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ÍNDICE INTRODUÇÃO......................................................3 1.RECEITAS PÚBLICAS.............................................4 1.1.Modalidades de receitas do estado.........................4 1.2.As receitas patrimoniais..................................4 1.3.Receitas do património imobiliário........................5 1.4.Receitas do património mobiliário.........................6 2.Principais fontes de arrecadação de receitas públicas.........7 2.1.Imposto sobre rendimento de pessoas singulares - IRPS.....7 2.1.1.Incidência real........................................7 2.1.2.Rendimentos do trabalho dependente.....................7 2.1.3.Incidência pessoal.....................................8 2.1.4.Taxas..................................................9 2.2.Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRPC). .10 2.2.1.Incidência objectiva..................................10 2.2.2.Isenções..............................................11 2.2.3.Taxa geral............................................12 2.3.IVA - IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO.................13 2.3.1.Características do IVA em Moçambique..................13 2.3.2.Incidência............................................13 2.3.3.Taxas.................................................13 2.4.Impostos Autárquicos em Moçambique.......................13 2.5.SISA..................................................... 15 2.5.1.Incidência Real.......................................15 2.5.2.Incidência subjectiva.................................16 2

Fontes de arrecadacao das receitas publicas

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Page 1: Fontes de arrecadacao das receitas publicas

ÍNDICE

INTRODUÇÃO................................................................................................................................3

1.RECEITAS PÚBLICAS................................................................................................................4

1.1.Modalidades de receitas do estado..........................................................................................4

1.2.As receitas patrimoniais..........................................................................................................4

1.3.Receitas do património imobiliário.........................................................................................5

1.4.Receitas do património mobiliário..........................................................................................6

2.Principais fontes de arrecadação de receitas públicas...................................................................7

2.1.Imposto sobre rendimento de pessoas singulares - IRPS.......................................................7

2.1.1.Incidência real..................................................................................................................7

2.1.2.Rendimentos do trabalho dependente..............................................................................7

2.1.3.Incidência pessoal............................................................................................................8

2.1.4.Taxas................................................................................................................................9

2.2.Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRPC)...............................................10

2.2.1.Incidência objectiva.......................................................................................................10

2.2.2.Isenções..........................................................................................................................11

2.2.3.Taxa geral.......................................................................................................................12

2.3.IVA - IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO.................................................13

2.3.1.Características do IVA em Moçambique.......................................................................13

2.3.2.Incidência.......................................................................................................................13

2.3.3.Taxas..............................................................................................................................13

2.4.Impostos Autárquicos em Moçambique...............................................................................13

2.5.SISA......................................................................................................................................15

2.5.1.Incidência Real...............................................................................................................15

2.5.2.Incidência subjectiva......................................................................................................16

2.5.3.Taxas..............................................................................................................................16

Conclusão.......................................................................................................................................17

Bibliografia.....................................................................................................................................18

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Page 2: Fontes de arrecadacao das receitas publicas

INTRODUÇÃO

Com o desenvolvimento e crescimento económico que se tem registado nos últimos anos em

Moçambique, faz com que haja sempre uma crescente preocupação por parte do Governo em

modernizar e actualizar o seu papel como responsável na administração financeira da coisa

pública. A informação prestada pelos gestores e contabilistas públicos sobre o Nível de execução

orçamental das receitas públicas é preponderante para o país, partindo da ideia de que os recursos

são escassos e a administração pública tem como objectivo principal a prestação de serviços

sociais ao público.

Segundo ANDRADE ﴾2002:27), a contabilidade pública é uma ciência que regista, controla e

estuda os actos e factos administrativos e económicos operados no património público duma

entidade, possibilitando a geração de informações, variações e resultados sobre a composição

deste, auferidos por sua administração e pelos usuários.

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Page 3: Fontes de arrecadacao das receitas publicas

1.RECEITAS PÚBLICAS

Receitas públicas são os recursos previstos em legislação e arrecadados pelo poder público com a

finalidade de realizar gastos que atenda as necessidades ou demandas da sociedade.

(CATARINO, 2012)

Em outras palavras, as receitas públicas são todo e qualquer recurso obtido pelo Estado para

atender os gastos públicos indispensáveis às necessidades da população.

1.1.Modalidades de receitas do estado

a) Classificações e tipologias

Algumas das mais importantes classificações de receitas públicas, como sejam aquelas que

separam as receitas correntes das receitas de capital e as receitas ordinárias das receitas

extraordinárias.

Uma primeira classificação é a que divide as receitas em coerciva e não coercivas. Ela segue

critério algo controverso e pouco preciso, já que, em rigor, se a coercibilidade se reporta ao

momento do pagamento, tem de se entender que todas as receitas são coercivas; se, pelo

contrário, se reporta à situação de base que origina o pagamento, então são verdadeiramente

muito poucas as prestações que têm na sua base uma obrigação irremovível. Todavia, pode dizer

se que o imposto e o empréstimo forçado são coercivos, por resultarem de imposição da lei, como

são não coercivas as receitas patrimoniais e creditícias, não decorrentes de obrigações.

(FRANCO, 2012:47)

1.2.As receitas patrimoniais

a) Noção Preliminar

Designamos por receitas patrimoniais as receitas que resultam da administração do património do

Estado ou da disposição de elementos do seu activo e que não tenham carácter tributário.

(FRANCO, 2012:51)

b) Modalidades

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Page 4: Fontes de arrecadacao das receitas publicas

A modalidade principal de receita patrimonial é constituída pelos rendimentos do património, isto

é, as receitas que resultam da normal administração do património.

Importa distinguir delas as receitas de disposição (incluindo oneração) patrimonial, que resultam

da alienação (ou oneração) de bens de activo patrimonial. Em certos momentos de

descongestionamento patrimonial ou de liberalização da estrutura financeira, elas podem ser

importantes (venda de bens nacionais; alienação de participações e prédios do estado, no inicio

dos anos oitenta). Delas se distinguem as receitas creditícias, que, embora representem oneração

geral do património por via do passivo creditício, têm autonomia clara, como já se viu.

(FRANCO, 2012:52)

1.3.Receitas do património imobiliário

a) Património Rural

Raras foram e são as explorações directas ou as explorações públicas autónomas (empresas

publicas agrícolas ou agro-industriais), suscitando-se aqui os problemas da opção pela exploração

directa ou indirecta, em monopólio ou concorrência, que estão longe de ter encontrado respostas

claras. Em regime de exploração directa, as receitas -que devem ser confrontadas com os custos,

por se tratar de uma actividade empresarial -podem ser entendidas em termos brutos (benefícios

ou lucros de exploração empresarial do Estado). Em termos unitários, as componentes da receita

serão preços dos bens.

Em exploração indirecta, a forma típica da receita estadual será a renda. A integrar na

contabilidade da entidade exploradora (pública ou controlada; privada, social ou cooperativa)

como custo. (FRANCO, 2012:52)

b) Património predial urbano

Em muitos ultrapassam a dezena de milhar os prédios do Estado. Uns estão afectos ao

funcionamento dos serviços ou ao uso dos cidadãos (museus, centros de cultura) -são património

de uso, cujo rendimento - utilidade se não exprimi numa receita (embora o seu valor locativo

possa ser elevado); é por vezes mal administrado e pode ter utilidades acessórias, (residência de

funcionários).

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Page 5: Fontes de arrecadacao das receitas publicas

O património de rendimento está normalmente arrendado e, salvo nos casos de utilidades em

regime de direito público, tem baixas taxas de rendimento gerando uma menor utilidade social

que o património de uso. (FRANCO, 2012:53)

c) Património de uso colectivo

Outros bens de património imobiliário têm finalidades principais de uso comum: devido a sua

natureza são bens colectivos e não bens de utilização privada de que o Estado é titular. Em tal

caso, não proporcionam rendimentos, ou são fonte geradora de obrigações tributárias. Em certos

casos, a concessão a entidades exploradoras pode dar origem, da parte destas, ao pagamento de

rendas de concessionário (que não serão rendimentos patrimoniais não caso da concessão de

serviço publico, mas apenas no da concessão de bens dominiais). (FRANCO, 2012:53)

1.4.Receitas do património mobiliário

a) Património Financial

O património financial dá rendimentos financeiros: juros, no caso de empréstimos concedidos

pelo Estado; dividendos ou outras formas de participação nos lucros, no caso das participações

financeiras ou cambiais, que podem ser consideradas rendimentos de uma carteira ou fundo

globalmente encarado, no caso da respectiva realização (nem sempre, quando realizadas pelo

Tesouro, tais receitas serão orçamentadas e contabilizadas; podem ser meras receitas de

tesouraria). (FRANCO, 2012:54).

b) Património empresarial

As participações financeiras directas em empresas - isto é, com fins de controlo ou intervenção na

gestão como sócio da empresa participativa - dão rendimentos de tipo empresarial: dividendos ou

lucros (e, claro, quando alienadas, dão receitas de disposição que não são rendimentos). As

participações empresariais públicas dão igualmente remunerações de capital. (FRANCO,

2012:54).

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Page 6: Fontes de arrecadacao das receitas publicas

2.Principais fontes de arrecadação de receitas públicas

Impostos (IVA, IRPS, IRPC, ISPC, ICE, Aduaneiros, SISA e Autárquicos)

Taxas

Mais-valias.

2.1.Imposto sobre rendimento de pessoas singulares - IRPS

2.1.1.Incidência real

1 - O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares – IRPS, é um imposto directo que

incide sobre o valor global anual dos rendimentos, mesmo quando provenientes de actos ilícitos.

2- Os rendimentos a que se refere o número anterior provêm das categorias seguintes, depois de

feitas as correspondentes deduções e abatimentos:

1ª Categoria: rendimentos do trabalho dependente;

2ª Categoria: rendimentos empresariais e profissionais;

3ª Categoria: rendimentos de capitais e das mais-valias;

4ª Categoria: rendimentos prediais;

5ª Categoria: outros rendimentos.

3 – Ficam sujeitos a tributação os rendimentos, quer em dinheiro, quer em espécie, seja qual for

o local onde se obtenham, a moeda e a forma por que sejam auferidos.

2.1.2.Rendimentos do trabalho dependente

Consideram-se ainda rendimentos do trabalho dependente:

a) As remunerações dos membros dos órgãos estatutários das pessoas colectivas e entidades

equiparadas.

b) As importâncias que os empresários individuais escriturem como remuneração do seu trabalho

ou do prestado pelas pessoas que façam parte do respectivo agregado familiar;

c) Os abonos para falhas devidos a quem no seu trabalho tenha de movimentar numerário, na

parte em que exceda 5% da remuneração mensal fixa; 7

Page 7: Fontes de arrecadacao das receitas publicas

d) As ajudas de custo e as importâncias auferidas pela utilização de automóvel próprio em serviço

da entidade patronal, na parte em que ambas excedam os limites legais ou até ao limite dos

quantitativos estabelecidos para os funcionários do Estado, com remunerações fixas equivalentes

ou mais aproximadas.

e) As verbas para despesas de deslocação, viagens ou representação de que não tenham sido

prestadas contais até ao termo do exercício;

f) Quaisquer indemnizações resultantes da constituição, extinção ou modificação de relação

jurídica que origine rendimentos do trabalho dependente, incluindo as que respeitem ao

incumprimento das condições contratuais ou sejam devidas pela mudança de local de trabalho;

g) As gratificações auferidas pela prestação ou em razão da prestação do trabalho, quando não

atribuídas pela respectiva entidade patronal.

2.1.3.Incidência pessoal

1 - Ficam sujeitas a IRPS as pessoas singulares que residam em território moçambicano e as que,

nele não residindo, aqui obtenham rendimentos.

2 - Existindo agregado familiar, o imposto é devido pelo conjunto dos rendimentos das pessoas

que o constituem, considerando-se como sujeitos passivos aquelas a quem incumbe a sua

direcção.

3 - O agregado familiar é constituído por:

a) Cônjuges não separados judicialmente de pessoas e bens e seus dependentes;

b) Cada um dos cônjuges ou ex-cônjuges, respectivamente, nos casos de separação judicial de

pessoas e bens ou de declaração de nulidade, anulação ou dissolução do casamento, e os

dependentes a seu cargo;

c) O pai ou a mãe solteiros e os dependentes a seu cargo;

d) O adoptante solteiro e os dependentes a seu cargo.

4 - Para efeitos do disposto no número anterior, consideram-se dependentes:

Os filhos, adoptados e enteados, menores não emancipados;

Os filhos, adoptados e enteados, maiores, que, não tendo mais de 25 anos nem auferindo

anualmente rendimentos superiores ao salário mínimo nacional, tenham frequentado no

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Page 8: Fontes de arrecadacao das receitas publicas

ano a que o imposto respeita o 11ª ou 12ª classes, estabelecimento de ensino médio ou

superior ou cumprido serviço militar obrigatório;

Os filhos, adoptados e enteados, maiores, inaptos para o trabalho e para angariar meios de

subsistência, quando não aufiram rendimentos superiores ao salário mínimo nacional mais

elevado;

Os menores sob tutela desde que não aufiram quaisquer rendimentos.

5 - O disposto nas alíneas a) b) c) do número anterior não prejudica a tributação autónoma das

pessoas nele referidas excepto se, tratando-se de filhos, adoptados ou enteados, menores não

emancipados, a administração dos rendimentos por eles auferidos não lhes pertencer na

totalidade.

6 - As pessoas referidas nos números anteriores não podem, simultaneamente, fazer parte de mais

do que um agregado familiar nem, integrando um agregado familiar, ser consideradas sujeitos

passivos autónomos.

7 - A situação pessoal e familiar dos sujeitos passivos relevante para efeitos de tributação é

aquela que se verificar no último dia do ano a que o imposto respeite.

2.1.4.Taxas

1- As taxas do imposto são as constantes da tabela seguinte:

Rendimentos Colectáveis

Anuais

Em Meticais

(A)

Taxas

(B)

Parcela a abater (MT)

(C)

Até 42.000 10% -------------------------------

De 42.001 a 168.000 15% 2.100.000

De 168.000 a 504.000 20% 10.500.000

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Page 9: Fontes de arrecadacao das receitas publicas

De 504.000 a 1.512.000 25% 35.700.000

Além de 1.512.000 32% 141.540.000

2- As percentagens indicadas na coluna B representam taxas marginais, sendo cada uma delas

válida dentro dos limites do correspondente escalão de rendimento. As importâncias da

coluna C destinam-se a permitir o cálculo prático do imposto, cuja colecta será obtida

aplicando à totalidade do rendimento colectável a taxa máxima que lhe corresponda, segundo

a coluna B, deduzindo-se depois a parcela indicada na coluna C.

3- Quando se tratar de sujeitos passivos que no englobamento apenas incluam rendimentos da

Segunda Categoria, provenientes de actividades agrícola ou pecuária, a colecta que resultar

da aplicação das taxas constantes do número 1 não poderá ser superior a que resultaria da

aplicação da taxa reduzida de 10% a que se refere o número 2 do artigo 61 do Código do

IRPC, ao rendimento colectável, durante a vigência da mesma taxa reduzida.

2.2.Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRPC)

O imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas – IRPC, é um imposto directo que incide

sobre os rendimentos obtidos, mesmo quando provenientes de actos ilícitos, no período de

tributação, pelos respectivos sujeitos passivos, nos termos deste código.

2.2.1.Incidência objectiva

1. O IRPC incide sobre:

a) O lucro das sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, das cooperativas e das

empresas públicas e das demais pessoas colectivas ou entidades referidas nas alíneas a) e b) do nº

1 do artigo 2 que exerçam, a título principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou

agrícola;

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Page 10: Fontes de arrecadacao das receitas publicas

b) O rendimento global, correspondente à soma algébrica dos rendimentos das diversas categorias

consideradas para efeitos de IRPS, das entidades referidas nas alíneas a) e b) do nº 1 do artigo 2

que não exerçam, a título principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola;

c) O lucro imputável a estabelecimento estável situado em território moçambicano de entidades,

com ou sem personalidade jurídica, que não tenham sede nem direcção efectiva em território

moçambicano e cujos rendimentos nele obtidos não estejam sujeitos a IRPS;

d) Os rendimentos das diversas categorias, considerados para efeitos de IRPS, auferidos por

entidades mencionadas na alínea anterior que não possuam estabelecimento estável em território

moçambicano ou que, possuindo-o, não lhe sejam imputáveis.

2. Para efeitos do disposto no número anterior, o lucro consiste na diferença entre os valores do

património líquido no fim e no início do período de tributação, com as correcções estabelecidas

neste código.

3. São componentes do lucro imputável ao estabelecimento estável para efeitos da alínea c) do nº

1, os rendimentos de qualquer natureza obtidos por seu intermédio, assim como os demais

rendimentos obtidos em território moçambicano provenientes de actividades idênticas ou

similares às realizadas através desse estabelecimento estável de que sejam titulares as entidades aí

referidas.

4. Para efeitos do disposto neste Código, são consideradas de natureza comercial, industrial ou

agrícola, todas as actividades que consistam na realização de operações económicas de carácter

empresarial, incluindo as prestações de serviços.

2.2.2.Isenções

1. Ficam isentos deste imposto:

a) O Estado;

b) As autarquias locais e as associações ou federações de municípios, quando exerçam

actividades cujo objecto não vise a obtenção do lucro;

c) As instituições de segurança social legalmente reconhecidas e bem assim as instituições de

previdência social.

2. A isenção referida nas alíneas a) e b) do nº 1 não abrange as empresas públicas e estatais, as

quais são sujeitas a imposto nos termos regulados neste Código.

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Page 11: Fontes de arrecadacao das receitas publicas

ARTIGO 10 – (Associações de utilidade pública)

1.Estão Isentas de IRPC:

a) As entidades de bem público, social ou cultural, devidamente reconhecidas, quando estas não

tenham por objecto actividades comerciais, industriais ou agrícolas;

b) As associações de utilidade pública a que se refere a Lei nº 8/91, de 18 de Julho, devidamente

reconhecidas, relativamente a exploração directa de jogos de diversão social, previstos na Lei nº

9/94, de 14 de Setembro, bufetes, restaurantes, creches e serviços similares, edição ou

comercialização de livros ou outras publicações que se destinem exclusivamente a complementar

a realização do seu objecto básico;

c) As associações de mera utilidade pública que prossigam predominantemente fins científicos ou

culturais, de caridade, assistência ou beneficência relativamente à exploração directa de jogos de

diversão social, previstos na Lei nº 9/94, de 14 de Setembro, bufetes, restaurantes, creches e

serviços similares, que se destinam exclusivamente a complementar a realização do seu objecto

básico.

2. As isenções previstas na alínea c) do número anterior são reconhecidas por despacho do

Ministro que superintende a área das Finanças a requerimento dos interessados, que define a

amplitude da respectiva isenção de harmonia com os objectivos prosseguidos pelas entidades em

causa.

2.2.3.Taxa geral

1. A taxa do IRPC é de 32%, excepto nos casos previstos nos números seguintes.

2. As actividades agrícolas e pecuária beneficiam até 31 de Dezembro de 2015, de uma taxa

reduzida de 10%.

3. Os contribuintes abrangidos pelo nº 2 deste artigo, que desenvolvam outras actividades, devem

discriminar nas declarações, os lucros tributáveis das actividades sujeitas às distintas taxas.

4. Os encargos não devidamente documentados e as despesas de carácter confidencial ou ilícito

são tributados autonomamente, à taxa de 35%, sem prejuízo do disposto na alínea g) do nº 1 do

artigo 36.

12

Page 12: Fontes de arrecadacao das receitas publicas

2.3.IVA - IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO

2.3.1.Características do IVA em Moçambique

Em suma, poderemos resumir as seguintes características do IVA em Moçambique:

Similar ao IVA da UE (CIVA de Moçambique muito semelhante ao CIVA de

Portugal), mas adaptado à realidade moçambicana;

Relativamente simples;

Modelo IVA tipo consumo;

Imposto geral sobre bens e serviços;

Incide em todas as fases do circuito económico;

Limitação do universo de contribuintes do regime normal e criação de regimes

especiais para pequenas e médias empresas;

2.3.2.Incidência

Transmissões de bens e prestações de serviços efectuadas no território nacional, bem como

importações de bens.

2.3.3.Taxas

A taxa aplicável é única, de 17%.

2.4.Impostos Autárquicos em Moçambique

O pagamento dos Impostos Autárquicos é feito na recebedoria de finanças dos Distritos

Municipais onde se localiza a sede da empresa ou onde o cidadão tem o seu domicílio. As taxas

do imposto variam de Município para Município, uma vez que é da competência da Assembleia

Municipal a sua fixação.

Tipo de imposto Incidência Data de pagamento

Imposto pessoal autárquico

(IPA)

Pessoas nacionais e

estrangeiras que tenham entre

18 e 60 anos de idade.

É pago em dinheiro de uma só

vez de 2 de Janeiro a 31 de

Dezembro de cada ano.

Imposto Predial Autárquico Titulares do direito de É pago em duas prestações,

13

Page 13: Fontes de arrecadacao das receitas publicas

(IPRA) propriedade ou sobre eles

tenham efectiva posse. Incide

sobre o valor patrimonial dos

prédios urbanos.

sendo a 1ª de 03 à 31 de

Janeiro e a 2ª e última

prestação de 01 à 30 de Junho

de 2006 podendo ser pago

numa única prestação até 31

de Janeiro.

Taxa por actividade

económica

Actividade de natureza

comercial e industrial,

incluindo a prestação de

serviços desde que exercido

num estabelecimento.

É fixada anualmente e paga de

uma só vez em Janeiro ou ate

3 prestações conforme

deliberado pela assembleia

Imposto Autárquico de

comércio e indústria

É devido pelos actuais

contribuintes da contribuição

C que exerçam a sua

actividade nas autarquias

É fixada anualmente pela

autarquia e graduada dentro

dos limites anuais.

Imposto sobre rendimento

de trabalho- Secção B

Aqueles que prestem serviços

profissionais por conta de

outrem e os que prestem

serviços remunerados a título

independente ou em regime de

avença.

Anualmente fixadas por

deliberação da assembleia

autárquica.

Imposto autárquico sobre

veículos

Proprietário dos veículos

passíveis de imposto, quer

sejam pessoas singulares quer

colectivas, de direito público

ou privado em nome dos quais

os mesmos se encontrem

matriculados ou registados.

De Janeiro a Março de cada

ano ou quando começar o uso

e fruição do veiculo.

14

Page 14: Fontes de arrecadacao das receitas publicas

2.5.SISA

2.5.1.Incidência Real

1. A Sisa incide sobre as transmissões, a título oneroso do direito de propriedade ou de figuras

parcelares desse direito, sobre bens imóveis:

2. Para efeitos de incidência deste imposto consideram-se bens imóveis. os 'prédios urbanos

situados em território nacional.

3. Ficam, compreendidos no n° 1 a compra e venda. A dação em cumprimento. a renda perpétua.

A renda vitalícia. a arrematação. a adjudicação por acordo ou decisão judicial. .a constituição de

usufruto. uso ou habitação. a enfiteuse, a servidão e qualquer outro acto pelo qual se transmita a

título oneroso o direito de propriedade sobre prédios urbanos.

O conceito de transmissão de prédios urbanos referido nos números anteriores integra ainda:

a) A promessa de aquisição e de alienação de prédios urbanos Íogo que verificada a tradição para

o promitente adquirente ou quando este esteja a usufruir os referidos bens;

b) A promessa de aquisição e alienação de prédios urbanos em que seja clausulado no contrato

que o promitente adquirente pode ceder a sua posição contratual a terceiro, ou consentida

posteriormente tal cessão de posição;

c) A cessão de posição contratual pelos promitentes adquirentes de prédios urbanos seja no

exercício de direito conferido por contrato-promessa ou posteriormente à celebração deste. salvo

se o contrato definitivo for celebrado com terceiro nomeado ou com sociedade em fase de

constituição no momento em que o contrato-promessa é celebrado e que venha a adquirir o

imóvel;

d) A resolução. Invalidade ou extinção por mútuo consenso, do contrato dê compra e venda ou

permuta de prédios urbanos e a do respectivo contrato promessa com tradição em qualquer das

situações em que o vendedor. pennutante ou promitente vendedor volte a ficar com o prédio

urbano;

15

Page 15: Fontes de arrecadacao das receitas publicas

e) A aquisição de prédios urbanos por troca ou permuta por cada um dos perrnutantes, pela

diferença declarada de valores ou pela diferença entre os valores patrimoniais tributários

consoante a que for maior.

2.5.2.Incidência subjectiva

A Sisa é devida pelas pessoas, singulares ou colectivas. a quem se transmitem os direitos sobre

prédios urbanos, sem prejuízo do disposto nas alíneas seguintes:

a) Nos, contratos para pessoa a nomear. o imposto é devido pelo contraente originário sem

prejuízo de os prédios urbanos se considerarem novamente transmitidos para a pessoa nomeada

se esta não tiver sido identificada ou sempre que a transmissão para o contraente originário tenha

beneficiado de isenção;

b) Nas situações das alíneas b) e c) do n° 4 do artigo 1. O imposto é devido pelo primitivo'

promitente adquirente e por cada um dos sucessivos promitentes adquirentes, não lhes sendo

aplicável qualquer isenção ou redução de taxa.

2.5.3.Taxas

A taxa da Sisa é de 2% e aplica-se sobre o valor determinado nos termos do Capítulo II!

Nos casos em que o adquirente ou os sócios do adquirente tenham a residência em território

sujeira a um regime fiscal. Claramente mais favorável, tal como definido no Código do IRPC, a

taxa é sempre de 10%, não se aplicando qualquer isenção ou redução.

16

Page 16: Fontes de arrecadacao das receitas publicas

Conclusão

A sociedade vem crescendo, este crescimento é geralmente acompanhado pelo incremento do

nível de despesas públicas como consequência disso, e para fazer face a isso o Estado precisa

traçar metas mais rígidas no sentido de captar mais recursos para a gestão dos bens públicos

visando satisfazer a colectividade.

O fenómeno supracitado deve ser acompanhado também pela revisão e actualização constante do

sistema fiscal nacional como forma de captar a abranger as entidades económicas que vem

surgindo dia pós dia, devido a dinâmica e constante crescimento dos mercados. Um sistema fiscal

sempre actualizado contribui um grande meio para o progresso económico dos países.

17

Page 17: Fontes de arrecadacao das receitas publicas

Bibliografia

Legislação fiscal – Moçambique: Plural editores, KPMG - 4ª edição.

CATARINO, João Ricardo. Finanças Públicas e Direito Financeiro. Almeida editora, Coimbra,

2012.

FRANCO, António L. de Sousa. Finanças Publicas e Direito Financeiro.4ª edição, Almeida

editora, Coimbra, 2012, volume I.

RIBEIRO, José Joaquim Teixeira. Lições de Finanças Públicas. 5ª Edição, 1991.

Nome: Sérgio Alfredo Macore / 22.02.1992

Naturalidade: Cabo Delgado – Pemba – Moçambique

Contactos: +258 826677547 ou +258 846458829

Formado em: Gestão de Empresas / Gestão Financeira

E-mail: [email protected] / [email protected]

Facebook: Helldriver Rapper Rapper, Sergio Alfredo Macore

Twitter: @HelldriverTLG

Instituição de ensino: Universidade Pedagogica Nampula – Faculdade = ESCOG.

Boa sorte para você…….

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