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Tendências de Negócios e Perfil dos Consumidores para 2014 Volume 2

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Tendências de Negócios e Perfil dos Consumidores para 2014

Volume 2

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SEBRAE SP Conselho Deliberativo Presidente Alencar Burti (ACSP) ACSP – Associação Comercial de São Paulo ANPEI – Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras Nossa Caixa - Agência de Fomento do Estado de São Paulo FAESP – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo FECOMERCIO – Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo ParqTec – Fundação Parque Tecnológico de São Carlos IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas Secretaria do Estado de Desenvolvimento SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SINDIBANCOS – Sindicato dos Bancos do Estado de São Paulo CEF – Superintendência Estadual da Caixa Econômica Federal BB – Diretoria de Distribuição São Paulo - DISAP Diretor-Superintendente Bruno Caetano Diretor Técnico Bruno Caetano (interino) Diretor de Administração e Finanças Ivan Hussni Organização do conteúdo técnicoJosé Bento DesieCássio dos Santos e OliveiraMarcia Avelar VieiraSarah Albrecht Apoio técnico, projeto gráfico e diagramaçãoMarcelo Costa BarrosMarcelo AudickasPatrícia de Mattos Marcelino

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ÍnDiCE

Apresentação ......................................................................05

Tendências de Negócios ......................................................07

Agronegócios ......................................................................08

Comércio Varejista ...............................................................10

Construção Civil ..................................................................12

Economia Criativa ................................................................13

Madeira e Móveis ................................................................15

Produção associada ao Turismo ..........................................16

Serviços ..............................................................................18

Tecnologia da Informação ....................................................20

Turismo ...............................................................................22

Vestuário .............................................................................24

Perfil dos Consumidores ......................................................26

Chile ....................................................................................27

Estados Unidos ...................................................................29

França .................................................................................32

Itália .....................................................................................35

Uruguai ................................................................................37

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APRESEnTAçãO

Ainda faltam dois anos para a Copa de 2014 no Brasil, período em que a paixão do brasileiro pelo futebol ficará ainda mais forte e milhares de torcedores irão parar tudo o que estiverem fazendo para acompanhar dezenas de partidas disputadas pelos melhores jogadores do mundo. Mas para o empreendedor, a Copa do Mundo já começou e quem já estiver preparado terá mais chances de aproveitar as oportunidades.

Para auxiliar os empresários de micro e pequenas empresas paulistas o Sebrae realizou um mapeamento das oportunidades de negócios nas 12 cidades-sede da Copa, uma das ações previstas no Programa Sebrae 2014, que receberá, até 2013, investimentos de R$ 79,3 milhões. Os re-cursos serão aplicados em programas de consultoria, inovação e acesso a mercados. Em todo o país, são quase 1.000 oportunidades de negócios concentradas principalmente nos setores de construção civil, turismo, TI e produção associada ao turismo, comércio varejista, madeira e móveis, agronegócios e economia criativa.

Para preparar os empresários para aproveitar estas oportunidades de negócios que o mundial de futebol deve gerar no Brasil, o Sebrae organizou uma série de ações e eventos de capacitação técnica nos principais seto-res da economia. Este guia é uma destas ações que visam orientar os em-presários de pequenos negócios para este momento. Nele você encontrará indicação de tendências de negócios nos dez setores mapeados e dicas de como aproveitar este movimento favorável aos pequenos negócios.

A publicação traz ainda o perfil de consumo de turistas de cinco países que vão nos visitar na Copa, com dicas sobre seus costumes, comporta-mento de consumo, sua relação com o futebol, curiosidades do país e até as principais palavras do idioma para ajudar na comunicação com eles.

É muito importante conhecer o perfil de cada turista e adequar os pro-dutos e serviços às expectativas deles. Esperamos que aproveite bem as dicas, as capacitações que o Sebrae está oferecendo em todo o país e deixe a sua empresa pronta para marcar este gol.

Boa leitura! Bons Negócios!

Bruno Caetano

Diretor-Superintendente do SEBRAE-SP

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Tendências de Negócios

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Agronegócios

Somos o que comemos. Parece que hoje em dia este ditado está sendo levado muito a sério. Basta ver o crescente interesse das pessoas por sa-ber de onde vêm os alimentos que consomem e quais foram os processos utilizados no seu cultivo para perceber este fenômeno. Por isso, os produ-tos orgânicos são uma forte tendência mundial dentro do setor do agro-negócio e que provavelmente será muito marcante durante a Copa 2014. Como inovar? Como fazer diferente na hora de desenvolver e apresentar esses produtos? Seguem algumas sugestões:

• Para criar novas formas de fazer com que o seu produto chegue até o consumidor é importante conhecer o perfil deste cliente, quais são as suas preocupações e o que o motiva a comprar um alimento orgânico.

Características valorizadas por consumidores em diversos países:

1. Produtos de baixo impacto ambiental;

2. Produtos associados ao bem-estar animal;

3. Produtos com menor absorção de carbono;

4. Rotulagem ambiental e social;

5. Revalorização de materiais (emprego de materiais reciclados pós-consumo);

6. Cultivo com utilização de fontes renováveis e processos produtivos sustentáveis;

7. Gerenciamento de resíduos e emissões;

8. Produtos vinculados a causas sociais e ambientais;

9. Certificações e selos ambientais.

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• Reconheça essas características no seu produto. Como podemos ver, essas preocupações vão além do alimento em si, são outros va-lores que podemos utilizar para atrair o cliente e inovar. Muitas vezes, essas características já estão presentes em nossos produtos, mas não sabemos valorizá-las.

• Combine sustentabilidade com conveniência. Hoje em dia consumi-dores de todos os perfis gastam muito do seu tempo fora de casa, têm um consumo nômade ou em trânsito e precisam de facilidades, como as citadas a seguir:

Embalagens individuais: permitem o consumo mais direto e a portabili-dade do alimento, evitam a utilização de utensílios e eliminam tarefas can-sativas (como lavar pratos e talheres).

Embalagens com refechamento para consumo progressivo: evitam o desperdício, facilitam o consumo e possibilitam a portabilidade do alimento.

Porcionamento e personalização do consumo: é crescente o número de lares com apenas uma ou duas pessoas, o que aumenta conseqüente-mente a demanda por embalagens menores, para o consumo imediato e porção única.

Embalagens fáceis de abrir: o envelhecimento da população requer uma adequação dos sistemas de embalagens que devem ser fáceis de abrir, de ler e de carregar.

E não são poucos os que se queixam que produtos que apresentam essas praticidades são alimentos industrializados e com baixo valor nutriti-vo. Então, aproveite essa oportunidade e alie os seus produtos orgânicos a embalagens que auxiliem o consumidor que vive em um ritmo acelerado a alimentar-se bem.

• Além de haver o esforço para que o seu produto reúna o máximo das características valorizadas pelo consumidor, é importantíssimo que haja uma preocupação com a informação que chega até o público, seja através do rótulo do seu produto, da vitrine, da página na internet ou do cartaz que se expõe na feira.

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Comércio Varejista

Comodidade, praticidade e conveniência: estes três elementos devem ocupar a mente dos empresários na hora de oferecer os seus produtos. Disponibilizar ao cliente vários canais de comunicação e compra é uma boa maneira para tentar suprir essas necessidades.

A experiência multicanal é uma forte tendência e as ferramentas para con-seguir essa experiência são conhecidas (tablets, smartphones, celulares, laptops, email-marketing, telemarketing, sites, buscadores, entre outros).

Então, onde o empresário deveria inovar?

A resposta a essa pergunta está na utilização dessas ferramentas, como melhorar a apresentação ou proporcionar a ambientação adequada para que o consumidor se sinta bem e concretize o ato da compra.

O varejo tem a peculiaridade de promover o encontro entre o produto e o consumidor final. E como os produtos tendem a estar cada vez mais uni-formes e semelhantes, outros aspectos passam a fazer a diferença, é neles onde devemos inovar. Destacamos dois fatores fundamentais:

1. Layout

2. Experiência de Compra

Layout

Não devemos esquecer a importância da identidade visual. A aparência importa sim! Entre os sentidos humanos, a visão está em primeiro lugar. É preciso forçar a visibilidade para destacar o diferencial do seu produto.

Trata-se de cuidar da composição do aplicativo para celulares ou tablets. Avaliar como está escrito o email-marketing, a distribuição da loja virtual no seu site ou até a aparência do carro que faz a propaganda da sua loja.

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Tudo transmite segurança para o cliente decidir pela compra ou não. Até os canais não visuais (como o telemarketing) também precisam se preo-cupar com essa “ambientação” para proporcionar uma visibilidade ima-ginária segura.

Experiência de Compra

Uma vez ajustado o layout, com visual chamativo e ambiente atrativo, está na hora de inovar na experiência de compra.

Afinal, o que significa experiência de compra? É o sentimento ou sensação que o comprador tem na hora que ele vai escolher o produto. É fazer com que o cliente tenha várias opções no instante em que adquire o produto e que essa escolha seja feita de forma encantadora. O cliente que tem uma experiência de compra desastrosa se afasta para sempre. Neste sentido, especialistas apontam algumas dicas:

• Conte quantos cliques o internauta precisa fazer, quantos minutos o cliente precisa esperar para realizar a compra. Neste caso, menos é mais.

• Veja se o site/aplicativo/teleatendente/vendedor transmite informa-ções claras e sem erros de português. Invista em imagens como fotos e vídeos, se possível.

• Deixe várias opções para que o consumidor tire as dúvidas. Se o seu público for estrangeiro, deixa a possibilidade de colocar dúvidas em outros idiomas.

• Faça pequenas surpresas na hora de entregar o produto. Superar a expectativa do cliente, mesmo que seja com pequenas coisas, sem-pre ajuda no processo de fidelização. Nunca esqueça que o momento em que o cliente abre um produto comprado pela internet ou telefone é mágico. Explore isso.

Uma boa pedida também é o apelo aos sentidos. Proporciona uma expe-riência diferenciada ao cliente. O consumidor quer ir além do que simples-mente ver o que está comprando, ele quer tocar, cheirar, provar, ouvir.

Assim, iluminação, cores, sabores, cheiros e sons são essenciais para montar um ambiente diferenciado. Explore esses fatores de acordo com o canal que esteja usando: se está usando um aplicativo ou um site, tente enriquecê-lo com música.

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Construção Civil

Os grandes eventos no Brasil estão movimentando a construção civil. Grandes obras ou simples reformas contribuem para manter aquecido o setor. De olho em atrair a atenção dos clientes do mundo inteiro durante a Copa do Mundo, vários empresários estão optando por seguir a grande tendência nesta área: as construções verdes. Para garantir a responsabi-lidade ambiental, os empreendedores da construção civil que pretendem responder a essa demanda e oferecer produtos e serviços “verdes” podem seguir algumas das dicas abaixo:

• Introduzir uma cultura de vendas voltada para soluções sustentáveis. Capacitar toda a equipe seria o primeiro passo para dar ao cliente a segurança de que a sua empresa se especializou em produtos e ser-viços com responsabilidade ambiental.

• Levar aos clientes uma boa variedade de produtos e utensílios que pro-porcionem soluções sustentáveis: lâmpadas, luminárias de LED, sen-sores de presença para acionamento de iluminação, vasos sanitários com caixa acoplada de baixo consumo de água, válvula de descarga duplo fluxo, mix de produtos voltado à construção seca (ex.: Dry Wall) ou pisos intertravados para maior permeabilidade de águas pluviais.

• Estipular espaços adequados para coleta de resíduos bem como di-recionar o descarte às usinas de reciclagem. Isso é aplicável em áreas como canteiros de obra ou empresas de customização de produtos, como corte e dobra de aço e madeira.

• Além de oferecer produtos que promovam redução (de água, de ener-gia elétrica ou de resíduos), o seu cliente sentirá maior coerência se o seu próprio estabelecimento contar com essas tecnologias verdes. Por isso, programe soluções sustentáveis nas instalações do seu negócio.

• Auxiliar o cliente na divulgação dessas medidas verdes. Se o seu cliente for, por exemplo, um empresário da hotelaria, além de incorpo-rar as tecnologias das construções verdes no hotel, ele precisa tam-

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bém divulgá-las. Ajude-o oferecendo produtos que contribuam para a redução do impacto ambiental, mas que também se auto-divulguem. Por exemplo, adesivos em vários idiomas para serem colocados em interruptores de luz ou nas caixas de descarga e que avisem que são tecnologias de construções sustentáveis.

Não podemos esquecer que todos estes métodos conseguem maior simpatia e fidelização do público se forem devidamente divulgados. In-corpore esta informação em todas as plataformas que você utilizar para anunciar o seu negócio.

Economia Criativa

Poderíamos dizer que economia criativa e inovação são praticamente sinônimas, uma vez que a principal matéria-prima de ambas é a criativi-dade. A economia criativa é a receita mais aconselhada aos empresários de todos os setores para que consigam lançar no mercado produtos e serviços diferenciados, capazes de conquistar o consumidor. O importante é encantar o público. Como inovar e incentivar a criatividade no processo produtivo da minha empresa? O que devo fazer para acompanhar a ten-dência do setor da economia criativa de inclusão de ícones brasileiros nas minhas ofertas? O primeiro passo é criar um ambiente de trabalho descon-traído, menos burocrático. O objetivo é facilitar a comunicação entre os colaboradores e incentivar a criatividade.

• Primeiro, crie um ambiente de trabalho descontraído, menos buro-crático. O objetivo é facilitar a comunicação entre os colaboradores e incentivar a criatividade.

• Informe-se sobre as mudanças comportamentais de consumo e as tendências de mercado no seu setor. Quem quiser investir na Copa do Mundo, por exemplo, já sabe que haverá uma forte procura por produtos vinculados à brasilidade.

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• Ter uma linha de produção focada totalmente no cliente, na deman-da dele. Desenvolva um canal de comunicação entre a empresa e o cliente. Com isso, o empresário poderá criar ou reinventar produtos e serviços de acordo com essa necessidade.

• Incentivar a pesquisa e investigação dentro da empresa. Fazer com que os colaboradores estejam analisando permanentemente o mer-cado (produtos, serviços e processos) pode ser uma boa maneira para encontrar inspiração.

• Avaliar criticamente a sua oferta. Às vezes, é preciso descartar produ-tos ou serviços obsoletos para potencializar outros com maior valor agregado.

• Espelhar-se nas mais modernas linhas de gestão para incorporar na sua empresa, criando uma identidade própria para o seu negócio.

Existe a possibilidade de terceirizar alguns serviços que auxiliam no pro-cesso de análise de mercado. São investimentos que podem valer a pena:

• Contratação de empresas de pesquisa e análise de tendências.

• Assinaturas de sites com estudos e análises de mercado.

• Contratação de empresas para desenvolver uma gestão baseada no Design Thinking.

Mas afinal, o que é Design Thinking? É um processo de solução de pro-blemas que coloca as pessoas no centro do desenvolvimento de produtos e serviços. Tem como base a empatia e segue as seguintes etapas:

1. Buscar as necessidades do usuário: nessa etapa tentamos identifi-car quais são as maiores dificuldades do usuário.

2. Desenvolver um ponto de vista: o objetivo dessa etapa é reunir o seu time, analisar os dados que encontraram nas observações prévias, identificar uma ou duas necessidades principais e encontrar uma solu-ção geral de como atender a essas necessidades.

3. Gerar ideias para soluções: nessa fase, o time cria ideias ligadas ao ponto de vista que você desenvolveu. No final, escolhe as soluções preferidas do grupo para começar a testá-las.

4. Testar soluções: chegou a hora de criar as soluções – de um modo barato, rápido e imperfeito – e testá-las no mercado.

5. Conclusões: depois de testada cada solução, é necessário avaliar o que funcionou e o que não funcionou. Assim, a próxima versão poderá ser um pouco melhor.

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Madeira e Móveis

Falar em inovação no setor de madeira e móveis, principalmente no contex-to da Copa do Mundo, é falar na aplicação de peças e materiais em gran-des obras ou reformas de hotéis, restaurantes e demais estabelecimentos comerciais. Certo? Errado! As inovações neste setor podem ir muito além. Uma boa forma seria estudar as possibilidades que outros públicos apre-sentam. O crescente poder de compra da classe C, por exemplo, criou uma nova tendência dentro da área do design, que está passando também a produzir para esses consumidores. Neste sentido, dentro das casas e dos lares brasileiros também pode haver novas demandas que exigirão do empresário o uso da criatividade para supri-las. Afinal, a Copa do Mundo é um evento social e, em grande parte, residencial e familiar. O povo brasileiro vive a Copa de uma forma bastante peculiar, todos se reúnem ao redor da televisão, seja na sala, na cozinha, perto da churrasqueira, no quintal, e até, no trabalho. Assim, podem surgir novas oportunidades para o empresário deste setor, como desenvolver soluções voltadas para esses ambientes.

Mas para seguir essa e outras tendências, é importante considerar alguns aspectos:

• As casas e os apartamentos modernos estão diminuindo de tamanho. Empreendimentos de dois ou três dormitórios estão conquistando o mercado, o que transforma os ambientes em áreas multifuncionais.

• Com espaço reduzido, o cliente necessitará de móveis que acomo-dem pessoas sem apertos, que unam praticidade com conforto. E as soluções não podem ser a produção daqueles banquinhos pequenos e de assento duro, nada disso.

• Esse novo universo exige que até as peças de decoração sejam o mais funcional possível. Combinar design arrojado com utilidade.

• Quando compra algo, o público está buscando exclusividade, expe-riências e boas sensações. Evite soluções óbvias, elas sensibilizam cada vez menos o consumidor. Reveja velhos conceitos e reinvente!

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• Não podemos esquecer o resgate da brasilidade na produção mo-veleira, inserindo referências da nossa biodiversidade em todas as peças e móveis que forem elaborados.

• Responder às preocupações ambientais, produzindo móveis e soluções ecologicamente corretos, significa seguir uma forte e crescente deman-da do mercado. Móveis, peças de decoração ou madeira para a cons-trução ganham um importante valor agregado se forem sustentáveis.

O importante é aproveitar a Copa do Mundo como um agente de mudança que promova transformações e inovações aproveitáveis para sempre pela sua empresa.

Produção associada ao Turismo

Fazer uma viagem sem ter a opção de assistir a uma dança típica, provar a comida local ou comprar algum souvenir de recordação não tem muita gra-ça, não é mesmo? É por isso que os produtos e serviços do setor da pro-dução associada ao turismo são tão importantes. Eles enriquecem a oferta e encantam os turistas. O visitante é atraído por tudo aquilo que mostra as características peculiares do destino: gastronomia, artesanato, moda, manifestações culturais e outros que compõem este setor. Essa demanda aumenta a cada dia, o que converte o estímulo aos regionalismos em uma das principais tendências do setor da produção associada ao turismo. Mas como fazer isso de uma forma diferente para aumentar a competitividade? Como ser inovador na hora de rechear o meu produto com ícones regionais para ter um diferencial?

• Proporcionar emoções: o turista contemporâneo busca muito mais que uma peça de decoração ou um alimento. Ele quer sentir coisas diferentes a cada momento no destino. Por isso, está dispos-to a comprar produtos que proporcionem novas situações, novas emoções e vivências.

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• incluir ícones e imagens nos produtos: utilizar conceitos, imagens e ícones da região (como animais, plantas, folclore ou festas popula-res) ajuda a representar a identidade e cultura locais.

• Demonstrar a origem do produto: pode ser feito através de um tag junto à peça artesanal ou mesmo na etiqueta do produto. O im-portante é deixar claro o vínculo entre o produto e o lugar onde foi produzido. Não há nada mais frustrante que comprar algo, pensan-do ser típico do lugar para onde viajamos, e depois ler na etiqueta “made in China”.

• Buscar parcerias: no turismo ninguém trabalha sozinho. É importan-te fechar parcerias com atrativos turísticos, hotéis, pousadas, restau-rantes, lojas de presentes e/ou grandes atacadistas para comerciali-zar produtos e serviços. O objetivo é encontrar o lugar ideal para dar maior visibilidade ao seu negócio, como por exemplo, comercializar os produtos artesanais em lojas especializadas em artesanato.

• Resgatar a história: turistas de vários países valorizam muito a his-tória local. É através dela que eles sentem estar aproveitando ao má-ximo a viagem, afinal de contas, passam a conhecer em detalhes o destino. Por isso, é muito importante revestir o artesanato, a gastro-nomia ou as manifestações culturais com a nossa história.

Além de reforçar os regionalismos, há outras medidas que podem ser to-madas para ajudar no processo de inovação do seu negócio:

• Cuidar do acabamento do produto: aprimorando as técnicas de produção, buscando adequá-lo às exigências do mercado e a possi-bilidade de se inserir em novos mercados potenciais.

• Criar uma marca própria: com nome fantasia e logomarca definidos para identificação da unidade produtiva e diferenciação do produto artesanal dos demais.

• Demonstrar preocupação com a sustentabilidade: através da compra e utilização de matérias-primas sustentáveis e, de preferên-cia, de fornecedores locais.

• Possuir embalagens e etiquetas especiais: devem ser originais e personalizadas. Se forem confeccionadas com matérias-primas sus-tentáveis, melhor. É importante também prestar atenção ao tipo de embalagem utilizada em cada uma das peças, pois estas embala-gens deverão proteger o produto independente do tipo de transporte utilizado pelo consumidor.

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Serviços

Por ser tão abrangente, o setor de serviços possui características que va-riam de acordo com o segmento. Mas o que sim é comum a todos é o protagonismo da internet no processo de promoção e vendas. E é por isso que o anúncio em espaços publicitários na internet vem sido marcado como tendência neste setor. A pergunta, por tanto, é: como fazer diferente na hora de publicar o meu anúncio nos sites na internet? É uma questão pertinente, já que o empresário precisa ser atrativo e proporcionar um diferencial que chame a atenção do internauta para o anúncio e desperte o interesse de cli-car nele e conhecer o serviço. Podemos dividir este processo em três fases:

1. Chamar a atenção do internauta

• Em sites de interesse: fazer uma pesquisa de páginas web que o seu público-alvo possivelmente consultaria ou visitaria.

• Em sites de outros segmentos: às vezes vamos a uma loja de roupas e perto do caixa estão expostos chocolates ou bebidas. É uma espécie de mídia espontânea, ou seja, publicar o seu anúncio em páginas web de outras áreas, mas que pode chamar a atenção do cliente pelo diferencial.

• Buscadores ou redes sociais: anunciar nessas plataformas pode ser mais barato do que se imagina e alcança também um público bem abrangente. Igualmente, conseguimos um tempo de exposição gran-de, já que hoje em dia muitos internautas passam horas navegando pelas mídias sociais.

• Texto chamativo e promoções: é fundamental cuidar do texto e das palavras que vão ser utilizadas para atrair o cliente. Curto, obje-tivo e intrigante: essa pode ser uma boa receita. Além disso, as pro-moções servem também como estratégia, preço sempre interessa o consumidor. Vales promocionais podem ajudar nas promoções.

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2. O internauta conhecendo o meu anúncio

• Ambientação visual: no momento em que o cliente está dentro do seu anúncio é importante contar com uma aparência agradável, afinal de contas, a visão está entre os primeiros sentidos do ser humano e pode ser decisiva para o ato da compra. Um português correto (ou outro idioma, caso o público-alvo seja torcedores de outros países) e clareza na oferta são fatores importantes.

• Disponibilidade: se surge alguma dúvida, existe a possibilidade do potencial cliente contatar alguém? Mesmo que ele não consulte, o fato do seu anúncio oferecer essa opção transmite confiança. A equi-pe precisa estar sempre disponível para ajudar e o contato com ela tem que ser facilitado.

• Presteza: rapidez nas respostas quando solicitadas e prontidão no atendimento, quando houver necessidade.

• Avaliação e depoimentos: para aquele cliente que ainda está em dúvida se contrata os seus serviços ou não, uma opinião de terceiros pode servir como boa referência e ajudar a tirar essa dúvida. Neste sentido, é interessante deixar um espaço para que outros clientes postem as suas opiniões sobre o serviço ou algum sistema de pon-tuação. Se o seu serviço for de qualidade, não correrá nenhum risco.

3. Serviço prestado na hora da concretização do negócio

• Pontualidade: entrega do trabalho dentro do prazo esperado. Prin-cipalmente para o torcedor ou empresário estrangeiro, cumprir com as responsabilidades dentro do tempo combinado pode ser um fa-tor crucial para fidelizá-lo ou não. Agora, para conquistar o público de vez, supere as expectativas e tente entregar antes do período determinado.

• Totalidade de apoio: a empresa precisa assegurar todos os aspec-tos do trabalho em sua execução, desde o começo até o fim do tra-balho. É preciso realizar com qualidade tudo o que se comprometer a fazer e ser eficaz na resolução de problemas.

• Momento de efetuar o serviço: quando os serviços são contrata-dos pela internet, o momento em que o cliente tem um contato com aquilo que comprou é de extrema importância. Qualquer mimo ou agrado a mais garante a simpatia do cliente.

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Tecnologia da Informação

Inovar significa, entre outras coisas, proporcionar melhorias. É justa-mente a isso que o setor da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) mais se dedica. Observar as necessidades do mercado, identificar ca-rências e propor soluções faz parte da rotina dos empresários dessa área.

O momento que o Brasil atravessa de expansão econômica, desenvol-vimento de empresas e visibilidade internacional pode gerar boas oportu-nidades para o setor de TIC. É importante a partir de agora estar atento às possíveis demandas do mercado e também com os olhos voltados para os megaeventos que se aproximam. Poderíamos citar:

• Softwares que facilitem a comunicação em vários idiomas: pessoas de diversos países já estão se interessando pelo Brasil e po-derão desembarcar cada vez mais no país. O idioma é uma importan-te barreira que poderá ser rompida com programas que possibilitem a comunicação em diferentes línguas.

• Sistemas de compras simplificados: o público está utilizando os métodos facilitados de compra, como os sistemas online, por conveniência, comodidade e até em função da distância. Quanto mais otimizados estiverem esses softwares (rápidos, objetivos e uni-formes) maiores são as chances de levar o consumidor ao ato da compra.

• internet, telefonia, televisão: serviços de operação, suporte e as-sistência técnica, principalmente de internet, são crescentemente procurados. Algumas demandas nessas áreas poderão ser pontuais e temporárias, o que poderia incentivar o aluguel de equipamentos.

• Desenvolvimento e comercialização de software para hotéis, restaurantes, empresas de turismo, de segurança e de trans-porte: são segmentos que poderão necessitar de sistemas que auxi-liem na promoção e operação.

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• Aplicativos para mobilidade (celulares): contribuem com informa-ções de produtos, serviços, dicas aos turistas, localização, entre outros.

• Aplicativos para redes sociais: destinados aos mais variados propósitos.

Alguns passos podem ajudar a encontrar o caminho certo para inovar:

• O empresário precisa se informar. No contexto da Copa do Mundo, empresas de vários segmentos poderiam aumentar o faturamento com softwares que combatam problemas de comunicação, seja por barreiras idiomáticas, por falta de equipamentos adequados ou pela inexistência de sistemas que auxiliem no processo.

Em outras palavras, o profissional de TIC deve identificar onde poderia haver uma dificuldade de comunicação entre o público potencial e a em-presa que impede concretizar o negócio.

• Parcerias. Tão importante quanto inovar no produto ou serviço é ala-vancar parcerias com empresas que precisam dessas melhorias. Elas são essenciais para que o empresário de TIC compreenda o processo produtivo dos seus clientes, suas dificuldades e reais necessidades.

• Uma vez encontrados os segmentos que possuem essa lacuna e compreendido o processo da empresa, o passo seguinte seria o de-senvolvimento do produto que será oferecido (softwares, aplicativos ou oferta de serviços). É essencial pensar sempre no aumento da pro-dutividade e competitividade da empresa que adquirirá esse produto.

• Criatividade. Como em todos os produtos e ofertas voltados para a Copa, é preciso criar e inovar considerando a importância do apelo à brasilidade. Inúmeros empresários de vários setores têm o desafio de melhorar os seus produtos, serviços e processos sem deixar de incor-porar a identidade brasileira na sua oferta. O empreendedor de TIC que usar a criatividade e pensar em inovar com softwares que proporcio-nam essas soluções poderá encontrar boas oportunidades de negócio.

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Turismo

O Brasil é a bola da vez: essa frase é dita constantemente nos últimos tempos. E se o momento do país é a visibilidade internacional, o reflexo dis-so no turismo não poderia ser mais promissor. Considerando esses fatores, podemos apontar alguns passos para que o empreendedor tente inovar na sua oferta, conquistar o turista, fazer com que ele retorne ao país ou “usá-lo” para a propaganda boca-a-boca positiva mundo afora.

Conhecer perfil do turista

Como em qualquer negócio, é importante conhecer os anseios, desejos e comportamento do cliente para saber direcionar o produto que pretende-mos elaborar. É importante estudar o padrão dos turistas, uma vez que exis-tem várias características culturais que diferem uns dos outros, de acordo com a região do Brasil ou país de onde ele vier. Por outro lado há uma série de traços comportamentais que são identificáveis em todos os turistas, uma espécie de mínimo denominador comum do turista contemporâneo:

Características do turista contemporâneo

• Viaja cada vez mais: a redução do custo das viagens aumenta o nú-mero de turistas.

• É bem informado e sabe o que busca.

• Utiliza as tecnologias para organizar as viagens e comprar serviços turísticos.

• Tende a fazer viagens mais curtas e com mais frequência.

• É mais experiente, exigente e independente em relação à qualidade das escolhas.

• Valoriza as características naturais e culturais do destino.

• É mais pró-ativo e busca experiências e vivências.

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• Utiliza as redes sociais, aplicativos e outras ferramentas digitais para comentar e compartilhar a sua viagem.

Valorização de aspectos locais e regionais

Já sabemos que o turista quer sentir no destino aquilo que ele não vive em casa. A constante procura por “emoção” converte o turismo de experiência em uma das principais tendências do setor atualmente. Mas a experiência à qual nos referimos são experiências locais, o turista procura se emocionar com vivências autenticamente brasileiras. A chave para a inovação está em usar a imaginação e a criatividade para criar e comercia-lizar produtos turísticos que ofereçam experiências brasileiras marcantes, integrando o visitante aos costumes da sua comunidade, aproveitando as-pectos regionais tais como a natureza, a cultura, a gastronomia ou o clima.

Segmentação

Para um turista cada vez mais exigente, precisamos oferecer um pro-duto cada vez mais específico, direcionado às suas demandas pessoais. A segmentação é uma boa pedida para ser detalhista na hora de responder à expectativa do visitante:

Turismo Rural Turismo Náutico

Turismo Cultural Turismo de Pesca

Ecoturismo Turismo de Compras

Turismo de Aventura Turismo de Saúde e Bem Estar

Turismo de Sol e Praia

Embora essa classificação não seja novidade para muitos profissionais do trade, é importante reforçar o que já sinalizamos anteriormente: trans-formar a oferta em cada um desses segmentos em uma experiência emo-cionante, repleta de tempero paulista e brasileiro.

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Vestuário

O motivo para pensar na “ecomoda”, fios orgânicos, já anunciamos aqui: é uma das principais tendências do setor do vestuário. Responde à tripla e crescente demanda de vários consumidores do mundo inteiro: se vestir, boa aparência e sustentabilidade.

O que devo fazer para desenvolver confecções sustentáveis e entrar na moda ecológica? Para você empresário que está se fazendo essas pergun-tas, algumas dicas podem ajudar a encontrar esse caminho:

• Conhecer as matérias-primas sustentáveis que já estão no mercado. Há uma vasta gama de fios, fibras e demais matérias-primas disponí-veis hoje em dia. Por exemplo:

a. Liocel: celulose regenerada obtida da dissolução da polpa da madeira colhida.

b. Viscose de bambu: renovável e cultivado sem uso de pesticidas ou produtos químicos.

c. Fibras de soja: provém da pasta de resíduo obtida após a produção de óleo de soja.

d. Fibra de milho: resultado do ácido polilático obtido após a extrusão do açúcar de milho.

e. PET: polímeros vindo do petróleo, 100% reciclável que são transforma-dos em fibras de poliéster que podem ou não ser combinadas com a lã ou algodão.

f. Lã orgânica: produzida com número de ovelhas limitado por área, ali-mentação pura e sem químicas nos pastos.

g. Algodão orgânico: cultivado com bases biológicas e sem uso de agentes químicos.

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h. Fibra da cana de açúcar: recente desenvolvimento que extrai as fibras da celulose da cana transformando-as em tecido.

• Uma vez conhecidas as matérias-primas, é fundamental obter infor-mações sobre produtos que já foram desenvolvidos com este tipo de fios e fibras orgânicas.

Essa etapa serve tanto para conhecer o que já está sendo consumido pelo público como também para visualizar onde é possível criar.

» Empresa carioca produz roupas e acessórios ecológicos confeccio-nados com garrafas PET recicladas e misturadas ao algodão.

» Marcas famosas produzem roupas a partir de tecidos 100% recicla-dos (rolos de jeans e de malharias) conseguidos a partir de retalhos de confecções do Brasil afora.

» Marca famosa de cuecas produz seus produtos com tecidos de algo-dão colorido naturalmente.

• Pronto. Com esses dados já podemos ir ao passo seguinte: inovar. Na etapa de criação e desenvolvimento dos produtos, é importan-te tentar fazer diferente, explorar os materiais, recriar. O contexto da Copa já indica ao empresário como ser competitivo, exclusivo e em que caminho inovar: preenchendo as confecções com nossas cores, com estampas da nossa fauna e flora, com a nossa cultura, enfim, com brasilidade.

• Uma vez definido o que fazer, a preocupação agora é o preço. Che-gou a hora de pechinchar. É importante procurar preços mais bara-tos, já que esse tipo de matéria-prima é um pouco mais cara que as tradicionais. Também é essencial otimizar ao máximo o processo de produção para diminuir os custos e precificar os produtos de forma correta e atrativa.

• Como é essencial em toda ação sustentável, a divulgação é o último requisito, sem o qual todo o esforço anterior fica em vão. Deve conter o apelo ecológico e deve estar aos olhos do consumidor na vitrine, na embalagem, no site, enfim, em todas as partes.

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Perfil dos Consumidores

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Chile

O país mais longo do mundo, também é considerado o mais desen-volvido da América Latina. Conta com baixos níveis de pobreza e crimi-nalidade, além de possuir uma das economias mais estáveis da região, o que transforma o turista chileno num interessante público para o Brasil. A economia do Chile hoje depende da produção de cobre e é o principal ex-portador do mundo. De fato, as minas chilenas ganharam fama no mundo inteiro após o resgate dos 33 mineiros que ficaram presos em 2010. Outro produto muito famoso no Chile, é claro, é o vinho. O país é o quinto maior exportador da bebida no mundo.

COSTUMES

O povo chileno é altamente conservador e a igreja católica desempenha um importante papel nas decisões tomadas no país. Os chilenos são faná-ticos por dança, não existe uma festa no Chile que não termine em muita dança. E é algo muito apreciado pelos homens, que ainda seguem o ritual de tirar a mulher para dançar. Em algumas ocasiões acontece algo que um brasileiro poderia estranhar um pouco: homens e mulheres dançam um na frente do outro, ou seja, cada um com o seu par. Devido ao crescente poder aquisitivo da classe C, o chileno está viajando cada vez mais. Adora descobrir novas culturas e tem uma especial paixão pelo Brasil, principal-mente pela temperatura das nossas praias. As águas frias da costa chilena impedem o acesso de muitos banhistas.

iDiOMA

O chileno tem uma forma muito peculiar de pronunciar as palavras em espanhol, eles “comem” o final das palavras. Gostam de arriscar no por-tuguês, inclusive narradores de futebol colocam várias expressões no di-

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minutivo “inho” ou “inha” quando estão transmitindo jogos com equipes brasileiras. Mesmo assim, seguem algumas dicas em espanhol:

• Buenos días: Bom dia

• Buenas tardes: Boa tarde

• Buenas noches: Boa noite

• Bienvenido a nuestro país: Bem-vindo ao nosso país

• Habitación: Quarto de hotel

• no olvide sus pertenencias: Não esqueça os seus pertences

Ao contrário do português falado no Brasil, em espanhol marca-se uma diferença constantemente entre um vocabulário formal e informal. Quando não existe intimidade somente deve ser usado o termo formal “usted”. Usted viajará mañana por la tarde (formal).

FUTEBOL

Terceiro lugar na Copa de 1962. Apesar da pouca expressão interna-cional, o futebol é a paixão nacional do chileno. Cada classificação para uma Copa do Mundo é comemorada quase como a conquista do título. A Copa de 1962 ainda é marcante para o chileno. Além de ter sido sediada no Chile, lá o Brasil conquistou o bi-campeonato e os andinos se orgulham de ter visto Zagalo, Garrincha e Pelé jogarem juntos.

PAÍS

• Continente: América (subcontinente: América do Sul)

• Capital: Santiago do Chile

• População: 17 milhões

• Visitantes por ano: Aproximadamente 3,1 milhões de turistas

• DDi: + 56

• Moeda: Peso Chileno

• Jornais: La Tercera, El Mercurio

• idioma: Espanhol

• Religião: 72% católica, 15% protestante

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À MESA

O abacate não pode faltar nas refeições. E ao contrário do Brasil, lá é consumido salgado, seja no cachorro-quente, no pão com queijo ou acom-panhando pratos no almoço ou jantar. Outro alimento muito consumido é o milho, como o “pastel de choclo”, uma espécie de escondidinho de milho.O acompanhamento preferido durante as refeições é o vinho. Mas o chileno também gosta de provar outras bebidas, como sucos e coquetéis. O destilado mais consumido no Chile é o pisco, servido com limão (o famo-so pisco sour) ou com colas (a popular piscola). Não podemos esquecer os refrigerantes. O chileno é um dos maiores consumidores de refrigerantes da América Latina.

CURiOSiDADES

Existe uma grande polêmica ao redor da origem do pisco. Os peruanos defendem que a bebida é do Peru. Os chilenos, por sua vez, garantem que o destilado é deles. Cueca é o nome dado à dança típica nacional, que consiste em um baile de cortejo entre um homem e uma mulher. E se você pensa em desenvolver souvenir para este turista, vale lembrar que a alfândega chilena não permite a entrada de nenhum tipo de alimento pere-cível ao país. Também são barrados artesanatos de madeiras muito cruas, bambus ou folhas em estado natural.

Estados Unidos

Como todos sabemos, é uma grande potência mundial, que possui uma forte economia e uma política externa importante e determinante. Dita as regras em vários assuntos e marca a pauta em diversos países. Se exis-te uma coisa que adotamos no Brasil é o dia-a-dia agitado do americano. Isso forçou o desenvolvimento de todo um sistema voltado para esse ritmo,

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como lojas, restaurantes, academias, supermercados abertos 24 horas por dia, uma vida cultural intensa e alta tecnologia. Em São Paulo já é possível encontrar esse estilo de vida instalado, basta agora estar bem informado e preparado para recebê-los.

COSTUMES

O povo americano adora ser recebido com um sorriso sincero no rosto e com muita simpatia. O cumprimento mais habitual é o aperto de mão. Abraços e beijos somente quando já existe confiança. Nas horas vagas, muitos americanos preferem se dedicar ao esporte, seja praticando algu-ma modalidade ou assistindo algum jogo pela televisão. São apaixonados pelo futebol americano, beisebol e basquete. Têm interesse em conhecer pessoas novas e são bastante comunicativos. São freqüentes os encontros entre amigos, porém os locais variam e são de acordo com os interesses individuais, idade e status social.

iDiOMA

Por dominarem um dos idiomas mais importantes e falados no mundo, este público está muito acostumado a ser recebido em sua língua e não desenvolveu muitas habilidades em idiomas estrangeiros. Por isso, é indis-pensável estudar inglês para trabalhar com este e qualquer outro público durante a Copa de 2014.

• Please: Por favor

• Thank you: Obrigado

• You’re welcome: De nada

• Excuse me: Com licença

• Welcome to Brazil: Bem-vindo ao Brasil

• May i/ Could i…?: Eu deveria/Eu poderia…?

• Breakfast: Café da manhã

• Lunch: Almoço

• Dinner: Jantar

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Algumas palavras diferenciam o inglês americano do inglês britânico. Mas a principal discrepância está no sotaque. Os americanos emitem um som mais nasal, bem diferente do acento mais seco do britânico.

FUTEBOL

Oitavas de final em 1994 e quartas de final em 2002. Futebol não é o esporte mais popular nos Estados Unidos, e sim o futebol americano. Mas se existe outro fator que caracteriza a população dos Estados Unidos é o orgulho nacional e nessas horas não importa a modalidade. Sempre que os Estados Unidos entram em campo a torcida vai à loucura. Não podemos esquecer que em 1994, quando o Brasil conquistou o tetracampeonato, os Estados Unidos sediavam a competição. Esse acontecimento ajudou a estimular ainda mais o esporte. Prova disso é a seleção feminina de fute-bol, que hoje é uma das melhores do mundo. A pior derrota dos Estados Unidos foi de 0x11 contra a Noruega em 1948 e a colocação que ainda en-vergonha o país foi o último lugar na Copa do Mundo da França, em 1998.

PAÍS

• Continente: América (subcontinente: América do Norte)

• Capital: Washington, D.C.

• População: 300 milhões (69% brancos, 13% hispânicos, 13% afro-ame-ricanos, 4% asiáticos)

• Visitantes por ano: Aproximadamente 41,9 milhões de turistas

• DDi: + 1

• Moeda: Dólar

• Jornais: New York Times, Washington Post

• idioma oficial: Inglês

• Religião: 58% protestante, 21% católica, 2% judaica

À MESA

A principal refeição é à noite, entre 18 e 21 horas. É composta de entra-da, prato principal e sobremesa. O café da manhã é famoso por causa dos ovos mexidos com bacon, pão tostado, cereais e até panquecas. Assim como nós, gostam de fazer um churrasco. A diferença é que colocam ham-búrguer e salsicha na brasa. Para acompanhar, feijão, saladas de batata e

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macarrão. Além da cerveja, também é comum o consumo de coquetéis. Antes das refeições, um digestivo.

CURiOSiDADES

Se faltar assunto sobre futebol masculino, não se preocupe. Puxe uma conversa sobre o futebol feminino. Além de ser uma potência, a seleção foi campeã do mundo em 1991 e 1999. A cidade de Nova Iorque bateu o recorde em 2011 e sozinha recebeu 50 milhões de turistas. A Times Square é o lugar mais visitado do mundo.

França

É o maior país da União Europeia e está cheio de singularidades. Foi uma grande conquistadora de novos territórios, colonizou vários países e hoje se transformou em uma importante sociedade multicultural: franceses, africanos e asiáticos dividem culturas e tradições. O turismo é outro fator responsável pela mistura de culturas na França: é o país mais visitado no mundo. Milhares de visitantes procuram todos os anos a França como destino ou como parada obrigatória em uma viagem à Europa. Por outro lado, os franceses também adoram viajar e têm uma grande admiração por destinos exóticos como o Brasil. O turismo de experiência está entre os favoritos desse público.

COSTUMES

Etiqueta é uma palavra com raízes francesas. O cumprimento habitual é feito com beijos no rosto, de 2 a 4 de acordo com a região do país. E alguns estudos apontaram que o francês é o maior apertador de mãos do mundo, com até 7 movimentos por aperto. O turista francês é muito inde-

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pendente. Gosta de conhecer um país e planejar uma viagem por conta própria. Contudo, a complexidade do Brasil e a dificuldade em idiomas estrangeiros podem levar boa parte desse público a contratar serviços de empresas especializadas em turismo. O francês adora assistir filmes, é um profundo conhecedor do mundo do cinema e fala do assunto com paixão.

iDiOMA

Os franceses são nacionalistas e isso também fica claro na hora de domi-nar outras línguas. Não gostam muito de falar inglês e preferem ser recebidos em seu idioma, mesmo se a outra pessoa não fala corretamente o francês.

• Bonjour: Bom dia

• Bonsoir: Boa tarde

• Bonne nuit: Boa noite

• Salut: Olá

• Au revoir: Até logo

• Salut: Tchau

• Je vous en prie: De nada

• Avec plaisir: Foi um prazer

• nous vous souhaitons un agréable séjour: Nós desejamos a você uma agradável estadia

• Comment puis-je vous aider?: Como posso lhe ajudar?

Muitas palavras do nosso vocabulário têm origem francesa. Algumas são ateliê, balé, batom, cabaré, camelô, carnê, chalé, champanhe, complô, filé, garçom, lingerie, maiô, metrô, perfume, pivô, purê, sutiã, toalete e tricô.

FUTEBOL

Campeões do Mundo em 1998. Segundo lugar em 2010. Terceiro lugar em 1958 e 1986. O futebol na França é composto por muitos estrangeiros. Basta olhar a seleção nacional comprovar isso. O próprio ídolo nacional Zinedine Zidane, descendente de argelinos, participou da seleção francesa em importantes conquistas. Uma delas, e seguramente a mais importante, foi o primeiro lugar na Copa do Mundo de 1998. Conseguir o título mundial sobre a temida seleção brasileira em casa é um grande orgulho nacional.

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Atualmente, o campeonato francês atravessa uma fase de transição e pou-ca expressão.

PAÍS

• Continente: Europa

• Capital: Paris

• População: 65 milhões

• Visitantes por ano: Aproximadamente 77 milhões de visitantes

• DDi: + 33

• Moeda: Euro

• Jornais: Le Monde, Libération, Le Figaro

• idioma: Francês

• Religião: 79% católica, 21% de minorias protestantes e muçulmanas

À MESA

Assim como os italianos, os franceses também são grandes adoradores da boa mesa. A diferença está na sensibilidade do ritual. Pratos refinados marcam a diferença da culinária francesa. São receitas muito elaboradas, com alimentos de alta qualidade, que prezam a apresentação e a riqueza de sabores. No café da manhã são servidos chás, café ou chocolate quen-te, torradas, pão, manteiga e geléia. Entre os pães, o baguette é o mais consumido. A França é uma grande produtora e consumidora de diversos tipos de queijos. Com um dos vinhos mais famosos do mundo, obviamente esta bebida acompanha o ritual das refeições. Espumantes e cervejas tam-bém são muito consumidos pelos franceses.

CURiOSiDADES

Na França é permitida a entrada de cachorro em vários tipos de es-tabelecimentos comerciais como supermercados, restaurantes, bares, consultórios médicos ou até em salões de beleza. A pouca quantidade de comida servida nos pratos é um mito. Ao contrário dos restaurantes franceses no Brasil, os pratos oferecidos nos estabelecimentos na França são generosos e acompanham boa quantidade de comida.

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Itália

A Itália se destaca por sua arte e cultura históricas. É o quinto país mais visitado no mundo e boa parte da economia depende do turismo interna-cional. O turismo religioso é outro ponto forte da Itália, já que a cidade de Roma e o Vaticano recebem milhares de fiéis todos os anos. O turista italia-no gosta de descobrir coisas novas e o faz formulando muitas perguntas. Assim, todos os que forem trabalhar com esse público devem estar prepa-rados, pois boa parte do público italiano vai preferir explorar ao máximo o conhecimento do profissional que o atender.

COSTUMES

Enérgicos, os italianos são campeões em gesticular e falar em voz alta. Essa característica é tão marcante que muitas vezes o que pode parecer uma briga aos olhos dos estrangeiros é uma simples e amigável conversa entre italianos. A aparência é uma preocupação constante para homens e mulhe-res. Estar sempre bem compostos e alinhados é muito importante. São altos consumidores e freqüentadores de cafés. Não é à toa que os cafés italianos são tão famosos. Há um a cada esquina na Itália e o público marca presença. O vínculo que o italiano tem com a comida é algo muito peculiar. Os italianos investem em comer bem e são adeptos da cultura slow food, o contrário do fast food. Comidas rápidas e gordurosas não têm vez entre os italianos.

iDiOMA

A palavra “ciao”, que pronunciamos “tchau”, tem duplo significado em italiano. Serve tanto para cumprimentar ao se encontrar como para se des-pedir. Os italianos são pouco habilidosos para os idiomas estrangeiros, mas nunca falta vontade de se comunicar. Podemos fazer o mesmo e arriscar algumas palavras em italiano:

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• Ciao: Olá/Tchau

• Buon giorno: Bom dia

• Buona sera: Boa tarde

• Buona notte: Boa noite

• Grazie: Obrigado

• Per favore: Por favor

• Prego: Pois não/De nada

FUTEBOL

Campeões do Mundo em 1934, 1938, 1982 e 2006. A Itália é, sem dúvi-da, uma potência no futebol. Tem uma capacidade de surpreender o adver-sário que impressiona. A Copa do Mundo da Alemanha em 2006 foi prova disso. Quando menos se esperava, a Itália fez dois gols nos anfitriões e se-guiu para as finais, consagrando-se campeã do mundo. Os tifosi, como são chamados os torcedores italianos, têm uma paixão pela sua seleção similar à que nós brasileiros cultivamos. O fanatismo por esse esporte é tanto, que até no Vaticano (o menor país do mundo localizado dentro da Itália) existe um campeonato de futebol com mais de 15 times. Mas não se preocupe, lá não se enfrentam cardeais com bispos, mas sim os funcionários do governo.

PAÍS

• Continente: Europa

• Capital: Roma

• População: Aproximadamente 60 milhões

• Visitantes por ano: Aproximadamente 39,8 milhões de turistas

• DDi: + 39

• Moeda: Euro

• Jornais: Corriere della Sera, La Repubblica, La Gazzetta

• idioma: Italiano

• Religião: 90% católica, 2% muçulmana

À MESA

Almoços ao redor da família ou entre amigos representam o ponto alto do dia da maioria dos italianos. Mas a tradição à mesa vai além: é dado alto

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valor ao ritual completo com: “antipasto” (entrada); “primo piatto” (primeiro prato) composto por sopas ou massa; “secondo piatto” (segundo prato), normalmente carne ou peixe com acompanhamento de verduras; e por último, queijos, frutas ou sobremesas. Qualquer tipo de massa, seja pizza, macarrão ou lasanha, é bem-vindo pelo italiano. O vinho é uma bebida muito consumida durante as refeições, além de cervejas e sucos.

CURiOSiDADES

Existe muita rivalidade entre os italianos do norte e do sul. É importante evitar comparações ou generalizações, pois esses assuntos são bastante incômodos e desagradáveis. Ao contrário do que pensamos, as pizzas italianas não são tão grandes e com queijo em abundância como no Brasil. As massas são finas, normalmente servidas individualmente e a quantidade de queijo é moderada. Por isso, muitos brasileiros preferem as pizzas do Brasil ao invés da italiana.

Uruguai

É o segundo menor país da América do Sul, perdendo somente para o Suriname. Possui uma população reduzida de pouco mais de 3 milhões de habitantes. Mas como tamanho não é documento, o país e o seu povo sempre impressionam com a sua riqueza e complexidade. Nossos vizinhos têm uma importância especial para o turismo brasileiro: visitam o país com freqüência. Depois da Argentina e dos Estados Unidos, é a nação que mais emite turistas para o Brasil. Os uruguaios se identificam bastante com o os brasileiros, conhecem profundamente a nossa cultura e a proximidade com o Brasil ajuda a estreitar esses laços. Adoram as nossas praias, de fato lotam o litoral sul no verão, mas também admiram a vida do interior. Existe uma forte cultura do campo desenvolvida ao redor da criação de gado, a principal atividade econômica do Uruguai. Neste sentido, a vida interiorana de várias cidades de São Paulo pode ser um bom atrativo para o turista uruguaio.

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COSTUMES

O povo uruguaio é muito educado. Prezam a cortesia e a formalidade, possui um dos mais altos índices de alfabetização da região, com taxas ao redor de 98%. Livrarias e bibliotecas são bastante frequentadas pela popu-lação. Mas eles também gostam muito de música. Além do tango, o carna-val uruguaio é uma paixão nacional, pouco conhecida pelos brasileiros. É o mais extenso do mundo, com 40 dias de duração. As “murgas”, os prin-cipais atrativos, são blocos de carnaval com coreografias ao ritmo de uma forte percussão. O chimarrão ou mate é muito consumido pelo uruguaio. Já deixou de ser somente uma bebida para acompanhar as refeições e se tornou um companheiro de todas as horas. Por causa da proximidade, a erva brasileira é bastante conhecida e consumida entre os uruguaios.

iDiOMA

A forma de falar dos uruguaios é muito especial e se assemelha somen-te ao sotaque argentino. Uma sutil diferença é a utilização da palavra “tá” no final da frase. É comum encontrar uruguaios que saibam o português, mas algumas palavras podem facilitar ainda mais a comunicação:

• Buenos días: Bom dia

• Buenas tardes: Boa tarde

• Buenas noches: Boa noite

• Bienvenido a nuestro país: Bem-vindo ao nosso país

• Habitación: Quarto de hotel

• no olvide sus pertenencias: Não esqueça os seus pertences

Ao contrário do português falado no Brasil, em espanhol marca-se uma diferença entre um vocabulário formal e informal. Quando não existe in-timidade, somente deve ser usado o termo formal “usted”. Usted viajará mañana por la tarde (formal).

FUTEBOL

Campeões do Mundo em 1930 e 1950. Quarto lugar 2010. O futebol uruguaio faz parte da história da modalidade. Nosso vizinho sediou a primeira

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Copa do Mundo, em 1930, e conquistou a taça de campeão. O segundo título dos uruguaios em Copas do Mundo veio em 1950 com o famoso “Maracanaço”, quando o Brasil perdeu por 2x1 na final contra o Uruguai, numa partida em que a nossa seleção precisava somente de um empate. Atualmente o futebol uruguaio está em alta. Além de ter conquistado o quar-to lugar na Copa da África do Sul, o Uruguai é o país que mais ganhou títulos da Copa América, 16 no total. O último foi conquistado em 2011.

PAÍS

• Continente: América (subcontinente América do Sul)

• Capital: Montevidéu

• População: 3,4 milhões

• Visitantes por ano: Aproximadamente 2,4 milhões de turistas

• DDi: + 598

• Moeda: Pesos Uruguaios

• Jornais: El País, La Republica, Brecha

• idioma: Espanhol

• Religião: Aproximadamente 52% católica, 13% protestante

À MESA

O churrasco é uma das opções nacionais prediletas. Além da carne, também são colocados na churrasqueira queijos, pimentões, batatas e as vísceras do boi, tradição herdada dos ingleses. Já a típica “buseca” é uma sopa de bucho de boi com ervilhas. Para acompanhar tanta carne, o vinho é a bebida mais comum. Cervejas e o famoso digestivo Fernet também são muito consumidos.

CURiOSiDADES

Existe uma forte disputa acerca da origem do tango. Enquanto os ar-gentinos assumem e difundem ao mundo que o tango é deles, os uru-guaios rebatem e afirmam que o ritmo pertence ao seu país. Héctor Castro foi uma das figuras mais importantes e marcantes da Copa do Mundo de 1930. O jogador uruguaio foi decisivo na vitória de 4-2 sobre a Argentina na final e chamava a atenção porque jogava brilhantemente, mesmo após ter perdido o braço em um acidente. Seu apelido era “el divino manco”.

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