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Aula 00 Auditoria p/ TCE-PA (Auditor - Área Administrativa e Fiscalização - Especialidade Administração) Professor: Claudenir Brito 00000000000 - DEMO

Curso de Auditoria p/ concurso TCE-PA 2016

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  • Aula 00

    Auditoria p/ TCE-PA (Auditor - rea Administrativa e Fiscalizao - EspecialidadeAdministrao)

    Professor: Claudenir Brito

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    AULA 00: Conceito, evoluo. Auditoria interna e

    externa: papis.

    SUMRIO PGINA Apresentao do curso 1 1. Introduo 7 2. Conceito, objetivos e finalidades da Auditoria 8 3. Evoluo da Auditoria 15 4. Tipos de Auditoria 19 5. Auditoria interna e externa: papis. 30 Lista das questes comentadas durante a aula 58 Referncias bibliogrficas 75

    Observao importante: este curso protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislao sobre direitos autorais e d outras providncias. Grupos de rateio e pirataria so clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente atravs do site Estratgia Concursos ;-)

    Ol pessoal! Meu nome Claudenir Brito Pereira. Atualmente, sou Analista de Finanas e Controle da Controladoria-Geral da Unio CGU, aprovado em 15 lugar no concurso de 2008, promovido pela ESAF. Sou Oficial da reserva do Exrcito Brasileiro, tendo sido militar por quase 17 anos, saindo em 2008, no posto de Capito. Sou professor de Auditoria Privada e Governamental, alm de Controle Externo, em cursos preparatrios para concursos em Braslia, no Rio de Janeiro e em Salvador, e claro, professor e coach do site Estratgia Concursos. Em 2011, fui convidado a participar, como professor de Auditoria, desse projeto ousado do Estratgia, que logo se mostrou vencedor, ajudando milhares de candidatos a obterem sua to desejada aprovao no concurso dos seus sonhos.

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    Tambm sou membro efetivo do Instituto dos Auditores Internos do Brasil IIA, e exerci a funo de Auditor-Chefe da Auditoria Interna do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT - e de membro da Comisso de Coordenao de Controle Interno do Poder Executivo Federal - CCCI. E finalmente, autor da obra Auditoria Privada e Governamental - teoria de forma objetiva e mais de 400 questes comentadas (Ed. Impetus, 2 edio). este:

    Sobre a obra ao lado, quem tiver interesse em adquiri-la, ainda disponho de alguns (poucos) exemplares, que posso disponibilizar com um bom DESCONTO (30% no valor de capa), como professor. Basta mandar um email para [email protected] que combinamos a melhor forma de envio do livro.

    Tambm participei da coletnea Auditores, Analistas e Tcnicos da Receita Federal - Questes Comentadas - Col. Carreiras Especfica, da Editora Saraiva. Esse livro pode ser encontrado na maior parte das livrarias. No tenho exemplares comigo.

    Toda essa apresentao tem por finalidade tranquiliz-los quanto qualificao do professor para assumir este projeto, com muito profissionalismo. Estou em sala desde 2010; no Estratgia desde seu lanamento em 2011, e podem ter certeza de que tero um material de alta qualidade para sua preparao. Nossa tarefa neste curso apresentar a vocs a disciplina Auditoria Governamental para o concurso do Tribunal de Contas do Estado do Par TCE-PA, da forma mais objetiva possvel, livrando nossos alunos das interminveis noites de leitura de materiais diversos, sem um direcionamento mais eficiente.

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    Mas qual a melhor forma de aprender? Qual o melhor mtodo?

    Isso varia para cada candidato, mas j que voc est lendo essa aula, muito provvel que tenha se interessado em estudar por aulas escritas, em casa, com tranquilidade e no seu tempo. O principal , simplesmente, que voc aprenda a realizar as provas. isso mesmo, no formaremos auditores aqui, para o alvio de alguns de vocs. O essencial que vocs aprendam a matria, aprendam a marcar o X no lugar certo, e adquiram tranquilidade para o grande dia. At por isso, vocs vo observar que nossas aulas so bem menores que os livros, o que faz todo o sentido. Eu tenho, como professor, cerca de 70 livros de auditoria, controle, governana, controladoria e contabilidade. Essas aulas servem para que vocs no tenham que ler 70 livros, pois seriam mais 70 de cada uma das demais matrias do concurso. Impossvel, concordam? As aulas tero entre 40 e 80 pginas, e essa demonstrativa tem como objetivo apresentar o curso e a forma como a matria ser ministrada, alm de servir de base conceitual ao longo do curso. Portanto, podem ficar tranquilos, que vou procurar ser bastante objetivo, sem deixar de fora qualquer assunto que eu entenda como relevante para a prova de vocs. As aulas sero ministradas da seguinte forma: uma apresentao terica, da forma mais objetiva possvel sem deixar de abordar os pontos indispensveis da matria, como j disse intercalada com a resoluo de exerccios de provas anteriores e outros propostos. Os exerccios comentados que faro parte das nossas aulas sero preferencialmente do CESPE, a banca que est organizando o concurso do TCE-PA, mas tambm utilizaremos exerccios de outras bancas, tanto como fixao do aprendizado quanto para complementar os exerccios do CESPE. Um aviso importante sobre os exerccios: alguns deles so antigos, porque claro que somente as questes mais recentes no suficientes para um bom treinamento. Entretanto, todos esto totalmente atualizados, e certamente vo ajud-los na preparao para o concurso. Nosso curso foi planejado com base no edital publicado em 29/02/16, e vai atender aos seguintes cargos:

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    - AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO REA: ADMINISTRATIVA ESPECIALIDADES: ADMINISTRAO E CONTABILIDADE - AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO REA: FISCALIZAO TODAS AS ESPECIALIDADES. Assim, vamos nos empenhar ao mximo ns do curso e vocs para sua aprovao, e espero que, aps a prova, vocs tenham a certeza de que nossas aulas fizeram a diferena.

    Cronograma de aulas

    Nosso curso ser composto por 10 aulas, incluindo essa demonstrativa, da seguinte forma:

    AULA CONTEDO DATA

    Aula 00 Conceito, evoluo. Auditoria interna e

    externa: papis.

    04/03/16

    Aula 01

    Governana no setor pblico. Papel e

    importncia. Controles internos segundo o

    COSO (2013) e o COSO ERM (Enterprise Risk

    Management) (2004).

    11/03/16

    Aula 02

    Auditoria de regularidade e auditoria

    operacional. Instrumentos de fiscalizao:

    auditoria, levantamento, monitoramento,

    acompanhamento e inspeo.

    18/03/16

    Aula 03

    Planejamento de auditoria. Plano de auditoria

    baseado no risco. Atividades preliminares.

    Determinao de escopo. Matriz de

    Planejamento. Programa de auditoria.

    Materialidade, risco e relevncia. Exame e

    avaliao do controle interno.

    25/03/16

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    Aula 04

    Risco inerente, de controle e de deteco.

    Papis de trabalho. Importncia da

    amostragem estatstica em

    auditoria.

    01/04/16

    Aula 05

    Execuo da auditoria. Testes de auditoria. Tcnicas e procedimentos: exame

    documental, inspeo fsica, conferncia de

    clculos, observao, entrevista,

    circularizao, conciliaes, anlise de contas

    contbeis, reviso analtica, exame

    documental, inspeo fsica, conferncia de

    clculos, observao, entrevista,

    circularizao, conciliaes, anlise de contas

    contbeis, reviso analtica. Evidncias.

    Caracterizao de achados de auditoria. Matriz

    de Achados e Matriz de Responsabilizao.

    08/04/16

    Aula 06

    Comunicao dos resultados: relatrios de

    auditoria. Monitoramento. Superviso e

    Controle de Qualidade. Procedimentos em

    processos de prestao de contas da

    Administrao Pblica Estadual. Peas e

    contedo do processo de contas. Resoluo

    TCE/PA n 18.545/2014 e Resoluo TCE/PA n

    18.589/2014.

    15/04/16

    Aula 07

    Auditoria governamental segundo a

    INTOSAI (International Organization of

    Supreme Audit Institutions). Normas da

    INTOSAI: cdigo de tica.

    22/04/16

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    Aula 08

    Auditoria interna segundo o IIA (Institute of

    Internal Auditors). Normas do IIA:

    independncia, proficincia e zelo profissional,

    desenvolvimento profissional contnuo.

    29/04/16

    Aula 09 Normas da INTOSAI: cdigo de tica e

    princpios fundamentais de auditoria do setor

    pblico (ISSAIs 100, 200, 300 e 400)

    06/05/16

    Um dos grandes diferenciais do nosso curso o nosso frum de dvidas, por meio do qual vocs podero esclarecer suas dvidas diretamente comigo, num prazo mximo de 2 (dois) dias. Vejam um exemplo:

    Ou seja, dvidas que forem surgindo, s perguntar no frum do curso. Quem precisar esclarecer dvidas sobre outros temas voltados aos concursos, que no sejam dvidas especficas do nosso contedo, pode ainda me enviar uma mensagem:

    (61) 8104-2123

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    A avaliao dos nossos cursos tem sido muito positiva. Para ilustrar, seguem mensagens recebidas no frum e pelo whatsapp, de dois alunos do nosso curso de Auditoria para o ISS-Goinia.

    Depois desses esclarecimentos, reforo o prazer que estar escrevendo essas aulas, na certeza de que vocs, que confiaram seu aprendizado e sua aprovao no Estratgia Concursos, estaro, em breve, alcanando seu grande objetivo. E vamos logo matria, que o que mais nos interessa no momento. Sejam bem vindos ao nosso curso. 1. Introduo At o ano de 2009, estudar Auditoria para concursos era, em geral, estudar a NBC T-11 (Resoluo 820/97, Normas de Auditoria Independente das Demonstraes Contbeis) e suas derivadas, como, por exemplo, a NBC T-11.3, NBC T-11.4, NBC T-11.6, dentre outras. No havia concurseiro, de Norte a Sul do pas, que no conhecesse essas normas. Ocorre que j havia algum tempo que essas normas estavam para serem alteradas, em virtude da necessidade de adaptao de nossa

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    Contabilidade aos padres internacionais de auditoria definidos pela IFAC International Federation of Accounting (Federao Internacional de Contadores). Mas a quem interessava essa adaptao? Para responder a essa pergunta, vamos imaginar o seguinte: voc um mega investidor estrangeiro (se for mesmo, seja bem vindo ao nosso curso, forasteiro, rsrs). Ao procurar uma empresa brasileira para investir seus valiosos recursos, voc ficava sabendo que as demonstraes contbeis dessa empresa brasileira haviam sido elaboradas de acordo com as prticas contbeis adotadas no Brasil. Bom, investidores (assim como concurseiros) no tem tempo a perder e, ao invs de ficar tentando descobrir que prticas contbeis eram essas, acabavam optando por investir seu dinheiro em outro pas, dos quais ele conhecia as tais das prticas contbeis adotadas. Ou seja, uma padronizao internacional seria benfica a todas as empresas brasileiras, em ltima anlise. Alm disso, tanto o CFC como o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil IBRACON eram (e ainda so) membros associados do IFAC e, dessa forma, entenderam como indispensvel o processo de convergncia das Normas Brasileiras de Contabilidade aos padres internacionais. Em 27 de novembro de 2009, o CFC publicou a Resoluo n. 1.203/09, que aprovou a NBC TA 200 Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Conduo da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria , revogando NBC T-11 e companhia. Atualmente, as bancas de concursos j se adaptaram s novas normas, embora eventualmente encontremos em algum edital definies e nomenclaturas mais antigas. Nosso curso est perfeitamente atualizado s normas em vigor e doutrina comumente utilizada na elaborao das questes de concursos por diversas bancas pelo pas. 2. Conceito, objetivos e finalidades da Auditoria 2.1 Conceito Escolher um conceito universal para Auditoria no uma tarefa simples. A maioria dos autores escreve sobre uma das diversas especializaes da matria, e, no momento da definio, acaba

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    privilegiando a Auditoria Interna ou a Auditoria Externa (no se preocupe com essa diferena, trataremos dela mais a frente). Crepaldi (2010)1 afirma que se pode definir Auditoria, de forma bastante simples, como o levantamento, estudo e avaliao sistemtica das transaes, procedimentos, operaes, rotinas e das demonstraes financeiras de uma entidade. Aprofundando a definio, podemos dizer que se trata de testar a eficincia e a eficcia do controle patrimonial, sem nos limitarmos aos aspectos contbeis do conceito. Por ser uma atividade crtica, em sua essncia, traduz-se na emisso de uma opinio sobre as atividades verificadas.

    Auditar testar a eficincia e a eficcia do controle patrimonial, no se limitando aos aspectos contbeis. Por ser uma atividade crtica, traduz-se na emisso de uma opinio sobre as atividades verificadas. Franco e Marra (2011)2 definem auditoria da seguinte forma:

    A auditoria compreende o exame de documentos, livros e registros, inspees e obteno de informaes e confirmaes, internas e externas, relacionadas com o controle do patrimnio, objetivando mensurar a exatido desses registros e das demonstraes contbeis deles decorrentes. (grifei)

    Prosseguindo no conceito de Auditoria, vamos ver o que diz S (2000)3:

    A auditoria tanto na rea pblica quanto na rea privada uma especializao contbil voltada a testar a eficincia e eficcia do controle patrimonial, com o objetivo de atestar sua validade sobre determinado dado.

    Quanto ao termo auditor, a doutrina se divide em citar sua origem latina audire, audio, ouvinte e a expresso inglesa to audit examinar, certificar. Em minhas aulas presenciais, gosto de explicar que auditar 1 CREPALDI, Slvio Aparecido. Auditoria contbil: teoria e prtica. 6. ed. So Paulo: Atlas, 2010. 2 FRANCO, Hilrio e MARRA, Ernesto. Auditoria contbil. 4. ed. So Paulo: Atlas, 2011. 3 S, Antnio Lopes de. Curso de Auditoria. So Paulo: Atlas, 2000.

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    ouvir o administrador aquele que detm a responsabilidade pela administrao do patrimnio alheio para saber como que ele est agindo na conduo de suas atividades, e se essa conduta est alinhada com o que o proprietrio espera dele. Em linhas gerais, vamos mais uma vez nos remeter obra de Franco e Marra (2011) para definir o objeto da auditoria:

    conjunto de todos os elementos de controle do patrimnio administrado, os quais compreendem registros contbeis, papis, documentos, fichas, arquivos e anotaes que comprovem a veracidade dos registros e a legitimidade dos atos da administrao, bem como sua sinceridade na defesa dos interesses patrimoniais. (grifei)

    Daqui a pouco vamos nos concentrar nos detalhes. Mas antes de nos aprofundarmos nos conceitos de Auditoria Privada, vamos definir qual a natureza da Auditoria, com o auxlio dos conceitos constantes da obra de Franco e Marra (2011):

    Contabilidade a cincia ou, segundo alguns, a tcnica destinada a estudar e controlar o patrimnio das entidades, do ponto de vista econmico e financeiro, observando seus aspectos quantitativo e qualitativo e as variaes por ele sofridas, com o objetivo de fornecer informaes sobre o estado patrimonial e suas variaes em determinado perodo.

    Para atingir suas finalidades, a Contabilidade utiliza-se das seguintes tcnicas contbeis: - Escriturao (registro dos fenmenos patrimoniais); - Demonstraes (balanos e outras demonstraes); - Auditoria; e - Anlise de balanos. Assim, podemos concluir que a Auditoria tem a natureza de tcnica contbil utilizada pela Contabilidade para atingir seus objetivos, sendo a Auditoria Contbil a tcnica contbil cujo objetivo emitir uma opinio sobre as demonstraes contbeis (tambm denominadas financeiras). 2.2 Objetivo da Auditoria Vamos buscar na doutrina uma generalizao sobre o objetivo da Auditoria, tendo em vista que, para cada tipo de Auditoria a ser estudado, veremos objetivos especficos, de acordo com suas caractersticas.

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    Segundo S (2000), o objetivo da auditoria, tanto nas entidades pblicas quanto privadas, no se resume a certificao da veracidade das demonstraes contbeis, mas tambm a deteco das disfunes do patrimnio, em decorrncia de falhas na administrao.

    EXERCCIOS DE FIXAO

    1. (CESPE/ANP/2013) Em relao natureza, campo de atuao e noes bsicas de auditoria interna e externa, julgue os itens subsequentes. Com a evoluo da atividade empresarial e o crescimento da captao de recursos de terceiros, os investidores precisam conhecer a posio financeira e patrimonial das entidades, o que ocorre por meio do parecer emitido pela auditoria interna das entidades a respeito da adequao das demonstraes contbeis.

    Comentrios: A primeira parte da questo est correta, pois a evoluo da

    atividade empresarial e a necessidade de captao de recursos de terceiros trouxe a necessidade de demonstrar aos usurios externos que as empresas estavam em boa situao financeira.

    Entretanto, a afirmao est incorreta na medida em que a credibilidade dada posio financeira da empresa dada por meio do relatrio do auditor independente, e no da auditoria interna.

    Gabarito: E

    2. (CESPE/FUB-DF/2013) A funo precpua da auditoria a deteco de fraudes com base nos registros contbeis e na documentao existente na entidade. A obteno de informaes de terceiros e o carter preventivo das aes realizadas pela auditoria so o efeito residual e aleatrio de sua atuao.

    Comentrios: A deteco de fraudes e erros no atividade precpua da auditoria,

    ao contrrio do que afirma a questo. O principal responsvel pela deteco de fraudes e erros nos registros contbeis da entidade da prpria administrao da entidade, conforme disposto no item 4 da NBC TA 240 (vigente) estabelece que a principal responsabilidade pela preveno e deteco da fraude dos responsveis pela governana da entidade e da sua administrao.

    Gabarito: E

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    EXERCCIOS COMPLEMENTARES

    3. (UFG-Auditor2010UFG) A auditoria governamental tem como

    objetivo examinar a regularidade e avaliar a eficincia da gesto administrativa e dos resultados alcanados pelas unidades da administrao direta e indireta. So objetos do exame de auditoria

    (A) o cumprimento, pelos rgos e entidades, dos princpios fundamentais de planejamento, coordenao, descentralizao, delegao de competncia e controle. (B) o desempenho administrativo e operacional das unidades da administrao direta e entidades supervisionadas. (C) os sistemas administrativos e operacionais de controle interno utilizados na gesto oramentria, financeira e patrimonial. (D) a comprovao da legalidade e legitimidade e avaliao dos resultados, quanto economicidade, eficincia e eficcia da gesto. Comentrios: Objeto da auditoria o que vai ser auditado. Embora todas as alternativas pudessem ser objetivos a serem verificados pela auditoria governamental, a nica alternativa que traz um objeto a de letra C, gabarito da questo, pois por meio da avaliao dos sistemas administrativos e operacionais de controle interno utilizados na gesto oramentria, financeira e patrimonial que a auditoria vai chegar a suas concluses.

    Gabarito: C 4. (ESAF/AFRFB/2009) A responsabilidade primria na preveno

    e deteco de fraudes e erros : a) da administrao. b) da auditoria interna. c) do conselho de administrao. d) da auditoria externa. e) do comit de auditoria.

    Comentrios: Vimos no decorrer da aula que a responsabilidade primria na

    preveno e deteco de fraudes e erros da prpria administrao, tornando a alternativa A o gabarito da questo.

    De acordo com a NBC TA 240 - Responsabilidade do auditor relacionada com fraude em auditoria de demonstraes contbeis -, a principal responsabilidade pela preveno e deteco da fraude dos responsveis pela governana da entidade e da sua administrao. Ainda assim, a alternativa A estaria correta.

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    Gabarito: A

    5. (UFG-ContadorUFG2006) A responsabilidade tcnica est presente em qualquer tipo de prestao de servio. No mbito da auditoria independente, a responsabilidade primria na deteco de fraudes pertence aos

    (A) Auditores internos. (B) Auditores externos. (C) Administradores da entidade. (D) Contadores.

    Comentrios: Como na questo anterior, a responsabilidade primria na

    preveno e deteco de fraudes e erros da prpria administrao, tornando a alternativa C o gabarito da questo.

    De acordo com a NBC TA 240 - Responsabilidade do auditor relacionada com fraude em auditoria de demonstraes contbeis -, a principal responsabilidade pela preveno e deteco da fraude dos responsveis pela governana da entidade e da sua administrao. Ainda assim, a alternativa C estaria correta.

    Gabarito: C 6. (CESGRANRIO/BNDES/2013) Uma companhia, na elaborac o

    das suas demonstraces contbeis financeiras relativas ao exerccio social encerrado em 31 de dezembro de 2010, face s dvidas existentes de classificac o e apuraco de algumas receitas, teve a participaco da auditoria externa na apurac o de tais valores, na classificac o das contas e na elaborac o de parte das demonstraces contbeis.

    Nesse contexto, a responsabilidade pela elaborac o de tais demonstraces contbeis do (a): A) Auditor Externo B) Auditor Externo e do Contador C) Administrador e do Auditor Externo D) Empresa e do Auditor Externo E) Empresa

    Comentrios: Pessoal, a responsabilidade pela elaborac o das demonstrac es

    contbeis sempre e somente da Empresa. O papel do auditor externo emitir uma opinio independente sobre essas demonstraes, se foram elaboradas segundo o disposto numa estrutura de Relatrio Financeiro Aplicvel.

    Gabarito: E 7. (FUNDATEC/SEFAZ-RS/2014) A elaboraco e a adequada

    apresentac o das demonstrac es contbeis, de acordo com as prticas contbeis adotadas no Brasil, e com os controles internos que foram determinados como necessrios para

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    permitir a elaborac o de demonstrac es contbeis livres de distorco relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, responsabilidade:

    A) Dos auditores independentes B) Dos rgos reguladores C) Do conselho fiscal D) Da assembleia dos acionistas E) Da administrac o da Companhia.

    Comentrios: Mais uma vez, a responsabilidade pela elaborac o das

    demonstrac es contbeis sempre e somente da Empresa. O papel do auditor externo emitir uma opinio independente sobre essas demonstraes, se foram elaboradas segundo o disposto numa estrutura de Relatrio Financeiro Aplicvel.

    Gabarito: E 8. (FCC/TCE-RS/2014) Os manuais, de uma maneira geral,

    definem auditoria como um exame analtico e pericial das operaces contbeis, desde o incio at o balanco. Nos termos da NBC TA 200, o objetivo da auditoria :

    A) levantar informac es suficientes e adequadas que permitam comparar as metas fixadas com os resultados alcancados. B) controlar os procedimentos contbeis para evitar que informaces de interesse da instituico auditada sejam divulgados. C) aumentar o grau de confianc a das demonstraces contbeis por parte dos usurios. D) estabelecer metodologia para ac o integrada de todos os setores da instituic o auditada. E) apurar e consolidar irregularidades contbeis em relatrio para subsidiar eventual investigac o de ilcitos administrativos e penais.

    Comentrios: De acordo com o disposto na NBC TA 200, o objetivo da auditoria

    aumentar o grau de confianc a nas demonstraces contbeis por parte dos usurios, o que torna a alternativa C correta.

    Ainda segundo a mesma norma, isso alcancado mediante a expresso de uma opinio pelo auditor sobre se as demonstrac es contbeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de Relatrio Financeiro Aplicvel.

    Gabarito: C 9. (Cesgranrio/Auditor Liquigs/2012) So objetivos gerais do

    auditor, ao conduzir a auditoria das demonstrac es contbeis, A) obter seguranc a razovel de que as demonstrac es contbeis esto livres de distorc o relevante, causada por fraude ou erro, permitindo que o auditor expresse sua opinio sobre a elaboraco dessas demonstraces consoante a estrutura de relatrio financeiro aplicvel.

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    B) rastrear fraudes e identificar se a aplicac o dos recursos financeiros da empresa est de acordo com as normas impostas pelos rgos de fiscalizaco e regulamentaco. C) apresentar relatrio sobre a administraco e comunicar-se conforme exigido pelas Normas Brasileiras de Contabilidade. D) identificar se a empresa apresenta informac es nas demonstrac es contbeis de acordo com as normas impostas pelo Ministrio Pblico. E) comprovar se os ativos e passivos sofreram variaces conforme estipulado no planejamento estratgico da empresa.

    Comentrios: A Resoluo CFC n 1.203/09, que aprovou a NBC TA 200

    Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Conduo da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria descreve o objetivo da Auditoria das Demonstraes Contbeis Externa da seguinte forma:

    aumentar o grau de confiana nas demonstraes contbeis por parte dos usurios. Isso alcanado mediante a expresso de uma opinio pelo auditor sobre se as demonstraes contbeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatrio financeiro aplicvel.

    As demais alternativas no so objetivos gerais do auditor independente.

    Gabarito: A 3. EVOLUO DA AUDITORIA Essa parte da matria no cobrada com frequncia nos certames, apesar de constar em alguns editais. De qualquer modo, importante para um entendimento mais abrangente do assunto, e essa viso vai auxili-lo na resoluo das questes, por meio de um raciocnio sistemtico sobre os conceitos que estamos apresentando. Portanto, no se preocupem em guardar datas, instituies, etc. A evoluo da auditoria como tcnica contbil sempre esteve ligada ao atendimento de seu principal objetivo, que a emisso de uma opinio independente sobre a adequao das demonstraes contbeis/financeiras aos Princpios de Contabilidade, s Normas Brasileiras de Contabilidade, legislao especfica e, mais recentemente, estrutura de Relatrio Financeiro Aplicvel. A doutrina no pacfica quando trata da evoluo da auditoria. E no tem nada de estranho nisso. Ocorre que os autores, para elaborarem uma linha do tempo da Auditoria, percorrem dezenas de livros para pesquisa, e, obviamente, no utilizam as mesmas obras que outros. Assim, vamos nos pautar pela obra de William Attie (2010) para

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    traar uma sequncia lgica da evoluo da auditoria, nos remetendo a outros autores, quando necessrio. A Contabilidade foi a primeira disciplina desenvolvida para auxiliar e informar o administrador, e podemos afirmar que a Auditoria uma especializao da Contabilidade, destinada a ser usada como ferramenta de confirmao da prpria Contabilidade. O surgimento da Auditoria est ancorado na necessidade de confirmao por parte dos investidores e proprietrios quanto realidade econmico-financeira espelhada no patrimnio das empresas investidas. Tudo como fruto da evoluo do sistema capitalista. Attie afirma ser desconhecida a data de incio da atividade de auditoria, mas cita alguns momentos marcantes para o desenvolvimento do assunto, sendo o primeiro deles, a criao do cargo de auditor do Tesouro, na Inglaterra, em 1314. Em 1880, foi criada a Associao dos Contadores Pblicos Certificados, na Inglaterra, e em 1886, sua congnere nos Estados Unidos. A partir da, o ponto principal da evoluo da auditoria foi a criao da SEC Security and Exchange Comission, em 1934, nos Estados Unidos, quando a profisso de auditor assume sua importncia, tendo em vista que as empresas listadas em Bolsa de Valores foram obrigadas a se utilizarem dos servios de auditoria para dar mais credibilidade a suas demonstraes financeiras. No Brasil, a evoluo da auditoria esteve primariamente relacionada com a instalao de filiais e subsidirias de firmas estrangeiras, e a consequente obrigatoriedade de se auditar suas demonstraes contbeis. Resultado: a chegada ao pas de empresas internacionais de auditoria independente. Com a evoluo do mercado de capitais e a criao da Comisso de Valores Mobilirios CVM e da Lei das Sociedades por Aes, em 1976, a atividade de auditoria tomou grande impulso, mas ainda atrelada s empresas integrantes do mercado de capitais e do Sistema Financeiro.

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    Quadro cronolgico da evoluo da auditoria

    Data Fatos ? Desconhecida a data de incio da atividade de auditoria.

    1314 Criao do cargo de auditor do Tesouro na Inglaterra. 1559 Sistematizao e estabelecimento da auditoria dos

    pagamentos a servidores pblicos pela Rainha Elizabeth I. 1880 Criao da Associao dos Contadores Pblicos Certificados,

    na Inglaterra. 1886 Criao da Associao dos Contadores Pblicos Certificados,

    nos Estados Unidos. 1894 Criao do Instituo Holands de Contadores Pblicos 1934

    Criao do Security and Exchange Comission (SEC), nos Estados Unidos. Adaptado de Auditoria conceitos e aplicaes William Attie, 2010.

    EXERCCIOS DE FIXAO

    10. (CESPE/CGE-PI/2015) A auditoria, que inicialmente era

    voltada para a preveno de riscos, interpretao e orientao das operaes, hoje se ocupa da tecnologia de reviso dos registros contbeis. Julgue Certo ou Errado.

    Comentrios: No incio, a auditoria se preocupava com os registros contbeis, ou

    seja, se os registros estavam coerentes com as operaes. Posteriormente, a essa preocupao se somou a verificao da

    legalidade. Atualmente, alm da verificao contbil e de legalidade, a auditoria

    tambm verifica a eficincia, a eficcia e a economicidade das operaes da empresa ou rgo auditado e com a preveno de riscos.

    A questo inverteu a ordem lgica do desenvolvimento da auditoria. Gabarito: E

    11. (CESPE/AUGE-MG/2009) As influncias que possibilitaram o desenvolvimento da auditoria no Brasil no incluem A) a disseminao de filiais e subsidirias de empresas estrangeiras B) o financiamento de empresas brasileiras por instituies estrangeiras e internacionais C) as limitadas circunstncias de obrigatoriedade da auditoria D) a expanso do mercado de capitais E) a complexidade crescente da legislao tributria

    Comentrios:

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    Algumas questes de prova no necessitam de grande conhecimento da matria para sua resoluo, pois a falta de lgica da alternativa torna a afirmao incorreta. o caso da letra C, que afirma que, pela pouca obrigatoriedade da existncia da auditoria no Brasil, esta se desenvolveu. Ora, a lgica sugere exatamente o contrrio, pois nesse caso, no haveria motivao para o crescimento da atividade no pas.

    As demais alternativas constam da obra Auditoria conceitos e aplicaes de William Attie (2010, pgs. 8 e 9), na qual o autor afirma que as principais influncias que possibilitaram o desenvolvimento da auditoria no Brasil foram:

    a) Filiais e subsidirias de firmas estrangeiras;

    b) Financiamento de empresas brasileiras atravs de entidades internacionais;

    c) Crescimento das empresas brasileiras e necessidade de dd) Evoluo do mercado de capitais; e) Criao das normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central

    do Brasil em 1972; e f) Criao da Comisso de Valores Mobilirios e da Lei das

    Sociedades por Aes. Gabarito: C

    12. (CESPE/AUGE-MG/2009) Com relao s origens da auditoria e seus tipos, assinale a opo correta. A) O surgimento da auditoria externa est associado necessidade das empresas de captarem recursos de terceiros. B) Os scios-gerentes e acionistas fundadores so os que tm maior necessidade de recorrer aos auditores independentes para aferir a segurana, liquidez e rentabilidade de seus investimentos na empresa. C) A auditoria externa surgiu como decorrncia da necessidade de um acompanhamento sistemtico e mais aprofundado da situao da empresa. D) A auditoria interna uma resposta necessidade de independncia do exame das transaes da empresa em relao aos seus dirigentes. E) Os auditores internos direcionam o foco de seu trabalho para as demonstraes contbeis que a empresa obrigada a publicar.

    Comentrios: O surgimento da Auditoria se deu num contexto de necessidade de

    uma opinio independente para que pudesse existir a confiabilidade das demonstraes contbeis pelos proprietrios da empresa, representados por seus acionistas. Uma das formas que uma empresa pode se utilizar para captao de recursos de terceiros por meio da negociao de aes em Bolsa de Valores.

    Assim, pode-se afirmar que a alternativa A est correta. A letra B est incorreta, pois os scios gerentes e acionistas

    fundadores possuem mais informaes do que os scios minoritrios, que, dessa forma, necessitam do trabalho dos auditores independentes.

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    A letra C est incorreta por trazer um conceito de Auditoria Interna. A letra D est incorreta por trazer um conceito de Auditoria Externa. A letra E est incorreta por trazer um conceito de Auditoria Externa.

    Gabarito: A

    4. Tipos de Auditoria Cada autor e cada rgo pblico podem definir uma classificao de auditoria prpria, independente, e no se pode esperar que o candidato a um cargo pblico conhea cada uma delas e adivinhe sobre qual classificao a banca est se referindo. Assim, o primeiro cuidado analisar bem o edital. Outro detalhe importante que devemos ler com ateno o enunciado da questo, para tentarmos identificar sobre qual classificao estamos sendo questionados, por exemplo, segundo a IN 01/01, segundo a doutrina, segundo o campo de atuao, e assim por diante. Infelizmente, nem sempre to simples. No concurso para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil de 2012, por exemplo, a banca no estipulou em edital e tampouco na questo a qual classificao se referia, vindo a cobrar uma classificao utilizada pelo Senado Federal, o que foi objeto de intensa discusso, inclusive judicial, quanto regularidade de tal procedimento. Chegamos a elaborar, inclusive, alguns pareceres nesse sentido, para serem utilizados em processos judiciais. Assim, vamos reduzir a possibilidade de que vocs sejam surpreendidos por uma questo na prova exigindo conhecimentos sobre tipos de auditoria dos quais vocs ainda no tenham ouvido falar. 4.1 Quanto ao ambiente na qual est inserida Num primeiro momento, vamos classificar a Auditoria segundo o ambiente na qual est inserida, ou seja, em Auditoria Privada e Auditoria Governamental, subdividindo-as da seguinte forma: 4.1.1 Auditoria Privada - Auditoria Interna - Auditoria Externa ou Independente 4.1.2 Auditoria Governamental - Auditoria TributriaFiscal - Auditoria de Gesto pblica

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    4.1.1 Auditoria Privada De acordo com S (2000), no setor privado a auditoria uma tecnologia contbil aplicada ao sistemtico exame dos registros, demonstraes e de quaisquer informaes ou elementos de considerao contbil, objetivando apresentar opinies, concluses, crticas e orientaes sobre situaes ou fenmenos patrimoniais da riqueza privada, quer ocorridos, quer por ocorrer ou diagnosticados. Ou seja, a Auditoria realizada no mbito das empresas privadas, e podemos subdividi-la em Auditoria Interna e Auditoria Externa. Essa subdiviso tambm seria possvel no campo governamental da auditoria, embora no seja to comum. Por isso, vamos considerar essa diviso apenas no mbito privado e estud-la mais a fundo em tpico mais a frente na presente aula. Como a maioria dos autores define a auditoria privada como sendo a auditoria Externa (ou independente), podemos dizer que a Auditoria Privada ou Empresarial, das Demonstraes Contbeis, das Demonstraes Financeiras o conjunto de procedimentos tcnicos que tem por objetivo a emisso de opinio independente sobre as demonstraes contbeis das empresas privadas em relao a sua adequao aos Princpios de Contabilidade e legislao especfica. 4.1.2 Auditoria Governamental A Auditoria Governamental ou Pblica, do Setor Pblico , conforme disposto na Instruo Normativa 01/2001, da Secretaria Federal de Controle Interno (da Controladoria-Geral da Unio), o conjunto de tcnicas que visa avaliar a gesto pblica, pelos processos e resultados gerenciais, e a aplicao de recursos pblicos por entidades de direito pblico e privado, mediante a confrontao entre uma situao encontrada com um determinado critrio tcnico, operacional ou legal. Tem por objetivo primordial garantir resultados operacionais na gerncia da coisa pblica. A Auditoria Governamental engloba todas as esferas de governo federal, distrital, estadual e municipal e nveis de poder - Executivo, Legislativo e Judicirio -, e, claro, alcana as pessoas jurdicas de direito privado, caso se utilizem de recursos pblicos. A doutrina costuma separar a Auditoria Governamental em duas vertentes4:

    4 MACHADO, Marcus Vincius Veras e PETER, Maria da Glria Arrais. Manual de auditoria governamental. 1. ed. So Paulo: Atlas, 2008.

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    - Auditoria TributriaFiscal: realizada pelo Governo sobre o patrimnio provado com a finalidade de identificar e corrigir as atitudes contributivas, principalmente nas reas de impostos, taxas e contribuies (INSS, FGTS, IR, etc); - Auditoria de Gesto Pblica: realizada pelo Estado visando ao controle de sua gesto, observando, alm dos princpios de auditoria geral, aqueles que norteiam a Administrao Pblica: moralidade, publicidade, impessoalidade, economicidade e eficincia.

    4.2 Quanto ao posicionamento do rgo de auditoria Regra geral, costumamos classificar a Auditoria em Interna ou Externa conforme o posicionamento do rgo de auditoria em relao estrutura da entidade a ser auditada. Assim, quando o rgo de auditoria faz parte da mesma estrutura do auditado, temos a Auditoria Interna; quando o rgo de auditoria externo organizao auditada, temos a auditoria externa, ou independente. 4.3 Classificao recorrente na doutrina Aqui, vamos incluir as definies de tipos de Auditoria Governamental encontradas na obra de Peter e Machado (2008)5. Auditoria de Gesto Objetiva emitir opinio com vistas a certificar a regularidade das contas, verificar a execuo de contratos, convnios, acordos ou ajustes, a probidade na aplicao dos dinheiros pblicos e guarda ou administrao de valores e outros bens da Unio ou a ela confiados. Auditoria de Programas Objetiva acompanhar, examinar e avaliar a execuo de programas e projetos governamentais especficos, bem como a aplicao de recursos descentralizados. Auditoria Operacional Consiste em avaliar as aes gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo operacional, procurando auxiliar a administrao na gerncia e nos resultados, por meio de recomendaes que visem 5 Idem.

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    aprimorar procedimentos. Auditoria Contbil Objetiva obter elementos comprobatrios suficientes que permitam opinar se os registros contbeis foram efetuados de acordo com os princpios fundamentais de contabilidade e se as demonstraes contbeis refletem, adequadamente, a situao econmico-financeira do patrimnio. Auditoria de Sistemas Objetiva assegurar a adequao, a privacidade dos dados e informaes oriundas dos sistemas eletrnicos de processamento de dados. Auditoria Especial Objetiva o exame de fatos ou situaes consideradas relevantes, de natureza incomum ou extraordinrias, sendo realizadas para atender a determinao de autoridade competente. Auditoria da Qualidade Tem por objetivo permitir a formao de uma opinio mais concreta sobre o desempenho gerencial dos administradores pblicos, servindo como estmulo a adoo de uma cultura gerencial voltada para o atingimento de resultados dentro dos princpios da qualidade, identificando os pontos fortes e fracos da organizao. Auditoria Integral Envolve o exame dos controles, processos e sistemas utilizados para gerenciar os recursos da organizao. 4.4 Classificao segundo a CGU (Controladoria-Geral da Unio) Vamos classificao da CGU. A norma que disciplina as atividades de auditoria no Poder Executivo Federal a Instruo Normativa SFC/MF n 01, de 06 de abril de 2001, que define diretrizes, princpios, conceitos e aprova normas tcnicas para a atuao do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. Esta classificao muito importante, tendo em vista que costuma ser a base para a Auditoria em diversos rgos pblicos. Segundo a IN 01016, a auditoria classifica-se em:

    6 CONTROLADORIA-GERAL DA UNIO. Instruo Normativa SFCMF n 01, de 06 de abril de 2001. Braslia, 2001.

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    4.4.1 Auditoria de Avaliao da Gesto: esse tipo de auditoria objetiva emitir opinio com vistas a certificar a regularidade das contas, verificar a execuo de contratos, acordos, convnios ou ajustes, a probidade na aplicao dos dinheiros pblicos e na guarda ou administrao de valores e outros bens da Unio ou a ela confiados. 4.4.2 Auditoria de Acompanhamento da Gesto: realizada ao longo dos processos de gesto, com o objetivo de se atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma unidade ou entidade federal, evidenciando melhorias e economias existentes no processo ou prevenindo gargalos ao desempenho da sua misso institucional. 4.4.3 Auditoria Contbil: compreende o exame dos registros e documentos e na coleta de informaes e confirmaes, mediante procedimentos especficos, pertinentes ao controle do patrimnio de uma unidade, entidade ou projeto. Objetivam obter elementos comprobatrios suficientes que permitam opinar se os registros contbeis foram efetuados de acordo com os princpios fundamentais de contabilidade e se as demonstraes deles originrias refletem, adequadamente, em seus aspectos mais relevantes, a situao econmico-financeira do patrimnio, os resultados do perodo administrativo examinado e as demais situaes nelas demonstradas. Tem por objeto, tambm, verificar a efetividade e a aplicao de recursos externos, oriundos de agentes financeiros e organismos internacionais, por unidades ou entidades pblicas executoras de projetos celebrados com aqueles organismos com vistas a emitir opinio sobre a adequao e fidedignidade das demonstraes financeiras. 4.4.4 Auditoria Operacional: consiste em avaliar as aes gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo operacional, ou parte dele, das unidades ou entidades da administrao pblica federal, programas de governo, projetos, atividades, ou segmentos destes, com a finalidade de emitir uma opinio sobre a gesto quanto aos aspectos da eficincia, eficcia e economicidade, procurando auxiliar a administrao na gerncia e nos resultados, por meio de recomendaes, que visem aprimorar os procedimentos, melhorar os controles e aumentar a responsabilidade gerencial. 4.4.5 Auditoria Especial: objetiva o exame de fatos ou situaes consideradas relevantes, de natureza incomum ou extraordinria, sendo realizadas para atender determinao expressa de autoridade competente. Classifica-se nesse tipo os demais trabalhos de auditoria no inseridos em outras classes de atividades.

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    Como podemos perceber, no existe classificao mais correta. Cada autor, estudioso do assunto, prope a classificao que mais entende adequada ao momento. As classificaes apresentadas na aula so apenas algumas das possveis, sendo o mais importante entendermos esses conceitos iniciais, que nos daro uma boa base para quando entrarmos nos aspectos mais especficos da Auditoria.

    EXERCCIOS DE FIXAO

    13. (CESPE/Cmara dos Deputados/2014) A respeito dos tipos e modalidades de auditoria no setor pblico, julgue os itens a seguir.

    Um dos objetivos da auditoria contbil emitir opinio acerca da adequao e da fidedignidade das demonstraes financeiras quanto aplicao, por parte das entidades pblicas executoras, de recursos externos oriundos de projetos celebrados com organismos internacionais.

    Comentrios: Como vimos na parte terica, a Auditoria Contbil tem por objeto,

    tambm, verificar a efetividade e a aplicao de recursos externos, oriundos de agentes financeiros e organismos internacionais, por unidades ou entidades pblicas executoras de projetos celebrados com aqueles organismos com vistas a emitir opinio sobre a adequao e fidedignidade das demonstraes financeiras.

    Gabarito: C

    14. (CESPE/Cmara dos Deputados/2014) A respeito dos tipos e modalidades de auditoria no setor pblico, julgue os itens a seguir.

    Por meio da auditoria operacional preveem-se os obstculos ao desempenho da misso institucional da entidade, uma vez que se atua em tempo real sobre os atos efetivos da entidade.

    Comentrios: Vejam a definio apresentada na aula: a Auditoria de

    Acompanhamento da Gesto realizada ao longo dos processos de gesto, com o objetivo de se atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma unidade ou entidade federal, evidenciando melhorias e economias existentes no processo ou prevenindo gargalos ao desempenho da sua misso institucional.

    Assim, a definio apresentada na questo no corresponde

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    definio de auditoria operacional, e sim de auditoria de acompanhamento da gesto.

    Gabarito: E A seguir, algumas questes que cobraram o conhecimento j estudado at agora. Observem que a maior parte das questes se refere classificao da IN 0101.

    EXERCCIOS COMPLEMENTARES

    15. (CESPE/AFT/2013) O relatrio de auditoria de recursos externos deve ser elaborado pelo organismo internacional contratante e encaminhado Controladoria-Geral da Unio e s unidades setoriais e regionais do Sistema de Controle Interno.

    Comentrios: Segundo a definio da IN 0101, estudada na aula, a auditoria

    contbil citada na questo objetiva obter elementos comprobatrios suficientes que permitam opinar se os registros contbeis foram efetuados de acordo com os princpios fundamentais de contabilidade e se as demonstrac es deles originrias refletem, adequadamente, em seus aspectos mais relevantes, a situac o econmico-financeira do patrimo nio, os resultados do perodo administrativo examinado e as demais situaces nelas demonstradas.

    Ou seja, quem elabora o relatrio no o organismo internacional, mas sim o Sistema de Controle interno.

    Gabarito: E

    16. (CESPE/ANP/2013) A auditoria de acompanhamento de gesto realizada ao longo do exerccio financeiro em curso, com o objetivo de atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos, com vistas a certificar a regularidade das contas.

    Comentrios: A Certificao da regularidade das contas dada por meio de uma

    auditoria denominada Auditoria de Avaliao da Gesto, e no de Acompanhamento da Gesto. A primeira parte da questo ao longo do exerccio financeiro em curso, com o objetivo de atuar em tempo real pode ter induzido a erro muitos candidatos que no leram a assertiva at o fim, pois se refere Auditoria de Acompanhamento da Gesto.

    Gabarito: E

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    17. (CESPE/CNJ/2013) A auditoria que tem como objetivo especfico o melhoramento das operac es examinadas, consubstanciada na anlise da eficincia, eficcia e economicidade da ac o administrativa, denominada auditoria de gesto.

    Comentrios: Definio da IN 0101 estudada em sala: a Auditoria

    Operacional consiste em avaliar as aes gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo operacional, ou parte dele, das unidades ou entidades da administrao pblica federal, programas de governo, projetos, atividades, ou segmentos destes, com a finalidade de emitir uma opinio sobre a gesto quanto aos aspectos da eficincia, eficcia e economicidade, procurando auxiliar a administrao na gerncia e nos resultados, por meio de recomendaes, que visem aprimorar os procedimentos, melhorar os controles e aumentar a responsabilidade gerencial.

    Ou seja, a definio dada pela questo se refere Auditoria Operacional, e no Auditoria de Gesto.

    Gabarito: E 18. (CESPE/Previc/2011) Para que uma auditoria seja classificada como do tipo especial, no basta que trate de fatos ou situac es relevantes e tenha sido determinada pela autoridade competente.

    Comentrios: Auditoria Especial: objetiva o exame de fatos ou situaes

    consideradas relevantes, de natureza incomum ou extraordinria, sendo realizadas para atender determinao expressa de autoridade competente. Classifica-se nesse tipo os demais trabalhos de auditoria no inseridos em outras classes de atividades.

    Ou seja, tambm necessrio que os fatos ou situaes sejam de natureza incomum ou extraordinria.

    Gabarito: C 19. (CESPE/Detran-ES/2010) A auditoria de acompanhamento da gesto compreende o exame dos registros e documentos e tem a finalidade de obter elementos comprobatrios suficientes para opinar se os demonstrativos refletem a situac o econmica da entidade.

    Comentrios: No se trata de auditoria de acompanhamento da gesto (realizada

    ao longo de um processo), mas sim de auditoria contbil, que objetiva obter elementos comprobatrios suficientes que permitam opinar se os registros contbeis foram efetuados de acordo com os princpios fundamentais de contabilidade e se as demonstraes deles originrias refletem, adequadamente, em seus aspectos mais relevantes, a situao

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    econmico-financeira do patrimnio, os resultados do perodo administrativo examinado e as demais situaes nelas demonstradas.

    Gabarito: E

    20. (CESPE/IBRAM/2009) A auditoria realizada ao longo dos processos de gesto, com o objetivo de atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais, classificada como auditoria operacional.

    Comentrios: Como vimo, a Auditoria de Acompanhamento da Gesto

    realizada ao longo dos processos de gesto, com o objetivo de se atuar em tempo real sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de uma unidade ou entidade federal, evidenciando melhorias e economias existentes no processo ou prevenindo gargalos ao desempenho da sua misso institucional.

    Gabarito: E

    21. (CESPE/IBRAM/2009) A auditoria contbil governamental compreende a avaliac o dos resultados operacionais e da execuc o dos programas de governo quanto economicidade, eficincia e eficcia.

    Comentrios: A Auditoria Operacional consiste em avaliar as aes

    gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo operacional, ou parte dele, das unidades ou entidades da administrao pblica federal, programas de governo, projetos, atividades, ou segmentos destes, com a finalidade de emitir uma opinio sobre a gesto quanto aos aspectos da eficincia, eficcia e economicidade, procurando auxiliar a administrao na gerncia e nos resultados, por meio de recomendaes, que visem aprimorar os procedimentos, melhorar os controles e aumentar a responsabilidade gerencial.

    Gabarito: E 22. (Cespe/AUGE-MG/2009) A auditoria da gesto pblica a vertente da auditoria governamental realizada pelo Estado visando ao controle de sua gesto. Assinale a opo correta acerca dos tipos de auditoria governamental.

    a) A verificao do cumprimento da legislao pertinente objeto da auditoria contbil. b) A auditoria de sistemas tem, entre outros, o objetivo de identificar as reas crticas e riscos potenciais, proporcionando as bases para a sua eliminao ou reduo. c) A anlise da realizao fsico-financeira, em face dos objetivos e metas estabelecidos, um aspecto contemplado pela auditoria de gesto. d) A auditoria integral utiliza-se de critrios sob a tica dos quais busca avaliar a organizao, como, por exemplo, a gesto e o desenvolvimento de pessoas.

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    e) Constitui objetivo da auditoria operacional aferir a confiabilidade, a segurana, a fidedignidade e a consistncia dos sistemas administrativos, gerenciais e de informaes.

    Comentrios: Questo extrada da classificao encontrada na obra de Peter e

    Machado (2008), acerca dos tipos de auditoria governamental. Como podemos observar, a nica alternativa correta a letra E.

    As demais trazem conceitos equivocados. Procurem, no estudo das classificaes, identificar palavras ou expresses-chave, que normalmente no faltariam na definio do assunto, como por exemplo: auditoria de sistemas: sistemas eletrnicos de processamento de dados; auditoria especial: natureza incomum ou extraordinria, autoridade. Gabarito: E 23. (CESPE/TCE-AC/2008) Assinale a opc o correta acerca dos tipos de auditoria e de suas func es e objetivos.

    A) A auditoria de avaliac o de gesto responsvel por certificar a regularidade das contas e verificar os contratos, com o objetivo de controlar e emitir opinio sobre as transac es no que diz respeito sua economicidade e eficie ncia. B) A auditoria de acompanhamento da gesto responsvel por avaliar a gesto do ano imediatamente anterior quanto aos atos efetivos e os potenciais efeitos positivos e negativos de uma entidade, com o objetivo de subsidiar a gesto subsequente. C) A auditoria operacional responsvel por verificar o processo de gesto com o objetivo de evidenciar as melhorias existentes e prevenir gargalos no desempenho da misso institucional. D) A auditoria contbil responsvel por verificar a efetiva aplicac o de recursos externos oriundos de agentes financeiros por entidades pblicas executoras de projetos celebrados com esses agentes, com a finalidade de emitir opinio sobre a adequaco e fidedignidade das demonstraces financeiras. E) A auditoria especial responsvel por examinar somente fatos relevantes, com o objetivo de atender determinac o expressa de autoridade competente.

    Comentrios: Vamos verificar a correo de cada alternativa: A errada, pois a auditoria de avaliao da gesto no emite

    opinio sobre as transac es no que diz respeito sua economicidade e eficincia.

    B - errada, pois a auditoria de acompanhamento da gesto realizada ao longo do exerccio, e no para avaliao do exerccio passado.

    C errada, pois evidenciar as melhorias existentes e prevenir gargalos no desempenho da misso institucional objetivo da auditoria de acompanhamento da gesto.

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    D correta, como vimos nas definies dos tipos de auditoria. E errada, pois a auditoria especial no est limitada aos fatos

    constantes da determinao da autoridade competente, incluindo trabalhos auditoriais no inseridos em outras classes de atividades.

    Gabarito: D 24. (FCC/DPE-RS/2013) A auditoria, no mbito do sistema de controle interno do setor pblico federal, que objetiva o exame de fatos ou situaes consideradas relevantes, de natureza incomum ou extraordinria, sendo realizada para atender determinao expressa de autoridade competente, classificada como:

    A) contbil. B) extraordinria. C) extraplano. D) inspeo. E) especial.

    Comentrios: Auditoria Especial: objetiva o exame de fatos ou situaes

    consideradas relevantes, de natureza incomum ou extraordinria, sendo realizadas para atender determinao expressa de autoridade competente.

    Gabarito: E 25. (FCC/TRT-12/2013) Uma auditoria realizada com o objetivo de examinar se os recursos esto sendo usados eficientemente em um programa da rea da sade denominada de auditoria:

    A) de conformidade. B) contbil. C) operacional. D) de regularidade. E) de legalidade.

    Comentrios: A Auditoria Operacional consiste em avaliar as aes

    gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo operacional, ou parte dele, das unidades ou entidades da administrao pblica federal, programas de governo, projetos, atividades, ou segmentos destes, com a finalidade de emitir uma opinio sobre a gesto quanto aos aspectos da eficincia, eficcia e economicidade, procurando auxiliar a administrao na gerncia e nos resultados, por meio de recomendaes, que visem aprimorar os procedimentos, melhorar os controles e aumentar a responsabilidade gerencial.

    Gabarito: C 26. (FGV/ASLEMA/2013) A auditoria no setor pblico que objetiva emitir opinio com vistas a certificar a regularidade das contas, verificar a execuc o de contratos, acordos, conve nios ou

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    ajustes, a probidade na aplicac o dos dinheiros pblicos e na guarda ou administraco de valores e outros bens classificada como:

    A) avaliac o de gesto. B) acompanhamento de gesto. C) contbil. D) operacional. E) especial.

    Comentrios: Auditoria de Avaliao da Gesto: esse tipo de auditoria objetiva

    emitir opinio com vistas a certificar a regularidade das contas, verificar a execuo de contratos, acordos, convnios ou ajustes, a probidade na aplicao dos dinheiros pblicos e na guarda ou administrao de valores e outros bens da Unio ou a ela confiados.

    Gabarito: A 5. Auditoria interna e externa: papis 5.1 Conceito de Auditoria Interna A Auditoria surgiu pela necessidade de formao de opinio independente quanto forma pela qual determinado patrimnio estava sendo gerenciado. Pois bem. Essa opinio pode vir de dentro da prpria empresa, desde que independente, ou de fora da mesma, por profissionais que no fazem parte da organizao. Assim, podemos definir Auditoria Interna como uma atividade de avaliao independente dentro da empresa, para verificar as operaes e emitir uma opinio sobre elas, sendo considerada um servio prestado administrao. De acordo com Crepaldi (2010), executada por profissional ligado empresa, ou por uma seo prpria para esse fim, sempre em linha de dependncia da direo empresarial. Vamos ver um exemplo de uma empresa de energia do Cear a Coelce. Observem que a Auditoria Interna est ligada ao Conselho de Administrao, no estando subordinada a nenhuma Diretoria especfica. E vocs sabem por que eu estou usando esta empresa como exemplo? Por nada, pessoal, a escolha foi aleatria mesmo.

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    Fonte: www.coelce.com.br Essa ligao com a Alta Administrao da empresa que d a necessria autonomia aos trabalhos da Auditoria Interna, pois no dependente de qualquer setor da entidade. Nesse ponto, poderia haver alguma dvida quanto ao fato de afirmarmos ser uma opinio independente. Como uma opinio independente seria emitida por algum que est em linha de dependncia da direo? Bom, vamos entender o seguinte: se a Auditoria Interna presta um servio prpria administrao, com que objetivo o auditor iria alterar um resultado, modificar uma opinio para encobrir um fato? Nenhum, ou vocs imaginam que o administrador pediria para ser enganado pela Auditoria Interna da prpria empresa? O fato que a Auditoria Interna tem como objetivo auxiliar a administrao da entidade no cumprimento de seus objetivos. A Auditoria Interna no tem por objetivo principal a identificao de fraudes e erros, tampouco a punio de gestores que cometam as impropriedades ou irregularidades. Ou seja, se a Auditoria Interna no puder emitir uma opinio independente, autnoma, no cumprir seu papel na estrutura organizacional. E essa ideia muito importante para a prova de vocs.

    Se a banca fizer uma comparao entre a independncia da auditoria interna e da auditoria externa, claro que ns vamos dizer que a auditoria externa mais independente que a interna.

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    EXERCCIOS DE FIXAO

    27. (CESPE/FUB-DF/2013) Os auditores internos, apesar de sua subordinao administrao da empresa e do mbito de seu trabalho, devem adotar, entre seus procedimentos, a investigao e a confirmao, que envolvem pessoas fsicas ou jurdicas de dentro ou de fora da entidade.

    Comentrios: Entre as tcnicas que o auditor interno utiliza para coletar

    evidncias de auditoria esto a investigao e a confirmao que, conforme definio da norma de auditoria interna, podem envolver pessoa fsica ou jurdica de dentro ou fora da entidade.

    Isso pode acontecer independente dessa subordinao existente entre o auditor interno e a alta administrao. Gabarito: C 28. (CESPE/TCDF/2012) Acerca de auditoria interna, julgue o item seguinte: os servios de auditoria interna, estabelecidos dentro dos rgos e instituies governamentais, so, na maior medida possvel, no mbito de sua respectiva estrutura, independentes nos aspectos funcionais e de organizao.

    Comentrios: A ligao com a Alta Administrao da empresa que d a

    necessria autonomia aos trabalhos da Auditoria Interna, pois no dependente de qualquer setor da entidade. No setor pblico no diferente.

    Gabarito: C

    Vamos tratar agora de uma norma muito importante quando o assunto a Auditoria Interna: a NBC TI 01 Da Auditoria Interna. Com relao ao conceito de Auditoria Interna, a norma estabelece:

    A Auditoria Interna compreende os exames, anlises, avaliaes, levantamentos e comprovaes, metodologicamente estruturados para a avaliao da integridade, adequao, eficcia, eficincia e economicidade dos processos, dos sistemas de informaes e de controles internos integrados ao ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir administrao da entidade no cumprimento de seus objetivos. (grifei)

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    Como se v, o CFC deixa claro que a Auditoria Interna deve avaliar processos, sistemas e controle, a fim de auxiliar a administrao no cumprimento dos objetivos da entidade. Essa definio muito importante! Como vimos, o papel da Auditoria Interna auxiliar a administrao da entidade no cumprimento de seus objetivos. Para tanto, tem exercido a importante funo de identificar oportunidades e estratgias para minimizar os riscos inerentes atividade da organizao a qual faz parte. elemento chave na avaliao e na sugesto de melhorias nos processos, sendo eficiente suporte na gesto empresarial. Outro ponto de destaque na NBC TI 01 que a norma afirma que A Auditoria Interna exercida nas pessoas jurdicas de direito pblico, interno ou externo, e de direito privado. Dessa forma, deixa claro que no se limita a discutir conceitos exclusivos do setor privado, incluindo as pessoas jurdicas de direito pblico. Sobre a finalidade da Auditoria Interna, a NBC TI 01 a coloca da seguinte forma: agregar valor ao resultado da organizao, apresentando subsdios para o aperfeioamento dos processos, da gesto e dos controles internos, por meio da recomendao de solues para as no-conformidades apontadas nos relatrios.

    A finalidade da Auditoria Interna agregar valor ao resultado da organizao, apresentando subsdios para o aperfeioamento dos processos, da gesto e dos controles internos, por meio da recomendao de solues para as no-conformidades apontadas nos relatrios.

    Papel da Auditoria Interna

    AGREGAR VALOR APERFEIOAMENTO

    PROCESSOS

    GESTO

    CONTROLES INTERNOS

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    Outro ponto que merece destaque quanto s funes da Auditoria Interna o relacionado preveno de fraudes e erros. De acordo com a norma, atribuio da Auditoria Interna assessorar a administrao da entidade nesse sentido, informando-a, sempre por escrito e de maneira reservada, quaisquer indcios de irregularidades detectadas no decorrer do trabalho. A diferena entre fraude e erro bastante simples: enquanto a fraude resulta de um ato intencional, o erro consequncia de um ato no intencional (o famoso foi sem querer). O que mais nos interessa nesse assunto saber que a preveno de fraudes e erros no atribuio principal, finalidade precpua, objetivo maior, e outras afirmaes desse tipo, da Auditoria Interna. Se a questo apresentar que , pode considerar ERRADO sem medo, pois a maior responsvel por essa deteco a prpria administrao da entidade.

    EXERCCIOS DE FIXAO

    29. (CESPE/DPU/2016) Com base nas normas brasileiras para o exerccio e a execuo de trabalho da auditoria interna, julgue os itens subsequentes. O principal objetivo do auditor interno obter achados que permitam fundamentar as evidncias acerca dos procedimentos de auditoria aplicados.

    Comentrios: Segundo a NBC TI 01, a atividade da Auditoria Interna est estruturada em procedimentos, com enfoque tcnico, objetivo, sistemtico e disciplinado, e tem por finalidade agregar valor ao resultado da organizao, apresentando subsdios para o aperfeioamento dos processos, da gesto e dos controles internos, por meio da recomendao de solues para as no conformidades apontadas nos relatrios. (grifei) Os procedimentos de auditoria aplicados no so a finalidade da auditoria, mas sim o meio pelo qual o auditor obtm evidncias para fundamentar suas concluses e suas recomendaes. Assim, a assertiva est incorreta. Gabarito: E

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    1.2 Conceito de Auditoria Externa ou Independente Quanto Auditoria Externa, vocs j devem estar imaginando que realizada por auditores que no fazem parte da estrutura da empresa, e esto certos. executada por profissional independente, sem ligao com os quadros da empresa, tendo sua atuao regulada por contrato de servios. Seu objetivo dar credibilidade s demonstraes contbeis, examinadas dentro dos parmetros de normas de auditoria e princpios contbeis. Podemos concluir tambm que tem como clientes o pblico externo empresa, usurio final dessa informao.

    A Auditoria Externa ou Independente realizada por auditores que no fazem parte da estrutura da empresa. executada por profissional independente, tendo sua atuao regulada por contrato de servios. Seu objetivo dar credibilidade s demonstraes contbeis, examinadas dentro dos parmetros de normas de auditoria e princpios contbeis, e tem como principal cliente o pblico externo, usurio final dessa informao. Para ficar bastante claro, vamos nos colocar na situao do interessado nessa informao produzida pela Auditoria. Os investidores se contentariam em receber dados gerenciais da prpria empresa, ainda que da Auditoria Interna, sabendo que seus integrantes fazem parte da folha de pagamentos da auditada? Duvido. Lembrem-se... se for para comparar, devemos dizer que a Auditoria Interna menos independente que a Auditoria Externa. Assim, a Auditoria Externa cumpre esse objetivo de emitir opinio sobre as demonstraes contbeis, a fim de permitir a diversos interessados uma tomada de deciso mais racional sobre os investimentos feitos na organizao. A Resoluo CFC n 1.203/09, que aprovou a NBC TA 200 Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Conduo da Auditoria em

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    Conformidade com Normas de Auditoria descreve o objetivo da Auditoria das Demonstraes Contbeis Externa da seguinte forma:

    aumentar o grau de confiana nas demonstraes contbeis por parte dos usurios. Isso alcanado mediante a expresso de uma opinio pelo auditor sobre se as demonstraes contbeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatrio financeiro aplicvel. (grifei)

    Para esclarecer, de acordo com a mesma norma, estrutura de relatrio financeiro aplicvel aquela que aceitvel em vista da natureza da entidade e do objetivo das demonstraes contbeis ou que seja exigida por lei ou regulamento. Pode-se resumir a finalidade da Auditoria Externa com a afirmao de que busca conferir credibilidade s demonstraes contbeis, visto que, para os interessados nas informaes financeiras, no basta uma opinio interna, sendo indispensvel a opinio independente da Auditoria Externa. No atribuio do auditor independente garantir a viabilidade futura da entidade ou fornecer algum tipo de atestado de eficcia da administrao na gesto dos negcios.

    Finalidade da Auditoria Externa: busca conferir credibilidade s demonstraes contbeis, visto que, para os interessados nas informaes financeiras, no basta uma opinio interna, sendo indispensvel a opinio independente da Auditoria Externa. No atribuio do auditor independente garantir a viabilidade futura da entidade ou fornecer algum tipo de atestado de eficcia da administrao na gesto dos negcios. De acordo a NBC TA 200, ao conduzir a auditoria de demonstraes contbeis, os objetivos gerais do auditor so: ...

    (a) obter segurana razovel de que as demonstraes contbeis como um todo esto livres de distoro relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro, possibilitando assim que o auditor expresse sua opinio sobre

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    se as demonstraes contbeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatrio financeiro aplicvel; e

    (b) apresentar relatrio sobre as demonstraes contbeis e

    comunicar-se como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as constataes do auditor. (grifei)

    Ou seja: - obter segurana razovel de que as demonstraes contbeis esto livres de distores relevantes; - expressar sua opinio sobre se as demonstraes foram elaboradas conforme a estrutura de relatrio financeiro aplicvel; e - apresentar relatrio sobre as demonstraes contbeis. Distores so a diferena entre o valor, a classificao, a apresentao ou a divulgao de uma demonstrao contbil relatada e o valor, a classificao, a apresentao ou a divulgao que exigida para que o item esteja de acordo com a estrutura de relatrio financeiro aplicvel (ou seja, a diferena entre o que para o que deveria ser). As distores podem se originar de erro ou fraude, e so consideradas relevantes quando podem vir a modificar a opinio do usurio. O auditor tambm pode ter outras responsabilidades de comunicao e de relatrio, perante os usurios, a administrao, os responsveis pela governana ou partes fora da entidade, a respeito dos assuntos decorrentes da auditoria, como, por exemplo, de comunicao com os responsveis pela Governana, responsabilidades em relao a fraudes, dentre outras, desde que estabelecidas por lei, regulamento ou normas do CFC. 1.3 Semelhanas e diferenas entre a Auditoria Interna e Externa A principal semelhana entre a Auditoria Interna e a Externa relacionada aos mtodos de trabalho, que, via de regra, so bastante parecidos, tanto quanto s caractersticas desejveis pessoa do auditor quanto aos aspectos de planejamento, execuo e emisso de relatrios. Quanto s diferenas, vamos observar o quadro abaixo, adaptado da obra de Crepaldi, sendo que muitas das quais j foram comentadas nesta aula.

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    Elementos Auditoria Interna Auditoria Externa

    Sujeito Funcionrio da empresa

    Profissional independente

    Ao e objetivo Exame dos controles operacionais

    Exame das demonst. Financeiras

    Finalidade Promover melhorias nos controles operacionais

    Opinar sobre as demonst. Financeiras

    Relatrio principal Recomendaes Parecer (Relatrio) Grau de independncia Menos amplo Mais amplo Interessados no trabalho Empresa

    Empresa e pblico em geral

    Responsabilidade Trabalhista Profissional, civil e criminal

    Continuidade do trabalho

    Contnuo Peridico

    Fonte: Auditoria Contbil teoria e prtica Crepaldi (2010) A informao constate desse quadro muito importante. Diria que uma das mais importantes da aula.

    EXERCCIOS DE FIXAO

    30. (CESPE/TCU/2013) As atribuies dos auditores internos e externos diferem, pois, no primeiro caso, esto fixadas no contrato de trabalho, como empregado da empresa, e, no segundo, no contrato de prestao de servios com o profissional ou empresa. O auditor interno tem responsabilidade essencialmente trabalhista; o externo, responsabilidade profissional, civil e criminal.

    Comentrios: Realmente, o auditor interno empregado da empresa ou

    servidor do rgo/entidade e, de maneira geral, sua responsabilidade primordialmente trabalhista.

    J o auditor independente um terceiro que presta servio profissional e qualificado para a empresa auditada e, dessa forma, est sujeito no apenas responsabilidade profissional como civil e criminal.

    Gabarito: C

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    EXERCCIOS COMPLEMENTARES

    31. (FGV/TCE-BA/2013) A finalidade de comunicar o risco e o controle para as reas apropriadas da organizac o alta administraco, examinando, avaliando e monitorando a adequac o e efetividade do controle interno de forma contnua e com maior volume de testes, competencia da:

    (A) Auditoria Independente. (B) Auditoria Interna. (C) Auditoria Operacional. (D) Auditoria Contbil. (E) Auditoria de Gesto.

    Comentrios: Considerando que o principal objetivo da Auditoria Interna auxiliar

    o gestor no cumprimento dos objetivos da entidade, podemos concluir que essa atuao em nvel de assessoramento inclui avaliar e monitorar a adequao e a efetividade do controle interno. Sabemos ainda que sua atuao se d de forma contnua, por fazer parte da estrutura da organizao, aplicando, dessa forma, um maior volume de testes.

    Gabarito: B 32. (FGV/INEA-RJ/2013) Assinale a alternativa que indica uma caracterstica da auditoria interna de uma organizac o. A) Mostra maior grau de independe ncia funcional sobre as atividades operacionais. B) Emite um parecer ou opinio sobre as demonstrac es contbeis auditadas. C) Atende exclusivamente s normas de contabilidade em vigor. D) Realiza maior volume de testes sobre os trabalhos de auditorias operacional e contbil. E) Procura apenas erros substanciais nas demonstrac es contbeis.

    Comentrios: A errada. O grau de independncia do auditor interno menor. B errada, por se tratar do objetivo da atuao do auditor externo. C errada, pois o auditor interno deve atender ao disposto em

    diversas normas. D certa. Sabemos ainda que sua atuao se d de forma contnua,

    por fazer parte da estrutura da organizao, aplicando, dessa forma, um maior volume de testes.

    E errada, por se tratar da atuao do auditor externo. Gabarito: D

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    33. (FGV/MPE-MS/2013) O auditor, ao verificar se as normas internas esto sendo corretamente seguidas pelos colaboradores da empresa, est realizando um dos objetivos da auditoria: A) interna. B) externa. C) operacional. D) independente. E) de gesto.

    Comentrios: Considerando que o principal objetivo da Auditoria Interna auxiliar

    o gestor no cumprimento dos objetivos da entidade, podemos concluir que essa atuao em nvel de assessoramento inclui verificar se as normas internas esto sendo corretamente seguidas pelos colaboradores da empresa, o que pode estar relacionado avaliao e ao monitoramento da adequao e da efetividade do controle interno.

    Gabarito: A 34. (FGV/ISS-Recife/2014) O auditor, ao expressar opinio de que as demonstrac es contbeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatrio financeiro aplicvel, produz o seguinte efeito:

    (A) revela as distorc es do planejamento da auditoria das demonstraces contbeis. (B) reduz os riscos de auditoria das demonstrac es contbeis o que gera seguranca para os usurios. (C) proporciona o aumento de evide ncias de auditoria das demonstraces contbeis. (D) aumenta o grau de confianc a nas demonstraces contbeis por parte dos usurios. (E) assegura que os objetivos operacionais desejados pela administrac o foram alcanc ados.

    Comentrios: A Resoluo CFC n 1.203/09, que aprovou a NBC TA 200

    Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Conduo da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria descreve o objetivo da Auditoria das Demonstraes Contbeis Externa da seguinte forma: aumentar o grau de confiana nas demonstraes contbeis por parte dos usurios. Isso alcanado mediante a expresso de uma opinio pelo auditor sobre se as demonstraes contbeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatrio financeiro aplicvel.

    Gabarito: D 35. (FCC/SEFAZ-PE/2014) Agregar valor ao resultado da organizaco, apresentando subsdios para o aperfeicoamento dos processos, da gesto e dos controles internos, por meio da

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    recomendac o de soluc es para as no conformidades apontadas nos relatrios, finalidade, decorrente da atividade:

    A) do conselho fiscal. B) da auditoria externa. C) do conselho de administrac o. D) do controle interno. E) da auditoria interna

    Comentrios: Questo literal. De acordo com a a NBC TI 01 Da Auditoria Interna

    do CFC, a atividade da Auditoria Interna tem por finalidade agregar valor ao resultado da organizac o, apresentando subsdios para o aperfeicoamento dos processos, da gesto e dos controles internos, por meio da recomendaco de soluces para as no-conformidades apontadas nos relatrios.

    Gabarito: E 36. (FCC/TCE-RS/2014) A atividade que compreende os exames, anlises, avaliac es, levantamentos e comprovaces, metodologicamente estruturados para a avaliac o da integridade, adequac o, eficcia, eficie ncia e economicidade dos processos, dos sistemas de informac es e de controles internos integrados ao ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir a administrac o da entidade no cumprimento de seus objetivos, forma o conceito de auditoria:

    (A) ambiental. (B) interna. (C) contbil. (D) de gesto. (E) de programa.

    Comentrios: Outra questo literal. Segundo a NBC TI 01, a Auditoria Interna

    compreende os exames, anlises, avaliac es, levantamentos e comprovaces, metodologicamente estruturados para a avaliaco da integridade, adequaco, eficcia, eficiencia e economicidade dos processos, dos sistemas de informac es e de controles internos integrados ao ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir administraco da entidade no cumprimento de seus objetivos.

    Gabarito: B 37. (FCC/TCE-PI/2014) A auditoria interna: A) exercida por profissional independente. B) realizada de forma peridica. C) emite Parecer. D) opina sobre as demonstrac es Contbeis. E) emite recomendaces a entidade auditada.

    Comentrios: A referente auditoria independente.

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    B referente auditoria independente. C o auditor interno emite relatrio, e no parecer.

    D referente auditoria independente. E considerando que o principal objetivo da Auditoria Interna auxiliar o gestor no cumprimento dos objetivos da entidade, podemos concluir que essa atuao em nvel de assessoramento deve ser realizada por meio de recomendaes e sugestes entidade auditada.

    Gabarito: E 38. (FCC/DPE-SP/2013) A auditoria interna deve estar vinculada aos mais altos nveis hierrquicos de uma entidade com vistas a:

    A) atuar estritamente como rgo fiscalizador. B) emitir parecer sobre as demonstrac es contbeis para os usurios externos. C) garantir autonomia e independe ncia. D) punir os responsveis por erros nas demonstrac es contbeis. E) apurar fraudes e punir os subordinados com maior isenc o.

    Comentrios: A principal finalidade dessa vinculao aos mais altos nveis

    hierrquicos da empresa se d pela necessidade de autonomia e independncia.

    Gabarito: C