulo de Introdução à EaD, da aula
inaugural, do atendimento pedagógico ao Projeto Integrado Multidisciplinar e
das palestras.
Cada disciplina está dividida em unidades. Em cada unidade, o aluno
deve: assistir à teleaula no polo no qual está matriculado, seguindo o
calendário escolar; ler os conteúdos oferecidos e responder aos
questionários; participar dos encontros com os tutores no polo, bem como
dos chats; e realizar as demais atividades previstas para a unidade. Os
slides utilizados pelos professores na teleaula permanecem disponíveis no
AVA.
c) Sistema de Ensino Presencial Interativo II (Sepi II): esse formato
privilegia dinâmicas acadêmicas presenciais com o aluno, com o
objetivo de promover a flexibilidade, interdisciplinaridade e articulação
entre a teoria e a prática. O planejamento é feito pelos docentes das
disciplinas e coordenadores. A orientação fica a cargo dos tutores
presenciais e/ou professores consultores. Além dos encontros
presenciais, existem atividades acadêmicas a serem realizadas no
AVA.
O AVA do Sepi II é um sistema formado por soluções integradas de
gerenciamento de aprendizagem, conhecimento e conteúdos on-line, que
proporcionam a interação entre alunos e tutores. No AVA são
disponibilizados aos alunos textos e questionários, que deverão ser
desenvolvidos no decorrer do semestre. Por meio dos questionários, os
alunos acompanham e avaliam o seu progresso no processo de ensino-
aprendizagem.
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O aluno conta com o apoio da equipe da tutoria a distância, que o orienta
no desenvolvimento de seus estudos no decorrer do semestre letivo. A
ferramenta utilizada no AVA é o fórum de discussão, que promove a
comunicação, a aprendizagem colaborativa e a interação entre alunos e
tutores. Os fóruns são acompanhados diariamente pela tutoria a distância e
as dúvidas são respondidas em, no máximo, 48 horas.
Todo material relativo ao conteúdo ministrado está disponível nos
seguintes formatos de arquivo: interativo (Flash e Silverlight), documento do
Word, documento PDF e slides em PowerPoint, entregues aos alunos por
meio de CDs e também disponibilizados no AVA.
2.1.5 Metodologia de ensino-aprendizagem
Os princípios metodológicos são estabelecidos em consonância com as
Diretrizes Curriculares Nacionais, observados os critérios que favorecem o
desenvolvimento do eixo de gestão e negócios. Não obstante, em
congruência com essa orientação, esse método articula os espectros dos
valores humanísticos, difundindo a inserção teórica na realidade e
promovendo a interação do homem com o mundo. Inspirados nessa filosofia,
os cursos superiores de tecnologia desenvolvem seus conceitos
educacionais pautados na abordagem sociointeracionista, que concebe a
aprendizagem como um fenômeno que realiza a interação com o outro,
portanto, a aprendizagem possui dimensão coletiva. Segundo Vygotsky
(1991, p. 53), a aprendizagem deflagra vários processos internos de
desenvolvimento mental, que tomam corpo somente quando o sujeito
interage com objetos e sujeitos em cooperação. Uma vez internalizados,
esses processos tornam-se parte das aquisições do desenvolvimento. Assim,
um processo interpessoal é transformado num processo intrapessoal.
Como metodologia de ensino-aprendizagem, o curso superior de
tecnologia adota atividades como: aulas expositivas, aulas dialogadas,
dinâmicas de grupo, leituras comentadas, visitas técnicas, palestras,
pesquisa bibliográfica e outras atividades acadêmico-científico-tecnológicas,
visando à oferta de experiências diversificadas aos discentes. O curso busca
o desenvolvimento de programas que privilegiem o enlace entre a teoria e a
prática, enfocando o uso e a adequação de recursos audiovisuais,
tecnológicos, de novos métodos e técnicas de ensino, procurando o
aperfeiçoamento do trabalho acadêmico e sua aplicação mercadológica. A
integração entre estudos teóricos, aulas e atividades práticas é exercida por
meio de atividades complementares, trabalhos individuais e em grupo,
Projetos Integrados Multidisciplinares e atividades de extensão.
A educação a distância (EaD) é uma modalidade educacional cuja
característica principal é a forma de interação, tendo como instrumento
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facilitador a comunicação baseada em recursos diversificados. Nessa
perspectiva, a UNIP Interativa oferece o contato visual, auditivo e verbal
direto e frequente por meio de suas aulas, recursos didáticos e dialógicos,
que promovam a interatividade e estimulem a aprendizagem dos estudantes.
Levando em consideração as demandas específicas, motivadas pelo
processo de ação e reflexão, confluentes e divergentes, de pessoas oriundas
de diversas regiões, a UNIP Interativa utiliza teleaulas, materiais impressos,
chats, fóruns, textos complementares, slides de teleaula, atividades
complementares, Projetos Integrados Multidisciplinares, questionários e
atividades teleaulas, para efetivar uma interação de qualidade, a fim de
proporcionar a dialogicidade necessária, tendo em vista contribuir para a
construção do conhecimento entre os agentes envolvidos no processo de
ensino-aprendizagem.
A seguir, por meio dessa representação gráfica, pode-se observar o
detalhamento da dinâmica de um semestre padrão, de acordo com as
atividades gerais e suas respectivas cargas horárias, nos diversos formatos
da educação a distância oferecidos pela UNIP Interativa.
Semestre padrão com equivalência horária para os cursos superiores de tecnologia
Formato SEI - Sistema de Ensino Interativo
Componentes curriculares Atividades presenciais Atividades no Ambiente Virtual de
Aprendizagem Atividades de autoestudos com tutoria
Horas % do semestre % do semestre % do semestre
Disciplina 1 60 • Avaliação presencial 1,5 a 2,0 • Teleaula 4,0 • Atividades de
autoestudos com
disponibilidade de tutoria
presencial e à distância
47,0 a 52,0
Disciplina 2 60 • Aula instrucional e
palestras 1,5 a 2,0 • Avaliação AVA 1,0
Disciplina 3 60 • Orientação de PIM 12,0 a 13,0 • Questionários 10,0 a 11,0
Disciplina 4 60 • Atividades de
encerramento de semestre 1,0 a 2,0 • Atividades programadas 10,0 a 11,0
Disciplina 5 30 • Fórum 5,0 a 6,0
Disciplina 6 30 • Aulas institucionais 1,0
Projeto Integrado Multidisciplinar 1 50
Projeto Integrado Multidisciplinar 2 50
400 % do semester % do semestre % do semestre
Atividades complementares 120 7,0
Estudos Disciplinares 120
Totais % do curso 19,0 a 21,0 % do curso 29,0 a 31,0 % do curso 48,0 a 52,0
13
Semestre padrão com equivalência horária para os cursos superiores de tecnologia
Formato Sepi – Sistema de Ensino Interativo
Componentes curriculares Atividades presenciais Atividades no Ambiente Virtual de
Aprendizagem Atividades de autoestudos com tutoria
Horas % do semestre % do semestre % do semestre
Disciplina 1 60 • Avaliação presencial 1,5 a 2,0 • Teleaula 4,0 • Atividades de
autoestudos com
disponibilidade de tutoria
presencial e à distância
47,0 a 52,0
Disciplina 2 60 • Aula instrucional e
palestras 1,5 a 2,0 • Avaliação AVA 1,0
Disciplina 3 60 • Orientação de PIM 12,0 a 13,0 • Questionários 10,0 a 11,0
Disciplina 4 60 • Atividades de
encerramento de semestre 1,0 a 2,0 • Atividades programadas 10,0 a 11,0
Disciplina 5 30 • Fórum 5,0 a 6,0
Disciplina 6 30 • Aulas institucionais 1,0
Projeto Integrado Multidisciplinar 1 50
Projeto Integrado Multidisciplinar 2 50
400 % do semester % do semestre % do semestre
Atividades complementares 120 7,0
Estudos Disciplinares 120
Totais % do curso 40,0 a 60,0 % do curso 10,0 a 20,0 % do curso 30,0 a 40,0
3 RECURSOS E INFRAESTRUTURA
3.1 Instalações dos campi
A Universidade conta, em cada campus, com uma estrutura
organizacional própria para cuidar do planejamento, execução e controle
necessários para o adequado funcionamento dos cursos da unidade e para o
desenvolvimento das atividades propostas em seus respectivos projetos
pedagógicos. Para tanto, destacam-se:
• salas de aulas amplas, iluminadas e ergonômicas;
• bibliotecas com acervos atualizados, salas de estudos anexas que
oferecem condições de pesquisa e acesso aos bancos de dados
diretamente pelo sítio da UNIP;
• laboratórios de informática que oferecem, além das máquinas, o apoio
técnico especializado para os alunos, tanto em horários de aula como
em horários livres. Todas as máquinas estão interligadas em rede, com
acesso à internet;
• teatros e auditórios, na maioria dos campi, utilizados tanto para
apresentações artísticas como para ciclos de palestras e seminários;
• amplos espaços de convivência dos alunos como: livrarias,
lanchonetes, reprografias e caixas eletrônicos.
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3.2 Os polos de apoio presencial
Os polos de apoio presencial da UNIP Interativa, distribuídos em todo o
território nacional, são os espaços físicos nos quais acontecem os encontros
presenciais, as orientações de estudos e as atividades. Esses locais
fornecem a estrutura material e contam com equipes qualificadas para
atender ao aluno.
A infraestrutura de apoio necessária para o atendimento ao aluno nos
polos de apoio presencial é composta por uma equipe administrativa (monitor
de informática, secretária, manutenção e zeladoria) e uma equipe
pedagógica (coordenador e tutor presencial na área específica dos cursos).
O espaço dos polos de apoio presencial atende aos requisitos de dimensão,
limpeza, iluminação, acústica, segurança, conservação e comodidade
necessárias nas instalações administrativas, salas de aula, salas de
coordenação, tutoria, instalações sanitárias, área de convivência, sala de
estudo, laboratório de informática e biblioteca.
Todos os espaços devem estar devidamente identificados e em
conformidade com o Decreto nº 5.296/2004, que trata da acessibilidade. O
polo apresenta equipamentos de suporte local que incluem:
• projetor multimídia data show, com a resolução adequada;
• acesso à internet;
• instalação elétrica apropriada e suficiente para as necessidades dos
equipamentos de suporte instalados com proteção;
• microcomputadores com sistemas operacionais e aplicativos
devidamente licenciados.
No caso de utilização de satélite, o conjunto de recepção é composto por:
• antena parabólica VSAT;
• servidores adequados e compatíveis com ambiente operacional
institucional;
• transmissor tipo Rádio Anúbis Banda KU;
• amplificador de sinal.
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No caso de não utilização de satélite, a comunicação é feita por meio de
internet banda larga provida pelo polo de apoio presencial para os
respectivos equipamentos de suporte.
3.3 Sede da UNIP Interativa
Na sede, o espaço destinado aos coordenadores, professores e tutores é
amplo, permitindo sua integração. Todos os setores encontram-se
devidamente equipados e possuem espaço adequado ao seu funcionamento.
A UNIP Interativa possui sala de coordenação, sala para os tutores e
professores, sala multimídia para professores e tutores a distância equipadas
com projetores e computadores para acompanhamento das aulas
ministradas na sede e para a interação com os alunos via chat. Há espaços
específicos dimensionados para toda a equipe de apoio técnico-
administrativo, com toda a infraestrutura necessária para o desenvolvimento
das suas funções.
A sede dispõe de espaço para arquivamento de toda a documentação
pessoal e acadêmica dos alunos. Possui, ainda, 5 (cinco) estúdios com toda
tecnologia adaptada ao modelo pedagógico.
3.4 Da tecnologia
A partir dos três formatos ofertados, nota-se que os componentes
tecnológicos empregados pela UNIP Interativa e que podem ser adotados
são: internet, satélite, CD-ROM, DVD e webcast. As teleaulas são produzidas
na sede da UNIP em São Paulo. A transmissão é feita via satélite e o polo de
apoio presencial pode recebê-la via satélite ou via internet.
Toda a infraestrutura tecnológica desenvolvida pelo Núcleo de Tecnologia
da UNIP (Nutec) está consolidada em conceitos de comunicação baseada
em bancos de conteúdos distribuídos por dispositivos multimídia, conectados
ou não. A fundamentação técnico-teórica para isso está nos conceitos de
tecnologias da informação e comunicação (TIC1), em que todos os recursos
tecnológicos estão organizados em estruturas computacionais gerenciadas
por bancos de dados, assegurando que os conteúdos programáticos dos
cursos sejam distribuídos de forma sistêmica e controlada. Com base nisso,
é necessária a organização desses conteúdos, informações e dados dentro
de uma base informatizada que garanta a produção e distribuição do
conhecimento em um ambiente monitorado e acompanhado por professores
1 TIC: tecnologias de informação e comunicação. As tecnologias e métodos para
comunicar surgidas no contexto da Revolução Informacional. A comunicação de
informações organizadas em bases de conteúdos mediadas por computador.
16
e tutores de forma interativa. Tradicionalmente, o banco de dados era o
repositório de informações, tendo atualmente evoluído para o controle das
mídias textuais e audiovisuais, transformando-se de fato em um banco de
conteúdos multimídias. As modernas técnicas de business intelligence (BI2)
asseguram que esse sistema de base de conteúdos possa ser
acompanhado, medido e controlado, possibilitando à Instituição o
monitoramento dos processos de interatividade e dialogicidade do corpo
docente e discente no interior do modelo pedagógico proposto para cada um
dos formatos – SEI e Sepi.
Para sustentar essa proposta, a UNIP mantém uma estrutura de
servidores e uma equipe de desenvolvedores que avalia as ferramentas
existentes no mercado, utilizando as que melhor se adaptam ao projeto
pedagógico da Instituição, desenvolvendo novas ferramentas e aplicativos
que integrem todos os softwares próprios e de terceiros.
Como Ambiente Virtual de Aprendizagem, utilizamos o Conteúdo On-Line
(COL3), uma ferramenta própria que gerencia informações textuais e
produtos multimídia que, associados a exercícios, ajudam na aquisição do
conhecimento proposto. Para controlar toda entrega de trabalhos dos alunos,
atividades complementares, documentos, relatórios de estágio e trabalhos de
curso, disponibilizamos para os alunos as Atividades On-Line (Atol4), que
armazenam no banco de dados todo o gerenciamento dos locais onde estão
guardados os trabalhos dos alunos. O Blackboard e o Moodle são utilizados
como plataformas de distribuição de conteúdos em diferentes suportes, tais
como textos, teleaulas e vídeos (dentre os principais), integrando recursos de
interação entre professores, tutores e alunos.
Para o controle da produção gráfica dos materiais impressos, a
Instituição utiliza o Metrics5. O BIE
6 é uma ferramenta própria que, por
meio de ferramentas de BI, relaciona todas as bases de dados de todas
as etapas de produção, distribuição e controle dos conteúdos em um
único ambiente. Para o controle acadêmico, a UNIP Interativa utiliza o
Lyceum7 e para a modalidade presencial, o Sisun
8.
2 BI: business intelligence ou inteligência em negócios. Conceitos e métodos para
melhorar a capacidade de tomada de decisões, utilizando sistemas baseados em regras de
negócio.
3 COL Nutec-UNIP: Conteúdo On-Line. Ferramenta que gerencia informações
textuais e produtos multimídia.
4 Atol Nutec-UNIP: Atividades On-Line. Controla e acompanha a entrega de
trabalhos dos alunos.
5 Software de controle da produção gráfica.
6 BIE Nutec-UNIP. Adaptação dos procedimentos de BI (business intelligence ou
inteligência em negócios) aplicados ao controle dos alunos.
7 Software de controle acadêmico da Techen Sistemas.
8 Software de controle acadêmico.
17
Para distribuição dos conteúdos, a UNIP conta com sólida estrutura de
Telecom baseada no tripé acessibilidade, segurança e redundância,
requisitos primordiais para que os alunos recebam os conteúdos com acesso
adequado ao AVA.
A UNIP possui um conjunto de tecnologias composto por:
• satélites com cobertura nacional – Panasat, em operação conjunta com
o Multicast Hughes;
• internet – com link de alto desempenho de acesso ao backbone
nacional e internacional;
• redundância em cinco data centers: dois locais (Cidade Universitária e
Paulista) e três externos de grande porte (o TIC da Telefônica, o da
Embratel e o do Terremark) – todos ligados via conexão óptica.
Essa composição de recursos tecnológicos viabiliza aos alunos de todo o
Brasil acesso ao conteúdo educacional da forma prevista no projeto
pedagógico.
3.5 Ambiente virtual de aprendizagem (AVA)
O suporte tecnológico distribui-se em três dimensões: uma dimensão
ampla (que congrega os meios necessários para o desenvolvimento
pedagógico dos cursos), uma dimensão de recursos de interação para o
acompanhamento dos alunos e uma de avaliação.
Nesse projeto pedagógico, elucidam-se as especificidades da EaD, que
originam demandas de interação entre os implicados no processo. Para
tanto, detalham-se a seguir os sistemas de informação utilizados na
veiculação dos conteúdos pertinentes.
3.5.1 Blackboard
A plataforma utilizada pela UNIP Interativa como espaço de publicação de
conteúdos e de centralização das demais plataformas desenvolvidas é a
Blackboard. Essa plataforma dispõe de ferramentas que permitem a
interação do alunado com todo o corpo docente, bem como a publicação dos
conteúdos pedagógicos de forma clara e acessível.
Além das ferramentas oferecidas pela própria plataforma, a Instituição a
utiliza para integrar o acesso às demais plataformas desenvolvidas, a fim de
18
centralizar o acesso em um único login, o que viabiliza a auditoria completa
da vida acadêmica do aluno e do corpo docente.
Ao acessar a plataforma, o aluno terá disponível o conteúdo necessário
para a realização de seu curso. Além das disciplinas, estão disponibilizados
avisos gerais, avisos da disciplina, guia do aluno, vídeos instrucionais,
manuais explicativos, brinquedoteca, calendário acadêmico, secretaria virtual
(Lyceum) e demais ferramentas personalizáveis pelo aluno, como calendário
de tarefas e até o próprio layout da plataforma. Ao visualizar o Guia do
Aluno, é possível entender a funcionalidade de cada ferramenta, bem como o
roteiro de estudo a ser seguido.
O material pedagógico é disponibilizado por disciplina e por turma. Nas
disciplinas, são propostos fóruns de discussão, que permitem o debate entre
os alunos – e entre os alunos e o corpo docente – sobre temas específicos.
Para tratar de assuntos gerais, o aluno utiliza a ferramenta “mensagens”, que
permite o envio de mensagens a um ou a todos os usuários matriculados na
disciplina. Os prazos e a ordem das disciplinas seguem o calendário
acadêmico.
3.5.2 Moodle
A plataforma utilizada para a publicação de conteúdo no Sepi II é o
Moodle. Ele conta com as principais funcionalidades disponíveis nos
ambientes virtuais de aprendizagem e é composto por ferramentas de
avaliação, comunicação, disponibilização de conteúdo, administração e
organização. Por meio dessas funcionalidades, é possível dispor de recursos
que permitem a interação e comunicação entre o alunado, professores e
tutoria, a publicação do material de estudo em diversos formatos de
documentos, a administração de acessos e a geração de relatórios.
No Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle, o aluno tem acesso ao
material pedagógico, disponibilizado por disciplina, além dos recursos de
interação que permitem o diálogo entre os alunos, os professores e a equipe
de tutoria.
O material de cada disciplina é publicado pelo professor responsável por
ela no Moodle, seguindo a proposta do calendário acadêmico de realização
dos encontros presenciais. A publicação de material, módulo a módulo, pelo
professor, facilita o acompanhamento do aluno no AVA.
4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E CURRÍCULO DO PROCESSO DE
ENSINO-APRENDIZAGEM
Conforme consta no PDI:
19
A “educação ao longo de toda a vida” organiza-se em torno de quatro
aprendizagens fundamentais, que constituem os pilares do conhecimento:
1) Aprender a conhecer significa, antes de tudo, o aprendizado dos
métodos que nos ajudam a distinguir o que é real do que é ilusório e ter,
assim, acesso aos saberes de nossa época. A iniciação precoce na
ciência é salutar, pois ela dá acesso, desde o início da vida humana, à
não aceitação de qualquer resposta sem fundamentação racional e/ou
de qualquer certeza que esteja em contradição com os fatos.
2) Aprender a fazer é um aprendizado da criatividade. “Fazer” também
significa criar algo novo, trazer à luz as próprias potencialidades
criativas, para que venha a exercer uma profissão em conformidade
com suas predisposições interiores.
3) Aprender a viver junto significa, em primeiro lugar, respeitar as normas
que regulamentam as relações entre os seres que compõem uma
coletividade. Porém, essas normas devem ser verdadeiramente
compreendidas, admitidas interiormente por cada ser e não sofridas
como imposições exteriores. “Viver junto” não quer dizer simplesmente
tolerar o outro com suas diferenças, embora permanecendo convencido
da justeza absoluta das próprias posições.
4) Aprender a ser implica em aprender que a palavra “existir” significa
descobrir os próprios condicionamentos, descobrir a harmonia ou a
desarmonia entre a vida individual e social.
Focada nessas premissas norteadoras, a UNIP incorpora aos seus cursos
abordagens que busquem:
• A construção coletiva expressa na intenção e prática de cada segmento
institucional, levando em conta a articulação dialética, diferenciação e
integração, globalidade e especificidade.
• A interação recíproca com a sociedade, caracterizada pela educação e
desenvolvimento econômico-social sustentáveis, reafirmando o seu
compromisso como potencializadora da formação humana e
profissional.
• A construção permanente da qualidade de ensino, entendida e
incorporada como processual e cotidiana da graduação e da pós-
graduação, indagando continuamente sobre o tipo de sociedade que
temos e queremos, a função dos cursos superiores frente às novas
20
relações sociais e de produção e sobre o perfil do profissional a formar
frente às exigências do mercado de trabalho.
• A integração entre ensino, pesquisa e extensão, buscando a construção
de um processo educacional fundado na elaboração e reelaboração de
conhecimentos, objetivando a apreensão e intervenção em uma
realidade dinâmica e contraditória.
• A extensão voltada para seus aspectos fundamentais, quais sejam,
tornar a coletividade beneficiária direta e imediata das conquistas do
ensino e da pesquisa, socializando o saber e a coleta do saber não
científico elaborado pela comunidade para, estruturando-o em bases
científicas, restituí-lo a sua origem.
• O desenvolvimento curricular contextualizado e circunstanciado,
expressão da concepção de conhecimento como atividade humana
processualmente construída na produção da vida material.
• A unidade entre teoria e prática, por meio do desenvolvimento, por
parte de professores e alunos, de atividades de pesquisa e iniciação
científica.
A Universidade Paulista, ao longo de seu percurso histórico como
entidade educacional, sempre empregou ferramentas tecnológicas de
comunicação em seu processo de construção e disseminação do
conhecimento. Isso propiciou um conjunto de experiências individuais e
coletivas para o corpo discente e docente e para com a própria Instituição.
Ao iniciar o desenvolvimento de atividades acadêmicas em educação a
distância, a IES apoiou-se na experiência adquirida nos últimos vinte anos.
Os desafios presentes no contexto socioeducacional e tecnológico atual
possibilitaram aprimorar algumas das práticas pedagógicas que a
Universidade desenvolveu ao longo do tempo.
Um dos motivos que levou a UNIP a propor cursos em EaD foi a
compreensão de que a construção do conhecimento se dá a partir da
interação entre todos os elementos envolvidos no processo de ensino-
aprendizagem, ou seja, em uma dimensão conjunta. Nessa interação,
estimula-se a aprendizagem e o desenvolvimento do aluno.
As estratégias pedagógicas selecionadas visam proporcionar a
construção do conhecimento individual e coletivo, por meio da elaboração de
projetos e de discussões pautadas e mediadas que desafiam o aluno,
levando-o a refletir sobre os conceitos apresentados e sua aplicabilidade em
diferentes contextos.
21
O processo de ensino-aprendizagem se baseia na construção de relações
intra e interpessoal. Em outras palavras: aluno e material didático; alunos
entre si; alunos e professores; alunos e tutores; alunos e instituição,
professores e tutores. Estimulando-se essa interação, valoriza-se o
conhecimento já adquirido pelos alunos ao longo de suas vidas, estreitando o
vínculo afetivo e acadêmico necessário para o cotidiano da educação a
distância.
Essa interação é viabilizada pelo uso de estratégias dialógicas como os
chats, fóruns e orientação de trabalhos interdisciplinares. Esse processo
desenvolve-se continuamente, mantendo um enfoque pedagógico
consistente e coerente com as diretrizes curriculares e as propostas dos
cursos, de suas metas e critérios de avaliação.
A aprendizagem é cooperativa e a sala de aula é vista como um AVA,
criativo e incentivador. O professor desempenha o papel de orientador de um
processo de ensino-aprendizagem proativo e investigativo, no qual há
autonomia quanto aos métodos pedagógicos por parte dos lados envolvidos
na execução das tarefas, com mais ênfase no processo do que no resultado.
Consequentemente, a aprendizagem acontece em grupo, proporcionando
transformações significativas nas pessoas envolvidas.
Na evolução da EaD, a UNIP, em coerência com a sua missão e sua
vocação, tem aprimorado seus modelos, estratégias, materiais e atividades,
visando a participação ativa dos alunos e professores no processo de
ensino-aprendizagem. Dessa forma, fomenta a democratização da educação
no país, possibilitando o acesso a uma metodologia de ensino inovadora e
utilizando tecnologia avançada.
Os serviços de apoio relacionados à modalidade estão congregados na
UNIP Interativa, de maneira que cada uma das equipes esteja integrada em
suas ações. Sendo assim, a UNIP Interativa, entendida como sistema de
EaD, organiza-se por meio de sistemas interdependentes entre si:
comunicação, acompanhamento e avaliação.
4.1 Sistema de comunicação
4.1.1 Sobre os meios
O sistema de comunicação da UNIP Interativa tem base em serviço de
tecnologia da informação e comunicação, responsável por prover e dotar
recursos de interação por meio de AVA, para que professores, alunos e
tutores mantenham relação no processo da formação. Organiza e dispõe
informação fundamentada nos conteúdos afins aos programas, cursos e
22
projetos desenvolvidos na modalidade a distância. Os projetos pedagógicos
dos cursos oferecidos nas modalidades presenciais e a distância são os
mesmos, no entanto, há especificidades da modalidade EaD que tornaram
necessária a criação de serviços que suportem as demandas por interação
entre os implicados no processo ensino-aprendizagem. O sistema de
comunicação atende, prioritariamente, a essa interação.
4.1.2 Material didático
O material didático utilizado na UNIP Interativa é desenvolvido em sintonia
com os princípios epistemológicos, metodológicos e políticos explicitados no
PDI da Instituição, nas Diretrizes Curriculares Nacionais e nos Projetos
Pedagógicos dos Cursos. Seu uso é precedido de avaliação por
especialistas externos, que sugerem e orientam a adoção de medidas
visando ao seu aperfeiçoamento.
O conjunto de mídias, selecionado para desenvolver as competências
específicas propostas para cada curso, respeita as características
socioeconômicas dos diferentes grupos de alunos.
A produção do material impresso e disponibilizado no AVA atende às
lógicas distintas de concepção, produção, linguagem e tempo. A
convergência e a integração entre as diversas mídias são garantidas pelas
equipes multidisciplinares constituídas por especialistas em conteúdos, em
desenvolvimento de páginas web, em desenho instrucional, em ilustração,
em diagramação, em revisão do material produzido, dentre outros, conforme
determina o artigo 1° do Decreto nº 5.622/2005.
a) Livro-texto:
Os livros-textos produzidos observam os seguintes critérios:
• exercem a função de um mediador privilegiado, atuando como roteiro
de estudos;
• contêm sugestões de atividades que fomentam reflexões, pesquisas e a
sistematização de ideias;
• ensejam relações com o campo de conhecimento, além de outros
“olhares” e possíveis saberes que esse campo incita;
• compõem “trilhas” com várias possibilidades de acesso, instigando o
aluno a procurar outros tipos de fontes para estudo;
23
• inserem-se em uma rede de diferentes tipos de materiais – livros,
filmes, artigos etc. – cuja composição permite atingir os objetivos
propostos para a formação dos alunos;
• utilizam ícones padronizados;
• inserem imagens e gráficos;
• apresentam ao menos dois exercícios por módulo, que estimulam a
reflexão, a aplicação e a ampliação do conhecimento, oferecendo a
resposta de um exercício no livro e de outro na plataforma.
A elaboração do livro-texto é realizada de forma dialógica, ancorada no
tripé educador-educando-objeto do conhecimento, permitindo ao aluno agir,
refletir e interagir no desenrolar da ação pedagógica. O livro-texto deve
fomentar a reflexão do aluno, levando-o a buscar informações em outras
fontes, realizar novas leituras, descobrir novos caminhos e apropriar-se dos
conhecimentos gerados e adquiridos. Esse processo contínuo considera o
aluno como um agente ativo e capaz de autoavaliar o seu progresso no
decorrer do curso.
O texto dialógico estabelece uma conversa amigável entre o autor e o
leitor, desenvolvendo o senso crítico do aluno e levando-o a compreender a
relevância do conteúdo do texto para seu cotidiano e prática profissional. O
conteúdo deve contemplar a ementa da disciplina e compor um todo coeso,
integrando, de forma contínua e complementar, as suas diferentes partes:
unidades, tópicos, reflexões, atividades, bibliografia, gráficos e imagens.
O docente conteudista é o profissional especialista que redige o material
didático da disciplina e/ou produz material para o Ambiente Virtual de
Aprendizagem e/ou grava o conteúdo nas mídias, áudio e vídeo (quando for
o caso). Ele recebe orientações sobre a utilização das diversas mídias e
participa de treinamentos e workshops.
A Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos (CQA), composta
por professores especialistas, submete o livro-texto a uma criteriosa análise
de seu conteúdo. Dessa análise, resulta um parecer que é enviado ao
coordenador do curso para retroalimentar as partes envolvidas no processo
de produção, até que o livro-texto seja aprovado.
No Departamento de Revisão são verificadas a originalidade, a
padronização do texto, a coesão, a coerência, a clareza, os “vícios de
linguagem”, o uso incorreto da língua portuguesa, a ortografia e a adequação
aos padrões estruturais adotados pela UNIP Interativa.
24
O Departamento de Educação Digital reúne profissionais com
conhecimentos técnicos de produção e configuração de possibilidades de
estruturação visual e é responsável pela diagramação do texto. Uma vez
diagramado, o livro-texto passa por uma última revisão e é enviado ao
coordenador do curso que, juntamente com o docente conteudista, verifica o
material finalizado, liberando-o para impressão e envio ao Departamento de
Planejamento – Controle de Materiais, que o disponibilizará ao docente que
produzirá os materiais didáticos da disciplina e ao departamento responsável
pela inserção dos materiais no AVA.
b) Materiais didáticos da disciplina:
Todos os materiais utilizados numa determinada disciplina, tais como
slides, questionários, exercícios, textos complementares, fóruns, Estudos
Disciplinares (ED), dentre outros.
O Departamento de Planejamento é responsável pelo planejamento e
coordenação das gravações dos cursos no formato SEI, pela produção de
livros-textos e calendários acadêmicos, pela publicação de informações
referentes às atividades complementares, além da produção dos materiais
das aulas.
São suas atribuições: liberar os materiais para a transmissão de aulas ao
vivo no formato Sepi, para a tutoria a distância e para inserir os conteúdos no
AVA e controlar as atividades, avaliações e informações na disciplina
atividade do tutor de sala.
O material recebido é submetido às seguintes etapas:
• recebimento e controle dos materiais recebidos;
• revisão ortográfica e uso correto da língua portuguesa;
• diagramação;
• liberação para inserção no AVA;
• geração de imagens;
• liberação para gravação das teleaulas;
• liberação para a Tutoria.
O Departamento de Planejamento possui profissionais qualificados para
realizar todas as etapas do processo.
25
c) Teleaulas:
As teleaulas contêm a ementa e o programa da disciplina e seu conteúdo
é elaborado por um professor escolhido pelo coordenador do curso em
conjunto com o líder da disciplina.
O professor distribui o conteúdo da disciplina nas unidades, respeitando a
carga horária definida na matriz curricular, e organiza a sua apresentação
aos alunos. As teleaulas são gravadas de acordo com a organização
elaborada pelo professor.
As teleaulas, com duração de uma hora, são divididas em quatro blocos
de quinze minutos cada, sendo que, ao final de cada bloco, o professor
propõe uma questão referente ao tema abordado. O bloco seguinte inicia-se
com um comentário do professor referente à atividade proposta no bloco
anterior.
A separação em blocos tem o objetivo de tornar a aula mais dinâmica e
interativa.
É importante ressaltar que todas as teleaulas possuem intérprete de
libras, o que permite aos alunos portadores de necessidades especiais
acompanharem o conteúdo ministrado pelo professor.
As teleaulas são gravadas em estúdio e editadas pelos profissionais da TV Web. Após a edição, as teleaulas são enviadas ao departamento de
Educação Digital, que prepara o link e realiza a sua inserção no AVA. O
docente da teleaula é acompanhado no estúdio por um tutor da área da
disciplina, tanto nas teleaulas gravadas como nas teleaulas transmitidas ao
vivo.
d) Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)
Foi possível compreender que o aluno necessita de orientações claras
quanto ao entendimento e possibilidades da educação a distância, do
funcionamento do curso e dos mecanismos de interações e comunicação
disponíveis para uma aprendizagem colaborativa. Para introduzir o aluno ao
universo da EaD, produz-se teleaulas, diversos vídeos, normas e calendários
acompanhados de manuais e guias digitalizados no AVA que:
• abordam a plataforma utilizada (AVA);
• apresentam as abas e ferramentas disponíveis;
26
• orientam a navegação dos fóruns e do sistema de mensagem
(tecnológicos de comunicação);
• disponibilizam o calendário acadêmico;
• disponibilizam as disciplinas e conteúdos programáticos, bem como as
atividades e exercícios propostos.
Os docentes coordenadores de cada curso elaboram as aulas inaugurais
e instrucionais nas quais os alunos, além de conhecerem as particularidades
do seu curso, interagem com o coordenador e com os docentes de apoio.
Nessas aulas, realizadas com a presença do aluno no polo de apoio
presencial, os coordenadores:
• explicitam o processo de ensino-aprendizagem a ser desenvolvido no
semestre;
• apresentam as disciplinas;
• informam como a equipe de docentes acompanhará o processo
pedagógico;
• informam como interagir com a equipe multidisciplinar;
• transmitem informações sobre o calendário, atividades, critérios e
mecanismos de avaliação;
• explicam as funções das pessoas que acompanharão os alunos no
polo, a equipe presencial, tutoria a distância, docentes e
coordenadores.
Alinhada à sua missão e vocação, a UNIP Interativa contribui para a
inclusão digital do aluno, inserindo-o no contexto educacional, social e
cultural do Ensino Superior do país. O esforço de inclusão norteia a equipe
da EaD no desenvolvimento e planejamento das ações pedagógicas
utilizadas ao longo do processo de ensino-aprendizagem. Da mesma forma,
o desenvolvimento do material didático busca ultrapassar barreiras
geográficas e regionais. Em suma, a perspectiva interacionista é vista como
essencial para a modalidade de educação a distância.
A equipe de docentes desenvolve os materiais didáticos do AVA,
atendendo às necessidades específicas de cada disciplina e respeitando os
referenciais de qualidade propostos para a educação de Ensino Superior a
Distância.
27
Fluxograma do desenvolvimento do material didático
4.1.3 Concepção de avaliação
A avaliação do aluno deve servir não só para medir seu rendimento
acadêmico, mas, principalmente, estimulá-lo a sustentar um desempenho
positivo. O crescimento intelectual do aluno ao longo do processo de sua
formação deve ser valorizado, considerando-se os objetivos do curso e as
qualidades desenvolvidas, apontando-se as insuficiências observadas e os
caminhos para superá-las.
O sistema de avaliação é concebido na perspectiva de garantir o
desenvolvimento de competências no processo de formação. Nesse sentido,
a avaliação destina-se a induzir a aprendizagem dos alunos, de modo a
favorecer seu percurso e regular as ações que orientam e incentivam sua
formação. Desse modo, a avaliação não se destina a punir os que não
alcançam o que se pretende, mas a ajudar cada aluno a identificar melhor as
suas necessidades de formação e empreender o esforço necessário para
realizar sua parcela de investimento no próprio desenvolvimento profissional.
O sistema de avaliação não deve incidir sobre elementos a serem
memorizados, mas na verificação da capacidade de refletir sobre o
conhecimento, de questioná-lo e de (re)construí-lo, dos pontos de vista
científico, metodológico e político.
O que se pretende avaliar não é só o conhecimento adquirido, mas a
capacidade de acioná-lo e de buscar outros para realizar o que é proposto.
Avaliar significa verificar não apenas se os alunos adquiriram os
conhecimentos necessários, mas também se, quanto e como fazem uso
28
deles para resolver situações-problema (reais ou simuladas) relacionadas, de
alguma forma, com o exercício da profissão.
Dessa forma, a avaliação é realizada mediante critérios explícitos e que
são compartilhados com os alunos, uma vez que o que é objeto de avaliação
representa uma referência importante para quem é avaliado, tanto para a
orientação dos estudos como para a identificação dos aspectos considerados
mais relevantes para a formação em cada momento dos cursos.
A avaliação é entendida como um processo a ser desenvolvido durante o
período letivo. Apresenta determinadas especificidades que são
regulamentadas pela Instituição. As formas de avaliação no curso seguem os
critérios de avaliação e promoção da UNIP e são adequadas às
particularidades da formação do futuro profissional.
Para isso, são utilizados instrumentos variados, tais como prova escrita
individual presencial, produção e apresentação de textos, pesquisa
bibliográfica e de campo, relatórios e fichas de leitura de textos, comentários
escritos de livros lidos, resolução de exercícios, desenvolvimento de projetos
e atividades que relacionam a teoria e a prática contempladas nos planos de
ensino das disciplinas do curso.
A avaliação da aprendizagem no AVA leva em conta todo o percurso
acadêmico do aluno e permite o acompanhamento de frequência e nota, a
partir do desenvolvimento de questionários, atividades, entre outros,
possibilitando, ainda, a oportunidade de evolução e melhoria contínua por
meio da revisão e feedback.
Estimula-se a autoavaliação, possibilitando a autocorreção dos exercícios,
questionários e atividades, de modo que o aluno possa acompanhar a sua
evolução e rendimento escolar. Para tanto, o sistema oferece as respostas
comentadas das atividades propostas, assim que o aluno as desenvolve e as
salva no sistema no qual, automaticamente, abre-se a oportunidade de
verificação e de proficiência. Incentiva-se, também, o aluno a buscar
esclarecimentos e avançar em seu conhecimento, revendo os materiais
disponíveis e recorrendo aos tutores a distância, tutores presenciais e
docentes sempre que necessário. O acesso ao AVA permite ao professor
acompanhar o aluno e ao aluno avaliar o seu progresso nas disciplinas,
atividades, exercícios e trabalhos.
As ferramentas de interação e comunicação com o corpo docente são
compostas por e-mails, chats, fóruns de discussão, utilização do contato
telefônico ou ainda presencialmente (no polo de apoio presencial), por meio
dos professores consultores e/ou tutores presenciais. A partir desses
instrumentos, é possível traçar um perfil das dificuldades vividas pelo aluno e
29
promover orientações individualizadas, materializadas formalmente pelos
docentes e tutores, acompanhando o desenvolvimento do aluno em seu
curso.
Uma vez detectadas dificuldades específicas, promovem-se aulas de
apoio com a disponibilização de material complementar, podendo ser tanto
teleaula quanto texto complementar, assim como um acompanhamento mais
individualizado por parte dos tutores e professores.
A avaliação presencial complementa o processo. Ela é feita
bimestralmente no polo presencial de apoio no qual o aluno está matriculado,
seguindo o calendário acadêmico de cada curso. No formato Sepi II, a
avaliação presencial é semestral.
Para garantir a segurança das avaliações presenciais, a equipe de TI da
UNIP desenvolveu um sistema que permite a randomização das questões de
prova no ato de sua impressão, o que possibilita a confecção de provas com
diferentes questões para cada aluno de um mesmo grupo. Na sede, as
questões de prova são elaboradas por professores, revisadas em seu
conteúdo por uma equipe de professores de apoio e encaminhadas a um
departamento específico que recepciona, organiza e insere as questões no
sistema. A prova é disponibilizada ao polo de apoio presencial apenas nas
datas preestabelecidas pela sede, conforme o calendário acadêmico.
As avaliações presenciais, depois de realizadas, são digitalizadas pelo
polo de apoio presencial e encaminhadas para a sede da Instituição para
serem corrigidas pelos docentes.
O sistema e a logística do processo de avaliação foram verificados por
meio de um projeto-piloto desenvolvido no segundo semestre de 2010 e, em
2011, foram introduzidos, de forma gradativa, nos diferentes cursos.
O detalhamento dos mecanismos do processo avaliativo consta do
Regimento Geral (disponível em: <www.unip.br> ou no Apêndice I).
4.1.4 Gestão acadêmico-administrativa
A secretaria acompanha a vida escolar dos alunos desde o seu ingresso
na IES, orientando os procedimentos relacionados às matrículas e
renovações de matrículas, a verificação da documentação e dos pedidos de
emissão de serviços solicitados pela secretaria virtual. A secretaria controla
também os documentos referentes à conclusão do curso, o encaminhamento
para execução e registro de diplomas, assim como a sua retirada.
30
Para o bom funcionamento da secretaria, foram padronizados alguns
procedimentos. Após a aprovação no processo seletivo, o próprio candidato
deve realizar sua matrícula. Nesse ato, ele recebe o contrato e, ao aceitá-lo,
torna-se responsável pelo acesso ao sistema e pela impressão do boleto. A
matrícula somente é efetivada após o pagamento da primeira parcela do
curso, a entrega do contrato de prestação de serviço educacional
devidamente assinado e a entrega dos documentos pessoais e de
escolaridade.
A UNIP Interativa utiliza, para gerenciamento do sistema de controle
acadêmico, o Lyceum.
4.1.5 Biblioteca
As bibliotecas da UNIP (central, setoriais e dos polos de EaD)
desempenham um importante papel na execução da missão organizacional
da Instituição. O desenvolvimento das coleções das bibliotecas UNIP vem
acompanhando as novas tecnologias da informação, adquirindo acervos
impressos e digitais em vários suportes, como livros, plataformas de leitura
de livro na web, periódicos, DVDs e CD-ROMs, bases de dados nacionais e
internacionais, atendendo às necessidades geradas pelas atividades de
ensino, pesquisa e extensão da Universidade.
As bibliotecas setoriais são controladas por uma unidade central de
informações via intranet (rede privada que utiliza os mesmo recursos da
internet).
Todas as bibliotecas da Instituição são interligadas on-line pela internet,
possibilitando assim o uso pleno dos serviços e recursos por um universo
maior de usuários, durante 24 horas por dia, e respeitando a
descentralização de acervos, necessária devido às diferentes localizações
dos campi.
Para manter o acervo qualitativo e quantitativo bem dimensionado, as
bibliotecas da UNIP têm investido maciçamente na aquisição de livros,
periódicos e material multimídia.
a) Gestão das bibliotecas e do acervo dos polos EaD: a biblioteca sede
da EaD encontra-se na Avenida Torres de Oliveira, 330, no bairro
Jaguaré, cidade de São Paulo, dentro do campus da UNIP denominado
Cidade Universitária. Por meio dela são tomadas as decisões sobre
tratamento técnico, expansão de acervo e serviços oferecidos para os
alunos EaD nos campi UNIP, nas bibliotecas setoriais e polos de apoio
presencial. As bibliotecas setoriais estão localizadas em polos
distribuídos nas capitais dos estados de todo o Brasil. As bibliotecas
31
setoriais dão suporte de catalogação, classificação e de referência para
os polos próximos, além de integrar o seu acervo ao serviço de
intercâmbio de materiais.
b) Serviço de processamento técnico: todo o acervo da UNIP é
registrado em conformidade com os seguintes padrões internacionais:
• Classificação Decimal Universal (CDU);
• Table Cutter-Sanborn;
• Código de Catalogação Anglo-Americano (AACR-2);
• Machine-Readable Cataloging (MARC-21).
c) Informatização do acervo e serviços: o sistema de gestão utilizado é
o Pergamum, que permite o controle do acervo e da circulação em
ambiente on-line, dispensando a necessidade de instalação de
softwares nos polos e possibilitando que a consulta ao catálogo seja
feita a partir de qualquer micro conectado à internet. O sistema
Pergamum integra-se ao Sistema Sisun de Biblioteca, da Biblioteca
Central da UNIP, que foi desenvolvido pela Universidade e deposita os
registros de todos os livros da Instituição, desde os mais antigos até as
coleções raras. O catálogo on-line dos sistemas Pergamum e Sisun
permite consulta por filtros de assunto, autor, título e biblioteca e está
disponível no site acadêmico 24 horas por dia, por meio da internet.
Além de permitir a consulta multicampi, a comunidade da UNIP
presencial e de EaD pode utilizar todos os recursos disponíveis em
qualquer biblioteca da própria mantenedora e instituições coligadas.
Tendo como suporte os sistemas Pergamum e Sisun, o serviço de
referência das bibliotecas UNIP disponibiliza para o corpo discente e
docente presencial e de EaD os seguintes serviços:
• pesquisa bibliográfica;
• orientação e normalização de trabalhos acadêmicos seguindo as
normas da ABNT. Visando o melhor atendimento à demanda desse
serviço, foi elaborado o Guia de Normalização para Apresentação de
Trabalhos Acadêmicos, que está disponibilizado na página da
internet da Instituição:
<http://www.unip.br/servicos/biblioteca/guia.aspx>;
• empréstimo domiciliar;
• renovação on-line (feita pelo próprio aluno por meio da internet);
32
• reserva on-line (feita pelo próprio aluno por meio da internet);
• intercâmbio de material entre bibliotecas (EaD e presencial);
• consulta local;
• elaboração de referências bibliográficas (ABNT);
• Programa de Comutação Bibliográfica (Comut), que visa facilitar a
obtenção de cópias de documentos independentemente de sua
localização (no Brasil ou no exterior), provendo o acesso aos
documentos exclusivamente para fins acadêmicos e de pesquisa;
• treinamento de usuários.
d) Acervo:
• material impresso: atualmente o acervo dos campi da UNIP conta
com mais de 1.000.000 de itens. Além destes, os polos de apoio
possuem cerca de 400.000 itens, podendo o aluno de EaD fazer uso
de material de qualquer um, realizando o empréstimo presencial ou
solicitando o intercâmbio de títulos;
• material on-line: no ambiente on-line, todos os alunos da UNIP
podem acessar os bancos de dados de periódicos, inclusive da
Capes e Ebsco. Recentemente, foram incorporados ao acervo
materiais virtuais de várias editoras, tendo como destaque a
Biblioteca Virtual da Pearson (BV), com cerca de 1.600 títulos, que
podem ser lidos pelos alunos por computador, celular, tablet etc. A
BV permite também a impressão de partes dos livros.
5 ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA
5.1 Coordenação de curso
5.1.1 Estrutura organizacional
A coordenação do curso é exercida pelo coordenador geral, que conta
com o apoio de coordenadores que se encarregam da supervisão acadêmica
da realização dos cursos. Compete a cada coordenador, entre outras
funções, o papel de definir e gerenciar a equipe docente do curso sob sua
responsabilidade.
33
Na educação a distância, há um coordenador que realiza seus plantões
na sede da Unip Interativa. A coordenação de curso conta ainda com o apoio
de líderes de disciplina, competindo a eles, entre outras funções, a
responsabilidade de definir e manter atualizados os planejamentos didáticos
de suas respectivas disciplinas (objetivos, planos de ensino, conteúdos
programáticos, bibliografia etc.).
Os planos de ensino e os planejamentos didáticos completos elaborados
pelos líderes de disciplinas constituem o padrão que é adotado pelo curso,
cabendo às equipes docentes fazer as devidas adequações necessárias. Em
resumo, a coordenação do curso é exercida pela estrutura matricial, por meio
da qual os docentes respondem hierarquicamente para seus respectivos
coordenadores e, em termos funcionais, obedecem às orientações dos
líderes de disciplina. Tanto os coordenadores como os líderes de disciplina
respondem ao coordenador geral do curso.
5.2 Coordenador do curso
A coordenação do curso é exercida por um coordenador designado pelo
reitor e homologado pela mantenedora (Regimento Geral da Universidade,
artigo 23).
Para exercício do cargo de coordenador do curso são exigidos os
seguintes requisitos:
• titulação acadêmica compatível com a sua missão de liderar
educadores do Ensino Superior;
• experiência profissional;
• experiência acadêmica suficiente para permitir uma visão adequada da
realidade do Ensino Superior;
• acompanhamento continuado e abrangente da evolução do mundo,
tanto no que diz respeito às carências das organizações como no que
trata dos avanços nas práticas de gestão;
• capacidade de liderar equipes.
5.3 Composição e funcionamento do colegiado de curso
Dadas as características de atuação multicampi da Universidade, o
colegiado do curso é formado por dois tipos de colegiados complementares
entre si: o colegiado geral e os colegiados locais. O colegiado geral é
composto pelo coordenador do curso e pelos coordenadores, enquanto cada
34
colegiado local é composto pelo coordenador e sua respectiva equipe de
docentes. Ambos os tipos de colegiado contam com uma representação
discente. Os colegiados locais atuam simultaneamente como alimentadores
e disseminadores/multiplicadores das decisões e orientações do colegiado
geral.
Ao colegiado de curso, na forma como ele está instituído e de acordo com
o Regimento Geral da Universidade (artigo 29), compete o seguinte:
• propor e executar atividades e promover a articulação interna e das
relações entre os cursos da mesma área localizados em outros campi;
• aprovar o plano de atividades de curso;
• promover a articulação e a integração das atividades docentes;
• propor providências de ordem didática, científica e administrativa aos
órgãos da administração superior;
• opinar sobre a realização de programas de ensino, pesquisa e
extensão;
• responsabilizar-se pela elaboração de projetos de pesquisa de
extensão na área de competência e coordenar e supervisionar sua
execução;
• desenvolver e aperfeiçoar metodologias próprias para o ensino das
disciplinas de sua competência;
• distribuir encargos de ensino, pesquisa e extensão aos membros do
corpo docente;
• responsabilizar-se pelo oferecimento das disciplinas relacionadas ao
setor específico do saber que define o âmbito de sua competência;
• elaborar as ementas, os programas e os planos de ensino para as
disciplinas de sua competência;
• avaliar o desempenho individual de cada docente;
• participar de programa ou projetos de pesquisa e extensão de natureza
interdisciplinar;
• promover e coordenar seminários, grupos de estudos e outros
programas para o aperfeiçoamento docente;
35
• ao final do semestre, avaliar os programas relativos ao curso;
• constituir comissões especiais para assuntos específicos;
• acompanhar a expansão do conhecimento nas áreas de sua
competência, por meio de intercâmbio com centros de pesquisadores
que desenvolvam trabalhos inovadores e, também, por meio do
incentivo à participação dos docentes em eventos científicos e culturais
nas respectivas áreas de especialização;
• exercer as demais atribuições que se incluam, de maneira expressa ou
implícita, no âmbito de sua competência;
• fazer indicação para admissão do pessoal docente.
Presidido pelo coordenador de curso, o colegiado geral reúne-se
ordinariamente, no mínimo, uma vez por semestre. Cada colegiado local,
presidido pelo respectivo coordenador, também se reúne ordinariamente, no
mínimo, uma vez por semestre. As normas para funcionamento desses
colegiados são as que estão estabelecidas no artigo 31 do Regimento Geral
da Universidade.
5.4 Atenção ao discente
Os polos possuem profissionais com formação universitária específica
para cada área do conhecimento, considerando os cursos ofertados pela
UNIP Interativa. Eles orientam, conduzem e facilitam o processo de ensino-
aprendizagem junto aos alunos. A equipe de apoio é formada por:
a) Coordenador do polo: responsável pelo funcionamento dos processos
administrativos e pedagógicos que se desenvolvem na unidade. O
coordenador deve conhecer os projetos pedagógicos dos cursos
oferecidos no polo de apoio presencial, estar atento às ações previstas
nos calendários, especialmente aquelas que tratam das atividades de
tutoria presencial. Deve, também, zelar pela disponibilidade de
equipamentos e atualização da infraestrutura, viabilizando o
acontecimento das atividades. O coordenador deve ter, no mínimo,
titulação de graduação e formação específica em EaD.
b) Secretaria do polo: responsável pelo atendimento aos alunos do polo
de apoio presencial quanto ao recebimento, conferência e envio de
documentos à secretaria acadêmica da Universidade. É responsável,
também, pela recepção e entrega de documentos solicitados pelo aluno
por meio da secretaria virtual.
36
c) Tutor presencial: o papel do tutor na modalidade EaD é fundamental
para o desenvolvimento dos alunos. Ele deve acompanhá-los quanto ao
entendimento dos conteúdos propostos, desenvolvimento de atividades
e outros aspectos pertinentes ao processo de ensino-aprendizagem.
Os principais meios e mecanismos de interatividade, atendimento,
orientação e suporte da UNIP Interativa são:
• Ambiente Virtual de Aprendizagem: são disponibilizados manuais, aulas
instrucionais, guia do aluno, manuais explicativos, calendário
acadêmico, secretaria virtual, material pedagógico, conteúdos para
nivelamento, fórum e chat;
• secretaria virtual: ferramenta disponibilizada exclusivamente aos
alunos, permite acesso às informações acadêmicas e financeiras, além
de proporcionar permissão para solicitação de serviços e consulta.
Dentro da secretaria virtual, é disponibilizado o Manual de Informações
Acadêmicas;
• material didático impresso: o livro-texto atua como roteiro de estudo e
fomenta reflexões, pesquisas e a sistematização de ideias, incentivando
a continuidade do processo de ensino-aprendizagem no AVA por meio
da realização de exercícios, participação em fóruns de discussão e
chats;
• polo de apoio presencial: são os espaços físicos onde acontecem os
encontros presenciais, orientações de estudos e atividades. Possui
equipe de apoio capacitada para atender às demandas do alunado;
• central de atendimento ao aluno: orienta os alunos sobre os
procedimentos acadêmicos e financeiros, esclarece dúvidas sobre as
atividades a serem desenvolvidas pelos alunos e dá orientação quanto
aos calendários escolares;
• tutoria a distância: acompanha as teleaulas, medeia a interação com os
alunos, auxilia o professor e o coordenador do curso no
desenvolvimento das atividades didáticas e participa dos chats e fóruns;
• participação dos discentes da EaD nas atividades de iniciação
científica;
• parcerias ou convênios da UNIP com prefeituras de vários estados para
a realização de estágios (opcionais) para os cursos superiores de
tecnologia;
37
• disponibilização de palestras on-line à comunidade acadêmica da EaD
e à comunidade em geral;
• disponibilização de softwares gratuitos aos discentes da EaD;
• sistema próprio de postagem de trabalhos acadêmicos e de atividades
complementares;
• acordo de cooperação da UNIP com empresas para a atribuição de
descontos aos alunos.
5.4.1 Apoio aos discentes
O coordenador do polo de apoio presencial realiza o atendimento pessoal
ao aluno e o observa e procura descobrir os obstáculos que o impedem de
ter um resultado favorável no processo de aprendizado.
Se o problema for exclusivamente de aprendizado, o coordenador do polo
de apoio presencial se apoia no coordenador do curso do aluno para um
“programa personalizado de avaliação do estudante”.
Caso o problema seja de ordem psicológica, o coordenador do polo de
apoio presencial atua como um “mediador” junto ao estudante e, muitas
vezes, com os pais do aluno, o encaminha para as clínicas do curso de
Psicologia da UNIP ou mesmo para clínicas específicas, a fim de obter
alguns tipos de tratamentos fora da IES, com o maior sigilo profissional
possível.
6 CORPO DOCENTE E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO
6.1 Formação acadêmica e profissional
O corpo docente é constituído por profissionais cujas trajetórias de
formação e experiências são coerentes com as disciplinas ministradas e com
o projeto do curso.
Os professores são estimulados à educação continuada, tanto pelo
oferecimento, pela UNIP, de cursos de extensão e pós-graduação (com
descontos) como pelo subsídio em participações em eventos e
apresentações e publicações de trabalhos em geral.
A UNIP também oferece programas de apoio à pesquisa, como o
Programa Individual de Pesquisa Docente, que tem por objetivo promover o
desenvolvimento de investigações científicas e destina-se aos professores
38
dos programas de mestrado e/ou integrantes dos grupos de pesquisa da
UNIP que possuam o título de doutor.
No entanto, a atuação do docente ultrapassa os limites dos conteúdos das
disciplinas, pois ele deve estar atento ao cumprimento da missão da UNIP,
com atitudes de “respeito à dignidade da pessoa e aos seus direitos
fundamentais, proscrevendo quaisquer formas de discriminação”.
O corpo docente participa ativamente dos eventos de extensão da
Universidade, tanto em sua concepção como em sua realização, envolvendo
toda a comunidade acadêmica em programas sociais e culturais.
Para ingresso na Universidade, os professores são selecionados
localmente pelos coordenadores, sendo suas indicações submetidas às
instâncias superiores para aprovação. Os requisitos exigidos para a docência
são:
• titulação acadêmica: privilegiam-se os candidatos com melhor titulação,
compatível com as disciplinas a serem ministradas. A titulação mínima
aceitável é a de especialista;
• formação não acadêmica: privilegiam-se os candidatos com maior
formação, ainda que não acadêmica (treinamentos empresariais, cursos
de extensão, cursos de atualização, entre outros);
• experiência acadêmica: privilegiam-se candidatos com maior e melhor
experiência acadêmica;
• experiência profissional: para disciplinas mais específicas, o requisito
experiência é fundamental. Já para as disciplinas de formação geral, a
experiência não é um requisito eliminatório, porém, mesmo assim é
desejado.
6.2 Regime de trabalho
Todos os professores são contratados no regime de Consolidação das
Leis do Trabalho. Conforme constante no PDI da Universidade, o regime de
trabalho do corpo docente está previsto nas seguintes modalidades:
• regime integral: com exigência de 40 horas semanais de trabalho;
• regime em tempo parcial: com exigência de 20 horas de trabalho
efetivo;
• regime de horas-aula.
39
A Universidade Paulista (UNIP) possui plano de carreira docente instituído
em regulamento aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão
(Consepe) e homologado pelo Conselho Universitário (Consuni).
No mencionado Regulamento do Magistério Superior, encontram-se as
atividades atribuídas aos seus integrantes, o regime de trabalho, o quadro de
carreira, as categorias funcionais, as formas de ingresso e promoção e a
remuneração.
O Regulamento do Magistério Superior da Universidade Paulista (UNIP)
discrimina a carreira docente nas categorias funcionais: professor auxiliar,
professor assistente, professor adjunto e professor titular e apresenta os
requisitos para ingressos ou promoção.
No PDI da Universidade Paulista estão relacionados os requisitos
necessários para o ingresso em cada categoria:
• profissionalizante I: o candidato deve possuir escolaridade
correspondente ao Ensino Superior completo (bacharelado ou
equivalente) e experiência mínima de um ano de efetivo exercício de
atividade profissional;
• profissionalizante II: o candidato a essa categoria deve possuir
escolaridade correspondente ao Ensino Superior completo
(bacharelado ou equivalente) e pós-graduação lato sensu
(especialização) completa com o mínimo de 360 horas, conforme
Resolução CNE nº 01/2001, de 3 de abril de 2001, e experiência
mínima de dois anos de efetivo exercício do magistério;
• profissionalizante III: o ingresso nessa categoria deve possuir
escolaridade correspondente ao Ensino Superior (bacharelado ou
equivalente) e pós-graduação stricto sensu (mestrado ou doutorado)
concluídos e aprovados em universidade de reconhecida capacidade
técnica ou possuir, pelo menos, cinco anos de experiência profissional
ou de coordenação em sua área de atuação e experiência mínima de
três anos de efetivo exercício do magistério superior ou no ensino de
formação profissional;
• profissionalizante IV: o ingresso nessa categoria deve possuir
escolaridade correspondente ao Ensino Superior (bacharelado ou
equivalente) e pós-graduação stricto sensu (mestrado ou doutorado)
concluídos e aprovados em universidade de reconhecida capacidade
técnica ou possuir, pelo menos, cinco anos de experiência profissional
40
ou de coordenação em sua área de atuação e experiência mínima de
cinco anos de efetivo exercício do magistério superior.
6.3 A equipe multidisciplinar da UNIP Interativa
A equipe multidisciplinar da UNIP Interativa é responsável pela
organização dos cursos. Ela é composta por:
a) Docente conteudista: profissional especialista que redige o material
didático da disciplina e/ou produz o material para o Ambiente Virtual de
Aprendizagem e/ou grava o conteúdo nas mídias, áudio e vídeo
(quando for o caso).
b) Docente da disciplina: profissional que faz o planejamento da ação
pedagógica, interage e orienta os alunos nos momentos programados,
com os tutores a distância e presenciais, se necessário; elabora os
instrumentos de avaliação do aluno; efetua a correção das questões
discursivas com a equipe de tutores a distância; e organiza e participa
de fóruns e chats.
c) Docente de apoio: profissional que executa diferentes atividades para
complementar o trabalho do docente da disciplina e contribui para o bom
desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem.
d) Docente supervisor: profissional capacitado em EaD que supervisiona
as atividades acadêmicas que permeiam o processo ensino-
aprendizagem junto aos polos.
e) Professor consultor: profissional que acompanha e orienta
presencialmente os alunos nos polos de apoio presencial.
f) Docente coordenador de curso: profissional responsável pela
coordenação de toda a equipe de docentes da área. Conduz, direciona
e orienta os profissionais envolvidos no processo de EaD e trabalha de
forma integrada com o grupo, estimulando a reflexão crítica sobre os
conteúdos e as demais ações.
g) Docente coordenador do polo: profissional responsável por todas as
ocorrências que envolvem o processo acadêmico-administrativo no
polo.
h) Tutor a distância: profissional especializado na área de atuação, que
trabalha diretamente ligado à coordenação do curso e aos docentes.
Auxilia os alunos no processo de ensino-aprendizagem e no uso das
diversas tecnologias como e-mail, telefonia, material didático, Ambiente
41
Virtual de Aprendizagem etc. Em suma, o tutor atua como facilitador do
contato entre o aluno, a instituição e o conteúdo, podendo mediar
discussões com os docentes das disciplinas e com os alunos
devidamente matriculados em tais espaços.
i) Tutor presencial: profissional habilitado na área específica de atuação
e com conhecimento tecnológico. Orienta os alunos com relação ao
Ambiente Virtual de Aprendizagem, de forma síncrona ou não, e os
auxilia na organização dos estudos; facilita a interação dos alunos no
polo; auxilia a realização dos estágios e das atividades complementares
e esclarece os alunos quanto aos procedimentos acadêmicos.
6.4 Apoio didático-pedagógico aos docentes
6.4.1 Apoio didático-pedagógico
A UNIP Interativa dispõe de departamentos que oferecem apoio direto ao
docente, tais como: setor de Revisão (conteúdo e ortografia), setor de
Planejamento (agendamento de teleaulas, treinamento audiovisual aos
novos professores e diagramação do material eletrônico) e Tutoria a
distância (acompanhamento em estúdio das teleaulas e chat-atividade).
6.4.2 Capacitação
A UNIP proporciona aos docentes e ao corpo técnico administrativo a
oportunidade de aprimoramento profissional contínuo, oferecendo desde
curso de capacitação até pós-graduação lato sensu, na modalidade
presencial e a distância, e stricto sensu na modalidade presencial.
A UNIP Interativa dispõe, além do curso de formação em educação a
distância (EaD), cursos de capacitação e aperfeiçoamento, ofertados
exclusivamente aos professores, aos tutores e aos funcionários da UNIP e
dos polos de apoio presencial, com o objetivo de ampliar o conhecimento da
modalidade, bem como de garantir a normatização das informações e
procedimentos utilizados.
6.5 Núcleo Docente Estruturante (NDE)
O Núcleo Docente Estruturante (NDE) é um órgão consultivo de
coordenação didática, que é responsável pela concepção do projeto
pedagógico dos cursos. O NDE tem por finalidade propor, elaborar,
implantar, implementar, atualizar e complementar a política de ensino e sua
execução. São atribuições do NDE:
42
• tomar conhecimento dos Planos Pedagógicos Curriculares e Planos de
Ensino já existentes;
• elaborar o Projeto Pedagógico do Curso, definindo sua concepção e
fundamentos;
• atualizar periodicamente o Projeto Pedagógico do Curso;
• conduzir os trabalhos de reestruturação curricular, sempre que
necessário;
• promover a integração horizontal e vertical do curso, respeitando os
eixos estabelecidos pelo Projeto Pedagógico;
• acompanhar as atividades do corpo docente;
• coordenar a elaboração e recomendar a aquisição de lista de títulos
bibliográficos e outros materiais necessários ao curso;
• sugerir providências de ordem didática, científica e administrativa que
se entendam necessárias ao desenvolvimento das atividades do curso;
• zelar pela regularidade e qualidade do ensino ministrado pelo curso.
Os coordenadores de curso também participarão do NDE sempre que
houver necessidade. Este reunir-se-á, ordinariamente, pelo menos duas
vezes por semestre e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo
coordenador geral. A UNIP, em conformidade com a Resolução Conaes nº 1,
de 17 de junho de 2012, por meio do seu órgão colegiado superior,
normatizou o funcionamento do NDE.
O Regulamento do Núcleo Docente Estruturante (NDE) encontra-se no
apêndice II.
6.5.1 Corpo técnico-administrativo
O corpo técnico-administrativo é constituído por profissionais qualificados
para as funções exercidas.
São selecionados pelo Departamento de Recursos Humanos da entidade
mantenedora, atendendo à solicitação dos numerosos setores de atividades
da Instituição.
Na modalidade EaD, a equipe técnico-administrativa da sede é a
seguinte:
43
• Secretaria – secretária setorial e auxiliares;
• Tesouraria – tesoureira setorial e auxiliares;
• setores de apoio – auxiliares;
• revisores;
• técnicos responsáveis pela inserção do material no Ambiente Virtual de
Aprendizagem (AVA);
• pessoal administrativo responsável pelo agendamento de estúdio,
recebimento de materiais e controle do calendário acadêmico;
• equipe técnica responsável pelo estúdio de gravação e transmissão das
teleaulas, palestras, videoconferências etc.;
• equipe de TI;
• Central de Atendimento – responsável pelo processo seletivo, Secretaria,
Tesouraria e informações gerais;
• Marketing – responsável pela elaboração e divulgação de material
publicitário nas diversas mídias, bem como participação em feiras e
eventos;
• Assessoria – responsável pelo polo de apoio presencial,
supervisionando as atividades acadêmicas e administrativas;
• setor de regulação, avaliação e supervisão;
• Central Lyceum – responsável pelo suporte ao sistema de controle
acadêmico;
• Gráfica e Expedição – responsável pela impressão do material didático
impresso e pelo envio do material para o polo de apoio presencial;
• Recursos Humanos – responsável pela seleção e realocação de
empregados.
6.6 Atividades acadêmicas articuladas com a formação, pesquisa e
extensão
44
Dadas as características do mundo atual, no que diz respeito à evolução
do conhecimento, é obrigação da Universidade orientar e estimular seus
alunos à continuidade dos estudos.
Às atividades de pesquisa e pós-graduação da UNIP, deve caber o papel
de propiciar condições para esse aprendizado continuado, não só
focalizando o aprender conhecimentos existentes, mas estimulando,
também, a produção de novos conhecimentos.
Programa de Iniciação Científica
A Vice-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da UNIP promove
anualmente um concurso que prevê a atribuição de bolsas de Iniciação
Científica UNIP e bolsas de Iniciação Científica Pibic – CNPq para alunos da
graduação e para cursos superiores de tecnologia.
Para participar, o aluno deve procurar um professor da Universidade,
portador de, no mínimo, o título de mestre, que possua conhecimentos na
área em que pretende desenvolver o projeto e solicitar a sua orientação.
Após a aceitação do orientador, o aluno deve apresentar formulário próprio
devidamente preenchido, anexando seu projeto de pesquisa, histórico
escolar da graduação e encaminhá-lo ao setor de pesquisa da Universidade.
As solicitações são julgadas e classificadas por uma comissão, indicada pela
Vice-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UNIP.
Pesquisa
A UNIP incentiva continuadamente a investigação científica pelos seus
grupos de pesquisa e pelos programas UNIP de apoio à pesquisa.
A Universidade Paulista, no biênio 2014-2015, conta com 66 grupos de
pesquisa, 135 pesquisadores voluntários, 45 pesquisadores bolsistas pelo
SANTANDER, 3 pesquisadores registrados no PIBITI e 22 grupos de
pesquisa cadastrados no Diretório dos Grupos de Pesquisa do Brasil do
CNPq, com vasta produção científica atestada por publicações em livros e
periódicos indexados. Os temas desenvolvidos estão relacionados com
cidadania, meio ambiente, aplicações tecnológicas e outros.
Pós-graduação stricto sensu
A Instituição conta com cinco programas de mestrado, nas áreas de
Administração, Comunicação, Engenharia da Produção, Patologia Ambiental
e Experimental e Odontologia, e três programas de doutorado, nas áreas de
Comunicação, Engenharia da Produção e Patologia Ambiental e
Experimental, recomendados pela Capes e reconhecidos pelo CNE/CES.
45
Pós-graduação lato sensu
A UNIP oferece, de forma presencial ou a distância, um conjunto de
cursos de especialização lato sensu, cuja finalidade é permitir aos graduados
um aprofundamento de conhecimentos em áreas específicas. Assim, os
cursos de pós-graduação lato sensu podem ser consultados a qualquer
tempo, no site <http://www.unip.br>.
Projeto de extensão
A Universidade Paulista, por meio da Vice-Reitoria de Extensão
Comunitária, realiza atividades com o objetivo de colaborar com o
desenvolvimento local, regional e nacional. Assim, a Instituição abre suas
portas para a comunidade, no intuito de efetivar seu compromisso com a
melhoria das condições de vida das pessoas, por meio de um saber ligado
aos seus interesses e necessidades.
Para contribuir com essa filosofia, os cursos desenvolvem eventos de
extensão, envolvendo a comunidade nos campi e polos. Escolhe-se um tema
central que abrange as diversas áreas de conhecimento, elaborado pela
coordenação, colocado em prática pelos professores e alunos. Estes são
documentados e posteriormente avaliados quanto ao seu impacto na
comunidade.
O Regulamento de Extensão se encontra no Apêndice II.
7 ORGANIZAÇÃO DO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO
PÚBLICA
7.1 Projeto Pedagógico do Curso
7.1.1 Relevância social do curso
O curso foi concebido para atender a uma demanda por profissionais
experientes na área de gestão e preparados para atuar em um contexto em
constante mudança, nos diferentes níveis da administração pública, direta e
indireta, por meio da criação e do desenvolvimento de novos métodos e
processos, ou como colaboradores na área gerencial. Assim, o Projeto do
Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública se constitui em um
documento concebido por reflexões e propostas realizadas pelo Nucleo
Docente Estruturante que buscam inserir o gestor de maneira proficiente nos
variados setores da administração pública, direta e indireta (autarquias,
fundações e empresas estatais), propiciando à sociedade um profissional
ético e com habilidades gerenciais.
46
A implantação do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública deve
contribuir para a busca da eficácia e da eficiência na prestação de serviços à
sociedade, associada aos desafios impostos pela modernidade, em que as
pessoas/colaboradores tendem a se adaptar de maneira impulsiva e intensa
nas principais transformações aceleradas pelo processo de globalização da
economia.
Costin (2010, p. 40), ao analisar a evolução da administração pública em
nosso país, considerou, como momentos de importantes rupturas e/ou
alterações:
a administração no período em que fomos subordinados à Coroa
Portuguesa;
a permanência de D. João VI e dos nobres portugueses no Rio de
Janeiro, desde 1808;
o Império, nos períodos de D. Pedro I e D. Pedro II, intercalados pelas
Regências, que governaram o país até atingirmos a maioridade do
segundo imperador;
a República Velha, que perdurou desde a proclamação, em 1889, até
a eclosão da Revolução de 1930, que trouxe significativas mudanças
em termos sociais, políticos e econômicos, as quais foram, também,
afetadas pela forte crise internacional e financeira mundial;
a época sob o comando do presidente Getúlio Vargas, como chefe do
Governo Provisório e Legal e do Estado Novo;
o período caracterizado pelo que se chamou de desenvolvimentismo,
quando foi feita importante reforma no Ministério da Fazenda;
o Regime Militar, que vigorou de 1964 a 1985, quando foi realizada a
reforma da administração do setor público, em 1967;
a época da retomada da democracia;
a reforma da gestão pública, em 1995.
47
A Administração Pública, inicialmente constituída sob um regime
patrimonialista, adotou a burocracia idealizada por Max Weber a partir da
Revolução de 1930. Na atualidade, esforços têm sido conduzidos para
adequá-la às modernas correntes de gestão pública, traduzidas pelo Modelo
Gerencial.
Podemos resumir as características do Modelo Patrimonialista:
• não separação entre as propriedades, pública e privada;
• não participação do setor privado nas deliberações e planejamentos
públicos;
• constatação de casos de nepotismo e de corrupção;
• arbitrariedade nos processos decisórios, inclusive por auxiliares e
servidores;
• menor preocupação com questões populares e sociais, e benefícios
eram direcionados a um pequeno grupo de pessoas, de interesse direto
do soberano ou chefe de estado/governo;
• nomeações de pessoas para preenchimento de cargos nas entidades,
por razões de interesse, confiança, troca de favores ou mesmo ligações
familiares;
• não se praticava a divisão do trabalho.
Ainda que conservando alguns princípios da burocracia, o Modelo
Gerencial surgiu na segunda metade do século passado, com o objetivo de
atender ao crescimento e complexidade cada vez maior da administração.
A reforma da administração pública se fazia cada vez mais necessária, de
forma a possibilitar ao cidadão mais e melhores serviços públicos. Era
preciso privilegiar a competição e garantir mais eficiência, refletida em
menores custos e aumento da qualidade dos serviços. Passavam a ser
privilegiados, por exemplo, os aspectos relacionados com definições mais
claras dos objetivos e concessão de maior autonomia para os gestores para
que estes cumprissem as metas pré-estabelecidas.
O modelo preconiza a aplicação dos princípios gerenciais privados no
setor público, via incentivos propiciados pelo fortalecimento da democracia e
a expansão da globalização, física e financeira, econômica e política.
Conforme Paludo (2012, p. 72), “A democracia cobra eficiência, participação
48
nas decisões e accountability governamental, e a globalização traz as
tecnologias de informação e da comunicação, e a competitividade”.
São variadas as especializações requeridas na administração pública,
considerando novas funções e/ou alterações de responsabilidades a cargo
do Estado, inclusive no que se refere a parcerias com entidades do setor
privado.
Os componentes da Administração Pública devem estar aptos a
responder com presteza e eficiência às novas responsabilidades trazidas
pelos seus cargos e funções. Devem, também, ser previstos e realizados os
serviços corretos, que atendam, de maneira eficaz, às necessidades do
cidadão-contribuinte.
E nesse contexto que se faz necessário um curso superior de Tecnologia
em Gestão Pública, para ofertar e construir conhecimentos científicos,
técnicos e práticos de casos reais da realidade do país.
Portanto, é evidente a necessidade de investimento na educação formal
do profissional para atuar nessa área, uma vez que predomina na atualidade
a experiência baseada praticamente na vivência – vivência esta que deve ser
amplamente aproveitada, contribuindo para a comprovação de teorias, além
de promover no meio acadêmico a interação entre as diversas disciplinas e a
troca de conhecimentos entre os acadêmicos.
O curso superior de Tecnologia em Gestão Pública oferecido pela UNIP
foi autorizado pela Resolução Consuni nº 20130919, de 19 de setembro de
2013, cujas cópias encontram-se anexadas ao Sistema e-MEC, no ícone
correspondente à documentação.
Com o pensar voltado à formação prospectiva, antecipando os desafios
que aguardam os egressos, busca-se uma aprendizagem ativa, voltada à
autonomia intelectual, apoiada em formas criativas e estimulantes para o
processo de ensino, formando um profissional comprometido com a
curiosidade epistemológica e com a resolução de problemas da realidade
cotidiana.
Considerando a demanda da sociedade, toda a infraestrutura e os
recursos humanos de que dispõe e também a experiência no uso de
tecnologia de informação e comunicação, a UNIP colocou à disposição da
sociedade o curso superior de Tecnologia em Gestão Pública, nas
modalidades presencial e de educação a distância.
7.1.1.1 Metas do Plano Nacional de Educação (PNE)
49
A participação do segmento de ensino privado no nível superior
aumentou, sobretudo, a partir da década de 1970. Nos últimos 20 anos, esse
segmento responde por quase dois terços da oferta das vagas na educação
superior.
Entre outros, são objetivos do Plano Nacional de Educação (PNE) –
Projeto de Lei nº 13.005 de 25 de junho de 2014 – a promoção humanística,
científica e tecnológica do país, a superação das desigualdades
educacionais com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de
todas as formas de discriminação, a melhoria da qualidade da educação, a
formação para o trabalho e para a cidadania com ênfase nos valores éticos,
e a promoção do princípio democrático da educação pública. Entre as metas
do PNE configuram as seguintes ações:
Elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de
modo a alcançar no mínimo 12 anos de estudo para populações do
campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% mais
pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros
declarados ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e
a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos,
assegurando a qualidade da oferta. A população de universitários
no Brasil ainda é incipiente quando comparada a países como a
Argentina ou o Chile. Por essa razão, é preciso expandir a rede de
universidades e qualificar progressivamente a oferta da educação
superior privada.
Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de
mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no
conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e
cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por
cento) doutores.
A taxa de escolarização bruta na faixa etária de 18 a 24 anos na
educação superior, que mede, percentualmente, o total de matrículas no
Ensino Superior em relação à população na faixa etária teoricamente
adequada para frequentar esse nível de ensino, passou de 16,6 em 2002
para 26,7 em 2009 e a taxa de escolarização líquida na faixa etária de 18 a
24 anos na educação superior, que passou de 9,8 em 2002 para 14,4 em
2009 (IBGE, 2009).
Entretanto, não se pode desconsiderar que o Ensino Superior privado
atende a outras faixas etárias, notadamente dos 25 aos 39 anos, constituídas
por indivíduos que trabalham e procuram, por meio da educação, novas
oportunidades de inserção no mercado de trabalho.
50
Os dados indicam, desse modo, que a taxa de escolarização líquida desse
grupo etário está bastante abaixo do desejável. Estudos indicam que há uma
parte considerável dos jovens de 18 a 24 anos ainda cursando o Ensino Médio
ou a educação de jovens adultos e a taxa de abandono desse grupo etário em
2009 foi de 32,8% (IBGE, 2009). Dessa forma, pode-se dizer que, para se
conseguir a meta de 33%, faz-se necessária uma ação conjunta para atingir
vários problemas.
Além de aumentar a taxa de alunos cursando a educação superior sobre
a população na faixa etária entre 18 e 24 anos, o curso superior de
Tecnologia em Gestão Pública está alinhado com a meta de garantir
qualidade da oferta de matrículas e com os objetivos e metas do Plano
Nacional de Educação no que tange aos seguintes aspectos:
• proporcionar o aumento da oferta de vagas no Ensino Superior para
estudantes na faixa etária de 18 a 24 anos;
• aumentar a qualidade da educação superior pelo acréscimo da atuação
de mestres e doutores nas instituições de educação superior;
• melhorar a articulação entre formação, currículo e mundo do trabalho,
considerando as necessidades econômicas, sociais e culturais do País.
7.1.1.2 Demanda do curso
As mudanças científico-tecnológicas estão se processando com
velocidade cada vez maior nas últimas décadas, exigindo que as entidades e
empresas públicas revisem periodicamente suas estratégias e
procedimentos, principalmente para se adaptarem às novas realidades e
poderem oferecer ao cidadão serviços e produtos de alta qualidade e
capazes de promover, também, a justiça na distribuição dos recursos sociais.
É importante que sejam criadas novas oportunidades de emprego e que
aumente a capacitação e, por consequência, a produtividade do trabalhador
brasileiro, tendo em vista o objetivo de um crescimento sustentável.
Sem dúvida, o país demonstra fortes sinais de crescimento em sua
economia, reforçado pela melhora das condições econômicas, políticas e
sociais, notadamente após a promulgação da Constituição Federal de 1988.
Dessa forma, a atividade empreendedora no Brasil tem como traço
característico uma considerável estabilidade. E quem tem uma enorme
capacidade de ampliar essa capacidade empreendedora é o setor público,
que cada vez mais deve ser envolvido com o crescimento do país, dentro de
uma sociedade operando num regime de liberdade para os diferentes
mercados existentes na economia.
51
Cada indivíduo tenta aplicar seu capital de forma que ele
renda o mais possível. Geralmente, o indivíduo não tem
em vista a melhoria do interesse geral nem sabe em que
medida o está a promover, procurando somente a sua
própria segurança, o seu ganho pessoal. Todavia, é
conduzido por uma mão invisível à promoção de um fim
que não fazia parte de suas intenções iniciais. Na
prossecução dos seus interesses, o indivíduo está,
frequentemente, a beneficiar a sociedade de um modo
mais eficaz do que quando pretende fazê-lo
intencionalmente (SMITH, 1981, p. 758).
A explicação para o aumento de negócios nascentes é uma tarefa
complexa; todavia, inferências pertinentes podem ser consideradas, como o
aspecto social, em que se colocam em destaque a valorização e o elevado
status da carreira empreendedora do ponto de vista da sociedade brasileira,
criando assim um pressuposto cultural favorável.
Dá-se ênfase, então, à oferta do curso superior tecnológico em Gestão
Pública quando se avalia a proporção dos brasileiros que possam atender
aos desafios e oportunidades da nova realidade, brasileira e mundial.
O curso superior de Tecnologia em Gestão Pública da UNIP vem atender
a essas inúmeras demandas que se apresentam na contemporaneidade e
proporcionar um ensino de qualidade, ético e diferenciado, por meio de
critérios de planejamento e organização, que se dinamizam e inovam em sua
aplicação na correlação dos núcleos de ensino aprendizagem: gestão
estratégica e processos nas diferentes áreas públicas, desde as entidades
constituintes da administração direta até as funções executadas em
fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.
Com o intuito de estimular e contribuir para a preparação de mão de obra
especializada e indispensável à política de desenvolvimento nacional, o
tecnólogo em Gestão Pública tem por finalidade, na modalidade a distancia,
assegurar que o academico possa ter:
I – conhecimento teórico dos processos do ambiente;
II – visão crítica e ampla da realidade economica, política e cultural da
região onde vai atuar profissionalmente, identificando os sistemas de
operação e gestão utilizados;
III – conhecimento acerca das ferramentas tecnológicas, conceituais e
sociais disponíveis para aplicação no processo de gestão da área pública; e
52
IV – conhecimentos, habilidades, competencias e atitudes que levem a
uma administração eficaz das entidades e empresas públicas, em face das
demandas e exigencias dos seus pares e dos agentes do mercado.
7.1.1.3 Histórico do curso
Conforme já apresentado detalhadamente no item 1.8, quando abordada
a base legal da modalidade presencial, os cursos de tecnologia tiveram sua
origem na década de 1970, com a abertura dada pelo artigo 18 da Lei nº
5.540, de 28 de novembro de 1968.
Até a década de 1980, a formação profissional se limitava ao treinamento
para a produção em série e padronizada. Com o tempo, as organizações
produtivas sofreram impactos provocados pelo frequente emprego de novas
tecnologias que, via de regra, altera hábitos, valores e tradições que pareciam
imutáveis.
Os grandes avanços de produtividade são impulsionados pela melhoria da
gestão empresarial, assim como pelo progresso científico e tecnológico.
Em razão dessas oportunidades, o oferecimento dos cursos superiores de
tecnologia ganhou um impulso após a prolação do Parecer CNE/CES nº
436/2001, de 2 de abril de 2001, que disciplinou a educação para o trabalho.
Sempre atenta às demandas da sociedade, a UNIP engajou-se na
implantação dos cursos superiores tecnológicos em 2003, passando a
oferecer a oportunidade da obtenção do diploma de tecnólogo nos cursos de
Gestão Empreendedora, Gestão em Marketing, Gestão Financeira, Gestão
Mercadológica, Gestão de Recursos Humanos e Sistemas da Informação.
A partir de 2014, a UNIP passou a oferecer o curso de Tecnologia de
Gestão Pública, na modalidade à distância, autorizado pela Resolução
Consuni nº 20130919, de 19 de setembro de 2013.
7.1.2 Concepção de educação
A realidade conceitual assumida coloca a Universidade Paulista no papel
de estimuladora do processo educacional. Ela inclui, em sua missão,
objetivos e, em seus projetos pedagógicos, os elementos que confirmam a
sua vocação de agente disseminadora de conhecimentos, multiplicadora de
processos e incentivadora de pesquisas, em busca de avanços que
possibilitam progresso e evolução da sociedade, em um mundo cheio de
necessidades imediatas, vitais para a sua própria sobrevivência, com as
preocupações de inclusão social, redução da miséria e consideração da
53
diversidade social, como força capaz de edificar mais segurança e mais
justiça social.
Como integrantes da sociedade, os alunos devem ser estimulados e
conscientizados da importância e da necessidade de assumir ativamente o
processo de apropriação do conhecimento e da inserção no mercado de
trabalho, na condição de agentes transformadores e formadores de novas
gerações, por intermédio da aquisição de competências.
7.1.3 Concepção do curso
O curso superior de Tecnologia em Gestão Pública da Universidade
Paulista caracteriza-se pela visão sistêmica estabelecida pelo enlace das
disciplinas e pela indissociabilidade entre a teoria e a prática.
Outro diferencial a ser destacado é que o programa do curso é
provocativo em relação ao exercício do pensamento sistêmico. Ele é uma
abordagem da realidade que contrapõe o reducionismo mecanicista proposto
anteriormente pelos filósofos da Revolução Científica do século XVII, como
Descartes, Bacon e Newton. O pensamento sistêmico em hipótese alguma
nega a racionalidade científica, porém, defende que deve ser desenvolvido
concomitantemente a conceitos subjetivos, que não podem ser simplesmente
descartados e desconsiderados. Ele inclui per se a interdisciplinaridade.
Segundo Peter Senge (1995, p.18), o raciocínio sistêmico se dá pela
organização que aprende. O desenrolar da visão sistêmica acontece pelo
domínio pessoal, da elaboração de modelos mentais, do estabelecimento claro
de objetivos comuns (ou seja, visão compartilhada) e do aprendizado em
grupo. Embasado nesse conceito, o curso contempla o intitulado Projeto
Integrado Multidisciplinar, que propicia a instigação à pesquisa, a evidenciação
dos enlaces disciplinares e sua aplicação como objeto de estudo uma empresa
real.
Para Feuerbach (apud MARX; ENGELS, 1986, 98), práxis é a atitude
(teórico-prática) humana de transformação da natureza e da sociedade. Não
basta conhecer e interpretar o mundo (teórico), é preciso transformá-lo
(práxis). Em completude à distinção do curso, a indissociabilidade entre a
teoria e a prática se dispõe na escolha de empresas reais como objeto de
estudo e na aplicação das atividades complementares vinculadas ao
cotidiano.
Considerando as características específicas do curso superior de
Tecnologia em Gestão Pública, ele tem seu currículo elaborado de modo a
contemplar as competências profissionais definidas para a área profissional.
A carga horária e a infraestrutura propostas estão em sintonia com o
54
Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia, respaldado no
Decreto nº 5.733 e na Portaria nº 1.024, ambos de maio de 2006. Ele está
inserido no eixo tecnológico Gestão e Negócios e foi concebido observando-
se as características socioeconômicas da realidade nacional, atendendo às
necessidades educacionais e profissionais, além de se orientar pelo
Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia, nas
especificidades da área, conforme pode ser visto nos objetivos do curso e
nos Referenciais de Qualidade para Educação Superior a Distância,
publicados pela SEED/MEC.
7.1.4 Objetivo do curso
O curso superior de Tecnologia em Gestão Pública tem por objetivo
principal capacitar o discente a empreender, atuar e gerenciar pequenas,
médias e grandes unidades e empresas da administração pública;
desenvolver a elaboração do planejamento, implantação e controle de
projetos; e apropriar-se dos conhecimentos aplicados aos recursos humanos,
mercadológicos e operacionais.
São objetivos específicos:
I. Demonstrar e desenvolver habilidades na gestão de atividades
executadas em unidades da administração pública, direta e indireta
(incluídas as fundações, autarquias e empresas).
II. Desenvolver a competencia quanto à análise de processos
administrativos e produtivos e de gestão, logística e distribuição,
visando a sua otimização e ao uso racional de recursos, considerando a
sustentabilidade social e o melhor atendimento do contribuinte-cidadão.
III. Estimular o empreendedorismo e a inovação como foco da atuação
profissional.
IV. Preparar gestores que possam identificar a importancia das modernas
técnicas de administração, não só para as grandes, mas, também, para
as pequenas e médias entidades, visando a um desenvolvimento
sustentável.
V. Propiciar a integração do ensino com as práticas de extensão
universitária, através da participação/elaboração e disseminação de
projetos de extensão desenvolvidos a partir de conhecimentos teórico-
práticos desenvolvidos pelo corpo docente e academico do curso.
55
VI. Proporcionar conhecimentos teóricos e estimular a prática acerca da
elaboração, viabilização e monitoramento de soluções tecnológicas
para o desenvolvimento dos serviços.
VII. Qualificar profissionais nas atividades inerentes à administração
pública, através do conhecimento de novos conceitos técnico-
científicos, pela simulação de situações e por estudo de casos.
VIII. Relacionar a capacidade analítica e empreendedora do profissional
com a forma de melhor identificar oportunidades de racionalização nas
diversas áreas da administração pública.
7.1.5 Perfil do egresso
O conceito de competências essenciais, introduzido no ambiente
educacional a partir da LDB de 1996, refere-se àquilo que o aluno deverá
aprender e incorporar ao seu perfil profissional, a fim de que possa se
integrar ao mercado de trabalho, devidamente capacitado para assumir as
funções que lhe forem confiadas.
Como integrantes da sociedade, os alunos devem ser estimulados e
conscientizados da importância e da necessidade de assumir ativamente o
processo de aplicação do conhecimento e da inserção no mercado de
trabalho, na condição de agentes transformadores e formadores de novas
gerações, por intermédio da aquisição das competências.
O curso superior de Tecnologia em Gestão Pública pretende formar
profissionais com habilidades e atitudes empreendedoras, atuando em
diferentes setores das administrações dos três níveis da federação
(executivo, legislativo e judiciário), através da gestão dos recursos
disponíveis e aplicando as funções de planejamento, organização, direção e
controle para alcançar resultados positivos. Entre as atividades a cargo do
gestor público, podem ser identificadas:
• definição de orçamentos para a produção de produtos e serviços;
• definição e acompanhamento das licitações de produtos e serviços;
• acompanhamento do orçamento e comparação com os resultados
esperados;
• atendimento ao público;
• gestão do pessoal;
56
• gestão de materiais.
O egresso da UNIP deverá possuir comportamento ético, que supõe
respeito, compromisso com o outro, sigilo nas relações profissionais,
honestidade e sociabilidade com relação ao público envolvido na sua
atividade profissional, empenhando-se na construção da cidadania. Quanto
às áreas de atuação profissional, estará apto a atuar em decorrência da sua
formação humanística e visão global que o habilita a compreender o meio
social em seus aspectos político, econômico e cultural em que está inserido
e a tomar decisões.
Ao egresso do curso caberá o compromisso de se manter atualizado,
compartilhando e disseminando conhecimentos sobre Administração Pública,
e, ainda, ser capaz de empreender e desenvolver competências para a
inovação e a criação de alternativas para toda e qualquer situação na área.
Para que o egresso alcance o perfil esperado, o curso superior de
Tecnologia em Gestão Pública proporcionará meios para o desenvolvimento
das seguintes competências:
I. Analisar cenários e identificar oportunidades e alternativas de
racionalização de recursos para viabilização da operação da entidade
pública.
II. Analisar e discernir a conjuntura economica, bem como dimensionar o
impacto social das atividades a cargo do setor público, de forma a atuar
de maneira proativa no processo de tomada de decisões pertinentes ao
setor.
III. Aplicar conhecimentos para solucionar problemas relacionados com os
eventuais “gargalos” tecnológicos.
IV. Compreender os princípios, conceitos, importancia e a visão sistemica
da administração pública.
V. Desenvolver padrões de qualidade e gerenciar custos nos processos
produtivos das entidades do setor público, atendendo a legislação
vigente.
VI. Elaborar e implementar planos de negócios, utilizando métodos e
técnicas de gestão.
VII. Elaborar projetos viáveis e sustentáveis do ponto de vista
economico, ambiental e social em unidades e empresas do setor
público.
57
VII. Identificar as diferentes etapas dos processos de trabalho da área
pública, bem como entender a sua dinamica.
VIII. Planejar, gerenciar e executar ações que contribuam para a
otimização dos trabalhos e a utilização de matérias-primas e insumos
de produção.
IX. Utilizar métodos de análises para avaliação técnica e economica de
entidades e empresas públicas.
X. Atuar com ética e responsabilidade socioambiental.
7.1.6 Estrutura curricular
A estrutura curricular do curso superior de Tecnologia em Gestão Pública
da UNIP observa as determinações legais presentes na Resolução CNE/CP
nº 03/2002, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a
Organização e o Funcionamento dos Cursos Superiores de Tecnologia, nos
Pareceres CNE/CES nº 436/2001 e CNE/CP nº 29/2002, homologados pelo
Ministro da Educação, em 12 de dezembro de 2002.
Os princípios filosóficos, legais e pedagógicos que orientam a concepção
e organização dos cursos superiores de tecnologia derivados do eixo
tecnológico gestão e negócios estão presentes na estrutura curricular do
curso superior de Tecnologia em Gestão Pública da UNIP.
Pautado no eixo demonstrado anteriormente, o curso superior de
Tecnologia em Gestão Pública definiu três núcleos norteadores para a
estrutura curricular, considerando a ausência de pré-requisito em função da
escolha em manter uma estrutura com base nos princípios de flexibilidade,
interdisciplinaridade, contextualização, atualização com o mundo do trabalho
e articulação da teoria com a prática, possibilitando a aquisição de
competências profissionais e a compreensão do processo tecnológico e
incentivando o desenvolvimento da capacidade estratégica.
Os núcleos norteadores são: formação geral (NFG), gestão estratégica
(NGE) e gestão pública (NGP).
Esses núcleos são trabalhados de forma inter-relacionada e estruturada,
proporcionando o estabelecimento de disciplinas que contemplem a área de
Gestão Pública e considerando o enlace necessário da teoria à prática.
O núcleo formação geral tem a finalidade de proporcionar ao alunado da
UNIP a construção de conhecimento sobre âmbitos gerais que permeiam sua
58
vida profissional e social, como cidadãos conscientes, críticos e reflexivos.
Possibilitam, ainda, o pensamento em soluções inovadoras, a partir de
indagações e processos de instigação.
As disciplinas que pertencem a esse núcleo permitem aos alunos
desenvolverem competências para analisar, perceber e diagnosticar
situações empresariais e seus impactos sociais, sendo imprescindíveis ao
gestor para o melhor direcionamento do negócio.
Fazem parte desse núcleo as disciplinas:
• Contabilidade.
• Desenvolvimento Sustentável.
• Economia e Mercado.
• Estatística Aplicada.
• Ética e Legislação: Trabalhista e Empresarial.
• Fundamentos de Administração.
• Matemática Financeira.
• Matemática Aplicada.
• Recursos Materiais e Patrimoniais.
• Técnicas de Informática.
O núcleo gestão estratégica tem o objetivo de unificar estudos que
busquem a precisão, a lógica, o empreendedorismo e a ética profissional
para que os alunos tenham a possibilidade de desenvolver competências
pautadas em planejamento, conhecimento e gestão. Também busca a
integração de campos de estudos dos mercados, no âmbito nacional e
internacional, para instigar o aluno à procura por alternativas criativas que
possam aproveitar oportunidades e transformar ameaças, para buscar novos
nichos de mercado e o avanço das organizações.
Nesse núcleo estão estruturadas as disciplinas que possibilitam o
entendimento e a mensuração de subsídios que auxiliem a tomada de
decisão e estabelecimento de estratégias necessárias para a evolução das
organizações. Também fazem parte as disciplinas que proporcionam o
aprendizado para a construção de diagnósticos, análise de cenários, visão
59
empreendedora, criatividade, transparência, ética, sistematização e
gerenciamento. Nesse núcleo, estão ainda as disciplinas que são
estruturadas pelo conhecimento e reconhecimento do mercado, no
comportamento dos agentes envolvidos e nas pesquisas para levantamento
de informações precisas que possibilitem o melhor aproveitamento dos
mercados. As disciplinas que se relacionam com esse núcleo são:
• Gestão Pública e Políticas Públicas no Brasil.
• Planejamento Urbano e Ambiental.
• Plano de Negócio.
• Planejamento Estratégico.
• Introdução à Teoria do Estado.
Estão estruturadas no núcleo gestão pública as disciplinas que
proporcionam aos alunos da UNIP entendimento sobre as peculiaridades da
administração de entidades da administração pública, direta e indireta, como
autarquias, fundações etc., e de empresas constituídas sob a forma de
economia mista.
O núcleo gestão pública visa à melhoria da comunicação interna e
externa das entidades, colocando como foco as relações interpessoais e
considerando os indivíduos em seus diferentes papéis – seja o de cliente,
empregado ou fornecedor –, para a construção de vínculos que provoquem
um estreitamento nas relações entre os agentes sociais. Estão inter-
relacionadas com os objetivos desse núcleo as disciplinas:
• Análise e Encaminhamento de Projetos Públicos.
• Captação e Gerenciamento de Recursos.
• Comunicação Empresarial.
• Controle e Auditoria Pública.
• Dinâmica das Relações Interpessoais.
• Finanças e Orçamentos Públicos.
• Licitações e Contratos Públicos.
• Recursos Humanos na Administração Pública.
60
• Sistemas de Informação no Setor Público.
É importante ressaltar que a estrutura curricular do curso, em
conformidade com os parâmetros da Universidade Paulista, não apresenta
os conhecimentos como simples unidades isoladas de saberes, uma vez que
se inter-relacionam nos núcleos norteadores da estrutura curricular e
contrastam, complementam, ampliam e influem uns nos outros. Disciplinas
não são meros recortes do conhecimento, por isso são organizadas de forma
didática, com a apresentação de aspectos comuns em termos de bases
científicas, tecnológicas e instrumentais, que fazem parte de um contexto
maior.
Nesse contexto, o coordenador de curso desempenhará um papel
integrador e organizador na implantação da estrutura curricular, planejada
conjuntamente com o NDE e com o corpo docente, buscando favorecer a
correlação dos conteúdos. No dimensionamento da carga horária de cada
componente curricular, buscou-se a adequação ao desenvolvimento dos
conteúdos programáticos previstos.
Reforçando, ainda, o princípio de interdisciplinaridade, teorização e
contextualização das disciplinas, são previstos Projetos Integrados
Multidisciplinares e atividades complementares, que serão detalhados nos
próximos itens deste Projeto Pedagógico.
7.1.7 Atividades complementares
As atividades complementares estão contempladas na organização/matriz
curricular de todos os cursos superiores de tecnologia da Universidade
Paulista. As atividades complementares são componentes obrigatórios,
constituídos por toda e qualquer atividade não prevista no desenvolvimento
dos currículos dos cursos superiores de tecnologia da UNIP Interativa, desde
que adequada à formação acadêmica e ao aprimoramento pessoal e
profissional do aluno, vinculadas ao ensino, à pesquisa ou à extensão.
Devem possibilitar o reconhecimento, por avaliação, de habilidades e
competências fora do ambiente escolar, estimulando a prática de estudos
transversais, opcionais, interdisciplinares, de constante atualização
profissional, relacionadas, sobretudo, nas relações de trabalho estabelecidas
durante os cursos e integradas principalmente com as especificidades e
singularidades regionais e locais em que a Instituição está inserida.
Os alunos do curso superior de Tecnologia em Gestão Pública devem
integralizar, ao longo do curso, 120 horas de atividades complementares
conforme estabelecido no projeto pedagógico.
61
Objetivos
O objetivo é desenvolver nos estudantes a oportunidade de realizar, em
prolongamento às demais atividades do currículo, uma parte de sua trajetória
de forma autônoma e particular, trabalhando conteúdos diversos que lhe
permitam enriquecer o conhecimento propiciado pelo curso de graduação.
Constituem objetivos gerais a serem alcançados com o desenvolvimento
das atividades complementares nos projetos pedagógicos dos cursos:
• Complementar a formação profissional, cultural e cívica do aluno pela
realização de atividades extracurriculares obrigatórias, presenciais ou a
distância.
• Contribuir para que a formação do futuro egresso seja generalista,
humanista, crítica e reflexiva.
• Despertar o interesse dos alunos para temas sociais, ambientais e
culturais.
• Estimular a capacidade analítica do aluno no estudo e na avaliação de
situações novas.
• Auxiliar o aluno na identificação e resolução de problemas, com uma
visão ética e humanista.
• Integrar alunos de cursos distintos e ampliar seu escopo de interesses.
• Incentivar o aluno na participação de projetos e ações sociais.
• Promover situações que exijam posturas de tomadas de iniciativas e
revelem o espírito empreendedor dos alunos.
• Compartilhar o conhecimento e a vivência acadêmica com as
comunidades externa e interna.
• Incentivar procedimentos de investigação científica.
Essas atividades abrangem um leque de alternativas, incluindo palestras,
leituras, atividades culturais (filmes, peças teatrais, coral), cursos de
extensão, exposições, feiras, eventos cinematográficos, competições
esportivas, fóruns de discussão, conferências, workshops, visitas ligadas à
área de abrangência do curso ou quaisquer outras atividades de cunho
pedagógico que sejam de interesse do aluno. Essas atividades serão
62
realizadas em dias e horários convenientes aos alunos e poderão ter relação
direta ou indireta com o curso.
Segue a listagem das atividades oferecidas nos cursos superiores de
tecnologia:
• Visitas técnicas (empresas e museus – parte administrativa – visão de
empresa/estrutura).
• Atividades científicas (participação em congressos, seminários,
palestras, defesas de dissertação e tese).
• Atividades culturais (filmes – acervo próprio e/ou cinema, teatro, teatro
infantil, shows, feiras, exposições, patrimônios culturais, cidades
históricas, museus, memoriais etc.).
• Atividades assistenciais (voluntariado).
• Palestras TV WEB (para acessar as palestras da TV WEB, acesse o
site <www.unip.br>, clique no link TV WEB e escolha as palestras).
• Palestras ao vivo no polo de apoio presencial.
• Atividades esportivas (torneios, jogos, cursos de dança etc.).
• Produção acadêmica (artigos publicados em jornais e/ou revistas –
trabalho feito pelo aluno e publicado).
• Cursos extracurriculares (línguas, extensão, treinamento, disciplinas
optativas).
• Visitas a instituições (incluindo escola-modelo, creches, berçários, Sesi,
Sesc, Senac, Senai, ONGs com assistência educacional, laboratórios
de pedagogia – microensino e multimeios –, hospitais e clubes com
brinquedoteca).
• Participação em fóruns (participação em fóruns de discussão).
• Leituras (livros, materiais publicados em jornais, revistas ou periódicos
e artigos referentes ao curso ou disciplina).
• Estágios (remunerados ou não remunerados) apenas para os cursos de
gestão.
63
O regulamento das atividades complementares está disponível no
apêndice II.
7.1.8 Interdisciplinaridade: Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM)
O PIM assume o objetivo geral de reforçar a proposta da Universidade
Paulista na formação de profissionais com visão gerencial sobre negócios e
que estejam aptos à realidade do mercado de trabalho, desenvolvendo a
potencialidade e a expressão do aluno, bem como seu conhecimento técnico
específico. As características dos conteúdos que serão utilizadas para a
realização do PIM seguem as especificidades de cada curso.
O curso superior de Tecnologia em Gestão Pública prevê na matriz
curricular o desenvolvimento de Projetos Integrados Multidisciplinares (PIMs),
a serem realizados em 100 horas a cada período letivo, perfazendo ao final
do curso um total de 400 horas.
O Projeto Integrado Multidisciplinar é uma concepção de ensino e
aprendizagem que pressupõe uma postura metodológica interdisciplinar a
ser adotada pela Instituição, envolvendo professores e alunos. Tem como
objetivo proporcionar uma articulação entre os componentes curriculares que
integram os diversos períodos, na perspectiva de contribuir para o exercício
da interdisciplinaridade e para a construção da autonomia intelectual dos
estudantes, por meio da associação do ensino com a pesquisa, assim como
da teoria com a prática.
Dessa forma, a implantação de Projetos Integrados Multidisciplinares em
todos os períodos do curso superior de Tecnologia em Gestão Pública visa,
sobretudo, à inter-relação dos saberes desenvolvidos no contexto dos
componentes curriculares em cada período letivo, contribuindo para a
construção da autonomia intelectual dos alunos mediante a construção da
unidade ensino-pesquisa, assim como desenvolver e/ou aprofundar o sentido
da responsabilidade social e profissional, uma vez que os projetos estarão
vinculados à busca de soluções para as questões locais, regionais e
nacionais, potencializando o uso social das tecnologias.
A realização do Projeto Integrado Multidisciplinar se encaminha para a
construção de uma postura condizente com a realidade contemporânea, que
tende a ver nos conteúdos os instrumentos necessários para responder a
questões formuladas pelos alunos e professores, diante de situações
problemáticas surgidas no decorrer dos processos de ensinar e de aprender.
Nesse sentido, não são os conteúdos que devem gerar os projetos de
estudo, mas são os projetos que darão significado e importância à eleição
dos conteúdos curriculares. Com o desenvolvimento do Projeto Integrado
Multidisciplinar, a forma de aprender e de ensinar mostrar-se-á tão
64
importante quanto os componentes curriculares, porque se aproxima da
forma como os alunos e os professores deverão atuar no mundo real, agindo
positivamente na solução de problemas técnicos, sociais, políticos e
econômicos.
O desenvolvimento de projetos objetiva, também, tornar os processos de
ensino e aprendizagem mais dinâmicos, interessantes, significativos, reais e
atrativos para os alunos e professores, englobando conteúdos e conceitos
essenciais à compreensão da realidade social, em geral, e do mundo do
trabalho, em particular, assim como suas inter-relações, sem a imposição de
conteúdos e conceitos de forma fragmentada e autoritária. Assim, alunos e
professores saberão construir juntos os seus próprios conhecimentos,
superando os saberes cotidianos em razão de novos conhecimentos
científicos, construídos com autonomia intelectual.
A execução coletiva de projetos visa contribuir para que o futuro tecnólogo
em Gestão Pública exerça sua profissão de forma complexa, competente e
inovadora, pois os conhecimentos deixarão de ser vistos de maneira
disciplinar e isolada, passando a ser considerados numa perspectiva inter e
multidisciplinar.
Para a realização de cada projeto integrado, é fundamental que se
cumpram as fases especificadas a seguir:
Intenção: essa fase é fundamental, pois dela depende todo o
desenvolvimento e organização do Projeto Integrado Multidisciplinar.
Inicialmente, os professores de cada período, juntamente com o coordenador
do curso, com base na reflexão sobre os objetivos e finalidades das
disciplinas e nas necessidades de aprendizagem, definem os componentes
curriculares que deverão compor o Projeto Integrado Multidisciplinar. Com
isso, os professores instrumentalizar-se-ão para problematizar o conteúdo e
direcionar as curiosidades e os interesses dos alunos para a concepção
do(s) projeto(s) e, conjuntamente, como primeiro passo, escolher os temas
significativos a serem problematizados e questionados.
Preparação e planejamento: após a definição do(s) tema(s), é feito o
planejamento estabelecendo as etapas de execução. Alunos e professores
identificam as estratégias possíveis para atingir os objetivos propostos;
coletam materiais bibliográficos necessários ao desenvolvimento da temática
escolhida; organizam os grupos e/ou duplas de trabalho por suas indagações
afins e suas respectivas competências, podendo ser organizados grupos
com tarefas específicas; e buscam informações em livros, internet e outras
fontes. A partir desse ponto, selecionam uma instituição para o contexto da
pesquisa; organizam instrumentos de investigação; programam a coleta de
dados; analisam resultados e escrevem relatórios; definem a duração das
65
pesquisas; buscam outros meios necessários para a solução das questões
e/ou hipóteses levantadas na fase anterior; e aprofundam e/ou sistematizam
os conteúdos necessários ao bom desempenho do projeto. Em conjunto,
alunos e professores planejam a divulgação do projeto, bem como a
apresentação dos resultados da pesquisa.
Execução ou desenvolvimento: nessa fase, ocorrem as atividades
programadas na busca de respostas às questões e/ou hipóteses definidas
anteriormente. Os alunos e os professores criam um espaço de confronto
científico e de discussão de pontos de vista diferentes, pois são condições
fundamentais para a construção do conhecimento. O aluno, com a
participação ativa do professor-orientador da turma, precisa se sentir
desafiado a cada atividade planejada.
Resultados: após a associação entre ensino e pesquisa, espera-se que o
professor contribua para a construção da autonomia intelectual dos futuros
graduados, avaliando os conteúdos ou saberes que foram desenvolvidos de
maneira integrada por meio de projetos de ensino e aprendizagem,
oportunizando ao aluno a verbalização de seus sentimentos sobre o projeto e
o surgimento de interesses que podem proporcionar novos temas e, por
conseguinte, novos projetos a serem desenvolvidos nos períodos
subsequentes.
Os Projetos Integrados Multidisciplinares devem ser pensados e
elaborados conjuntamente entre alunos e professores de cada período,
considerando os princípios que norteiam o perfil profissional específico do
curso superior de Tecnologia em Gestão Pública.
O desenvolvimento dos Projetos Integrados Multidisciplinares é
supervisionado pelo coordenador do curso. Eles se constituem em uma
concepção e postura metodológica assumida pela UNIP, voltadas ao
envolvimento de professores e alunos na busca da interdisciplinaridade.
Constituem-se fases distintas para a realização de um Projeto Integrado
Multidisciplinar: a intenção, a definição do tema, a execução, o
acompanhamento e a avaliação.
Para os Projetos Integrados Multidisciplinares, será designado um
professor orientador e um tutor do polo na EaD, que destinarão carga horária
para a discussão, o acompanhamento e a orientação dos respectivos
projetos.
Os Projetos Integrados Multidisciplinares serão desenvolvidos em todos
os períodos do curso, devendo ser iniciados e concluídos dentro de um
mesmo período letivo, cabendo ao colegiado de curso a definição do número
66
de componentes curriculares envolvidos em cada um, no qual três é a
quantidade mínima.
Cada projeto integrado será concebido em forma de um trabalho que o
aluno deve entregar no final do período. Esse trabalho envolverá os
conteúdos desenvolvidos em disciplinas preestabelecidas e que formam a
base sustentável do curso, componentes curriculares da área de Gestão
Pública.
O elenco de componentes curriculares envolvidos nas atividades
relacionadas ao Projeto Integrado Multidisciplinar poderá ser alterado pelo
colegiado de curso, por sugestão discente, docente ou da coordenação de
curso; assim sendo, tais projetos a serem realizados não serão,
necessariamente, sempre os mesmos para as novas turmas que
ingressarem, imprimindo um caráter inovador às mudanças da área
profissional.
O cronograma do Projeto Integrado Multidisciplinar, com datas de
interesse, prazos e normas operacionais, deverá ser disponibilizado aos
alunos no início do período letivo e em calendário acadêmico e manuais
disponíveis no AVA.
Os Projetos Integrados Multidisciplinares são articulados de forma
horizontal e vertical, de modo que possam contribuir para a prática
profissional.
Para a avaliação do trabalho, os professores avaliadores adotam alguns
critérios, tais como: qualidade do trabalho, funcionalidade, praticidade,
soluções encontradas, aplicação das normas ABNT, desenvolvimento dos
elementos textuais, aderência da teoria e da prática, abordagem das
disciplinas em vigor, conteúdos sobre o aspecto da educação ambiental e
realização de pesquisas consistentes.
Cada trabalho é avaliado pela apresentação submetida ao professor-
orientador e sua nota pode variar de 0 a 10.
O padrão de desenvolvimento dos projetos integrados deverá ser
sugerido pelo colegiado de curso e aprovado pelo Conselho de Ensino,
Pesquisa e Extensão da UNIP.
O Regulamento do PIM e o Manual Geral de Orientações estão
disponíveis respectivamente no apêndice II.
7.1.9 Estudos Disciplinares
67
Tomando-se como base a história da humanidade, vê-se que as
necessidades humanas acompanham as mudanças promovidas pela
sociedade na qual está inserida, aliás, cumprindo de forma ímpar o papel da
ciência.
Diante dessa premissa, entre outras medidas, emergiu dessa reflexão a
necessidade de introduzir, no currículo dos cursos superiores tecnológicos,
unidades de estudos diferenciadas que contribuam para o desenvolvimento
de competências interdisciplinares, na busca da formação de um profissional
que possa responder a tais necessidades, ou ao menos à maioria delas.
Nesse contexto estão inseridos os Estudos Disciplinares (ED)
fundamentados no inciso II do artigo 53 da Lei nº 9.394/96.
Art. 53. No exercício de sua autonomia, são asseguradas
às universidades, sem prejuízo de outras, as seguintes
atribuições:
I – criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e
programas de educação superior previstos nesta Lei,
obedecendo às normas gerais da União e, quando for o
caso, do respectivo sistema de ensino;
II – fixar os currículos dos seus cursos e programas,
observadas as diretrizes gerais pertinentes.
E nos princípios norteadores das Diretrizes Curriculares Nacionais para os
cursos superiores tecnológicos postulados nos Pareceres CNE/CES nº
776/97, 583/2001 e 67/2003:
[...]
1. Assegurar às instituições de Ensino Superior ampla
liberdade na composição da carga horária a ser cumprida
para a integralização dos currículos, assim como na
especificação das unidades de estudos a serem
ministradas;
2. Indicar os tópicos ou campos de estudos e demais
experiências de ensino-aprendizagem que comporão os
currículos, evitando ao máximo a fixação de conteúdos
específicos com cargas horárias predeterminadas, os
quais não poderão exceder 50% da carga horária total
dos cursos;
[...]
68
4. Incentivar uma sólida formação geral, necessária para
que o futuro graduado possa vir a superar os desafios de
renovadas condições de exercício profissional e de
produção do conhecimento, permitindo variados tipos de
formação e habilitações diferenciadas em um mesmo
programa;
5. Estimular prática de estudo independente, visando a
uma progressiva autonomia profissional e intelectual do
aluno.
Assim, a UNIP elabora conteúdos e questões e os disponibiliza aos
alunos. Os alunos respondem às questões por meio do Ambiente Virtual de
Aprendizagem (AVA), recebendo no ato da postagem a resposta correta.
O Plano de Ensino dos Estudos Disciplinares está disponível no Apêndice
III.
7.2 Matriz
A seguir, apresenta-se a matriz curricular do curso superior de Tecnologia
em Gestão Pública.
Composição das disciplinas obrigatórias por semestre e a classificação de seus
respectivos núcleos, atividades complementares e disciplinas optativas
SERIE NOME DISCIPLINA CREDITOS NÚCLEOS
1 Introdução à Educação a Distância 20
1 Fundamentos de Administração 60 NFG
1 Comunicação Empresarial 60 NGP
1 Técnicas de Informática 30 NFG
1 Economia e Mercado 60 NFG
1 Matemática Aplicada 30 NFG
1 Recursos Materiais e Patrimoniais 60 NFG
1 Projeto Integrado Multidisciplinar 100
1 Estudos Disciplinares 30
1 Total 450
2 Contabilidade 60 NFG
2 Introdução à Teoria do Estado 60 NGE
2 Estatística Aplicada 30 NFG
2 Recursos Humanos na Administração Pública 60 NGP
2 Gestão Pública e Políticas Públicas no Brasil 60 NGE
2 Dinâmica das Relaçoes Interpessoais 30 NGP
2 Projeto Integrado Multidisciplinar 100
2 Estudos Disciplinares 30
69
2 Total 430
3 Análise e Encaminhamento de Projetos Públicos 60 NGP
3 Matemática Financeira 30 NFG
3 Sistemas de Informação no Setor Público 60 NGP
3 Plano de Negócios 30 NGE
3 Finanças e Orçamentos Públicos 60 NGP
3 Ética e Legislaçao: Trabalhista e Empresarial 60 NFG
3 Projeto Integrado Multidisciplinar 100
3 Estudos Disciplinares 30
3 Total 430
4 Planejamento Urbano e Ambiental 60 NGE
4 Captação e Gerenciamento de Recursos 60 NGP
4 Desenvolvimento Sustentável 30 NFG
4 Planejamento Estratégico 60 NGE
4 Licitações e Contratos Públicos 30 NGP
4 Controle e Auditoria Pública 60 NGP
4 Projeto Integrado Multidisciplinar 100
4 Estudos Disciplinares 30
4 Disciplina Optativa 20
4 Total 450
Total geral 1.760
Atividades Complementares 120
Carga horária total 1.880
7.3 Disciplinas optativas
Como forma de enriquecer o currículo e ampliar a formação geral dos
alunos, com o objetivo de formar um profissional com alguns diferenciais, a
UNIP oferece as disciplinas optativas Relações Étnico-Raciais e
Afrodescendência, Marketing Pessoal, Educação Ambiental, Atuação junto
ao Idoso, Direitos Humanos e Libras (esta somente para os bacharelados e
tecnológicos), para que o estudante exerça a sua livre escolha. As disciplinas
optativas são gratuitas e ofertadas no 4º semestre do curso.
A oferta da disciplina Libras atende ao decreto nº 5.626, de 22 de
dezembro de 2005, que regulamentou a Lei nº 10.436, de 24 de abril de
2002.
A oferta da disciplina Direitos Humanos atende à CNE/CP nº8 de
06/03/2012 e CNE/CP nº1 de 30/05/12.
7.4 Disciplinas de nivelamento
A Universidade Paulista oferece um programa de revisão de conteúdos de
diversas disciplinas ministradas no Ensino Médio. Ele abrange os principais
conteúdos, nos quais boa parte dos universitários – recém-ingressantes ou
veteranos – apresenta dificuldades para acompanhar durante os cursos
superiores.
70
O discente com necessidades de nivelamento de conteúdos básicos
poderá acessar pelo AVA as disciplinas:
• Língua Portuguesa.
• Matemática.
• Estatística.
• Língua Inglesa.
• Língua Espanhola.
Em cada disciplina cursada, é feita uma autoavaliação pelo interessado
para verificar o nível de conhecimento adquirido.
O serviço é gratuito e o aluno pode escolher as disciplinas que pretende
cursar. Dessa maneira, ele poderá recorrer ao Sistema de Conteúdo On-line
durante o semestre ou até o final de seu curso.
71
8 REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília: 1996.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>.
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Documentação e Informação/Coordenação Edições Câmara, 2014.
___. Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de
Responsabilidade Fiscal). Brasília: 2000. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp101.htm>. Acesso em: 16
nov. 2015.
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72
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