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Direito Sindical e Negociação Coletiva João Leal Amado [email protected]

2º Simpósio internacional de direito sindical e individual do trabalho, 4/10/2013 - Apresentação 2 João Leal Amado

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O 2º Simpósio Internacional de Direito Sindical e Individual do Trabalho, promovido pelo Conselho de Assuntos Sindicais da FecomercioSP em parceria com a União geral dos trabalhadores, contou com a presença de especialistas brasileiros e europeus, que analisaram as transformações trabalhistas e as experiências vivenciadas pelo movimento sindical.

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Direito Sindical e Negociação Coletiva

João Leal Amado

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Associativismo sindical

O Direito do Trabalho exprime uma ruptura com o individualismo radical, é um produto do homem solidário e não solitário.

A liberdade sindical como direito fundamental (art. 55.º, n.º 1, da CRP): “É reconhecida aos trabalhadores a liberdade sindical, condição e garantia da construção da sua unidade para defesa dos seus direitos e interesses”.

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As dimensões da liberdade sindical (art. 55.º, n.º 2, da CRP)

Liberdade de constituição de sindicatos: unicidade sindical vs. pluralismo sindical; a unidade sindical é um objectivo, mas não pode ser imposta por lei.

Liberdade de inscrição: dimensão positiva e dimensão negativa.

Liberdade de organização e de regulamentação interna, com respeito pelo princípio democrático.

Liberdade de acção sindical na empresa.

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Art. 56.º da CRP

3 – Compete às associações sindicais exercer o direito de contratação coletiva, o qual é garantido nos termos da lei.

4 – A lei estabelece as regras respeitantes à legitimidade para a celebração das convenções coletivas de trabalho, bem como à eficácia das respectivas normas.

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Convenção coletiva de trabalho

A contratação colectiva como técnica privilegiada de composição de interesses colectivos e como modo específico de produção de normas jurídico-laborais.

Tipologia → contrato coletivo de trabalho, acordo coletivo de trabalho e acordo de empresa.

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O problema do conteúdo: os limites da CCT

A convenção coletiva e a lei: favor laboratoris?

As normas (relativa ou absolutamente) imperativas e o princípio do carácter “convénio-dispositivo” ou “coletivo-dispositivo” das normas legais (art. 3.º, n.º 1, do Código do Trabalho).

Princípio da prevalência do negociado sobre o legislado (in melius ou in pejus).

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O problema subjetivo: quem celebra e a quem se aplica?

Um problema grave: a falta de critérios de representatividade.

Princípio da dupla filiação.

Alargamento do âmbito pessoal da CCT através de portaria de extensão.

Aplicação da convenção por escolha ou adesão individual do trabalhador.

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O problema temporal: até quando vigora?

A resposta tradicional → a CCT mantém-se em vigor até ser substituída por outro IRCT.

Princípio da perenidade ou da continuidade do ordenamento coletivo laboral, que se credenciava na conveniência de prevenir vazios normativos (“horror ao vácuo”).

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Âmbito temporal (CT2009)

Vigência e renovação da CCT (art. 499.º) → um “contrato-lei” que, embora tendo prazo, não se destina a caducar, mas sim a perdurar no tempo, renovando-se sucessivamente.

Denúncia (oposição à renovação) da CCT (art. 500.º) → “Denúncia construtiva”, que não se traduz num mecanismo extintivo da CCT, mas sim numa condição do desencadeamento do processo de revisão de uma CCT em vigor.

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Âmbito temporal (CT2009)

Sobrevigência (art. 501.º, n.º 3 e 4) → princípio da conservação da convenção.

Caducidade (arts. 501.º, n.º 4, in fine, e 502.º) → a “angústia do dia seguinte” e a manutenção de certos efeitos ao nível dos contratos individuais de trabalho (art. 501.º, n.º 6 e 7).

Arbitragem necessária → arts. 510.º e 511.º